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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS PROGRAMA FGV MANAGEMENT CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – CIPAD – TURMA II Carlos Henrique da Costa Silva Rogério Ravaglio Frederico Guimarães A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E POTENCIALIDADES DA MÍDIA TV PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA Rio de Janeiro, julho de 2007

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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

PROGRAMA FGV MANAGEMENT

CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO P ÚBLICA –

CIPAD – TURMA II

Carlos Henrique da Costa Silva

Rogério Ravaglio

Frederico Guimarães

A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E POTENCIALIDADES

DA MÍDIA TV PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA

Rio de Janeiro, julho de 2007

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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

PROGRAMA FGV MANAGEMENT

A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E POTENCIALIDADES

DA MÍDIA TV PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA

por

Carlos Henrique da Costa Silva

Rogério Ravaglio

Frederico Guimarães

Trabalho de Conclusão do Curso Intensivo de

Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas.

Rio de Janeiro, julho de 2007

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

PROGRAMA FGV MANAGEMENT

Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração P ública

O Trabalho de Conclusão de Curso

A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E POTENCIALIDADES DA MÍDIA TV

PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA

elaborado por

Carlos Henrique da Costa Silva, Rogério Ravaglio e Frederico Guimarães

e aprovado pela Coordenação Acadêmica do Curso Intensivo de Pós-Graduação em

Administração Pública foi aceito como requisito parcial para a obtenção do

certificado do curso de pós-graduação, do Programa FGV Management.

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2007

______________________________

Professor Armando dos Santos Cunha

Coordenador Acadêmico

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TERMO DE AUTENTICIDADE

O(s) aluno(s) Carlos Henrique da Costa Silva, Rogério Ravaglio e Frederico

Guimarães, abaixo-assinado(s), do Curso Intensivo de Pós-Graduação em

Administração Pública, do Programa FGV Management, realizado no período de 07

de outubro de 2005 a 14 de junho de 2007, declara(m) que o conteúdo do trabalho

de conclusão de curso intitulado: A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E

POTENCIALIDADES DA MÍDIA TV PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA, é

autêntico, original, e de sua autoria exclusiva.

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2007

_______________________________

Carlos Henrique da Costa Silva

_______________________________

Rogério Ravaglio

_______________________________

Frederico Guimarães

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APRESENTAÇÃO

Este trabalho de conclusão de curso é resultado de uma análise sobre a

política de comunicação implementada no âmbito do Tribunal de Contas do Estado

do Rio de Janeiro (TCE-RJ), motivado principalmente pela observação das mídias

atualmente utilizadas na divulgação da instituição junto aos seus diversos públicos e

a sociedade em geral. O objetivo do grupo é enfatizar a necessidade de ampliar a

divulgação da instituição, no sentido de ressaltar sua importância para a sociedade.

Para tanto, demonstraremos que a necessidade de uma divulgação

condizente com a relevância da instituição é fator primordial para a satisfação das

exigências atuais de transparência dentro do Estado Democrático de Direito em que

vivemos, cujo exercício pleno da cidadania requer uma eficaz e permanente

interatividade e comunicação entre Poder Público e a sociedade. A idéia é sugerir

uma discussão sobre a possibilidade da instituição desenvolver uma mídia de massa

própria, com incentivo a mídia televisiva, numa parceria com a Assembléia

Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), dentro do projeto da TV Alerj.

Para melhor entendimento do que aqui iremos abordar, dividimos em

capítulos uma seqüência lógica de assuntos referenciais ao tema, a saber:

No capítulo 1 – Comunicação – Uma evolução constant e, começamos o

trabalho com um histórico da comunicação humana, desde a fala ao computador,

detalhando em subtítulos as principais descobertas e avanços tecnológicos, que

possibilitaram a transformação e a evolução da humanidade como nós a

conhecemos hoje.

No capítulo 2 - Comunicação – Uma definição mais moderna, após o

breve histórico, configuramos um conceito mais técnico à comunicação, citando a

visão de alguns teóricos da comunicação, que serviram, inclusive, para balizar e

enfatizar a relevância da comunicação no mundo moderno.

No capítulo 3, Fenômenos da Comunicação de Massa, detalhamos,

também em subtítulos, os vários fenômenos sociais pelas quais têm passado as

sociedades desde o período pós-industrial até à era da informação, que sofreram

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influência da comunicação, tais como: globalização, opinião pública e cidadania,

sociedade do espetáculo e o papel da imprensa.

No capítulo 4, Comunicação Institucional, procuramos abordar

tecnicamente o papel da comunicação das corporações, que tem atribuído às suas

respectivas assessorias de imprensa ou afins a responsabilidade do relacionamento

com os diversos públicos de interesse das instituições, aí incluindo também a

sociedade.

No capítulo 5, Comunicação Social no TCE-RJ, descrevemos as diversas

formas de comunicação desenvolvidas e implementadas pelo setor de Comunicação

Social do TCE-RJ, analisando suas relevâncias e resultados técnicos de

interatividade com os diversos públicos que compõem o universo do TCE-RJ.

No capítulo 6 , A TV e as instituições públicas, utilizamos dois projetos de

TV institucionais – TV Câmara e TV Alerj – como exemplos de ampliação de

divulgação destas instituições junto à sociedade.

Por fim, nas Conclusões e Sugestões , procuramos demonstrar que a mídia

TV ainda é relegada a um segundo plano na estratégia de comunicação do TCE-RJ,

pois, no entender do grupo, já existe um potencial a ser explorado neste particular,

que é utilizado pela instituição pública Assembléia Legislativa do Estado do Rio de

Janeiro (ALERJ), que junto com o TCE-RJ, compõe o Poder Legislativo do Estado.

Isto é, a própria esfera de Poder onde está contido o TCE-RJ já dispõe de um

canal televiso (TV Alerj) para a divulgação do seu trabalho junto à sociedade. É idéia

do grupo apresentar uma sugestão no sentido de se estabelecer uma parceria para

uma quiçá TCE TV. Para isto, utilizamos os conhecimentos adquiridos no transcorrer

do curso para um projeto de TV para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de

Janeiro (Anexo B) . Portanto, é um dos objetos deste trabalho abordar a relevância

de se explorar mais este canal de comunicação.

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RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso tem a finalidade principal de propor

melhorias na divulgação das atividades do Tribunal de Contas do Estado do Rio de

Janeiro (TCE-RJ), no sentido de ressaltar sua importância para a sociedade. Para

tal, vamos analisar o papel da mídia como instrumento de cidadania e transparência

dos atos públicos, cujas funções do TCE-RJ estão inseridas. Abordamos ainda a

importância do papel da opinião pública dentro de um ambiente do Estado

Democrático de Direito. Identificamos e analisamos as principais mídias utilizadas

atualmente pelo setor de Comunicação Social na divulgação das atividades do TCE-

RJ. Depois, procuramos identificar dois projetos de Comunicação de duas

instituições públicas, que se utilizam a mídia TV para divulgar suas ações. Para

concluir, destacamos uma proposta de implementação de um espaço televiso

próprio para o TCE-RJ numa parceria com a TV Alerj.

ABSTRACT

The goal of this paper is to suggest improvements in the means for disclosure

of information concerning the activities of the Court of Accounts of the State of Rio de

Janeiro, with a view to emphasizing the importance of the organization to the society.

To this end, we analyze the role of the media as a tool to disseminate citizenship and

transperency, which encompasses the duties of the Court. Public opinion's

significance within the Democratic State of Right is also considered. We identify and

study the principal media currently used by the Court's Press Department as an

instrument to broadcast information on the activities of the organization, as well as

two Communications projects from a couple of public institutions which use television

as a marketing tool. In the conclusion of the paper, we present a proposal to set up a

TV channel for the Court through a partnership with TV Alerj (Rio de Janeiro

Legislative Assebly TV).

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SUMÁRIO

Apresentação ....................................................................................pág. 05

Resumo..............................................................................................pág. 07

Introdução..........................................................................................pág. 09

Capítulo 1 – Comunicação – Uma evolução constante.....................pág. 11

1.1 – Da fala ao alfabeto.........................................................pág. 11

1.2 - Do alfabeto ao computador............................................pág. 12

1.2.1 - A escrita...........................................................pág. 12

1.2.2 – A imprensa......................................................pág. 13

1.2.3 – Rádio e TV......................................................pág. 14

1.2.4 – Computador....................................................pág. 15

Capítulo 2 – A Era da Informação.....................................................pág. 17

2.1 – Comunicação - Uma definição moderna........................pág. 17

2.2 – Comunicação de massa.................................................pág.19

Capítulo 3 – Fenômenos da Comunicação de Massa.......................pág. 21

3.1 – Globalização - O papel da imprensa – Sociedade do

espetáculo.....................................................................pág. 21

3.2 – Opinião pública e cidadania...........................................pág. 23

Capítulo 4 – Comunicação Institucional ............................................pág. 25

4.1 – Conceitos e definições....................................................pág. 25

4.2 – Comunicação Social.......................................................pág. 27

Capítulo 5 – Comunicação Social no TCE-RJ...................................pág. 29

5.1 – Os projetos de mídia atuais............................................pág. 29

5.1.1 – House Organ – TCE-RJ Notícia…………….....pág. 30

5.1.2 – Home page - Internet..................................….pág. 30

5.1.3 – Assessoria de Imprensa …………………….....pág. 31

Capítulo 6 – A TV e as instituições públicas......................................pág. 34

6.1 – TV Câmara.....................................................................pág. 34

6.2 – TV Alerj..........................................................................pág. 36

Conclusões e Sugestões...................................................................pág.40

Bibliografia........................................................................................pág. 41

Anexo 1 ............................................................................................pág.44

Anexo 2.............................................................................................pág.46

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

Durante os anos de exceção, a sociedade ficou à margem das decisões sobre

os rumos do progresso e do desenvolvimento da nação. Foi um período em que a

mídia era censurada e não havia acesso à informação isenta. E toda e qualquer

iniciativa neste sentido era motivo para prisões e arbitrariedades. Por conta disso, a

sociedade não dispunha de meios que obrigariam as instituições públicas a darem

satisfações sobre suas atividades e de como eram utilizados os recursos públicos.

