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Page 1: Fórum Ecuménico Jovem (Obras Missionárias Pontifícias)€¦ · 25 – Por estes dias ... catequese em lugares estratégicos para servirem várias paróquias”, ideia apresentada
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04 – Editorial: Sandra CostaSaldanha06 – Foto da semana07 – Citações08 – Nacional12 – Igreja Local14 – Espaço Ecclesia16 – Opinião D. José Cordeiro

18 – A semana de… Octávio Carmo20 – Internacional24 – JMJ Rio 201325 – Por estes dias…26 – Dossier Semana de Oração pelaUnidade dos Cristãos 32 – Entrevista: João Duque38 – Cinema40 – Multimédia42 – Estante44 – História: Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos46 – 50 Anos do Vaticano II48 – Agenda50 – Liturgia52 – Opinião53 – Ecclesia nos Media54 – Fundação AIS

Foto da capa:Ambiente de oração na comunidade de Taizé (www.taizé.fr)

Foto da contra-capa:Fórum Ecuménico Jovem (Obras Missionárias Pontifícias)

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Diálogo entre cristãos

Um Portugalque parteConclusões do XIII Encontro deAgentes Sociopastorais dasMigrações [ver+]

Oração pelaUnidade dosCristãosOitavário decorre, em cada ano, entreos dias 18 a 25 de janeiro[ver+]

Olhos alegres da féOpinião | D. José Manuel CordeiroBispo de Bragança-Miranda [ver+]

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De costas voltadas?

Sandra Costa SaldanhaDiretora do SecretariadoNacional dos BensCulturais da Igreja

Partilhar experiências consumadas e colocá-lasao serviço de todos, podia bem ser, nos dias quecorrem, uma realidade insofismável, não apenasuma utopia.Por tradição, motivação genética ou cultural,como alguns defendem, em Portugal não setrabalha convictamente com um desígnionacional, nem tão pouco a uma escala global.Por via da regra, a transversalidade e o trabalhoem rede só muito custosamente penetram nosprincípios estratégicos de inúmeros organismos,estatais, municipais, eclesiais, e tantos outros.Quantos e quantos são os casos em que todosfazem o mesmo; em que uns não potenciam aprática dos outros; em que outros nãocomungam do saber dos primeiros. E partilhar,aqui, não mais representa que uma saudávelmultiplicação de resultados.Perpetuando procedimentos avulsos e criandomodos exclusivos de atuação, num discursomonocórdico, que se esgota em si mesmo, atua-se prioritariamente em benefício próprio, emtorno de objetivos locais ou institucionais. Aexcessiva cultura da cautela, somada a umdesempenho sectário, quantas vezes faccioso, eminada por uma incompreensível ausência decomunicação, anula essa emergentenecessidade de partilha,

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© Lusa

potenciação de sinergias eotimização de recursos.As estruturas nacionais podiam bemser espaços de convergência, secomo tal fossem entendidas elogradas. Os contributos locaisserão tanto mais válidos quantomais genuinamente

integrados num itinerário comum,num espírito congregador, deabertura e visão multicultural, deproximidade e diálogo, enfim, decooperação e unidade que, comonunca, se deseja verdadeiramenteecuménico.

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Batismo na Capela Sistina, Vaticano, 13.01.2013 © LUSA

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"Até junho de 2014 – que é comoquem diz daqui a ano e meio –teremos cumprido o memorandode entendimento, nãoprecisaremos mais de ter cá atroika, nem precisamos que atroika ponha cá mais dinheiro"Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal, noencerramento do XX CongressoRegional do PSD/Açores em PontaDelgada, 12.01.2013 “Não se trata de dizer quevamos criar zonas de privilégio,a lei é para cumprir mas éindispensável que seja feito demodo a que não coloque emcausa a prestação do serviçopúblico de saúde. As pessoastêm de vir em primeiro lugar”Guilherme d'Oliveira Martins,presidente do Tribunal de Contas,na conferência sobre a Lei dosCompromissos e a sustentabilidadedo Serviço Nacional de Saúde,13.01.2013

“É preciso olhar para a economiacom espanto, esquecemos oespanto que ela tem, havendomuitas pessoas que a pensamcomo horror ou a má da fita”João César das Neves, economista,no Conselho Nacional de PastoralJuvenil, Fátima, 12.01.2013 “Quem deixa a própria terra,fá-lo porque espera um futuromelhor, mas também porqueconfia em Deus que guia ospassos do homem. E assimos migrantes são portadoresde fé e de esperança no mundo”Bento XVI, Vaticano, 13.01.2013

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Um Portugal que parte As conclusõesdo XIIIEncontro deAgentesSociopastoraisdas Migraçõespropõem àConferênciaEpiscopalPortuguesa aelaboração deum«documentode referência»sobre amobilidadehumana

Dezenas de agentes sociopastorais das migraçõesligados à Igreja Católica estiveram reunidos emFátima, entre os dias 11 e 13, para manifestarem asua preocupação perante a “emigração nãoprogramada” que está a levar cada vez maisportugueses rumo a outros destinos. “A ausênciaprolongada de emprego ou a incapacidade de cumprirobrigações financeiras entretanto assumidas levamuitos cidadãos e emigrar. E já há quem volte aemigrar «a salto» ou sem informações seguras acercado que encontra no país de destino”, lê-se nodocumento conclusivo da iniciativa intitulada 'Entre odireito a emigrar e a não emigrar'.Os participantes afirmam que mais vale viver compoucos recursos na própria terra do que “cair emsituações de desgraça em terra alheia”, sendo porisso necessário desenvolver “novos esforços dedivulgação de passos a dar antes de sair do país deorigem”, em parcerias entre instituições públicas ecivis, “tanto nos países de partida como de chegada”.O documento constata que “a emigração qualificada éuma marca dos fluxos migratórios em crescimento naatualidade”, constituindo uma “oportunidade sobretudopara as novas gerações” e desafiando os países deorigem a fixar as qualificações dos seus cidadãos pelapromoção de projetos industriais ou de investigaçãocientífica.Durante o encontro, Manuela Bairos, chefe degabinete do Secretário de Estado das Comunidades,disse que a fuga de cérebros é “anterior à crise” eque, sendo “uma pena”,

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© Aeroporto de Lisboa

é uma “oportunidade inevitável”. Sehá “mais emigração qualificada”, éporque há “mais gente comqualificações”, considerou aresponsável governamental.“Se tivermos 100 pessoas a saírempor ano não é grave. Mas se saíremem massa, setores mais dinâmicosda economia ficarãodesguarnecidos”, referiu ManuelaBairos, desafiando as novasgerações a criarem uma “novaatitude” diante da mobilidadecrescente que afeta o mercado detrabalho, considerado cada vez maisglobalmente.Numa intervenção posterior, odeputado Paulo Pisco defendeu quea saída de emigração qualificada “éuma perda para Portugal”.O parlamentar do Partido Socialista(PS) eleito pelo círculo

da Europa considerou “aterradora”a estatística recentemente divulgadapor uma associação de estudantes,segundo a qual sete em cada dezalunos pensa abandonar o paísquando acabar os estudos.Frei Francisco Sales, diretor daObra Católica Portuguesa deMigrações (OCPM), recordou, porseu lado, desajustes que existementre a oferta de cursos superiorese as necessidades do mercado detrabalho. “Há cursos a mais”,considerou o responsável da Igreja.O Encontro de AgentesSociopastorais das Migrações,promovido pela OCPM em parceriacom a Cáritas Portuguesa e aAgência ECCLESIA, comemorou emPortugal o 99.º Dia Mundial doMigrante e do Refugiado.

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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram aatualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizados emwww.agencia.ecclesia.pt

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Cooperação contra a desertificação

© Diocese da Guarda

O bispo da Guarda, D. ManuelFelício, apresentou um “balançopastoral” dos seus oito anos deministério na diocese, iniciados a 16de janeiro de 2005, quando assumiuo lugar de coadjutor de D. Antóniodos Santos.O documento, enviado à AgênciaECCLESIA, sugere a criação degrupos de “visitadores dos doentese idosos” que deveriam “fazer visitasregulares” a casas particulares e alares.Segundo D. Manuel Felício, é

necessário “mentalizar” asparóquias e as famílias para a“cooperação entre si”. O bispopropõe a criação de “centros decatequese em lugares estratégicospara servirem várias paróquias”,ideia apresentada como uma dasprioridades pastorais, nos próximosanos.Outra sugestão diz respeito ao“ajustamento das celebraçõesdominicais e dos centros decatequese".

