fotografia - regulamento de concursos e mostras

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Projecto de Norma Por ICS 37.040 DESCRITORES Fotografia; exposições; concursos; imag diapositivos; transparências; regulament CORRESPONDÊNCIA Fotografia Regulamento de conc pública de imagens fo Photographie Règlement de concours, sa d’images photographiques Photography Rules of contests, “salons” photographic images rtuguesa gens fotográficas; tos APROVAÇÃO 2010-05-27 INQUÉRITO PÚBLICO Este projecto de Norma está suje prazo de 30 dias conforme indi Português da Qualidade “Lista Eventuais críticas ou sugestões Português da Qualidade, Departam ELABORAÇÃO CT 174 (IPF) EDIÇÃO Maio de 2010 CÓDIGO DE PREÇO X009 IPQ reprodução proibida Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 E-mail: [email protected] Internet: www. cursos, salões, exposições, mostra otográficas alons, expositions, exhibitions, et prése s ”, expositions, exhibitions, and public p prNP 4496 2010 eito a inquérito público durante o icado na publicação do Instituto Mensal Projectos de Normas”. devem ser enviadas ao Instituto mento de Normalização 948 101 .ipq.pt as, e apresentação entation publique presentation of

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Projecto de Norma Portuguesa

ICS 37.040 DESCRITORES Fotografia; exposições; concursos; imagens fotográficas; diapositivos; transparências; regulamentos CORRESPONDÊNCIA

Fotografia Regulamento de concursos, pública de imagens fotográficas Photographie Règlement de concours, salons, d’images photographiques Photography Rules of contests, “salons”, photographic images

Norma Portuguesa

imagens fotográficas; diapositivos; transparências; regulamentos

APROVAÇÃO 2010-05-27 INQUÉRITO PÚBLICO Este projecto de Norma está sujeito a inquérito público durante o prazo de 30 dias conforme indicado na publicação do Instituto Português da Qualidade “Lista Mensal Projectos de Normas”. Eventuais críticas ou sugestões devem ser enviadas ao Instituto Português da Qualidade, Departamento ELABORAÇÃO CT 174 (IPF) EDIÇÃO Maio de 2010 CÓDIGO DE PREÇO X009

IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt

oncursos, salões, exposições, mostras, e apresentação pública de imagens fotográficas

alons, expositions, exhibitions, et présentation publique d’images photographiques

alons”, expositions, exhibitions, and public presentation of

prNP 4496 2010

Este projecto de Norma está sujeito a inquérito público durante o indicado na publicação do Instituto

Português da Qualidade “Lista Mensal Projectos de Normas”. Eventuais críticas ou sugestões devem ser enviadas ao Instituto

Departamento de Normalização

212 948 101 www.ipq.pt

ostras, e apresentação

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Sumário Página

Preâmbulo ................................................................................................................................................. 4

1 Objectivo e campo de aplicação ........................................................................................................... 5

2 Referências normativas ......................................................................................................................... 5

3 Termos e definições ............................................................................................................................... 5

Anexo A (informativo) Detalhes e exemplos de utilização dos termos e definições ............................. 9

Anexo B (informativo) Exemplo de Boletim de Inscrição ...................................................................... 19

Anexo C (informativo) Júri e Classificação - Regras base ..................................................................... 21

Anexo D (informativo) Condições de iluminação nos actos de Selecção, Classificação e Exposição de Imagens Fotográficas - Orientações técnicas .................................................................................... 23

Anexo E (informativo) Iluminação de Imagens Fotográficas em Mostras, Apresentações, Montras e outros locais de Exposição Pública - Guia prático .............................................................. 30

Bibliografia ............................................................................................................................................... 33

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Preâmbulo Após a publicação da primeira Norma Portuguesa sobre Fotografia – a norma NP 4459-1:2008 – Vocabulário – Parte I – Equipamento fotográfico – Projectores – Papel fotográfico, filmes, e placas – o Instituto Português de Fotografia (IPF) e a Comissão Técnica que lhe dá assistência no desempenho das suas competências como Organismo de Normalização Sectorial (ONS) para a Fotografia – a CT 174 - decidiram debruçar a sua atenção sobre os concursos de Fotografia, uma área em que muitos operadores assumem posições de prepotência relativamente aos benefícios que procuram alcançar e de atropelo aos fins próprios de um concurso de Fotografia e aos direitos dos fotógrafos concorrentes.

Com efeito, não é raros os regulamentos destes concursos inculcarem a ideia de que a entidade promotora procura sobretudo obter, com baixos custos de produção, o enriquecimento do seu arquivo icónico.

A presente Norma tenta obviar a esta situação e estabelece o quadro padrão da regulamentação concursista na Fotografia.

Sendo a apresentação publica das imagens o objectivo final de um Concurso esta norma versa, também, regras da forma como as imagens fotográficas devem ser observadas para serem correctamente avaliadas.

A Norma é constituída por duas partes: na primeira definem-se os termos que devem constar do regulamento ou documento descritor de um concurso fotográfico; a segunda é constituída por anexos que exemplificam a sua utilização e ilustram o conceito dessas definições, indicando as "melhores práticas", técnicas e operacionais, para a apresentação pública das imagens fotográficas.

Os conceitos de Fotografia e de imagem digital que se adoptam são, respectivamente, o da Norma Portuguesa NP 4459-1:2008 -06.89 - Fotografia: técnica de obtenção de imagens por acção da luz num material fotossensível e o da Norma ISO 12231:2009 – 2.38: digital imaging system that records and/or produces images using digital data (sistema de imagem digital que regista e/ou produz imagens usando dados digitais).

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1 Objectivo e campo de aplicação O objectivo desta Norma é a definição de regras aplicáveis à elaboração de Regulamentos de Concursos de Fotografia e às condições de Apresentação Pública das Imagens Fotográficas (provas finais; diapositivos e transparências; projecção e outras formas de expressão da imagem).

2 Referências normativas Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo as emendas).

NP 4459-1:2008 Fotografia – Vocabulário – Parte 1: – Equipamento fotográfico – Projectores – Papel fotográfico, filmes, e placas

ISO 3664:2009 Graphic Technology and Photography – Viewing Images

ISO 23603:2005 Standard method of assessing the spectral quality of daylight simulators for visual appraisal and measurement of color

ISO/DIS 12231:2009 Photography – Electronic still picture imaging – Vocabulary

CIE 13.3:1995 Method of measuring and specifying colour rendering properties of light sources

CIE 15:2004 Colorimeter

3 Termos e definições Para os fins da presente Norma, aplica-se os seguintes termos e defenições:

3.1 entidade promotora entidade organizadora Pessoa ou organização, pública ou privada, responsável pelo concurso.

3.02 título identificativo Designação da iniciativa a usar na Comunicação Social e noutros meios de divulgação, e que deve constar no cabeçalho de todos os documentos e informações que respeitem ao concurso.

NOTA: É vulgar associar aos concursos a designação de “Arte Fotográfica”. Este termo deve ser eliminado já que é cada vez mais complexo, nomeadamente desde a revolução criada pela emergência da imagem digital e da integração com outras formas de expressão artística.

3.3 âmbito Identificação dos universos pessoal e geográfico que o concurso pretende abarcar: nacional ou internacional, e possíveis restrições de acesso dos concorrentes.

NOTA 1: Define o universo dos fotógrafos que se pretende associar ao concurso. Os concursos de fotografia podem ter um âmbito nacional, local, regional, grupos, clubes e outros; ou interesse na participação de fotógrafos de todo o Mundo, os concursos internacionais. NOTA 2: A decisão do âmbito do concurso não deve ser tomada de ânimo leve já que pode levar a situações em que a qualidade das obras é preterida pela quantidade, com reflexos nos custos e dificuldades na mostra pública.

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3.4 regulamento Definição de regras, apresentadas como o articulado de uma lei, numeradas para simplificação de referenciação, de redacção concisa e unívoca, que devem abranger todas as matérias que possam interessar para completa informação a todos os interessados.

