fps 26 - trabalhos em espaços confinados ed03

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FICHA DE PREVENO E SEGURANATRABALHOS EM ESPAOS CONFINADOS

ID: FPS 26 Edio: 03 Data: 2009-02-16

1 CARACTERIZAO considerado espao confinado uma rea de trabalho que rena o seguinte conjunto de caractersticas:

suficientemente grande e constitudo para que um trabalhador a se consiga introduzir com o intuito de efectuar um determinado trabalho; Tem entradas e sadas limitadas ou com acessos difceis; No est concebida de forma a constituir um posto de trabalho permanente; Contm ou possvel que contenha uma atmosfera perigosa;

Incluem-se nesta categoria, designadamente, galerias subterrneas, fossas, tneis, chamins, caldeiras, silos, tanques, pores, cisternas, incluindo as bocas de verificao respectivas. Considera-se ainda espao confinado um espao aberto onde possam acumular-se gases mais pesados que o ar, por exemplo um poo.

2 RISCOS MAIS FREQUENTES Nos espaos confinados podem existir diversas condies perigosas com riscos de acidentes de consequncias mortais ou particularmente graves para os trabalhadores, normalmente divididas em dois 2 grupos: Atmosferas perigosas e riscos resultantes das tarefas / actividades a executarem: 2.1 Atmosfera perigosa

Os espaos confinados contm ou podem conter atmosferas perigosas resultantes da insuficincia de oxignio ou da presena de produtos ou misturas perigosas (inflamveis, txicas e/ou asfixiantes) que podem provocar:

Asfixia por insuficincia de oxignio pode faltar o oxignio suficiente para a respirao, antes ou depois do trabalhador ter entrado no espao confinado; pode haver infiltraes de fumos perigosos; os gases nocivos podem substituir o oxignio.

Ateno: Qualquer gs pode matar ao substituir o ar e assim reduzir o nvel de oxignio a uma percentagem de concentrao abaixo do nvel normal vital para a vida humana.

Misturas inflamveis ou atmosfera txica

Para alm da insuficincia de oxignio, num espao confinado podem existir contaminaes perigosas que se podem agrupar da seguinte forma:

Gases combustveis: gs natural, gs fabricado ou gases lquidos do petrleo; Vapores de combustveis e de dissolventes lquidos: nafta, gasolina, petrleo, benzeno e outros hidrocarbonetos; Gases resultantes da fermentao de matrias orgnicas: metano, anidrido carbnico, hidrognio, anidrido sulfuroso;1/12

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ID: FPS 26 Edio: 03 Data: 2009-02-16

Produtos da combusto: anidrido carbnico e monxido de carbono proveniente do escape de motores; Gases e substncias volteis dentro de condutas industriais; Gases formados em consequncia de exploses e incndios; Gases provenientes do uso de nitro-explosivos.

Dado que as misturas destas classes de contaminantes se produzem com frequncia, no mesmo espao confinado podem coexistir os riscos de exploso, de incndio e de intoxicao. 2.2 Riscos resultantes das actividades / tarefas a executar

Electrocusso ou electrizao Exausto causada por calor excessivo Soterramento Cortes Queda de objectos Queda em altura Queda ao mesmo nvel Esmagamento Entaladela Sobreesforos Choque contra objectos imveis Queimaduras por contacto com superfcies / equipamentos quentes Exposio ao rudo Exposio a vibraes Afogamento Enclausuramento

O desenvolvimento do trabalho pode tambm contribuir para aumentar os riscos no espao confinado, por exemplo: as operaes de soldadura ou trabalhos com fogo consomem oxignio do ar e podem libertar partculas txicas ou inflamveis que tenham sido anteriormente absorvidas pelas paredes; contribuem, alm disso, para o aumento da temperatura no espao confinado; o acto de lixar, raspar ou rebarbar pode libertar ou movimentar partculas txicas das paredes; a utilizao de produtos tais como solventes, tintas e vernizes, colas, etc. libertam normalmente vapores que so normalmente txicos e/ou inflamveis. Ateno: mesmo quando estas operaes so efectuadas no exterior, os gases ou vapores perigosos podem introduzir-se para o interior do espao confinado e tornar perigosa a sua atmosfera.FPS 26 - Trabalhos em Espaos Confinados Ed03 2/12

