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Fundado em Janeiro de 1972 - Ano XXXIX N° 474 Agosto de 2011 Semana Nacional da Família Pastoral Familiar Programação na Matriz De 14 a 19 de agosto de 2011 Família, Pessoa e Sociedade Dia 14/08 (domingo) : Bênção dos Pais, em todas as missas Dia 15/08 (2ª feira): Os desígnios de Deus para a pessoa Dia 16/08 (3ª feira): Os desígnios de Deus sobre o Matrimônio e a Família Dia 17/08 (4ª feira): A Família e a Pas- toral da Criança, Coral da Paróquia Dia 18/08 (5ª feira): Fraternidade e vida no planeta Dia 19/08 (6ª feira): Família, gerado- ra de uma sociedade nova, Terço Vivo De 2ª a 6ª-feira, a programação acon- tecerá no horário das missas, às 19h15, na Matriz. Participe! Traga a sua família, pois a família que reza unida, permanece unida. Vocação é o chamado de Deus à vida Frei Cristiano Andrade, mSC Neste mês o convite do nosso jornal é olharmos para a nossa vocação. Vocação é o chamado de Deus à vida. É o convite de Deus a sentarmos à “mesa do banquete do Reino”. Com efei- to, a pergunta que cabe é a se- guinte: qual é o meu papel neste mundo? Todo caminho que bus- que responder a essa pergunta já é, de certa maneira, uma res- posta a Deus. Deus não nos es- colhe por sermos bons e extraordinários, mas sim porque vê no caminho esco- lhido a possibilidade de nos tornarmos melhores, isto é, mais humanos. Página 5 Seminário Maior Padre Júlio Chevalier. Pe. Ricardo, depois de servir por três anos na Praça Seca, hoje, orienta 12 seminaristas que estão se pre- parando para serem os futuros Missionários do Sagrado Coração. No diálogo amoroso entre o Pai e seus filhos manifestam-se as várias expressões vocacionais Festa Julina da Comunidade de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Foi uma noite de alegria e confraternização, com música e comidas típicas feitas com capricho Festa da Comunidade São Paulo Apóstolo. A bonita procissão contou com a presença de fiéis das comunidades da paróquia. Após a Santa Missa, o almoço festivo encerrou com alegria as comemorações de seu padroeiro

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  • Fundado em Janeiro de 1972 - Ano XXXIX N° 474 Agosto de 2011

    Semana Nacional da FamíliaPastoral Familiar

    Programação na Matriz

    De 14 a 19 de agosto de 2011Família, Pessoa e Sociedade

    Dia 14/08 (domingo): Bênção dosPais, em todas as missasDia 15/08 (2ª feira): Os desígnios deDeus para a pessoaDia 16/08 (3ª feira): Os desígnios deDeus sobre o Matrimônio e a FamíliaDia 17/08 (4ª feira): A Família e a Pas-toral da Criança, Coral da ParóquiaDia 18/08 (5ª feira): Fraternidade evida no planetaDia 19/08 (6ª feira): Família, gerado-ra de uma sociedade nova, Terço Vivo

    De 2ª a 6ª-feira, a programação acon-tecerá no horário das missas, às 19h15,na Matriz.Participe! Traga a sua família, pois a família que reza unida, permanece unida.

    Vocação é o chamado de Deus à vidaFrei Cristiano Andrade, mSC

    Neste mês o convite do nossojornal é olharmos para a nossavocação. Vocação é o chamadode Deus à vida. É o convite deDeus a sentarmos à “mesa dobanquete do Reino”. Com efei-to, a pergunta que cabe é a se-guinte: qual é o meu papel nestemundo? Todo caminho que bus-que responder a essa perguntajá é, de certa maneira, uma res-posta a Deus. Deus não nos es-colhe por sermos bons e extraordinários, mas sim porque vê no caminho esco-lhido a possibilidade de nos tornarmos melhores, isto é, mais humanos. Página 5

    Seminário Maior Padre Júlio Chevalier. Pe. Ricardo, depois de servir portrês anos na Praça Seca, hoje, orienta 12 seminaristas que estão se pre-parando para serem os futuros Missionários do Sagrado Coração.

    No diálogo amoroso entre o Pai eseus filhos manifestam-se as várias

    expressões vocacionais

    Festa Julina daComunidade deNossa Senhorada ImaculadaConceição.Foi uma noitede alegria econfraternização,com música ecomidas típicasfeitas comcapricho

    Festa daComunidadeSão PauloApóstolo.A bonitaprocissãocontou com apresença defiéis dascomunidadesda paróquia.Após a SantaMissa, oalmoço festivo encerrou com alegria as comemorações de seu padroeiro

  • 2 AGOSTO DE 2011 NOVOS HORIZONTES

    EDITORIALPE. ÁTILA LATINI MSC

    Na liturgia da Igreja, agosto é oMês das Vocações

    Ponto de VistaPE. RUARO, MSCVIGÁRIO PAROQUIAL

    Expediente - Novos HorizontesOrientador: Pe. Átila Latini mSCRedatores: Aurenei Walterfang, Bruno Tortorella,Carlos Silveira, Cerqueira Lima, Diácono Caseira,João Walterfang, Lygia Mª Ribeiro, Paulo Amaro,Rafaela Lucia, Rita de Cassia de Mattos, Sergio deQueiroz, Sônia Maços e Virgínia SilveiraRevisão: Rita de Cássia de MattosEditoração: Lygia MariaDiagramação: Ricardo Jorge (021)8896-8919

    Site na Internet: www.pnsscrj.com.brE-mail: [email protected]úncio: Secretaria ParoquialAdministração: Rua Barão, 807 Praça SecaJacarepaguá - Rio de Janeiro / RJTel.: (21) 2452-5188 e 2464-1947Impressão Gráfica: ZM Notícias - R. Prof.Heleno Claudio Fragoso, 529 - Nova Iguaçu- RJ - Tel: (21) 2669-1515

    Nos quatrodomingos deagosto celebra-mos as mais va-riadas expres-

    sões da vocação. Logo no primeiro do-mingo celebramos a Vocação Sacerdotal(dia do Padre); no segundo domingo, aVocação à Paternidade (dia dos Pais); noterceiro domingo, a Vocação à Vida Con-sagrada e Religiosa (dia dosReligiosos(as) e no quarto domingo, avocação dos leigos e leigas, especialmen-te a vocação dos catequistas.