Com a redemocratização do País, a sociedade redescobriu seu direito de

exigir do ente público, não só mais eficácia na prestação dos serviços, como

também mais transparência dos governantes e seus gestores. As instituições

públicas tiveram então que se adequar aos novos tempos das exigências sociais do

estado democrático de direito, em que o exercício pleno da cidadania é um dos

instrumentos de controle social sobre o poder público. Neste contexto, é inegável a

importância da mídia na interatividade do Poder Público e a sociedade, pois é um

dos elos da democracia. Assim, os meios de comunicação, em especial os de

massa, passaram a ser relevantes e fundamentais também para as organizações

públicas e para o próprio fortalecimento dessas organizações.

E o Tribunal de Contas do Estado está inserido neste contexto, em que há

necessidade de justificar suas atribuições e atuação junto à sociedade. Afinal,

vivemos numa sociedade em que o espetáculo vem muitas vezes associado ao

sucesso ou ao fracasso. Ou seja, não basta ser e, sim, parecer bem e melhor, pois

esta condição balizará o conceito da instituição junto à sociedade.

Como sabemos, o Tribunal de Contas tem por obrigação constitucional zelar

pelas contas públicas, ou seja, é o órgão fiscalizador e responsável pelo bom uso

dos recursos pagos pelo povo, através de seus impostos e taxas. E a forma de como

o Tribunal de Contas vem passando para a sociedade a importância do seu trabalho

é o que procuraremos desenvolver através deste trabalho de conclusão de curso,

pois acreditamos que, apesar dos diversos instrumentos de mídia utilizados pelo

setor de Comunicação Social do órgão, será que ainda há meios de comunicação de

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massa que poderiam ser melhor utilizados, para ampliar a divulgação e a

interatividade para com a sociedade?

Na nossa avaliação, sim, pois consideramos que, no momento atual, existem

meios de comunicação ainda subutilizados e/ou não utilizados de forma adequada

pelo setor de divulgação do Tribunal. Para efeito deste trabalho abordaremos, em

especial, as mídias que poderiam responder melhor a questão da comunicação do

TCE-RJ e a sociedade. Trataremos inclusive, para efeito de ilustrar e justificar este

trabalho, o resultado de estatísticas sobre matérias publicadas na mídia escrita,

principalmente, o que, na verdade, nos impulsionou a demonstrar que a mídia TV

ainda é relegada a um segundo plano na política de comunicação do TCE-RJ.

No entender do grupo, já existe um potencial a ser explorado neste particular,

que é utilizado pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ),

que junto com o Tribunal de Contas, compõe o Poder Legislativo do Estado. Ou

seja, na própria esfera de Poder onde está contido o TCE-RJ já existe uma

programação de TV exclusiva para a divulgação daquela Casa Legislativa. Trata-se

da TV Alerj, que poderia preencher esta lacuna no projeto de comunicação de

massa do Tribunal de Contas do Estado.

No desenvolvimento deste trabalho abordaremos esta questão no sentido de

demonstrar a real necessidade de implementarmos uma política de comunicação de

massa autêntica e que responda as reais necessidades de divulgação dos trabalhos

desenvolvidos no TCE-RJ.

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CAPÍTULO 1 – COMUNICAÇÃO – UMA EVOLUÇÃO CONSTANTE

1.1 - DA FALA AO ALFABETO

Desde o início dos tempos que o homem utiliza diversas formas de se

comunicar com seus semelhantes. A primeira forma foi a linguagem – entendida

como produção e entendimento da fala – que cresceu de acordo com a evolução

natural da espécie humana. Como uma maneira de se comunicar, a fala difere da

comunicação entre outras espécies animais, pois conta com o componente da

interpretação e criatividade. Como tal, o entendimento da fala humana envolveu uma

evolução fisiológica no hemisfério esquerdo do cérebro (área de Broca), que é a

zona a que se atribui a capacidade da fala. Há inclusive a crença que nesta fase da

evolução a comunicação entre homens e a comunicação entre animais era

semelhante.

Há cerca de 400 mil anos, quando surgiu na Terra o Homo Erectus, é

considerado o início de formas rudimentares de comunicação, que era semelhante

ao de outros animais, pois era feita através de grunhidos e gestos. Com a evolução

da espécie humana, acredita-se que a produção da linguagem no homem se deu na

época do Homem de Neandertal (100000 A.C. – 30000 A.C.) que se acredita já ter o

hemisfério esquerdo do cérebro minimamente desenvolvido.

Com o surgimento do Homo Sapiens, que estava mais desenvolvido

fisicamente, veio também um significativo desenvolvimento da linguagem e fala. Este

desenvolvimento também se deve um pouco á intersecção de duas culturas e como

tal necessidade de comunicação entre elas, pois durante uns tempos, o Neandertal

e o Homo Sapiens viveram na Terra simultaneamente. Além da fala, o homem

primitivo deixou-nos também como legado as pinturas rupestres, feitas na sua

maioria em paredes de cavernas com a utilização de sangue de animais, argila e

seiva de plantas.

O homem continuou evoluindo e, por volta do ano 3000 A.C., os Sumérios, na

Mesopotânea, inventam a escrita, cujas primeiras representações dão-se sobre a

forma cuneiforme, que consiste em gravar os símbolos em placas de argila ou barro.

Em seguida, no entanto, passado pouco tempo e possivelmente com a influência da

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escrita Suméria, surgem os hieróglifos egípcios e a escrita na Índia. Porem e devido

a escrita Suméria ser realizada através de símbolos com um significado e não um

alfabeto, esta pode ser lida apenas de uma maneira vaga.

Na primeira metade do 2º milênio A.C. surgiram linguagens logo-silábicas na

Anatólia, no Vale Indu e na China. A partir destes sistemas logo-silábicos, as sílabas

foram “emprestadas” a outros povos que escreveram as suas próprias linguagens. A

sílaba em si, na sua forma mais simples, ou seja, um sinal que representa uma

consoante e uma vogal foram “emprestadas” pelos egípcios aos povos semitas da

Palestina e Síria, que deixaram para trás os logogramas e os símbolos complexos

do sistema Egípcio. Isto porque a escrita egípcia nunca tinha exprimido vogais. A

escrita “semi-alfabética” mais antiga que se conhece são as chamadas inscrições

Proto-Sinápticas, que datam de 1500 A.C.. No entanto, foram os gregos que deram

o passo final ao separarem as consoantes das vogais, chegando ao alfabeto

completo no ano de 800 A.C.. Apesar desta grande evolução, o alfabeto ainda veio a

sofrer outras transformações até se definir um sistema de escrita completo.

1.2 - DO ALFABETO AO COMPUTADOR

1.2.1 – A escrita

Podemos entender como uma segunda fase da evolução da

comunicação o desenvolvimento da escrita alfabética, pois isto gerou novas formas

de transmissão da informação e, como conseqüência revolucionária para

humanidade é que, a partir de então, a história pôde ser registrada em detalhes. As

informações podiam então “viajar” mais facilmente, pois a partir daí foram

desenvolvidos meios de transportá-las que não necessitassem obrigatoriamente ter

o próprio homem como mensageiro.

Com isto, a humanidade avança e transforma seu cotidiano num irreversível e

constante processo evolutivo, pois, ao analisar a história do progresso da

comunicação é possível constatar os fatos que levaram a esta evolução. Da

oralidade para a escrita, da escrita para a imprensa, desta para o rádio e para a

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televisão, passando pelo telégrafo, até chegar-se à informática são resultados dessa

necessidade de aperfeiçoamento dos meios de veicular a informação como forma de

comunicação entre as sociedades.

A verdade é que o ser humano, ao longo de sua história, mantém-se sempre

na expectativa de irromper em novos desafios ao explorar novos horizontes,

impulsionado pelo ímpeto instintivo da constante busca da descoberta. E a invenção

da escrita veio de encontro a esse desejo, pois a História do Homem divide-se em

antes e depois do surgimento da escrita.

Aliás, a humanidade deve grande parte de seu progresso à escrita, pois é

inegável e fundamental para a história do homem a perpetuação dos registros feitos

por civilizações como a Sumeriana, a Egípcia e a Chinesa. Na verdade, a escrita

passou a ocupar o espaço privilegiado no qual se assentava a tradição oral,

substituindo o abstrato pelo concreto, revolucionando as sociedades através da

introdução de novos hábitos. Com isto, o homem não precisou mais se preocupar

com a questão do apagamento das memórias, suas lembranças não mais

dependiam da transmissão oral, passaram a ser registradas pela escrita, e estas,

perpetuadas nos meios de registro utilizados em cada época.

1.2.2 – A imprensa

Mas, apesar de a escrita se tornar a memória de um povo, de uma

cultura, de vencer, sob este aspecto, a barreira do tempo, existiam alguns

problemas. Os manuscritos inicialmente eram gigantescos, pesados, propriedades

de bibliotecas, difíceis de manejar. O homem empenhou-se na popularização dessa

técnica e, em 1450, recebeu um impulso com a imprensa de Gutenberg. Apesar de

profecias apocalípticas efetuadas por aqueles que detinham os manuscritos,

modelos singulares, que procuravam, com isto, monopolizar o conhecimento a

evolução da impressão resultou no livro, tornando versátil e mais fácil o acesso ao

conhecimento para o povo, jogando por terra as ameaças agourentas dos profetas

de ocasião. A escrita marca o início do registro da história da humanidade como a

conhecemos hoje.

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A evolução seguinte deu-se com a invenção, na Europa, da composição por

tipos móveis e da técnica de imprimir ilustrações com chapas de metal gravadas,

promovendo, com isto, profundas mudanças no modo de pensar e de viver das

sociedades da época, disseminando, cada vez mais, o conhecimento a um número

maior de indivíduos.