FICHA DE PREVENO E SEGURANATRABALHOS EM ESPAOS CONFINADOS3 MEDIDAS DE PREVENO 3.1 Antes de iniciar os trabalhos

ID: FPS 26 Edio: 03 Data: 2009-02-16

O trabalho em espao confinado s pode ser executado com pelo menos 2 trabalhadores. O trabalhador que entra no espao confinado deve contar com elementos de ajuda no exterior, incluindo a vigilncia de um trabalhador instrudo. Em caso de emergncia este deve detect-la de imediato e promover o resgate rpido do trabalhador. Todos os trabalhadores envolvidos no trabalho devem: conhecer os perigos que podero aparecer no local de trabalho; estar treinados no uso dos equipamentos para a deteco e controlo dos perigos. Ter em ateno situaes em que os trabalhadores possam no estar fisicamente ou psiquicamente em condies para trabalhar em espaos confinados, por exemplo: o corpo do trabalhador no deve ser de um tamanho tal que no possa entrar ou sair facilmente do espao confinado, sem ajuda de outros. no devem entrar em espaos confinados pessoas que sintam sintomas de claustrofobia.

O trabalho deve ser cuidadosamente planeado, de modo a ser realizado no mais curto espao de tempo. A iluminao deve ser adequada s tarefas que vo ser desempenhadas e no dever provocar encadeamento; Manter um vigia junto da rea de acesso ao espao confinado. Colocao de mais vigias noutras entradas e em locais em que seja necessrio realizar a vigilncia de circuitos / sistemas / equipamentos / dispositivos de segurana ou de analisadores de monitorizao permanente; Impedir que pessoas estranhas ao trabalho entrem na zona de trabalho delimitada que inclui o espao ou o acesso ao espao confinado. Proibido fumar nos espaos confinados e divulgar a proibio de fumar nas reas delimitadas ou perto dos acessos a espaos confinados. Os trabalhos a realizar dentro de condutas de esgotos ou circuitos de rejeio de guas, devero ser suspensos sempre que chova com intensidade; Em qualquer local de trabalho caracterizado como espao confinado devem ser sempre tomadas precaues para evitar uma insuficincia de oxignio e a presena de gases txicos e vapores inflamveis. Ateno: Para efeitos de proteco, qualquer espao confinado que no pode isolar-se completamente de um processo capaz de desprender gases ou vapores prejudiciais, deve ser tratado como se realmente os contivesse. Todos os trabalhos a realizar em espaos confinados s podero ter incio depois de ter sido obtida uma Autorizao de Trabalho para a correspondente entrada, dada pelo Responsvel de Obra / Explorao da instalao (ou por quem, para tal, tiver sido autorizado por escrito); A Autorizao deve conter, nomeadamente: A localizao (em planta) e identificao exacta do espao confinado; Identificao de condicionantes a montante e jusante do espao confinado, inerentes ao sistema / circuito (Caudais, fluidos, presses, temperaturas, equipamentos, isolamentos, );3/12

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A natureza do trabalho e os procedimentos de execuo; Identificao, classificao e conformidade dos equipamentos de trabalho (ex: Equipamentos ATEX); a identificao dos perigos e as respectivas medidas de segurana para os controlar, antes da entrada dos trabalhadores e durante a sua permanncia no espao confinado; a identificao dos intervenientes e respectivas funes, incluindo a de quem autoriza a realizao do trabalho (Responsvel de Obra / Explorao) e a de quem autoriza a entrada dos trabalhadores no espao confinado (Responsvel de Trabalhos). Informao sobre aces a tomar em caso de emergncia;