    A vocação se dá em nível profissionale também em nível de realização comoser humano, Filho ou Filha de Deus. Éclaro que não dá para separar as coisas,ou seja, vocação profissional e vocaçãopara a vida. Porém, para melhor refletir-mos sobre essa questão, vamos fazeressa distinção.

    A primeira vocação, aquela que todas aspessoas são chamadas a realizar, é a vocaçãopara a vida. Fomos criados para a vida, e vidaem abundância. O próprio Jesus nos diz noEvangelho: "Eu vim para que todos tenhamvida e a tenham em abundância" (Jo 10, 10).Por isso, é preciso que lutemos para que to-dos possam viver com dignidade a sua vida,viver uma vida plena. Para se viver uma vidaverdadeira, abundante, é preciso que a pes-soa tenha o essencial para viver, desde ascoisas mais elementares, como casa, comida,trabalho, estudo, saúde, lazer, etc., como tam-bém as coisas que nos tornam mais genteainda: liberdade, amor, fé, amizade, justiça,solidariedade, respeito perdão, etc.

    O Batismo nos enche desta vida plena.Através do simbolismo da água que mataa sede e mantém a vida, percebemos quenecessitamos da vida em Deus que oBatismo nos dá.

    O Batismo nos torna oficialmente par-ticipantes da grande família de Deus.Somos irmãos e irmãs com uma grandemissão: a de tornar todos os homens emulheres mais fraternos e solidários, des-

    truindo todas as formas de desunião,egoísmo e exclusão. É dentro do mundoque devemos ser Igreja, colocando anossa vida em comunhão com as outrasvidas. Assim sendo, normalmente che-gamos a um momento da vida em quesentimos necessidade de descobrir nos-sa vocação em relação às outras pesso-as, e daí, geralmente, escolhemos a vo-cação ao matrimônio. Porém nem todospensam que para o matrimônio é precisoter vocação. Ser esposo e pai, ser esposae mãe depende de vocação. Nem todosou todas têm vocação para isso. O matri-mônio é a vocação que faz a vida ser ple-na, vida a dois que transborda no acolhi-mento dos filhos. Formando uma família,o homem e a mulher se tornam testemu-nhas do amor que Deus tem por nós.

    Outras pessoas descobrem que a suavocação em relação a outras pessoas éser padre, irmão ou irmã religiosa. Sen-tem que são chamados(as) a tornar omundo mais de Deus, colocando-se aserviço da construção de uma nova so-ciedade, diferente de tudo o que está aí.É um serviço à comunidade e aos outros.O Documento da V Conferência Geral doEpiscopado Latino-Americano e doCaribe nos diz que a vida consagrada éum dom do Pai, por meio do Espírito, àsua Igreja, e constitui um elemento deci-sivo para sua missão.

    Na atualidade da América Latina e doCaribe, a vida consagrada é chamada aser uma vida discipular, apaixonada porJesus-caminho ao Pai misericordioso, epor isso, de caráter profundamente mís-tico e comunitário. É chamada a ser umavida missionária, apaixonada pelo anún-cio de Jesus-verdade do Pai, e a serviçodo mundo, uma vida apaixonada por Je-sus-vida do Pai, que se faz presente nosmais pequenos e nos últimos a quem ser-ve, a partir do próprio carisma eespiritualidade. (DA 216,217,220)

    A Pastoral Familiar promove em nossaparóquia encontros de noivos que aju-dam os casais a se prepararem para osacramento do Matrimônio. São muitosos casais que procuram esses cursos eaproveitam de fato para refletirem sobreo sentido da vida a dois.

    Fui convidado para ajudar em um des-ses encontros, no qual cerca de onzecasais estavam participando. Gostei muitoda reflexão madura que ouvi no teste-munho dos grupos. Eles falavam sobreo diálogo, confiança, respeito, amor,como valores necessários para mantervivo o relacionamento familiar. Eu fui falarpara eles sobre o Sacramento do Matri-mônio. É curioso como muitos cristãosnão têm noção do que significa esse sa-cramento. Para muitas pessoas é somenteum evento social, uma satisfação que sedá para sociedade.

    Embora o casamento seja uma atitudenatural da humanidade, dado que em to-das as culturas homens e mulheres en-contram-se, encantam-se e casam-se, émuito importante nos questionarmos so-bre a vocação à vida matrimonial. Talvezo casamento seja comum e natural a todahumanidade, mas o Sacramento do Ma-trimônio é uma vocação. Acredito que oSacramento do Matrimônio está intima-mente ligado à fé que temos em Jesus deNazaré. Se no casamento homem e mu-lher se encontram para juntos conquis-tarem a felicidade, no Sacramento doMatrimônio homem e mulher se encon-tram para fazer do seu casamento umsinal de amor e fidelidade. A felicidadedo casal que assume esse sacramento époder testemunhar, com sua fidelidade eamor, a fidelidade e o amor do próprioDeus por cada um de nós seus filhos.

    Pensando assim, assumir o Sacramentodo Matrimônio é uma vocação e comotoda vocação, precisa ser cuidada, culti-vada, trabalhada. Ninguém consegue serfeliz se não cuidar bem da sua vocação.Eu me lembro muito bem quando com-pletei o meu primeiro mês como padre.

