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Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do GOB-RJ

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Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do GOB-RJ

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Editorial

Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do GOB-RJ

Aniversariantes do mês

de Maio:

08/05—Angela Maria

13/05—Ligia Gomes

13/05—Marly Alves

16/05—Rosimary Pereira

Edição: 28 Ano: Maio/2016

Aconteceu 3

Dia do Trabalho 4

Dia das Mães 5

Corpus Christi 6

Destaques 7

História 9

Religião 10

Filosofia 11

Cultura 12

Folclore 13

Festas Populares 14

Literatura 15

Musica 16

Arte 17

Esporte 18

Geografia 19

Ponto Turístico 20

Pensamento do Mês 21

Culinária 21

Dica Domestica 21

Saúde 22

Dica de Beleza 23

Curiosidades 24

Reflexão 25

Aniversariantes

Famosos 25

Nesta edição:

Coisas de Mãe

Se os filhos estão bem alimentados,

É ela que se sente satisfeita.

Se estão risonhos e felizes,

É ela que se pega sorrindo também.

Se estão de roupinha nova,

É ela que se sente bonita.

Se eles vão bem na escola,

Parece que o aproveitamento escolar é dela.

Se arranjam novos amigos,

É ela que se sente popular e querida.

Se viajam para novos lugares,

É ela que curte o passeio, mesmo ficando em casa.

A cada meta que atingem ou troféu que ganham,

É ela que curte a sensação de vitória.

Passa a gostar de rock,

Mesmo que antes não pudesse nem ouvir.

Passa a olhar com simpatia,

Os ídolos e os amores de seus filhos.

Passa a adorar cachorros,

Mesmo que antes só gostasse de gatos.

Desnecessário dizer o que ela sente,

Quando alguma coisa dá errado, porque, por tabela,

Ela sentirá em dose tripla,

Cada tombo, Cada perda, Cada rejeição, Cada fracasso, Cada desapontamento.

Tudo isto são...coisas de mãe!

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Página 3 Edição: 28

Ano: Maio/2016

Homenagem à Sheila Molina Pinho

Aconteceu

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Página 4 Edição: 28

Ano: Maio/2016

Os motivos para tal comemoração remontam ao ano de 1886 e à cidade de Chicago, nos Estados Unidos da América. Mas antes de abordarmos esses eventos de 1886 nos Estados Unidos, é importante traçar, em linhas gerais, um panorama da situação dos trabalhadores entre o final do século XIX e o início do século XX.

A partir da segunda metade do século XVIII e, sobretudo, ao longo do século XIX, a indústria teve um desenvolvimento exponencial. A Revolução Industrial, que ocorreu na Inglaterra, rapidamente se espalhou pela Europa e atingiu também outros continentes, como o americano. Sabemos que, durante o processo de industrialização, as relações sociais e a geografia urbana transformaram-se radicalmente. Isso aconteceu porque a construção dos parques industriais em torno das cidades provocou uma grande concentração de pessoas, isto é, a massa de proletários que alimenta a indústria com seu trabalho.

Na medida em que as grandes fábricas iam aparecendo, a massa de operários também crescia. A realidade de muitos trabalhadores no século XIX era em grande parte precária, com extenuantes jornadas de trabalho que chegavam a somar-se em 15 ou 18 horas diárias. Não havia grandes planejamentos empresariais para dar conta da nova realidade do trabalho nas fábricas, tampouco havia legislações trabalhistas que pudessem atender todas as demandas dos trabalhadores.

Em meio a tal situação, começaram a surgir as primeiras organizações de trabalhadores, expressas nos sindicatos e outras formas de representação. Tais organizações estavam imbuídas de ideologias de esquerda, como o comunismo e o anarquismo (sobretudo o anarcossindicalismo, que teve na Itália uma ampla adesão, com lideranças como Errico Malatesta). Essas organizações de trabalhadores valiam-se de variadas táticas para pressionar os industriais. A greve geral era a principal delas. Foi em virtude de uma onda de greves gerais nos Estados Unidos, no século XIX, que o Dia do Trabalho tornou-se icônico internacionalmente.

No dia 1º de maio de 1886, em Chicago (EUA), houve uma grande greve nas fábricas dessa cidade, que, à época, já era um grande centro urbano e industrial dos Estados Unidos. Essa greve foi duramente reprimida pelo aparato policial da cidade. Nos dias seguintes, a greve continuou, seguida por manifestações e concentrações públicas. No dia 04 de maio, muitos manifestantes estavam reunidos na praça Haymarket, em Chicago, circundados pela polícia, quando, em dado momento, uma bomba explodiu, ferindo dezenas de pessoas e levando sete ao óbito. Entre as vítimas fatais estavam tanto policiais quanto manifestantes. A polícia revidou abrindo fogo contra os manifestantes, cuja maioria partilhava das ideias anarquistas, matando dezenas de pessoas.

Alguns dos manifestantes foram acusados de participação na explosão da bomba, julgados e condenados à execução. Esse acontecimento fatídico passou a ser o símbolo das revoltas e manifestações dos anos seguintes, não apenas nos Estados Unidos, mas também em muitos outros países. Como o dia 1º de maio constituiu a data em que os eventos começaram (por meio da greve geral), esse dia passou a ser usado como marco de memória tanto das reivindicações dos trabalhadores quanto das mortes na praça Haymarket.

No Brasil, já na década de 1890, havia focos de homenagens ao 1º de maio por parte de grupos de trabalhadores. Porém, só em 1924, no governo do presidente Arthur Bernades, o dia 1º de maio foi oficializado como Dia do Trabalho. A oficialização deveu-se também às pressões que grupos organizados de trabalhadores passaram a exercer, desde a década de 1910, em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

Dia do Trabalho

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Página 5 Edição: 28

Ano: Maio/2016

Dia das Mães

A mais antiga comemoração do dia das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. A Enciclopédia Britânica diz: "Uma festividade derivada do costume de adorar a mãe, na antiga Grécia. A adoração formal da mãe, com cerimônias para Cibele ou Rhea, a Grande Mãe dos Deuses, era realizada nos idos de março, em toda a Ásia Menor."

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada pela ativista Ann Maria Reeves Jarvis, que fundou em 1858 os Mothers Days Works Clubs com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores. Jarvis organizou em 1865 o Mother's Friendship Days (dias de amizade para as mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os Estados Unidos no período. Em 1870 a escritora Julia Ward Howe (autora de O Hino de Batalha da República) publicou o manifesto Mother's Day Proclamation, pedindo paz e desarmamento depois da Guerra de Secessão.

No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas, a pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou a data no segundo domingo de maio. A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importância das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro do mesmo ano. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

Em Portugal, o Dia da Mãe é comemorado no primeiro domingo de Maio, seguindo a tradição da Igreja Católica que neste mês celebra Santa Maria, Mãe de Jesus (em particular Nossa Senhora de Fátima), embora durante muitos anos tivesse sido comemorado no dia 8 de Dezembro, dia da Nossa Senhora da Conceição.

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Página 6 Edição: 28

Ano: Maio/2016

Corpus Christi

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. O papa Urbano IV, na época o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège, na Bélgica, recebeu o segredo da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Por volta de 1264, em uma cidade próxima a Orvieto (onde o já então papa Urbano IV tinha sua corte), chamada Bolsena, ocorreu o Milagre de Bolsena, em que um sacerdote celebrante da Santa Missa, no momento de partir a Sagrada Hóstia, teria visto sair dela sangue, que empapou o corporal (pano onde se apoiam o cálice e a patena durante a Missa). O papa determinou que os objetos milagrosos fossem trazidos para Orvieto em grande procissão em 19 junho de 1264, sendo recebidos solenemente por Sua Santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico de que se tem notícia. A festa de Corpus Christi foi oficialmente instituída por Urbano IV com a publicação da bula Transiturus em 8 de setembro de 1264, para ser celebrada na quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.

Para um maior esplendor da solenidade, desejava Urbano IV um Ofício para ser cantado durante a celebração. O Ofício escolhido foi composto por São Tomás de Aquino, cujo título era Lauda Sion (Louva Sião). Este cântico permanece até a atualidade nas celebrações de Corpus Christi.

O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o papa morreu em seguida, menos de um mês depois da publicação da bula Transiturus. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia, na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma, é encontrada desde 1350.