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SetúbalOs dirigentes dos Centros Sociais Paroquiais daDiocese de Setúbal estiveram reunidos paraestudar formas de congregar esforços na suaação, “face às cada vez maiores exigências degestão” que se lhes colocam e falar sobre “asvantagens da opção por centrais de compras”. JovensA Igreja Católica promoveu uma nova reunião doseu Conselho Nacional de Pastoral Juvenil, emFátima, para debater o tema ‘Economia eJuventude’, com a presença do economista JoãoCésar das Neves. A iniciativa reuniu cerca de 60participantes. LeiriaO bispo de Leiria-Fátima publicou novas normassobre os ministros extraordinários da comunhão,fiéis que administram o sacramento da Eucaristiadentro ou fora das missas quando o clero não opode fazer. ViseuO bispo de Viseu afirmou que “a sociedade atual,na sua cultura, coloca desafios que não secompadecem com estilos de vida envelhecidos,na forma de ser Igreja”.

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AçoresO Secretariado da Pastoral da Cultura daDiocese de Angra está a organizar o curso “ArtesDecorativas e o Sagrado em Portugal”. As aulas,em parceria com o Instituto Cultural de PontaDelgada e o Grupo de Amigos do Museu CarlosMachado, são orientadas por Gonçalo deVasconcelos e Sousa, professor catedrático daEscola das Artes da Universidade CatólicaPortuguesa (Porto), autor de várias obras sobrea especialidade. Vila RealO bispo de Vila Real disse à Agência ECCLESIAque os padres da diocese devem colaborar maisentre si para responder às carências de meioshumanos e materiais com que a Igreja seconfronta. Um dos “grandes perigos” na diocesetransmontana, “como em outras”, é que cadapadre “aja de forma isolada, por conta própria”,declarou D. Amândio Tomás. Beata AlexandrinaO Santuário de Balasar, no Concelho de Póvoade Varzim e Arquidiocese de Braga, ondenasceu, viveu e morreu a Beata Alexandrina,recebeu em 2012 mais cinco grupos deperegrinos do que no ano anterior. Em 2012foram registados 317 grupos, cada um com umamédia de 56 pessoas, enquanto que em 2011chegaram ao santuário 312 grupos compostospor uma média de 53 peregrinos.

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Escutar o Absoluto no Ano da Fé

O auditório da Renascença em Lisboa recebeu nasexta-feira a segunda sessão do ciclo ‘Escutar oAbsoluto no Ano da Fé’, com um encontro dedicado aocompositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750).A primeira audição, em novembro, foi dedicada à“alegria da fé”, enquadrando as obras no tempo doNatal, que se aproximava, explicou a jornalista AuraMiguel, da emissora católica, ao programa ECCLESIAna Antena 1.“Bach é, quanto a nós, o maior exemplo demultiplicidade. Podíamos fazer todas as sessõesdedicadas a ele e ainda sobrava”, refere a autora dainiciativa, que conta com a colaboração do padreRaffaele Cossa.A experiência proporcionada pela audição de“excertos de grande genialidade” também é visual:“depois do enquadramento de um compositor e deuma obra, em vez de estarmos a ouvir olhando paraas paredes, é muito mais fascinante olharmos para oecrã e ver a música a ser executada”, salientou.“Muitos dos compositores não têm fé mas há sempreparte da música que nos inquieta e vem desenterraralgumas perguntas”, apontou Aura Miguel, quetambém destacou a variedade de estilos dos autoresescolhidos.Enquanto Vivaldi “é luminoso e alegre”, Wagner, quevai ser apresentado num programa designado ‘Ainquietação do homem sem fé’, compôs música“esmagadora”, que “para muitos é horrorosa epesada”.

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© João Aguiar

Na Quaresma, quando os cristãosevocam a morte de Jesus, oencontro vai ser dedicado ao‘Requiem’, numa sessão que não sebaseia em autores mas num tema. Ajornalista com acreditação noVaticano lembrou que o Papa BentoXVI faz sempre “um breve discurso apropósito das obras interpretadas”nos concertos em sua honra.“O universo da música, tal como odas outras formas de arte, pode-nosajudar a redimensionar a maneirade olhar, ouvir e relacionar com tudoo que está à nossa volta”, observouAura Miguel, que na música clássica

encontra apoio para “viver a fé”.Os encontros, que começam sempreàs 21h30, prosseguem a 1 de marçocom ‘O homem e o seu destino(Mozart, Brahms, Berlioz)’; a 3 demaio, sobre ‘A inquietação dohomem sem fé (Wagner)’; e a 4 deoutubro, dedicado ao tema ‘A fécomo certeza (Nossa Senhora namúsica)’.Convocado pelo Papa, o Ano da Fé começou a 11 de outubro de2012, 50.º aniversário da aberturado Concílio Vaticano II (1962-1965)e 20.º da publicação do Catecismoda Igreja Católica, terminando a 24de novembro de 2013.

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Olhos alegres da fé

D. José Manuel CordeiroBispo de Bragança-Miranda

Há 50 anos, quando se iniciou o ConcílioVaticano II, o Papa João XXIII, exprimiu a alegrianestes termos: «alegra-se a Santa Mãe Igreja,porque, por singular dom da Providência divina,amanheceu o dia tão ansiosamente esperado» e,dirigindo-se aos Bispos disse: «o Concílio, queagora começa, surge na Igreja como dia quepromete a luz mais brilhante. Estamos apenas naaurora: mas já o primeiro anúncio do dia quenasce de quanta suavidade não enche o nossocoração! Aqui tudo respira santidade, tudo leva aexultar! Contemplemos as estrelas, queaumentam com o seu brilho a majestade destetemplo; aquelas estrelas, segundo o testemunhodo Apóstolo são João (Ap 1, 20) sois vósmesmos; e convosco vemos brilhar aquelescandelabros dourados à volta do sepulcro doPríncipe dos Apóstolos, isto é, as igrejas a vósconfiadas (Ap 1, 20)».Estamos em pleno Ano da Fé, sob a convocaçãofeliz do Papa Bento XVI, a celebrar e a viver a féno jubileu da abertura do enorme acontecimentode graça para a Igreja e para o mundo e, assim,repartir de Cristo nos novos caminhos da missão.O Catecismo da Igreja Católica sintetiza de modoclaro: «“crer” é um ato eclesial. A fé da Igrejaprecede, gera, suporta e nutre a nossa fé. AIgreja é a Mãe de todos os crentes». S. Cipriano,Bispo de Cartago, gostava de sublinhar:«ninguém pode ter a Deus por Pai, se não tiver aIgreja por Mãe».

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A Igreja é a casa da fé, de todos osque aderem de coração inteiro aoencontro transformador com JesusCristo.Ele não é só o fundador da Igreja,mas é o seu fundamento, o mesmoontem, hoje e sempre. A própriaorigem etimológica Ecclesia,designa já o sentido profundo, comoa assembleia convocada. A Igreja éconvocada pela fé e convoca à fé.Na Liturgia há duas expressõesmarcantes desta íntima relação dafé com a Igreja: uma na celebraçãodo Batismo e Confirmação: «Esta éa nossa fé. Esta é a fé da Igreja»,outra na Eucaristia: «não olheisaos nossos pecados, mas à féda vossa Igreja».A fé da Igreja acredita «que achave, o centro e o fim de toda a

história humana se encontram noseu Senhor e mestre» (GS 10).Cristo, «companheiro do homemperegrino através dos perigos destavida, conduz os nossos passos,sempre firmes, a caminho da terraprometida» (Hino da Liturgia).A inteligência da fé é simples, masnão é fácil. Ela só se desenvolve naalegria. Acreditar em Deus uno etrino – Pai, Filho e Espírito Santo; nauna, santa, católica e apostólicaIgreja; na comunhão dos Santos; naremissão dos pecados; naressurreição da carne e na vidaeterna; no homem como caminho daIgreja; no primado da dignidadehumana: liberdade, bem comum,justiça – grande e bela é a alegriada fé da Igreja!