    Estava eu celebrando a Eucaristia em umacomunidade pequena lá no interior deMinas Gerais. Quando terminei a consa-gração do pão e do vinho fiquei paradoolhando para o corpo e o sangue de Je-sus que estava ali na minha frente. Comodemorei um pouquinho para continuar acelebração, um ministro veio até mim eperguntou-me se estava sentindo algu-ma coisa. Eu respondi que sim, mas eraalguma coisa que me deixava muito fe-liz. De fato estava emocionado por estarali vivendo a minha vocação junto àquelacomunidade. Podendo trazer Jesus nosacramento da Eucaristia presente ali comaquele povo.

    Penso que numa relação marido-mu-lher a emoção do encontro, do abraço,da construção do lar, da convivência comos filhos, do voltar para casa após cadadia de trabalho nunca pode faltar. Paraque a emoção de viver essa vocação nãomorra é preciso cuidar, cultivar, traba-lhar essa vocação com muito diálogo,abertura e com gestos concretos de amor.Assim é possível crescer sempre mais aconsciência do que significa a missão detestemunhar a fidelidade e o amor deDeus. Conheço um casal que reservasempre um tempo no final da semana prafazer, junto com os filhos, uma reunião.Nessa reunião eles vão avaliando a cami-nhada da família naquela semana, os pon-tos positivos e os pontos negativos, fa-zem os seus propósitos e partem parafrente. Uma tentativa de não deixar acu-mular o ‘não dito’. Sem dúvida o pior deuma relação familiar é o ‘não dito’. Aqui-lo que a pessoa sente, mas não diz para ooutro, ou por se sentir oprimida, ou pormedo de machucar, ou por falta de espa-ço no relacionamento.

    Nenhuma vocação resiste se não forcuidada verdadeiramente com muito ca-rinho. Por isso pergunte-se qual é a suavocação, descubra e investa nela comtoda garra. Vale a pena ser feliz, e serfeliz depende do cuidado que temos coma nossa verdadeira vocação.

    Para ser feliz é preciso cuidar-se

  • NOVOS HORIZONTES AGOSTO DE 2011 3123456789012345612345678901234561234567890123456123456789012345612345678901234561234567890123456

    COM A PALAVRA A COMUNIDADE

    Agora é com os jovensIAM e JM, Vocação Missionária a Serviço da Comunidade

    Bruno Tortorella

    ACONTECENDO NA PARÓQUIAMÊS DAS VOCAÇÕES

    07/08: Dia do Padre14/08: Dia dos Pais14 a 20/08: Semana da Família21/08: Dia dos Religiosos28/08: Dia dos Catequistas e Leigos

    PASTORAL DA CRIANÇACurso de Voluntariado: Venha participar como líderou pertencer ao grupo de apoio (pessoas que aju-dam nos trabalhos junto ao líder). Procure a Coor-denação da Pastoral da Criança, na sala 101 da AçãoSocial, toda quarta-feira, de 14h às 17h. Participe!

    AÇÃO SOCIAL NOSSA SENHORA DOSAGRADO CORAÇÃO

    Necessita dos seguintes profissionais voluntáriospara os atendimentos: Psicologia, Fonoaudiologia,Pediatria, Fisioterapia e Advogacia. Agradecemosa gratidão e a disponibilidade. Atendimento: Desegunda a quinta-feira, de 9h às 11h e 30 e de 14hàs 16h. Falar com a Sra. Rosa, no Centro Social.ROMARIA A APARECIDA DO NORTEReserve já sua passagem para a Romaria promovi-da pela nossa Arquidiocese de São Sebastião do Riode Janeiro. Dia 26 de agosto (sexta-feira), saindoda Praça Seca, às 23h30, no valor de R$ 65,00. Ins-crições na Secretaria Paroquial (2ª, 4ª, 5ª e 6ª feira),das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30.

    ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTONa Capela da Matriz, no 1o domingo, de 16h30 às17h30, com o Diácono José Caseira.

    A partir deste mês deagosto, nosso jornal

    passará a contar com uma coluna fixa voltada para ajuventude, onde procuraremos abordar diversos te-mas que dizem respeito ao interesse do jovem. Para aestreia, neste mês vocacional, buscamos entendermelhor sobre o IAM (Infância e AdolescênciaMissionária), com faixa etária para crianças de 7 a 14anos e o JM (Juventude Missionária), para jovens de15 a 25 anos, ambos atuantes em nossa comunidade.

    O grupo do IAM e do JM possuem, como metodologia,uma vocação missionária, ou seja, a espiritualidade baseadana missão. Nos encontros, os coordenadores são os pró-prios adolescentes e jovens, evangelizando, assim, uns aosoutros. Os momentos do encontro são divididos em quatropartes: o ver a realidade missionária, a reflexão missionária,a ação missionária e, por fim, a vida de grupo na qual eles seconhecem melhor e interagem entre si.

    “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho atodas as criaturas” (Mc 16,15). Esta passagem bíbli-ca resume o compromisso desses jovens, adolescen-tes e crianças que procuram realizar aquilo que Jesusnos disse. Segundo o pensamento por eles assumido,só estaremos atendendo à vocação da Igreja se for-mos missionários de Cristo. É necessário sairmos docomodismo e evangelizar com ardor missionário, sejaem casa, na escola ou no trabalho.

    Em geral, eles visitam orfanatos, asilos e locais maispobres de nossa paróquia. Dentro do grupo, realizampasseios e colônias de férias. Aliás, com o fortalecimen-to e crescimento deste projeto, estão surgindo novosnúcleos de IAM e JM nas comunidades de São JoséOperário e Imaculada Conceição.

    Portanto, você, jovem, sinta-se convidado(a) a parti-cipar. Procure o grupo que se reúne todo sábado, de 16às 17 horas, na Matriz.

    A Liturgia precisa de vocêRafaela Lucia - Liturgia

    "Na liturgia, o Pai nos enche com suas bênçãos noFilho encarnado, morto e ressuscitado por nós, e Elederrama nos nossos corações o Espírito Santo " (Fon-te: Curso de Liturgia para Leigos)

    Trabalhar na Liturgia é uma das formas mais signifi-cativas, na Igreja, de se estar próximo de Deus. Procu-re os responsáveis litúrgicos de sua missa e ajude-nosa fazer uma liturgia cada vez mais acolhedora. Juntos,poderemos deixá-la cada vez melhor .