NOTA 1: A numeração das normas do regulamento pode limitar-se à anteposição a cada texto de um número sequencial ou à formulação mais complexa da adopção do termo “cláusula” ou “artigo”, antes de cada número. NOTA 2: O regulamento deve conter toda a informação para que os concorrentes possam avaliar do interesse em participar e saber quem o organiza e estar disponível, directa ou por acesso externo e digital, até à data limite de inscrição.

03.05 identificação do concurso Primeira regra do regulamento. Indica o nome do concurso e, se for caso disso, razão e objectivos do seu lançamento.

NOTA: Alguns concursos são criados e planeados sob uma orientação que deve ser perfeitamente clara para os potenciais concorrentes. Esses objectivos deverão ser claramente expostos evitando posteriores divergências de conceitos.

03.06 identificação do patrocinador O regulamento deve referir as entidades patrocinadoras que apoiam a sua realização.

NOTA: Em concursos de maior prestígio, por vezes os patrocinadores e a organização promovem a criação de uma Comissão de Honra constituída por personalidades reconhecidas no sector, ou simplesmente honoríficas.

03.07 identificação dos participantes Indicação das pessoas a quem se destina o concurso.

NOTA 1: Deve ser claramente identificado a quem se dirige: fotógrafos de um determinado actividade, de uma faixa etária; etc. ou seja, a identificação do público-alvo da iniciativa e, se internacional, a sua conformidade com as regras da organização que o promove. Na definição devem ser claras as condições de exclusão nomeadamente a de pessoas ligadas à própria organização. NOTA 2: Fundamental a definição se o Concurso se destina apenas aos Profissionais do sector (“aqueles que ganham, ou ganharam a maioria do seu suporte de vida através da fotografia”, do latim “provisione”, que ganha), ou aos designados como Amadores (“o que exerce qualquer arte por gosto e não por paga”, do latim “amatore”, que ama).

03.08 calendário Indicação das datas limite para cada uma das fases do concurso, da inscrição até à classificação, e da apresentação pública das obras.

03.09 inscrição Condições e forma de inscrição e, se aplicável, dados sobre a taxa de participação e inscrição de obras.

03.10 aceitação Determinação dos critérios de selecção e exclusão das obras, da sua adequação às regras e dos métodos de avaliação para que a imagem seja aceite.

NOTA: Deverá sempre existir um clausulado de não admissão ou aceitação de qualquer prova por decisão da Organização ou dos Júri do Concurso.

03.11 temas do concurso Definição dos assuntos que serão aceites no concurso em causa.

NOTA: Designam-se por Concursos Abertos ou Livres, os que não limitam qualquer tipo de obras ou temas; e por Concursos Normalizados, os que são regidos por regras restritivas.

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03.12 prémios Existência, tipo e condições de atribuição de prémios, monetários e/ou honoríficos, aos concorrentes.

NOTA: No regulamento deve ser evidenciado se a organização do Concurso atribui ou não distinções e prémios diferenciados: por presença; por obras admitidas após selecção e premiadas após classificação.

03.13 Júri e classificação das obras Indicação das pessoas ou entidades que constituem o(s) Júri(s) de selecção e avaliação, e respectivas regras de actuação.

NOTA: Deve ser incluída uma cláusula referindo que as decisões do Júri não são susceptíveis de impugnação ou recurso pelos concorrentes (“das decisões do Júri não há qualquer recurso”).

03.14 direitos de autor e direitos conexos Condições em que o concorrente irá disponibilizar as suas imagens para a entidade promotora e, por vezes, aos patrocinadores, no que respeita: • à sua eventual transmissão definitiva ou temporária, para fins específicos ou genéricos, parcial ou total; • aos seus direitos de reprodução, publicação, apresentação pública e inclusão em arquivos.

03.15 identificação do concorrente Indicação dos dados pessoais do participante.

03.16 identificação dos trabalhos Identificação de cada uma das imagens presentes ao concurso.

03.17 número e apresentação dos trabalhos Número de imagens a concurso aceite por cada grupo homogéneo de apresentação das fotografias (incluindo as dimensões da montagem e da própria imagem) e outras características técnicas.

NOTA: É usual nos regulamentos ver indicada a definição de um formato para a imagem, em si limitativa, já que condiciona o olhar fotográfico num “colete-de-forças”. É preferível determinar o formato do suporte por razões técnicas e de uniformidade de mostra pública e deixar o formato da mancha da imagem efectivamente impressa ao seu autor.

03.18 devolução dos trabalhos Declaração sobre o destino dos suportes físicos e digitais presentes a concurso.

03.19 catálogo Condições e formato do catálogo, ou outra publicação de divulgação dos resultados a concurso e da exposição.

NOTA: O regulamento deve conter toda a informação para que os concorrentes possam avaliar do interesse em participar e saber que o organiza.

03.20 divulgação, exposição e apresentação pública Informação de como a entidade organizadora vai promover, divulgar e efectuar a apresentação pública das obras presentes, aceites e premiadas.

NOTA: Esta informação deve salvaguardar o contexto de apresentação artística/cultural e ser articulada com a atribuição de prémios.

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03.21 ficha de inscrição boletim de inscrição

Documentos de apoio à inscrição do concorrente e das obras que apresenta a concurso.

NOTA 1: A participação no concurso depende do correcto preenchimento da ficha de inscrição que acompanha os trabalhos enviados. NOTA 2: O boletim de inscrição, de conteúdo variável, deve incluir informações do concorrente (nome, morada, país de origem, contactos e outros que permitam à organização um rápido acesso) e das obras entregues a concurso (categoria, tema / subtema, e secção a que cada obra se apresenta) e outros elementos: v.g., local, data, especificações técnicas.

03.22 obrigações dos concorrentes, da entidade promotora e da organização Referência às principais regras que as entidades envolvidas - patrocinadores, organização e concorrentes - devem conhecer, para se estabelecer uma correcta cooperação entre todos os interessados.

NOTA 1: Genéricas. O regulamento deve explicitar que o concurso será regido pelas condições nele definidas e a obrigação do Concorrente as aceitar integralmente, mediante a assinatura do boletim de inscrição. NOTA 2: Dos Concorrentes. Os princípios e obrigações do concorrente são éticos. As imagens enviadas a concurso devem ser originais. Alguns regulamentos contemplam uma cláusula em que o participante certifica que o trabalho é da sua autoria ou se, em co-autoria, indica claramente os outros autores. Noutros concursos, basta a aceitação do conceito moral que o autor, ao apresentar essas obras, assume a sua plena autoria.

Os concorrentes devem assegurar-se de que os trabalhos apresentados a concurso respeitam os direitos de terceiros, designadamente direitos de imagem, de propriedade, de autor e marcas comerciais / patentes, ou possuir as necessárias autorizações. O regulamento deverá definir se o envio destes documentos é obrigatório ou facultativo. A organização do concurso deve salvaguardar expressamente os limites da sua responsabilização.

NOTA 3: Da Entidade Promotora e da Organização. A entidade promotora deve garantir que todos pedidos de esclarecimento sejam respondidos e divulgados em meios de comunicação ligados ao público interessado e, se possível, disponíveis para envio através de meios digitais: correio electrónico (e-mail) e descarregamento de ficheiro (“download”) num sítio Internet.

03.23 disposições finais Outros dados que contribuam para a compreensão pelos interessados das regras, dos direitos e dos deveres inerentes ao acto de concorrer e para informação do público em geral.

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Anexo A (informativo)

Detalhes e exemplos de utilização dos termos e definições

A.3.1 entidade promotora

EXEMPLO: Biblioteca Municipal de Anadia; IPF- Instituto Português de Fotografia, Lisboa.

A.3.2 título identificativo Não se defendendo uniformização do termo a usar, aprofunda-se o conceito que está na origem das palavras que descrevem o acto de mostrar publicamente imagens fotográficas.

A maioria está relacionada com o acto de apresentação das obras – apresentação (do latim: verbo praesentare), exibição (do latim: exhibitione), exposição (do latim: expositione), mostra (do latim: verbo monstrare). Muitas vezes, os concursos de fotografia de maior prestígio e renome são designados por “salão” (do francês salon, literalmente grande sala, o local onde se mostram as imagens). E não devem ser esquecidas as montras (do francês: montre) e vitrinas (do francês: vitrine) de lojas e outros locais públicos onde se colocam imagens.