Nasce o jornal. Conhecido inicialmente como folhetim, surgiu como veículo de

transmissão de informações diárias. Ele era inicialmente lido em voz alta por um

letrado. Até hoje tem a responsabilidade de levar a última notícia, mantendo

atualizada a sociedade. A impressão foi, durante muito tempo, a principal tecnologia

intelectual de armazenamento e disseminação das idéias, ditando normas e

introduzindo novos hábitos nas sociedades. Mas o homem, em sua cede de

evolução, continuou a buscar formas novas e mais rápidas de se comunicar, com o

intuito principal de aproximar culturas, pois a escrita, com toda revolução que

introduziu na humanidade, ainda detinha a barreira da distância e da velocidade com

que os conhecimentos eram disseminados pelo mundo.

1.2.3 – Rádio e TV

Um novo marco na história das comunicações estabeleceu-se com a

invenção do rádio. Este tinha possibilidades de alcance muito maior e chegava mais

rapidamente que qualquer outra mídia, principalmente no Brasil, cujo público letrado

era bastante reduzido. O rádio, explorando a oralidade e a idéia da transmissão ao

vivo, adentrou facilmente nos lares brasileiros. Como sua forma de transmissão e

recepção necessitava apenas de uma estação emissora e aparelhos de

recebimento, a mensagem podia chegar facilmente às pessoas, inicialmente em

suas casas e, logo mais, com o surgimento de aparelhos portáteis, a qualquer parte

a que esse aparelho fosse levado.

Com o rádio, desenvolveu-se toda uma técnica de comunicação sonora em

que o ouvinte era envolvido por uma série de recursos que o levam a vivenciar

virtualmente (recorrendo ao seu imaginário) uma situação proposta, como, por

exemplo, nas peças de teatro ou novelas transmitidas radiofonicamente. Os efeitos

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utilizados para simular chuvas, trovoadas, incêndios e toda uma infinidade de ruídos

tinham como finalidade reproduzir uma cena real.

Popularizou-se nas décadas de 60 e 70 a televisão. A partir de então, não só

a palavra em forma de som poderia viajar pelo espaço, também a imagem em

movimento a fazê-lo. É uma forma de comunicação em que a oralidade passa a

dividir espaço com a comunicação da imagem, do símbolo, do movimento. A

informação, além de ser falada, pode ser lida, vista, interpretada pelo receptor. A

visão, sentido tão privilegiado nessa cultura, passa a ser o centro de explorações.

Para o telespectador, assistir ao noticiário na televisão possui outra

significação, há uma relação visual com quem transmite a informação, não é mais

uma voz anônima ou um texto de alguém que não se pode imaginar quem seja. É

uma pessoa que fala e mostra e se mostra a quem a assiste. A relação sujeito-

transmissor-receptor mudou. O telespectador estreitou sua relação com o

apresentador. Por fim, o satélite rompeu de vez com as distâncias, multiplicando em

milhares as oportunidades e as vias de comunicação, rompendo tabus culturais e, ao

mesmo tempo, democratizando, de certa forma, o conhecimento.

1.2.4 – Computador

Com a evolução dos meios de comunicação midiáticos, no final do

século XX, ocorre o agrupamento de todas as tecnologias anteriores. Surge uma

tecnologia mais eficaz, o computador, que oferece todas as possibilidades já

exploradas na imprensa, no rádio, na televisão, operando uma ultrapassagem: a

possibilidade de interação e a velocidade com que tudo ocorre. O indivíduo não fica

somente no papel de receptor passivo, há a possibilidade de escolha, há decisões a

serem tomadas. O volume de informações emitidas é maior, bem como a rapidez

com que chegam aos lares, oportunizando-se situações que as tecnologias

anteriores não possibilitavam.

Pode-se ler o jornal de qualquer parte do mundo, assistir a uma entrevista,

participar de conferências, ouvir músicas das mais longínquas regiões do planeta,

trocar correspondências, ler, discutir, conversar, tudo em um único aparelho, uma

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“máquina comunicacional” chamada computador. Máquina que está conectada a

milhares de outras, formando uma complexa rede, rompendo barreiras da distância

ao aproximar povos e culturas. Uma rede integrada, que começou na Guerra Fria, a

Internet está provocando uma revolução constante que estar a exigir da humanidade

um contínuo progresso tecnológico, onde o limite da imaginação é o infinito.

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CAPÍTULO 2 – A ERA DA INFORMAÇÃO

2. 1 - COMUNICAÇÃO – UMA DEFINIÇÃO MAIS MODERNA

Depois desse breve histórico sobre a evolução da comunicação e seus modos

de transmissão de mensagens através dos tempos e dando seguimento ao

entendimento proposto por este trabalho é fundamental transcorrermos sobre um

conceito mais moderno e técnico sobre comunicação. Os dicionários dão suas

definições sobre a ação de transmitir uma informação, como, por exemplo, o

“Koogan/Houais”, que apresenta o termo como “ação de comunicar: estar em

comunicação com alguém”. Já o “Aurélio”, entre outras definições, amplia

caracterizando comunicação como sendo “a capacidade de trocar ou discutir idéias,

de dialogar, com vista ao bom entendimento entre pessoas”.

De qualquer forma, apesar das diversas formas e interpretações dos autores

sobre o que é comunicação, todos são unânimes em concordar que a comunicação

para existir realmente tem que obedecer a pelo menos a quatro requisitos básicos,

quais sejam:

Emissor: transmite informações;

Receptor: que recebe as informações do emissor;

Meio de transmissão: interface ou caminho entre o emissor e receptor que

transporta o sinal;

Sinal: um sinal contém uma mensagem composta de dados e informações.

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Ou seja, podemos inclusive representar Comunicação sob a forma do

seguinte diagrama:

Diagrama 1 – Fluxograma de informação

Ao analisar o diagrama, é importante notar duas características sobre o

processo de comunicação. Primeira, a mensagem não é transmitida diretamente

mas é enviada por meio de um sinal. Segunda, o sinal sempre passa através de

algum meio de comunicação qualquer (fios, cabos, fibras, ar, ondas de rádio, etc)

que carregue o sinal entre o transmissor e o receptor.

Esta característica distingue-os da comunicação pessoal, na qual o

comunicador conta com imediato e contínuo feedback da audiência, intencional ou

não, e leva alguns comunicólogos a afirmar que aquilo que obtemos mediante os

meios de comunicação de massa não é comunicação, pois esta é via de dois

sentidos e, por tanto, tais meios deveriam ser denominados veículos de massa.

Neste particular, inclusive para dar embasamento teórico a este trabalho, com

intuito exclusivo de explicitar uma seqüência lógica da comunicação, sem entrar em

discussões mais profundas sobre o tema, é que preferimos utilizar o modelo

elaborado pelos teóricos de comunicação C. E. Shannon e W. Weaver (Teoria da

Informação), que definiram o sistema de comunicação da seguinte maneira: “uma

fonte de informação escolhe a mensagem dentre a série de mensagens possíveis;

um emissor transforma em sinais esta mensagem que é então enviada pelo canal de

comunicação ao receptor”. Porém, ao longo desse processo, certos elementos que

EMISSOR

RECEPTOR

Sinal

Meio de Transmissão

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não eram desejados pela fonte podem, no canal de comunicação, vir a alterar o

sinal; estes são considerados e classificados como os ruídos de canal,

interrompendo o ciclo de comunicação.

De qualquer forma, portanto, podemos considerar que comunicação consiste

no ato de transmissão de informações de uma fonte transmissora à outra receptora e

o pleno entendimento desta informação.

2.2 – COMUNICAÇÃO DE MASSA

Apesar de a comunicação autêntica ser a que se assenta sobre um esquema

de relações simétricas — numa paridade de condições entre emissor e receptor, na

possibilidade de ouvir o outro e ser ouvido, como possibilidade mútua de entender-

se —, os meios de comunicação de massa são veículos, sistemas de comunicação

num único sentido (mesmo que disponham de inúmeros feedbacks, como índices de

consumo, ou de audiência, cartas dos leitores).

Uma segunda característica básica dos meios de comunicação de massa é o

fato de que eles necessariamente empregarem máquinas na mediação da

comunicação: aparelhos e dispositivos mecânicos, elétricos e eletrônicos

possibilitando o registro permanente e a multiplicação das mensagens impressas

(jornal, revistas, livro) ou gravadas (disco, rádio) em milhares ou milhões de cópias.,

ou seja, audiência. Ou seja, a produção, transmissão e recepção das mensagens

audiovisuais (rádio, TV) precisa de milhares ou milhões de aparelhos receptores.

Mas, para efeito deste trabalho, uma outra característica é fundamental para

identificarmos uma mídia tipicamente de massa: trata-se da capacidade de atingir,

ao mesmo tempo, uma vasta audiência em todos os públicos, sem distinção

específica. Essa audiência, além de heterogênea e geograficamente dispersa, é, por

definição, constituída por membros anônimos para a fonte. E é justamente esta a

finalidade que deve ser almejada pelo TCE-RJ.

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A comunicação de massa é portanto um fator primordial para a efetivação de

uma política de comunicação social para toda e qualquer organização,

principalmente se ela for pública, pois as atuais exigências de controle social sob o

poder público são crescentes e assumem condição básica para o próprio

desenvolvimento e sobrevivência destas instituições.

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21

CAPÍTULO 3 – FENÔMENOS DA COMUNICAÇÃO DE MASSA

3.1 - GLOBALIZAÇÃO, O PAPEL DA IMPRENSA E A SOCIEDA DE

DO ESPETÁCULO

Até aqui vimos que a comunicação evolui na mesma proporção da quantidade

de informações geradas pela sociedade. E o processamento desta nova série de

conhecimento estar a exigir cada vez mais o aprimoramento das mídias. E todo este

processo de inclusão tecnológica da informação acabou por ocasionar um fenômeno

ao qual MacLuhan (1969) já previra, quando analisou os efeitos da comunicação

tecnológica na aproximação das sociedades ao eliminar barreiras geográficas,

classificando este “novo mundo” integrado numa verdadeira “Aldeia Global”.