    Nos últimos anos, tem sido comum a resistência dos pais em aceitar o chamado à vocaçãoreligiosa na família, porque dizem que não querem “perder” os seus filhos. Neste mês vocacional,damos a palavra à mãe e à madrinha do Pe. Maurício mSC, um dos vocacionados de nossacomunidade paroquial.

    NH: Como a sua família reagiu, quando o jovem Mau-rício decidiu se tornar um sacerdote?Eliete (mãe): Maurício trabalhava na Light. Um dia,ele me disse que não ficaria mais no trabalho, porquequeria entrar para o Seminário dos Missionários doSagrado Coração.Como ele não havia falado conoscosobre esse desejo, ficamos surpresos, mas muito con-tentes porque sabíamos que era um chamado de Deus.Pe. Valentim veio buscá-lo aqui em casa, para levá-loao Seminário de Juiz de Fora, onde ficou o primeirodos muitos anos de formação.Maria Elvira: Como tia e madrinha do Maurício, agra-deço sempre a Deus a sua vocação sacerdotal.Nósnão o “perdemos”; pelo contrário, ele é chegado a nós,

    muito presente em nossas vidas, na medida do possível.A sua vida religiosa não comprometeu a sua relaçãocom a família.

  • 4 AGOSTO DE 2011 NOVOS HORIZONTES

    Você, que já ouviu e leu muitas vezesreferências à CNBB, sabe que é algoligado à Igreja Católica. Essa sigla apare-ce até no noticiário político dos jornais,rádios e redes de televisão, quando se dis-cutem, no Congresso Nacional e na mídia,assuntos polêmicos relacionados à mo-ral, à família, aos costumes etc. O signi-ficado daquelas quatro letrinhas famosasé Conferência Nacional dos Bispos doBrasil. Ela não é um órgão de classe,como um sindicato, mas sim, como elaprópria se define em seu sítio (ou sitepara quem gosta de inglês): “uma insti-tuição permanente que congrega os Bis-pos da Igreja Católica no País, na qual, aexemplo dos Apóstolos, conjuntamentee nos limites do direito, eles exercem al-gumas funções pastorais em favor deseus fiéis e procuram dinamizar a pró-pria missão evangelizadora, para melhorpromover a vida eclesial, responder maiseficazmente aos desafios contemporâne-os, por formas de apostolado adequadasàs circunstâncias, e realizar evangelica-mente seu serviço de amor, na edificaçãode uma sociedade justa, fraterna e soli-dária, a caminho do Reino definitivo.”

    Surge a pergunta natural: Não podeocorrer um conflito de autoridade entreas diretrizes traçadas pela CNBB lá emBrasília e o que o Bispo local de uma de-terminada cidade pretende que seja esta-belecido dentro de um certo tema ouassunto para a sua Diocese?

    Não. Ao menos teoricamente, não,porque a missão da CNBB já estabeleceque, respeitada a competência e a res-ponsabilidade de cada membro, em rela-ção à Igreja Universal (com sua sede emRoma) e à sua Igreja particular (o terri-

    A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA - IIqPaulo Amaroque

    tório da Diocese), cabe à CNBB, comoexpressão peculiar do afeto colegial:√ Fomentar uma sólida comunhão entre osBispos que a compõem, na riqueza de seunúmero e diversidade, e promover sempre amaior participação deles na Conferência;√ Concretizar e aprofundar o afeto cole-gial, facilitando o relacionamento de seusmembros, o conhecimento e a confian-ça recíprocos, o intercâmbio de opiniõese experiências, a superação das diver-gências, a aceitação e a integração dasdiferenças, contribuindo assim eficaz-mente para a unidade eclesial.

    São membros da CNBB: Bisposdiocesanos, Bispos auxiliares, Bispostitulares e Prelados das Igrejas orien-tais católicas.

    São órgãos da CNBB: a Assembleia Ge-ral, o Conselho Permanente, a Presidên-cia, o CONSEP (Conselho Episcopal Pas-toral), o Secretariado Econômico e outros.

    Atualmente, a CNBB é presidida peloCardeal Raymundo Damasceno Assis,Arcebispo de Aparecida e tem como vice-presidente Dom José Belisário da Silva ecomo secretário-geral Dom LeonardoUlrich Steiner.Continua na próxima edição.....

    Vocações: novos profissionaisCarlos Silveira

    O interesse por determinadas atividadesdesperta logo cedo, quando ainda criança.É comum, quando encontramos adolescen-tes e indagamos o interesse por alguma pro-fissão, eles responderem que não pensaramno assunto ou estão indecisos por essa ouaquela razão.

    Sempre foi assim, mas o que difere hoje éque, com a velocidade com que tudo acontece e as mudanças exigidas pelomercado, surgem novas atividades até então desconhecidas, e, no bojo de todosesses acontecimentos, a grande maioria das vocações tem sua extensão nasquestões ambientais. E é aí que estamos apostando, com os biólogos, geógrafos,professores, etc. Nas diversas áreas afins, vêm surgindo novos profissionais,como o advogado, por exemplo, para trabalhar com direito ambiental, o enge-nheiro, como engenheiro ambiental e, assim por diante, como os médicos quesempre se utilizaram das soluções medicamentosas para a cura e que têm hojemuitos outros elementos, além dos remédios, para atuarem, principalmente naprevenção das doenças, onde também passam a agir outros profissionais.

    A grande esperança da reversão do quadro ambiental que nos ronda é ter avocação à vida, a de preservar a natureza. Assim, temos que agradecer à nossaIgreja que, através dos religiosos, tem conseguido de maneira habilidosa mantero povo de Deus inserido nas campanhas de evangelização.