Tratando-se de uma competição, com classificações e prémios, a mais correcta será a palavra CONCURSO, que corresponde ao espírito da actividade: acto ou efeito de concorrer, entrar em competição (do latim concursu, “acção de correr conjuntamente”).

EXEMPLO: “Salão Internacional de Arte Fotográfica do Algarve – Racal Clube”; Concurso de Fotografia “Olhares Plurais”; Concurso de fotografia “Figueira Foz. Patrimónios naturais”.

A.3.3 âmbito Os concursos internacionais poderão ser de nível global, ou de uma comunidade (a Comunidade Europeia, um país, cidade ou localidade, membros de um clube, empresas, associações, etc.).

EXEMPLO: O Concurso de Fotografia “Olhares Plurais” destina-se a todos os fotógrafos residentes em território português.

A.3.4 regulamento Dos exemplos seguintes, o primeiro é o mais simples e o mais usado.

EXEMPLOS: “5. Haverá três prémios”; “Clausula 5ª. Serão atribuídos 3 prémios”; “Artigo 5º. O concurso terá três prémios”.

A.3.5 identificação do concurso

EXEMPLO: “A “entidade organizadora” promove o Concurso de Fotografia “título identificativo” no âmbito das comemorações do 25º aniversário da criação do concelho de…”; “Regulamento do Concurso internacional de Fotografia National Geographic Society”; “O concurso “Figueira da Foz. Patrimónios naturais” tem como objectivo fomentar a observação, a descoberta e a revelação dos patrimónios naturais que contribuem para definir os contornos da identidade Natural e Ambiental do concelho (…) “.

A.3.6 identificação do patrocinador Os concursos de maior dimensão muitas vezes são apoiados e financiados por entidades, públicas ou privadas, reconhecidos como patrocinadores. No aspecto organizativo as entidades com maior reconhecimento mundial são a PSA (Photographic Society of America) e a FIAP (The International Federation of Photographic Art / Féderation Internationale de L’Art Photographique). Este apoio obedece a condicionalismos bem definidos e caracteriza-se pela atribuição de prémios especiais e participação no Júri.

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EXEMPLOS: O patrocinador deste evento é a National Geographic Society …”.

A.3.7 identificação dos participantes São comuns concursos com a definição, ambígua, de abertos a amadores e profissionais. Hoje em dia, essa fronteira dilui-se mas será necessário à Organização ponderar a capacidade de dirimir possíveis conflitos.

Menos pacífica e até obsoleta, é a classificação do acesso a determinada “tipologia” de Fotógrafos (por exemplo: fotojornalistas; fotógrafos da natureza; desporto; …) o que obrigaria a uma definição no regulamento, tão clara quanto possível, desse tipo de imagens e da actividade profissional dos seus autores. O que, com a diluição actual das fronteiras das tipologias e géneros e a miscigenação de técnicas/processos é um processo notoriamente obsoleto.

Exemplos: “Podem participar neste concurso todos os fotógrafos amadores, nacionais ou estrangeiros, residentes no concelho de xxxxx”; “O xxº Salão Internacional de Arte Fotográfica do Algarve está aberto a todos os fotógrafos do mundo e é regulamentado de acordo ….” (Racal Clube).

A.3.08 calendário O calendário tem que ser divulgado na apresentação do regulamento e nele devem constar: data limite para inscrição/ recepção dos trabalhos; datas de reunião do(s) Júri(s) de Selecção e Classificação; data e forma de notificação dos resultados (carta, email ou portal); programa e calendário da exposição e das apresentações públicas; data da sessão de atribuição de prémios. Se for o caso, data de devolução dos trabalhos rejeitados; data de devolução dos trabalhos aceites e dos premiados.

Para facilitar a organização de concursos de maior dimensão, a data de recepção dos boletins de inscrição é anterior à data limite para recepção dos trabalhos, para permitir preparar com maior rigor toda a infra-estrutura de suporte, por se conhecer antecipadamente o número de obras a concurso.

A.3.09 inscrição Preferencialmente a inscrição deverá ser livre e gratuita. Se existir uma taxa de inscrição ou de participação (valor pelo total de obras a concurso, por classe, por tema, por secção, ou por cada obra), deverá ser justificada pelos custos mínimos envolvidos no concurso: exposição, catálogo, organização, e devolução das obras.

A.3.10 aceitação Devem ser claras as condições de não-aceitação, ou não devolução das obras.

Como regra deverá imperar o bom senso, tendo em conta os objectivos do concurso, as possibilidades, e a própria estratégia da organização para a promoção e desenvolvimento da obra fotográfica.

EXEMPLO: “As obras apresentadas a concurso poderão ser rejeitadas quando a Comissão Organizadora ou seus delegados, no seu juízo de valor, considerem que não está em conformidade com as regras e condições da selecção e exibição”.

A.3.11 temas do concurso A noção genérica (o assunto da fotografia) é demasiado aberta para permitir um agrupamento sistematizado das obras a concurso, principalmente se integrado num esquema de exposição e catálogo e com prémios a atribuir.

No seguimento das tendências do sector, propõe-se o seguinte agrupamento das obras a concurso:

Nível 1 . CATEGORIA (s) CLASS(es) CATÉGORIE(s)

Nível 2 . TEMA (s) SUBJECT (s) THÈME(s)

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Nível 3. SECÇÃO (ões) SECTION(s) SECTION(s)

Por CATEGORIA (a Classe, Ordem, Natureza) entende-se a maior estrutura hierárquica possível, associada a regras limitativas das condições de admissão.

EXEMPLO: Concurso de imagens sobre Arquitectura; Natureza; Fotografias de uma cidade ou região.

É muito usada a expressão Tema Livre associado a qualquer imagem seleccionada pelos concorrentes (seria mais adequada a designação de Categoria Única). Logicamente podem existir Concursos com uma única Categoria sem Temas.

EXEMPLO: Exemplo em Portugal: Concursos sobre fotografias do “25 de Abril de 1974”, ou Categoria: Viagens, sem qualquer limitação.

No meio Profissional concursos realizados pelas respectivas Associações por vezes têm como Categorias comuns as áreas de trabalho mais representativas do sector: Retrato, Fotografia de Eventos (Casamentos, Baptizados, e outros eventos sociais), Corpo, Crianças, Fotojornalismo, Publicidade, Comercial e Produtos, Fotografia Industrial, Natureza Morta, Animais de estimação, com diversos temas e subtemas.

Como TEMA (o Objecto ou Assunto) entende-se uma subdivisão da Categoria em “grupos homogéneos” de imagens representando o objecto, assunto ou composição a que serão associadas. A diversidade implica maior capacidade logística da organização.

EXEMPLO: Na categoria Arquitectura podíamos enquadrar Temas como urbana, rural, paisagista, etc.; na Natureza , animais, flores, insectos, fauna marítima, etc.

As SECÇÕES (a parte ou secção de um todo) indicam as técnicas de imagens aceites em cada grupo homogéneo. Podem ser associadas a CATEGORIAS ou TEMAS já que caracterizam a forma de obtenção e reprodução das obras (agrupamento de elementos da mesma espécie) e não o seu conteúdo. Cada Secção corresponde assim a uma catalogação das imagens segundo a tecnologia com que foram obtidas.

As mais vulgares são: Secção de Trabalhos ou Provas Monocromáticos ou Monocromos (muitas vezes incorrectamente designada por Fotografias a Preto-e-Branco); Secção de Trabalhos ou Provas a Cores sobre Papel ou outra superfície opaca (também conhecida por Imagens Policromáticas, Policromos, Fotografias a Cores e, por vezes, pelo termo incorrecto de Fotografias Coloridas); Secção de Diapositivos ou Transparências (erradamente, designados pelo termo inglês Slides); Secção de Imagem Digital (Electrónica ou Numérica); Secção de Imagens Estereoscópicas; Secção de Processos Antigos; entre outras.

