frotas - vida económica · “medidas de austeridade gravosas para as frotas de passageiros ......

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FROTAS ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA Nº 1370, DE 12 NOVEMBRO DE 2010, E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE SIMULAÇÕES Saiba os custos de uma frota em renting Pág. 8 LEASEPLAN Tenciona manter “crescimento acima da média do mercado” Pág. 5 MERCADO PORTUGUÊS DE ALUGUER OPERACIONAL VAI VOLTAR AO CRESCIMENTO EM 2010 Págs. 2 e 4 FINLOG Empresa da Sonae prevê aumentar frota sob gestão em 5% Pág. 4 IMPORTADORES Marcas automóveis esperam 2011 “apertado” Págs. 10 e 11 ARAC lamenta burocracia do sistema e custos elevados Portagens nas SCUT originam cancelamentos de reserva nas rent-a-car Pág. 9

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Page 1: FROTAS - Vida Económica · “Medidas de austeridade gravosas para as frotas de passageiros ... nossos Serviços de Gestão de Frotas, desde a Gestão Transparente até ao Aluguer

FROTASESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA Nº 1370, DE 12 NOVEMBRO DE 2010,

E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

SIMULAÇÕESSaiba os custos de uma frotaem renting

Pág. 8

LEASEPLANTenciona manter “crescimento acima da média do mercado”

Pág. 5

MERCADO PORTUGUÊSDE ALUGUER OPERACIONAL VAI VOLTAR AO CRESCIMENTOEM 2010 Págs. 2 e 4

FINLOGEmpresa da Sonae prevê aumentar frota sob gestão em 5%

Pág. 4

IMPORTADORESMarcas automóveis esperam 2011 “apertado”

Págs. 10 e 11

ARAC lamenta burocracia do sistema e custos elevados

Portagens nas SCUT originam cancelamentosde reserva nas rent-a-car

Pág. 9

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A mobilidade dos colaboradores tem um peso primordial no orça-mento da maioria das empresas. Impõe-se, por isso, que haja uma decisão criteriosa pela melhor a forma de renovação do parque automóvel utilizado pelos colabo-radores. Neste capítulo, o aluguer operacional de viaturas (AOV) tem ganho, desde a década passada, uma importância acrescida, face à aquisição ou ao “leasing”.

O vice-presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), António Olivei-ra Martins, refere, em entrevista à “Vida Económica” (ver página 4), que “infelizmente, no último par de anos, o crescimento” deste sector “já não se pode considerar exponencial”, mas salienta que “as razões deste abrandamento são, sobretudo, exteriores à própria di-nâmica desta actividade”. A ALF indica que este mercado vale um parque automóvel de cerca de 120 mil veículos, o que corresponde a um valor de perto de dois mil mi-lhões de euros. O mercado luso de AOV deve, segundo António Oliveira Martins, fechar o presente exercício em subida. “Os objectivos para 2010 passam por recuperar o caminho de crescimento e de nor-malidade que foi interrompido de forma abrupta em 2009 por razões mais ou menos óbvias”, perspectiva o dirigente da ALF.

ALD com serviços agregados

O renting já não é um conceito desconhecido do público. O alu-guer operacional é, isso mesmo, um aluguer – e não um produto finan-ceiro porque nos contratos não está prevista a passagem de propriedade ao cliente –, em que o locatário paga uma renda mensal durante o período de tempo entre um e cinco anos. Esta renda, paga numa única factura, inclui as revisões, o seguro contra danos próprios e as repara-ções. No caso de o cliente querer, o contrato pode mesmo contemplar a gestão dos pneus e, até, dos com-bustíveis. Trata-se, portanto, de um ALD com serviços.

As vantagens do aluguer opera-cional são muitas, mas resumem-se numa expressão cada vez mais uti-lizada: “outsourcing”. Um concei-to que faz com que as empresas se dediquem à sua actividade princi-pal a 100%, deixando a carga bu-rocrática para especialistas e com vantagens económicas. Os preços das rendas conseguem tornar-se atractivos, porque as gestoras de frota têm um poder negocial para

compra e manutenção que, regra geral, as empresas não possuem de forma isolada.

No que se refere ao balanço da empresa, há a vantagem de os ve-ículos em questão não entrarem no balanço desta. No que se refere aos seguros, o aluguer operacional apresenta ainda o benefício de não se verificarem agravamentos. A natural concorrência na economia levou a que as empresas tomassem consciência das vantagens finan-ceiras e físicas, bem como da sim-plificação da gestão de frota que o aluguer operacional oferece, pelo que começaram a utilizá-lo.

Como já foi referido, os primei-ros clientes nacionais deste serviço foram as grandes empresas, que já conheciam os benefícios inerentes a uma gestão externa das frotas, com grande necessidade de veícu-los para realizar a sua actividade. Exemplo disto são os laboratórios farmacêuticos e as grandes empre-sas de distribuição.

Mais tarde, as PME, e mesmo os profissionais liberais, começaram a reconhecer vantagens neste tipo de aluguer e são estes mesmo os sec-tores de maior potencial de cresci-mento, actualmente. Embora mais lentamente, também os particula-res começam a “render-se” a este sistema, sobretudo os profissionais liberais. Segundo os operadores, apenas os particulares que não tro-cam de carro com uma cadência de três ou quatro anos não têm van-tagens em recorrerem ao “renting”.

AQUILES [email protected]

Outsourcing mantém subida, embora já não exponencial

Mercado português de aluguer operacional vai voltar ao crescimento este ano

sexta-feira, 12 Novembro de 2010 FROTAS2

OPÇÃO ALUGUER OPERACIONAL

Vantagens

Simplifica todas as tarefas de ges-tão da frota das empresas, que é entregue a espe-cialistas com ser-viços adicionais diversos.

Utilização de imobi-lizado de terceiros, em termos jurídicos e económi -cos.

Acompanhamento in-formático por parte da empresa de aluguer operacional: gestão de facturas, de combustí-vel, do número de dias utilizando viatura de substituição, etc.

O locatário apenas tem que pagar as rendas: a lo-cadora avisa nas alturas de manutenção.

O mais interessante é que, feitas bem as contas, o con-trato de aluguer operacional acaba por fazer com que a mobilidade se torne mais ba-rata que em caso de compra, acrescida das manutenções, seguro, etc.

Desvantagens

A quilometragem anual tem implicações no que respeita aos encargos de manutenção com o veículo, devendo o locatário pagar uma verba adicional, caso exceda a quantidade de km previamente contratada.

Caso o prazo do contrato seja abreviado por rescisão da empresa cliente, há lugar a uma penalização, que varia, consoante a locadora.

LOCAÇÃO FINANCEIRA (“LEASING”)

Vantagens

A locação financeira oferece uma garantia de “cash-flow” através da sequência fixa das rendas mensais ao longo do período do contrato. Esta opção liberta as empresas locatárias de pressões de crédito com outras instituições.

Possibilidade de aquisição do bem no fim do contrato.

Desvantagens

Na hipótese de o contrato não ser to-talmente cumprido, há uma cláusula penal por rescisão antecipada.

Outras desvantagens foram já indicadas na aquisição a cré-dito ou a pronto e que também aqui se aplicam.

Embora a empre-sa cliente não seja proprietária do auto-móvel, é totalmente responsável pela sua danificação.

COMPRA INTEGRAL (PRONTO PAGAMENTO)

Vantagens

Desvantagens

Utilização de re-cursos financeiros da empresa para compra de veículos, em detrimento da sua aplicação em investimentos no negócio central.

O facto de ser um activo na empresa, pelo que pode ser tributado.

Implementação de um serviço interno de gestão da frota com menor poder negocial que as em-presas de aluguer operacional.

Possibilidade de negoc iação do preço do veículo, dependendo do poder negocial do comprador.

Utilização de fundos próprios da empresa ou negociação de empréstimos, even-tualmente com taxas favoráveis.

Disponibilidade do veículo para venda em qualquer altura, já que é um activo da empresa.

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Reta e Socar unem-see renovam imagem

As empresas do grupo Luís Simões Reta e Socar “oficiali-zaram” a união e renovaram a imagem. As duas empresas já ti-nham unido as áreas comerciais em 2005 e passam agora a assu-mir a denominação Reta – Ser-viços Técnicos e Rent-a-cargo, SA. Com uma imagem mais atractiva, moderna e dinâmica, mantém as cores laranja e azul-escuro, antigas cores da Socar. A Reta está a apresentar dois novos serviços: aluguer de tractores de curta duração e protecção total.

Paulo Caires, director de ma-rketing e vendas da Reta, que não revela à “Vida Económica” os va-lores envolvidos na renovação da imagem, explica a opção numa forma de simplificar os processos. “Com esta fusão, pretendemos, essencialmente, a simplificação de todo o processo administrati-vo e a simplificação do processo de facturação”, explica.