    O Senhor da Messe chama mais filhos ao serviço e fortalec

  • NOVOS HORIZONTES AGOSTO DE 2011 5

    Vocação: construindo a mesa do banquete do ReinoFrei Cristiano Andrade, mSC

    O fim último para o qual Deus nos chama é a construção doseu Reino. Com isso, temos quatro pilares, pés da grandemesa sonhada por Deus, que nos ajudam a discernir: purifica-ção das motivações, escuta, resposta, compromisso.

    Purificando as motivações: o convite é pisar o nosso chão.Aqui o necessário é se reconhecer limitado, pessoa incoerente,porém desejosa de crescimento, cheia de virtudes e qualidades.Não posso fazer a minha vontade e responsabilizar Deus pelasminhas escolhas. Assim as escolhas realizadas, exigem renúncias profundas.

    Escutando o desejo de Deus: a capacidade de dialogar é necessária. Escolher umcaminho é colocar como possibilidade todos os outros. A escuta é fundamental, poisnos ajuda a escolher o trajeto que nos fará felizes. Deus nos convida à felicidade e sócom abertura estaremos escutando o que Deus quer.

    Respondendo ao apelo de Deus: apelo de Deus é a construção do Reino. Todos oscaminhos terão como objetivo nos conduzir a esse fim. Realizo-me quando, na esco-lha que fiz, contribuo para tornar viva a existência da “mesa do banquete do Reino”.

    Comprometendo-se com o Reino: a escolha precisa ser realizada todos os dias. Nãoescolhemos para sempre, porém sempre escolhemos. O caminho é de Deus, mas eu oassumo como meu. Ele é parte integrante da minha vida, resposta concreta e históricada minha pessoa a Deus.

    Portanto, utilizando-se dessas quatro pernas de nossa mesa saibamos buscar osonho que Deus sonhou para cada um de nós! Boa oração pelas vocações duranteeste mês e lembremos sempre: todos participam, à sua maneira, da construção da“mesa do banquete do Reino”.

    Neste mês vocacional partilho um pou-co da minha nova experiência. No dia 21de junho passado, completei três anosde ordenação sacerdotal. Muitos paro-quianos da Praça Seca (matriz e comuni-dades) estiveram presentes naquele mo-mento importante de minha vida. Nos trêsprimeiros anos de padre, trabalhei nestaParóquia. Como um jovem padre semmuita experiência, busquei aprender naprática a cuidar da parcela do Povo deDeus confiada a mim. Também busqueiescutar as orientações dos padres Átilae Ruaro, aprendendo muito com eles. Am-bos ajudaram o meu processo de inicia-ção pastoral. Durante esse tempo, tam-bém busquei pensar no futuro e, por isso,fiz um curso para Formadores, que mepreparou para assumir a função de traba-lhar no seminário com a formação de se-minaristas.

    Como todos sabem, em dezembro último,me despedi da Praça Seca e, a partir de ja-neiro, assumi o trabalho como formador noSeminário Maior Padre Júlio Chevalier, lo-calizado na cidade de Vila Velha (EspíritoSanto). Atualmente moro com 12 seminaris-tas, com idades que variam entre 18 e 23anos (vide foto na capa). A maioria nasceuem cidades diferentes. Nessa etapa da for-mação eles fazem faculdade de Filosofiacom duração de três anos.

    A formação dos seminaristas é norteadapor um programa estabelecido pela nossaCongregação (Missionários do SagradoCoração). Com exceção da faculdade, acom-panho os seminaristas em todas as suasatividades. Participo das orações, missas erefeições. Pelo menos uma vez por semanafazemos uma reunião para avaliar e planejaras atividades da casa. Semanalmente ofere-ço um momento de formação conduzido pormim. Uma vez por mês, tenho conversa in-

    e os que se dedicam ao Reino na diversidade dos carismas“Formador”: uma nova missão

    Pe. Ricardo, mSC

    dividual com todos os seminaristas.Confesso que, após morar e servir por

    três anos na Paróquia da Praça Seca, nãofoi fácil assumir a realidade do Seminário. Éum desafio acompanhar e orientar os jovensna atual conjuntura de sociedade, sobretu-do aqueles que estão se preparando paraserem os futuros Missionários do SagradoCoração. Mas também considero um gran-de dom de Deus poder servir à Congrega-ção com essa tarefa. Um dia alguém se dooupor mim. Agora, gratuitamente, estou aber-to a ajudar outros jovens a experimentar umdiscernimento vocacional. Antes de formarreligiosos e padres, sinto que é preciso for-mar o ser humano num processo integralenvolvendo vários setores de suas vidas.

    Estou feliz nesta nova missão. O seminá-rio tem ajudado em meu crescimento huma-no e espiritual. Tenho um carinho especialpelos seminaristas que Deus e a Congrega-ção me confiaram. A tarefa de formador temme ajudado a repensar muitos valores. Agra-deço a Deus e aos Missionários do Sagra-do Coração pela confiança. Nesta nova mis-são sinto o desejo de cultivar o dom de amar.Assim deve ser um Missionário do Sagra-do Coração: homens que são “amados porDeus para amar a todos”.

    Encerro o texto afirmando o valor da ex-periência que fiz na Praça Seca. Foi um tem-po de graça. Abastecido nesses primeirosanos como padre, tenho conseguido conti-nuar meu caminho. Em suas orações, rezempelas vocações, em especial, pelos semina-ristas que moram comigo e por mim. Deixoum abraço a todos os amigos. A amizade e ocarinho continuam. Por isso, com esse tex-to cultivo a saudade que sinto...

    Amado seja por toda a parte o SagradoCoração de Jesus

    Vila Velha - Espírito Santo

  • 6 AGOSTO DE 2011 NOVOS HORIZONTES

    Plano Pastoral de ConjuntoJesus existe para socorrer e nada mais

    Rita de Cássia

    PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃOSAV – SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL PAROQUIAL

    Ir. Izabel Bittencourt - FDZ

    Vocações surgidas em nossa paróquia - 3Caros leitores,Este mês, Ir. Lucia Imaculada, nascida numa família atuante em nossa comunidade paroquial, dá umbonito testemunho de sua vocação e missão. Confiram!