Na “gíria” dos Concursos fotográficos, as definições são mais abrangentes, a imagem monocromática é uma imagem que varia do cinzento-escuro (negro) a cinzento claro (branco) com diferentes gradações de cinzento. Mas se essa imagem for “tingida” uniformemente por uma técnica a cor (sépia, azul, prata, etc.) continuará ser considerada monocromática.

Por outro lado, se um trabalho a preto e branco, for apenas modificado parcialmente, o que supõe alguma técnica que lhe adicione uma tonalidade de uma ou mais cores em certas zonas, transforma-se numa obra a cores (policromática) e deve entrar nessa secção. O que acontece frequentemente com a imagem digital.

A fotografia digital, pela sua abrangência (gravação e reprodução, e outras tecnologias) ampliou a noção das Categorias tradicionais sendo comum o aparecimento da Secção de Imagem Digital, que incorpora todas as imagens cujo processo fotográfico tem por base um processo não analógico.

Evitando situações complexas, de apreciação subjectiva, o regulamento deve definir claramente que cada trabalho apresentado a concurso só deve estar associado a uma das Categorias, Temas (ou Subtemas) e Secção do Concurso.

Por essa razão procura-se normalizar a referenciação das diferentes Secções técnicas por abreviaturas comuns, em que as letras correspondem aos termos em língua inglesa: M , imagem monocromática; CP,

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provas a cor; CS ou S, diapositivos; DIG , imagem digital; PI, imagem projectada; AV , audiovisuais; VD, vídeo.

Controverso é o conceito da fotografia ser obrigatoriamente a “realidade”, com especial reflexo no Fotojornalismo. Hoje, a associação da imagem fotográfica a uma forma de representação mimética de a qualquer realismo está ultrapassado.

Muitos concursos internacionais incluem temas como o de Imagem Criativa IC , ou Imagem Alterada IR , que não poderão ser apresentadas a concurso noutro tema, em que a dificuldade maior é o da correcta interpretação dessas definições.

Nos conjuntos de imagens, surgem os Foto-Ensaios CPID ou Foto-Histórias PJD (Photo Essay ou Photo Story) em que o fotógrafo não é analisado por uma única imagem, mas pela capacidade de explorar um tema ou assunto, pela utilização de um conjunto (séries ou sequências) de imagens: transparências, sequências digitais ou provas impressas que, por montagem de imagens cronológicas ou não e com ou sem apoio audiovisual, pretendem “narrar uma história”, ou perspectivar novos conceitos de leitura da imagem como um todo.

E aqui começam as fronteiras entre a fotografia (imagem que “fixa o momento que passa”), o cinema (conjunto de imagens, sequenciais ou não, que fixam os momentos que passam, organizadas à posteriori por um processo de planeamento e montagem), o vídeo e outras técnicas mistas, e a zona intermédia de sequências de imagens fixas, obtidas sequencialmente, nem sempre de pacífica resolução.

Discutível é a tendência para a aceitação nos concursos das designadas Monografias. Monografia é um estudo ou pesquisa sobre um aspecto particular de uma ciência ou arte, da autoria de uma só pessoa, ou seja uma análise externa do autor em relação à obra. O que o difere do autor fotográfico que apresenta um conjunto de imagens organizado segundo critérios que podem ser diversificados, em tempo, locais e técnicas e com regras “unificadoras” por vezes rebuscadas. Será preferível incluir no concurso o termo Portfolios, ou Projectos Autorais.

O Portfolio deve ter um nome (não encoberto) e , para estes casos , deve ser fixado um número de imagens (não de x a y, mas exactamente x), o que permitirá, realisticamente, avaliar se o fotógrafo consegue transmitir a sua mensagem nesse limite, excluindo – ou nãos redundâncias e/ou falhas.

A.3.12 prémios Nos primeiros tempos dos “Salões de Fotografia” a maior aspiração de qualquer concorrente era a de ser seleccionado para a exposição e o catálogo associados ao concurso, o que era comprovado por um carimbo ou vinheta que a entidade promotora colocava no verso da prova. Havia imagens que mais pareciam uma colecção do que uma obra fotográfica … Mas, em honra a quem participa considera-se que, mesmo na actualidade, a organização deveria sempre corresponder ao esforço e interesse dos concorrentes com a emissão de, pelo menos, um Certificado de Participação.

Os prémios comuns são Placas ou Medalhas de vários níveis; Taças; Troféus Especiais; e outras Honras contendo a informação do Concurso; Menções Honrosas; e prémios monetários ou materiais.

Cada prémio é associado a uma definição: melhor obra ou conjunto de obras por autor, categoria, tema ou secção; melhor obra e sequentes numa classificação tipo pódio desportivo (1º, 2ºe 3º, com ex-aequo ou não); melhor autor global; prémios de patrocinadores; por clubes e outros.

O Júri do Concurso tem o direito de não atribuir todos ou alguns prémios em função dos seus critérios, o que deve estar expresso no regulamento.

Importante é a definição se são aceites obras já presentes noutros eventos, e se o autor pode ser premiado em mais que uma Categoria, Tema e/ou Secção, ou pelo conjunto de obras diferenciadas.

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Exemplo: “Serão atribuídos os seguintes prémios: Medalhas FIAP (ouro, prata e bronze), medalhas PSA (ouro e prata) e medalhas RACAL nas Secções A, B, C e D; Grande Prémio Algarve (Prémio da região de Turismo do Algarve) para o melhor trabalho, nas secções A, B, C e D; Menções Honrosas FIAP; Medalhas RACAL para os melhores trabalhos sobre tema Nu nas secções A e B. Medalhas RACAL para “O Melhor Português” nas Secções A, B; c e D”.

A.3.13 Júri e classificação das obras O objectivo de um Concurso é o acto de apresentar as imagens para avaliação, pelo que devem existir regras no regulamento para a sua classificação.

Nos concursos da Internet (ditos e defendidos como “on-line” e abertos a todos) é vulgar a comunidade “Web” usar um sistema de votação aberta e universal, sem quaisquer critérios de análise e fundamentação, não defensável pela inexistência de critérios comuns pré-definidos.

Em função da capacidade da organização podem existir dois níveis de Júris: um Júri de Selecção, que efectua uma análise das provas a concurso, verifica se as condições de inscrição estão cumpridas e assume a responsabilidade de pré-seleccionar um conjunto de obras a apresentar ao Júri de Classificação (fase de aceitação). Este Júri deve limitar-se a excluir as obras formalmente não conforme com o clausulado do Regulamento.

A s obras remanescentes será presentes a um Júri de Classificação a quem compete a decisão final sobre a classificação e atribuição de prémios às obras seleccionadas (fase de avaliação). Por razões operacionais muitas vezes esses Júris são comuns.

Sobre a composição do Júri, os critérios são variáveis. Aconselha-se que seja constituído por pessoas, directa ou indirectamente ligadas ao meio das artes e da fotografia que tenham essencialmente em comum o gosto pela imagem fotográfica e um reconhecido espírito de análise crítica.

Não existe consenso sobre a divulgação da identidade dos membros do Júri.

Os que defendem a não informação afirmam que essa prática tem a vantagem de não condicionar as escolhas dos concorrentes às tendências, porventura conhecidas, das pessoas que o compõem, na sequência da mesma lógica que se aplica para o uso de pseudónimo pelo concorrente. Embora essa possibilidade exista, contrapõe-se que esse conhecimento constitui uma mais-valia e um incentivo para que os concorrentes aceitem o nível da organização e a competência dos membros do Júri. Propõe-se assim a informação da composição do Júri (ou Júris), do seu Presidente, e a indicação de que os membros do Júri, da Organização e dos Patrocinadores não podem entrar no concurso. A composição deve ser nominal ou pelo menos mencionar a origem da sua escolha (Exemplo: em representação da entidade X, por delegação do Clube Y, um Fotógrafo pela sua Obra ou Carreira, etc.).

Invulgar, mas interessante e até aconselhável, será a indicação da metodologia e regras de classificação, embora se reconheça que o grau de objectividade da atribuição de prémios variará muito em função da composição, formação e critério profissional dos juízes. (Anexo B). O regulamento, se possível, deve indicar os parâmetros da avaliação e a própria percentagem de incidência de cada um no resultado final.

