funções sintáticas
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FUNÇÕES SINTÁTICAS
Prof. Esp. Rafael [email protected]
São frases?
Pular vamos? Água você tenho que medo sabe
de! Não!
O QUE É UMA FRASE?
A frase é um conjunto de palavras organizadas que contém um sentido lógico e completo.
Essas palavras organizam-se em torno de um verbo conjugado.
Telefonou à Cláudia. Falou com a D.T. O Paulo um CD. A Carlota à mãe. A Albertina um livro
ao César.
Nestas frases, temos todas as informações importantes de que necessitámos para perceber o seu sentido?
Porquê?
A criança brinca. A criança apanha uma
flor. A criança dá a flor à
mãe. A criança é loira. A criança está na escola.
Numa frase, distinguem-se dois elementos essenciais: o sujeito e o predicado. Mas o mais importante é o verbo.
NOTA: Não se podem separar, com uma vírgula, o sujeito do predicado.
A menina, dança.* Ela, é loira.* Ela, está feliz.*
O SUJEITO O sujeito coloca-se, geralmente, antes do predicado. A criança brinca no jardim. sujeito
MAS, às vezes, pode aparecer depois: Onde brinca a criança? sujeito
Os alunos estuda para o teste.
Nós vou ao cinema.
Estas frases estão correctas?
Os alunos estudam para o teste.
Nós vamos ao cinema.
O sujeito e o predicado concordam em número e pessoa.
O sujeito designa a pessoa, o ser ou o objeto de quem se fala.
Diferentes tipos de sujeito
Existem diferentes tipos de sujeito:
Simples; Composto; Nulo;a) Sujeito subentendido,b) Sujeito indeterminado.c) Sujeito Expletivo.
Sujeito simples
A menina brinca. Os alunos estudam. Ela é simpática. Nós fomos ao cinema. A menina, Os alunos, Ela e Nós são
sujeitos simples.
Sujeito composto
A menina e o menino brincam.
Os alunos e eu fomos ao cinema.
Sujeito composto
Sujeito composto
Sujeito nulo
Quando não aparece escrito, temos um sujeito nulo.
Sujeito subentendido
Fui ao cinema. Comemos gelado. Desejou voltar a Vig. Mora na Dinamarca. Não está expresso o sujeito, mas, pelo
contexto, sabemos quem pratica a ação (“eu” e “nós”). Temos então um sujeito subentendido.
(eu)
(nós)
(Hans)
(Cavaleiro)
Sujeito indeterminado
Dizem que o país está cada vez pior. Bateram à porta. Não sabemos quem pratica a ação – o
sujeito é indeterminado.
Sujeito Expletivo
Ex. Choveu muito. No inverno, anoitece cedo. Há bolachas na lata. O sujeito não está expresso. Refere-se a
frases que não têm sujeito, porque dizem respeito a fenómenos meteorológicos, da natureza ou quando utilizam o verbo “haver”– sujeito expletivo.
O predicado é o que indica o que faz o sujeito. Pode também indicar como é o sujeito, como ou onde está.
Ela dança. Esta menina é loira. Ela está feliz. Ela está na escola.
Quais as frases com sentido completo?
a) A Rita comprou no Allegro.
b) A Rita comprou umas calças.
c) Ontem, a Teresa deu.d) A Teresa deu um
presente à mãe.e) O Sérgio escreveu.f) O Sérgio escreveu um
poema à Sofia.
b d f
O PREDICADO
O predicado pode ser constituído apenas por um verbo.
O jovem dormiu. O vaso partiu-se.
O PREDICADO Mas o predicado pode também ser constituído por um verbo e …
Ontem, a criança deu uma flor à mãe.
predicado O sentido da frase ficaria incompleto se disséssemos:A criança deu.*Ontem, a criança deu.*Ontem, a criança deu à mãe.*Mas posso dizer: A criança deu uma flor à mãe.
Conclusão
Existem complementos facultativos e obrigatórios.
Ontem, a criança deu uma flor à mãe.
