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Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos

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Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e

Equipamentos

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Histórico O desenvolvimento dos países ocidentais ocorreu a partir da revolução industrial no século XVIII. A sociedade viveu uma prosperidade nunca vista antes com advento das máquinas. Posteriormente, surgiram os processos organizados em escala, a denominada indústria de transformação.

Na Europa, o desenvolvimento das máquinas originou-se na Inglaterra, que adotou a política de manter controle sobre os artesões que construíam as máquinas. Os especialistas ingleses não podiam sair do país, sob o risco de terem as propriedades confiscadas pelo rei como forma de controle.

A França, diante desse novo cenário econômico e para acompanhar a evolução tecnológica, instituiu o Ministério da Espionagem Industrial, visando obter os segredos das novas máquinas que estavam sendo construídas na Europa.

As políticas evoluíram, mas o modelo permanece até os nossos dias. Basta olharmos exemplo mais recente da Ásia - o Japão se tornou nação rica usando como estratégia o desenvolvimento da indústria, tendo como pilar o setor de máquinas e equipamentos; a Coreia do Sul se tornou um país desenvolvido com base no modelo industrial, com uma indústria de máquinas e equipamentos muito forte; a China baseou-se na indústria, tendo como pilar o setor de máquinas e equipamentos, que é, hoje, fortemente exportador.

No Brasil, o ciclo de industrialização acelerou-se após a década de 50, porém, já em 1937 os empresários do setor de máquinas têxteis nacionais se uniram para fundar a ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas Têxteis, hoje com quase 80 anos de história.

O Brasil chegou a ser a oitava potência industrial entre os anos 70 e 80, sendo mais desenvolvido do que a Coreia do Sul e a China.

Contudo, nos últimos quarenta anos, o país não foi capaz de criar políticas que mantivessem a indústria de máquinas e de transformação como foco do desenvolvimento econômico. Enquanto isso, outros países tomavam a dianteira no processo de industrialização e o Brasil assistiu à transferência de milhares de postos de trabalho.

Esse fato provocou o deslocamento dos trabalhadores para empregos menos qualificados e para os jovens uma falta de perspectiva para o futuro.

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4Há muitos anos, o setor de máquinas vem sendo desmontado no Brasil, resultado dos processos de desindustrialização e de reprimarização da pauta exportadora, que minaram de forma silenciosa a capacidade do país de se desenvolver social e economicamente.

No ano de 2004, 60% das máquinas comercializadas no Brasil eram produzidas nacionalmente. Em 2014, esse montante foi reduzido para apenas 29%.

A ABIMAQ vem alertando a sociedade ao longo destes últimos dez anos sobre o risco e as consequências da desindustrialização.

Em uma união inédita entre capital e trabalho, 42 associações dos segmentos da indústria de transformação mobilizaram mais de 30 mil pessoas, entre industriais e trabalhadores, que foram às ruas para alertar as autoridades para os efeitos da desindustrialização na produção, no emprego e na renda.

O apoio à indústria é a defesa do emprego, do desenvolvimento e representa a busca por um ambiente favorável de prosperidade um setor tão estratégico para o Brasil.

A Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos - FPMAQ é a mais recente mobilização do setor, juntamente com Deputados Federais e Senadores preocupados com o futuro da indústria nacional, com o objetivo de unir esforços para criar políticas públicas que garantam a isonomia e a competitividade do setor industrial, trazendo desenvolvimento social, tecnológico e econômico para o país.

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Perfil do setorSão considerados bens de capital mecânico, as máquinas, equipamentos, ferramentais e componentes que integram o ativo fixo das empresas e que constituem fatores de produção de bens e de serviços.

Compreendem dois grandes grupos: a) máquinas e equipamentos seriados: ainda que sejam produzidos sob pedido, são fabricados de acordo com projetos padronizados e processos de caráter repetitivo e caracterizados pela delimitação de quantidades em “séries” ou “lotes”; e b) bens de capital não-seriados: são projetados caso a caso, para atender desempenhos específicos para um determinado processo ou instalação industrial, com especificações próprias, segundo as necessidades ou exigências de cada adquirente e também são chamados de “bens sob encomenda”.