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A vida como um jogo

Octávio CarmoAgência ECCLESIA

A semana que passou foi de grandesdiscussões, como seria de esperar, centrada emsiglas - FMI,IRS,ADSE – à volta das quais semultiplicam as críticas e as críticas a quem critica,num circulo vicioso sem fim à vista. Quemgoverna finge que não se lembra do queprometeu e quem está na oposição com o poderem mente finge que não vai fazer o mesmoquando lá chegar, embora aconteça até que ospapéis se troquem momentaneamente, quandoalguma proposta mais concreta aparece nasnotícias.A verdade é que sinto uma impaciência e umdesencanto cada vez maiores nas pessoas quesentem na pele os sacrifícios de um Estado queestá pronto a cortar em prestações sociais, mascompra bancos… Outro clássico da vida portuguesa: orescaldo dos jogos entre os chamados ‘grandes’do futebol nacional. Também aqui se trocaminsultos conforme a sensação de benefício-prejuízo em relação às arbitragens, noutro ciclovicioso que esquece a evidência de que os errosde hoje se podem repetir amanhã, em sentidocontrário.A este respeito, a Rádio Vaticano apresentouuma curiosa reflexão sobre o erro nas equipasde arbitragem e a sua relação como o “jogo”.Segundo a emissora pontifícia, num desportoprofissional cada vez mais transformado emindústria e num mundo

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cada vez mais centrado no cálculo eno lucro, a noção dos limites daspessoas, da incerteza e das falhasque nos rodeiam, humanizam aatividade desportiva. Zico. Lembro-me de o ver jogarnum notável Brasil-França noMundial de 1986 que os brasileirosviriam a perder ingloriamente,também com erros seus. Não sei sefoi neste jogador, o ‘Pelé branco’,que o dono do pitbull que matou(matou, repito) uma criança de 18meses em Beja se inspirou, mas averdade é que o nome anda nasbocas do mundo. As posiçõesassumidas sobre a centralidade dasegurança das pessoas nestamatéria vão de acordo ao quepenso: estamos peranteuma questão de civilização,determinando quem é ou não

sujeito de direitos e deveres noordenamento jurídico. Este não é,de todo, um jogo que o ser humanopossa perder… Fora de jogo: o meu Natal'acabou' (há sempre presépios emcasa) oficialmente no domingo, doisdias antes do que manda a tradiçãomadeirense, mas seguindorigorosamente o calendário litúrgico.De facto, no dia 15 de janeiro, aMadeira celebra de forma especial odia de Santo Amaro, com o chamado“varrer dos armários”, uma espéciede festa de encerramento da quadranatalícia, em que as famíliasdesmontam os presépios e todas asdecorações. A curiosa celebraçãotem uma forte dimensão comunitáriae voltou a ganhar visibilidade.

‘Varrer dos armários’,São Roque do Faial,Madeira

© http://cp-saoroquedofaial.blogspot.pt

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Fé que não passa de moda

©Lusa

A celebração do Batismo depequenas crianças na CapelaSistina, do Vaticano, com que oPapa encerra anualmente o tempolitúrgico do Natal, serviu no últimodomingo para que Bento XVIdeixasse um alerta sobre aimportância de resistir a umamentalidade que desvaloriza a fé.“Não é fácil manifestarabertamente, sem cedências aquiloem que se acredita, especialmenteno contexto em que

vivemos, perante umasociedade que considera muitasvezes fora de moda e fora de tempoos que vivem da fé em Jesus”, disseo Papa, na homilia da missa da festalitúrgica do Batismo do Senhor, emque 20 bebés receberam o primeirosacramento da Igreja.Segundo Bento XVI, na “onda destamentalidade” pode surgir o perigode também os cristãos entenderema relação com Jesus como algo que"mortifica”.

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©CTVAos pais e padrinhos, o Papadeclarou que o caminho da fé quecomeçou para as crianças se funda“numa certeza, na experiência deque não há nada maior do queconhecer Cristo”.Mais tarde, na oração do Angelus,Bento XVI disse que os cristãosdevem redescobrir a “beleza” dobatismo e da sua fé, numamensagem que viria a repetir noTwitter. "Que cada cristãoredescubra, neste Ano da Fé, abeleza de ter renascido no amor deDeus e viver como seu verdadeirofilho”, referiu.Ser cristão, precisou, significa“renascer do alto, de Deus”.

Minutos depois, o Papa deixou outramensagem para os seusseguidores: “Que acontece noBatismo? Renascemos para umavida nova, ficando unidos a Jesuspara sempre”.Jesus, indicou o Papa aosperegrinos reunidos na Praça deSão Pedro, surge como “novo solsurgido no horizonte dahumanidade, dispersando as trevasdo mal e da ignorância”.“Este Jesus é o homem novo quequer viver como filho de Deus, istoé, no amor; o homem que, perante omal do mundo, escolhe o caminhoda humildade e daresponsabilidade", concluiu.

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Liberdade religiosa sob ameaça Caso ‘Eweidae outros vs.Reino Unido’

O secretário do Vaticano para as relações com osEstados manifestou preocupações sobre restrições àliberdade religiosa, após o Tribunal Europeu dosDireitos do Homem (TEDH) ter julgado quatro casosapresentados por cristãos do Reino Unido.“Há um risco real de que o relativismo moral, que seestá a converter numa nova norma social, possa minaros alicerces da liberdade individual de consciência ede religião”, alertou D. Domique Mamberti, numaentrevista publicada pela sala de imprensa da SantaSé.O TEDH publicou esta terça-feira as sentenças dosquatros casos relativos a liberdade de consciência ereligiosa: duas situações diziam respeito àpossibilidade de trazer ao peito uma pequena cruz,nos locais de trabalho; as outras eram relativas aodireito de objeção de consciência perante acelebração de uma união civil ou o aconselhamentomatrimonial para pessoas do mesmo sexo. Os juízesdo caso apenas deram razão à queixa de NadiaEweida, antiga empregada da companhia aérea BritishAirways que foi dispensada por se ter recusado a tirarum crucifixo.O TEDH sublinha que “a liberdade religiosa engloba aliberdade de manifestar a própria religião, inclusive nolocal de trabalho”, mas admite que “a prática religiosapode ser restringida quando invade os direitos deoutros”.Para o arcebispo Mamberti, estes casos mostram que“as questões relativas à liberdade de consciência e dereligião são complexas, em particular numa sociedadeeuropeia marcada pelo aumento da diversidadereligiosa e o endurecimento correspondente dolaicismo”.

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O Ano da Fé, que a Igreja Católicainiciou há quase 100 dias, chegou àChina e está a despertar o interesse decomunidades protestantes, revelou opresidente do Conselho Pontifício paraa Promoção da Nova Evangelização. Bento XVI nomeou como novo núncioapostólico [embaixador da Santa Sé] emTimor-Leste o arcebispo norte-americanoJoseph Marino, de 58 anos, até agorarepresentante do Papa no Bangladesh. Odiplomata assume ainda os cargos de núnciona Malásia e delegado apostólico no Brunei. O Papa escreveu nova mensagem paraos seus 2,5 milhões de seguidores narede social Twitter: “Se tivermos amorao próximo, conseguiremos descobrir aface de Cristo no pobre, no indefeso,no doente e no atribulado”, refere emoito línguas, incluindo o português, naconta @pontifex. Centenas de milhares de pessoas reuniram-se este domingo em Paris para umamanifestação contra a equiparação aomatrimónio das uniões entre pessoas domesmo sexo, protesto que mereceu o apoiodo Vaticano.

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Rio de Janeiro, capital doacolhimento

Até aomomento, hámais de 60milvoluntáriosinscritos, dosquais cerca de3000 já estãoem ação

Este é o título de uma reportagem publicada pelojornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, com opresidente do Comité Organizador Local (COL) daJornada Mundial da Juventude, D. Orani JoãoTempesta, arcebispo do Rio de Janeiro.O prelado aconselhou que as inscrições sejam feitas“o mais rapidamente possível” para que “se possaorganizar bem o acolhimento”.A Jornada Mundial da Juventude é a semana deeventos da Igreja Católica para os jovens e com osjovens. Ela reúne milhares de jovens do mundo todopara celebrar e aprender sobre a fé católica e paraconstruir pontes de amizade e esperança entrecontinentes, povos e culturas.

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→ A Confederação Nacional das Instituições deSolidariedade (CNIS) promove este sábado, noauditório do Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, umencontro entre o secretário de Estado daSolidariedade e Segurança Social, Marco AntónioCosta, e dirigentes das Uniões distritais e regionaisdas IPSS, federações e delegações da CNIS. → A Diocese de Lamego celebra este domingo o seupadroeiro principal, São Sebastião, com umacelebração na Sé, a partir das 18h30, que marcatambém o primeiro aniversário da tomada de posse deD. António Couto, bispo local. → O Vaticano assinala no próximo dia 25 o 30.ºaniversário da promulgação do Código de DireitoCanónico com uma jornada de estudo que vai serapresentada, em conferência de imprensa, na terça-feira. → Este sábado assinala-se o 80.º aniversário donascimento do poeta Eugénio de Andrade (19 dejaneiro de 1923 - 13 de junho de 2005). → No dia 24 de janeiro, a Santa Sé vai publicar amensagem de Bento XVI para o 47.º Dia Mundial dasComunicações Sociais, intitulada «Redes Sociais:portais de Verdade e de Fé, novos espaços deevangelização».