A finalidade da Autorizao de Trabalho garantir que foi utilizada e confirmada uma lista de verificaes correspondente ao trabalho especfico antes dos trabalhadores entrarem e para que o cumprimento destas medidas seja uniforme. Para que seja autorizada a entrada e permanncia de trabalhadores em locais confinados devem ser garantidas e avaliadas as seguintes aces de mitigao: Monitorizao e controlo da atmosfera Purga e ventilao do espao confinado Isolamento do espao confinado Isolamento e imobilizao de mquinas e equipamentos Proteco dentro do espao confinado Procedimentos de resgate em caso de emergncia No local o Responsvel de Trabalhos, juntamente com os trabalhadores que vo trabalhar no espao confinado, procede s confirmaes e verificaes indicadas na Autorizao e anota os resultados de todas as medies feitas, comparando-os com os valores limites indicados; s depois de assegurar que os perigos no existem ou esto devidamente controlados o Responsvel de Trabalhos autoriza a entrada dos trabalhadores. 3.2 Monitorizao e controlo da atmosfera Proceder ao levantamento da atmosfera do espao confinado. Previamente entrada dos trabalhadores, proceder monitorizao da atmosfera do espao confinado, identificar e avaliar a concentrao correspondente, de cada um dos agentes qumicos que possam estar presentes e efectuar o registo dos valores detectados. Durante os trabalhos monitorizar, permanentemente, a atmosfera do espao confinado (insuficincia de oxignio e a presena de gases txicos e vapores inflamveis) e registar os valores obtidos sempre que existam alteraes dos valores, verificando que: O nvel de oxignio deve estar compreendido entre 18% e 22% O nvel de concentrao de gases/vapores inflamveis no deve exceder 10% do Limite Inferior de Inflamabilidade (LII). Se houver partculas combustveis em suspenso o nvel de concentrao no pode atingir nem exceder o Limite Inferior de Inflamabilidade. As concentraes das substncias txicas devem ser inferiores aos respectivos Valor Limite de Exposio (VLE ou TLV), dados pela Norma NP 1796, de 2004. Se durante a realizao dos trabalhos algum dos valores limites fixados for atingido, os trabalhos devem ser suspensos e todos os trabalhadores devem imediatamente abandonar o local.4/12

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Alguns aparelhos que podem ser utilizados para monitorizar o espao confinado: Indicador de insuficincia de oxignio: este aparelho est preparado especialmente para medir o contedo de oxignio em locais confinados, com a finalidade de determinar se h oxignio em quantidade suficiente para sustentar a vida humana e para controlar o contedo de oxignio de uma atmosfera inerte. Indicador de gs combustvel (explosmetro): aparelho que regista a concentrao de gs inflamvel no ar (mas no indica a presena de monxido de carbono em baixas concentraes nem a insuficincia de oxignio); Detector de monxido de carbono: este aparelho mede normalmente apenas as concentraes de monxido de carbono, mas no indica a presena de gs natural ou de outras misturas gasosas que no contenham monxido de carbono. Detector de Sulfureto de hidrognio: aparelho que consiste numa ampola detectora que se pode atar extremidade de um cordel que pode fazer descer-se dentro de uma boca de inspeco enquanto o trabalhador permanece no exterior, comparando-se depois a cor da ampola exposta com uma carta cromtica. 3.3 Purga e ventilao do local Se os resultados da avaliao indicam que existem contaminantes perigosos na atmosfera do espao confinado, necessrio purgar o espao para eliminar os agentes perigosos, para que o trabalhador possa entrar sem perigo. Deve haver o cuidado de assegurar que a purga foi feita em todas as partes do espao, incluindo as tubagens. Nota: a purga pode eventualmente no ser feita se o perigo da presena desses contaminantes puder ser controlado com equipamentos de proteco apropriados, por exemplo, mscaras de proteco respiratria com tomada de ar fresco, distncia ou autnomas, equipamentos anti-deflagrantes, etc. Se a atmosfera no interior do espao confinado no contm ou poder deixar de conter a percentagem de oxignio vital necessrio, ou usar equipamento de proteco respiratria autnomo / com tomada de ar exterior, ou fazer a ventilao do local. Neste caso, o espao deve ser ventilado antes da entrada dos trabalhadores, mantendo-se a ventilao enquanto durar o trabalho, tendo em ateno que o ar que se faz circular chegue a todos os lugares dentro do espao. No caso de poderem existir vapores inflamveis deve haver muito cuidado para prevenir a acumulao de electricidade esttica. Entre as medidas preventivas incluem-se uma adequada ligao equipotencial e terra dos equipamentos utilizados para purgar e ventilar o espao, bem como o uso de vesturio e calado anti-esttico. Os trabalhos em que so libertados gases nocivos, obrigatrio o uso de mscara de proteco respiratria com filtro contra partculas e gases txicos ou a utilizao de mscara com tomada de ar fresco ou aparelho de respirao autnomo. Ateno: a mscara de proteco respiratria com filtro contra partculas e gases txicos no torna o ar puro em caso de falta de oxignio. Neste caso deve ser sempre utilizada uma mscara com tomada de ar fresco. Os equipamentos de extraco / ventilao devero ser instalados fora do espao confinado e a manga de compresso ser direccionada para uma zona em que no permita o retorno dos gases para o espao confinado; Os ventiladores / extractores devem ser classificados e cumprir as medidas de segurana exigveis para as zonas 0, 1 e 2 da Directiva ATEX (se aplicvel). Quando se efectuarem trabalhos de soldadura devem ser instalados extractores, em que a manga de aspirao colocada junto aos locais de soldadura;