A mesma fonte refere que, “não menos importante”, é a melho-ria da gestão de recursos huma-nos, “já que com a fusão se geram novas oportunidades de carreira e diversificação de funções, para além de que será possível uma melhor reafectação dos trabalha-dores eventualmente exceden-tários” para outras áreas da em-presa. “A afectação dos recursos disponíveis de uma forma mais eficiente e racional permite opti-mizar os custos fixos de estrutura, tornando a Reta numa empresa mais ágil”, afirma Caires.

AP

Considera responsável pela consultora Boxer

“Medidas de austeridade gravosas para as frotas de passageiros”sultora é céptico. “As viaturas serão rentáveis em AOV se lhes for atribuído um valor residual semelhante ao das outras via-turas. Mas, tradicionalmente, o sector tem demonstrado al-guma prudência na valorização de novas viaturas, como, por

exemplo, os híbridos”, explica Luís Frazão “Até haver algum histórico não antecipamos que os valores residuais sejam com-petitivos e, portanto, as rendas de AOV também não o serão. Para além disso, escolher equi-par a frota com viaturas eléctri-

cas significa gerir mais incógni-tas, nomeadamente os preços, a logística de abastecimento, o grau de autonomia dos mode-los que venham a ser comer-cializados, etc.”, afirma a nossa fonte.

Este ano, apesar da crise, está

a ser muito positivo para a Boxer Consulting. Luís Frazão prevê, que a empresa registe em 2010 1,5 milhões de euros de factura-ção. Para 2011, o objectivo se-rão 2,5 milhões de euros.

AQUILES [email protected]

Desde cedo, aprendemos a crescer escolhendo os melhores caminhos para alcançarmos os nossos sonhos. Na Finlog, também queremos que a sua

empresa cresça na direcção certa, optimizando os seus recursos e reduzindo substancialmente os seus custos.

Por isso, melhoramos e inovamos continuamente os nossos Serviços de Gestão de Frotas, desde a Gestão Transparente até ao Aluguer Operacional de Viaturas,

vulgarmente denominado de Renting. Fique a conhecê-los e ponha a sua empresa no

melhor caminho.

Porto | Rua Óscar da Silva, 2243 a 2263 (1º Piso) 4450-762 Matosinhos

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CRESÇA A SABER O MELHOR CAMINHO.

FROTAS 3sexta-feira, 12 Novembro de 2010

As medidas de austeridade adicionais previstas para Janeiro de 2011 “são bastante gravosas para as frotas de viaturas de pas-sageiros”, segundo Luís Frazão, administrador da Boxer Con-sulting. “São penalizadas forte-mente todas as viaturas de custo superior a 30 mil euros: a tribu-tação autónoma sobe para 20% sobre todos os custos por incor-ridos. Esta situação poderá levar as empresas a optar por reduzir o nível das viaturas atribuídas a colaboradores, por diminuir o número de viaturas ou por op-tar por viaturas eléctricas, cujo limite será de 40 mil euros”, de-fende.

Sobre a possível rentabilidade dos automóveis eléctricos em aluguer operacional de viaturas (AOV), o responsável pela con-

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Vida Económica – O aluguer operacio-nal de viaturas (AOV) tem tido cresci-mentos exponenciais ao longo dos últi-mos anos em Portugal. Quanto vale este mercado no nosso país?

António Oliveira Martins – Infelizmente no último par de anos o crescimento já não se pode considerar exponencial. Contudo, as razões deste abrandamento são sobretudo exteriores à própria dinâmica desta activida-de. Este mercado vale um parque de cerca de 120 mil veículos que corresponde a um valor de perto de dois mil milhões de euros.

VE – Quais são os objectivos para 2010?

AOM – Os objectivos para 2010 passam por recuperar o caminho de crescimento e de normalidade que foi interrompido de forma abrupta em 2009 por razões mais ou menos óbvias.

VE – Considera que este mercado já está num ponto de maturidade entre nós?

AOM – Não. O renting em Portugal ainda evidencia indicadores de penetração que demonstram ter ainda um peso relativo inferior se compararmos por exemplo com outras economias europeias.

VE – Os automóveis eléctricos estão prestes a chegar a Portugal. No futuro, dado o elevado preço inicial – apesar dos menores custos operacionais – e o desconhecimento de valores residuais,

poderão ser rentáveis em AOV?AOM – Os veículos eléctricos só irão sin-

grar em renting se singrarem no mercado automóvel em geral. A quota-parte de res-ponsabilidade do renting aqui passa por aju-dar os seus clientes a fazerem experiências com este tipo de veículos, mas sem dúvida que o sucesso a prazo passa por estes veículos tornarem-se economicamente interessantes, em renting ou sem ser em renting. Em rela-ção ao facto de se esperar um investimento superior e custos de exploração inferiores, será uma vantagem e uma oportunidade para o renting face aos outros produtos na medida em que é o único produto de finan-ciamento da frota que espelha a totalidade dos custos efectivamente incorridos com os veículos durante a sua vida, enquanto nos produtos financeiros o custo está totalmente dependente do investimento inicial.

VE – Quais as perspectivas para 2011 para o renting em Portugal, dadas as medidas de austeridade já anunciadas?

AOM – Nesta fase ainda existem mui-tas incógnitas para se poder formular uma previsão. Poderá ser uma oportunidade porque o renting permite aos seus clientes reduzir e controlar melhor os seus custos. Sabemos, contudo, que a rentabilidade das empresas de renting, e consequentemente a sua capacidade de investimento, está muito dependente do desempenho do mercado de veículos usados (o risco da desvalorização do veículo corre por conta da empresa de ren-ting) e, por sua vez, o mercado de veículos

usados está muito dependente do mercado de crédito. Por tudo isto, há uma série de dependências que provocam apreensão. Por outro lado, as empresas neste sector estarão agora mais preparadas para lidar com a crise do que estavam no final de 2008.

VE – Em Portugal, ao contrário do que sucede, por exemplo, em Espanha, as empresas apenas podem deduzir o IVA dos comerciais ligeiros e não dos mode-los de modelos de passageiros. Estaria de acordo com o eventual alargamento desta dedutibilidade?

AOM – Sim, na medida em que o uso profissional dos veículos não se circunscreve aos veículos comerciais. Infelizmente a con-juntura de agravamento da carga fiscal não nos permite vislumbrar qualquer alteração nesse sentido num futuro próximo.

VE – Porém, tendo em conta o clima de austeridade e de aumento de impos-tos, acredita que o Governo poderia ab-dicar dessa receita?

AOM – Não.

AQUILES [email protected]

Defende o vice-presidente da ALF, António Oliveira Martins

“Veículos eléctricos só irão singrar em renting se singrarem no mercado automóvel em geral”

sexta-feira, 12 Novembro de 2010 FROTAS4

“O sucesso a prazo passa por estes veículos tornarem-se economicamente interessantes, em renting ou sem ser em renting”, defende o vice-presidente da ALF.

Os automóveis movidos a electricidade estão na ordem do dia, tendo natural impacto, também, no mercado frotista. O vice--presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), António Oliveira Martins, sublinha que estes veículos terão sucesso neste segmento, se isso acontecer na generalidade do mercado automóvel. “Sem dúvida que o sucesso a prazo passa por estes veículos tornarem-se economicamente interessantes, em renting ou sem ser em renting”, defende, em entrevista à “Vida Económica”, o dirigente da ALF. A frota nacional de aluguer operacional é de 120 mil de viaturas, o que corresponde a um valor de perto de dois mil milhões de euros.

A Finlog vai crescer este ano. A gestora de frota do grupo So-nae prevê facturar em 2010 cerca de 44 milhões de euros, depois de no ano passado ter registado um volume de negócios de 42,4 milhões de euros. Em termos de frota sob gestão, a Finlog geria no fim de 2009 cerca de oito mil viaturas (mais 9% do que em 2008) e perspectiva crescer 5% este ano.

Carlos Sérgio Barros, da co-missão executiva da empresa, explica à “Vida Económica” que “este passará por uma manuten-ção cuidada dos actuais clien-tes”, mas “também pela anga-riação” de novos clientes. “Para tal continua a reestruturação da equipa, com o eventual recru-tamento de novos profissionais, e o desenvolvimento de progra-mas de formação interna dos

colaboradores, alterando alguns processos internos de forma a aproximarmo-nos ainda mais dos clientes e pesquisando novas alternativas de produtos que se enquadrem com as necessidades actuais do mercado”, afirma.