O Júri, a quem compete definir as regras de aceitação e classificação, deve lavrar actas das suas reuniões com indicação das decisões tomadas, do fundamento da recusa de selecção das imagens, da não atribuição de qualquer prémio, da nomeação das menções honrosas e prémios, e da declaração de voto dos respectivos membros, logicamente não obrigatória.

A.3.14 direitos de autor e direitos conexos Um concurso de fotografia pode ter como objectivo o acto de mostrara publicamente imagens fotográficas, no contexto de uma competição, quase sempre com classificações e prémios. Esta é, regra geral, uma

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abordagem sem carácter comercial, em que a arte prevalece sobre outras finalidades e os trabalhos são devolvidos aos participantes.

Contudo, embora com a mesma designação, existem outros concursos em que o objectivo final tem uma vertente comercial mais vincada, onde os trabalhos apresentados se destinam ao comércio.

Em qualquer das situações existem direitos e deveres das partes envolvidas que importa estabelecer à partida, de modo a que se evitem conflitos em momento posterior. Para o efeito, deverá ser subscrito um documento onde o participante declara expressamente ter tomado conhecimento de todas as regras que regem o concurso, submetendo-se voluntariamente ao seu cumprimento.

Estando a imagem sujeita à legislação dos Direitos de Autor em vigor no País organizador, devem ser indicadas no Regulamento quais as regras que os concorrentes aceitam ao enviar os seus trabalhos para o Concurso, nomeadamente as sobre a autorização de reprodução das obras.

Embora vigorando princípio da liberdade de vinculação entre as partes, a não inclusão de regras desta natureza pode mostrar-se incompatível com os princípios da boa fé e da proporcionalidade, podendo ainda configurar situações de enriquecimento sem causa.

No caso de concursos sem carácter comercial, pode ser adoptada a seguinte formulação:

Direitos de Autor

• Os direitos patrimoniais e morais de autor pertencem ao fotógrafo autor das fotografias apresentadas a concurso;

• Os participantes autorizam a livre utilização pela entidade promotora das fotografias apresentadas a concurso para fins de divulgação e publicidade da mesma, comprometendo-se esta a fazer sempre menção ao nome do seu autor, e não podendo as mesmas ser utilizadas com fins lucrativos;

• Os participantes permitem à entidade promotora a reprodução de todas as fotografias que apresentem no âmbito do presente concurso nos Órgãos de Comunicação Social, catálogos e outros documentos relacionados com o concurso;

• O suporte utilizado para apresentação de fotografias a concurso (papel e/ou suporte digital) passa a ser propriedade da entidade promotora, podendo ser livremente utilizado por esta, no contexto descrito anteriormente;

• Quaisquer alterações ou adaptações às imagens carecem de autorização do autor, tendo em vista a preservação da autenticidade da obra original.

Em concursos onde a vertente comercial prevaleça sobre a de competição artística, designadamente nos casos em que as entidades promotoras têm em vista a aquisição de direitos patrimoniais de autor sobre imagens fotográficas, poderá ser utilizas a seguinte formulação:

Direitos de Autor

• Os participantes, para efeitos do cumprimento do disposto no artigo 41º do Código de Direitos de Autor e Direitos Conexos, autorizam, por escrito, a utilização das imagens pela entidade promotora para fins de divulgação e publicidade, comprometendo-se este a fazer sempre menção ao nome do seu autor. A entidade promotora, enquanto titular dos direitos de autor de conteúdo patrimonial sobre as imagens premiadas, tem o direito de as utilizar e explorar, em Portugal ou no estrangeiro, sem qualquer restrição quanto ao tipo e por qualquer modo actualmente conhecido ou que de futuro o venha a ser, podendo ainda transmitir, total ou parcialmente, a título definitivo ou temporário, tais direitos a terceiros, bem como conceder licenças, de carácter exclusivo ou não;

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• Os participantes premiados autorizam a entidade promotora a efectuar todas as alterações ou adaptações às imagens premiadas que entenda necessárias ou convenientes, salvaguardando-se contudo, as alterações que possam descaracterizar gravemente a obra ou por em causa a reputação do autor;

• Os participantes premiados não poderão impedir a sua divulgação, reprodução ou exploração, por qualquer meio, do trabalho premiado, por parte da entidade promotora, não tendo o direito a qualquer remuneração suplementar por tal efeito;

• Os participantes premiados obrigam-se a praticar todos os actos e assinar todos os documentos, incluindo notariais, que eventualmente sejam necessários para assegurar que a entidade promotora, nos termos dos artigos 44º, 67º e 68º do código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, tenha o direito exclusivo de utilizar e fruir as imagens premidas.

Redacção do Instituto Português de Fotografia

“Os direitos de Autor são preservados na titularidade dos concorrentes, os quais, contudo, reconhecem à Câmara Municipal de ….. a propriedade do suporte físico da obra premiada e o direito de a usar sem fins lucrativos e sem limite de tempo, designadamente em exposições e respectivos catálogos e cartazes, e em obras de inventário de património, qualquer que seja o suporte em que se apresentem”.

Redacção do Salão Internacional do Racal Clube

“O Racal Clube reserva-se o direito de reproduzir qualquer obra no interesse do Salão, salvo interdição mencionada no seu verso. Esta autorização inclui, igualmente, a publicação FIAP e revistas da especialidade”.

A.3.15 identificação do concorrente Ainda é hábito em Portugal propor que os concorrentes escondam a sua identidade atrás de um pseudónimo por uma hipotética garantia da isenção objectiva do Júri, quer na selecção das fotografias para exposição, quer na atribuição dos prémios.

É um uso nada abonatório da honestidade do Júri e que, por isso, deveria ser abandonado. Contudo a Comissão Técnica 174 que elaborou esta Norma entendeu não dever fazer de imediato a opção pelo procedimento oposto, na esperança que a pouco e pouco, o mesmo vá sendo adoptado voluntariamente.

Na prática actual, o concorrente deve identificar-se com o seu nome completo, morada e contactos e cópia de documento oficial de identificação. Nos concursos sob pseudónimo estes dados são colocados em sobrescrito fechado apenas identificado pelo pseudónimo.

A.3.16 identificação dos trabalhos A identificação das obras varia de Concurso para Concurso em função da decisão dos Organizadores.

Nalguns, pretende-se que os autores nãos sejam directamente conhecidos, pela que as provas são apenas identificadas por um título ou pseudónimo, só revelado após a decisão do Júri.

Tal como na identificação dos concorrentes, este é um falso problema. Deve optar-se pela qualidade e isenção dos membros dos Júris de Selecção e/ou Classificação, sendo cada obra associada ao seu autor.

Obrigatória, para identificação e segurança, a indicação do nº da obra de acordo com o boletim de inscrição; nome do concorrente (ou o seu pseudónimo se for essa a opção da organização); morada do concorrente (nos diapositivos essa informação é difícil de ser inscrita mas visa a correcta informação para a devolução); categoria, tema/subtema, e secção em que esse trabalho se considera integrado; data da imagem (nem sempre pedida mas pensamos que é um factor de avaliação); e, sempre que possível, o local da tomada de vistas. Estes factores, embora irrelevantes para a análise e avaliação da imagem em si, poderão ser úteis para apoio a informação de arquivo, datação e identidade iconográfica.

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As informações devem ser inscritas nas costas dacolagem de etiquetas que dificultam a sua projecção. Nos concursos que o determinem é também aposto o “título” que o autor atribui à sua obra (este item não deve ser obrigatório).

Factor muitas vezes esquecido (mas que gerou já profundas polémicas e até graves erros na análise das imagens) é o da indicação nos diapositivos do formato correcto para projecção, um círculo ou símbolo, com o nº de ordem da imagem em cada Secção.

Num diapositivo visionado correctamente sob uma fonte de iluminação directa, o sinal será colocado no canto superior esquerdo do caixilho. O sinal ficará colocado no canto inferior direito do caixilho invertido quando se coloca a imagem na posição correcta num projector pelo quepolegar e o indicador da mão direita, a marca fica tapada pelo polegar (“

Visionamento directo Colocação para correcta projecção

Quanto ao envio, aconselha-se que no envelope ou pacote, seja aposta a informação “ fotografias para exposição sem valor comercial”.