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: "Este é o meu corpo... isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim". Segundo Santo Agostinho, é um memorial de imenso benefício para os fiéis, deixado nas formas visíveis do pão e do vinho. Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o vinho sangue de Jesus Cristo, em toda Santa Missa, mesmo que esta transformação da matéria não seja visível.

Corpus Christi é celebrado 60 dias após a Páscoa, podendo cair, assim, entre as datas de 21 de maio e 24 de junho.

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Página 7 Edição: 28 Ano: Maio/2016

01/05 - Dia do Trabalho

03/05 - Dia do Sertanejo

05/05 - Dia do Artista

Pintor

06/05 - Dia do Cartógrafo

07/05 - Dia do Silêncio

08/05 - Dia das Mães

09/05 - Dia da Europa

13/05 - Dia da

Fraternidade Brasileira

18/05 - Dia Internacional

dos Museus

21/05 - Dia da Língua

Nacional

22/05 - Dia do Apicultor

25/05 - Dia da Indústria

30/05 - Dia do Geólogo

31/05 - Dia do Espírito

Santo

31/05 - Corpus Christi

Destaques Dia do Sertanejo - Começou a ser comemorado a partir da década de 1960, por iniciativa da Rádio Aparecida, para homenagear os vários violeiros do sertão que frequentam as missas na cidade de Aparecida do Norte, em São Paulo. Assim, foi criado o ―Show Sertanejo‖ no dia 3 de maio de 1964, quando o ―Marechal da Música Sertaneja‖,

Geraldo Meireles, propôs que todos os sertanejos passassem a se encontrar anualmente em aparecida nesta data, para celebrar a música sertaneja.

Dia do Artista Pintor - surgiu para homenagear o pintor brasileiro José Ferraz de Almeida Junior, considerado um ícone entre os nomes mais importantes das artes plásticas no século XIX, no Brasil. José Ferraz de Almeida nasceu no dia 8 de maio de 1851, na cidade de Itu, interior de São Paulo. José Almeida foi assassinado em 13 de novembro de 1899. Apenas em 1950 que o dia 8 de maio passou a ser oficialmente declarado o Dia do Artista Plástico Brasileiro.

Dia do Cartógrafo - Esta data foi escolhida pela Sociedade Brasileira de Cartografia (SBC) em homenagem ao mais antigo trabalho cartográfico feito no Brasil, registrado pelo Mestre João, astrônomo pertencente à frota de Pedro Álvares Cabral. Em 27 de abril de 1500 (calendário Juliano), Mestre João determinou a latitude da então Baía de Cabrália (atual Porto Seguro, no estado da Bahia). O documento

com o registro cartográfico foi enviado para Portugal juntamente com a carta de Pero Vaz de Caminha, com a data corrigida para o calendário Gregoriano (utilizado atualmente), que corresponde ao dia 6 de maio.

Dia do Silêncio - Não existe um consenso sobre a origem do Dia do Silêncio, mas supõe-se que tenha surgido popularmente a partir da inspiração provocada pela praticas milenares da meditação. O filósofo estadunidense William James, um dos fundadores da psicologia moderna, conseguiu definir a essência da importância do silêncio na seguinte frase: ―o exercício do silêncio é tão importante quanto a prática da palavra‖.

Dia da Europa - Foi nessa data que o estadista francês Robert Schuman avançou com a proposta de criar uma entidades européia nacional, essa proposta ficou conhecida como a Declaração Schuman e é conhecida com o embrião da atual União Européia.

Dia da Fraternidade Brasileira - Foi criado a partir da Campanha da Fraternidade, criada em 1961 por três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira, uma organização humanitária da Igreja Católica.

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Destaques

Página 8 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Dia Internacional dos Museus - A data foi instituída pelo Comitê Internacional de Museus (ICOM) com o objetivo de chamar a atenção da sociedade e do público para a importância dos museus. Afinal, são os museus os responsáveis por preservar a história e a cultura da humanidade. Através dos anos, preservam os objetos que foram utilizados, inventados ou descobertos pelo homem ao longo de sua existência histórica.

Dia da Língua Nacional - Este dia merece ser comemorado, pois a Língua Portuguesa é nosso maior meio de se comunicar e se expressar com outras pessoas e também através da escrita.

Dia do Apicultor - É celebrado no dia 22 de maio porque é no mesmo dia de Santa Rita de Cássia, conhecida por ser padroeira do apicultores.

Dia da Indústria - Homenageia ao patrono da indústria nacional, Roberto Simonsen, que faleceu em 25 de maio de 1948. Roberto Simonsen foi um engenheiro, industrial, administrador, professor, historiador e político, além de membro da Academia Brasileira de Letras – ABL. Além disso, Simonsen era presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Dia do Geólogo - É celebrado nesta data em homenagem a aprovação do Projeto de Lei nº 2028/60, em 30 de maio de 1962, sendo criada a Lei nº 4.076, que regulamenta a profissão de geólogo. A lei estipula que a profissão deve ser fiscalizada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).

Dia do Espírito Santo - Tem origem nas celebrações ocorridas em Portugal, desde o século XIV, quando a terceira pessoa da Santíssima Trindade era festejada com grandes banquetes coletivos.

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História

Página 9 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Abolição da Escravatura

Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a

realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras;

entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se colocaram em defesa dos

índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus

daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia.

Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil. De acordo com historiadores, entre 1530 e 1850, cerca de 3,5

milhões de negros africanos foram trazidos para o Brasil para trabalharem como escravos.

Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.

Apesar desta prática ser considerada ―normal‖ do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.

A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.

Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.

Princesa Isabel libertando escravos

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Religião

Página 10 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Santo Atanásio

Atanásio nasceu em Alexandria, no Egito, em 296. No ano de 325, deu-se o I Concílio Ecumênico, em Niceia, para definir a doutrina autêntica contra a heresia tão capciosa dos arianos, a qual fazia de Jesus uma criatura inferior a Deus Pai. Atanásio participou do Concílio na qualidade de assessor do seu bispo, embora fosse somente diácono na época.

O Arianismo foi condenado e deu-se a definição solene do Credo, o qual nós rezamos até hoje. A atuação de Atanásio foi primorosa tanto pela lucidez de sua doutrina quanto pela argumentação bíblica apresentada. Os erros dos arianos foram por ele refutados com tanto brilho, clareza e evidência, que causou admiração a todos.

Atanásio foi o sucessor do bispo de Alexandria, embora tivesse apenas 31 anos, e dirigiu a Igreja de Alexandria por 46 anos, período de muito sofrimento e perseguição. Os arianos não lhe deram descanso e, com o apoio do imperador, espalharam muitas calúnias contra Atanásio, que por cinco vezes teve de fugir de sua sede episcopal.

Refugiava-se no deserto onde conheceu e conviveu com o grande Santo Antão. Durante cinco anos ficou lá escondido, saindo somente à noite para dirigir sua igreja e consolar seus fiéis. Atanásio foi firme e inquebrantável com seus numerosos escritos. Manteve viva a fé no Verbo Encarnado.

Faleceu reconhecido por toda a Igreja, com 77 anos. E como reconhecimento de seu trabalho, fidelidade e

fundamentais obras escritas para a Santa Igreja foi declarado Doutor da Igreja.

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Filosofia

Página 11 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Zenão de Eléia

Sabemos pouco sobre a vida de Zenão de Eléia e dos seus pensamentos foram conservados poucos fragmentos.

Das suas concepções conhecemos algumas coisas graças sobretudo ao que contêm nos diálogos platônicos

Parmênides, no livro Vida dos Filósofos de Diógenes Laércio e nos escritos de Física de Aristóteles.

Ele é conhecido sobretudo pelos paradoxos formulados basicamente sobre a tese da

impossibilidade do movimento que hoje são conhecidos como paradoxos de Zenão. Seguindo as

pegadas de seu mestre Parmênides, através da dialética, ele tenta afirmar a teoria da

imutabilidade do ser reduzindo ao absurdo o seu contrário. A tese contestada por Zenão é a tese

dos Pitagóricos que acreditam na multiplicidade do ser em relação ao seu número. Contesta

também a tese de Anaxágoras, seu contemporâneo.

Zenão foi discípulo de Parmênides e coloca a serviço de seu mestre seus conhecimentos lógicos inventando vários

argumentos com o objetivo de desacreditar os críticos da visão de mundo exposta por Parmênides, com quem

visitou Atenas e conheceu Sócrates.