A mesma fonte acredita que as medidas de austeridade adi-cionais previstas para Janeiro de 2011 vão ter impacto na econo-mia, mas esse facto pode ser uma

oportunidade para as empresas de renting. “As medidas de aus-teridade implementadas vão ter impactos significativos nas em-presas e nas famílias portugue-sas. Será de prever uma maior dificuldade de financiamento das empresas, bem como uma necessidade de redução de cus-tos.

Neste contexto, as empresas de renting têm uma oportunida-

de no sentido em que são uma alternativa mais vantajosa face à aquisição e financiamento de viaturas no modelo tradicional. Será expectável, que as empresas de renting também venham a ser mais prudentes na avaliação da carteira de clientes e tenham uma maior atenção ao mercado de usado”, afirma Carlos Sérgio Barros.

AP

Finlog prevê facturar 44 milhões este ano

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FROTAS 5sexta-feira, 12 Novembro de 2010

Director comercial da LeasePlan salienta aumento do IVA

“Medidas de austeridade podem prejudicar o sector”As medidas de austeridade adicionais previstas pelo Orçamento de Estado para 2011 “podem prejudicar o sector por via do aumento dos impostos, designadamente do IVA”, de acordo com o director comercial da LeasePlan, José Pedro Campos Pereira. Em 2010, a LeasePlan Portugal tenciona “prosseguir um crescimento acima da média do mercado, com um aumento de 2% a 3% no número de veículos sob gestão” face aos 61 mil com que fechou o ano passado.

Vida Económica – Os auto-móveis eléctricos vão começar a chegar no virar do ano. A Le-asePlan já anunciou um acor-do com a Nissan para o Leaf para 13 países europeus, entre os quais Portugal. Já se sabe quantas unidades virão para Portugal?

José Pedro Campos Pereira – Oportunamente será comunicada a quantidade de viaturas dispo-níveis, a qual depende da confir-mação do interesse por parte de alguns clientes e da disponibilida-de da Nissan. Confirmamos, no entanto, que a LeasePlan Portugal terá algumas unidades em uso na sua frota própria e que usará para testes ao veículo junto dos seus principais clientes.

VE – Qual será a renda média prevista para o modelo?

JPCP – Estamos a ultimar a construção da nossa oferta comer-cial, pelo que muito brevemente a comunicaremos.

VE – Prevêem vir a ter mode-los eléctricos de outras marcas?

JPCP – A LeasePlan tem outras parcerias definidas neste âmbito. Em 2009, estabelecemos um acor-do com a PSA Peugeot Citroën no sentido de identificar oportu-nidades de mercado para a imple-mentação de veículos eléctricos, nomeadamente, os países melhor posicionados, as necessidades dos clientes, formas de aproximação ao mercado e criação de serviços inovadores. Por outro lado, já em

2010, a Toyota e a Galp Energia elegeram a LeasePlan para gerir a operação de aluguer operacional dos cinco Prius híbridos eléctricos Plug-in que estão a ser testados em Portugal, pelo que de certeza que também iremos disponibilizar mo-delos de outras marcas.

VE – Numa primeira fase, es-tas viaturas poderão ter algum impacto em termos de ima-gem para as empresas clientes e, assim, justificar a escolha, mas serão rentáveis em alu-guer operacional de viaturas (AOV)?

JPCP – Em termos de rentabi-lidade, os veículos eléctricos apre-sentam uma clara desvantagem comparativamente aos veículos tra-dicionais, nomeadamente, o pre-ço. É esperado que esta desvanta-gem seja parcialmente recuperada por custos menores no consumo do veículo e, muito provavelmen-te, na sua manutenção. Em termos do AOV, e conforme já menciona-do, ainda estamos a ultimar a nos-sa oferta comercial, pelo que não podemos afirmar com uma certeza absoluta se estes veículos serão ren-táveis ou não, comparativamente aos veículos tradicionais.

VE – As medidas de austeri-dade adicionais previstas pelo Orçamento de Estado para Ja-neiro de 2011 vão influenciar o negócio de AOV em Portugal?

JPCP – Em termos gerais, as medidas de austeridade podem prejudicar o sector por via do au-mento dos impostos, designada-mente do IVA que irá encarecer o preço dos veículos pelo que poderá vir a afectar a procura no sector au-tomóvel. Nas empresas de gestão de frotas as rendas também terão tendência a aumentar, facto que poderá trazer consequências me-nos positivas para o sector.

VE – Quando poderá chegar a tão falada maturidade do mer-cado nacional de renting?

JPCP – Depende muito do seg-mento de mercado a que estamos a referir. Já é um mercado maduro quando falamos das médias e gran-des empresas, mas, quando falamos de pequenas empresas e particula-res, então estamos a falar num mer-cado ainda muito pouco maduro, onde há muito trabalho por fazer. Resumindo, acho que a verdadeira maturidade do mercado de renting em Portugal ainda está num perío-do de tempo longínquo.

VE – Com a crise económica,

a adesão dos particulares ao AOV fica mais longe?

JPCP – Não. Embora este ainda seja principalmente um mercado de clientes empresariais, julgamos que a difícil conjuntura económi-ca poderá reforçar a tendência dos

particulares para recorrer ao AOV, a qual, aliás, já vinha a crescer. Para os particulares, sobretudo para aqueles que trocam de carro de três em três ou quatro em quatro anos, o AOV representa a possibilidade de trocar de veículo por um valor mais económico, obtendo van-tagens financeiras e operacionais significativas uma vez que transfere para empresa de AOV a responsa-bilidade pela aquisição, manuten-ção e revenda do automóvel.

VE – Com que frota e volume de negócios fechou a LeasePlan Portugal 2009?

JPCP – No final de 2009, a Le-asePlan Portugal mantinha uma frota de cerca de 61 mil veículos sob gestão e apresentava um volu-me de negócios superior a 167 mi-lhões de euros. O grupo LeasePlan registou lucros de 165 milhões de euros e mantinha uma frota global superior a 1,3 milhões de veículos sob gestão.

VE – Quais os objectivos para 2010?

JPCP – Em 2010, a LeasePlan tenciona prosseguir um crescimen-to acima da média do mercado, com um aumento de 2% a 3% no número de veículos sob gestão. Este crescimento resultará, entre outros, do desenvolvimento de serviços que reduzam o risco e acrescentem valor para os clientes, permitindo-lhes ge-rir as suas frotas de forma mais efi-ciente e com custos menores.

AQUILES [email protected]

ALD Automotive faz balanço positivo da marca de usados

A ALD Automotive faz um balanço “bastante positivo” da Second Drive, a marca de

usados que a gestora de frota criou em Novembro de 2007. “Desde a inauguração do nosso primeiro centro já vendemos mais de 500 veículos, conseguindo atingir um público a que normalmente não chegaríamos, uma vez que depen-díamos unicamente dos leilões. Lançámos também a expansão da rede Second Drive com a abertu-

ra de mais um centro na região de Santarém”, referiu à “Vida Econó-mica” o director comercial “corpo-rate” da empresa, Nuno Jacinto. A filial nacional da gestora de frota da Société Générale gere hoje uma fro-ta com mais de 12 mil veículos dis-tribuídos por cerca de 1300 clien-tes. “O crescimento da nossa frota tem demonstrado, definitivamente, um movimento ascendente. Este facto é traduzido pelo aumento de 36% registado nos últimos cinco

anos, reflectindo um crescimento médio anual de 11%, e a expectati-va é manter o curso de crescimento nos dois dígitos”, defende Jacinto. Para os próximos anos, a meta da ALD Automotive é, de acordo com a mesma fonte, “manter a estratégia actual de crescimento, focalizando-se na qualidade da sua gestão, na constante adaptação à especificida-de de cada cliente e na inovação dos seus serviços”. Aquele responsável pela ALD Automotive admite que

as medidas de austeridade adicio-nais previstas pelo Orçamento de Estado para 2011 vão influenciar o negócio de aluguer operacional de viaturas (AOV) em Portugal. “Talvez, na medida em que toda a economia será afectada, com uma natural contracção do consumo in-terno dado o aumento expressivo da carga fiscal. Poderá haver uma antecipação na venda de veículos automóveis no final do ano, para evitar o acréscimo na taxa de IVA

previsto”, refere. Nuno Jacinto de-fende que “o mercado já suporta taxas elevadas”, pelo que é prová-vel que fornecedores e clientes não evitem “consequências ao nível das vendas”, sobretudo nas gamas altas. “O resultado imediato ao nível do renting será uma eventual conten-ção das compras e a continuação do ‘downgrading’ das viaturas de frota. No entanto, as vantagens competi-tivas da nossa solução mantêm-se intactas”, afirma.

Campos Pereira avisa que as rendas de renting “terão tendência a aumentar”.