Para nós, na atualidade, a este efeito podemos conceituá-lo como

Globalização, pois não há como negar que o processo de integração econômica e

social entre as diversas regiões do planeta é um fenômeno que se equivale ao

conceito de Aldeia Global, de MacLuhan, pois está relacionado com a criação de

uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando e

até modificando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.

Com relação a isto, observamos que não dá para dissociar a ação das mídias

modernas neste processo de integração, pois estas acabam por influenciar e até

ditar normas e procedimentos tornando praticamente irreversível o fenômeno da

globalização. Neste particular, gostaríamos de destacar, em especial, uma mídia,

que, no nosso entender, desempenha um papel fundamental na efetivação deste

processo: a imprensa, pois consideramos que uma das funções da imprensa é a

chamada formação da agenda pública, em que os fatos são importantes desde que

consigam mobilizar a sociedade. E este mobilização acaba por determinar

prioridades, estabelecer metas e objetivos às organizações e governos.

A verdade é que desde que Johann Gutemberg, em 1440, inventou a

tipografia e permitiu a impressão em massa, a imprensa vem sendo utilizada como

instrumento de poder. A invenção da imprensa, de fato, coincide com a criação das

nações e do Estado moderno e com o exercício do poder não apenas de forma

coercitiva, pelo uso da força, mas por meio de formas mais sutis de coerção e de

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persuasão e até de comportamento. Como bem destacou Bernad Cohen (2004),

escritor norte-americano, nos anos 60, ao afirmar que mesmo que a imprensa não

diga como nós devemos pensar, ela nos diz sobre o que devemos pensar. Nesta

afirmação, o escritor dá uma dimensão ímpar à questão da opinião pública, que

sofre interferência através da imprensa, e cujo poder de mobilização transcende

todos os limites impostos pelas regras sociais. Ou seja, queiramos ou não, a

imprensa tem o poder de mudar o cotidiano das pessoas influenciando inclusive os

tomadores de decisões públicas.

Estudos confirmam que a atenção da imprensa em determinado assunto faz

com que os responsáveis governamentais sejam mobilizados por aquela “pressão” a

dar respostas àquela demanda. Nesta questão, o jornalismo ganha importância

especial, pois é através do trabalho jornalístico que a opinião pública é formada, mas

haveremos de afirmar que não é a única forma de dar formatação à opinião pública.

No Brasil, há outras mídias que transformam, e um exemplo são as telenovelas, que

ditam modelos e agendas de discussão públicas.

Por isso, achamos que é fundamental ressaltarmos o papel da imprensa na

interação TCE-RJ e sociedade, abordando a relevância política da instituição para o

aprimoramento da missão de controle de contas sob a ótica da responsabilidade e

da transparência públicas. Portanto, para efeito deste trabalho, é fundamental

abordarmos as raízes dos efeitos da comunicação e sua relevância nas

transformações das sociedades, principalmente nos tempos de hoje, em que a mídia

tem o poder de transformar qualquer informação em espetáculo.

È fácil constatar que a tendência dos meios de comunicação de massa em

apelar sempre ao sensacional e ao espetáculo se constitui portanto em referencial

neste estudo, baseado principalmente no que nos revela Debord (2000), quando

disserta seu questionamento sobre a cultura da imagem e a Sociedade do

Espetáculo e os novos e inquietantes desafios contemporâneos. Apesar do autor

abordar raízes psicológicas para o fenômeno, para efeito deste trabalho nos

restringiremos aos aspectos mais pragmáticos da comunicação institucional e de

massa, pois a estas é delegada a função de divulgar as ações das organizações

junto à sociedade.

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3.2 – OPINIÃO PÚBLICA E CIDADANIA

A questão da opinião pública e seu efeito no processo de participação popular

têm se tornado cada vez mais importante nas tomadas de decisões praticamente em

todas as instituições, sejam elas públicas ou privadas. No que se refere ao Poder

Público, a necessidade e a exigência por transparência ganham uma relevância

especial, pois se trata de assunto de apelo público e do interesse coletivo.

Portanto, a questão da opinião pública numa sociedade realmente cidadã

também se constitui numa real e atual necessidade para dar satisfação às

obrigações do ente público para com os anseios sociais, já que, há muito tempo a

sociedade não se contenta mais em ser apenas um contrapeso ao poder. Na

verdade, a opinião pública opera como instância crítica e reveladora das decisões da

administração pública, reivindicando muitas vezes ser a própria fonte de poder,

passando a representar um novo princípio de legitimidade política.

É, portanto, fundamental, para dar consistência ao tema abordado neste

trabalho, que saibamos da importância da mídia na formação da opinião pública

contemporânea, como bem destacou Luiz Felipe Miguel (2004) em sua afirmação de

que “a mídia é fundamental, não apenas para transmitir “fatos”, mas também para

formalizar julgamentos, definir valores e interpretações”.

Portanto, é inegável e imperiosa a necessidade de as instituições darem o

devido valor à comunicação com o intuito de contribuir com o processo de

participação popular e da transparência da ordem pública. E isto, para nós, se

constitui em cidadania. Assim, sob a ótica da comunicação, verificamos a atuação e

a interação das diversas mídias ou formas de comunicação que são utilizadas

atualmente pelas assessorias de imprensa dos órgãos públicos, que podem e devem

se constituir em instrumentos de participação cidadã.

E é incontestável que a consolidação de bases democráticas tem despertado

este sentimento de participação das pessoas e isto se deve, em grande parte, ao

poder da comunicação. São inúmeros os casos divulgados pela imprensa que

acabam por exigir providências também nos negócios públicos e é neste contexto

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que a Comunicação Social emerge como fator estratégico para a plena vigência da

democracia no país, garantindo um espaço privilegiado de negociação entre

sociedade e o Estado. A isto podemos identificar como controle social, que, para

nós, é fundamental para existência de órgãos públicos, como o TCE-RJ.

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CAPÍTULO 4 – COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

4.1 – CONCEITO E DEFINIÇÕES

Para dar efetividade às novas exigências da sociedade em transparência e

cidadania, tanto as organizações públicas quanto as privadas despertaram para a

necessidade de desenvolverem a níveis profissionais a comunicação com seus

diversos públicos de interesse. Desde há alguns anos, a necessidade do marketing

e da comunicação social assume fundamental papel, pois a era da informação

passou a ser o diferencial entre o ultrapassado e o moderno.

Para efeito deste trabalho, vamos nos focar na evolução da comunicação

institucional no Brasil, que, segundo Torquato do Rego (2002), passou por algumas

fases até chegar ao nível atual. Foram três fases de desenvolvimento, que evoluíram

concomitantemente ao processo de desenvolvimento industrial do país. Nas

décadas de 60 e 70, Torquato destaca o início da preocupação das organizações

em dar ênfase ao produto, através dos meios e técnicas próprias de comunicação. A

partir da década de 80 a comunicação institucional tem sua ênfase na preocupação

não só com o produto, mas também com a imagem das empresas. Já a partir da

década de 90, até a atualidade, a comunicação social adquire um caráter estratégico

na visão destas organizações.

Já outro autor que estudou o tema, Wilson Bueno (2003), destaca cinco

grandes momentos decisivos: antes da década de 70, durante a década de 70, a

década de 80, fins da década de 80 e década de 90. Antes da década de 70, as

atividades de comunicação desenvolvidas pelas empresas ou entidades eram

absolutamente dispersas e amadoras. A partir deste período é que são percebidas

algumas mudanças importantes no sentido de se implantar uma cultura de

comunicação nas empresas. Ao mesmo tempo, há uma profissionalização crescente

no ramo da comunicação, com ênfase na introdução das Relações Públicas e da

Publicidade e Propaganda nos bancos escolares de nível superior. Nasce o mercado

da comunicação institucional.

Mas, foi nos anos 80 que aconteceu o impulso que faltava à comunicação

social nas organizações, que passa, efetivamente, a se constituir em um campo de

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trabalho promissor, atraindo profissionais de todas as áreas. Na segunda metade da

década de 80, uma experiência marca profundamente a comunicação institucional

brasileira: a empresa Rhodia desenvolve e implementa uma política de comunicação

social realmente profissional, que serviu de exemplo para outras organizações.

Nos anos 90, o conceito de comunicação institucional se aprimora, tornando-

se fundamental e estratégica nas políticas de desenvolvimento das organizações. O

passo seguinte, já no início do século XXI, a informação e o tratamento cada vez

mais profissional acaba por levar as sociedades cibernéticas ao nível da busca pela

excelência constante no trato da informação e comunicação das organizações.

Na verdade, estes períodos de desenvolvimento das diversas estratégias de

divulgação das instituições serviram para balizar inúmeros conceitos sobre a

comunicação moderna das organizações, dentre os quais destacamos a visão de

Bueno (2003), que não distingue a comunicação empresarial, institucional,

organizacional ou corporativa, utilizando os termos como sinônimos. Para ele, "a

comunicação empresarial (Organizacional, Corporativa ou Institucional) compreende

um conjunto complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos

desenvolvidos para criar e manter a imagem de uma empresa ou entidade

(sindicato, órgãos governamentais, ONGs, associações, universidades etc) junto aos

seus públicos de interesse (consumidores, empregados, formadores de opinião,

classe política ou empresarial, acionistas, comunidade acadêmica ou financeira,

jornalistas etc) ou junto à opinião pública."

Porém, com relação ao foco deste trabalho, ou seja, a comunicação das

organizações públicas, o conceito defendido por Kunsch (2003) é mais apropriado,

pois coloca o termo comunicação institucional fundamental também na relação das

empresas com as comunidades onde estão inseridas. Por outro lado, o grau de

profissionalismo das atividades de comunicação apresenta maior amplitude,

aplicando-se a qualquer tipo de organização social (empresa pública ou privada,

instituições, entidades sem fins lucrativos, etc.) não se restringindo ao âmbito das

empresas.