Os paradoxos mais famosos de Zenão são os que buscam demonstrar a inexistência do movimento. Eles são

descritos por Aristóteles nos seus estudos sobre Física. O método de Zenão consiste em assumir como certas as

hipóteses das teses dos seus adversários e partindo dessas hipóteses ele chega a conclusões contraditórias e

inaceitáveis, buscando assim desacreditar os argumentos de seus antagonistas.

Dos paradoxos, ou aporias (estradas sem saída), criadas por Zenão o mais famoso é o de Aquiles (um dos mais

fortes e rápidos guerreiros gregos) e a tartaruga. Mesmo sendo um rápido corredor Aquiles não poderá jamais

numa corrida ultrapassar uma lenta tartaruga que está correndo à sua frente pois ao se aproximar da tartaruga esta

já percorreu um certo espaço, quando Aquiles percorre esse espaço, a tartaruga percorreu outro espaço menor,

quando Aquiles percorre essa segunda distância, a tartaruga já andou um percurso menor ainda e assim

sucessivamente em movimentos infinitos e cada vez menores. Conclusão de Zenão: Aquiles pode se aproximar

cada vez mais da tartaruga, mas não a ultrapassa jamais. Um argumento similar a esse é o da dicotomia (divisão por

dois): Quando existe um movimento de um corpo de um ponto A em direção a um ponto B, antes do corpo atingir

B ele deve percorrer metade do caminha entre A e B, depois deve chegar até a metade da metade do caminho de A

a B e assim o corpo segue numa divisão infinita entre as duas distâncias sem nunca chegar ao ponto B como

ilustrado abaixo.

A--------------------A1----------A2-----A3-----B

A dicotomia demonstra a impossibilidade do movimento porque quando alguma coisa se move ele deve chegar

primeiro ao estágio intermediário antes de chegar à sua meta. Por exemplo, suponhamos que um objeto se move de

A a B, para chegar ao ponto B o objeto deve antes atingir o ponto intermediário B1, mas antes de chegar a B1 deve

chegar ao ponto B2 que é a metade da distância entre A e B1, para chegar a B2 também deve antes chegar ao

ponto B3. Esse movimento vai ao infinito demonstrando que o movimento não pode ser iniciado conforme ilustra

a figura abaixo:

A-----B3-----B2----------B1--------------------B

Estes paradoxos expostos por Zenão se baseiam sobre o conceito de divisão infinita do espaço, segundo essa

divisão podemos decompor o espaço em um número infinito de pontos. Ele igualava o espaço real e físico ao

espaço abstraído pela nossa mente. O filósofo não fazia distinção entre esses dois planos. Para ele o plano ideal do

nosso pensamento era diretamente relacionado à realidade, criando assim uma relação confusa entre o espaço físico

e o espaço geométrico. A visão virtual da geometria é diretamente relacionada com a matéria física, criando assim

os paradoxos.

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Cultura

Página 12 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Integração do Telégrafo no Brasil

O telégrafo foi iniciado oficialmente no Brasil no dia 11 de maio de 1852, com o objetivo de modernizar o País e facilitar a comunicação do Palácio Imperial, e o Quartel do Campo, no Rio de Janeiro. As primeiras linhas telegráficas instaladas no Brasil relacionaram-se com necessidades políticas.

Em 1854 ocorreu a primeira ligação telegráfica entre o Palácio de São Cristóvão e o Ministério da Guerra. Em fins do século XIX, registrou-se uma ampliação do serviço telegráfico, passando a incluir outras províncias, como Paraíba, Pernambuco e o atual estado do Ceará, estas instalações foram realizadas por Rondon, Major responsável por grande parte destes serviços telegráficos no Brasil. No dia 11 de maio de 1852 foi, afinal, inaugurada a primeira linha telegráfica brasileira, que era subterrânea e tinha 4.300m de extensão, entre o Palácio da Quinta da Boa Vista e o Quartel General do Exército no Campo de Santana, no Rio de Janeiro. A linha foi construída sob a supervisão direta do Professor Capanema, com o auxílio de alunos da Escola Militar, que foram instruídos como telegrafistas. Para essa construção foi aproveitada a mão-de-obra de presos da Casa de Correção.

Já em 1854, um aviso do Ministro da Justiça mandava instalar a central telegráfica naquele Ministério, comunicando-se com os Paços da Cidade e Boa Vista, os Arsenais de Guerra e da Marinha, a Barra, o Quartel de Polícia, e o Palácio de Petrópolis. O Correio Mercantil, de 18 de fevereiro de 1854, anunciava que ―funcionou ontem o telégrafo entre a Secretaria da Justiça e a Polícia‖, e que ―trabalharam alunos da Escola Militar, mostrando que podemos dispensar os engenheiros estrangeiros‖. A linha para Petrópolis só foi concluída em janeiro de 1857; tinha 50,6 km, dos quais 15 em cabos submarinos, sendo a parte área em fios de ferro galvanizado.

Ao longo dos anos o telégrafo começou a ser adaptado aos avanços a atendendo as necessidades da população. Muito usado por Militares para transmissão de mensagens em épocas de Guerra.

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Folclore

Página 13 Edição: 28 Ano: Maio/2016

João de Barro

Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.

Segundo a lenda, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento.

O pai dela então perguntou: - Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo? - As provas do meu amor! - respondeu o jovem Jaebé. O velho gostou da resposta, mas achou o jovem atrevido, então disse: - O último pretendente de minha fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia. - Pois eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.

Toda a tribo se admirou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova. Então, enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorava e implorava à deusa Lua que o mantivesse vivo. O tempo foi passando e certa manhã, a filha pediu ao pai: - Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.

E o velho respondeu: - Ele é arrogante, falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.

Esperou então até a última hora do novo dia, então ordenou: - Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.

Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seus olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e tinha cheiro de perfume de amêndoas. Todos se admiraram e ficaram mais admirados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!

E foi naquele exato momento que os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceram para sempre.

Podemos constatar a prova do grande amor que uniu esses dois jovens no cuidado com que o joão-de-barro

constrói sua casa e protege os filhotes. Os homens admiram o pássaro joão-de-barro porque se lembram da

força de Jaebé, uma força que nasceu do amor e foi maior que a morte.

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Festas Populares

Página 14 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Cavalhadas

Cavalhadas é uma festa de origem portuguesa que representa torneios medievais e as batalhas entre cristões e mouras, em especial a batalhado século VI, onde Carlos Magno, um guerreiro Cristão travou uma batalha épica contra os sarracenos, de religião islâmica, pela defesa de um território.

As Cavalhadas foram introduzidas no Brasil pelos padres jesuítas durante a catequização dos índios e escravos.

No evento, os personagens principais das Cavalhadas são os cavaleiros, vestidos de azul representado os

cristãos ou vermelho (mouros) e armados de lanças e espadas.

A corte é representada por personagens como o rei, o general, príncipes, princesas, embaixadores e lacaios,

todos vestidos com ricas fantasias.

No Brasil essa festa acontece em algumas cidades, principalmente a região centro-oeste e sul do país.

As Cavalhadas famosas no Brasil são as da cidade de Pirenópolis, no estado de Goiás e de Poconé, em Mato

Grosso.

A festa de Pirenópolis incluir além dos personagens principais, os mascarados que representam o povo.

No sul o país temos Cavalhadas conhecidas, como as das cidades de Guarapuava no Paraná, e também cidade

do Rio Grande do Sul, como em Cazuza Ferreira, distrito de São Francisco de Paula, Vacaria, Mostardas,

Santo Antônio da Patrulha e Caçapava do Sul.

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Literatura

Página 15 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Realismo

O declínio do romantismo, juntamente com uma série de transformações sociais, ocorreu no país em meados do século XIX. Uma nova forma de prosa surge, incluindo a análise dos povos indígenas e a descrição do ambiente, nos autores regionalistas (como Franklin Távora e João Simões Lopes Neto) . Sob a influência do naturalismo e de escritores como Émile Zola, Aluísio Azevedo escreveu O Cortiço, com personagens que representam todas as classes e categorias sociais da época. O realismo brasileiro não foi muito original em um primeiro momento, mas assumiu uma importância extraordinária por causa de escritores como Machado de Assis e Euclides da Cunha.