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FROTAS 7sexta-feira, 12 Novembro de 2010

“A Arval não encara este tipo de situações com receio”, afi rma o director comercial da fi lial portuguesa da ges-tora de frotas sobre as medidas adicionais de austerida-de para 2011. “Sabemos que para a esmagadora maioria das empresas prescindir da frota é o mesmo que pres-cindir da sua actividade, assim o nosso papel é apenas o de disponibilizar aos nossos clientes a informação e os instrumentos necessários para optimizarem a gestão da sua frota seja qual for o contexto fi scal”, acrescenta José Madeira Rodrigues.

O executivo prevê que mercado de aluguer operacional de viaturas (AOV) no nosso país cresça entre 5% e 7% este ano. “A forma como encaramos a gestão de frotas, assente em novas abordagens de gestão com vista à optimi-zação, dependerá exactamente da medida em que o nosso mercado estiver disposto a abrir horizontes nesta matéria”, explica a nossa fonte.

Os automóveis eléctricos vão começar a chegar nos pró-ximos meses a Portugal. Segundo Madeira Rodrigues, a rentabilidade destas viaturas em AOV depende de vários factores. “De acordo com o CVO 2010 [análise às frotas que a empresa faz anualmente], os decisores de frota nacio-nais e internacionais apontam como principais barreiras à

adopção de veículos eléctricos o número limitado de esta-ções de carregamento, a autonomia limitada e as incertezas técnicas”, refere o responsável da Arval Portugal. “Quanto mais incerto é o futuro, mais difícil se traduz o custear do risco. A mobilidade assente em veículos eléctricos carece de riscos ainda por determinar em várias áreas. A defi nição do modelo de negócio não é consensual quer em termos dos construtores automóveis quer nos demais canais de distri-buição. No que respeita à Arval, o estabelecimento de pro-tocolos de cooperação e desenvolvimento com o consórcio Renault-Nissan, entre outros, permite-nos acreditar que, de forma faseada, estes veículos sejam gradualmente aceites pe-las empresas a operar no mercado nacional”, explica.

Clientes lusos satisfeitos

Um estudo revelado pela Arval indica que, em Setem-bro, 80% dos clientes da empresa em Portugal estão sa-tisfeitos. “Temos agora o desafi o de melhorar ainda mais para continuar a merecer a confi ança das centenas de em-presas que delegaram na Arval a gestão da sua frota. Este estudo, realizado há vários anos, tem mostrado níveis de evolução bastante satisfatórios, permitindo-nos servir me-

lhor os nossos clientes com base num serviço de qualidade e aconselhamento especializado”, acrescenta José Madeira Rodrigues.

O entrevistado defende que a empresa “tem tido um crescimento sustentado e orgânico” em Portugal. “O fac-to de sermos detidos a 100% por um dos maiores gru-pos fi nanceiros mundiais, BNP Paribas, confere-nos uma identidade e caminho próprios. Desde o início da nossa actividade em Portugal, onde tínhamos cerca de 300 auto-móveis, até hoje, onde gerimos mais de oito mil veículos, um grande caminho foi percorrido”, afi rma o director co-mercial da Arval Portugal.

AP

José Madeira Rodrigues afi rma que a empresa “tem tido um crescimen-to sustentado e orgânico” em Portugal.

Arval Portugal não encara medidas de austeridade com receio

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sexta-feira, 12 Novembro de 2010 FROTAS6

A direcção de marketing da Locarent sobre o renting de usados

“Não são de esperar alterações aos ‘fundamentos’ do negócio”A Locarent, gestora de frota da

CGD e do BES, não tem nos ob-jectivos mais breves apostar no

renting de automóveis usados. “Aten-dendo ao enquadramento legal, fi scal e economicista intrínseco ao sector de renting e, particularmente, ao posicio-namento e modelo de negócio da Loca-rent, não são de esperar, designadamente a curto prazo, alterações aos ‘fundamen-tos’ do negócio”, disse à “Vida Econó-mica” fonte da direcção de marketing da empresa. “As apostas centrar-se--ão em proporcionar aos nossos clientes viatu-ras novas com todas as vantagens que as mesmas acarretam, nomeadamente ao nível da segurança, imagem, comodida-de e conforto”, acrescentou.

Pelo contrário, o prolongamento pontual de contratos vai continuar na estratégia da empresa: “O prolongamen-to de contratos tem sido cada vez mais uma necessidade do mercado. Tem-se assistido ultimamente a uma tendência de ‘downgrading’ de frotas, sobretudo resultante do ajustamento ocorrido no mercado de usados, para além da actual conjuntura económica. A Locarent tem respondido e continuará a responder com soluções que melhor satisfaçam os nossos clientes, pensadas e construídas caso a caso, dentro dos princípios con-tratuais defi nidos”.

Uma vertente essencial do negócio das gestoras de frota é o escoamento das via-turas provenientes de contratos. A Lo-

carent continua a privilegiar os canais tradicionais, mas, afi rmam os seus res-ponsáveis, está atenta a novas possibili-dades. “O canal tradicional e que ainda hoje é representativo consubstancia-se no encaminhamento via leiloeiras. Todavia, soluções de revenda on-line com base em plataformas tecnológicas inovadoras são cada vez mais utilizadas e com um poten-cial de crescimento elevado”, defende.

Dezassete mil automóveisem gestão

A Locarent tinha no fi m de 2009 cerca de 17 mil viaturas sob gestão e encerrou o referido ano com mais de 80 milhões de euros na rubrica de volume de negó-

cios. Os objectivos da empresa da Caixa e do BES para 2011 passam, de acordo com a nossa fonte, “por continuar a po-tenciar os factores diferenciadores da Lo-carent, no âmbito do mercado de AOV, que a levaram a alcançar uma posição de relevo no sector, designadamente opti-mizando a dinamização das redes bancá-rias dos grupos accionistas, apostando na qualidade de serviço e na excelência do acompanhamento e gestão, com recurso à inovação e a meios de competência”. Foi-nos ainda referido que “é propósito da Locarent sedimentar a sua posição de referência neste mercado, num enqua-dramento exógeno que encerra especiais desafi os”.

AP

Consumos combinados de 5,3 a 7,7 l/100km e emissões de CO2 de 139 a 179 g/km.

A verdadeira beleza vem de dentro.NOVO Ford MONDEO

Descubra no interior do novo Mondeo os novos motores TDCi de 125 a 163 cv ou a gasolina até 240 cv. Graças à mais avançada tecnologia, estes novos motores garantem maior potência com menor consumo. Em conjunto com a nova caixa Ford PowerShift, uma inovadora caixa automática de última geração com dupla embraiagem, o novo Mondeo prova que a verdadeira beleza é muito mais do que aquilo que podemos ver.

ford.pt

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FROTAS 7sexta-feira, 12 Novembro de 2010

“A Arval não encara este tipo de situações com receio”, afi rma o director comercial da fi lial portuguesa da ges-tora de frotas sobre as medidas adicionais de austerida-de para 2011. “Sabemos que para a esmagadora maioria das empresas prescindir da frota é o mesmo que pres-cindir da sua actividade, assim o nosso papel é apenas o de disponibilizar aos nossos clientes a informação e os instrumentos necessários para optimizarem a gestão da sua frota seja qual for o contexto fi scal”, acrescenta José Madeira Rodrigues.

O executivo prevê que mercado de aluguer operacional de viaturas (AOV) no nosso país cresça entre 5% e 7% este ano. “A forma como encaramos a gestão de frotas, assente em novas abordagens de gestão com vista à optimi-zação, dependerá exactamente da medida em que o nosso mercado estiver disposto a abrir horizontes nesta matéria”, explica a nossa fonte.

Os automóveis eléctricos vão começar a chegar nos pró-ximos meses a Portugal. Segundo Madeira Rodrigues, a rentabilidade destas viaturas em AOV depende de vários factores. “De acordo com o CVO 2010 [análise às frotas que a empresa faz anualmente], os decisores de frota nacio-nais e internacionais apontam como principais barreiras à

adopção de veículos eléctricos o número limitado de esta-ções de carregamento, a autonomia limitada e as incertezas técnicas”, refere o responsável da Arval Portugal. “Quanto mais incerto é o futuro, mais difícil se traduz o custear do risco. A mobilidade assente em veículos eléctricos carece de riscos ainda por determinar em várias áreas. A defi nição do modelo de negócio não é consensual quer em termos dos construtores automóveis quer nos demais canais de distri-buição. No que respeita à Arval, o estabelecimento de pro-tocolos de cooperação e desenvolvimento com o consórcio Renault-Nissan, entre outros, permite-nos acreditar que, de forma faseada, estes veículos sejam gradualmente aceites pe-las empresas a operar no mercado nacional”, explica.

