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Page 1: Funções da Linguagem Drd. Andréia Almeida Mendes

Funções da Funções da LinguagemLinguagem

Drd. Andréia Almeida Mendes

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O processo de comunicação compreende a troca de informações, utiliza de sinais devidamente organizados, que são emitidos a uma outra pessoa. A palavra falada, a palavra escrita, os desenhos, os sinais de trânsito são alguns exemplos de comunicação, em que alguém transmite uma mensagem a outra pessoa.

Qualquer interferência sofrida no processo de comunicação é chamada de ruído.

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Elementos da Comunicação

Emissor – o que emite a mensagem. Receptor – o que recebe a mensagem. Mensagem – o conjunto de informações

transmitidas. Código – a combinação de signos utilizados

na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.

Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar...

Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.

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Funções da LinguagemFunções da Linguagem

Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação:

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1. Função Referencial, 1. Função Referencial, denotativa ou informativa: denotativa ou informativa:

É centralizada no referente, o emissor oferece informações sobre a realidade, por isso é objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular, produzindo informações “claras, transparentes e sem ambiguidades”. Um exemplo de uso da função referencial são os editoriais dos jornais, escritos de forma linear, com sintaxe clara, apresentam tese, desenvolvimento e conclusão da maneira mais impessoal possível. (CHALHUB, 2003)

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Em 1665¸ Londres é assolada pela peste negra (peste bubônica) que dizimou grande parte de sua população, provocando a quase total paralisação da cidade e acarretando o fechamento de repartições públicas, colégios etc. Como conseqüências desta catástrofe, Newton retornou a sua cidade natal, refugiando-se na tranqüila fazenda de sua família, onde permaneceu durante dezoito meses, até que os males da peste fossem afastados, permitindo seu regresso a Cambridge.

Este período passado no ambiente sereno e calmo do campo foi, segundo as palavras do próprio Newton, o mais importante de sua vida. Entregando-se totalmente ao estudo e à meditação, quando tinha apenas 23 a 24 anos de idade, ele conseguiu, nesta época, realizar muitas descobertas, desenvolvendo as bases de praticamente toda a sua obra.

(Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga. In. Curso de Física. São Paulo: Harbra, 1992. v. 1, p. 196.)

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Menino que levou tiro na cabeça e não sabia sai do hospital

Samuel, de 3 anos, brincava na frente da casa dele quando foi atingido por uma bala perdida.

A família realmente achou que ele tivesse levado uma pedrada de um amigo. O menino foi atendido em dois postos de saúde públicos de Foz do Iguaçu. As médicas não perceberam que ele tinha uma bala alojada no cérebro - e receitaram analgésico e antibiótico.

Só cinco dias depois, quando a família resolveu pagar por um exame, o projétil foi encontrado.

Ele passou por uma cirurgia delicada e logo começou a surpreendente recuperação.

A previsão é de que Samuel deixasse o hospital apenas amanhã, mas como a recuperação dele foi excelente e desde ontem o menino pedia muito para ir pra casa, os médicos anteciparam a alta. Ele precisa apenas descansar um pouco, cuidar dos curativos e a partir de hoje já pode retomar a vida normal.

Os médicos dizem que apesar de o tiro ter atravessado o cérebro, o menino não ficará com sequelas. (31/01/2009)

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2. Função emotiva ou 2. Função emotiva ou expressiva: expressiva:

É centralizada no emissor, revela as opiniões ou sentimentos do emissor. Predomina, portanto, o uso da 1ª pessoa, de interjeições, de adjetivos, de advérbios e de signos de pontuação como exclamações e reticências. Essa figura é típica em canções populares, novelas, pinturas. (CHALHUB, 2003)

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Estou tendo agora uma vertigem. Tenho um pouco de medo. A que me levará minha liberdade? O que é isto que estou te escrevendo? Isto me deixa solitária.