Compl. facultativo Compl. obrigatórios
Logo…
O predicado pode ser constituído apenas por um verbo e/ou por complementos obrigatórios (funções sintáticas internas ao GV) .
COMPLEMENTOS OBRIGATÓRIOS -Funções sintáticas internas ao GV
COMPLEMENTO DIRETO
Dentro do predicado, o complemento direto é o complemento selecionado pelo verbo que responde às perguntas O quê? ou Quem?
A Inês faz os trabalhos. ↓ faz o quê? complemento direto O Rogério viu o Miguel. ↓ viu quem? complemento direto
Complemento direto - atividade
Substitui os complementos diretos por pronomes pessoais.
1. Eu vi o Pedro.2. Eles compraram uns
carros.3. Elsa perdeu a coragem.4. O professor trouxe as
cópias.
Correção:
1. Eu vi-o.2. Eles compraram-
nos.3. Elsa perdeu-a.4. O professor trouxe-
as.
ConclusãoO complemento direto pode
ser substituído pelos pronomes pessoais complemento direto o, os, a e as.
COMPLEMENTO INDIRETO
Dentro do predicado, o complemento indireto é o complemento selecionado pelo verbo que responde à pergunta A quem?
A Marta contou um segredo ao Frederico. ↓ a quem? complemento indireto
Complemento indireto - atividade
Substitui os complementos indiretos por pronomes pessoais.
1. O Paulo telefonou à Rita.
2. O diretor de turma falou aos pais.
Correção:
1. O Paulo telefonou-lhe.
2. O diretor de turma falou-lhes.
ConclusãoO complemento indireto pode
ser substituído pelos pronomes pessoais complemento indireto “lhe” e “lhes”.
Ontem, fui ao médico com a minha mãe. O sentido da minha frase mantém-se
mesmo quando: Ontem, fui ao médico. Fui ao médico com a minha mãe.
Mas*Ontem, fui com a minha mãe. Incorreto
Vou ao cinema. Chegou da Palestina.
O sentido das frases ficaria incompleto se disséssemos:*Vou.*Chegou.
Conclusão“ao médico”, “ao cinema” e “da
Palestina” são complementos obrigatórios. São complementos oblíquos.
Complemento oblíquo O complemento oblíquo é um
complemento obrigatório que faz parte do predicado.
A sua supressão pode gerar incorrecções (agramaticalidade) ou alterações de sentido.
COMPLEMENTO OBLÍQUO
A Ana pensa nas férias. O advogado foi a Elvas. O Cristiano Ronaldo gosta de automóveis.
O complemento oblíquo não pode ser substituído pelo pronome pessoal “lhe” / “lhes”(ao contrário do complemento indireto).
Ex. * A Ana pensa-lhes. * O advogado foi-lhe. *O Cristiano Ronaldo gosta de lhes.
O Gato Malhado e Andorinha Sinhá foi escrito por Jorge Amado.
O sentido da frase ficaria incompleto se disséssemos:*O Gato Malhado e Andorinha Sinhá foi escrito.
Complemento agente da passiva
É a função sintática de um grupo preposicional numa frase passiva, introduzido pela preposição “por”.
Complemento agente da passiva
É constituído pela expressão que tem a função de sujeito na frase ativa.
Ex. A Saga/ O cavaleiro da Dinamarca foi escrito por Sophia de Mello Breyner.
frase ativa correspondente: Sophia de Mello Breyner escreveu A Saga.
Compl. Agente da passiva
sujeito
Complemento agente da passiva
NOTA: Cuidado com as contrações da
preposição “por”:Por+a – pelaPor+o – peloPor+as – pelasPor+os - pelos
Complemento agente da passiva
Exemplos: Os trabalhos foram realizados pelos
alunos. Os alunos realizaram os trabalhos.
A tarte foi feita pela Ana. A Ana fez a tarte.