A.3.17 número e apresentação dos trabalhosO número de trabalhos a admitir ao Concurso depende da capacidade da entidade organizadora na recepção, tratamento, organização, segurança e custos associados ao evento, nomeadamente na sua fase final(exposição final dos trabalhos concorrentes e apresentação publica).

Associa-se à Categoria/Secção, sendo normal limitar um número máximo de trabalhos, independentemente das Secções a que o concorrente se pretende apresentar.

EXEMPLO: “O concorrente pode apresentar até 3 trabalhos por cada secção com um número máximo total de 10 obras”.

Excluem-se os concursos que aceitam Portfolios e Projectos Autorais com regras muito específicas.

A dimensão e apresentação das obras a concursodepende das capacidades da organização e da forma com que se pretende atingir o público

Regra básica é a indicação da forma de apresentação das fotografias e das dimensões, fixas, máximas e mínimas, das provas e, eventualmente da p

Alguns concursos obrigam a que os trabalhos estejam “enquadrados numa moldura /montagem externa, normalizada”; outros, por razões de organização de exposição, preferem as obras sem

As informações devem ser inscritas nas costas da prova ou da imagem, evitando-se nos diapositivos a colagem de etiquetas que dificultam a sua projecção. Nos concursos que o determinem é também aposto o “título” que o autor atribui à sua obra (este item não deve ser obrigatório).

ecido (mas que gerou já profundas polémicas e até graves erros na análise das imagens) é o da indicação nos diapositivos do formato correcto para projecção, um círculo ou símbolo, com o nº de ordem da imagem em cada Secção.

do correctamente sob uma fonte de iluminação directa, o sinal será colocado no canto superior esquerdo do caixilho. O sinal ficará colocado no canto inferior direito do caixilho invertido quando se coloca a imagem na posição correcta num projector pelo que, quando se pega o diapositivo entre o polegar e o indicador da mão direita, a marca fica tapada pelo polegar (“thumb spotted”).

Visionamento directo Colocação para correcta projecção

se que no envelope ou pacote, seja aposta a informação “ fotografias para

3.17 número e apresentação dos trabalhos O número de trabalhos a admitir ao Concurso depende da capacidade da entidade organizadora na recepção, tratamento, organização, segurança e custos associados ao evento, nomeadamente na sua fase final(exposição final dos trabalhos concorrentes e apresentação publica).

se à Categoria/Secção, sendo normal limitar um número máximo de trabalhos, independentemente das Secções a que o concorrente se pretende apresentar.

ar até 3 trabalhos por cada secção com um número máximo total de 10 obras”.

se os concursos que aceitam Portfolios e Projectos Autorais com regras muito específicas.

dimensão e apresentação das obras a concurso é um dos aspectos mais díspares dodepende das capacidades da organização e da forma com que se pretende atingir o público

Regra básica é a indicação da forma de apresentação das fotografias e das dimensões, fixas, máximas e mínimas, das provas e, eventualmente da própria imagem.

Alguns concursos obrigam a que os trabalhos estejam “enquadrados numa moldura /montagem externa, normalizada”; outros, por razões de organização de exposição, preferem as obras sem

se nos diapositivos a

colagem de etiquetas que dificultam a sua projecção. Nos concursos que o determinem é também aposto o

ecido (mas que gerou já profundas polémicas e até graves erros na análise das imagens) é o da indicação nos diapositivos do formato correcto para projecção, um círculo ou símbolo, com

do correctamente sob uma fonte de iluminação directa, o sinal será colocado no canto superior esquerdo do caixilho. O sinal ficará colocado no canto inferior direito do caixilho invertido

, quando se pega o diapositivo entre o ”).

se que no envelope ou pacote, seja aposta a informação “ fotografias para

O número de trabalhos a admitir ao Concurso depende da capacidade da entidade organizadora na recepção, tratamento, organização, segurança e custos associados ao evento, nomeadamente na sua fase final

se à Categoria/Secção, sendo normal limitar um número máximo de trabalhos, independentemente

ar até 3 trabalhos por cada secção com um número máximo total de 10 obras”.

se os concursos que aceitam Portfolios e Projectos Autorais com regras muito específicas.

é um dos aspectos mais díspares dos Concursos já que depende das capacidades da organização e da forma com que se pretende atingir o público-alvo.

Regra básica é a indicação da forma de apresentação das fotografias e das dimensões, fixas, máximas e

Alguns concursos obrigam a que os trabalhos estejam “enquadrados numa moldura /montagem externa, normalizada”; outros, por razões de organização de exposição, preferem as obras sem montagem. O

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importante neste caso é que o critério seja conhecido evitando uma mostra diferenciada não apenas pelo conteúdo.

Quanto aos diapositivos a dimensão mais aceite é o clássico “35 mm” (diapositivos de tamanho 24 mm × 36 mm) montados em caixilhos de tamanho 5 cm × 5 cm.

Na imagem digital, deve ser informado o formato das imagens que poderão ser recebidas. Os mais vulgares são jpg, jpeg, gif ou png, sendo mais utilizado o jpeg. As capacidades da organização na projecção, publicação de catálogo ou outra forma de apresentação pública, determinam a definição das regras para sua aceitação.

Nos concursos com maior capacidade organizativa é normal aceitar imagens digitais organizadas em ficheiros redimensionados no mínimo a 72 dpi, formato JPEG, com 1024 pixéis a 1500 pixéis (lado maior) e 768 pixéis a 1500 pixéis (lado menor), com compressão jpg de índice máximo 12, o que corresponde a um ficheiro com cerca de 3 Mb. Na maioria dos concursos não são admitidas imagens em RAW ou TIFF por limitações técnicas e questões relacionadas com direitos de autor.

Se a organização permitir o envio destas imagens por e-mail, deverão ser identificadas uniformemente e ser acompanhadas pelo respectivo boletim de inscrição.

A.3.18 devolução dos trabalhos Salvo em casos previstos no regulamento, e que expressamente terão que ser aceites pelo autor na sua inscrição no concurso, todas as fotografias são devolvidas aos seus autores. O concorrente deve ser informado da data prevista para devolução dos trabalhos (após a não aceitação, se rejeitados, ou após a exposição publica, se aceites).

Os riscos inerentes ao transporte das fotografias no envio e devolução aos seus autores devem correr por conta destes, o que deve estar explícito. O regulamento deve explicitamente, definir regras e calendário para os concorrentes entregarem e levantarem directamente as suas imagens.

organização garante o máximo cuidado na manipulação das imagens desde a sua entrada até à expedição para o autor no próprio acto de análise e classificação pelo Júri, pelo que se aconselha usar luvas para evitar o contacto directo com as obras.

EXEMPLO:

“A entidade promotora terá todo o cuidado com os trabalhos enviados para o concurso, mas não assume qualquer responsabilidade por danos causados por pessoas que lhe sejam estranhas, quer no transporte, quer durante o tempo em que estejam em seu poder”.

“A Organização irá tentar garantir as melhores condições de manipulação e segurança das obras apresentadas e expostas, excluindo eventuais responsabilidades por eventos não expectáveis (roubo, cataclismos naturais e externos, etc.), na manipulação, transporte, danos ou extravio das imagens enviadas a concurso”.

A.3.19 catálogo Obrigatória a informação se a Organização irá produzir algum catálogo e se nele constarão todos os trabalhos, ou apenas os aceites e premiados; e em que condições ele será entregue ou enviado aos concorrentes (a todos, aos que pagaram a taxa de inscrição, por um valor adicional de aquisição, em formato electrónico, etc.).

Esse catálogo deve inserir, além da ficha técnica do evento, o regulamento, composição e actas ou extractos relevantes das mesmas emanados do Júri, publicação de pelo menos uma fotografia premiada por classe ou tema, e relação de todos os concorrentes com indicação dos que foram admitidos para exposição e premiados.

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Em concursos mais especializados por vezes é inscrita uma cláusula impeditiva da reprodução das imagens fora do Catálogo ou com uma qualidade inferior a determinados parâmetros, obrigando-se os concorrentes a formalizar a sua aceitação, no boletim de inscrição ou na própria obra.