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Semana de Oraçãopela Unidade dos Cristãos

“Convidotodos a rezar,pedindo cominsistência aDeus o grandedom daunidade entreos discípulosdo Senhor”Bento XVI

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, quecomeça esta sexta-feira, apela a uma maneira“simples” e “fraterna” de viver, segundo o presidenteda Comissão Episcopal da Missão e NovaEvangelização, responsável pelo setor do ecumenismona Igreja Católica em Portugal. D. António Coutocomentava à Agência ECCLESIA o tema do Oitavário2013, ‘O que exige Deus de nós?’, expressão retiradado livro bíblico do profeta Miqueias.“Deus quer que caminhemos segundo o direito e ajustiça, amemos o amor e andemos com humildade nasua presença”, atitudes a cultivar por todos os cristãose que para o bispo de Lamego se aplicam com muitapropriedade ao movimento ecuménico.A celebração e os textos inspiram-se este ano nacultura dos ‘dalits’, grupo de onde provêm cerca de80% dos cristãos da Índia e que, “por ser o mais baixodos párias, está sujeito à humilhação, marginalizaçãoe hostilização”, referiu D. António Couto.“Os cristãos sentem-se muito irmanados, sobretudoquando sofrem juntos, como acontece com os ‘dalits’,com os pobres ao tempo de Miqueias e com o quesucede também hoje entre nós”, acrescentou.A semana de oração termina a 25 de janeiro e acelebração ecuménica nacional de Portugal vaidecorrer às 21h00 com a participação de D. AntónioCouto e D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra,esperando-se a presença de fiéis e ministros deoutras Igrejas cristãs.

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© Obras Missionárias Pontifícias

A Semana de Oração pela Unidadedos Cristãos vai estar em destaqueno Programa ECCLESIA na Antena1 da rádio pública, entre 21 e 25 dejaneiro (22h45).Sérgio Alves, diácono da IgrejaLusitana (Comunhão Anglicana),refere que o movimento ecuménicoé “um sinal de esperança”, mesmoem tempos como os que se vivemem Portugal.Alexandra Matos, vinda de umafamília católica, optou por integrardepois a Igreja Presbiteriana e éhoje casada com um pastor dacomunidade, em Lisboa. “O objetivonão é continuarmos a falarteoricamente, mas mostrar que ascoisas podem acontecer na

prática”, assinala, aludindoao compromisso assumido após oúltimo Fórum Ecuménico Jovem(Porto, 10.11.2012), marcado pelapublicação da ‘Carta da Esperança”.Luís Leal integra a equipa daPastoral Juvenil da Diocese do Porto(IgrejaCatólica) e o GrupoEcuménico Jovem, experiências quelhe permitem dizer que “a fé podeser uma resposta positiva para osproblemas reais, concretos” porparte das comunidades cristãs.Joana Teixeira é filha do bispoSifredo, da Igreja Metodista. “Fuicrescendo com a consciência deque o ecumenismo era algo queestava em desenvolvimento emPortugal”, relata.

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O que exige Deus de nós?

Um pouco por todo o país, cerimóniasecuménicas assinalam a Semana deOração pela Unidade dos Cristãos. “Hámais de 20 anos que a Igreja Católicaadapta as orações e as traduz e abre asportas da catedral para a vigília”, dizo padre Joaquim Nunes, da Diocese doAlgarve.Em Viseu, o contacto com as Igrejas cristãsnão é fácil e o padre António Jorge, dapastoral juvenil, realça a oração de Taizéde janeiro como a forma mais celebrativadesta semana ecuménica.Já na Diocese de Coimbra, a aposta é uma“caravana” que se desdobra por seis diasde vigília, em vários sítios. “O convívio eoração têm vindo a implementar-se,reunimos mensalmente e até fazemos umretiro juntos”, afirma o responsável pelacomissão do ecumenismo, o frei Domingos.O valor das vigílias com os responsáveisdas Igrejas cristãs também é realçado naDiocese do Porto, onde um dessesmomentos “é ligado à solidariedade” eajudará uma das Igrejas com o custo dassuas instalações, disse o padre Domingos,da equipa ecuménica.

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“No início de fevereiro haverátambém uma dinâmica com os sem-abrigo da cidade, promovida pelogrupo ecuménico jovem”,acrescentou.Pela Diocese de Aveiro, a tradiçãode cada ano é uma vigília de oraçãonuma igreja diferente, que este anodecorre na comunidade metodista.“No fim de cada oração prepara-seum pequeno convívio, com chá ebolos secos. Aí se proporcionammuitas conversas e todos seconhecem melhor”, afirmou o padreJosé Manuel Pereira.Este responsável destacou aindaum grupo feminino ecuménico quese formou a partir de um dessesconvívios e se reúneperiodicamente para rezar pelasmulheres de todo o mundo.A Diocese da Guarda terá ummomento de oração naUniversidade da Beira Interior.

"Sendo um espaço de culturas ecredos diferentes, torna-se o lugarótimo para esta celebração”,esclarece o padre Henrique dosSantos, delegado do diálogoecuménico da diocese.“É a primeira vez que a universidadeirá acolher um encontro destanatureza, mas espero que hajaparticipação de todos”, concluiu.No Patriarcado de Lisboa, os jovensreúnem-se em vigília de oração naigreja de São Paulo (Lusitana),“onde os subsídios para a oraçãoserão realçados com música edanças goesas, testemunhos e umapequena dinâmica de caminho”,adianta João Luís Fontes, do GrupoEcuménico Jovem.A viagem pelos testemunhos einiciativas das dioceses nesteoitavário de oração pode serescutada no Programa ECCLESIAna Antena 1, este domingo, às06h00.

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Ano Ecuménico de 2013

Da interrogação de Miqueiasa uma prática eclesial conjunta

Jorge Pina Cabral,Presbítero eleito parabispo da IgrejaLusitana

O ano ecuménico em Portugal inicia-se com umainterrogação que é o lema da Semana de Oraçãopela Unidade e que deve interpelar fortemente asIgrejas e os cristãos: ‘O que exige Deus de nós?’(Miqueias 6,6-8).Na sua formulação este questionamento sustentadona profecia de Miqueias envolve as diferentesIgrejas numa só realidade, exigindo um pensar euma ação comum. Com efeito, a pergunta não sedirige separadamente aos cristãos das diferentesIgrejas mas interpela-os a todos enquanto membrosdo mesmo Corpo de Cristo na sua condição defilhos e filhas de Deus batizados num só Espírito.Percebemos então que a resposta às exigênciasdivinas de mais justiça e fidelidade será tanto maiseficaz quanto as Igrejas, na sua rica diversidade,souberem trilhar caminhos conjuntos de ação.Se o profeta Miqueias para sustentar a suapregação em nome de Deus partiu da difícil situaçãosocial e politica vivida pelos habitantes do reino deJudá no século VIII a. C., então também nós,enquanto Igreja Corpo de Cristo, devemos partir,para o nosso agir conjunto, da sofrida realidadevivida pelo povo português. E é daqui quenaturalmente devem surgir as expetativas quanto aodiálogo e à ação ecuménica em Portugal para 2013:serão as Igrejas, na fidelidade à profecia bíblica,capazes de

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assumir uma declaração conjuntasobre a atual situação económica esocial do nosso país que,denunciando o que deve serdenunciado, proponha tambémnovos caminhos de esperança?Serão as Igrejas capazes depromover em conjunto espaços desolidariedade e de entreajuda queacolham os desempregados e todosaqueles que de uma forma ou deoutra são vítimas da atual criseeconómica e social?Estas e outras questões e desafiosque se colocam e que devem serencaradas aos diferentes níveis davivência Ecuménica em Portugal,remetem-nos também para o papele para a utilidade dos EncontrosEcuménicos Nacionais que reúnemos representantes da Igreja CatólicaRomana e das Igrejas do ConselhoPortuguês de Igrejas Cristãs. A estenível cresce naturalmente aexpetativa de que 2013 possa ser,ao fim de muito tempo, o ano que dêà luz a declaração conjunta sobre oreconhecimento mútuo do Batismopraticado nas diferentes Igrejas. Aacontecer, esta declaração ajudariaà compreensão do sentido e davivência da unidade e dacatolicidade da Igreja de Cristo e aum concretizar de uma efetivaresposta à formulação de Miqueias.

