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Francesco Beccaruzzi 1492?-1562
Francesco Beccaruzzi foi um pintor italiano da Alta Renascença, nascido em
Conegliano por volta de 1492 e falecido em 1562, o qual exerceu suas atividades
em toda região próxima à sua cidade natal e nas vizinhanças de Trevizo. Seu
trabalho recebeu a influência tanto de il Porderone (1484-1529) como, mais
tarde, de Ticiano Vecélio. (1473?-1490) O pintor recebeu os primeiros
ensinamentos em sua cidade natal com Cima de Conegliano e depois, seguiu
como discípulo de Porderone, que o levou a Treviso para a realização de obras
artísticas na capela da catedral. Do período de cooperação com Pordenone
sobreviveu , em particular, a obra “L'Incontro di Gioacchino e Anna”. Não
obstante sua presença em Treviso, a maior parte de seu trabalho se realizou,
mesmo em Conegliano. Não faltou influência, em seu trabalho, de outros ícones
da época, como Tintoreto e di Palma el Vecchio, como se nota em Ritratto di
giovane donna (página 152).. Durante sua fase artística mais amadurecida,
Beccaruzzi seu aproximou de Ticiano e, desta aproximação, realizou San
Francesco che riceve le stimmate (página. 153), que muitos críticos
consideram ser o melhor de sua criação. Já no último período artístico, se
inspirou no estilo de Veronese (1528-1588), o que fica patente em Sposalizio
di Santa Caterina. A casa onde nasceu está preservada, e se acha no centro
histórico de Conegliano, próxima ao Convento de São Francisco. >
Traduzido da Wikipedia (inglês e italiano), mais outras fontes.
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Francesco Beccaruzzi, “Ritratto di giovane donna”,
óleo sobre tela, Bergamo, Accademia Carrara
Fonte: http://www.arte.it/
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“San Francesco che riceve le stigmate” (1545), Fonte: Commons
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Madonna col Bambino in trono tra i santi Giovanni Battista e
Francesco. Fonte: Commons
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Domenico Puligo 1492-1527
Domenico di Bartolommeo Ubaldini conhecido como Domenico Puligo foi
um pintor italiano da Alta Renascença, nascido na cidade Florença no ano de
1492 e falecido no mesmo local em 1527)
Domenico aprendeu o ofício com Ridolfo Ghirlandaio, mas adquiriu um
estilo consistente trabalhando com seu contemporâneo Andrea del Sarto.
Pintou o mural de altar Vision of Saint Bernard, hoje exposto em Baltimore,
nos Estados Unidos. Foi um dos pintores da época mais solicitados para pintar
retratos particulares.
Era amigo de Andrea del Sarto e seu irmão, Jacone Puligo, também se
dedicou à pintura. (Wikipedia em inglês e outras fontes)
Abaixo, “Santa Maria Madalena com frasco de perfume”
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Domenico Puligo, “Retrato de mulher”, Fonte: Commons
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Francesco Bacchiacca 1494-1557
Francesco d'Ubertino Verdi, também conhecido como Francesco
Ubertini, il Bacchiacca, foi um pintor italiano da Alta Renascença, nascido em
1494 e falecido em 1557, cujos trabalhos seguem as características do estilo
florentino, com incursões no já nascente Maneirismo.
Bachiacca fez seu aprendizado no estúdio de Peruggino e, a partir de 1515,
passou a colaborar com Andrea del Sarto, Jacopo Pontormo e Francesco
Granacci, na decoração do mobiliário para o quarto de Pierfrancesco Borgherini
and Margherita Acciauoli.
Em 1523, também participou, com Andra del Sarto, Franciabigio e Pontormo
na decoração da antecâmera de Giovanni Benintendi.
Depois de ter sua reputação firmada, passou a pintar também retábulos para
igrejas, como “A Decapitação de São João Batista”, obra que atualmente se
acha em Berlim.
Em 1540, Bacchiaca tornou-se artista da corte do Duque de Cosimo (família
Medici) e da duquesa Eleanor de Toledo, mantendo-se próximo dos mais
importantes artistas florentinos, como Pontormo, Bronzino, Francisco Salviati,
Tribolo, Benvenuto Cellini, Baccio Bandinelli e seu parente, o escultor Giovanni
Battista del Tasso.
Como pintor da corte, ele ilustrou “A morte de São Sebastião”, que era um
nobre cristão, condenado à morte pelo imperador Deocleciano no Século III AD.