Clientes lusos satisfeitos

Um estudo revelado pela Arval indica que, em Setem-bro, 80% dos clientes da empresa em Portugal estão sa-tisfeitos. “Temos agora o desafi o de melhorar ainda mais para continuar a merecer a confi ança das centenas de em-presas que delegaram na Arval a gestão da sua frota. Este estudo, realizado há vários anos, tem mostrado níveis de evolução bastante satisfatórios, permitindo-nos servir me-

lhor os nossos clientes com base num serviço de qualidade e aconselhamento especializado”, acrescenta José Madeira Rodrigues.

O entrevistado defende que a empresa “tem tido um crescimento sustentado e orgânico” em Portugal. “O fac-to de sermos detidos a 100% por um dos maiores gru-pos fi nanceiros mundiais, BNP Paribas, confere-nos uma identidade e caminho próprios. Desde o início da nossa actividade em Portugal, onde tínhamos cerca de 300 auto-móveis, até hoje, onde gerimos mais de oito mil veículos, um grande caminho foi percorrido”, afi rma o director co-mercial da Arval Portugal.

AP

José Madeira Rodrigues afi rma que a empresa “tem tido um crescimen-to sustentado e orgânico” em Portugal.

Arval Portugal não encara medidas de austeridade com receio

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sexta-feira, 12 Novembro de 2010 FROTAS6

A direcção de marketing da Locarent sobre o renting de usados

“Não são de esperar alterações aos ‘fundamentos’ do negócio”A Locarent, gestora de frota da

CGD e do BES, não tem nos ob-jectivos mais breves apostar no

renting de automóveis usados. “Aten-dendo ao enquadramento legal, fi scal e economicista intrínseco ao sector de renting e, particularmente, ao posicio-namento e modelo de negócio da Loca-rent, não são de esperar, designadamente a curto prazo, alterações aos ‘fundamen-tos’ do negócio”, disse à “Vida Econó-mica” fonte da direcção de marketing da empresa. “As apostas centrar-se--ão em proporcionar aos nossos clientes viatu-ras novas com todas as vantagens que as mesmas acarretam, nomeadamente ao nível da segurança, imagem, comodida-de e conforto”, acrescentou.

Pelo contrário, o prolongamento pontual de contratos vai continuar na estratégia da empresa: “O prolongamen-to de contratos tem sido cada vez mais uma necessidade do mercado. Tem-se assistido ultimamente a uma tendência de ‘downgrading’ de frotas, sobretudo resultante do ajustamento ocorrido no mercado de usados, para além da actual conjuntura económica. A Locarent tem respondido e continuará a responder com soluções que melhor satisfaçam os nossos clientes, pensadas e construídas caso a caso, dentro dos princípios con-tratuais defi nidos”.

Uma vertente essencial do negócio das gestoras de frota é o escoamento das via-turas provenientes de contratos. A Lo-

carent continua a privilegiar os canais tradicionais, mas, afi rmam os seus res-ponsáveis, está atenta a novas possibili-dades. “O canal tradicional e que ainda hoje é representativo consubstancia-se no encaminhamento via leiloeiras. Todavia, soluções de revenda on-line com base em plataformas tecnológicas inovadoras são cada vez mais utilizadas e com um poten-cial de crescimento elevado”, defende.

Dezassete mil automóveisem gestão

A Locarent tinha no fi m de 2009 cerca de 17 mil viaturas sob gestão e encerrou o referido ano com mais de 80 milhões de euros na rubrica de volume de negó-

cios. Os objectivos da empresa da Caixa e do BES para 2011 passam, de acordo com a nossa fonte, “por continuar a po-tenciar os factores diferenciadores da Lo-carent, no âmbito do mercado de AOV, que a levaram a alcançar uma posição de relevo no sector, designadamente opti-mizando a dinamização das redes bancá-rias dos grupos accionistas, apostando na qualidade de serviço e na excelência do acompanhamento e gestão, com recurso à inovação e a meios de competência”. Foi-nos ainda referido que “é propósito da Locarent sedimentar a sua posição de referência neste mercado, num enqua-dramento exógeno que encerra especiais desafi os”.

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Consumos combinados de 5,3 a 7,7 l/100km e emissões de CO2 de 139 a 179 g/km.

A verdadeira beleza vem de dentro.NOVO Ford MONDEO

Descubra no interior do novo Mondeo os novos motores TDCi de 125 a 163 cv ou a gasolina até 240 cv. Graças à mais avançada tecnologia, estes novos motores garantem maior potência com menor consumo. Em conjunto com a nova caixa Ford PowerShift, uma inovadora caixa automática de última geração com dupla embraiagem, o novo Mondeo prova que a verdadeira beleza é muito mais do que aquilo que podemos ver.

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sexta-feira, 12 Novembro de 2010 FROTAS8

Simulação da LeasePlan

Os custos mensais de uma frota em aluguer operacional

Os defensores do aluguer operacional de via-turas (AOV) garantem que essa é a melhor opção para as empresas renovarem as frotas

e as simulações enviadas à “Vida Económica” pelo Millennium bcp comprovam essa teoria. Com efeito, em três dos quatro modelos solicitados, os valores do renting são mais vantajosos. Esse facto significa que, para empresas cuja quilometragem média da frota seja elevada, o renting é a melhor opção. Já o ALD será melhor opção nos casos em que a quilometragem seja mais baixa, podendo ser compensador guardar os veículos por mais alguns anos após se ter exercido a opção de compra da viatura no fim do contrato (o que não é possível no AOV). Aliás, a comparação entre as duas opções só pode ser feita nos casos em que as viaturas são trocadas no fim do contrato, caso contrário, este comparativo perde o sentido.

Na simulação de ALD previmos uma entrada de 20% – em média, o valor comercial do automóvel a dar à troca – e o valor residual mínimo, que no caso do Millennium bcp são 2%, num contrato de 48 meses. Já no caso do renting, os contratos têm os

mesmos 48 meses de duração com uma quilome-tragem contratada de 80 mil km (20 mil por ano) e incluem, além da manutenção programada e correc-tiva, a substituição de pneus, viatura de substituição e seguro com danos próprios, com franquia de 2%. Está prevista, ainda, uma entrada inicial a rondar os 20% do PVP. Os quatro veículos escolhidos foram o Renault Clio Dynamique S 1.2 a gasolina com 75 cv, o Volkswagen Golf 1.6 TDI 105 cv Trendline, o BMW 318d e o Citroën Berlingo Van 1.6 HDI 75 cv (actual geração). O Renault tem um preço de 16 800 euros e tem um renda em ALD de 304,48 eu-ros e em renting de 258 euros. O Volkswagen custa 25 029 euros, tendo como valores mensais 453,62 (ALD) ou 348,3 euros (AOV). O BMW tem um PVP de 38 905 euros, custando por mês 705,1 em ALD e 565,9 euros em renting. O Citroën, que custa 15 360 euros, é a excepção e oferece valores mensais mais competitivos no ALD (278,38 euros) do que no AOV (309,26 euros). O IVA está incluído à taxa em vigor.

AP

Renting compensador face ao ALD em empresas com grande rotação de automóveis

RENDAS DE AOV ENTRE 258 E 566 EUROSModelo renda (c/IVA) km+ km-

Renault Clio Dynamique S 1.2 75 cv G 258 G 0,0335 G 0,0134VW Golf Trendline 1.6 TDI 105 cv G 348,3 G 0,0455 G 0,0182BMW 318d G 565,9 G 0,0830 G 0,0332Citroën Berlingo 1.6 HDi 75 cv G 309,26 G 0,0638 G 0,0255Fonte : Millennium bcp

ALD ENTRE 279 E 706 EUROSRenault Clio Dynamique

S 1.2 75VW Golf 1.6

TDI 105 BMW 318d

PVP G 16 800 G 25 029 G 38 905Prazo 48 48 48Entrada 20% 20% 20%Valor residual 2% 2% 2%Spread 3,5% 3,5% 3,5%Taxa de juro nominal 4,269% 4,269% 4,269%TAEG 5,9% 5,4% 5%Renda mensal (2ª à 48ª) G 304,48 G 453,62 G 705,1Fonte : Millennium bcp