Não ignoro e dou graças a Deus portoda uma vivência ecuménica quediscreta mas persistentemente temsido promovida ao nível local entrecomunidades e cristãos dasdiversas Igrejas, nomeadamenteentre os jovens. Muitas e diversasatividades e celebraçõesEcuménicas estarão já pensadaspara o corrente ano, entre as quaisé de referir o Roteiro Ecuménico deOração, no Porto, e a realização doXV Fórum Ecuménico Jovem.O ano de 2013 irá também ser palcode dois grandes eventosEcuménicos internacionais,concretamente a Assembleia daConferência das Igrejas Europeias,a ter lugar em Budapeste de 3 a 8de julho com o tema «E agora deque estão à espera?» - A Missãonuma Europa em mudança, e a XAssembleia do Conselho Mundial deIgrejas, a ter lugar na Coreia do Sulde 30 de outubro a 8 de novembrocom o tema «Deus da vida, conduz-nos à Justiça e à Paz». A qualidadedos materiais e reflexões a seremproduzidos, bem como as decisõesque vierem a ser tomadas deverãomerecer a atenção e o seguimentodas diversas Igrejas em Portugal.Termino pedindo ao Senhor daIgreja Una que renove a nossaesperança e sustente e aprofunde onosso peregrinar Ecuménico em2013.

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Ecumenismoem Portugal,um caminhode transformação Na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos,é entrevistado o teólogo João Duque, presidentedo Centro Regional de Braga da Universidade CatólicaPortuguesa e um dos responsáveis pelo diálogoecuménico na estrutura da Conferência Episcopalque há mais anos acompanha esta temática

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João Duque, secretário da antigaComissão Episcopal para aDoutrina da Fé e Ecumenismo emembro da equipa queacompanha o diálogo ecuménicona atual Comissão Episcopal daMissão e Nova Evangelização, éum dos rostos mais conhecidosdeste setor, destacando-se peloseu compromisso e reflexão sobrea unidade dos cristãos. Ementrevista conjunta à ECCLESIA eao programa «Ser Igreja», nasinstalações da Renascença emBraga, este responsável destacaque “todas as sociedades têmdesafios” que exigem uma“intervenção crítica,transformadora” por parte doscristãos. Ecclesia/«Ser Igreja» (ESI) – Otexto proposto para a semana deoração em 2013 fala em “respeitar odireito, amar a fidelidade”. Esta éuma exigência da unidade doscristãos?João Duque (JD) – É uma exigênciaabsolutamente fundamental. Aunidade dos cristãos não seconstruirá a todo o custo e há aquipelo menos duas perspetivas quepodemos

considerar: uma, de que a unidadeque se constrói é uma unidade porreferência a algo exterior - não sópor causa de uma vontade internaou porque fosse romanticamenteinteressante vivermos todos unidos,mas porque é um imperativo danossa própria natureza e do próprioDeus. Este desafio à convivênciapacífica das diferenças é um desafiointerno colocado às comunidadescristãs entre si.Depois, há o caso mais exterior:todas as sociedades têm os seusdesafios, todas possuem elementosproblemáticos, que exigem umaintervenção crítica, transformadorados cristãos e essa intervenção é detodos. Quando num contexto socialdeterminado existem váriasconfissões, o desafio que écolocado aos cristãos é dar umcontributo à transformação dessasociedade. Acontece que,evidentemente, estando as Igrejasdivididas ou pelo menosdiferenciadas, é-lhes exigido queconsigam trabalhar em conjunto.

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ESI – Há um menor denominadorcomum entre as Igrejas, a partir doqual se pode trabalhar?JD – Exato: o movimento ecuménicocomo tal, enquanto tentativa detrabalho em conjunto, surgiuorientado em contexto de missãopara uma tarefa, para o exterior, emque é necessário dar um contributoem conjunto, mesmo que tenhamosas nossas diferenças. ESI – A estrada foi a metáforaescolhida para unir estes dias deoração do oitavário. Como teólogo,cristão, como vê essa estrada emPortugal?JD – Eu não iria concentrar-metanto na tarefa interna da relaçãoentre as diferentes comunidades etradições cristãs, que não meparece que seja muito problemática.Há relações melhores, outras menosconseguidas, mas em geralpodemos dizer que são boas.Estamos dispostos a caminhar namesma estrada.Talvez devêssemos mais caminhar:estamos na mesma estrada, masrelativamente calmos, relativamenteparados.

Aí há uma tarefa, para o exterior dacomunidade eclesial.A questão da justiça, por exemplo, équente: temos de admitir queestamos a atravessar uma ocasiãoem Portugal em que a questão émuito premente. Portanto, faz parteda nossa estrada conjunta estapreocupação profunda com ajustiça, sobretudo em fases nasquais esta corre riscos mais sérios.Não é, contudo, uma aplicação dejustiça distributiva, simplesmente,mas de modo misericordioso. É umajustiça do acompanhamento dooutro, naquilo que lhe deve serdado, o que é uma caraterísticamais especificamente cristã.Depois, a humildade: não temospretensões de poder, de dominar asociedade, nem a Igreja comoinstituição nem cada cristão. Serhumilde significa, simplesmente,prestar um serviço a todos osnossos contemporâneos, em favorda justiça.

ESI – A imagem da estrada, docaminhar, faz sentido para este anoem que se celebra a fé?JD – Estes impulsos de atividadepodem ser vistos comoprojetos pessoais, de grupo eclesial.

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Penso que o Ano da Fé nos ajuda aperceber que todos estesdinamismos são, antes de tudo e nofim de tudo, ação crente, açãocorrespondente ao que é sercrente: o nosso caminho ou ésempre um caminho crente ou entãopode ser um caminho problemático. ESI – O Fórum Ecuménico Jovempublicou, recentemente, a «Carta daEsperança». Acha que vale a penaapostar neste tema?

JD - Os jovens são umaesperança para o ecumenismo emPortugal, temos de admitir que ofuturo do trabalho ecuménico teráum grande apoio neste Fórum quese tem vindo a desenvolver. É aíque está criada a plataforma daconvivência ecuménica a nívelportuguês: o ecumenismo tem vindoa trabalhar a um nível de cúpulas eestive envolvido nisso durante muitotempo, mas também de forma muitolimitada. O envolvimento dascomunidades cristãs é que éimportante.

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ESI – O envolvimento dos jovens éfundamental para o projeto deCristo para a humanidade?JD – Sem dúvida. Acho que o tópicodeste ano [O que exige Deus denós?], ‘sui generis’ do ponto de vistacrente, da ação da fé, é muitoimportante: há uma tendêncianatural entre os jovens ocidentaisque vivem numa sociedade de lazer,muito sentimentalista, paraidentificarem a sua experiênciacristã de fé com essa experiênciasentimental forte, de convivênciaagradável, entusiasta, animadora. Épreciso não esquecer que o

Cristianismo tem uma grandecomponente de intervenção crítico-social na dor, ou seja, naquilo queimplica a cruz e a dor no serviço àjustiça. Vivendo nós, apesar dacrise, num contexto felicíssimo emPortugal, há outros recantos domundo em que não é tanto assim eaté no nosso próprio contexto há umexterior à felicidade que pode serfalsa. É aí que o envolvimentopolítico-social dos jovens cristãosem favor da justiça não pode sercolocado em segundo plano ouabandonado, caso contrário a fé évivida de forma rudimentar.

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ESI – Portugal é um paíssociologicamente católico, mas hágrupos significativos de outrasIgrejas cristãs. Como tem sido ocaminho ecuménico no pós-ConcílioVaticano II?JD – Tem sido um caminho bastantesimples, se quisermos. Também nãotemos comunidades não-católicasmuito fortes, do ponto de vistaquantitativo, ou em que tenhahavido uma história deenfrentamento. É certo e temos deadmitir que houve episódios menosfelizes, no século XIX, e a superaçãosadia dessa perspetiva [deconfronto] foi dos grandes frutos domovimento ecuménico em Portugal.A relação com as principaistradições cristãs não-católicas,desimpedida e sã, superou todasessas perspetivas, sem grandeexibicionismo. Há órgãos própriospara esse trabalho notório como aComissão Episcopal da Missão eNova Evangelização, juntamentecom o Conselho Português deIgrejas Cristãs.Com a Aliança Evangélica o trabalhonão tem sido tão intenso, por haveraí outra perspetiva de ecumenismo,mas não se pode dizer que hajauma situação de conflito.

Sendo nós um país maioritariamentecatólico, penso que há umaeducação ecuménica interna àprópria comunidade. A educaçãodos crentes para o facto de quepara além da Igreja Católica, podehaver modos de viver o Cristianismoque não são necessariamente falsosfaz parte da catequese. ESI – Como é que a Igreja Católicaparticipa nos atos ecuménicos deoração, como se vivem estesmomentos?JD – Ao longo do país, esta é umarealidade variável. É evidente que oPorto é a região mais estável a essenível, uma vez que tem um grupoecuménico apadrinhados pelaDiocese, com membros de váriasconfissões cristãs, que trabalham aolongo de todo o ano. Houve umafase em que procuramos reanimar otrabalho ecuménico em váriasdioceses, com a celebraçãonacional desta semana e o FórumEcuménico.Para as Igrejas não-católicas,minoritárias, este é um momentomais significativo, do que para ascomunidades católicas.