Imagina-se que esse painel era apenas parte de um retábulo maior. (Wikipedia
em inglês e outras fontes)
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Francesco Bacchiacca, “Santa Maria Madalena”
1540-1545 – Fonte: Commons
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Domenico Caprioli 1494-1528
Domenico Capriolo (ou Caprioli) foi um pintor italiano da Alta Renascença,
nascido no ano de 1494 e falecido no ano de 1528, cujo estilo foi influenciado
por Giorgioni. Entretanto, nada se sabe de sua vida: a importância dele, como
artista, chegou até nós apenas por sua produção, constante de umas poucas
peças de caráter religioso e uma grande quantidade de retratos.
“Natividade”, Museo Civico – Treviso
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Domenico Capriolo, “Retrato de um homem”, 1512,
óleo sobre tela, 1,17 x 0,85m
Localização: The Hermitage, St. Petersburg
Fonte: http://www.wga.hu/
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Moretto da Brescia 1498-1554
Alessandro Bonvicino (ou Buonvicino), mais conhecido como il Moretto
da Brescia, nascido no ano de1498 e falecido no ano de 1554, foi um pintor
italiano da Alta Renascença, ativo na Bréscia e em Veneza. Nasceu em Rovato,
na Bréscia, e estudou com Fioravante Ferramola (1478?-1528). Outras fontes
citam seu treinamento com Vincenzo Foppa (1420?-1616?). Seus irmãos,
Pietro e Jacopo, também eram pintores. Segundo está registrado na
Enciclopédia Britânica, ele estudou também com Ticiano Vecélio, em Veneza.
Seu estilo lembra artistas como Giorgione, Bramantino e Bellini. Sabe-se que
trabalhou com Girolamo Savoldo e, em 1521, com Girolamo Romanino, na
Cappella del Sacramento, na antiga catedral da Bréscia, onde Moretto finalizou
uma Última Ceia. Entre 1522 e 1524, realizou obras em Pádua. Pintou com
Lorenzo Lotto na Santa Maria Maggiore, na Bréscia. Também colaborou com
Floriano Ferramola na decoração da cúpula da catedral da Bréscia. Foi professor
do retratista Giambattista Moroni e influenciou a obra de Callisto Piazza.
(Wikipedia e outras fontes)
“Santa Justina e o doador” (detalhe)
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Moreto da Brescia, “Cristo no deserto”, 1515(circa), óleo sobre
tela, 46 x 55 cm, Fonte: http://www.metmuseum.org/
“Madona e criança”, Fonte: Commons
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Giampietrino ativo: 1497?-1540?
Gian Pietro Rizzi, mais conhecido como Giampietrino, foi um pintor italiano
da Alta Renascença, ativo na Lombardia. Sabe-se de sua existência como pintor
entre 1497e 1540, sem haver informações precisas sobre seu nascimento e
morte.
Discípulo direto de Leonardo da Vinci e contemporâneo dos pintores
Bergognone, Giovanni Boltraffio, Andrea Solario, Cesare da Sesto e Bernardino
Luini, ele pertence a uma geração de artistas lombardos fortemente
influenciados pelas longas estadas de Leonardo em Milão.
A documentação sobre sua vida e obra é bastante escassa, possuindo um
único trabalho seguramente datado, que é o retábulo da Igreja de San Marino,
em Pavia (1521).
Não obstante, Giampietrino é mencionado pelo próprio Leonardo em seu
famoso Códice Atlântico (1497-1500), e, posteriormente, no Tratatto dell'arte
della pittura de Paolo Lomazzo (1584) - que recorda a existência de uma certo
"Pietro Rizzo Milanese".
Seu testamento pictórico é composto tanto por obras de tema sacro
(representações da Sagrada Família, da Paixão de Cristo e da Madalena
Arrependida, em diversas igrejas e museus lombardos) como por cenas de
cunho mitológico (Cleópatra, Museu do Louvre),
O conjunto da obra se notabiliza por uma contundente observância do estilo
de seu mestre - como se percebe na sua cópia da Última Ceia de Da Vinci,
conservada na Royal Academy de Londres, e em outras composições em que
retoma o sfumato e a disposição espacial leonardianos (Virgem Amamentando
o Menino e o Infante São João Batista, Museu de Arte de São Paulo).
Giampietrino (Wikipedia e outras fontes).
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Giampetrino, “A virgem e a criança, com
São João Batista” (ca. 1500–20),
Museu de Arte de São Paulo
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Callisto Piazza 1500-1561
Callisto Piazza, originário da Lombardia e membro de uma família de
pintores, foi um artista italiano da Alta Renascença, nascido em 1500 e falecido
em 1561. Foi em 1523 que ele se transferiu para a Brescia e, no ano seguinte
assina uma obra com o típico estilo dos artistas locais, um estilo ainda
emergente, mas que era possível encontrar em artistas como Romanino e
Moreto. De sua parte, Calisto Piazza também revela influência de seus
contemporâneos, como Dosso Dossi e Ludovico Mazzolino, da escola de
Ferrara, assim como de Giovanni Agostino.