    CONCÍLIO VATICANO II (8)João Ananias Lima Walterfang

    6) GEG r a v i s s i m u meducationis. De-claração sobre aeducação cristã.Todos os ho-mens, de qualquerraça, condição eidade, visto goza-rem da dignidadede pessoa, têmdireito inalienávela uma educaçãocorrespondenteao próprio fim,

    acomodada à própria índole, sexo, cultura e tradiçõespátrias, e, ao mesmo tempo, aberta ao consórcio fra-terno com os outros povos para favorecer a verdadeiraunidade e paz na terra. A verdadeira educação, porém,pretende a formação da pessoa humana em ordem aoseu fim último e, ao mesmo tempo, ao bem das socie-dades de que o homem é membro e em cujas responsa-bilidades, uma vez adulto, tomará parte. De igual modo,o sagrado Concílio declara que as crianças e os adoles-centes têm direito de serem estimulados a estimarretamente os valores morais e a abraçá-los pessoalmen-te, bem como a conhecer e a amar Deus mais perfeita-mente. Por isso, pede insistentemente a todos os quegovernam os povos ou orientam a educação, para queprovidenciem que a juventude nunca seja privada destesagrado direito. Exorta, porém, os filhos da Igreja a quecolaborem generosamente em todo o campo da educa-ção, sobretudo com a intenção de que se possam esten-der o mais depressa possível a todos, e em toda a parte,os justos benefícios da educação e da instrução. Todosos cristãos que, uma vez feitos nova criatura mediantea regeneração pela água e pelo Espírito Santo, se cha-mam e são de fato filhos de Deus, têm direito à educa-ção cristã.

    Fonte: Documentos do Concílio Ecumênico VATICANOII – Paulus – 2ª edição – 2002

    Meu nome é Irmã Lucia Imaculada e sou religiosa daCongregação de Nossa Senhora de Belém, fundada porMadre Maria Helena Cavalcanti, há 53 anos, com a fina-lidade de evangelizar a infância e a juventude, especial-mente nas escolas leigas.

    Sou filha de João (falecido) e Maria de Lourdes e te-nho quatro irmãos.

    Participei, durante minha adolescência, do grupo JUPA(Juventude Unida Pelo Amor), nesta querida Paróquiade Nossa Senhora do Sagrado Coração. E foi nestecontexto de forte formação e atuação dos Missionáriosdo Sagrado Coração junto aos jovens, que comecei asentir o chamado para consagrar minha vida a Deus.

    Através de uma Irmã de Belém, conheci nossa Mãezinha,Madre Maria Helena Cavalcanti, em quem pude vislumbrar oideal de entrega total a Jesus que tanto buscava.

    Na época, cursava o Serviço Social na UERJ e comuma colega da Universidade fomos discernindo esse cha-mado suave, mas constante de Jesus. Ingressamos naCongregação, no dia 06 de janeiro de 1976, tendo o apoiode minha família que também se sentiu totalmente aco-lhida e integrada em nossa comunidade religiosa.

    Terminei o curso de Serviço Social e, em seguida, Pe-dagogia. A fim de viver melhor o carisma de nossa Con-gregação, ingressei, através de concurso público, na redemunicipal, como Orientadora Educacional. Trabalho naEscola Municipal Pio X (Largo do Tanque) e, logo de-pois, fiz concurso para a rede estadual, a fim de lecionarno curso de formação de professores do Instituto deEducação Carmela Dutra, onde trabalho até hoje. É nasescolas oficiais que pude perceber este campo propícioà missão evangelizadora, conforme a inspiração de Deusà nossa fundadora.

    Leciono psicopedagogia religiosa e didáticacatequética na Escola Mater Ecclesiae e Seminário S.José. Trabalho com Teologia Pastoral na Escola DiaconalSanto Efrém e no Instituto Superior de Ciências Religio-sas, além de coordenar a Comissão da Iniciação Cristã

    em nossaArquidiocese doRio de Janeiro.Deste modo, com agraça de Deus,procuro viver avocação de Irmãde Belém, comom i s s i o n á r i acatequista.

    Passaram-se jávários anos desdeque ingressei navida religiosa econfesso que nãosenti o tempo pas-sar. Sou muito felizcom o chamado deDeus para esta vidade especial consa-gração, a quem su-plico a graça da fi-delidade cada vez maior, no serviço a Cristo e sua Igreja.

    Para encerrar, gostaria de deixar uma bela mensagemde Nossa Mãe Fundadora para os jovens que estão emfase de discernimento vocacional:Apelo(Me. Maria Helena Cavalcanti)“Jovem, ninguém te contratou?Eu te convido. Conto contigo. Eu, o Senhor.Não temas perder tua liberdade. Não és livre de algumacoisa. És livre para alguma coisa.Que essa coisa seja algo de grande, de belo e de bom.Eu sou um marco no caminho. Pensas que um marco nocaminho é um constrangimento?Não. É uma direção.Vem crescer comigo. Aprender a viver e a conviver.”

    De acordo com essa realidade, como conseguir levar o anúncio da boa novapara uma sociedade para quem Jesus Cristo não tem importância, que só ébuscado nos momentos da aflição? Mais do que nunca, nosso tempo é umtempo de anunciar, evangelizar, falar de Jesus Cristo, sempre, e com muitocuidado, suscitar nos corações o desejo de conhecê-lo mais intensa e profun-damente. Seremos chamados a refletir: No ambiente onde vivemos há pessoas que só buscam Jesus Cristopara resolver problemas imediatos(...)? Será mesmo esse o caminho da evangelização nas próximas déca-das? Como fazer para não cair nas armadilhas de uma pregação religiosa que, preocupada em acolher aspessoas, acaba oferecendo resultados imediatos?