O aluguer operacional de via-turas (AOV) tem, como se pode ler neste dossier,

ganho preponderância no mercado nacional. Importa, porém, saber quais os custos mensais associados a uma frota neste regime. Para saber quanto custa uma frota em AOV, a “Vida Económica” recorreu à Lea-sePlan, empresa líder do sector em Portugal, para obter uma proposta, mesmo que meramente indicativa. Os nossos “contratos” têm 48 meses de duração com uma quilometra-gem contratada de 80 mil km (20 mil por ano) e incluem, além da manutenção programada e correcti-va, a substituição de pneus, viatura de substituição e seguro com danos próprios, com franquia de 4%. Os modelos enviado pela LeasePlan para esta simulação de custos em renting são, no total, 17. Catorze de passageiros – dos segmentos B, C e D – e três comerciais. O IVA está incluído à taxa em vigor. No segmento B, a escolha recaiu so-bre cinco modelos ou versões, três versões do Renault Clio/Clio Bre-ak com motor 1.2 a gasolina com 75 cv e duas do Seat Ibiza/Ibiza ST 1.2 diesel com 75 cv. Com preços de venda entre 14 450 e 16 250, as rendas propostas para o Renault variam entre 320,2 e 346,90 euros. No caso do Seat (PVP entre 18 241 e 19 148 euros), os valores situam-se entre 337,95 e 349,02 euros. No segmento C, a LeasePlan divide as possibilidades em dois campos de motores 1.5/1.6 diesel, um primei-ro com um nível de equipamento

mais básico (ar condicionado e rá-dio com CD) e motor com 90 cv e um outro com mais “extras” e mo-torização de 105 cv. No primeiro patamar, as propostas são o Peugeot 308 1.6 HDI com 92 cv (22 420 euros) e o Renault Mégane 1.5 dCi com 90 cv (23 150 euros), por ren-das mensais de 400,51 e 419,51 eu-ros, respectivamente. No patamar acima, as possibilidades são o Seat Leon, o Skoda Octavia e o Volkswa-gen Golf (Bluemotion e “normal”). Realce para o facto de, por serem todos do grupo Volkswagen, recor-rerem à mesma motorização 1.6 TDI com 105 cv. Os PVP variam entre os 21 200 do Skoda, os 23 585 euros do Seat e os 25 029/25 728 euros dos Volkswagen. Quan-to a rendas, o Leon custa 422,05 euros, o Octavia 424,83 euros, o Golf Bluemotion 457,32 e o Golf 489,15 euros. No segmento D, as escolhas são três modelos, o Seat Exeo 2.0 TDI 143 cv (35 105 euros de PVP), o Audi A4 2.0 TDIe 136 cv (36 805 euros) e o BMW 318d (38 905 euros). As rendas mensais, de acordo com a mesma ordem dos modelos, são as seguintes: 560,87, 656,99 e 709,22 euros. Nos comer-ciais, as opções são o Opel Combo 1.3 CDTI 75 cv, o Renault Kangoo Express Compact 1.5 dCi 70 cv e o Citroën Berlingo First (anterior ge-ração, mas ainda em comercializa-ção). As rendas mensais variam en-tre os 328,26 euros do Renault, os 329,39 euros do Opel e os 335,43 do Citroën.

AQUILES [email protected]

Modelo renda (c/IVA) km+ km-

Segmento B

Renault Clio Fairway 1.2 75 cv G 320,2 G 0,02678 G 0,0098Renault Clio Break Fairway 1.2 75 cv G 327,94 G 0,02719 G 0,00948Seat Ibiza Reference 1.2 TDi G 337,95 G 0,01775 G 0,00761Renault Clio Dynamique S 1.2 75 cv G 346,9 G 0,027739 G 0,00948Seat Ibiza ST Reference 1.2 TDi G 349,02 G 0,01775 G 0,00761

Segmento C (base)

Peugeot 308 Premium 1.6 HDI 92 cv G 400,51 G 0,02950 G 0,01312Renault Mégane Confort 1.5 dCi 90 cv G 419,01 G 0,02418 G 0,01038

Segmento C (mais equipado)

Seat Leon Reference 1.6 TDI 105 cv G 422,05 G 0,02293 G 0,00986Skoda Octavia 1.6 TDI 105 cv G 424,83 G 0,02062 G 0,00915VW Golf Trendline 1.6 TDI 105 cv G 457,32 G 0,01968 G 0,00847VW Golf Confortline 1.6 TDI 105 cv G 489,15 G 0,01968 G 0,00847

Segmento DSeat Exeo 2.0 TDI 143 cv G 560,87 G 0,02318 G 0,00952Audi A4 2.0 TDIe 136 cv G 656,99 G 0,02931 G 0,01263BMW 318d 143 cv G 709,22 G 0,02806 G 0,00851

ComerciaisOpel Combo Cargo 1.3 CDTI 75 cv G 329,39 G 0,01931 G 0,00843Renault Kangoo Compact 1.5 dCi 70 cv G 328,26 G 0,02418 G 0,01038Citroën Berlingo Van First 1.6 HDI 75 cv G 335,43 G 0,01787 G 0,00735

Fonte : LeasePlan Portugal

O Renault Mégane 1.5 dCi com 90 cv é um dos modelos simulados pela LeasePlan.

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FROTAS 9sexta-feira, 12 Novembro de 2010

Portagens nas SCUT originam cancelamentos de reserva nas rent-a-car

A burocracia para o pagamento de portagens nas antigas SCUT está a provocar cancelamentos de reservas nas rent-a-car. “Os clientes chegam às instalações da locadora para

levantar a viatura e ficam a saber que depois têm que deslocar-se a outro local para comprar um dispositivo demasiado caro ou, em alternativa, dirigir-se a um posto dos CTT ou uma ‘payshop’ para pagar as portagens devidas”, justificou, em declarações à “Vida Económica”, o secretário-geral da Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis Sem Condutor (ARAC), que recorda que esses identificadores estão, muitas vezes, esgotados.

Joaquim Robalo de Almeida lamenta que mesmo “o cidadão cumpridor” que queira fazer o pagamento diferido das portagens pode não o conseguir, porque “só 48 horas depois é que o pode fazer”. “Isto a poucos minutos de apanhar um voo para outro país é grave”, lamenta. A ARAC garante que “já tinha avisado” as au-toridades antes de a lei entrar em vigor, “mas nada foi feito”, com excepção de conseguir desresponsabilizar as rent-a-car de eventu-ais incumprimentos. “Além disso, mesmo quem consegue fazer o pagamento tem que pagar todas as eventuais passagens da viatura em questão, quando o cliente, obviamente, só quer pagar as que se referem aos dias em que teve o automóvel alugado”, acrescenta a nossa fonte. “A legislação não foi bem pensada”, constata Robalo de Almeida, que lamenta que, “desde Maio de 2009”, esteja “a avisar quem de direito, ou seja, todas as forças partidárias” com assento parlamentar. “Expusemos concretamente todos os nossos receios e conhecendo nós o sector como conhecemos, sabíamos que o que se está a passar iria acontecer”, indica. “Se o sector nada tivesse dito, seria, em certa medida, compreensível o que se está a passar. Mas não, andámos um ano a avisar”, lamenta a nossa fonte.

Apesar de o legislador ter sido sensível ao argumento da ARAC de desresponsabilizar as empresas do sector do incumprimento, passando, tal como nas infracções ao código da estrada, a respon-sabilidade para o condutor, as rent-a-car estão, garante Joaquim Robalo de Almeida, “em pânico, até pelo alargamento” do paga-mento das SCUT a outras regiões do país. “Os clientes têm um sistema que não funciona”, avisa o entrevistado.

Sistema quase único no mundo

A ARAC continua, de acordo com o seu secretário-geral, a apresentar soluções às entidades competentes. Um selo anual, como na Áustria e na Suíça, ou um identificador “com valores mais razoáveis” são dois exemplos. “Estou em contacto quase diá-rio com a SIEV [Sistema de Identificação Electrónica de Veículos, a empresa que gere as portagens] e o IMTT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres], as entida-des que gerem o sistema no terreno. Além disso, mostramos o nosso ponto de vista na Secretaria de Estado dos Transportes e na Secretaria de Estado do Turismo”, infor-ma a nossa fonte.

Joaquim Robalo de Almeida garante que o sistema de cobrança de porta-gens usado nas ex-Scut é quase único a nível mundial. “Falei com várias congéneres da ARAC que me disse-ram desconhecer. Um dos poucos exemplos está numa auto-estrada no Canadá. Mas até nesse caso as coisas não estão a correr mui-to bem, pois li que o sistema vai deixar de ser usado”, defende.

A frota de veículos das rent-a-car ascende a 70 mil viaturas, sendo que 60% da actividade no sector do turismo. “Não me parece um problema técnico, mas uma questão política”, re-fere Robalo de Almeida sobre a possibilidade de o sistema de co-branças das portagens ser alterado.

AQUILES [email protected]

Peugeot iOn distinguido com Volante Verde 2010

O veículo eléctrico Peugeot iOn, previsto para che-gar a Portugal no início de 2011, recebeu o Vo-lante Verde 2010, sagrando-se vencedor entre 20

projectos seleccionados pelo seu contributo ambiental. O prémio Grünes Lenkrad (Volante Verde), dedicado às iniciativas ambientais, é atribuído desde 2007 no âmbito do Goldenes Lenkrad (Volante de Ouro), cujas distin-ções automóveis são atribuídas há já 34 anos, pelo grupo editorial Axel Springer.