O setor de bens de capital mecânico inclui indústrias metalúrgicas, mecânicas, eletro eletrônicas e de equipamentos de transporte, excluindo-se do setor os segmentos voltados para a produção de insumos e bens de consumo, a exemplo dos insumos ferrosos e não-ferrosos, dos eletrodomésticos e dos automóveis.

A Indústria Brasileira de Máquinas e Equipamentos – IBKMÉ a indústria de fazer indústrias, pois abastece todos os demais setores produtivos nacionais.

Abrange mais de 8.100 empresas dos mais diferentes segmentos, emprega mais de 360.000 funcionários diretos e gera mais de dois milhões de empregos adicionais na cadeia produtiva.

Em 2014, o setor de BK brasileiro faturou cerca de R$ 110 bilhões dos quais R$ 88 bilhões foram realizados em vendas ao mercado interno e R$ 24 bilhões em exportações.

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Palavra do Presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos - FPMAQO objetivo da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos - FPMAQ é fortalecer um dos segmentos que mais emprego gera no Brasil. Os bens que são produzidos por este setor geram milhares de empregos diretos e indiretos.

Hoje, a economia brasileira sem o setor de máquinas e equipamentos não tem condições de buscar seu progresso, seu desenvolvimento, seu crescimento.

Nós precisamos dar ao setor o suporte político no Congresso Nacional visando à continuidade do progresso e inovação, que é exatamente o objetivo da Frente Parlamentar.

É um grande e dignificante desafio articular o Congresso Nacional em apoio a esse setor, mas a acolhida que já tivemos com a coleta das assinaturas e com a manifestação dos parlamentares demonstra uma capacidade enorme de avançarmos no campo político e, com isso, termos os resultados econômicos que o Brasil precisa.

O setor necessita do apoio do Governo e do Parlamento para a criação de políticas, visando ao desenvolvimento da indústria brasileira de máquinas e equipamentos, que será fortalecida com a atuação da Frente Parlamentar.

Deputado Federal Jerônimo Goergen Presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos - FPMAQ

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Palavra do Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - ABIMAQA ABIMAQ tem envidado todos os esforços no sentido de chamar a atenção dos poderes Executivo e Legislativo para a necessidade de se combater o galopante processo de desindustrialização que assola o Brasil.

Há anos, temos alertado para as questões que tiram a competitividade da indústria e que, por consequência, corroem todo o tecido industrial nacional, com o desmantelamento de uma cadeia produtiva que agrega valor, gera tecnologia e empregos de qualidade.

A situação se agravou e, agora, não é só a indústria de máquinas e equipamentos que sofre os efeitos da falta de uma política industrial. Infelizmente, a constatação é a de que toda a indústria de transformação corre risco de extinção.

E as questões que levam à perda de competitividade e que imporão duras consequências à sociedade brasileira por conta do desaparecimento da indústria de transformação são do conhecimento de todos.

Diante de todo esse cenário adverso é que a ABIMAQ apoiou e incentivou a criação da FPMAQ - Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas. O objetivo da FPMAQ é levar ao Congresso Nacional a discussão de temas e medidas que possam contribuir para reverter o atual cenário de desmantelamento do tecido industrial.

Vamos, via FPMAQ, sem abrir mão da nossa atuação junto ao Poder Executivo, buscar solução para questões como a desburocratização dos impostos, redução dos juros altos, eliminação do Custo Brasil, defesa comercial, incentivos ao investimento, Conteúdo Local, desoneração total dos investimentos, incentivos às exportações e tantas outras questões que podem dar isonomia ao fabricante nacional frente aos concorrentes estrangeiros.

Com a convicção de que ainda é possível reverter o atual quadro de

desindustrialização e a certeza de que um país rico e desenvolvido só se

constrói com uma indústria de máquinas forte, que gera empregos de

qualidade para o seu povo, é que a ABIMAQ apoiará fortemente e dará todo

o suporte necessário à FPMAQ - Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas.