Dentro dessa perspectiva, a comunicação institucional surge para dar vazão a

enorme gama de necessidades atuais das organizações modernas, não só as

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empresas, mais e principalmente das administrações públicas. Isto por que, no

nosso modo de ver, as demandas por transparência e ética dos atos públicos são

exigências crescentes das democracias em sociedades modernas.

4.2 – COMUNICAÇÃO SOCIAL

É inegável que os novos cenários nos campos político, econômico, cultural e

tecnológico constituem-se em grande desafio às assessorias de comunicação das

instituições. A conscientização ecológica e a preservação do meio ambiente, o

reconhecimento cada vez maior dos direitos do público consumidor, além, é claro, da

crescente concorrência, são algumas das realidades atuais da comunicação

institucional. Com isto, é fundamental reconhecermos que a Comunicação Social é

importante para a sociedade em todos os aspectos. E é através dos meios de

comunicação de massa - rádio, revista, jornal, televisão, teatro, cinema, propaganda

- e nos dias atuais, o computador / internet; que a comunicação social é

implementada em toda sua plenitude.

Para tanto, precisamos identificar as necessidades das organizações no

sentido de investir na área da comunicação social. Para garantir a sobrevivência e

crescimento no mercado, as empresas necessitam estabelecer relações éticas e

transparentes com seus públicos, estabelecendo, inicialmente, suas metas e

instrumentos de comunicação para alcançá-las. É preciso, no entanto, reconhecer as

realidades e panoramas para estabelecer um programa de comunicação

institucional.

Para fazer frente aos novos cenários de mudanças, a comunicação

institucional adquire importância estratégica nas organizações. Podemos afirmar que

todo potencial da comunicação só se revela quando efetivamente a utilizamos de

forma estratégica e não apenas instrumental. Fica como desafio ampliar e discutir o

panorama da comunicação institucional, que devido à complexidade exige uma

adaptação constante dos gestores da área administrativa e da comunicação social

das empresas.

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No âmbito das empresas públicas, como é o caso do TCE-RJ, também as

novas realidades de transparência e cidadania obrigam estas organizações a

despertarem para a efetivação da comunicação social como ferramenta estratégica

de gestão moderna e eficaz. Por conta disto, alguns desafios surgem para

administradores e gestores de comunicação social do setor público. A integração

entre os diversos setores da organização deve estar articulado no sentido

estratégico de satisfazer às crescentes demandas de satisfação do serviço público e

todas as ferramentas, sejam elas de publicidade, de assessoria de imprensa e de

relações públicas, devem coordenar uma linguagem única, obedecendo as

especificidades da cada público-alvo.

Porém, consideramos um desafio primordial a necessidade de se permitir uma

comunicação transparente e participativa. Ou seja, o grande desafio das assessorias

de comunicação do serviço público é justamente estabelecer uma parceria de

entendimento entre os diversos públicos-alvo com a instituição, dentro de um

ambiente que está a exigir constante mudança, com a necessidade de se

estabelecer um diálogo permanente.

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CAPÍTULO 5 – COMUNICAÇÃO SOCIAL NO TCE-RJ

Como temos visto no transcorrer deste trabalho, a questão da comunicação

nunca foi tão relevante nos dias atuais, em que o exercício pleno da cidadania e a

conseqüentemente cobrança por transparência e ética dos atos públicos se

constituem nos anseios mais imediatos exigidos pela sociedade. Como toda

instituição pública, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ)

também tem que prestar contas de suas atividades à opinião pública e à sociedade.

E é neste particular que o setor de Comunicação Social da instituição passa a ter

fundamental relevância para se atingir o grau de satisfação de divulgação

condizente com a necessidade de tornar o trabalho desenvolvido no TCE-RJ mais

conhecido e relevante para a sociedade.

Por ser um órgão altamente qualificado tecnicamente e que cuida e analisa as

contas de praticamente todos os órgãos e prefeituras do estado, esta relevância

quanto à divulgação de seus atos, estudos e conclusões ganha uma dimensão

especialmente fundamental. E, para tanto, é necessário a implementação de uma

política de comunicação compatível com a relevância social do trabalho

desenvolvido pelo Tribunal de Contas. Consideramos que, com uma divulgação

melhor sobre a importância do trabalho feito no Tribunal de Contas para a

sociedade, a instituição passa a ser identificada como um instrumento importante e

necessário ao controle de contas, trazendo benefícios à toda sociedade.

5.1 – OS PROJETOS DE MÍDIA ATUAIS

De início, é fundamental tecermos uma descrição de como funciona

atualmente a Coordenadoria de Comunicação Social do TCE-RJ e as mídias e

projetos ora utilizados para divulgação da instituição, analisando suas relevâncias e

resultados técnicos de interatividade com os diversos públicos, que compõem o

universo do TCE-RJ. Desde 2002, a política de comunicação implementada pela

institucional transformou a Assessoria de Imprensa em Coordenadoria de

Comunicação Social, com a inclusão dos setores de editoração, gráfica e

reprografia, já que o setor passou a produzir todo o material de divulgação junto aos

públicos interno e externo.

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Atualmente, três ações de divulgação ganham destaque na política de

divulgação. São eles: um informativo periódico, o site da instituição na Internet e os

tradicionais contatos e avisos de pauta para a imprensa em geral. Para sermos mais

objetivos teceremos alguns comentários acerca de cada um desses itens.

5.1.1 – House Organ - TCE-RJ Notícia

O informativo periódico TCE-RJ Notícia é a principal

mídia própria de divulgação para os públicos interno e externo

da instituição da Coordenadoria de Comunicação Social da

instituição. Trata-se de uma revista mensal, com noticiário

diverso, artigos técnicos e outros assuntos de interesse

público. A revista funciona também como suporte para a

disseminação da marca TCE-RJ, reforçando a identidade do

tribunal junto a públicos específicos diversos. Sua tiragem é de cerca de 4 mil

exemplares e é enviada para os outros 34 tribunais de contas do país, câmaras de

vereadores e prefeituras do estado do Rio, parlamentares em geral, secretarias e

órgãos públicos, além de jornalistas.

Até agora, o informativo atingiu o número 56, o que demonstra uma cadência

periódica do que, caracterizamos como o principal instrumento de mídia externa

desenvolvido pela Coordenadoria de Comunicação Social. Se aplicarmos um

referencial médio de quatro leitores por exemplar da revista TCE-RJ Notícia, numa

tiragem de quatro mil exemplares, temos cerca de 16 mil leitores por cada edição.

Embora seja um número relevante, ainda é aquém das necessidades exigidas

para uma performance autêntica de veiculação de massa.

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5.1.2 – Home Page - Internet

O portal do TCE-RJ na internet é o elo

virtual da instituição com os internautas, onde

é possível acessar diversos links com

noticiário, decisões plenárias, entre outras

informações. A home page do tribunal oferece ainda outros serviços de interesse

público tais como editais de licitação examinados, pesquisas de preços para a

administração do governo do estado e dos municípios, pareceres prévios de contas

de gestão, certidões emitidas, ou seja, informações principalmente direcionadas aos

jurisdicionados do TCE-RJ. Além disso, estudos socioeconômicos e esclarecimentos

de dúvidas sobre o Sistema Integrado de Gestão Fiscal (Sigfis), dentre outros.

Embora seja um instrumento de mídia de ponta, onde há uma interatividade

adequada com o internauta interessado, a internet não pode ser considerada uma

comunicação de massa autêntica, pois o número de acessos é aquém ao índice

desejável, e, além disso, é praticamente direcionado a um público específico.

Estas são as principais mídias próprias para divulgação das ações do tribunal

junto aos públicos externos. Para nós, ainda insuficiente para garantir uma

divulgação realmente que atenda as atuais necessidades do tribunal de difundir sua

imagem na sociedade.

5.1.3 – Assessoria de Imprensa

A terceira ponta da política de divulgação do tribunal, dentro do atual

planejamento estratégico, está no trabalho de assessoria de imprensa, que vem

trabalhando reforçando as relações com os meios de comunicação e seus agentes,

com o objetivo de se tornar fonte de informação respeitada e requisitada, cujo

resultado tem se refletido num crescimento constante nos últimos seis anos no

número de matérias veiculadas, que representaram alguma forma de divulgação

para o TCE-RJ. Estes números foram objeto de análise (Anexo A) feita pela

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Coordenadoria de Comunicação Social apresentada recentemente à direção da

casa, que demonstramos no quadro e gráfico impressos a seguir:

Quadro 1 – Matérias publicadas

Ano Total de Matérias

Em cm2

Matérias Positivas

Em cm2

Matérias

Negativas Em

cm2

2001 159.779 92.279 64.500

2002 146.648 132.199 14.449

2003 230.210 219.600 10.619

2004 159.443 155.648 3.795

2005 182.070 180.720 1.350

2006 380.118 372.677 7.441

Fonte: TCE-RJ

Gráfico 1 - Classificação das Matérias Jornalístic as

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

1 2 3 4 5 6

Anos 2000

Total de Matérias Em cm2

Matérias Positivas Em cm2

Matérias Negativas Emcm2

Fonte: TCE-RJ

Os números demonstram que o aumento de matérias sobre o TCE-RJ é

constante nos últimos seis anos e, além disso, as matérias consideradas positivas

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têm crescido e as negativas têm decrescido. Ou seja, segundo este estudo, cerca de

92% das matérias publicadas nos principais jornais do Rio e São Paulo ( O Globo, O

Dia, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo) foram

consideradas positivas.

Pela nossa análise, houve um incremento e uma determinação muito

relevante no que concerne ao trabalho de assessoria de imprensa, que soube pautar

as editorias políticas, econômicas e regionais de forma bastante eficiente. De

qualquer forma os números são um retrato da atual da política de comunicação

social do TCE-RJ, que evidencia um trabalho específico para a mídia jornalística

impressa.

Porém, na nossa visão, as editorias acabam por adequar as informações

técnicas às especificidades e interpretações diversas, de acordo com a visão e/ou

interesse de quem publica. Muitas vezes, o próprio tribunal, através de nota paga,

tem que corrigir informações mal interpretadas veiculadas pelos jornais. Isto

evidencia a necessidade de uma mídia de massa própria do tribunal, que procuraria

passar uma mensagem única e autêntica para a sociedade.