A.3.20 divulgação, exposição e apresentação pública Com a evolução das tecnologias Internet, surgem problemas com autores que não aceitam as condições de reprodução das suas obras através desse media. Se a organização pretende utilizar a rede Web como meio de promoção e divulgação do Concurso, deve incorporar no regulamento regras obrigatórias: que o autor permite a reprodução de qualquer diapositivo, fotografia, imagem digital num site da Internet; que aceita a reprodução das imagens em media com qualidade inferior ao original (“low-sensitive porting on a website”).

Quanto à Exposição, deve ser mencionado se as obras serão presentes em mostras fixas ou itinerantes, informar se a entrada do público será livre ou paga, a existência de sessões especiais (por vezes com a presença de críticos ou do próprio Júri) para a visita e projecção dos diapositivos. Preferencialmente deverão os concorrentes seleccionados para expor ser contactados para analisar a forma e condições de exposição dos trabalhos.

Deve também ser dada a informação da data e da forma da proclamação dos resultados.

Fora do âmbito desta Norma, lembra-se que devem ser seguidas as regras adequadas na higiene, segurança, iluminação nas salas de exposição abertas ao público, assim como disponibilizar a correcta informação aos visitantes dos acessos, sistemas anti-intrusão, anti-roubo, contra-incêndio e condições para a tomada de vistas e gravação de imagens no local.

A.3.21 ficha de inscrição Em concursos patrocinados por instituições internacionais, é pedida ao autor a identificação de prémios obtidos noutros concursos, ou atribuídos por entidades e associações de maior renome.

A decisão dependerá da Comissão Organizadora devendo ser eventualmente utilizada como referência curricular do concorrente em informação posterior ao concurso (apresentação publica das obras, catálogo, exposição) e não acompanhar as obras a concurso, antes da sua classificação.

A.3.22 obrigações dos concorrentes, da entidade promotora e da organização Para salvaguardar a fase processual ou a apresentação pública das imagens na Internet, poderão ser incluídos clausulados de não responsabilidade da organização pela falta de disponibilidade da rede Internet; por actos de cópia ou modificação das imagens aí publicadas e, na fase do concurso, por erros de encaminhamento ou entrega do correio postal ou electrónico.

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Anexo B (informativo)

Exemplo de Boletim de Inscrição

EXEMPLO: de um Boletim de Inscrição-Tipo de um Concurso com 2 Classes / Temas (LIVRE e NATUREZA) em que são aceites Imagens para as Secções de Obras Monocromáticas, a Cores e Digitais (obras em papel, diapositivos ou digitais).

XXX CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA

(XXX INTERNATIONAL PHOTOGRAPHY CONTEST)

BOLETIM DE INSCRIÇÃO (ENTRY FORM) ����

IDENTIFICAÇÃO (IDENTIFICATION)

APELIDO (Family Name/Last) ……………………………………………………………………………………..

NOME (First/Given Names) …………………………………………………………………………………………

Morada (Address) ���� ……..…………………………………………………………..………………………………

……………………………………...…Cod. Postal (Zip) ���������������� - ������������ ………………………………….………..

Localidade (City) ……………..………………….………………. País (Country)……………………….………..

℡℡℡℡ (Phone) …………..……………... TM (mobile) ……………………….…..…….

���� (E-mail) …………..…………………………………@……………………..………

Data limite para entrega dos trabalhos (Closing Date) – xx xxxxxx xxxx

CLASSE/TEMA (Classe) A. LIVRE (GENERAL)

SECÇÃO (Section) PROVAS MONOCROMÁTICAS (Monochromes)

Nº MÁXIMO PROVAS: 3 (Maximum : 3)

Nº TÍTULO (Máximo:25 caracteres) TITLE (Maximum: 25 characters)

Organização (Official use)

ANO (Year) Organização (Official use)

AM1

AM2

AM3

SECÇÃO (Section) PROVAS A CORES (COLOURS) Nº MÁXIMO PROVAS: 3 (Maximum : 3)

Nº TÍTULO (Máximo:25 caracteres) TITLE (Maximum: 25 characters)

Organização (Official use)

ANO (Year) Organização (Official use)

APC1

APC2

APC3

SECÇÃO (Section) DIAPOSITIVOS (SLIDES / TRANSPARENCIES)

Nº MÁXIMO PROVAS: 3 (Maximum : 3)

Nº TÍTULO (Máximo:25 caracteres) TITLE (Maximum: 25 characters)

Organização (Official use)

ANO (Year) Organização (Official use)

AS1

AS2

AS3

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XXX CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA

(XXX INTERNATIONAL PHOTOGRAPHY CONTEST)

BOLETIM DE INSCRIÇÃO (ENTRY FORM) ����

CLASSE B. NATUREZA

TEMA PAISAGEM

CLASS B. NATURE

THEME LANDSCAPE

SECÇÃO (Section) PROVAS A CORES (COLOURS) Nº MÁXIMO PROVAS: 5 (Maximum : 5)

Nº TÍTULO (Máximo:25 caracteres) TITLE (Maximum: 25 characters)

Organização (Official use)

ANO (Year) Organização (Official use)

BPC1

BPC2

BPC3

BPC4

BPC5

SECÇÃO

(Section)

DIAPOSITIVOS (Slides/Transparencies) Nº MÁXIMO PROVAS: 5

(Maximum : 5)

Nº TÍTULO (Máximo:25 caracteres) TITLE (Maximum: 25 characters)

Organização (Official use)

ANO (Year) Organização (Official use)

BS1

BS2

BS3

BS4

BS5

PREENCHER O BOLETIM COM LETRA MAIÚSCULA

(FILL IN THE ENTRY FORM WITH BLOCK LETTERS)

Ao assinar este Boletim de Inscrição, declaro que a informação aqui contida é completa e veradadeira, que as obras são da minha autoria, e que li e aceito todas as condições e regras do concurso (In signing this entry, I affirm that the above information is complete and accurate, that the entries are my own work, and that I have read, understand, and I am complying with all the conditions and rules of the competition)

Assinatura (Signature): …………… Data (Date) ……. / …… / ……

Soube deste concurso por (I heard about this photography contest)

…………………………………………………………..

Entrada Notificação Resultado

Catálogo Exposição Devolução Prémios

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Anexo C (informativo)

Júri e Classificação - regras base

Seleccionar ou premiar uma obra fotográfica não constitui um “julgamento” definitivo dessa imagem. O que o Júri faz, em função dos seus conhecimentos e posição crítica, do tipo e número de obras a concurso, entre outros factores, é analisar as entradas a concurso e seleccionar as que considera mais adequadas a esse contexto. O que significa que uma obra pode ser seleccionada ou premiada num concurso e noutro nem ser aceite, sem que esse facto represente o seu valor numa escala absoluta. A não ser que a rejeição se repita com outros Júris.

Grelha de Avaliação

Itens de avaliação mais utilizados nas grelhas dos Concursos: adequação à Classe, Tema e Secção a que a imagem se apresenta; execução e qualidade técnica (tomada de vistas, impressão, apresentação, tratamento da imagem final nas imagens digitais); características de atracção visual (força descritiva; impacto emocional, enquadramento, composição, significado, originalidade); e de identidade autoral.

Sistemas de Qualificação e Classificação mais comuns

Sistema designado por “Australiano”

O sistema “australiano” de classificação de obras fotográficas baseia-se na classificação por opinião directa e conhecida do Júri, em sessão que poderá ser aberta ao público.

De início cada membro do Júri classifica as obras, uma a uma, com um valor de 0 a 5 (de 0 – não aceite a 5 – excepcional, o que significa aceite obrigatoriamente).

Em função do número de provas a concurso (por classe, tema, secção) são definidos os valores mínimos de passagem para a fase seguinte (geralmente 3 fases). As provas que são classificadas com um 0 ou 5 são obrigatoriamente analisadas em conjunto devendo os membros do Júri pronunciar-se sobre a sua opção que ficará exarada em acta.