Carlos Pastoriza Presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

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PautaA indústria de máquinas e equipamentos, tal como ocorreu com a indústria de transformação brasileira, tem sofrido ao longo dos últimos anos um processo de perda de competitividade em função do elevado “Custo Brasil” e, principalmente, do câmbio que tem se mantido fortemente apreciado ao longo das duas últimas décadas.

Abaixo, são elencadas algumas medidas prioritárias para a retomada da competitividade da indústria nacional de máquinas e equipamentos, que, em seguida, passam a ser detalhadas.

Agenda no Poder Legislativo1. Conteúdo Local

2. Produção Nacional

3. Margem de preferência

4. Devolução de créditos tributários

5. Desoneração dos implementos agrícolas não propulsados

6. REINTEGRA

Agenda junto ao Poder Executivo7. Redução do Custo Brasil

8. Desoneração tributária da cadeia produtiva

9. Plano nacional de reequipamento industrial

10. Revogação dos Regimes Tributários Especiais

11. Sistema Permanente de Financiamento Industrial

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Detalhamento da Pauta no Poder Legislativo 1. Conteúdo local 1.1 ObjetivosGarantir que os financiamentos com recursos públicos tenham como contrapartida a exigência efetiva de Conteúdo Local;

Aperfeiçoar o conceito de Conteúdo Local e o método de sua aferição e incluí-lo na legislação; e

Exigir “conteúdo nacional mínimo” ao longo da cadeia produtiva, por famílias de bens de capital, nas compras públicas, nos financiamentos públicos, quando forem concedidos incentivos fiscais (quando houver renúncia fiscal) e nas concessões públicas.

1.2 ProblemaAs licitações para aquisição de bens, obras ou serviços que utilizam financiamento público não preveem a exigência de Conteúdo Local mínimo.

Não atende aos objetivos nacionais esgotar os recursos de financiamento público privilegiando bens e serviços estrangeiros, criando empregos fora do país em detrimento do que é arrecadado internamente. Privilegiar-se-ia o desenvolvimento da indústria, da educação, da inovação e da renda estrangeira.

1.3 ConsequênciasAs diretrizes utilizadas, hoje, de Conteúdo Local para o projeto não garantem a compra de equipamentos nacionais. Apenas com a terraplenagem e infraestrutura o Conteúdo Nacional é comprovado e os equipamentos podem ser importados sem nenhuma exigência, a exemplo da NR-12 que é exigida somente dos fabricantes nacionais e não dos importados.

Dessa forma, é necessário garantir a efetiva utilização do Conteúdo Local, por famílias de itens, evitando distorções de cálculo que não permitam que o instituto se restrinja a obras e infraestrutura e não alcance máquinas e equipamentos, componentes, partes e peças envolvidos.

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102. Desoneração dos Investimentos 2.1 ObjetivoGarantir que as desonerações do imposto de importação nos investimentos em bens de capital sejam condicionadas à inexistência de produção nacional.

2.2 ProblemaA legislação nacional tem concedido isenção do imposto de importação de forma setorial, de acordo com a política econômica adotada, desonerando determinados itens, quando não haja similar nacional.

Contudo, o conceito de “similar nacional”, estabelecido no Decreto-Lei nº 37 de 1996, considera que, para ocorrer à similaridade, devem-se observar os quesitos preço, prazo de entrega e qualidade. Esse conceito não se adéqua à realidade econômica internacional. O preço tornou-se fator de competitividade de países por meio de estratégias cambiais. O prazo de entrega tem sido objeto de barganha de produtores de itens de ciclo longo de produção que primeiro fabricam e depois pedem o benefício, com o produto já pronto, criando uma vantagem artificial frente ao produtor nacional. A qualidade dos bens de capital brasileiros já é reconhecida internacionalmente.

Dessa forma, a legislação merece ser reformada para substituir o conceito de similar nacional pelo de produção nacional, nos moldes do regime de Ex-tarifário (regime que reduz o imposto de importação, condicionado à inexistência de produção nacional), regulado pela Resolução CAMEX nº 66 de 2014.

3. Margem de preferência 3.1 ObjetivoGarantir a correta aplicação da margem de preferência de 25% para BK nacionais, podendo gerar crédito para futuro abatimento no imposto de renda.