Talvez o mais importante escritor do realismo brasileiro tenha sido Machado de Assis (1839-1908), filho de um pintor de paredes mulato e de uma mulher portuguesa, cuja única de educação, além de aulas de alfabetização, era a extensa leitura de livros emprestados. Ao trabalhar como tipógrafo em uma editora, Assis logo conheceu mais da literatura mundial e ainda conseguiu aprender um pouco de inglês e francês. No início da carreira, ele escreveu vários romances famosos, como A Mão e a Luva e Ressurreição, que, apesar de seu romantismo exagerado, já mostram seu humor vivaz e seu pessimismo para com as convenções da sociedade. Depois de ser apresentado ao realismo, Machado de Assis mudou seu estilo e seus temas, produzindo algumas das mais notáveis prosas já escritas em língua portuguesa. O estilo serviu como meio para seu humor corrosivo e seu intenso pessimismo, que estava distante das concepções de seus contemporâneos. Assis também era poeta.

Entre as principais obras de Machado de Assis estão:

Memórias póstumas de Brás Cubas - a autobiografia fictícia de um homem recentemente falecido, escrito pelo próprio "do além". É totalmente antirromântica e ridiculariza a sociedade do Rio de Janeiro da época.

Dom Casmurro - pretende ser a autobiografia de um homem solitário que deixa sua esposa e seu único filho depois de desfrutar de anos de vida conjugal feliz. O romance é famoso no mundo lusófono pela análise de um caso (possível, mas nunca provado ou admitido) de adultério.

Quincas Borba

O Alienista - o conto sobre um psiquiatra que funda um hospital para doentes mentais em uma pequena cidade e mais tarde se envolve em investigações profundas sobre a natureza e a cura da doença mental, perturbando muito o estilo de vida da cidade.

Principais Autores:

Aluisio de Azevedo Raul Pompéia Machado de Assis Raimundo Correia Olavo Bilac

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Música

Página 16 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Música Expressionista

Caracteriza-se pela emotividade intensa, dissonâncias extremas, melodias ásperas e angulosas, podendo ser atonal, dodecafônica e/ou serial. Assim como nas outras manifestações artísticas expressionistas, o compositor deposita em sua música seus sentimentos mais profundos, extremos e desesperados, dando à obra um caráter exagerado e soturno.

Arnold Schoenberg, Alban Berg, e Anton Webern, formadores da "Segunda Escola de Viena", são os três principais compositores expressionistas, sendo o primeiro o criador do estilo, e os outros dois seus discípulos de maior renome.

Na música, o expressionismo começou como um exagero, até mesmo uma distorção, do romantismo tardio, em que os compositores passaram a despejar na música toda a carga de suas emoções mais intensas e profundas. Dentre os que escreviam em estilo expressionista estavam Arnold Schoenberg (que também era pintor) e seus alunos: Alban Berg e Anton Webern. Os três, trabalhando juntos na capital austríaca, tornaram-se conhecidos como "A Segunda Escola de Viena".

Na primeira fase, a música expressionista apoiava-se em harmonias que se tomavam cada vez mais cromáticas,

o que acabou levando à atonalidade. A música expressionista em estilo atonal é caracterizada por harmonias

extremamente dissonantes; melodias frenéticas, desconjuntadas, incluindo grandes saltos; contrastes violentos

e explosivos, com os instrumentos tocando asperamente nos extremos de seus registros. O expressionismo foi

prefigurado no sexteto de cordas Noite Transfigurada, de Schoenberg, escrito em 1899. Em 1908 ele compôs

o Segundo Quarteto de Cordas, que inclui no terceiro e no quarto movimentos uma voz de soprano. Mas é no

quarto movimento que Schoenberg abandona de vez a tonalidade, partindo para sua primeira aventura atonal.

(O soprano começa, muito apropriadamente: Sinto o ar de outro planeta... Dissolvo-me em sons...").

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Arte

Página 17 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Arte Realista

Entre 1850 e 1900 surge nas artes européias, sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência estética chamada

Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades, O homem europeu, que tinha

aprendido a utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e dominar a natureza, convenceu-se de

que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da

realidade. Esses novos ideais estéticos manifestaram-se em todas as artes:

Pintura: caracteriza-se sobretudo pelo princípio de que o artista deve representar a realidade com a mesma

objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza. Ao artista não cabe ―melhorar‖ artisticamente

a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é. Sua função é apenas revelar os aspectos mais característicos

e expressivos da realidade. Em vista disso, a pintura realista deixou completamente de lado os temas mitológicos,

bíblicos, históricos e literários, pois o que importa é a criação a partir de uma realidade imediata e não imaginada.

A volta do artista para a representação do real teve uma conseqüência: sua politização. Isso porque, se a industrialização trouxe um grande desenvolvimento tecnológico, ela provocou também o surgimento de uma grande massa de trabalhadores, vivendo nas cidades em condições precárias e trabalhando em situações desumanas. Surge então a chamada ―pintura social‖, denunciando as injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria dos trabalhadores e a opulência da burguesia. Dentre os representantes da pintura realista podemos apontar Gustave Courbet(1819-1877) "Moças peneirando trigo" e Édouard Manet(1832-1883) "Olympia", que desenvolveram tendências diversas.

Escultura: não se preocupou com a idealização da realidade, ao contrário, procurou recriar os

seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiram os temas contemporâneos,

assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras.

Dentre os escultores do período realista, o que mais se destaca é Auguste Rodin (1840-1917),

cuja produção desperta severas polêmicas. Já seu primeiro trabalho importante, A Idade do

Bronze (1877), causou uma grande discussão motivada pelo seu intenso realismo. Alguns

críticos chegaram a acusar o artista de tê-lo feito a partir de moldes tirados do próprio modelo

vivo. Mas é com São João Pregando (1879), que Rodin revela sua característica fundamental: a

fixação do momento significativo de um gesto humano. Essa mesma tentativa de surpreender

o homem em suas ações aparece em O Pensador seguramente sua obra mais conhecida.

Quanto aos retratos, nem sempre Rodin foi fiel à preocupação naturalista de reproduzir os traços fisionômicos do seu modelo. A escultura que fez de Balzac, por exemplo, chegou a ser recusada pela Sociedade dos Homens de Letras de Paris que a encomendara, pois não havia semelhança física entre a obra e o retratado. O que o escultor fez foi privilegiar, à suamaneira, o caráter vigoroso que a personalidade do escritor lhe sugeria, o que o envolveu numa grande polêmica.

Na verdade, até mesmo a classificação da obra de Rodin como realista é controvertida. Alguns críticos a consideram romântica por causa da forte emoção que traduz. Mas outros enfatizam no trabalho desse escultor o acentuado e predominante caráter naturalista. Há ainda os que vêem na escultura de Rodin características do Impressionismo, movimento do qual também foi contemporâneo e que revolucionou, na época, a pintura européia.

Arquitetura: ao adaptar-se ao novo contexto social, tende a tornar-se realista ou científica, os arquitetos e

engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As

cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações ferroviárias, armazéns, lojas,

bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia.

Moças Peneirando Trigo

(Gustave Courbet)

O Beijo

(Auguste Rodin)

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Esporte

Página 18 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Origem do Futebol

A atividade mais antiga que se assemelha ao futebol moderno da qual se tem conhecimento data dos séculos III e II a. C. Estes dados são baseados em um manual de exercícios correspondentes à dinastia Han da antiga China. O jogo era chamado ts'uh Kúh (cuju), e consistia em lançar uma bola com os pés para uma pequena rede. Uma variante incluía uma modalidade onde o jogador deveria passar pelo ataque dos seus adversários. Também no Extremo Oriente, embora cerca de cinco ou seis séculos depois do cuju, existia uma variante japonesa chamada kemari, que tinha um caráter mais cerimonial, sendo o objetivo do jogo manter uma bola no ar passando-a entre os jogadores. O kemari até hoje é praticado no Japão, em eventos culturais.

No Mediterrâneo destacaram-se duas formas de jogo: o harpastum, em Roma, e o

Epyskiros, na Grécia, sobre o qual se tem pouca informação. O primeiro era

disputado por duas equipes em um terreno retangular demarcado e dividido pela

metade por uma linha. Os jogadores de cada equipe podiam passar uma pequena

bola entre eles, e o objetivo do jogo era enviá-la ao campo contrário. Esta variante

foi muito popular entre os anos 700 e 800, e, apesar de ter sido introduzida nas

Ilhas Britânicas, sua ascensão até o futebol moderno é incerta.