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No utilizar motores de combusto interna, dentro dos espaos confinados. Se no houver alternativa e for mesmo necessrio, deve ser instalado um sistema de ventilao forada com caudal calculado tendo em conta o consumo de oxignio dos motores e a densidade relativa de concentraes de dixido de monxido de carbono;

A utilizao de solventes no interior do espao confinado, origina a formao de vapo-

res combustveis que do origem a uma atmosfera txica e explosiva. Neste caso devero ser aplicadas todas as medidas para atmosferas nocivas, txicas e explosivas, sendo necessria a ventilao desse local ou espao confinado;

3.4

Isolamento do espao confinado Entre os mtodos utilizados para isolar o espao confinado das canalizaes incluemse: 1) Retirar uma seco de todas as tubagens que ligam ao espao confinado; 2) Colocar uma placa suficientemente forte para resistir presso do fluido que possa eventualmente surgir; 3) Desalinhar as tubagens de ligao de dimetros menores e fechar as extremidades abertas com tampas ou bujes roscados. 4) Nas condutas de maior dimetro, em que no possvel aplicar as medidas acima descritas, dever ser aplicado um obstrutor fsico, calculado para resistir presso do fluido que possa, eventualmente, circular intempestivamente nesse espao confinado (ex. Barreiras fsicas com sacos de areia ou outra matria resistente ao fluido desse circuito e que no seja reagente; bales pneumticos ou de borracha extensvel resistente s presses mximas desse circuito); Dependendo da situao devem ser tomadas as seguintes precaues adicionais: 5) As bombas existentes nas tubagens que esto ligadas ao espao confinado devem ser imobilizadas e bloqueadas com um cadeado, ainda que tenham sido tomadas as medidas referidas acima; algumas bombas so suficientemente potentes para romper as vlvulas ou placas colocadas na tubagem. 6) As tubagens que contm lquidos perigosos (ex: cidos ou custicos) devem ser lavadas com gua e ventiladas, antes de serem isoladas, para evitar que possam gotejar produtos perigosos sobre os trabalhadores ou eventual libertao de gases nocivos; 7) Criar vias alternativas para circuitos que no podem ser interrompidos, garantindo o isolamento dos circuitos que ligam ao espao confinado;

3.5

Isolamento e imobilizao de mquinas e equipamentos Todos os equipamentos (elctricos, mecnicos, electromecnicos, pneumticos, hidrulicos, ) que directa ou indirectamente possam estar correlacionados com o espao confinado onde ocorram actividades, devem ser isolados elctrica e mecanicamente: ou cortando a alimentao e bloqueando os interruptores elctricos do circuito de alimentao (caso de mquinas elctricas), e/ou retirando um componente mecnico essencial do circuito propulsor (por exemplo com recurso a sistemas de travamento, bloqueio e sinalizados adequadamente).

Todos os espaos confinados, no estticos (ex: misturadores, moinhos, tambores) contm o perigo acrescido de poderem comear a rodar com algum dentro. Neste caso, para alm das condies inerentes atmosfera de trabalho, devero ser imobilizados atravs de dispositivos mecnicos e isolados elctrica e mecanicamente de acordo com o pargrafo anterior;

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FICHA DE PREVENO E SEGURANATRABALHOS EM ESPAOS CONFINADOS3.6 Proteco dentro do espao confinado