3.2 ProblemaA utilização do poder de compra do Estado para incentivar a produção nacional está prevista em lei e não faltam justificativas para que este incentivo cubra máquinas e equipamentos.

Estudo realizado pela ABIMAQ mede as diferenças de preços apresentadas pelos produtos importados e os nacionais e indica as margens de preferência necessárias para cada família de produtos.

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4. Devolução de créditos tributários 4.1 ObjetivoDevolução dos créditos tributários pelo Fisco de forma automática.

4.2 ProblemaAs indústrias são isentas do recolhimento dos impostos devidos na venda de seus bens ou serviços sempre que estes se destinem a exportações ou a empresas e/ou a projetos incentivados pelos regimes tributários especiais. Entretanto, os insumos, partes e peças destes produtos são adquiridos pelo fabricante sem isenção, ou seja, eles vêm carregados de impostos que são progressivamente acumulados pelas indústrias, que não podem utilizá-los nas vendas para exportação, nem nas vendas dentro de regimes tributários especiais ou projetos incentivados.

Os Estados e a União se comportam como se a devolução fosse não um direito, mas sim um favor. Exigem das empresas demonstrações burocráticas, sem prazo definido de análise por parte dos fiscos, e devolvem o dinheiro devido, quando o devolvem, meses ou anos depois, sem juros e sem correções de qualquer espécie. Na prática, transformam uma isenção que originalmente era destinada a reduzir o preço do produto nacional em um custo adicional para os fabricantes de bens de capital.

Com a generalização da nota fiscal eletrônica, as Receitas Federal e Estaduais têm plena condição de calcular no fim de cada mês os débitos ou créditos a que cada empresa faz jus.

5. Desoneração dos implementos agrícolas não autopropulsados 5.1 ObjetivoRestabelecimento do equilíbrio entre os fabricantes dos produtos relacionados no artigo 1º da Lei nº 10.485/2002, estejam eles no regime de apuração do imposto de renda pelo lucro real ou no do lucro presumido.

5.2 ProblemaA Lei nº 10.485/02 tinha por objetivo atribuir às máquinas agrícolas autopropulsadas o regime de incidência monofásica do Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

Essa lei foi alterada pela posterior Lei nº 12.973/14, que estendeu o

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12regime também a máquinas e implementos agrícolas, autopropulsadas ou não.

Ocorre que a alteração introduzida pela Lei nº 12.973/14 acarretou um aumento da carga tributária nas alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS para as empresas de pequeno e médio porte, que, por serem em sua maioria optante do regime de pagamento do imposto de renda com base no lucro presumido, não se beneficiam dos créditos acumulados.

5.3 ConsequênciasA incidência das referidas contribuições, no caso das empresas no regime do lucro presumido, que era de 0,65% e 3,0%, respectivamente, passou, com a alteração da Lei nº 12.973/2014, para 2,0% e 9,6%, representando um aumento da carga em mais de 63%, mesmo com a aplicação do redutor de 48,1% previsto no inciso II do parágrafo 2º do artigo 1º da Lei nº 10.485/02.

6. REINTEGRA 6.1 ObjetivoAumentar o limite do REINTEGRA para montante que equalize o resíduo tributário nas exportações.

6.2 ProblemaO Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (REINTEGRA) foi instituído em 2012 com o objetivo de reintegrar valores referentes a resíduos tributários existentes nas cadeias de produção das empresas exportadoras.

Apesar de não ter sua permanência vinculada a fatores econômicos, o REINTEGRA permite uma minimização da perda de competitividade da indústria nacional de transformação nas exportações, contribuindo para melhorar o resultado da balança comercial brasileira sem, contudo, descuidar-se da merecida atenção que o governo dá à situação fiscal.

Partindo desse princípio, a permanência do REINTEGRA não pode estar vinculada a fatores econômicos. Uma vez reconhecida à existência do resíduo tributário nas exportações, o regime deve existir até que este resíduo seja extinto.