Para o título de 2010, os leitores da “Auto Bild” e do “Bild am Sonntag” seleccionaram, numa primeira fase, cinco finalistas entre os vinte projectos – automóveis, concept-cars, tecnologias – cuja característica comum é terem marcado o ano de 2010 pela sua proposta ou con-tribuição para a redução do impacto ambiental por parte do automóvel. Coube então a um júri internacional de especialistas da área automóvel e do ambiente, sob o pa-trocínio do ministro alemão do Ambiente, seleccionar o Peugeot iOn de entre os cinco finalistas.

O director das marcas Peugeot e Citroën (ambas do grupo PSA), Jean-Marc Gales, recebeu “com orgulho” o troféu. “Vem recompensar também a nossa especializa-ção e compromisso nas tecnologias de redução das emis-sões automóveis. Depois do filtro de partículas diesel,

que marcou a última década, o veículo eléctrico Peuge-ot iOn este ano e a tecnologia híbrida diesel em estreia mundial a partir do próximo ano são os novos exemplos deste compromisso”, disse Gales.

Europcar e PSA assinam acordo para alugar eléctricos Peugeot iOn e Citroën C-Zero

A rent-a-car Europcar e a PSA Peugeot Citroën fizeram uma parceria para o aluguer dos veículos eléctricos Peu-geot iOn e Citroën C-Zero em 2011. O acordo deixou o CEO do grupo Europcar satisfeito. “Estamos orgulhosos por esta nova parceria com a PSA Peugeot Citroën por-que se encontra em linha com os compromissos funda-mentais da Europcar relativamente ao desenvolvimento sustentável e à inovação tecnológica. Com este acordo queremos demonstrar a nossa crescente habilidade para inovar e contribuir para a emergência de novas soluções de mobilidade,” disse Philippe Guillemot.

O Peugeot iOn e o Citroën C-Zero, desenvolvidos com base na tecnologia do Mitsubishi i-MiEV, têm uma autonomia de 150 km. Em 2011, a Europcar vai come-çar a introduzir os dois modelos e a instalar de forma gradual a infra-estrutura necessária para recarregar as ba-terias nas suas 2500 estações de aluguer espalhadas pela Europa. “Este acordo aumenta a oferta da Europcar no que diz respeito à sua frota zero emissões e está em linha com o empenho da Empresa em promover a mobilidade ‘verde’”, sublinha a rent-a-car.

“A legislação não foi bem pensada”, constata Robalo de Almeida.

O iOn foi o vencedor entre 20 projectos seleccionados pelo seu contri-buto ambiental.

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sexta-feira, 12 Novembro de 2010 FROTAS10

Prevê o director-geral da Mazda Motor de Portugal

Medidas do Orçamento de Estado terão “impacto directo nas vendas”

O movimento “menos um carro” está a comemorar este mês de Novem-bro o primeiro aniversário e está

a assinalar a data com a entrada de novos parceiros. A Câmara Municipal de Lisboa, a Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres e a Siemens aderiram ao movimento lançado pela Carris para pro-mover a mobilidade sustentável, através da utilização do transporte público e dos mo-dos suaves na cidade de Lisboa.

Faustino Gomes, da TIS – Transportes, Inovação e Sistemas, consultora que tam-bém aderiu ao “menos um carro”, reconhe-ceu que o desafio é muito exigente. “Vamos ter que lutar muito para retirar muitos car-ros de Lisboa, mas vale a pena até porque o sistema de transportes actual tem folga para acomodar mais utilizadores. Não implica re-forço da oferta nem mais custos”, disse.

O mesmo responsável deixou sugestões

para aumentar a mobilidade em Lisboa: “Andar a pé e usar os transportes públicos em alguns dias, usar o comércio de proximi-dade em conjunto com as soluções de com-pras online para as compras do mês e con-siderar os custos da mobilidade na escolha das casas ou dos escritórios, são gestos que contribuem para menos um carro”. O en-genheiro da consultora TIS lembrou ainda que “o custo de prover estacionamento para os carros não é desprezável, um lugar de es-tacionamento na via pública, só em custos de construção, são cerca de 300 euros por lugar”. A mesma fonte acrescenta que “com menos um carro é possível poupar 560 euros por ano”. Faustino Gomes tomou para os seus cálculos a transferência de oito mil dos 15 mil km anuais médio “para os transportes públicos”.

Para o presidente da Carris, José Manuel Silva Rodrigues, a entrada de novos parcei-ros é muito importante. “É necessário ter

a noção que todos trabalhamos para um objectivo comum, a mobilidade susten-tável. A Câmara Municipal de Lisboa e as autoridades de transportes são ‘stakeholders’ fundamentais na mobilidade. Não basta que qualquer operador actue isolado, é pre-cisa uma perspectiva integrada, porque os problemas são os mesmos. Não é possível ganhar clientes para os transportes públicos se os operadores não tiverem qualidade no dia-a-dia”, referiu.

José Manuel Silva Rodrigues disse tam-bém que o “menos um carro” aumentou a visibilidade da Carris. “A crítica positiva dos utilizadores tem-nos ajudado a melho-rar e nunca vimos uma crítica injusta para a Carris. Fomos inovadores e disruptivos para fazer diferente, mas com consistência por-que o caminho nunca pode ser fazer mais do mesmo. Queremos que o ‘menos um carro’ tenha muitos anos de vida e muitas pessoas a discutirem a mobilidade urbana. Espera-

mos, muito em breve, anunciar a adesão de novos operadores de transportes públicos para o movimento”, explicou.

Os novos parceiros do “menos um carro” juntam-se à Polícia de Segurança Pública, Instituto Português da Juventude, Associa-ção Portuguesa do Ambiente, Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, Quercus, Direcção-Geral de Saúde, Associação Salvador, ACAPO e Uni-versidade Católica, que, desde o primeiro dia, embarcaram neste movimento de que também já fazem parte a Associação Portu-guesa de Educação Ambiental, a Associação Empresarial de Lisboa, o GEOTA, a EMEL, o movimento 10:10 e o Metro de Lisboa. Estes parceiros colaboram num debate na Internet e nas redes sociais que conta com o contributo activo de mais de seis mil fãs no Facebook e mais de 20 mil utilizadores únicos no site (www.menosumcarro.pt) do movimento.

Lançado pela Carris em Lisboa

Movimento “menos um carro” cumpre primeiro aniversário

As medidas adicio-nais de austerida-de previstas para

2011 vão, ao que tudo indica, influenciar o mer-cado frotista em Portugal, segundo o presidente do conselho de administração da Cimpomóvel Veículos Ligeiros, importador da Suzuki. “Podemos voltar a assistir àquilo que se pas-sou em 2009 com o pro-longamento dos contratos e adiamento de renovação de frota”, disse Artur Para-nhos à “Vida Económi-ca”. Em 2010, o crescimento do mercado está a ser sustentado pelas empresas, já que os particulares es-tão estagnados. O caso da marca japonesa é, porém, diferente. “A grande percentagem de vendas Su-zuki é dirigida ao canal particular, e ao contrário do mercado regis-tamos um crescimento de 54%, fruto do incremento de vendas re-gistado nos segmentos A e B onde através dos modelos Alto e Swift temos vindo a conquistar quota”, explica o executivo. Relativamen-te aos negócios com as rent-a-car, Artur Paranhos considera ser im-portante uma análise global para apurar do sucesso dos mesmos. “O canal de rent-a-car, devido aos seus volumes, trabalha com margens muito abaixo das normalmente praticadas no mercado de retalho, no entanto o negócio tem de ser sempre analisado no seu global, ou seja, desde a venda inicial até à venda como usado a cliente final. Neste circuito todas as componen-

tes do negócio têm de ser analisa-das, desde as margens iniciais às margens de usado, margens finan-ceiras, ganhos com o após-venda, visibilidade do produto, no final haverá um número da operação que ditará o êxito ou o fracasso da mesma. Normalmente ele é nega-tivo, mas por vezes é bem menor do que à primeira vista se julga”, afirma o presidente do conselho de administração da Cimpomóvel Veículos Ligeiros. Sobre as vendas a frotas de empresas (gestores ou não), Artur Paranhos concorda que as emissões de CO2 são um factor cada vez mais importante: “Tem--se vindo a assistir a uma maior procura por viaturas mais ecoló-gicas e com menores consumos de combustível, resultado da maior consciência ecológica e redução dos gastos da frota. A componen-te emissões e tudo aquilo que lhe está associado é um factor cada vez mais importante nas decisões dos gestores”. AP

As medidas adicionais de austeridade previstas no Orçamento de Estado

para 2011 vão ter “impacto di-recto nas vendas” não só para frotas como para a generalidade do mercado automóvel no nosso país. A opinião é do director-ge-ral da Mazda Motor de Portugal, Luís Morais.