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Reality

Na mesma semana em que estreiaem Portugal um dos filmes maisconcorridos aos populares Óscarese Globos de Ouro, “00h30: HoraNegra”, sobre a captura do homemque mais influenciou o mundo na(s)última(s) década(s), Bin Laden,estreia também “Reality”: umaprodução de meios modestos masextraordinariamente pertinentesobre a influência dos reality showsna vida diária de muitos e muitopara lá das fronteiras europeiasonde o filme foi distinguido

- Prémio Especial do Júri na últimaedição do Festival de Cannes.Numa cidadezinha napolitana,Luciano gere os seus dias entre abanca de peixe de que éproprietário, um negócio poucoortodoxo de crédito e os números decomediante com que divertefamiliares e amigos em festas. Éprecisamente numa dessas festasque conhece uma estrela do ‘BigBrother’ e fica extasiado com o seuaparente estilo de vida.Entusiasmado e instigado pelosseus, concorre

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ao reality show . Num instante, asimplicidade do seu quotidiano,agora diminuído, é catapultado paraum mundo ilusório onde todas asfantasias parecem possíveis. Osdias passam e o que num minutopareceu tão fantasticamentepróximo revela-se cada vez maisdrasticamente distante. Lucianorecusa-se, porém, a aceitá-lo...O ‘fenómeno’ dos reality showscomporta um mecanismo complexode recriação virtual que, mesmo nassuas formas plurais de expressão,mais que atrair o espetador ao atode ‘espiar’ a vida alheia, e oprotagonista dessa vida a ser ummero objeto de exibicionismo, oprocura legitimar e credibilizar pelaaparente ‘naturalidade’ e ausênciade controle exógeno das situaçõesque vão sendo vividas – caso do'Big Brother'. Colocando os sujeitosda encenação a representarem-se asi mesmos, numa relação identitáriaperversa, presumivelmentelibertadora e confusa, sem aexistência evidente de um ‘guião’ ecriada a ilusória ausência deimposição, limite ou ‘repressão’sobre o que vivem, é muito maior a‘colagem’ identitária do espetadorao que vê representado.

Com incrível sensibilidade, orealizador Matteo Garrone,conhecido entre nós pela excelenteabordagem ao mundo da Mafia em‘Gomorra’, explora os meandrosdesta nova forma de cultura virtual eas suas relações com osmecanismos identitários, individuaise sociais pré-estabelecidos. Umaabordagem inteligente, simples eprofunda que com grande acuidadefílmica revela uma boa parte dacomplexidade do que está em jogonesta relação de culturas, entre oreal/virtual, bem como o impactoparticular emindivíduos/comunidades mais‘reprimidas’, por constriçãofinanceira mas não só. Nãoignorando os recursos, aindafortemente enraízados, que asmesmas comunidades possuempara superar, por um lado, asdificuldades quotidianas e, poroutro, o risco de alienação. De entreesses, os de dimensão afetiva eespiritual.Um filme sem heróis que dá tanto oumais que pensar sobre o mundocativo e liberto que somos comoaquele que Bin Laden, ou a suacaptura, questionam...

Margarida Ataíde

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Obra Católica Portuguesa deMigrações

www.ecclesia.pt/ocpm

A Igreja Católica celebrou este domingo o99.º Dia Mundial do Migrante e Refugiado;paralelamente, como forma de comemorareste dia, decorreu entre 11 e 13 de janeiroo encontro de agentes sociopastorais dasMigrações em Fátima. Assim, esta semanao nosso olhar para a grande rede mundialrecai sobre o sítio da Obra CatólicaPortuguesa de Migrações (OCPM).Ao digitarmos o endereçowww.ecclesia.pt/ocpm/ entramos numespaço eminentemente informativo onde acomponente estética não é de todo o pontoforte, mas os conteúdos presentesultrapassam largamente esse fator.Na página inicial encontramos os habituaisdestaques e as últimas atualizações, ondenaturalmente a mensagem que o PapaBento XVI escreveu para este dia, intitulada“Migrações: Peregrinação de Fé eEsperança”, está em evidência.Na opção “quem somos”, ficamos aconhecer quais as formas de contactar aOCPM e quem são os membros que acompõem, qual o seu âmbito de ação eainda quais os principais objetivos.

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Em “notícias”, encontramos todos osartigos que de alguma forma serelacionam com esta realidadeonde, “mais de um terço (um totalde 12,3 milhões de pessoas) detodos os não nacionais que viviamna UE-27 em 1 de janeiro de 2010eram cidadãos de outro Estado-Membro da UE. Caso pretendasaber quais os próximos eventos noâmbito desta obra católica, bastaque aceda à opção “agenda”.Um espaço interessante encontra-se em “documentos”, onde temos aodispor um conjunto de textos(artigos, conclusões de congressos,comunicados, mensagens) que sãoacima de tudo uma forma de nosmostrarem a realidademigratória. No item “recortes”,podemos ler todas as notícias queforam publicadas nos mais diversosmeios de comunicação nacionais einternacionais,

tendo sempre como pano de fundoa migração.A OCPM possui um boletimtrimestral de distribuição gratuitaque se intitula “pontes”, sendo jápublicado há cinco anos. Casopretenda aceder a todos osperiódicos editados basta que cliqueno ícone “pontes”. Por último,chamamos a vossa atenção para asugestão de ligação para o sítio daobra nacional da pastoral dosciganos, outro grande espaço quemerece também uma visita atenta.O nosso principal objetivo aolançarmos o desafio de visita aosítio da OCPM prende-se com ofacto de a questão da imigraçãoilegal poder "levar ao tráfico eexploração de pessoas, com maiorrisco para as mulheres e crianças”,conforme refere Bento XVI na suamensagem.

Fernando Cassola Marques

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DVD: Esta é a nossa FéO documentário "Esta é a nossa Fé"é um contributo para viver melhor oAno da Fé e aprofundar oCatecismo da Igreja Católica.Apresenta testemunhos de pessoasde referência em diversas áreasque receberam o Evangelho e sedeixaram conduzir por ele, e estáestruturado em quatro partes: aprimeira, analisando o Credo, A FéProfessada; a segunda, olhando aLiturgia e os Sete Sacramentos, aFé celebrada; a seguir, os DezMandamentos, a Fé Vivida; e por fima Oração, a Fé Rezada.O projeto deste DVD nasceu comoresposta criativa e 'multimedial' aoconvite feito pelo Papa Bento XVI noâmbito do Ano da Fé e dasindicações

pastorais emanadas pelaCongregação para a Doutrina daFé. Neste sentido, a Paulus Editoraseguiu o seu carisma paulista,através da elaboração deconteúdos, com o auxílio eaconselhamento do InstitutoDiocesano da Formação Cristã, nointuito de tornar este DVD um bomcontributo de divulgação dosconteúdos do Catecismo da IgrejaCatólica, que consideramos seremúteis não só durante o Ano da Fé,mas também para o tempo futuro. Guião e produção: PAULUSEditoraDuração: 84 mClassificação: M/12Preço: €12.00

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Livro evoca assassinato decatequistasO padre Diamantino Antunes, diretordo Centro Catequético do Guiúa,em Moçambique, está a apresentaraté sexta-feira, em váriaslocalidades portuguesas, o livro‘Véu de morte numa noite de luar’,que narra a história dos 23catequistas mortos há 20 anosnaquela instituição.Na madrugada de 22 de março de1992 as famílias que frequentavamum curso no Centro foram“sequestradas, interrogadas elevadas para um local a 3 km dainstituição” por militares daResistência Nacional Moçambicana(Renamo), contou o sacerdote aoprograma ECCLESIA (RTP-2).

“Morreram 23 catequistas,massacrados à baioneta. Algunsfugiram e conseguiram sobreviver,enquanto algumas crianças forampoupadas”, recordou o missionárioda Consolata, acrescentando que oacontecimento “marcouprofundamente a Igreja emMoçambique”.Na Diocese de Inhambane, queabarca um território equivalente a2/3 de Portugal, residem 1,4 milhõesde pessoas, das quais 20% sedeclaram católicas, indica a páginado Centro de Promoção Humana doGuiúa.