6.3 ConsequênciasO déficit na balança comercial de bens de capital, crescente na última década, alcançou US$ 17,88 bilhões em 2011, 13,6% maior em relação a 2010. Desde o recrudescimento da crise internacional em 2008, o déficit acumulado já ultrapassou US$ 40 bilhões. Fortemente afetado pela conjuntura internacional, o setor de bens de capital mecânico

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é um dos mais afetados pelo desvio do comércio internacional dos países desenvolvidos, em crise, para os em desenvolvimento, como o Brasil, nos últimos anos.

No caso da indústria fabricante de bens de capital o montante de impostos não desonerados incidentes nas exportações chega a cerca de seis pontos percentuais do preço de venda, o que, de per si, justifica o aumento do limite do REINTEGRA neste montante.

7. Impostos não recuperáveis na cadeia produtiva 7.1 ObjetivoEliminação dos impostos não recuperáveis na cadeia produtiva, eliminando custos desnecessários e tornando o produto final mais competitivo.

7.2 ProblemaA carga tributária no Brasil, além de alta, inclui impostos que não dão direito a crédito e, portanto, não são recuperáveis ao longo da cadeia produtiva, representando, assim, uma desvantagem competitiva para o produto brasileiro.

Com a eliminação dos impostos não recuperáveis, o resultado será um considerável aumento da competitividade do produto brasileiro, tanto na exportação quanto na competição, no mercado interno, com bens importados.

7.3 ConsequênciasOs impostos não recuperáveis embutidos nos produtos aumentam os custos administrativos, tanto das empresas, como do Fisco. As máquinas e equipamentos nacionais ainda carregam quase seis pontos percentuais de impostos não recuperáveis em sua receita líquida.

A participação desses impostos na receita líquida de vendas tem se mantido relativamente constante entre 2003 e 2011, girando em torno de 7,5%. A partir de agosto de 2012, com a desoneração do INSS patronal na folha de pagamento, houve redução sensível em seu montante.

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Detalhamento da pauta junto ao Poder Executivo

7. Redução do Custo BrasilImplementação de uma política pública voltada à criação de um ambiente econômico favorável ao desenvolvimento, sobretudo, da indústria de transformação (redução do “Custo Brasil”).

8. Desoneração tributária da cadeia produtivaDesoneração tributária da cadeia produtiva de bens de capital mecânico (máquinas e equipamentos), centrada no regime de isenção na saída e diferimento na entrada, dos impostos indiretos (IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS, PIS-IMPORTAÇÃO e COFINS-IMPORTAÇÃO).

9. Plano nacional de reequipamento industrialFormulação e execução de um plano nacional de reequipamento industrial, objetivando a modernização do parque fabril brasileiro, que se encontra altamente obsoleto, com baixos níveis de produtividade e de competitividade. Somente com um arrojado projeto de modernização a indústria de transformação brasileira poderá reverter o atual processo de “desindustrialização”.

10. Revogação dos Regimes Tributários EspeciaisConcomitante à implementação da desoneração tributária da cadeia produtiva de bens de capital, a revogação dos chamados “Regimes Tributários Especiais” (como o REPETRO, REPORTO, REIDI, REB e outros), de acentuado viés importador e discricionário e discriminatório por beneficiar alguns setores em detrimento de outros.

11. Sistema Permanente de Financiamento IndustrialEstruturação de um Sistema Permanente de Financiamento Industrial, nos moldes do atual PSI (Programa de Sustentação do Investimento), inclusive no que diz respeito à exigência de Conteúdo Local, de apoio ao Plano Nacional de Reequipamento Industrial, com custos compatíveis às margens de retorno das atividades produtivas e das condições vigentes do mercado internacional. Subsídios do Tesouro, neste caso, devem ser encarados como instrumento de política de desenvolvimento para compensar a enorme distorção do nosso Sistema Financeiro, totalmente incapaz de suprir a demanda interna de financiamentos de longo prazo, com juros comparáveis aos vigentes do exterior.