  • NOVOS HORIZONTES AGOSTO DE 2011 7

    O MESTRE INESQUECÍVEL:Diácono Caseira

    O Evangelho de João (continuação)Marli Jordão

    Temos um longo pronunciamento de Jesus contraas autoridades religiosas no capítulo 5, 19-47 quedecretam a morte de Jesus. Este discurso de Jesustem como objetivo aprofundar a reflexão em tornodo terceiro sinal (5, 1-18). Esse sinal provocou doistipos de reação: O paralítico curado aderiu à práti-ca de Jesus (reação positiva); as autoridades religi-osas procuram matar Jesus(reação negativa). É aqui queaparece com força, o tema dojulgamento. Para a comunida-de do discípulo amado, o jul-gamento não se dá no fim dostempos, ele acontece aqui eagora, pois a prática de Jesusprovoca as pessoas à tomadade posição a favor ou contra.Jesus não julga. São as pes-soas que dão a própria sen-tença a partir da escolha que fazemos a favor oucontra Jesus.

    Jesus curando o paralítico está recriando a hu-manidade. Encontrar-se com Jesus que dá a vida éencontrar-se com Deus. Rejeitar Jesus que dá avida, é condenar-se.

    O confronto de Jesus com as autoridades religio-sas desmascarou tudo; mostrou que elas seposicionaram claramente contra a vida e a favor damorte. Ninguém pode fazer coisa alguma por eles,nem o próprio Jesus. O quarto sinal acontece dooutro lado do mar da Galiléia (6,1), ou seja, em ter-ritório pagão. Os versículos deste capítulo mos-tram o que João quis dizer com o quarto sinal. Emprimeiro lugar, lembremos que todo judeu devia ir aJerusalém, para celebrar a Festa da Páscoa; masJesus sai de Jerusalém e vai para uma região depagãos. Como outrora, Moisés liderou o povo nasaída do Egito rumo à Terra da liberdade e da vida.Jesus age assim, porque Jerusalém se tornou umnovo Egito, lugar em que o povo é oprimido e explo-rado. Jesus sacia a fome do povo, como no tempodo Deserto, o povo de Deus passou fome. Jesus sepreocupa com a sobrevivência do povo.

    O Novo Templo em que Deus se encontra com ahumanidade, é lá onde acontece a partilha dos bensda vida e a posse da dignidade e da liberdade hu-mana. Jesus e o povo livre são o novo templo! Eisso vale para todos. Não é culpa de Deus, se opovo passa fome. Isso é resultado de uma econo-mia “sem coração”, que acumula a vida para pou-cos às custas de muitos.

    A lição dada, neste capítulo sexto, é muito clara:quando a vida é partilhada, todos possuem plena-mente, e Ele transborda para todos.Continua na próxima edição.

    Ser Cristão Católico Hoje!Diácono Jatobá

    Os sonhos morreram?

    São Lourenço – Diácono e MártirAssim como no dia 4 se comemora o Dia do Padre, na festa de Cura d´Ars, no dia

    10 de agosto a Igreja celebra o Dia do Diácono, na festa do mártir São Lourenço,Patrono dos Diáconos. O Diaconato é uma vocação ministerial para o serviço. NaIgreja Católica, trata-se do primeiro grau no Sacramento da Ordem, historicamentecriado no capítulo seis dos Atos dos Apóstolos.

    Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amiza-de com o Papa Sisto II, tanto assim que, ao vê-lo indo para o martírio, falou: "Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais oferecesteo sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?". E o Papa respondeu: "Mais uns dias e te aguardauma coroa mais bonita!". São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitosnecessitados.

    Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja e, para isso,o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, osidosos, todos os que a Igreja socorria. No fim do prazo - com bom humor - Lourenço disse: "Eis aqui os nossos tesouros,que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte".

    Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; SãoLourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos e, mesmo assim, encontrou - no Espírito Santo- força para dizer no auge do sofrimento na grelha: "Vira-me que já estou bem assado deste lado".

    Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos.Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevãoem Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.

    Nossa ciência é lógica e linear. Ela nos conduz a explo-rar o mundo físico, mas é simplista para produzir sereshumanos que explorem seu mundo emocional e se tor-nem autores da sua própria história. Estamosdespreparados para a vida e não percebemos que o siste-ma social nos tira a tranquilidade e nos torna ansiosos.

    Transformamo-nos em máquinas de trabalhar e resolverproblemas. Muitos só mudam de atitude, quando são assalta-dos por graves doenças ou perdem pessoas que amam.

    Vivemos uma guerra dentro de cada um de nós, umaguerra de pensamentos. Uma grande parte da popula-ção mundial está desenvolvendo a síndrome do pensa-mento acelerado (SPA). Milhões de pessoas são es-cravas de seus pensamentos.

    Gastam energia vital do seu cérebro com problemasque ainda não aconteceram e fatos passados. Vivemfatigadas, agitadas, sem concentração, esquecidas. Vi-vem para pensar e não pensam para viver.

    Jesus procurava resolver a ansiedade dos seus discí-pulos. Tinha tempo para as flores, fazia caminhadas de

    cidade em cidade. Jantava na casa dos amigos. Tinhacoragem de se convidar para tomar refeições na casade pessoas que não conhecia, com Zaqueu.

    Para ele a vida era bela e simples, mas ele achava quenós a complicamos demais. Queria que soubéssemosque a vida é um fenômeno indecifrável e que ninguémé mais do que ninguém.

    Jesus era apaixonado pelo ser humano. Suas atitudesnos deixam perplexos, ultrapassam os sonhos dos maisnobres humanistas. Cada ser humano por mais defeitosque tenha, esconde uma rica história, escrita com lágri-mas, sonhos, perdas, alegrias, paixões, desencontros.