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A Semana de Oraçãopela Unidade dos Cristãos

Subsídios para aSemana de Oraçãopela Unidade dosCristãos e para todoo ano 2013

O período tradicional, no hemisfério norte, para aSemana de Oração pela Unidade dos Cristãos vai de18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em1908 por Paul Wattson porque cobriam os dias entreas festas de São Pedro e São Paulo, tendo portantoum valor simbólico. No hemisfério sul, já que janeiro étempo de férias, as Igrejas escolhem frequentementeoutros dias para celebrar a Semana de Oração, como,por exemplo, mais perto do Pentecostes (de acordocom o que foi sugerido pelo movimento Fé e Ordemem 1926), que é também uma data simbólica para aunidade da Igreja.Em 1968 as Igrejas e paróquias do mundo inteirorecebiam, pela primeira vez, textos para a semana deoração preparados conjuntamente pela Comissão Fée Constituição do Conselho Mundial das Igrejas e peloSecretariado para a Promoção da Unidade dosCristãos (Igreja Católica).O texto original do material da Semana de Oração de2013 foi preparado pelo Movimento de EstudantesCristãos da Índia (SCMI – Student Christian Movementof India), com a consultoria da Federação deUniversidade Católica de Toda a Índia (AICUF) e doConselho Nacional de Igrejas na Índia (NCCI).

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Momentos marcantes

1894 - O Papa Leão XIII encoraja aprática de um Oitavário de Oraçãopela unidade, no contexto doPentecostes.1908 - Celebração da "Oitava pelaunidade da Igreja", por iniciativa doReverendo Padre Paul Wattson.1926 - O Movimento Fé eConstituição começa a publicaçãode "Sugestões para um Oitavário deOração pela Unidade dos Cristãos".1935 - Na França, o Padre PaulCouturier torna-se o advogado pela"unidade que Cristo quer e pelosmeios que Ele quer".1958 - O Centro "Unidade Cristã"de Lyon (França) começa apreparar o tema para a Semana deOração, em colaboração com aComissão "Fé e Constituição" doConselho Mundial de Igrejas.1964 - Em Jerusalém o Papa PauloVI e o Patriarca Atenágoras Irecitaram juntos a oração de Cristo"que todos sejam um" (Jo 17).1965 - Concílio Vaticano II - ODecreto sobre o Ecumenismosublinha que a oração é a alma domovimento ecuménico e encoraja aprática da Semana de Oração.

1966 - A Comissão "Fé eConstituição" e o Secretariado paraa Unidade dos Cristãos(presentemente Conselho Pontifíciopara a Promoção da Unidade dosCristãos) da Igreja Católica decidempreparar em conjunto o texto para aSemana de Oração de cada ano.1968 - Pela primeira vez, a "Oraçãopela Unidade" é celebrada com basenos textos elaborados emcolaboração entre "Fé eConstituição" e o Secretariado paraa Unidade dos Cristãos.1988 - Os materiais da Semana deOração foram usados durante aoração de abertura pela FederaçãoCristã da Malásia.1994 - Texto para 1996 preparadoem colaboração com associaçõescristãs de mocidade.2004 - Acordo entre a Comissão"Fé e Constituição" (ConselhoMundial de Igrejas) e o ConselhoPontifício para a Promoção daUnidade dos Cristãos (IgrejaCatólica) para que o livrinho daSemana de Oração pela Unidadedos Cristãos seja oficialmentepublicado em conjunto.

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Dois bispos do Norte atentos àSociologia

Apesar da linguagem tomista (São Tomás deAquino), D. Sebastião Soares de Resende (Bispoda Beira - Moçambique) e D. António FerreiraGomes (Bispo do Porto) tiveram intervençõesinovadoras nas sessões conciliares porque “essaestrutura mental não os impediu de estarem atentosaos problemas do seu tempo”, sublinhou à AgênciaECCLESIA D. Carlos Azevedo, atual coordenadordo setor do património no Vaticano.Ao referir-se a D. Sebastião Soares de Resende,bispo português natural de Milheirós de Poiares,(Diocese do Porto) mas a exercer o seu múnuspastoral em Moçambique, D. Carlos Azevedorealçou que o bispo missionário “sentia problemasmuito fortes” com que se debatia no terreno quecalcava. “É esse desafio à realidade que os leva ausar uma estrutura mental, mas sem ficarem presosà linguagem dessa estrutura”.No II Concílio do Vaticano, convocado pelo PapaJoão XXIII, estes bispos naturais do norte dePortugal encontraram “formulações novas” queforam de encontro à realidade porque estavam“atentos à sociologia”.Pelas propostas apresentadas antes de se iniciar oII Concílio do Vaticano (11 de outubro de 1962),nota-se que os bispos portugueses estavam “aléguas” das preocupações que se faziam sentir nocentro da Europa.

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“Não havia, nos anos 50, acapacidade, - excluindo as escolasde teologia dos dominicanos e dosjesuítas – de resposta para osproblemas e para a linguagem dasnovas perspetivas culturais”, disseD. Carlos Azevedo, delegado doConselho Pontifício da Cultura(Santa Sé).Alguns teólogos sofreram o rigor doTribunal do Santo Ofício com as“propostas inovadorasapresentadas” e mais tarde “muitasacabaram por ser confirmadas eacolhidas pela Igreja”.

ConcelebraçãoÉ a ação litúrgica em que váriossacerdotes, no exercício das suasfunções de ministros do sacrifício,celebram a mesma missa. Formahabitual de celebrar nos primeirosséculos, caiu em desuso na Igrejado Ocidente, sendo restauradapelo Concílio Vaticano II (SC 57).Manifesta a unidade do presbitério,sobretudo quando é presidida pelobispo. (Cf. Enciclopédia Católica Popular)

“Sofreram uma reação da talmentalidade imobilista eescolástica”. A história “não avançasem minorias criativas”, no entantoé essencial que estas minorias seunam e não busquem “oprotagonismo personalista”,salientou o bispo português. No II Concílio do Vaticano, osjesuítas e dominicanos eramaqueles que tinham “mais escola[teológica]”, e cita duas figurasfundamentais: “Karl Rahner (jesuíta)e Yves Congar (dominicano)”. Parao historiador o bispo brasileiro D.Hélder da Câmara – “não tevenenhuma intervenção no concílio” –,fez “um jogo de bastidoresexcecional”. Durante os trabalhosconciliares o prelado criou gruposde reflexão para debater “ideiasnovas” e para que estas “sealargassem a outros que estavamimpreparados”.O conjunto dos padres conciliaresbrasileiros também tinha“integristas” e “progressistas”, mas,no geral, a América Latina aderiu“ao centro europeu”, visto quealguns estudaram nessas escolasteológicas. “A América Latina foi ogrande aliado para o avanço daTeologia”, concluiu.

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Janeiro 2013

Dia 19 - sábado* Lisboa - Catedral de São Paulo(Igreja Lusitana) - Vigília EcuménicaJovem. * Leiria - Terceira visita aopatrimónio religioso da diocese deLeiria-Fátima. * Guarda - Centro Apostólico D.João de Oliveira Matos - Jornadadiocesana da Pastoral Familiar. * Algarve - Portimão (Igreja matriz) -Encontro dos diáconospermanentes da Diocese doAlgarve.* Évora - II Encontro dos centrossociais paroquiais da arquidiocesede Évora.* Coimbra - Seminário (10h00m) -Sessão de estudo do documentoconciliar «Sacrosanctum Concilium».* Santarém - Conselho pastoraldiocesano.

* Fátima - Encontro da ComissãoEpiscopal Laicado e Família com osSecretariados Diocesanos.* Fátima - Encontro daConfederação Nacional dasInstituições de Solidariedade. * Lamego - Apresentação doprojecto «YOUthTRAVEL» doDepartamento Nacional da PastoralJuvenil. * Fátima - Centro Bíblico dosCapuchinhos - Encontro sobre «OEspírito de Assis» orientado por freiAcílio Mendes e integrado no ciclode encontros sobre «Palavra, Fé eVida». Dia 20 - Domingo* Lisboa - Algueirão (21h00m) -Encontro Ecuménico presidido porD. Joaquim Mendes* Lamego - Sé - Celebração dopadroeiro da diocese, SãoSebastião, e de agradecimento peloprimeiro ano de ministério episcopalde D. António Couto em Lamego.