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Composição da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos - FPMAQ Diretoria executivaPresidente Deputado Jerônimo GoergenVice-presidente Deputado Alceu Moreira2º Vice-presidente Senador Valdir Raupp3º Vice-presidente Deputado Diego Andrade

Secretário-Geral Deputado Jorge Boeira1º Secretário Deputado Corte Real

Coordenador Geral Deputado Mauro MarianiCoordenador Adjunto Deputado Walter IhoshiCoordenador Institucional Deputado João Derly

Coordenadores Regionais:Sul Deputado Renato MollingNorte Deputada Eliziane GamaNordeste Deputado Laércio OliveiraCentro Oeste Deputado Carlos Marun Sudeste Deputado Ricardo Izar

Parlamentares signatáriosDeputadosDeputado Adail CarneiroDeputado Adelson BarretoDeputado Aelton FreitasDeputado Alan RickDeputado Alberto FragaDeputado Alceu MoreiraDeputado Alex CanzianiDeputado Alex ManenteDeputado Alexandre LeiteDeputado Alexandre SerfiotisDeputado Alfredo KaeferDeputada Alice PortugalDeputado Aliel MachadoDeputado Altineu CôrtesDeputado André AbdonDeputado Andre MouraDeputado Átila Lira

Deputado Antonio BulhõesDeputado Augusto CoutinhoDeputado Antonio ImbassahyDeputado Arnon BezerraDeputado Arthur LiraDeputado Assis CarvalhoDeputado Assis do CoutoDeputado BacelarDeputado Benjamin MaranhãoDeputado Beto MansurDeputado Bruno CovasDeputado Betinho GomesDeputado Cabo DacioloDeputado Cacá LeãoDeputado Carlos MarunDeputado Carlos AndradeDeputado Carlos Manato

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Deputado Celso JacobDeputado Celso MaldanerDeputado Celso RussomannoDeputado Cesar SouzaDeputado Chico D’angeloDeputado Chico LopesDeputado Cleber VerdeDeputada Conceição SampaioDeputado Covatti FilhoDeputada Cristiane BrasilDeputado Dr. Jorge SilvaDeputado Damião FelicianoDeputado Daniel VilelaDeputado Darcísio PerondiDeputado Décio LimaDeputado Delegado Edson MoreiraDeputado Diego AndradeDeputado Diego GarciaDeputado Dilceu SperaficoDeputado Dimas FabianoDeputado Dr. JoãoDeputado Ezequiel TeixeiraDeputado Edinho BezDeputado Edio LopesDeputado Edmar ArrudaDeputado Edmilson RodriguesDeputado Eduardo BolsonaroDeputado Eduardo da FonteDeputado Efraim FilhoDeputada Eliziane GamaDeputado Eros BiondiniDeputado Evair de MeloDeputado Evandro RomanDeputado Expedito NettoDeputado Ezequiel FonsecaDeputado Francisco FlorianoDeputado Fábio MitidieriDeputado Fabio ReisDeputado Fausto PinatoDeputado Felipe BornierDeputado Felipe MaiaDeputado Félix Mendonça JúniorDeputado Fernando MarroniDeputado Fernando MonteiroDeputada Flávia Morais

Deputado GoulartDeputado Genecias NoronhaDeputado Gilberto NascimentoDeputado Glauber BragaDeputado Gonzaga PatriotaDeputado Guilherme MussiDeputado Heuler CruvinelDeputado Hissa AbrahãoDeputado Hugo MottaDeputado Irmão lazaroDeputado IzalciDeputado Jaime MartinsDeputado Jair BolsonaroDeputado Jefferson CamposDeputado Jerônimo GoergenDeputado JHCDeputado Jhonatan de JesusDeputado Jô MoraesDeputado João DerlyDeputado João Marcelo SouzaDeputado Jony MarcosDeputado Jorge Côrte RealDeputado Jorge BoeiraDeputado Jorge SollaDeputado José NunesDeputado Jose StédileDeputado Josué BengtsonDeputado Jovair ArantesDeputada Jozi RochaDeputado Laercio OliveiraDeputado Lázaro BotelhoDeputado Leo de BritoDeputado Leônidas CristinoDeputado Leopoldo MeyerDeputado Lincoln PortelaDeputado Lucio MosquiniDeputado Lúcio ValeDeputado Lucio Vieira LimaDeputado Luiz Carlos BusatoDeputado Luiz Carlos RamosDeputado Luiz Fernando FariaDeputada Magda MofattoDeputado Manoel JuniorDeputado Marcelo Álvaro AntônioDeputado Marcelo Belinati