Entre 1526 e 1529, Piazza trabalhou em Val Camonica, (Erbanno), Borno,
Breno, Esine e em Cividate Camuno, retornando depois a Lodi, onde montou
um estúdio com seus irmãos Cesare e Scipione. Em 1538, enquanto se achava
em Crema, casou-se com uma nobre, Francesca Confalonieri. Mais tarde,
mudou-se para Milão, onde recebeu várias encomendas, como a decoração da
Capela de São Jerônimo, em Santa Maria (1542); a decoração da Capela
Simonetta em Maurizio, ao Monasterio Maggiore (1555), executada, em grande
parte, com a assistência de seu filho Fulvio. Também, em Lodi, trabalhou na A
Coroada (1454), Novara, na Abadia de Chiaravalle e em outras áreas da
Lomardia. Callisto voltou a Lodi in 1551 e morreu ali dez anos depois. (Wikipedia
em inglês e outras fontes).
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Callisto Piazza, “Madona e a criança”, tempera sobre tela,
77 x 57 cm, Fonte: Web Gallery of Art
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Girolamo da Carpi 1501-1556
Girolamo Da Carpi, nascido no ano de 1501 e falecido no ano de 1556, foi
um pintor italiano da Alta Renascença e cresceu no ambiente artístico, pois seu
pai era pintor e decorador da corte da Família d’Este em Ferrara. Estudou com
Benvenuto Tisi (il Garofalo) e, aos 20 anos, foi para Bolonha. É considerado
uma figura do começo do Renascimento na Escola de Bolonha.
Seu estilo sofreu a influência de Lorenzo Costa e Rafael Sanzio. Em 1520,
visitou Roma e Bolonha e apreciou o estilo maneirista de Giulio Romano. Como
se pode ver, geografiacmente e estilisticamente, recebeu várias influências.
Voltou para Ferrara e trabalhou com Dosso Dossi e Garofalo, entre outros, em
encomendas para a Família d’Este. Em 1550, tornou-se o supervisor da
remodelação do Belvedere do Vaticano. (Wikipedia e outras fontes)
Abaixo, “Madona e criança, com santos” (detalhe)
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Girolamo da Carpi, “Figura femminile in un paesaggio”, olio su tavola,
30,8x19cm; Fonte: http://www.veneziacinquecento.it/
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Giulio Campi 1507?-1572
Giulio Campi, nascido em Cremona em torno de 1507 e falecido na mesma
cidade no ano de 1572, foi um pintor e arquiteto da Alta Renascença, cujo
trabalho contribuiu para a formação da escola cremonense. Seu trabalho, e o de
seus seguidores, era elegante e eclético. Campi era um pintor prolífico, com
maestria tanto em afresco quanto em óleo, e o conjunto de sua obra se destaca
pela riqueza cromática. Iniciou seus estudos com o próprio pai, Galeazzo Campi
(1477-1563). Seus irmãos, Vincenzo Campi (1536–1591) e Antonio Campi
(1536–c.1591) também tiveram importância na formação da chamada escola de
Cremona.
Em 1522, em Mantua, estudou pintura e arquitetura com Giulio Romano
(1492-1546). Visitou Roma e se tornou um ardente admirador da Antiguidade e,
como Bernardino Luini (1480?-1532), combinou tradições lombardas e romanas.
Colaborou com Camillo Boccaccino (1505-1546), filho de Boccaccio
Boccaccino, com quem também estudou. Seu trabalho é frequentemente
comparado com o de outro pintor, (de Bolonha) Ludovico Carracci (1556-1619),
que viveu bem mais tarde mas que deixou marcas profundas no estilo bolonhês.
(Enciclopédia Britânica e outras fontes)
Abaixo, um detalhe do quadro Partie d'échecs “Partida de xadrêz”.
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Acima, Giulio Campi, “A vendedorade frutas” 1580, Fonte: Commons
Abaixo, “Natividad”, Chiesa de San Pietro al Po
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Rocco Marconi
1490?-1529 Rocco Marconi, nascido por volta de 1490 e falecido em 13 de maio de 1529,
foi um pintor italiano da Alta Renascença, ativo principalmente em Veneza e em
Treviso. Foi discípulo do pintor Giovani Bellini, juntamente com Vittore
Belliniano e Girolamo Santacroce. Além de sua experiência e talento para a
pintura, batalhou para juntar seus companheiros artistas à guilda de Veneza
(1517) e à escola de Sant’Anna (1526). Os dados que se possue em torno de
sua vida são esparsos e imprecisos, sendo mais conhecido pelo legado que
chegou a nós por suas obras. (Wikipedia em inglês e outras fontes) >
Abaixo, Cristo e a mulher adúltera, 1525, óleo sobre tela.