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Os trabalhadores que executam actividades dentro de espaos confinados devem receber formao adequada para o efeito, a qual dever focar os seguintes aspectos: Procedimentos de emergncia; Procedimento de evacuao; Utilizao, paragem de emergncia e riscos inerentes aos Equipamentos de trabalho; Conhecer perfeitamente o plano de trabalhos; Ser informado dos riscos inerentes ao local de trabalho e quais as medidas implementadas para os anular ou minimizar; Serem informados de todos os riscos no completamente controlados e quais os perigos remanescentes; Efectuar um reconhecimento, aps autorizao, do local de trabalho e pronunciar-se se esto reunidas as condies para que se d incio aos trabalhos; Conhecer todos os meios disponveis de comunicao e as metodologias aplicadas para os diferentes tipos de situaes (Comunicao entre trabalhadores durante o trabalho, comunicao em caso de emergncia, vozes de alarme / alerta, Comunicao em caso de resgate, frequncia de comunicao, periodicidade de comunicao, interlocutores directos, ); Antes da entrada dos trabalhadores para o espao confinado devero estar implementadas as seguintes medidas de proteco: Isolamento fsico dos circuitos; Isolamento elctrico e mecnico dos equipamentos / mquinas; Identificao de perigos, avaliao dos riscos e implementao de medidas preventivas correctivas; Avaliao e monitorizao da atmosfera do espao confinado; Extraco ou ventilao da rea e do espao confinado; Fornecimento de equipamentos de trabalho adequados (ex. ATEX, Antideflagrantes, anti-estticos, ); Sistemas / equipamentos de purga e/ou extraco de fluidos, em funcionamento contnuo (se aplicvel); Delimitao da rea e do acesso ao espao confinado; Permanncia dos vigias e outros colaboradores para efectuarem monitorizaes contnuas de outros espaos / equipamentos; Equipamento /sistemas de resgate e 1 socorros disponveis; Meios e sistemas de emergncia testados e disponveis; Meios de comunicao testados e disponveis; Iluminao artificial adequada e intrinsecamente segura; Sinalizao de segurana das reas delimitadas e circundantes; Utilizao de meios de Proteco Individual (ex: O trabalhador deve contar com iluminao adequada para trabalhar no local. Deve ter mo uma lanterna porttil para o caso de no existir ou falhar a iluminao normal). O equipamento de proteco individual depende da natureza do trabalho e deve incluir: Fato de trabalho com proteco apropriada; Capacete de proteco; Luvas de proteco apropriadas; culos ou Viseira de proteco apropriados; Se necessrio, aparelho de proteco respiratria apropriado; Equipamento de monitorizao contnua da atmosfera.FPS 26 - Trabalhos em Espaos Confinados Ed03 7/12

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Se o espao confinado tem abertura superior, o trabalhador deve estar equipado com um arns anti-quedas e uma corda linha de vida; Equipamentos de iluminao fixos ao capacete ou portteis, adequados s condies fsicas e de atmosfera (em caso de atmosferas explosivas, todos os equipamentos tero que ser classificados ATEX e intrinsecamente seguros cada tipo de ZONA ATEX); Colete de salvao nos trabalhos com risco de queda em zonas com gua com alguma profundidade, que poder ser integrado com sistema de arns;

3.7

Procedimentos de resgate Devem estar previamente definidos os procedimentos de resgate para situaes de emergncia e os equipamentos necessrios devem estar disponveis junto do acesso ao espao confinado. O equipamento de resgate deve incluir, nomeadamente, um aparelho de proteco respiratria autnomo, um arns adicional e uma corda linha de vida para retirar um trabalhador inconsciente.

Conforme aplicvel tambm devem ser considerados os equipamentos abaixo mencionados: 1 Trip com dispositivo de desmultiplicao (roldanas, tambor de gornos), para iagem do acidentado, em maca de resgate; 1 Cabo de resgate, com o comprimento adequado entre a abertura e o local onde se realizam os trabalhos; 1 Maca de resgate; 1 Garrafa de oxignio disponvel; Aparelhos filtrantes disponveis em n suficiente para os trabalhadores que esto no espao confinado bem como para os vigias e equipa de resgate; 2 Aparelhos de tomada de ar distncia ou aparelho de respirao autnomo disponvel para entrada da equipa de resgate; 1 Arns e uma cabo (linha de vida) para cada um dos elementos (2) da equipa de resgate, que entrarem no espao confinado; 1 Lanterna porttil disponvel; 1 Analisador de atmosferas (mltiplo); Meios de comunicao disponveis (ex. rdio, ); O resgatador no deve nunca entrar no espao confinado se no tiver outra pessoa no exterior (vigia) para ajud-lo se for necessrio. Os procedimentos de resgate devem contar com meios de comunicao que permitam um auxlio imediato.FPS 26 - Trabalhos em Espaos Confinados Ed03 8/12