Durante a Era dos Descobrimentos, começou-se a conhecer desportos provenientes do Novo Mundo. Estima-se que o pok ta pok da cultura maia teria 3 000 anos de história. Na Groenlândia também se jogava um desporto que se assemelhava ao futebol, ao passo que o jogo denominado marngrook, da Oceania, tinha características que o assemelhava ao futebol australiano. Onde hoje se localizam os Estados Unidos os aborígenes praticavam outros jogos: o pasuckuakohowog na área continental central e o asqaqtuk no Alasca.

Embora estes jogos tiveram certas características que os assemelham ao futebol e outros desportos variados modernos, a incidência dos mesmos nos desportos atuais é discutível, já que praticamente não há vínculos dos mesmos com as Ilhas Britânicas, o berço do futebol moderno. Nos finais da Idade Média e séculos posteriores desenvolveram-se nas Ilhas Britânicas e em zonas circunvizinhas distintos tipos de jogos de equipe, os quais eram conhecidos como códigos de futebol. Estes códigos foram se unificando com o passar do tempo, mas foi na segunda metade do século XVII que ocorreram as primeiras grandes unificações do futebol, que deram origem ao rúgbi, ao futebol americano, ao futebol australiano etc. e ao desporto que hoje é conhecido em grande parte do mundo como futebol.

Os primeiros códigos britânicos se caracterizavam por terem poucas regras e por sua extrema violência. Um dos mais populares foi o futebol escolar. Por esta razão o futebol escolar foi proibido na Inglaterra por um decreto do Rei Eduardo III, que alegou ser um desporto não-cristão, e a proibição perdurou por 500 anos. O futebol escolar não foi a única forma de jogo da época; de fato existiram outras formas mais organizadas, menos violentas e inclusive que se desenvolveram fora das Ilhas Britânicas. Um dos jogos mais conhecidos foi o calcio fiorentino, originário da cidade de Florência, na Itália, no período da renascença, no século XVI. Este desporto influenciou em vários aspectos o futebol atual, não somente por suas regras, mas também pelo ambiente de festa em que se jogavam estas partidas

Epyskiros

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Geografia

Página 19 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Silva Jardim (Rio de Janeiro) Seu nome atual é uma homenagem ao jornalista e político fluminense Antônio da Silva Jardim. Anteriormente o município chamava-se Capivari, cuja fundação se deu em 1801, nas terras de D. Maria Rodrigues, viúva de Manoel da Silveira Azevedo, onde o casal havia construído uma capela em devoção à Sant'Ana. A viúva doou a capela e seu entorno, para a criação da paróquia de Nossa Senhora da Lapa de Capivari, a pedido da população local. No entorno da capela formou-se o vilarejo, que posteriormente foi elevado à categoria de freguesia, e mais adiante à categoria de vila, por decreto de 1841, separando-se definitivamente do município de Cabo Frio. A condição imposta para o desmembramento, era de que alguns fazendeiros locais se responsabilizassem e construissem uma câmara, que executava as mesmas funções atuais de uma prefeitura, bem como uma cadeia para a nova vila. O Major Joaquim Fernandes Lopes Ramos, o Alferes Luiz Gomes da Silva Leite, juntamente com alguns membros da família Pinto Coelho, executaram as construções entre os anos de 1841 e 1843, atendendo assim às exigências. A partir do ano de 1943, a vila de Capivari teve seu nome modificado para Silva Jardim, denominação esta que perdura até os dias atuais. Localiza-se 35 metros acima do nível do mar. Contando com uma população de 22.158 habitantes (2008), faz divisa com os municípios de Casimiro de Abreu, Nova Friburgo, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu e Araruama. Ocupa uma área de 938,336 km².

Dentre as localidades mais importantes inscritas no território municipal (todas próximas à Serra do Mar), estão Quartéis ou Aldeia Velha, Bananeiras e Gaviões.

Vale destacar que uma parte do seu território encontra-se protegido pela Reserva Biológica Poço das Antas, reserva biológica federal destinada ao projeto de preservação da Mata Atlântica e do mico-leão-dourado, que fica a beira da BR 101.

Outro local de interesse ecológico é a Lagoa de Juturnaíba, situada no rio São João, e represada para prover o abastecimento de água em Cabo Frio e outras cidades da Região dos Lagos fluminense. Historicamente, o município experimentou uma significativa pujança econômica entre os finais do século XVIII e os finais do século XIX, quando, então, foi decretada a abolição da escravidão.

As matas nativas da região eram ricas em madeira de lei e, com a facilidade de escoamento da produção das toras pelo caudaloso rio São João, a extração da madeira passou a ser a mola mestra da economia capivarense. Na cabeceira do rio, Capivari cortava e fornecia a madeira e, na foz do rio, a vila de Barra de São João a cortava em tábuas e a preparava para envio direto ao exterior. Registra-se que todas as madeiras nobres que compõem o grandioso trabalho de talha da sacristia da basílica de São Pedro, no Vaticano, teve origem em Capivari.

Uma vez devastada a floresta, o campo estava pronto para plantação. Assim, a madeira cedeu lugar ao café e à cana-de-açúcar e o enriquecimento dos fazendeiros da região foi ainda mais relevante. No entanto, esse desenvolvimento econômico não perduraria mais do que um século. A extinção das matas, assim como a exaustão dos solos, aliados à escassez de mão de obra decorrente da abolição da escravatura, fizeram com que Capivari entrasse em colapso no final do século XIX. As hipotecas, que muitos fazendeiros tinham junto aos negociantes da Corte, foram executadas. As terras foram abandonadas pelos lavradores e, em seguida, fracionadas em propriedades menores, para revenda por parte dos executantes. Encerrou-se, assim, um dos mais notáveis ciclos econômicos da economia fluminense.

Atualmente, a base econômica está centrada no setor primário, com ênfase para a atividade pecuária. É de pouca expressão o setor terciário (comércio e serviços), embora o turismo (mais precisamente o ecoturismo) venha se mostrando uma atividade promissora, sobretudo na região da lagoa de Juturnaíba e na vila de Aldeia Velha, conhecida também pelo nome de Quartéis.

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Ponto Turístico

Página 20 Edição: 28 Ano: Maio/2016

A pequenina cidade do interior fluminense fica entre os municípios de Barra de São João e Casimiro de Abreu. No centro, o ponto de encontro dos moradores é a pracinha central, onde os visitantes podem se informar sobre os melhores caminhos para chegar às cachoeiras e às áreas de proteção ambiental que circundam a região. Na Reserva Biológica de Poço das Antas, as atrações são os animais silvestres como o mico-leão-dourado e a preguiça-de-coleira que se espalham pela mata Atlântica protegida em uma área de mais de cinco mil hectares. Já na cachoeira das Andorinhas, uma queda de 15 metros com piscina e ducha natural, as aves são as donas do pedaço. Para praticar esportes náuticos, siga para a Lagoa de Juturnaíba. As águas calmas e propícias para passeios de barco e pescaria atraem nativos e turistas. Cercado por bares e restaurantes, o espelho d'água é uma das áreas de lazer mais concorridas da região. Os arredores de Silva Jardim abrigam também a Aldeia Velha, uma antiga vila fundada por imigrantes suíços e alemães. Algumas casinhas coloniais permanecem de pé, emolduradas por uma natureza intocada. Caminhadas por trilhas levam a cascatas que propiciam refrescantes mergulhos.

Reserva Biológica de Poço das Antas Aldeia Velha

Lagoa de Juturnaíba

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Página 21 Edição: 28 Ano: Maio/2016

―O mundo está nas mãos daqueles que têm a coragem de sonhar e de correr o risco de viver seus sonhos.‖ (Paulo Coelho)

Pensamento do Mês

Modo de preparo:

Passe pela farinha de trigo e deixe dourar os filés em uma frigideira com a metade da manteiga;

Reserve este peixe em uma assadeira de barro pré-aquecida;

Ponha para tostar uma colher de sopa de farinha de trigo no restante da manteiga;

Adicione o vinho, com sal, pimenta do reino e tomilho a gosto;

Deixe cozinhar por mais 3 min, mexendo continuamente;

Despeje sobre o linguado e sirva.

Culinária

Ingredientes:

1,5 kg de filés de linguado 150 gramas de manteiga 1 copo de vinho branco Farinha de trigo Sal Pimenta do reino Tomilho

Dificuldade: Fácil

Categoria: Light

Tempo: +/- 40 min

Porção: 6 porções

Dica Doméstica AMACIANTE DE ROUPAS: 1001 UTILIDADES!