1,31 x 1,97m, Fonte: Commons.
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Acima, “Maria e criança com santos”
Fonte: http://www.copia-di-arte.com/
Abaixo, “Cristo na casa de Marta”, Fonte:
www.catalogo.fondazionezeri.unibo.it/
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Giovanni Jacopo Caraglio
Gravador e medalhista
1500?-1565 Giovanni Jacopo Caraglio, nascido em torno de 1500 e falecido em 26 de
agosto de 1565, referenciado também como Jacobus Parmensis ou Jacobus
Veronensis, foi um gravador, ourives e medalhista italiano da Alta Renascença,
procedente de Verona ou de Parma, não se sabe ao certo. Sua carreira é bem
identificada em dois períodos bem diferenciados. Primeiro, ele trabalhou em
Roma, desde 1526 (ou antes), exercendo a atividade de gravador, em
colaboração com outros artistas. Depois, estabeleceu-se em Veneza, antes de
se mudar e passar o resto de sua vida como ourives na Polônia, país onde
também morreu . (Wikipedia em inglês)
Abaixo, “Medal of Sigismund II Augustus”
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“Batalha entre Hércules e Centauro”, 1526-1527
(da série sobre “Os 12 trabalhos de Hércules)
Fonte: http://www.arthermitage.org/
Gravador: Giovanni Jacopo Caraglio
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Giovanni Angelo Montorsoli 1507-1563
Giovanni Angelo Montorsoli, nascido em 1507 em Montorsoli (hoje uma
comuna de Vaglia) e falecido em 31 de agosto de 1563, tambem reconhecido
como Giovanni Agnolo Montorsoli, foi um escultor italiano da Alta
Renascença com campo de atividades em Florença e entorno. Era filho de
Michele d'Angelo da Poggibonsi e foi assistente de Michelangelo na nova
sacristia da Capela de Medici e também na decoração da Biblioteca Medicea
Laurenziana da Basilica de San Lorenzo, em Florence. Ele se tornou frade, mas
continuou na atividade de escultor. (Wikipedia em inglês e outras fontes)
Abaixo, Fonte de Neptuno, em frente ao Palácio Velho (Florença)
Fonte da imagem: http://www.gotterdammerung.org/
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Giovanni Angelo Montorsoli, Altar Maior da Capela de
Santa Maria de Servi – Fonte: Commons
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Barbara Longhi
1552-1638 Em pleno Cinquecento, em um mundo em que as artes plásticas em geral
eram profissão só para homens, duas mulheres quebraram a tradição e
conseguiram se impor como artistas profissionais. Uma foi a escultora Properzia
de Rossi (página 147) (1490-1530), e a outra, em época mais avançada, a
pintora Barbara Longhi (1152-1638)i. Outras mais poderá ter havido, mas se
perderam no nascedouro, sem condições vencer o preconceito e as tradições.
Barbara Longhi nasceu em 21 de setembro de 1552 e faleceu numa ante
véspera de Natal, dia 23 de dezembro 1638, a qual foi muito respeitada como
retratista, ainda que muitos retratos tenham se perdido ou não haja, ainda,
condições para atribuir alguns deles como sendo de sua lavra. Essas obras,
como Madonna e criança (imagem abaixo), firmam sua reputação como artista.
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Barbara Longhi é originária do Norte da Itália, mais precisamente de Ravena,
onde nasceu, desenvolveu o trabalho ao longo da vida, e onde veio a falecer.
Seu pai, Luca Longhi (1507-1508) era pintor e assim, também, seu irmão
Francesco Longhi (1544-1618) Ambos receberam do pai a educação artística
e trabalharam no estúdio dele, como assistentes de projetos atribuídos, como
retábulos. De quebra, à medida que ia ficando conhecida, passou a receber
encomendas de retratos, executados no próprio estúdio do pai. Seus laços de
família eram muito fortes e, para não se afastar dela, permaneceu solteira por
toda a vida. Assim, pouco se sabe de sua vida pessoal. (Wikipedia em inglês e
outras fontes. (Abaixo, retrato presumido de Santa Catarina de Alexandria)
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Barbara Longhi, “Mulher com Unicórnio”, 1595circa
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Algumas madonas de Barbara Longhi