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CAPÍTULO 6 – A TV E AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS

Um dos objetivos principais deste trabalho de conclusão de curso é procurar

identificar uma mídia de massa, que pudesse ser mais eficientemente explorada pelo

TCE-RJ. Em pesquisa, pela internet, nos diversos sites de diversos órgãos públicos,

aí incluindo os TCEs dos estados da federação, verificou-se que somente algumas

câmaras legislativas se utilizam da mídia TV para divulgar seus trabalhos, nenhuma

Casa de Contas. A maioria se utiliza de informativos próprios, além de cartilhas para

públicos específicos e restritos para interagir com a sociedade. Ou seja, para nós,

projetos gráficos que na verdade não satisfazem às necessidades de tornar os TCEs

conhecidos pela sociedade.

Portanto, é fundamental reconhecermos as reais vantagens em se explorar

mais intensamente a mídia TV no contexto da comunicação estratégica para os

órgãos públicos, principalmente àqueles que têm de alguma forma acesso a um

canal televiso próprio. E é justamente neste particular que o TCE-RJ tem a

oportunidade de desenvolver um projeto único para esta mídia.

No entanto, é preciso abordar inicialmente sobre as instituições públicas que

vem desenvolvendo um trabalho de divulgação baseado num canal, muitas

exclusivo, no sentido de estabelecer mais diretamente uma interação com a

sociedade. Para tanto, vamos nos concentrar em duas experiências de sucesso, que

têm contribuído para o incremento desses órgãos, dentre outras. Estamos nos

referindo mais especificamente às TVs Câmara, no âmbito federal, e à TV Alerj, esta

em nossa região.

6.1 – TV CÃMARA

A TV Câmara (Câmara dos Deputados Federais) foi criada em 20 de janeiro

de 1998, para transmitir as discussões e votações do Plenário e das comissões,

dando maior transparência à rede de elaboração das leis que regem o dia-a-dia da

sociedade. A partir de sua missão principal, tornou-se um veículo de promoção dos

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valores brasileiros e consolidou-se como um canal público de informação e

cidadania.

Além de exibir ao vivo todas as sessões do Plenário, as equipes de jornalismo

acompanham os trabalhos das comissões permanentes, CPIs, seminários e

qualquer manifestação de interesse público. A linguagem recebe especial atenção,

para traduzir ao telespectador o processo legislativo e tornar a notícia e a

informação claras e acessíveis.

Telejornais diários mostram os bastidores e detalham os assuntos importantes

do dia: Câmara Hoje, Primeira Página, Bastidores, Por Dentro das Comissões,

Câmara Agora. Programas temáticos e de debates vão ao fundo das questões e

ampliam a visão do telespectador, facilitando sua tomada de posição: Expressão

Nacional, Mulheres no Parlamento, Brasil em Debate, Participação Popular, Palavra

Aberta, Comitê de Imprensa, Ver TV.

Uma vasta programação cultural valoriza a produção nacional e põe no ar

todas as cores do mosaico brasileiro: Sintonia, Talentos, Curtas na TV, Foco,

Sempre um Papo. Em 2004, dois documentários receberam o prêmio Vladimir

Herzog, a mais importante premiação jornalística da área de direitos humanos do

país: "Florestan Fernandes – O Mestre" e a série "Contos da Resistência",

composta por quatro episódios sobre o golpe de 1964 e a redemocratização do

país. Em 2005, o feito se repetiu. A TV ganhou um prêmio Vladimir Herzog na

categoria Documentário, com o programa Brasileiros: "Sonia Maria, Sonho 100

Dimensão", e outro na categoria Reportagem de Noticiário Diário, com a série

"Índios, 500 anos de resistência", apresentada no Câmara Hoje. Outras produções

da TV Câmara também mereceram distinções em 2005. O programa Foco

"Microcrédito" obteve o Prêmio Betinho de Imprensa Livre, oferecido pela Agência

Betinho de Desenvolvimento, e o jornalista Paulo José Cunha ganhou o Prêmio

Engenho de Comunicação 2005 na categoria "Comunicador da Comunicação".

Enfim, uma TV pública, como esta, tem obrigações com a cidadania e a

valorização do país, com a difusão de valores éticos, morais, sociais, artísticos e

culturais do Brasil. Temas como a democracia, a defesa do consumidor, a proteção

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ao meio ambiente e o respeito aos direitos do cidadão são mais que um slogan;

constituem o compromisso da TV Câmara, como um canal público de qualidade,

em oferecer alternativa de boa programação para o brasileiro de todas as regiões e

todas as idades.

Cobrindo 100% do território nacional, o sinal da TV Câmara está disponível em

redes abertas e por assinatura. Via parabólica, operadoras de TV a cabo ou, no

Distrito Federal, em UHF, a programação está no ar 24 horas por dia.

Integrante do Portal da Câmara na internet, o site da TV Câmara vem contribuir

para a universalização de acesso à informação da atividade legislativa, cumprindo

os seguintes papéis:

• apresentar informações mais detalhadas sobre o que é televisionado, como

os textos que acompanham os vídeos, de forma permanente e atualizada;

• constituir um canal alternativo, inclusive de transmissão ao vivo, que não

requer o televisor nem o sinal para sintonia;

• antecipar informações sobre a programação, destacando aspectos de

interesse e convidando o público;

• permitir contato e interação com o público;

• possibilitar a pesquisa e a recuperação de informações.

6.2 – TV ALERJ

Na visão dos idealizadores do projeto de uma TV própria para o Poder

Legislativo, mais precisamente para Assembléia Legislativa do Estado do Rio de

Janeiro (ALERJ), deputados Heloneida Studart e Alessandro Molon, a TV Alerj foi,

incontestavelmente, uma das mais importantes conquistas da população do Estado

do Rio de Janeiro. Na visão destes, através dela, os cidadãos podem acompanhar,

em tempo real, o processo legislativo, o cotidiano do Estado, os temas em discussão

no parlamento fluminense, o trabalho de seus representantes.

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37

Ao iniciar suas transmissões em fevereiro de 2004, o sinal da TV Alerj,

distribuído através de satélite, chega a todas as distribuidoras de TV a cabo filiadas

à NET Cabo, sendo recebido em grande número de Municípios do Estado do Rio de

Janeiro. O sinal da TV Alerj é compartilhado diariamente com as TVs Legislativas

municipais do Estado do Rio de Janeiro que operam sinal de TV.

No que concerne aos parlamentares da Assembléia Legislativa, o canal

exclusivo assegura a todos os Membros da Assembléia Legislativa,

independentemente de filiação partidária, oportunidades iguais de participação em

programas de debates e entrevistas produzidos e veiculados pelo canal, respeitado

o interesse daqueles Membros de participar dos programas.

No projeto legislativo de número 743, de 2004, sobre a programação da TV

Alerj, é determinado que o canal é voltado para o registro dos trabalhos

parlamentares, especialmente a transmissão ao vivo das sessões legislativas, e tem

entre as suas prioridades transmitir:

I - ao vivo, obrigatoriamente, as sessões da Assembléia Legislativa

preparatórias, ordinárias e extraordinárias;

II - ao vivo, a critério da Mesa Diretora, reuniões:

a - da Mesa Diretora;

b - do Colégio de Líderes;

c - das Comissões Permanentes, salvo solicitação do Presidente da

Comissão;

d - das Comissões Temporárias, salvo solicitação do Presidente da

Comissão;

e – das Sessões Solenes;

f - outras, no âmbito da Assembléia Legislativa.

Os programas realizados são reexibidos em consonância com a atualidade

dos temas nele abordados e de sua adequação à grade de programação. Transmite

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os trabalhos parlamentares, com reexibição em horários alternativos, realizando

também programas de cunho institucional, jornalístico e cultural, dentre os quais:

· ALERJ em Revista

Programa semanal que apresenta resumo dos acontecimentos na Assembléia

Legislativa.

· Resumo do Plenário

Programa semanal que apresenta resumo das votações e acontecimentos n no

Plenário da Assembléia Legislativa.

Em que pese o incontestável significado da iniciativa, e de estar a TV Alerj

ainda engatinhando, uma das propostas discutidas pelo Poder Legislativo é, cada

vez mais, incrementar o canal televisivo com uma linguagem e programação que

mais se aproxime das Tvs comerciais, visando a popularização da TV Alerj.

Para tanto, com o intuito de conhecer as características do espectador da TV

Alerj (canal 12, Net-Rio) no Estado do Rio de Janeiro, a emissora realizou, em 2006,

pesquisa, através do Ibope, para mostrar a cobertura do canal da Assembléia,

utilizando critérios como gênero, idade, renda familiar e disposição geográfica.

Foram realizadas, entre os dias 4 e 9 de março, 1.008 entrevistas, em 31 dos 92

municípios do Rio de Janeiro. Pelo menos 16% da população dizem ter assistido, ao

menos uma vez, o canal. Entre os telespectadores, 17% são homens, enquanto que

16% são mulheres.

A pesquisa revelou uma surpresa: logo abaixo dos indivíduos com idade entre

40 e 49 anos estão os jovens entre 16 e 24 anos, o que significa que estes jovens se

interessam pela política do estado e procuram acompanhar os acontecimentos do

Legislativo. Geograficamente, os maiores índices de audiência estão nas regiões

litorâneas, central e no bairro da Tijuca, Zona Norte da cidade do Rio que,

curiosamente, representa uma fatia gorda do público (53%). Regiões da periferia e

interior do estado, ao contrário, contribuem pouco para a audiência do canal, com

15% cada.