Tapete novo - Depois de higienizadas, as fibras de tapetes e carpetes ficam ressecadas e ásperas ao toque. Resolva isso

colocando 1/2 tampa de amaciante em dois litros de água. Transfira o líquido para um borrifador e espalhe no tapete ou

no carpete, massageando as fibras com os dedos (use luvas de borracha ou descartáveis para evitar possíveis alergias).

Deixe secar naturalmente e sinta a diferença!

Banheiro limpinho - O amaciante é ótimo para fazer uma limpeza suave no cômodo mais úmido da casa. Você pode

usá-lo no piso, nos azulejos, no vaso sanitário, na pia, no balcão de fórmica, no ralo, nas toalhas... Dilua o produto com

água ou álcool e aplique com pano ligeiramente umedecido. O cheiro de limpeza dura horas.

Livre-se de manchas teimosas - Se o óleo de peroba ou de linhaça manchou aquele móvel escuro de MDF e você já

usou vários produtos para eliminar a marca (sem sucesso), experimente limpar a danadinha com uma solução de duas

partes de água para uma de amaciante, usando um pano ligeiramente úmido e depois um macio e seco. Pronto, sumiu!

Lustra-móveis poderoso - Se você precisa tirar o pó dos móveis diariamente, experimente limpá-los com amaciante

diluído em água na proporção indicada pelo fabricante ou um pouquinho mais concentrado. O amaciante cria uma

película sobre os móveis que afasta o pó por dias e ainda deixa um brilho discreto na madeira, na fórmica, na pia da

cozinha e até no fogão e na geladeira.

Vidros tinindo - O produto pode deixar os vidros limpinhos, brilhantes e sem manchas, além de repelir o pó por vários

dias. Aqui vai a receita: dissolva uma colher (sopa) de amaciante em 1/2 litro de água, transfira a mistura para um

borrifador e use um pano macio, que não solte fiapos, para fazer a limpeza. Espere secar e retire o excesso com uma

flanela seca. Outra possibilidade: coloque um copo de amaciante no borrifador e complete-o com álcool. Espirre no

vidro e passe um pano seco, em movimentos circulares.

Roupa bem passada - O ferro de passar desliza que é uma beleza nas peças borrifadas com a seguinte receita: em um

litro de água dilua uma xícara (chá) de amaciante e a mesma medida de álcool. Misture bem, coloque em um borrifador e

veja como rende! Fora o cheirinho gostoso que fica nas roupas, é claro.

Linguado ao Vinho Branco

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Página 22 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Saúde Higiene Íntima Feminina

Muito se fala a respeito da higiene íntima da mulher: de que maneira ela deve ser feita ou quais os produtos adequados para uma higienização correta. Porém, a rotina conturbada de milhares de mulheres colabora para o descuido com a própria saúde, principalmente quando se trata da saúde íntima.

A mulher contemporânea trabalha durante 8 horas, frequentemente sentada na frente de um computador. Ela usa calça jeans com freqüência além de usar protetor diário de calcinha — o que diminui a ventilação e ajuda a abafar o local. Há também o hábito de fazer depilação, muitas vezes agressiva. Esse conjunto de ações provoca o desequilíbrio da proteção natural da vagina, o que colabora para o surgimento de infecções.

Cuidados com a Saúde Íntima

Usar proteção na relação sexual para evitar doenças Usar calcinhas de algodão Evitar calcinhas apertadas e com lycra Usar roupas adequadas para ventilação da região Não emprestar calcinhas, biquíni ou toalhas de amigas Lavar a calcinha adequadamente para evitar proliferação de fungos Usar sabonetes íntimos diariamente Utilizar protetor de calcinha somente quando necessário Evitar absorventes perfumados, pois podem causar alergia Não deixar o absorvente interno o dia todo pois pode haver proliferação de bactérias Dar preferência aos papéis higiênciso brancos e sem perfumes. Os coloridos e perfumados podem causar alergias Evitar banho muito quente, pois pode irritar a mucosa vaginal Consultar um ginecologista sempre que perceber alguma irregularidade

Sabonetes para Higiene Íntima O pH vaginal é ácido e ocasionado pela ação dos bacilos de Doderlein. Eles são responsáveis pela manutenção do pH ácido da vagina da mulher, o que evita o crescimento de bactérias na flora vaginal. Por isso, o uso de produtos como sabonete líquido (que contém ácido lático) específico para a região intima é o mais indicado para ajudar a preservar o pH e manter a proteção natural da mucosa vaginal.

Além de evitar a proliferação de bactérias, os sabonetes íntimos mantêm a a região externa da vagina protegida e livre de odores, coceiras e secreções das mais variadas proveniências.

Vale ressaltar que o mais importante de tudo é que a mulher conheça melhor o seu corpo e cuide da sua saúde de modo geral, acompanhando suas alterações ao longo da vida. E, sempre que tiver alguma dúvida, procure um médico especialista.

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Página 23 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Dicas de Beleza

O Que Fazer Para Sua Tintura Durar Mais?

Hidratação: A hidratação é importante para quem tinge os cabelos, pois com os cabelos ressecados os fios ficam porosos, desse modo a tinta penetra mais facilmente, porém os fios perdem a cor mais rapidamente também. De preferência use máscaras próprias para cabelos tingidos. Com a hidratação, os fios se reestruturam, ficam mais fortes e com brilho.

Proteção dos fios: Use chapéu e protetor solar próprio para o cabelo. Além disso, leve para a areia um borrifador com água mineral. Ao sair do mar, enxágue os fios com água mineral também.

Produtos certos: Além dos xampus, condicionadores e máscaras para cabelo tinto, algumas marcas oferecem linhas específicas para loiras, ruivas ou morenas. Cabelo mais claro precisa de hidratação redobrada, enquanto para o ruivo e escuro o principal cuidado é com a manutenção da cor.

Tonalizantes: Os tonalizantes podem ser usados 15 dias após a tinta permanente, eles tem a função de reavivar a cor e dar brilho, tornando assim a cor mais duradoura. A cor deve ser exatamente da cor do seu cabelo.

Cuidado com os xampus O pH é o símbolo dado para potencial hidrogeniônico de uma solução química, indicando os níveis de acidez da composição. Quanto mais alto é o nível de pH do xampu, mais alcalino o produto será, assim como a atuação na despigmentação dos cabelos. Por exemplo, os xampus antirresíduos não devem ser usados em cabelos com tintura. O pH destes produtos é alto e aumenta também a despigmentação da tinta. Por isso, confie nos produtos que são indicados para cabelos quimicamente tratados, ou xampus e condicionadores para cabelos tingidos. Estes tipos auxiliam na tonalidade dos fios, além de prolongar o brilho e oferecerem um bom toque sedoso e macio.

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Página 24 Edição: 28 Ano: Maio/2016

Curiosidades A Origem do Sanduiche

O sanduíche é assim chamada em homenagem a John Montagu, 4º Conde de Sandwich, em cuja honra este nome é dado ao ―petisco‖ composto por duas fatias de pão contendo dentro variados tipos de alimentos e ingredientes como carnes, queijos, enchidos, legumes, molhos, etc.

Esta personagem, John Montagu, foi um aristocrata que tinha uma enorme paixão por jogos de cartas. E era tanto seu gosto para estes jogos, que ele se recusava a fazer as devidas interrupções para comer pelo que os seus servos lhe levavam a comida entre duas fatias de pão afim de que ele se pudesse ir alimentando sem ter que parar de jogar. Reza a lenda que foi em Aachen, na Alemanha, que foi inventado este alimento, porque era aí que na altura o Conde de Sandwich se encontrava como parte da comitiva que participava nas negociações de paz em representação da Imperatriz Maria Teresa.

O sanduíche pode ter muitas denominações diferentes, dependendo das variantes de ingredientes utilizados e até dos diferentes lugares onde é consumida. Pode-se chamar de sanduíche, sandocha, emparedado, sánguche, sangüiche, bolo, lanche, pepito e muitas outras designações. E não podemos esquecer também que as baguetes, os hambúrgueres ou os famosos cachorros-quentes são do mesmo modo incluídos e considerados variantes da sanduíche original.

Atualmente, não por motivos de amor ao jogo mas sobretudo pelo ritmo de vida que a maioria de nós é obrigada a levar, o sanduíche tornou-se uma boa alternativa alimentar devido ao seu lado prático e funcional. É extremamente apreciada e consumida pelas camadas mais jovens.

A verdade é que com os ingredientes certos o sanduíche pode tornar-se numa refeição nutritiva e saudável.