FICHA DE PREVENO E SEGURANATRABALHOS EM ESPAOS CONFINADOS3.8 Exemplos de erros que podem levar a situaes de emergncia

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Voltar a entrar no espao confinado por qualquer razo depois de ter sido completado o trabalho. Isto s deve acontecer com autorizao do responsvel de trabalhos, depois de verificar que a atmosfera no se tornou perigosa e que o trabalhador que entra usa dispositivos de proteco respiratria e de escape adequados. No tomar as precaues adequadas antes de tentar resgatar uma vtima no interior do espao confinado, por exemplo no usar uma mscara de respirao autnoma, um arns com a corda linha de vida. Supor que consegue, sustendo a respirao, entrar num espao confinado sem ventilao por um curto espao de tempo, sem usar a proteco respiratria adequada. Utilizao de solventes no interior do espao confinado, que deu origem a uma atmosfera txica e combustvel. Utilizao de uma mscara apenas filtrante (com filtro antipartculas e anti-gases) em vez de uma mscara isolante da atmosfera local (com tomada de ar fresco distncia, ou autnoma) num espao confinado com insuficincia de oxignio.

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CARACTERSTICAS DE INFLAMABILIDADE DE ALGUNS GASES E VAPORES

SUBSTNCIAS

Temperatura de Temperatura de Inflamao Ignio

Limites de Inflamabilidade da mistura gs/vapor - ar Inferior (LII) Superior (LSI)

.C ACETILENO ACETONA LCOOL METLICO BENZENO BUTANO TER ETLICO TANO TILENO HIDROGNIO n-HEXANO METANO MONOXIDO DE CARBONO PROPANO GASOLINA TEREBENTINA rs) (AguarGs -17 11 -11 Gs -45 Gs Gs Gs -21 Gs Gs Gs -42 35

.C 300 535 460 560 405 160 515 490 400 230 5 605 450 280 253

% 2,5 2,6 7,3 1,4 1,9 1,9 3 2,7 4 1,1 5 12,5 2,2 1,4 0,8

% 81 12,8 36 7,1 8,5 36 12,5 36 75 7,5 15 74 9,5 7,6

Temperatura de Inflamao: (para os vapores) a mnima temperatura qual uma mistura (vapor - ar) nas condies normais de presso pode ser inflamada. Temperatura de ignio (ou auto-inflamao): temperatura mnima qual uma mistura (gs/vapor - ar) se inflama espontaneamente. Limite Inferior de Inflamabilidade (ou de Explosividade) (LII): de um gs ou vapor no ar a sua concentrao mnima em volume na mistura (gs/vapor - ar) acima do qual pode haver inflamao. Limite superior de Inflamabilidade (ou de Explosividade) (LSI): de um gs ou vapor no ar a sua concentrao mnima em volume na mistura (gs/vapor - ar) abaixo do qual pode haver inflamao.

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VALORES LIMITES DE EXPOSIO PARA ALGUNS GASES VAPORES E PARTCULAS (Norma NP 1796, 2004) Valor Limite de Exposio (VLE)ppm (VLE-MP) ppm (VLE-CD) mg/m3 Notao A4; IBE P P; A1; IBE Cancro Narcose Irritao, dermatose 500 1200 B2 500 100 900 6000 180 5 55 1800 560 A3 P; IBE IBE S; A4 Irritao, narcose Irritao Irritao Asfixia Neuropatia, irritao, SNC Irritao Anxia, SNC Asfixia Irritao Efeitos Crticos Asfixia Irritao Irritao, corroso, endema pulmonar