Compl. Agente da passiva
Compl. Agente da passiva
sujeito
sujeito
CUIDADO!! Nem sempre a preposição “por” introduz
um compl. agente da passiva. Ora, vê: Optou por descansar em casa. Ele falou por entre os dentes. O livro está por baixo da cama. Eu fiz isso por ti. Estou apaixonado por ti.
Nenhuma destas frases está na
passiva!!!
Hans era um navegador. O Cavaleiro era persistente.
O sentido das frases ficaria incompleto se disséssemos:
*Hans era.*O Cavaleiro era.
Predicativo do sujeito É o termo que confere ao sujeito ou ao
objeto uma qualidade, uma característica.Ex.: Ele está triste. Os alunos são inteligentes. Passos Coelho é primeiro-ministro. Fumar é um vício. A garota é estudiosa. Eles ficaram calados. Camila chegou feliz.
Predicativo do sujeito
Predicativo do sujeito O predicativo do sujeito é uma função
sintática desempenhada pelo constituinte selecionado por verbos copulativos (ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar).
Ex.: Portugal é um encanto. A Maria continua feliz.
Predicativo do sujeito O predicativo do sujeito e o sujeito
concordam em género e em número.
Ex.: O António é alto. A Rita é a melhor aluna a Biologia. Os jogadores permaneceram deitados.
Predicativo do sujeito O Miguel é inteligente.
A minha casa é aquela.
As partes do corpo humano são três.
Estou bem.
Amar é não ter que pedir perdão.
Predicativo do sujeito
AtividadeIdentifica a função sintática das expressões sublinhadas. Chegou triste. A minha casa é aquela. As partes do corpo humano são três. Estou bem. Amar é não ter que pedir perdão.
Predicativo do sujeito
Outras funções sintáticas
MODIFICADOR DA FRASE
Ontem, fui ao médico com a minha mãe.O sentido da minha frase mantém-se mesmo quando:Fui ao médico com a minha mãe.
“Ontem”, é um elemento facultativo.
Modificador da frase
O modificador da frase pode ser eliminado, porque não é exigido por nenhum elemento da frase. É indispensável.
AtividadeIdentifica a função sintática das expressões sublinhadas.
Eu li a peça em casa. Certamente, o Onzeneiro não contava com a morte. O Diabo tratou o Onzeneiro por “meu parente”, embora
não fosse seu familiar.
São modificadores.
MODIFICADOR DO NOME RESTRITIVO
Os alunos que eram do 8E são agora do 9E.
Isto significa que os alunos que não eram do 8E não são do 9E.
“que eram do 8E”, esta referência restringe o
nome.
MODIFICADOR DO NOME RESTRITIVO
O modificador do nome restritivo restringe a referência do nome sobre o qual incide.NOTA: não aparece entre vírgulas.
MODIFICADOR DO NOME APOSITIVO
Gil Vicente, o dramaturgo, escreveu o Auto da Barca do Inferno.
Muitas personagens-tipo, que permitem a crítica social, entram na Barca do Diabo.
“o dramaturgo” e “que permitem a crítica social” são
MODIFICADOR DO NOME APOSITIVO.
MODIFICADOR DO NOME APOSITIVO
O modificador do nome apositivo não restringe a referência do nome sobre o qual incide.Dá uma informação adicional.NOTA: aparece entre vírgulas.
Vocativo É a função sintática que identifica o
interlocutor e que ocorre frequentemente em frases imperativas, interrogativas e exclamativas.
a) Ex. Maria, faz-me um favor!b) Já te disse, filho, para estudares. c) Vais amanhã ao cinema, Júlio?d) “Ó sino da minha aldeia…”
Vocativo NOTA: O vocativo tem uma posição
variável na frase, e pode aparecer isolado pela pontuação, sobretudo pela vírgula.
É constituído por um grupo nominal e serve para invocar, designar ou chamar a atenção do interlocutor.
Vocativo - atividade Diz se as palavras e expressões
destacadas desempenham a mesma função sintática:
1. A Rita fala.2. Rita, fala.3. Sai, Rui!4. O Rui sai.
Correção:
1. Sujeito2. Vocativo3. Vocativo4. Sujeito