John Montagu, 4º Conde de Sandwich

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Fraternidade Feminina

Cruzeiro do Sul do GOB-RJ

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Aniversariantes Famosos José de Alencar - Foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance "O Guarani", em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. Seu romance "O Guarani" serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes, que compôs a ópera O Guarani. Foi escolhido por Machado de Assis, para patrono da Cadeira nº 23, da Academia Brasileira de Letras.

José de Alencar consolidou o romance brasileiro, ao escrever movido por sentimento de missão patriótica. O regionalismo presente em suas obras, abriu caminho para outros sertanistas, preocupados em mostrar o Brasil rural.

José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras. Suas obras são especialmente bem sucedidas quando o autor transporta a tradição indígena para a ficção. Tão grande foi a preocupação de José de Alencar em retratar sua terra e seu povo que muitas das páginas de seus romances relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados pessoalmente por ele, com o intuito de, cada vez mais, abrasileirar seus textos.

José de Alencar (1829-1877) nasceu em Mecejana, Ceará no dia 1 de maio de 1829. Filho de José Martiniano de Alencar, senador do império, e de Ana Josefina. Em 1838 mudam-se para o Rio de Janeiro. Com 10 anos de idade ingressa no Colégio de Instrução Elementar. Com 14 anos vai para São Paulo, onde termina o curso secundário e ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.

Em 1847 escreve seu primeiro romance "Os Contrabandistas". Em 1850 conclui o curso de Direito. Pouco exerceu a profissão. Ingressou no Correio Mercantil em 1854. Na seção "Ao Correr da Pena" escreve os acontecimentos sociais, as estreias de peças teatrais, os novos livros e as questões políticas. Em 1856 passa a ser o redator chefe do Diário do Rio de Janeiro, onde em 1 de janeiro de 1857 publica o romance "O Guarani", em forma de folhetim, alcançando enorme sucesso, e logo é editado em livro.

Em 1858 abandona o jornalismo para ser chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, onde chega à Consultoria. Recebe o título de Conselheiro. Nessa mesma época é professor de Direito Mercantil. Foi eleito deputado pelo Ceará em 1861, pelo partido Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. Na visita a sua terra Natal, se encanta com a lenda de "Iracema", e a transforma em livro.

Famoso, a ponto de ser aclamado por Machado de Assis como "o chefe da literatura nacional", José de Alencar morreu aos 48 anos no Rio de Janeiro vítima da tuberculose, em 12 de dezembro de 1877, deixando seis filhos, inclusive Mário de Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai.

Nicolau Maquiavel - Nicolau Maquiavel foi um importante historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano da época do Renascimento. Nasceu na cidade italiana de Florença em 3 de maio de 1469 e morreu, na mesma cidade, em 21 de junho de 1527.

Filho de pais pobres, Maquiavel desde cedo se interessou pelos estudos. Aos sete anos de idade começou a aprender latim. Logo depois passou a estudar ábaco e língua grega antiga.

Aos 29 anos de idade, ingressou na vida política, exercendo o cargo de secretário da

Reflexão ―A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração.‖ (Charles Chaplin)

―Vivemos com o que recebemos, mas marcamos a vida com o que damos.‖ (Winston Churchill)

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Aniversariantes Famosos Segunda Chancelaria da República de Florença. Porém, com a restauração da família Médici ao poder, Maquiavel foi afastado da vida pública. Nesta época, passou a dedicar seu tempo e conhecimentos para a produção de obras de análise política e social.

Em 1513, escreveu sua obra mais importante e famosa ―O Príncipe‖. Nesta obra, Maquiavel aconselha os governantes como governar e manter o poder absoluto, mesmo que tenha que usar a força militar e fazer inimigos. Esta obra, que tentava resgatar o sentimento cívico do povo italiano, situava-se dentro do contexto do ideal de unificação italiana.

Entre os anos de 1517 e 1520, escreveu ―A arte da guerra‖, um dos livros menos lidos do autor.

Em 1520, Maquiavel foi indicado como o principal historiador de Florença.

Nos ―Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio‖, de 1513 a 1521, Maquiavel defende a forma de governo republicana com uma constituição mista, de acordo com o modelo da República de Roma Antiga. Defende também a necessidade de uma cultura política sem corrupção, pautada por princípios morais e éticos.

Em função das idéias defendidas no livro ―O Príncipe‖, o termo ―maquiavélico‖ passou a ser usado para aquelas pessoas que praticam atos desleais (até mesmo violentos) para obter vantagens, manipulando as pessoas. Este termo é injustamento atribuído a Maquiavel, pois este sempre defendeu a ética na política.

Dalva de Oliveira - Filha mais velha de Mário de Oliveira e Alice do Espírito Santo. Além dela, os pais tiveram mais três meninas, Nair, Margarida e Lila e um menino que nasceu com problemas de saúde e morreu ainda criança. Seu pai, que era conhecido na cidade pelo apelido de Mário Carioca, era marceneiro e músico nas horas vagas, tocava clarinete e costumava realizar serenatas com seus amigos músicos, chegando a organizar um conjunto para tocar em festas. A pequena Vicentina gostava de acompanhá-lo nessas serenatas. Viviam de forma bastante modesta e quando ela tinha apenas oito anos, sofreram um duro golpe familiar: Mário faleceu, deixando a esposa com quatro filhos para criar. Dona Alice resolveu, então, tentar a vida na capital paulista, onde arrumou

emprego de governanta. Conseguiu vaga para as três filhas em um internato de irmãs de caridade, o Internato Tamandaré, onde Vicentina chegou a ter aulas de piano, órgão e canto. A menina ficou lá por três anos, até ser obrigada a sair, devido uma séria infecção nos olhos. Nessa ocasião, a mãe perdeu o emprego, pois os patrões não aceitaram a presença da menina. Dona Alice conseguiu emprego de copeira em um hotel e Vicentina passou a ajudá-la. Trabalhou então como arrumadeira, como babá e ajudante de cozinha em restaurantes. Depois, conseguiu um emprego de faxineira em uma escola de dança onde havia um piano.

Transferiram-se para o Rio de Janeiro em 1934, onde foram morar à Rua Senador Pompeu, numa "cabeça-de-porco", segundo a própria cantora. Nessa época, a família já estava novamente reunida pois as irmãs voltaram a morar com a mãe.

Casou-se com Herivelto Martins em 1937, com quem teve seus dois filhos, Pery e Ubiratã :o primeiro tornou-se cantor, sendo conhecido como Pery Ribeiro e o segundo trabalhou em televisão como "camera man" e depois produtor de programas televisivos, como o "Fantástico", da TV Globo.

Separou-se de Herivelto Martins em 1947, iniciando uma batalha de ofensas mútuas muito explorada pela imprensa da época. No início da década de1950, casou-se com o argentino Tito Clement, adotando uma menina, Dalva Lúcia. Foi morar com ele em Buenos Aires. Separaram-se em 1963, ano em que retornou ao Brasil. Casou-se depois com Manuel Nuno Carpinteiro, modesto rapaz muito mais moço que ela. Sofreu, ao

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Aniversariantes Famosos lado de Nuno, grave acidente automobilístico em 1965, sendo obrigada a abandonar a carreira por alguns anos. No início dos anos 1970, foi morar em uma confortável casa no bairro carioca de Jacarepaguá. Faleceu em 1972, vítima de hemorragia no esôfago.

Eva Perón - Atriz e líder política argentina (7/5/1919-26/7/1952). Nasce em Los Toldos, próximo a Buenos Aires, em uma família pobre. Com 16 anos, decide seguir a carreira artística e muda-se sozinha para a capital argentina. Em 1937 estreia no cinema no filme Segundos Afuera e, em seguida, é contratada para fazer radionovelas. Em 1944 conhece Juan Domingo Perón, então vice-presidente da Argentina e ministro do Trabalho e da Guerra.

No ano seguinte, Perón é preso por militares descontentes com sua política, voltada para a obtenção de benefícios para os trabalhadores. Evita, então apenas a atriz Eva Duarte, organiza comícios populares que forçam as autoridades a libertá-lo.

Pouco depois se casa com Perón, que se elege presidente em 1946. Famosa por sua elegância e seu carisma, Evita conquista para o peronismo o apoio da população pobre, na maioria migrantes de origem rural a quem ela chamava de "descamisados". Morre aos 33 anos, de leucemia.