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Com base nos números, a TV Alerj não baseia só sua programação nos

assuntos técnicos da Casa, mas também privilegia a cultura e a história do País,

ressaltando seu caráter pedagógico e de cidadania. E é com esta realidade que

poderia inspirar o TCE-RJ a desenvolver um projeto semelhante, com a utilização de

uma programação própria em parceria com a TV Alerj, já que, como vimos no início

deste subtítulo, há parcerias com outras casas legislativas, em especial com a

Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e, também, com a Prefeitura Municipal do Rio

de Janeiro, que se utilizam da TV Alerj com suas programações próprias.

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40

CONCLUSÕES E SUGESTÕES

Depois de transcorrermos sobre a importância da Comunicação na

sociedade, a idéia principal defendida pelos idealizadores deste trabalho é pela

iniciativa de uma discussão mais profunda da política de comunicação no âmbito do

TCE-RJ, por conta de considerarmos aquém das necessidades atuais da Casa e,

nunca é demais repetir, das exigências para um controle social efetivo. Em vista,

principalmente, da sociedade ainda desconhecer a realidade do trabalho

desenvolvido no Tribunal e sua importância para a sociedade, no que concerne ao

controle social sobre as contas públicas, oriundas dos tributos pagos pela

população.

Para nós, a discussão sobre um projeto próprio para a implementação de uma

programação exclusiva do TCE-RJ - com a criação do “Espaço TCE TV” – (Anexo

B), numa parceria com a TV Alerj, traria vantagens expressivas não só para a

instituição, mas, também, para os diversos públicos afins às atribuições do Tribunal,

pois, dentro do projeto, poderia ser desenvolvida uma programação interativa para

com os jurisdicionados. A idéia é fazer com que a grade de programação do “Espaço

TCE TV” inclua iniciativas pedagógicas de orientação e esclarecimento para os

controladores de contas espalhados praticamente em todos os órgãos e sociedades

públicas do estado.

Achamos, pois, relevante incluir no planejamento estratégico atual de

Comunicação Social do Tribunal de Contas um estudo preliminar de viabilização de

um projeto de mídia de TV própria para a instituição.

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BIBLIOGRAFIA

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introdução. A Política, a comunicação política e a opinião pública, 2003

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C. E. Shannon e W. Weaver, The Mathematical Theory of Communication .

Urbana: University. of Illinois Press, 1949; reimpr. 1964

CHEVITARESE, Amadeu Ângelo. Dos sinais de fumaça aos sinais de satélite,

Coleção Tecnologia & Informação, SP, 2005

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo . Rio de Janeiro: Contraponto, 1997

DRUCKER, Peter. Administração em tempos de grandes mudanças . São Paulo:

Pioneira, 1999.

KUNSCH, Margarida. Planejamento de relações públicas na comunicação

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NASSAR, Paulo e FIGUEIREDO, Rubens. O que é comunicação empresarial .

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TORQUATO DO REGO, Francisco Gaudêncio. Tratado de comunicação

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MACLUHAN, Marshall, O meio é a mensagem, Record, 1969

MACLUHAN, Marshall, Os meios de comunicação com extensões do homem,

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NOGUEIRA, Nemércio. Opinião pública e democracia . São Paulo: Nobel, 1987

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42

OLIVEIRA, Maria José da Costa. Comunicação Pública . Campinas (SP), Alínea,

2004

TCE Notícia – Informativo mensal do Tribunal de Contas, nº 29 , Outubro / 2004.

WATZLAWICK, Paul. Pragmática da Comunicação Humana, Editora Cultrix, São

Paulo, 1978

www.tce.rj.gov.br

www.alerj.gov.br

www.tvcamara.gov.br

.

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ANEXO A

DIAGNÓSTICO PARA UMA AUDITORIA DE IMAGEM INSTITUCIO NAL NA MÍDIA

IMPRESSA

Coordenadoria de Comunicação Social, Imprensa e Edi toração – Dezembro

2006

A análise qualitativa e quantitativa das reportagens publicadas nos últimos

oito anos indica mudança radical positiva, a partir de 2002. Todavia, isso não

significa que períodos anteriores apresentavam uma imagem negativa. Indica, isto

sim, que antes havia menos visibilidade da instituição, circunstância potencial de

fragilidade da marca.

Uma verdadeira auditoria de imagem requereria a aplicação de diversas

metodologias, tais como pesquisa de mercado, quantitativa e qualitativa, com coleta

de dados primários e secundários, entrevistas em profundidade com autoridades e

especialistas e análise do microambiente, além de outras ações.

Entretanto, ainda que de forma não científica, este trabalho revela dados

emblemáticos com base na centimetragem das reportagens publicadas e na análise

de conteúdo dessas matérias.

Do total de matérias publicadas nos últimos seis anos (2001 a 2006), 92%

foram positivas. Caso do Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro, pode-se

chegar à seguinte conclusão: historicamente, o TCE foi pouco noticiado e, de um

modo geral, a sociedade ainda desconhece as atribuições e o trabalho realizado

pela instituição.

Mas, agora se percebem as mudanças. Hoje, o tribunal conta de maior

visibilidade, sobretudo, a partir de 2002. Ao ficar mais exposta, a instituição provou

sua importância, confirmando o êxito pela opção de determinado posicionamento

estratégico

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De acordo com o nosso entendimento, o TCE conta (e deve contar) com dois

parceiros: o cidadão e a mídia. Em relação aos meios de comunicação de massa, a

palavra-chave é relacionamento. Além disso, constata-se um aumento de percepção

sobre o papel do TCE, por parte de diferentes setores, a exemplo de formadores de

opinião, além de outros poderes, como o Judiciário e o Legislativo, Ministério

Público, outros tribunais e o público em geral.

Ano Total de Matérias

Em cm2

Matérias Positivas

Em cm2

Matérias

Negativas Em

cm2

2001 159.779 92.279 64.500

2002 146.648 132.199 14.449

2003 230.210 219.600 10.619

2004 159.443 155.648 3.795

2005 182.070 180.720 1.350

2006 380.118 372.677 7.441

O TCE, nos últimos anos, vem pavimentando o caminho de sua legitimação

perante a opinião pública, ao reforçar valores vinculados à independência,

transparência, credibilidade, eficiência e eficácia. A forma como o TCE vem

aparecendo nos jornais comprova a tese segundo a qual, em qualquer contexto,

uma boa imagem institucional não depende só de especialistas da área de

Comunicação Social. Estes funcionam no plano do assessoramento político das

estratégias de comunicação, mas a imagem da instituição é resultado do trabalho

das ações a atitudes da alta administração da casa, bem como da eficácia e

efetividade do trabalho da organização como um todo.

Razões para atual imagem positiva vinculada à área de Comunicação Social

- Novo sistema de atendimento aos jornalistas

- Maior exposição do Tribunal na mídia m geral,

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- Tribunal e suas ações foram temas de matérias especiais sobre diferentes

assuntos nos jornais de grande circulação.

- Estudos elaborados por diferentes setores do TCE, notadamente a

Secretaria-Geral de Planejamento, serviram de matéria-prima para

reportagens especiais de jornais de grande circulação.

- A nova publicação com periodicidade mensal – a TCE Notícia – enviada por

mala direta a diversos setores, incluindo cerca de 200 jornalistas dos

principais jornais vêm funcionando, desde 2002, como fonte de pautas e

informações.

- Da mesma forma, o site do TCE na internet também vem se constituindo

como fonte de pautas para diferentes tipos de reportagens e notas de

colunas.

- Realização de ventos técnicos e seminários consolidam imagem positiva do

TCE, servindo para reforçar sua marca junto a diversos setores da sociedade

cuja atividade-fim está relacionada ao trabalho do TCE.

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ANEXO B

Disciplina: Elaboração, Análise e Avaliação de Proj etos

Trabalho: Roteiro Básico do Projeto: Espaço TV TCE- RJ

Resultado Esperado

A execução do Projeto “Espaço TV TCE-RJ”, que é a introdução de uma

programação exclusiva televisiva no canal de emissora a cabo TV Alerj.

Objetivo

Além de dar transparência pública às atividades do TCE-RJ junto à sociedade em

geral, o projeto visa ainda informar os públicos específicos de interesse

(administradores públicos, jurisdicionados, entre outros).

Justificativa

A identificação de uma carência de informação sobre as atividades do TCE-RJ para

a sociedade e também para os diversos públicos de interesse da instituição levou à

necessidade de implementar o Projeto “Espaço TV TCE-RJ”.

Condições gerais

Para a efetiva implementação do projeto é necessário seguir os trâmites formais e

dotar a administração das condições técnicas necessárias, cujos detalhes serão

descritos na seqüência.

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QUADRO GERAL DE ATIVIDADES PARA

IMPLEMENTAÇÃO DO “ESPAÇO TV TCE-RJ”

Quadro I (Final)

Listagem e descrição das atividades

Nº Atividades Descrição Duração

1

Designação de 5 servidores do TCE-RJ, através de ato administrativo da Presidência, para compor a Comissão de Estudos de viabilidade e implementação do "Espaço TCE-RJ" na grade de programação da TV ALERJ

A comissão será composta por 3 (três) servidores da Comunicação Social e 2 (dois) da Coordenação Administrativa. Custo: R$ 25 mil

5d

2 Publicação do ato administrativo no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro

Oficialização dos nomes da Comissão de Estudos. Custo: R$ 400

2d

3

Elaboração e proposição, pela Comissão de Estudos designados, de Ato Normativo para a criação e veiculação da programação do “Espaço TCE-RJ" na TV ALERJ,

Estabelecimento de normas e regras para o perfil de programação institucional. Custo: R$ 8 mil

15d

4 Apreciação, pela Presidência do TCE-RJ, do Ato Normativo proposto pela Comissão de Estudos designada

Definição e/ou aprovação das regras para implementação do projeto. Custo: R$ 2,5 mil 3d

5

Aprovação do Ato Normativo proposto pela Comissão de Estudos designada pelo Conselho Superior de Administração do TCE-RJ,

Definidas as regras. Custo: R$ 1,5 mil 10d

6 Publicação do Ato Normativo no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro

Oficialização das normas. Custo: R$ 400 2d

7 Agendamento, pela Comissão de Estudos designada, de reuniões com dirigentes de programação da TV ALERJ.

Definir os parâmetros de funcionamento do "Espaço TCE-RJ", tais como duração e horário disponíveis para a veiculação da programação a ser implementada. Custo: R$ 8 mil

5d

8

Estabelecimento da programação a ser veiculada, através de reuniões a serem realizadas pela Comissão de Estudos designada e representantes da Coordenadoria de Comunicação Social do TCE-RJ

Designação da grade de programas. Custo: R$ 7 mil.