O executivo recorda os vários aumentos previstos. “O aumen-to do ISV, IUC, IVA e o fim do incentivo ao abate, agravamento do montante de imposto a pagar, depois de aplicadas as reduções a que houver lugar, os veículos li-geiros equipados com sistema de propulsão a gasóleo, com excep-ção daqueles que apresentarem nos respectivos certificados de conformidade um valor de emis-são de partículas inferior a 0,005 g/km, aumento da tributação au-tónoma em sede de IRC, à taxa de 10% cujo custo de aquisição seja igual ou inferior a 40 mil euros e à taxa de 20 % quando o custo de aquisição seja superior ao mon-tante anterior, terão certamente um impacto directo sobre as ven-das em geral e nas vendas de frotas em particular”, defende.

Em 2010, o crescimento do mercado automóvel luso está a ser sustentado pelas empresas, já que os particulares estão estag-nados. O caso da Mazda é algo diferente. “Beneficiou do aumen-to do mercado de frotas mas não centrou a sua actividade neste segmento pela especificidade da competitividade verificada neste

segmento”, explica Luís Morais.

Rent-a-car podem ser “excelente ferramenta”

Sobre as rent-a-car, o director-geral da Mazda Motor de Portu-gal refere-se a um bom canal de venda, desde que bem usado. “O rent-a-car é um subsegmento de mercado muito interessante e uma excelente ferramenta para se promover a venda de usados e proteger valores residuais”, afir-ma Morais, apesar de reconhecer que, “efectivamente, pode ser uma ‘faca de dois gumes’ se o vo-lume for exagerado”.

Com o mercado automóvel em

plena corrida contra as emissões, a nossa fonte não consegue prever qual a tecnologia dominante no futuro. “A crescente consciência ecológica da população em geral vai ganhando força em todas as áreas e o sector automóvel e os clientes frotistas em particular não são excepção. Se o futuro de médio e longo prazo passa pela melhoria da eficiência dos mo-tores actuais com significativas reduções de emissões de CO2, ou por soluções eléctricas, é uma incógnita que penso ninguém ter, neste momento, a certeza da res-posta”, refere Luís Morais.

AQUILES [email protected]

Avisa o responsável pela Suzuki em Portugal

Mercado frotista vai sofrer em 2011

“Podemos voltar a assistir àquilo que se passou em 2009”, prevê Artur Paranhos.

“Terão certamente um impacto directo sobre as vendas em geral e nas vendas de frotas em particular”, defende Luís Morais.

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FROTAS 11sexta-feira, 12 Novembro de 2010

As vendas das marcas automóveis para as gestoras de frota têm como um dos factores essenciais os valores re-siduais previstos para o fim dos contratos de renting. No caso da Renault, estes estão em crescimento, de acordo com o director de comunicação e imagem da filial por-tuguesa da marca.

Ricardo Oliveira afirma, em declarações à “Vida Eco-nómica”, que o valor residual é, acima de tudo, aquilo que o mercado “está disposto a pagar, em determinada altura”, por um automóvel usado. “A Renault ‘influen-cia’ os seus valores residuais sobretudo através da valo-rização da qualidade dos seus produtos”, garante aquela fonte, antes de referir que “outro factor importante é o controlo” que a marca tem do mercado de seminovos, o que permite “manter os produtos com um valor residual correspondente ao valor real dos mesmos”.

Outra vertente importante das vendas da marcas para o mercado empresarial são as rent-a-car. Alguns analistas avisam para os perigos deste canal, na medida em que, se, por um lado, permite ganhar quota de mercado, por outro leva a mantê-la de forma artificial, já que muitas vezes estes negócios têm margens muito baixas e pressu-põem a recompra poucos meses depois. Ricardo Olivei-ra sublinha que, “como qualquer outro”, este canal deve ser analisado na sua globalidade. “A questão da recompra pode e deve ser vista como uma oportunidade, desde que a marca esteja dotada dos utensílios e da estrutura para recolocar estes carros no mercado”, defende.

Sem adiantar pormenores, a nossa fonte confirma que a Renault já tem contactos com empresas nacionais para terem unidades nas suas frotas. A marca francesa vai, re-corde-se, lançar os primeiros modelos eléctricos em Por-tugal em 2011. Em relação à importância dos cortes nas emissões de CO2 nas frotas, o director de comunicação e imagem da Renault Portugal destaca a importância fis-cal e na comunicação das empresas clientes. “As emissões

de CO2 têm um impacto directo e importante no valor final de um automóvel, pelo que é evidente que têm im-pacto no momento de decisão sobre a renovação de uma frota. Além do factor económico, existe também o facto associado à imagem das empresas e onde as emissões de CO2 da frotas são, cada vez mais, um dos factores pon-derados no momento da aquisição”, afirma.

Medidas “susceptíveis de influenciar”

Medidas com impacto importante na economia, como

as previstas para Janeiro, são, segundo Ricardo Oliveira “susceptíveis de influenciar os mercados e o automóvel não será excepção”. Com uma quota semelhante entre empresas e particulares, a Renault, que lidera as vendas de ligeiros em Portugal, admite que também pode ser afectada pelas medidas. “Se existir uma retracção impor-tante, e mesmo com todas as iniciativas que possamos tomar para minimizar este facto, não deixaremos de ser afectados”, refere o porta-voz da marca.

AP

A Ford está convidar bloggers, utilizadores das redes sociais e amigos do Facebook a efectuarem o primeiro teste de condução do novo Focus e partilharem a sua experiência com amigos e segui-dores. De acordo com a marca, no Ford Focus Global Test Drive, todos ganham. “Os engenheiros da equipa de desenvolvimento

do Ford Focus vão obter mais ra-pidamente as opiniões dos inte-ressados e potenciais clientes, os condutores vão ganhar a oportu-nidade de poder ver e testar em primeira mão o novíssimo Ford Focus antes do início da sua co-mercialização, os amigos irão ter uma oportunidade única na vida e as meritórias causas solidárias se-

rão beneficiadas”, defende a mar-ca.

O Focus Global Test Drive terá lugar no início de 2011, no Sul da Europa, cuja localização será confirmada no próximo mês. Os exercícios de condução serão de-senvolvidos de modo a propor-cionar aos participantes uma an-tevisão do novo Ford Focus, bem como algumas actividades de alta velocidade e de grande aventura. Os participantes terão total liber-dade para documentar e partilhar a sua experiência.

A marca está a convidar, através da página do Facebook, amigos e fãs de todo o mundo, a submete-rem os seus vídeos de inscrição, explicando a razão pela qual deve-rão ser incluídos no Focus Global Test Drive. O processo de inscri-ção convida os candidatos ao teste de condução a colocar em anda-mento mais do que apenas um

carro, oferecendo a uma causa so-lidária à qual dedicam particular apreço o montante equivalente no seu país a 10 mil dólares (cerca de sete mil euros), e que deverá estar enquadrada numa das seguintes categorias: fome, educação e am-biente/sustentabilidade.

Uma centena de seleccionados

Mais detalhes sobre as inscri-ções no Global Test Drive estão já disponíveis no separador “Global Drive” em http://facebook.com/fordfocus. Um total de 100 par-ticipantes de todos os cantos do mundo serão seleccionados para viajarem até à Europa e estarem entre os primeiros a conduzirem a próxima geração do novíssimo Ford Focus. Estes serão selecciona-dos com base num determinado número de critérios que incluem o

seu conteúdo criativo individual, a sua actividade nas redes sociais e o volume de votos que recebem.

Com um total de 500 mil dó-lares (cerca de 354 mil euros) a serem distribuídos através das causas solidárias da escolha dos seleccionados, os participantes te-rão a oportunidade de colocar em andamento mais do que apenas um carro. A marca norte-ame-ricana, por seu turno, recolhe as primeiras opiniões sobre um rele-vante veículo global, enquanto os condutores e os seus convidados irão usufruir de uma experiência internacional única, beneficiando em simultâneo as organizações de solidariedade. “No Focus Global Test Drive todos ganham, pois a Ford continua a apostar no seu compromisso de oferecer produ-tos fantásticos, um negócio sólido e um mundo melhor”, conclui o construtor automóvel.

Garante o porta-voz da filial da marca

Qualidade dos produtos aumenta valores residuais da Renault

Consumidores e causas solidárias ganharão com o primeiro teste global ao novo Ford Focus

A Renault vai ser das primeiras marcas a ter veículos eléctricos em Portugal (na foto o Renault Kangoo Express ZE).

A iniciativa vai distribuir através da escolha dos seleccionados um total de 500 mil dólares (cerca de 354 mil euros) a causas solidárias.

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