(Clarice Lispector)

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“Eu sei que vou te amar.Por toda a minha vida, eu vou te amar.Em cada despedida, eu vou te amar.DesesperadamenteEu sei que vou te amar.E cada verso meu seráPara te dizer que eu sei que vou te amarPor toda a minha vida.Eu sei que vou chorar.A cada ausência tua eu vou chorar.Mas cada volta tua há de apagarO que esta ausência tua me causou.Eu sei que vou sofrerA eterna desventura de viverÀ espera de viver ao lado teuPor toda a minha vida.” (Vinícius de Moraes e Tom Jobim)

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3. Função conativa ou apelativa: 3. Função conativa ou apelativa: .  É centralizada no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor, por meio de “ordem, exortação, chamamento ou invocação, saudação ou súplica”. Predomina o uso da 2ª pessoa, do vocativo e do imperativo. A persuasão da mensagem pode ser reforçada pela função estética, como exemplo foi citada a bula de remédio criada por Décio Pignatari, em que a função estética foi usada como suporte para persuadir o receptor. (CHALHUB, 2003)

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4. Função fática: 4. Função fática:

É centralizada no canal, no contato, no suporte físico. Testa o canal sem informar significados. São certos tiques, cacoetes, interjeições que mantêm os interlocutores em contato, dando a ilusão de que emissor e receptor se comunicam. (CHALHUB, 2003)

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— Como vai, Maria? — Vou bem. E você? — Você vai bem, Maria? — Já disse que sim! — Eu também. Está tão bonita!” — Ah, bem, é que eu... — Ah, é. (Dalton Trevisan)

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Olá, como vai ?Eu vou indo e você, tudo bem ?Tudo bem eu vou indo correndoPegar meu lugar no futuro, e você ?Tudo bem, eu vou indo em buscaDe um sono tranquilo, quem sabe ...Quanto tempo... pois é...Quanto tempo...Me perdoe a pressaÉ a alma dos nossos negóciosOh! Não tem de quêEu também só ando a cem

(Paulinho da Viola)

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5. Função metalinguística: 5. Função metalinguística:

É centralizada no código, “no sistema de símbolos com significação fixada”, usa a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala de poesia utiliza a função metalinguística. As críticas, as traduções e os dicionários são outros exemplos de metalinguagem. (CHALHUB, 2003)

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“_Que quer dizer pitosga? _Pitosga significa míope. _E o que é míope? _Míope é o que vê pouco.”

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Poética

Que é a Poesia?Uma ilhaCercadaDe palavrasPor todosOs lados. Que é o Poeta?Um homemQue trabalha o poemaCom o suor do seu rosto.Um homemQue tem fomeComo qualquer outroHomem. (Cassiano Ricardo)

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Poesia

Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira”. (Drummond)

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Metáfora“Uma lata existe para conter algoMas quando o poeta diz: "Lata"Pode estar querendo dizer o incontívelUma meta existe para ser um alvoMas quando o poeta diz: "Meta"Pode estar querendo dizer o inatingívelPor isso, não se meta a exigir do poetaQue determine o conteúdo em sua lataNa lata do poeta tudo-nada cabePois ao poeta cabe fazerCom que na lata venha caberO incabívelDeixe a meta do poeta, não discutaDeixe a sua meta fora da disputaMeta dentro e fora, lata absolutaDeixe-a simplesmente metáfora” (Gilberto Gil)

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6. Função poética: 6. Função poética:

A função poética caracteriza-se pela mensagem centrada em si mesma, contruída de forma nova para desautomatizar a sensibilidade do leitor. O objetivo é causar estranhamento. Essa função é a essência da poesia. (CHALHUB, 2003). Afetiva, sugestivam conotativa e metafórica.

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Não sinto o espaço que encerro Nem as linhas que projeto Se me olho a um espelho, erro — Não me acho no que projeto

(Mário de Sá-Carneiro)

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Numa mesma mensagem, porém, várias funções podem ocorrer, uma vez que, atualizando concretamente possibilidades de uso do código, entrecruzam-se diferentes níveis de linguagem. (CHALHUB, 2003, p. 8)

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CHALHUB, Samira. Funções da linguagem. 11. ed. São Paulo: Ática, 2003.

Referência