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* Fátima - Encontro nacional daComunidade Luz e Vida.* Lisboa - Vila Franca de Xira(auditório da Junta de Freguesia)(15 horas) - Debate sobre«Caminhamos. Juntos? Para onde?Desafios do tempo presente» com opadre Constantino Alves, JoséErnesto Cartaxo e o pastorevangélico António Costa Barata.* Fátima - Encontro do MovimentoEspiritualidade da Sagrada Família. * Setúbal - Bairro Salgado (IgrejaLusitana) (15h00m) - CelebraçãoEcuménica integrada na Semana deOração pela Unidade dos Cristãos. * Porto - Paróquia Metodista deLordelo do Ouro - CelebraçãoEcuménica. * Aveiro - Inauguração da exposição«Diocese de Aveiro-Presente eMemória». * Lisboa - Cascais (Hotel Albatroz) - Reunião de directores CIDSE(agências de desenvolvimentocatólicas que cooperam em prol daJustiça global) (20 a 22)

Dia 21 - Segunda-feira* Viseu - Reunião dos bispos docentro.* Lisboa - Igreja de São Nicolau(12h30m) - Almoço/debatepromovido pela ACEGE (AssociaçãoCristã de Empresários e Gestores)com Fernando Ulrich que falarásobre «O amor como critério degestão». * Porto - Valadares (Paróquia deSão Pedro de Vilar do Paraíso) - Conferência sobre «Fé, televisão ecrise, em busca da felicidade» porHélder Reis. * Lisboa - Auditório da Escola deHotelaria e Turismo de Lisboa(21h30m) - Sessão sobre «Onde seacredita?» do ciclo «Em que crêquem crê» promovido pela Paróquiade Santa Isabel. * Évora - Ação de formação para oclero da Província Eclesiástica deÉvora. (21 a 24)

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Ano C – 2º Domingo Do TempoComum «Sermos aalegria deDeus». Quebela definiçãonos traz oprofeta Isaíashoje

A liturgia deste segundo domingo do Tempo Comumtem a marca do amor de Deus por nós.A primeira leitura de Isaías define o amor de Deuscomo um amor eterno, que continuamente renova arelação e nos transforma. Nesse amor nuncadesmentido, reside a alegria de Deus.A segunda leitura fala dos carismas ou dons comosinais do amor de Deus destinados ao bem de todos.No contexto de um casamento em Caná, o Evangelhoapresenta um sinal, ou milagre, que aponta para oessencial do programa de Jesus: apresentar-nos o Paique nos ama e que com o seu amor nos convoca paraa alegria e a felicidade plenas.Tudo isto são coisas bem sabidas por nós, ou quejulgamos saber. Mas será que assumimos e acolhemoscom todo o nosso ser o que a Palavra de Deus nos dáhoje? Estamos num campo decisivo da nossa vidahumana, que pela fé nos compromete a seguir Cristo,a grande revelação do amor de Deus. Uma vida quesó pode ser levada na alegria.Há cerca de um ano dizia-nos Bento XVI que a alegriaé um dos cinco elementos constitutivos da identidadecristã. Por outras palavras, se não vivermos o amor deDeus na alegria, não somos cristãos autênticos. Aliás,o amor, mesmo quando transporta sinais desofrimento, só pode provocar e ser alegria.O amor de Deus espera-nos sempre, de formagratuita, convida-nos ao refazer da relação. Esse amorgera vida

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nova, alegria, festa, felicidade,transforma-nos em profetas doamor, sinais vivos e alegres deDeus. Será que esse amortransparece nos nossos gestos eatitudes? As nossas famílias são umreflexo do amor de Deus? As nossascomunidades cristãs e religiosasanunciam ao mundo, de formaconcreta, o amor que Deus tempelos homens?São exigências que nos plenificam edão sentido aos nossosandamentos quotidianos, agora emtempo comum, nunca de rotina, masde renovação!E já agora, temos a preciosa ajudade Maria, que nas bodas deCaná guardou no seu coração esse

sinal de amor, de aliança e dealegria, sempre a indicar a direçãodo que somos: «fazei o que Ele,Jesus, vos disser!»E já agora acrescento, se levamosCristo como aquele que marcaradicalmente as nossas vidas, sópodemos viver em comunhão. Estasemana de oração pela unidade doscristãos recorda-nos que nemsempre é assim. Como podemosinvocar o mesmo Cristo, se vivemosdesavindos?A caminhada continua. Rezemos erenovemos em nós o entusiasmo desermos a alegria de Deus.

Manuel Barbosadehonianos.org

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Este país não é para ter filhos?

Propomos aoFMI querefaça a suaperguntapara: Será quea penalizaçãodas famíliascom filhospromove aredução dosnascimentos?

O recentemente apresentado Relatório do FMI lança aseguinte pergunta: Será que benefícios pecuniários àsfamílias promovem o aumento de nascimentos?Nas considerações apresentadas são dados comoexemplo a Suécia e a França afirmando-se que oimpacto dos benefícios pecuniários é pequeno e deduração temporária e concluem dizendo que, sePortugal se quer envolver em políticas para aumentara fertilidade, seria bom que se virasse noutrasdireções diferentes de benefícios em dinheiro para asfamílias.De referir que quer a Suécia quer a França tiveram hávários anos também um problema de fertilidade queresolveram combater energicamente e com resultados,mantendo ainda ativas muitas dessas medidas. Mais do que palavras aqui ficam os dados atuais:

* Só recebem as famílias com rendimento de referência mensal abaixo de 628,83euros e o valor varia com a idade e o escalão – os valores do exemplo são os do 1ºescalão (rendimento inferior a 209,61 euros) para filhos com mais de três anos

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Ecclesia nos media

RTP2 - 09h30Domingo, dia 20 - Que sejam um! ExperiênciaEcuménica na Macedónia. RTP2, 18h00Segunda-feira, dia 21 - Entrevista a AndreiaCarvalho e António Marujo: Taizé, laboratóriode ecumenismo.Terça-feira, dia 22 - Informação e rubrica sobreos 50 anos do Concílio Vaticano II com o padreAntónio Vaz PintoQuarta-feira, dia 23 - Informação e rubrica sobreDoutrina Social da Igreja com José CordeiroQuinta-feira, dia 24 - Informação e rubrica sobreHistória da Igreja com D. Manuel ClementeSexta-feira, dia 25 - Apresentação da liturgiadominical pelo padre Robson Cruz e JuanAmbrosio Antena 1Domingo, 06h00 - Semana de Oração pelaUnidade dos Cristãos nas diocesesSegunda a sexta-feira, 22h45 - Esperança dosjovens cristãos no âmbito do Oitavário de Oraçãopela Unidade dos Cristãos OutrosRTP, Domingo, 10:00 - Transmissão da missaTVI, Domingo, 11:00 - Transmissão da missaRR, Domingo, 10:00 - "Dia do Senhor"; 11H00 - Transmissão da missa; 23H30 - Ventos e Marés;segunda a sexta, 18h30 - Terço

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Sementes de paz

Estando em plena “Semana de Oração pela Unidadedos Cristãos”, que decorre de 18 a 25 de Janeiro,recordar o exemplo do Padre Werenfried van Straaten,cujo centenário do nascimento se assinalou napassada quinta-feira, 17, parece quase profético.Depois de décadas de feroz perseguição aos cristãosna antiga União Soviética, com a profanação deigrejas e templos, e a condenação de milhares dehomens e mulheres a duras penas de prisão emcampos de concentração – os gulags – a Igrejacomeçou a ressuscitar desse tempo negro quando oregime comunista entrou em colapso.Foi o Padre Werenfried um dos obreiros dessareconstrução, abraçando o Patriarca Alexis II ecooperando com ele nessa tarefa imensa de reerguerigrejas, de abrir novos seminários, de alentar um povosofrido e ainda cheio de medo.

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O apoio prestado pela FundaçãoAIS foi, simultaneamente, umelemento chave para a aproximaçãoentre a Igreja Católica e a IgrejaOrtodoxa Russa, fazendo mais pelaunidade dos Cristãos do que todosos discursos que se pudessempronunciar. Os barcos-capela quenavegam no Volga e no Danúbiosão, ainda hoje, símbolos dessaajuda desinteressada e adjectivam oespírito de missão que sempremarcou a vida do fundador da AIS.Aliás, um desses barcos ostenta onome do Padre Werenfried, numajusta homenagem da IgrejaOrtodoxa ao sacerdote que ficouconhecido como “o maior mendigoda história”. A “Semana de Oraçãopela Unidade dos Cristãos” decorresob o lema “o que exige Deus denós”. O Padre Werenfried vanStraaten deu-nos o exemplo de umavida entregue

totalmente ao trabalho dareconciliação, aproximando antigosinimigos, apoiando a Igrejaperseguida, deixando sementes depaz em todos os cantos da terra.Deus, seguramente, exige quecontinuemos esta tarefa, que não sepode interromper, de sermoscapazes de viver em função dosoutros, especialmente quando sãoirmãos que sofrem, quando sãoperseguidos por causa da sua fé emCristo. Saiba mais em www.fundacao-ais.pt

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Nós te louvamos, amado Deus, por nos teres criado em toda a nossadiversidade.Pelo dom de nossas muitas culturas, línguas, diversas expressões decrença, costumes, tradições e etnias nós te agradecemos!Nós te agradecemos pelas muitas tradições eclesiais que têmconservado as nossas comunidades fortes e ativas, mesmo em lugaresonde elas são minoria.Ensina-nos a celebrar as nossas diferentes identidades e tradições, demodo a forjar laços de amizade e companheirismo que nos levem auma maior unidade.

(da celebração ecuménica para a Semana da Unidade/2013)

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