SUBSTNCIAS

ACETILENO ACETONA CIDO NTRICO LCOOL ETLICO LCOOL METLICO BENZENO BUTANO CIMENTO PORTLAND TER ETLICO FUMOS DE SOLDADURA GASOLINA SF6 (Hexafluoreto de enxofre) n-HEXANO HIDRXIDO DE CLCIO MONOXIDO DE CARBONO PROPANO TEREBENTINA (Aguarrs)

Asfixiante simples 500 2 750 4 1000 200 0,5 800 10mg/m3

1780 5 1900 260 30 1900

2,5 -

400 5mg/m3

300 1000 50 5mg/m3 25 2500 20

Valor Limite de Exposio (VLE): concentrao de agentes qumicos qual se considera que praticamente todos os trabalhadores possam estar expostos, dia aps dia, sem efeitos adversos para a sade. Valor Limite de Exposio mdia ponderada (VLE-MP): concentrao mdia ponderada para um dia de trabalho de 8 horas e uma semana de 40 horas, qual se considera que praticamente todos os trabalhadores possam estar expostos, dia aps dia, sem efeitos adversos para a sade. Valor Limite de Exposio mdia ponderada (VLE-CD): concentrao qual se considera que praticamente todos os trabalhadores possam estar repetidamente expostos por curtos perodos de tempo, desde que o valor de VLE-MP no seja excedido e sem que ocorram efeitos adversos, tais como: 1. Irritao; 2. Leses crnicas ou irreversveis dos tecidos; 3. Narcose que possa aumentar a probabilidade de ocorrncia de leses acidentais, comprometer o seu nvel de conscincia vigil ou reduzir a sua capacidade de trabalho O VLE-CD definido como uma exposio do VLE-MP de 15 min. que nunca deve ser excedida durante o dia de trabalho, mesmo que a mdia ponderada seja inferior ao valor limite. Exposies superiores ao VLE-MP e inferiores ao VLE-CD no devem exceder os 15 min. e no devem ocorrer mais do que 4 vezes por dia. Estas exposies devem ter um espaamento temporal de 60 min., pelo menos.FPS 26 - Trabalhos em Espaos Confinados Ed03 11/12

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A Carcinogenicidade A1 Agente carcinognico confirmado no Homem A3 - Agente carcinognico confirmado nos animais de laboratrio com relevncia desconhecida no Homem A4 Agentes no classificveis como carcinognicos no Homem B2 Fumos de soldadura Partculas Totais (no classificadas de outro modo) VLE-MP 5 mg/m3 IBE identifica substncias para as quais existem ndices de exposio biolgicos (ver Norma) P Perigo de absoro cutnea S Sensibilizante

SNC Sistema Nervoso Central 3.9

Actuao em caso de emergncia INCIDENTE EFEITOS Sono, tonturas, cabea, etc. dores de ACTUAO Retirar o indivduo da zona contaminada e conduzi-lo para o ar livre. Lavar a zona contaminada com gua corrente e sabo. Lavar os olhos com gua abundante durante 15 minutos. No fornecer ao acidentado lcool ou gorduras. No provocar o vmito

Inalao Contacto com a pele Contacto com os olhos Ingesto acidental

Ardor e/ou irritao na zona atingida Irritao da zona atingida Indisposio

EM QUALQUER SITUAO CONDUZIR O ACIDENTADO A UM MDICO

4 EQUIPAMENTO DE PROTECO INDIVIDUAL

Capacete de proteco Botas de proteco mecnica Botas impermeveis Sistema de amarrao ao posto de trabalho Sistema anti-quedas (para desnveis superiores a 3 metros) Luvas de proteco mecnica Protectores ou obturadores auriculares Mscara com respirao autnoma Luvas de proteco qumica (adequadas para o solvente que se manipula) Mscara com filtro para vapores orgnicos (em situaes em que a contaminao do ar seja elevada, por exemplo em recintos fechados) Aparelho de proteco respiratria (filtros de gases e partculas) Fato de trabalho anti-esttico e ignfugo (obrigatrio em atmosferas explosivas); Aparelho de tomada de ar distncia ou de respirao autnomo (atmosferas com gases nocivos ou isentas de oxignio) Equipamentos de iluminao fixos ao capacete ou portteis, adequados s condies fsicas e de atmosfera Colete de salvao (obrigatrio para trabalhos em espaos confinados com risco de queda em zonas com gua com alguma profundidade) culos ou viseira de proteco.12/12

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