    Jesus sentia prazer ao penetrar no mundo das pesso-as. Seus discípulos deixaram seus barcos, futuros, ex-pectativas e seguiram Jesus. Os discípulos amaram tan-to a Jesus, que morreram por causa dos seus sonhos.O sonho do amor que lance fora todo o medo... Jamaismomentos tão angustiantes mostraram tanta poesia.(Continuação do resumo do Cap. 11 “O Mestre Inesquecível”.Augusto Cury – Academia de Inteligência – continua)

  • 8 AGOSTO DE 2011 NOVOS HORIZONTES

    7 Domingo 1Rs 19,9a.11-13 / Sl 84,9ab-10.11-12.13-14 (R. 8) / Rm 9,1-5 / Mt14,22-338 Segunda Dt 10,12-22 / Sl 147 (148),12-13. 14-15. 19-20 (R. 12a) / Mt 17,22-279 Terça Dt 31,1-8 / Dt 32,3-4a. 7. 8. 9.12 (R.9a) / Mt 18,1-5.10.12-1410 Quarta 2Cor 9,6-10 / Sl 111(112),1-2.5-6.7-8.9(R.5a) / Jo 12,24-2611 Quinta Js 3,7-10a.11.13-17 / Sl 113A,1-2. 3-4. 5-6 / Mt 18,21-19,112 Sexta Js 24,1-13 / Sl 135,1-3. 16-18. 21-22.24 / Mt 19,3-1213 Sábado Js 24,14-29 / Sl 15,1-2a.5. 7-8. 11 (R. Cf. 5a) / Mt 19,13-15

    EXPEDIENTE PAROQUIALMissas: Segunda, quarta, quinta e sexta-feira na Matriz, às 19h15 e aos domingos, às 7h, 9h,18h e 20h. Todos os sábados, às18h, Missa no Repouso Santa Maria, Rua Japurá, 555.Celebração: Terça-feira, às 19h15, na Matriz, com o Diácono CaseiraSecretaria Paroquial: Atendimento segunda, quarta, quinta e sexta-feira das 8h30 às 12h ede 13h30 às 17h30. Sábados, das 8h30 às 12h.Batismo: Atendimento no 1º domingo, às 8h.Confissões e Aconselhamentos: Às quintas-feiras, na parte da manhã e da tarde, marcandoantes na secretaria paroquial.

    Leitura

    s da Sem

    ana

    Crônica do Mês:

    Tio!!!Sergio de Queiroz

    Sei não! Quando eu falo,fica parecendo que eu sousaudosista. No meu tem-po de criança para sermeu tio ou tia era neces-sário que fosse irmão ouirmã da minha mãe ou pai.

    Hoje a coisa virou bagun-ça. No trânsito parado, nossinais, me aparece ummonte de sobrinhos paravender ou pedir. Nas esco-las a banalização do pro-fessor se deu também pelo

    fato de serem chamados de tios. Uma professora estuda anos,faz até doutorado, para ser chamada de tia? Se você tem ami-gos mais jovens vira tio; no comércio, quando vai pagar, vem apergunta: tio, você tem menor? Conheço um cara que largou afamília, se juntou com outra mulher com dois filhos, ganhando,da noite para o dia, dois sobrinhos.

    Se você está andando na rua, escuta ser chamado: tio, tio!E quando você se vira, te perguntam as horas. Na antiguida-de os judeus se tratavam por irmãos, na modernidade, prin-cipalmente aqui no Rio de Janeiro, todo mundo vira tio.

    Já pensaram no futuro se escreverem a nossa história?Vai ser mais ou menos assim: João era tio de José, que secasou com a tia de Pedro, que era tio do Juquinha.

    Ainda bem que estou ficando velho, e, embora ainda nãoseja, já começaram a me chamar de vô.

    Professor: vocacionado para servir conhecimentoAntonio Cerqueira Lima

    É lamentável que se trate o professor como fi-gura descartável. Um zero à esquerda do conjun-to da sociedade a quem serve com calor e brilho.O mestre, carinhosamente assim chamado, é eter-no servidor de conhecimento. Responsável pelaeducação e formação da comunidade. O grandeelo que liga o passado ao presente. O que dá vidaa números, letras, palavras. O socializador porexcelência. Alguns tiram do pouco que ganhamrecursos para que o seu aluno possa ter o materi-al escolar necessário.

    Há mais de um mês em greve por reposiçãosalarial, nutre a expectativa de ser recebido peloPoder Público.

    Por ser profissão de massa, ganha miseráveis sa-lários. E o governo se fazendo de bonzinho ofere-ce, para compensar, vales. É vale transporte, valealimentação, vale Nova Escola. E como diz o poeta:“O dinheiro nada vale/ o salário, nem se diz/ Cria-ram a nação do vale/ Arrasaram com o País”.

    Assim o governo lava as mãos. E quando, porqualquer razão, o professor necessitar de seu sa-lário integral o receberá sem os vales. E ao che-gar à aposentadoria não conseguirá incorporar osvales. Por qualquer razão o governo deixa de cum-prir com o contrato assinado.

    Uma vez que a greve foi necessária, mostre-mos a nossa força enquanto classe, comparecen-do às reuniões. A greve deve ser vista como ummomento de reflexão e luta por dias melhores parao trabalhador e não como férias adiantadas.

    Todas as vertentes que dão vida à sociedadeorganizada passam obrigatoriamente pelas mãos

    da educação e da saúde. E é justamente por aíque o poder público comete os mais graves equí-vocos. Qualquer problema de caixa o governo usaos recursos destinados à educação e à saúde. Sãoescolas sem professores, sem merenda escolar,sem material didático, sem pessoal de apoio, ver-dadeiros fantasmas. A saúde também sofre domesmo modo faltando o material básico para otrabalho médico, inclusive, o próprio médico.

    O que houve na Escola Municipal Tasso daSilveira, com o assassinato de inocentes alunos,mostra o quanto o Poder Público é irresponsávele omisso. Em uma escola estruturada, o assassi-no não passaria do portão. Jamais chegaria à ram-pa de acesso ao segundo andar.