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Fruticultura

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Perspectivas 2017 ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO E PÓS-COLHEITA SERÃO OS DESTAQUES DA FRUTICULTURA

Mesmo com as adversidades climáticas que atingiram alguns importantes polos de produção em 2016, a fruticultura continuará sendo um dos setores de maior destaque do agronegócio brasileiro em 2017.

Com uma grande variedade de culturas produzidas em todo o país, sob diferentes climas (tropical, subtropical e temperado), a fruticultura deverá continuar gerando oportunida-des para os pequenos negócios.

É animadora a previsão para a produção de laranjas destinada à indústria e ao consumo in natura para a próxima safra. Dados divulgados pela CitusBr indicam bons volumes de chuva para as principais regiões produtoras de São Paulo, beneficiando o “pegamento” dos chumbinhos que darão origem à safra 2017/2018.

No segundo semestre de 2016, houve queda de pequenos frutos das árvores, mas, na maioria das regiões, não foi de grande intensidade. Nesse cenário, as lavouras tem apre-sentado bom desenvolvimento em praticamente todas as regiões citrícolas do estado de São Paulo, gerando boas expectativas com relação à próxima temporada.

A adoção de novas tecnologias de produção e pós-colheita deve aumentar a eficiência dos sistemas produtivos de frutas no país, contribuindo para a redução dos custos de produção das atividades desse segmento.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), o uso de novas tecnologias no controle de moscas-das-frutas e no tratamento pós-colheita de uvas e mangas, no Vale do São Francisco, tem proporcio-nado aumento médio de produtividade, em torno de 3% ao ano, e também melhorado a qualidade das frutas.

A produção estimada de frutas para 2017 é de aproximadamente 44 milhões de toneladas (IBGE, 2016). Esse volume mantém o Brasil como terceiro maior produtor de frutas do mundo, atrás apenas da China e da Índia, respectivamente.

Os números do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que frutas como a banana e o mamão terão crescimento de 10% na produção, até 2025.

O consumo de frutas deve seguir com tendência de alta no próximo ano, em particular devido ao crescente interesse do consumidor brasileiro por uma alimentação mais saudá-vel, além da conscientização de que o consumo de frutas está diretamente relacionado ao combate da obesidade.

Pesquisa encomendada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indi-ca que 53% da população brasileira têm sobrepeso ou algum grau de obesidade.

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Gráfico 2. Níveis do índice de massa corporal (IMC) do brasileiro

Fonte: Pesquisa CNA 2012/Elaboração CNA.

Projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) indi-cam que o consumo per capita de frutas, brasileiro e mundial, deve continuar crescendo a taxas superiores aos da economia mundial e doméstica. Além disso, a melhoria da situa-ção econômica do país e o aumento do poder de compra do brasileiro vão contribuir para o aquecimento do consumo interno no decorrer de 2017.

Com o objetivo de atender a essa nova realidade do mercado, o fruticultor brasileiro de-verá priorizar a qualidade do produto, buscando investir em boas práticas agrícolas, na melhoria de tratamentos pós-colheita, no armazenamento frio e na modernização do transporte e logística.

Os fruticultores que não se adequarem a essa nova realidade perderão competitividade e serão automaticamente excluídos da atividade.

A qualidade e a diversidade das frutas produzidas dão ao país enorme vantagem compe-titiva frente aos seus principais concorrentes. A capacidade do Brasil nas vendas externas de frutas frescas e processadas, somada às iniciativas do governo e do setor privado na divulgação da qualidade das nossas frutas e ampliação dos mercados, permitirá aumento significativo no volume exportado em 2017.

Obsesidade grau 3 Sobrepeso

IMC do Brasileiro (%)

Obsesidade grau 1 Obsesidade grau 2Magrasa Saudável

47%

34%

11%

3% 3%2%

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Balanço 2016PROBLEMAS CLIMÁTICOS DEVEM REDUZIR EM 1% A PRODUÇÃO BRASILEIRA DE FRUTAS

A fruticultura é uma atividade de extrema importância para geração de renda e o desen-volvimento agrícola do Brasil. O segmento gera, aproximadamente, 5,6 milhões de em-pregos, em plantações que cobrem mais de 2 milhões de hectares distribuídos por vários polos de produção no país.

Em 2016, o setor sofreu com problemas climáticos que provocaram queda da produção em diversas regiões. Em Santa Catarina, por exemplo, a produção de maçã registrou que-da em torno de 40%. Dois anos consecutivos de invernos fracos prejudicaram a dormência das macieiras, sendo que uma geada tardia queimou as flores das árvores.

No Espírito Santo, o mamão sofreu com a seca que, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), provocou perdas de até 70% na produção, no primeiro semestre do ano.

Já na região Nordeste, que normalmente sofre com a estiagem, a forte seca de 2016 redu-ziu o nível dos poços artesianos, fazendo com que produtores de melão e melancia tives-sem que deslocar parte de sua produção para áreas com maior disponibilidade de água.

Apesar dos problemas climáticos, a produção brasileira de frutas deve, em 2016, ter bom desempenho com queda de apenas 1%, na comparação com o ano passado. Com a volta das chuvas, a maioria das culturas conseguirá recuperar parte da produção perdida no decorrer dos últimos três meses do ano.

No que se refere às exportações, a previsão indica queda de 2,01% no valor e 1,19% no vo-lume, de acordo com dados do Agrostat/MAPA compilados até setembro. Porém, como historicamente as exportações brasileiras de frutas frescas têm os maiores volumes de embarque nos meses de outubro, novembro e dezembro, estima-se que as vendas exter-nas, em 2016, aumentem 3% em relação a 2015.

Gráfico 1. Produção e exportação de frutas frescas - 2009 a 2016

Fonte: Secex, elaboração CNA - *estimativa.

Milh

ões t

onel

adas

Mil

tone

lada

s

36

342009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*

38

40

42

44

46

39,5

41,141,6

43,6

42,5

44,343,8

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

37,5

780 759681 693 711 708

819 836

produção exportação