15d

9 Apreciação e aprovação, pela Presidência do TCE-RJ, da grade de programação proposta

Análise parcial do projeto. Custo: R$ 2 mil 3d

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10

Indicação, pela Comissão de Estudos designada, de 5 profissionais com a qualificação técnica necessária para compor o quadro de cargos comissionados da Coordenadoria de Comunicação Social voltado para as atividades referentes à programação do "Espaço TCE-RJ",

Quadro de pessoal do setor de produção. Custo: R$ 18 mil

5d

11 Análise, pela Comissão de Estudos designada, de currículos apresentados pelos candidatos aos cargos comissionados

Definição e seleção do quadro técnico. Custo: R$ 8 mil

5d

12 Entrevista a ser realizada pela mesma Comissão, com os candidatos que tiverem os currículos selecionados

Continuação do processo seletivo. Custo: R$ 6 mil 5d

13 Escolha dos profissionais a serem contratados

Definição de pessoal para contratação. Custo: R$ 2 mil

1d

14 Apreciação dos nomes e currículos pelo Presidente do TCE-RJ

Aprovação de nomes pela Presidência. Custo: R$ 2 mil 3d

15

Nomeação, pelo Presidente do TCE-RJ, dos profissionais indicados pela Comissão de Estudos para ocupar os cargos comissionados

Ato administrativo de nomeação. Custo: R$ 400

2d

16 Publicação do ato administrativo no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro

Oficialização da contratação do pessoal. Custo: R$ 400

2d

17

Solicitação, pela Comissão de Estudos designada, da contratação de produtora de vídeo para implementação da programação a ser veiculada na TV ALERJ

Ato administrativo. Custo R$ 400 1d

18 Abertura do processo administrativo pela Subsecretaria de Administração e Finanças do TCE-RJ

Ato administrativo de análise e definição de parâmetros para contratação de produtora. Custo: R$ 800

1d

19

Elaboração, pela Coordenadoria Setorial de Compras do TCE-RJ, de cotações de preços com diversas empresas atuantes no mercado

Pesquisa de mercado de produtoras. Custo: 4 mil

15d

20

Análise, pela Coordenadoria Setorial de Compras do TCE-RJ, das cotações de preços apresentadas pelas empresas e cálculo do valor estimado para a contratação

Segunda fase da pesquisa para escolha da produtora. Custo: R$ 2 mil

1d

21 Elaboração da minuta do edital de licitação pela Coordenadoria Setorial de Compras do TCE-RJ

Descrição do ato administrativo de licitação. Custo: R$ 200

1d

22 Apreciação da minuta do edital de licitação pela Procuradoria-Geral do TCE-RJ

Procedimento burocrático sobre a legalidade do processo. Custo: 5 mil

5d

23 Autorização para a abertura do procedimento licitatório pelo Secretário-Geral de Administração do TCE-RJ

Procedimento administrativo. Custo: 800 1d

24 Bloqueio orçamentário pela Coordenadoria de Administração Financeira do TCE-RJ

Ato administrativo/financeiro de provimentos de recursos Custo: R$ 3 mil

1d

25 Publicação do edital da licitação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e em jornal de grande circulação

Ato administrativo/burocrático de publicidade. Custo; R$ 12 mil

2d

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49

26 Realização da fase de habilitação da licitação pela Comissão Permanente de Licitação do TCE-RJ

Entrega de propostas das empresas produtoras interessadas. Custo: R$ 2 mil

30d

27 Publicação do resultado da fase de habilitação da licitação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro

Ato administrativo de publicidade. Custo: R$ 8 mil

2d

28 Realização da fase de julgamento da licitação pela Comissão Permanente de Licitação do TCE-RJ

Análise de propostas e escolha da empresa. Custo: R$ 4 mil

30d

29 Adjudicação, pela Comissão Permanente de Licitação, do objeto da licitação à empresa vencedora do certame

Definição e autorização para prestação do serviço. Custo: R$ 5 mil

5d

30 Publicação do resultado da licitação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e em jornal de grande circulação

Ato administrativo de publicidade. Custo: R$ 16 mil

2d

31 Homologação da licitação pelo Subsecretário de Administração e Finanças do TCE-RJ

Ato administrativo/burocrático. Custo: R$ 2 mil

1d

32 Publicação da homologação da licitação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro

Oficialização do ato de empresa produtora selecionada. Custo: R$ 400

2d

33 Empenhamento da despesa pela Coordenadoria de Administração Financeira do TCE-RJ

Formalização de ato administrativo financeiro. Custo: R$ 2 mil

5d

34 Elaboração do termo contratual pela Coordenadoria Setorial de Compras do TCE-RJ

Ato administrativo de contrato entre as partes. Custo: R$ 1,5 mil

2d

35 Assinatura do Contrato pelas partes Reunião para assinatura do contrato. Custo: R$ 3 mil

5d

36 Publicação do extrato do termo de Contrato no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro

Oficialização da contratação da empresa produtora do projeto. Custo R$ 400

2d

37 Autorização, pela Coordenadoria de Comunicação Social, para o início da execução contratual

Ato administrativo de início de execução do projeto. Custo: R$ 600

2d

38

Elaboração e execução do programa piloto pela empresa contratada, com tema proposto pela Coordenadoria de Comunicação Social do TCE-RJ

Ato administrativo/operacional de execução do projeto. Custo: R$ 18 mil

15d

39

Aprovação, pela Coordenadoria de Comunicação Social, do programa piloto apresentado pela empresa contratada e atestação dos serviços executados

Análise para aprovação do programa-piloto. Custo: R$ 5 mil 15d

40 Execução e entrada ao ar do programa

Espaço TCE/RJ Projeto finalizado. Custo: R$ 187.700 5d

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50

Projeto: IMPLEMENTAÇÃO DO “ESPAÇO TCE-RJ TV” NA GRA DE DE

PROGRAMAÇÃO DA TV ALERJ

ORÇAMENTO GERAL

- +Servidores TCE-RJ (valor em HH) TOTAL HORAS

Presidente 50,00 7.600,00 7.220,00 7.980,00 12.000,00 152,00

Secretário-Geral 41,67 1.000,00 950,00 1.050,00 10.000,00 24,00

Subsecretário Adjunto 37,50 600,00 570,00 630,00 9.000,00 16,00

Procurador 41,67 1.333,33 1.266,67 1.400,00 10.000,00 32,00

Coordenador 33,33 10.533,33 10.006,67 11.060,00 8.000,00 316,00

Técnico de Controle Externo 25,00 71.100,00 67.545,00 74.655,00 6.000,00 2.844,00

Assessores Comissionados 25,00 360.800,00 342.760,00 378.840,00 6.000,00 14.432,00

Gratificação para 5 integrantes da Comissão deEstudos, pelo período de 8 meses

2,50 24.000,00 22.800,00 25.200,00 600,00 9.600,00

Total 476.966,67 453.118,33 500.815,00 -

Gratificação para 5 integrantes da ComissãoPermanente de Licitação (valor por reunião) - 6reuniões previstas

400,00 2.400,00 2.280,00 2.520,00 400,00 6,00

Total 2.400,00 2.280,00 2.520,00

Total 479.366,67 455.398,33 503.335,00 -

Equipamentos e mobiliário -

Mobiliário 5.500,00 5.500,00 5.225,00 5.775,00 5.500,00

Equipamentos de informática 26.272,00 26.272,00 24.958,40 27.585,60 26.272,00

Total 31.772,00 31.772,00 30.183,40 33.360,60

Aluguel de 2 salas com 50m² (incluído o valordo condomínio), pelo período de 12 meses

1.000,00 24.000,00 22.800,00 25.200,00 24.000,00 -

Aluguel de 1 veículo pelo período de 12 meses 31.200,00 31.200,00 29.640,00 32.760,00 -

Total 86.972,00 82.623,40 91.320,60 -

ServiçosContratação de empresa produtora de vídeos,pelo período de 12 meses

- 700.000,00 665.000,00 735.000,00 700.000,00 -

Total 700.000,00 665.000,00 735.000,00 -

Peças de reposição para bens patrimoniais - 8.000,00 7.600,00 8.400,00 8.000,00 -

Limpeza e conservação das salas - 3.600,00 3.420,00 3.780,00 3.600,00 -

Total 11.600,00 11.020,00 12.180,00 -

Diárias de viagens - 8.000,00 7.600,00 8.400,00 8.000,00 -

Material de escritório - 8.000,00 7.600,00 8.400,00 8.000,00 -

Serviços de telecomunicações - 8.000,00 7.600,00 8.400,00 8.000,00

Serviços de água e esgoto - 8.000,00 7.600,00 8.400,00 8.000,00

Serviços de energia elétrica - 8.000,00 7.600,00 8.400,00 8.000,00

Propaganda - 40.000,00 38.000,00 42.000,00 40.000,00 -

Total 103.200,00 98.040,00 108.360,00 -

Seguros 1.000,00 950,00 1.050,00 1.000,00 -

Impostos 8.000,00 7.600,00 8.400,00 8.000,00 -

Taxas 8.000,00 7.600,00 8.400,00 8.000,00 -

Publicações - 3.770,00 3.581,50 3.958,50 3.770,00 3.770,00

Total 20.770,00 19.731,50 21.808,50 -

Total Geral 1.401.908,67 1.331.813,23 1.472.004,10 -

Outras despesas

Recursos Patrimoniais

Manutenção

Despesas Gerais de

Administração

Mão-de-obra

Variação / TolerânciaItem Subitem Valor Unitário Valor Agregado