Embalsamado, seu corpo fica exposto à visitação pública até que, durante o golpe de Estado que derruba Perón em 1955, seus inimigos políticos sequestram o cadáver e o ocultam durante 16 anos. Em 1971, o corpo é devolvido por um oficial argentino ao ex-presidente em Madri, onde ele vive exilado.

Perón volta à Argentina em 1973 e é reeleito presidente, tendo a terceira mulher, Isabelita, como vice. Após sua morte, em 1974, Isabelita traz os despojos de Evita para a Argentina e os sepulta em Buenos Aires.

Salvador Dali - Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade espanhola de Figueres (Catalunha). Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas da Espanha.

Desde a infância, Dalí demonstrou interesse pelas artes plásticas. No ano de 1921, entrou para a Escola de Belas Artes de São Fernando, localizada na cidade de Madri. Porém, em 1926, foi expulso desta instituição, pois afirmava que ninguém era suficientemente competente para o avaliar.

Nesta fase da vida, conviveu com vários cineastas, artistas e escritores famosos, tais como: Luis Bruñel, Rafael Alberti e Frederico Garcia Lorca.

Em 1929, viajou para Paris e conheceu Pablo Picasso, artista que muito influenciou a produção artística de Dalí. No ano seguinte, começou a fazer parte do movimento artístico conhecido como surrealismo.

A década de 1930 foi um período de grande produção artística de Dali. Nesta fase, o artista representava imagens do cotidiano de uma forma inesperada e surpreendente. As cores vivas, a luminosidade e o brilho também marcaram o estilo artístico de Dali. Os trabalhos psicológicos de Freud influenciaram muito o artista neste período É desta fase uma de suas obras mais conhecidas ―A persistência da Memória‖, que mostra um relógio derretendo.

Em 1934, Dali casou-se com uma imigrante russa chamada Elena Ivanovna Diakonova, conhecida como Gala.

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Aniversariantes Famosos Em 1939, foi expulso do movimento surrealista por motivos políticos. Grande parte dos artistas surrealistas eram marxistas e justificaram a expulsão de Dalí, alegando que o artista era muito comercial.

Em 1942, Dali e sua esposa foram morar nos Estados Unidos, país em que permaneceu até 1948. Voltou para a Catalunha em 1949, onde viveu até o final de sua vida.

Em 1960, Dali colocou em prática um grande projeto: o Teatro-Museo Gala Salvador Dali, em sua terra natal, que reuniu grande parte de suas obras.

Em 1982, com a morte de sua esposa Gala, Dali entrou numa fase de grande tristeza e depressão. Parou de produzir e se recusava a fazer as refeições diárias. Ficou desidratado e teve que ser alimentado por sonda. Em 1984, tentou o suicídio ao colocar fogo em seu quarto. Passou a receber o cuidado e atenção de seus amigos.

Dali morreu na cidade de Figueres, em 23 de janeiro de 1989, de pneumonia e parada cardíaca.

Dom João VI - Foi Rei de Portugal. Começou a governar a partir de 1792, em consequência da insanidade mental de sua mãe D. Maria I. Só se tornou Príncipe Regente a partir de 13 de julho de 1799. No dia 6 de fevereiro de 1818 foi coroado Rei de Portugal, dois anos após a morte de sua mãe. Veio para o Brasil tão logo soube da notícia que as tropas de Napoleão comandadas pelo general Junot caminhavam em direção à Portugal. O Brasil que até então era uma colônia, passou a ser a sede da monarquia portuguesa. Dom João permaneceu no Brasil entre 1808 e 1821.

Dom João VI (1767-1826) nasceu em Lisboa no dia 13 de maio de 1767, no Palácio Real da Ajuda. Era filho de D. Pedro III e D. Maria Izabel. Em 8 de maio de 1785 casa-se com D. Carlota Joaquina, da Espanha. Teve nove filhos, entre eles, Pedro I Imperador do Brasil. Com a morte de seu irmão mais velho, Dom João torna-se herdeiro da coroa portuguesa. No dia 10 de fevereiro de 1792, com a insanidade mental de sua mãe confirmada, passa a governar o País. Só foi nomeado Príncipe Regente no dia 13 de julho de 1799.

Dom João governou Portugal desde 1792 e enfrentou várias dificuldades, principalmente na Revolução Industrial na Europa e na Revolução Francesa, no final do século XVIII e início de século XIX. O Imperador francês Napoleão Bonaparte no objetivo de conquistar a hegemonia europeia determinou que tropas comandadas pelo general Andoche Junot invadissem Portugal. Logo que soube do plano de invasão, Dom João determinou que a família real embarcasse imediatamente para o Brasil.

No dia 29 de novembro de 1807, saiu de Portugal uma frota composta por quinze navios da esquadra real e outros navios mercantes, levando a família real, fidalgos e funcionários em direção ao Brasil. No dia 22 de janeiro de 1808 Dom João chega a Salvador. O Brasil que até então era uma colônia, passou a ser a sede do governo português. Em 28 de janeiro de 1808, seis dias após sua chegada em Salvador, Dom João assina a carta régia, decretando a abertura dos portos brasileiros ao comércio exterior.

Dom João VI e a comitiva saem da Bahia, no dia 7 de março de 1808, em direção ao Rio de Janeiro, onde é recebido com festas. Dando continuidade a medidas importantes, decretou no dia 1 de abril por meio de alvará, a liberdade industrial no Brasil, revogando o alvará de 1785, de D. Maria I, que proibia o estabelecimento de fábricas no Brasil.

Deve-se a Dom João VI a criação da Escola Médico-Cirúrgica da Bahia, da Escola Anatômica Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro, da Academia Real Militar, do Jardim Botânico, do Arquivo Militar, da Biblioteca Real, da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro, da Imprensa Régia (o primeiro jornal publicado foi a Gazeta do Rio de Janeiro e a primeira revista foi O Patriota). A criação de importantes movimentos militares

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Ligia Gomes de Souza

Presidente

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Tel: (21) 2262 - 4311

Aniversariantes Famosos proporcionaram a ampliação das fronteiras brasileiras.

O reconhecimento Oficial do Brasil não ser mais colônia de Portugal deu-se no dia 16 de fevereiro de 1815, com a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. Dom João só é coroado rei de Portugal no dia 6 de fevereiro de 1818, no Rio de Janeiro, após a morte de D. Maria I, que faleceu em 20 de fevereiro de 1816.

Portugal finalmente conseguiu se livrar de Napoleão, com a ajuda militar que recebeu dos ingleses, mas a ausência da Família Real, a grave situação econômica e o domínio de uma ditadura militar inglesa, comandada por Beresford, fez surgir em 1820, na cidade do Porto, a Revolução Liberal do Porto. Pretendiam os revolucionários portugueses: a constitucionalização do país, a expulsão de Beresford, o retorno de Dom João VI e a re-colonização do Brasil.

Vitoriosos, os rebeldes formaram a Junta Provisória do Governo Supremo do Reino. Os acontecimentos levaram Dom João VI a fazer o juramento prévio da Constituição e no dia 7 de março anunciou sua partida e, através de decreto, atribuía a D. Pedro a regência do Brasil. A tumultuosa partida de Dom João VI deu-se no dia 26 de abril de 1821. Chegando a Portugal Dom João VI foi obrigado a assinar a Constituição.

Dom João VI morreu no dia 10 de março de 1826 no Paço da Bemposta em Lisboa. Seu nome completo era João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís Antônio Domingos Rafael de Bragança.

Irmã Dulce - Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador, Bahia, no dia 26 de maio de 1914. Desde jovem desejava seguir a vida religiosa. Muito caridosa, ainda na adolescência ajudava os mendigos, e enfermos. Com 18 anos formou-se professora e no ano seguinte entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, Sergipe. Em 1934, Irmã Dulce fez votos de fé, tornando-se freira e recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.

Irmã Dulce dedicou toda sua vida a amparar os pobres e enfermos, recebendo o título de ―Bem aventurada Dulce dos Pobres‖. Durante a visita do Papa João Paulo II, ao Brasil, em 1980, a Irmã Dulce recebeu um terço, das mãos do Papa. Em 1988, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.

Irmã Dulce faleceu em Salvador, no dia 13 de março de 1992. Em 2000, recebeu do Papa João Paulo II, o título de ―Serva de Deus‖. Foi beatificada em 22 de maio de 2011, na cidade de Salvador, pelo enviado do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Magela Agnelo. O processo de canonização da freira está em andamento no Vaticano desde 2010.