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Deputado Marcelo MatosDeputado Marcelo SquassoniDeputado Márcio MarinhoDeputado MarconDeputado Marcos RogérioDeputado Marcos RottaDeputada Margarida SalomãoDeputada Maria HelenaDeputado Mário HeringerDeputado Mauro LopesDeputado Mauro MarianiDeputado Mauro PereiraDeputado Missionário José OlimpioDeputado Moses RodriguesDeputado Nelson Marchezan JuniorDeputado Nelson MeurerDeputado Newton Cardoso JrDeputado Nilson LeitãoDeputado Nilton CapixabaDeputado Odelmo LeãoDeputado Osmar SerraglioDeputado Osmar TerraDeputado Otavio leiteDeputado Pastor FranklinDeputado Paulo FeijóDeputado Paulo FolettoDeputado Paulo FreireDeputado Pedro ChavesDeputado Pedro Cunha LimaDeputado Pedro FernandesDeputado Pedro UczaiDeputado Pompeo de MattosDeputado Professor Victório GalliDeputado Raimundo Gomes de Matos

Deputada Raquel MunizDeputado Reginaldo LopesDeputada Renata AbreuDeputado Renato MollingDeputado Ricardo BarrosDeputado Ricardo IzarDeputado Ricardo TripoliDeputado Roberto AlvesDeputado Roberto BalestraDeputado Roberto BrittoDeputado Roberto SalesDeputado Rocha

Deputado Rodrigo de CastroDeputado Rodrigo PachecoDeputado Rogério MarinhoDeputado Rogério RossoDeputado Rômulo GouveiaDeputado Ronaldo FonsecaDeputado Ronaldo NogueiraDeputado Roney NemerDeputado Rubens BuenoDeputado Rubens OtoniDeputado Rubens Pereira JúniorDeputado Ságuas MoraesDeputado Sandes JúniorDeputado Saraiva FelipeDeputado Sérgio BritoDeputado Sérgio MoraesDeputado Sibá MachadoDeputado Silas BrasileiroDeputado Silas FreireDeputado Silvio TorresDeputado Subtenente GonzagaDeputado TiriricaDeputado Toninho PinheiroDeputado Uldurico JuniorDeputado Valmir AssunçãoDeputado Valmir PrascidelliDeputado Valtenir PereiraDeputado Veneziano Vital do RêgoDeputado Vicente CandidoDeputado Victor MendesDeputado Vinicius CarvalhoDeputado Vitor LippiDeputado Waldir MaranhãoDeputado Walney RochaDeputado Walter IhoshiDeputado Wellington RobertoDeputado Wolney QueirozDeputado Zé CarlosDeputado Zé GeraldoDeputado Zé Silva

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18SenadoresSenador Alvaro DiasSenador Cristovam BuarqueSenador Douglas CintraSenador Eunicio OliveiraSenador Flexa RibeiroSenador Gladson CameliSenador João Alberto SouzaSenador João CapiberibeSenadora Lidice da MataSenador Lindberg FariasSenador Marcelo CrivellaSenador Paulo RochaSenador Paulo PaimSenador Valdir RauppSenador Walter PinheiroSenador Wellington Fagundes

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Composição da ABIMAQ DiretoriaConselho de AdministraçãoCarlos Buch Pastoriza - Presidente do ConselhoLuiz Aubert Neto – Vice-presidente ConselheiroWilson Carnevalli – Vice-presidente ConselheiroPedro Lucio – Vice-presidente ConselheiroCesar Prata – Vice-presidente ConselheiroMarcelo Veneroso – Vice-presidente ConselheiroLuiz Barella – Vice-presidente ConselheiroShotoku Yamamoto – Vice-presidente ConselheiroGermano Fehr – Vice-presidente ConselheiroJoão Carlos Marchesan – Vice-presidente ConselheiroMathias Elter – Vice-presidente Conselheiro

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ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos Escritório de Relações Governamentais

SHIS - Ql 11 - Bloco S, sala 202 - Lago Sul

71625-680 - Brasília - DF

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