Exemplo: “Concurso de Categoria e Tema Livre, com duas Classes (provas monocromáticas e diapositivos). Foram recebidas 500 provas monocromáticas e 3000 diapositivos. O Júri é constituído por 5 membros. Os valores mínimos e máximo da pontuação serão assim (0 = 5 vezes 0 pontos e o máximo 25 = 5 vezes 5 pontos). Previamente a Organização e o Júri acordaram o número de 3 sessões de classificação, sendo os limites mínimos para ultrapassar a primeira fase de 11 pontos (média de 2 pontos vezes 5 Júris + 1 ponto), e para a segunda fase de 16 pontos (média de 3 pontos vezes 5, mais 1 ponto). Na última fase, após a classificação final das provas, o Júri obrigatoriamente emite uma declaração de voto sobre as provas classificadas nos primeiros lugares, prémios e menções honrosas”.

Sistema BSA (também aconselhado pela FIAP)

Nos concursos cujo regulamento é aceite pela BSA e FIAP, o Júri (o mesmo da selecção e avaliação) tem que ter, no mínimo, 3 membros que obrigatoriamente visionam todas as imagens a concurso e votam se devem, ou não, ser seleccionadas.

O sistema de votação pode variar de concurso para concurso.

O mais comum é o da tabela de votação de 1 a 5 (ou de 1 a 4; de 1 a 9 ou até de 1 a 100), sendo o 1 atribuído a uma imagem “fraca” e o 5 (ou o máximo de outra escala) reservado para uma considerada “excepcional”, potencialmente candidata a prémio.

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Na generalidade, um sistema usado principalmente na fase de pré-selecção dos concursos com muitas obras, é o chamado “In or Out” (fica ou sai), em que o Júri utiliza apenas os valores mais alto e baixo da tabela. Neste caso uma obra não pode ser aceite ou rejeitada por um único membro do Júri, mas apenas por uma maioria de votos.

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Anexo D (informativo)

Condições de iluminação nos actos de Selecção, Classificação e Exposição de Imagens Fotográficas - orientações técnicas

Problema complexo, pelas suas repercussões nos resultados técnico, estético e de interpretação objectiva e subjectiva das imagens, é o das condições de visualização das fotografias pelos Júris e pelos visitantes das Exposições.

Essas condições baseiam-se em dois conceitos.

O primeiro tem como referencial normativo as definições da norma ISO 3664:2009 – Graphic Technology and Photography – Viewing Conditions.

O segundo assenta na consciência de que, por razões operacionais, será muitas vezes tecnicamente impossível garantir as condições ideais nesses actos. No entanto, é obrigação das comissões organizadoras garantir um mínimo aceitável para condições de iluminação e ambientais de apresentação das obras. Para além de uma obrigação técnica, é “uma obrigação moral” de respeito e consideração pelo esforço e trabalho que os autores certamente colocaram na tomada de vistas e tratamento laboratorial das suas obras, que poderão ser totalmente anulados por erros grosseiros de iluminação na visualização crítica e pública.

Esses valores continuarão a persistir independentes da evolução tecnológica, já que são condicionadas pela psicologia e fisiologia da visão, ciências mais ou menos estabilizadas.

CONDIÇÕES TÉCNICAS DE VISUALIZAÇÃO DA IMAGEM FOTOGRÁFICA

As regras de visualização da imagem fotográfica ou produzida por outros meios gráficos assentam num princípio-base: o uso de iluminações com maior intensidade do que teoricamente seria expectável, para garantir a máxima capacidade de reprodução de densidades e restituição de tonalidade de cinzentos ou cores nos media usados, principalmente na fase de análise e classificação pelo Júri.

Essa noção provém do conceito prático de que essas imagens, embora tenham uma aparência um pouco mais densa do que sob uma iluminação normal de interior, correspondem melhor à prática corrente dos fotógrafos produzirem imagens mais contrastadas para os concursos, acreditando que o seu impacto visual no Júri seja superior.

CONDIÇÕES DE ILUMINAÇÃO TECNICAMENTE REQUERIDAS E ACEITÁVEIS

Os princípios de iluminação de imagens fotográficas devem adequar-se quanto possível à parametrização normalizada publicada na Norma de referência ISO 3664:2009 .

São aferidos por tabelas de referência em todas as acções de comparação crítica de imagens: provas positivas e visualização directa de transparências; avaliação directa e prática de provas fotográficas; visualização na projecção de transparências e visualização em monitores coloridos.

A sua especificidade obrigaria a desenvolver um léxico de vocabulário técnico complementar ao já publicado na Norma Portuguesa do Vocabulário, NP 4459-1:2008. Esse léxico estará disponível na tradução da Norma de referência ISO 3664:2009.

Este anexo reflecte apenas as orientações, em regras práticas e operacionais, aplicáveis aos Concursos, Mostras e Exposições Fotográficas.

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Logicamente, a terminologia do dia-a-dia, difere da científica e técnica. Por exemplo, quando referimos uma fonte luminosa (uma vela, uma lâmpada, um flash, ou a luz do sol) é vulgar caracterizá-la por uma curva que ilustra o seu comprimento de onda e que se conhece como o espectro luminoso tipo luz do dia, lâmpada de tungsténio ou fluorescente, flash e outras (distribuição ou curva espectral). Esta é uma definição incompleta e nada rigorosa.

Os condicionantes de iluminação teóricos a tomar em conta são:

A Matiz ou Qualidade da Cor (na gíria a noção da “cor em si”), que é garantida por quatro características primárias:

• Cromaticidade, determina a aparência da cor do assunto sob a influência uma fonte luminosa. Existem métodos acessíveis, para a sua verificação, que analisam as chamadas coordenadas num gráfico de cromaticidade em relação a um ponto de reprodução de referência. Normalizado pelo índice de cromaticidade cujo valor de referência é de 0,300. É especificada pelo observador de referência colorimétrico CIE de 1964 para garantir a compatibilidade com o método apresentado na Norma ISO/CIE 23602.

• Temperatura de Cor Correlacionada, determina a restituição da qualidade da cor na origem sob a incidência de uma determinada fonte luminosa. A sua unidade de medida é o kelvin (de símbolo K). O valor recomendado, similar à chamada “luz do dia”, varia de 5000 K a 5500 K.

• Distribuição Espectral Relativa da Potência do iluminante de referência, que é o iluminante normalizado CIE D50, como definido no Quadro T.1 da Norma CIE 15-2004.

Corresponde à distribuição, mais ou menos uniforme, da energia espectral emitida por uma superfície. Este componente é responsável pela verdadeira “impressão digital” de uma cor (reflectida ou absorvida), principal factor para que a reprodução de uma imagem fotográfica seja correcta sob uma certa fonte luminosa.

• Índice de Restituição das Cores – CRI, mede o grau em que a cor psicofísica de um objecto iluminado por um iluminante teste é conforme à do mesmo objecto iluminado pelo iluminante de referência. É verificado pela variação do valor em relação ao espaço cromático CIELAB (escala de 0 a 100), com o iluminante normalizado CIE D50 através dos testes CRI e CIE51. Quanto maior o número, maior será a capacidade de reproduzir correctamente as cores.

A resultante da integração destes componentes está presente em todas as fontes de iluminação e é conhecida pelo seu Iluminante.

O Iluminante de uma fonte luminosa é representado por um conjunto de letras/números que indicam a qualidade espectral de um tipo de luz emitida aplicado em todas as medições e na aplicação informática (software) de análise colorimétrica. Formalmente é verificado pelo iluminante normalizado CIE D65 (por vezes descrito apenas como D65), que corresponde à luz solar do meio-dia na Europa Ocidental, e por isso é conhecido como iluminante da luz do dia.

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A Commission Internationale de L’Éclairage (CIE) codificou os Iluminantes usuais da seguinte forma:

CÓDIGO DO ILUMINANTE TIPO DE FONTE LUMINOSA TEMPERATURA DE COR / ÍNDICE DE RESTITUIÇÃO DAS CORES

Fontes luminosas incandescentes (só uma iluminante normalizada)

A Fonte de luz incandescente ou de filamento de tungsténio

2856 K

Usadas em casa

Fontes luminosas fluorescentes (existiam mais de 20 tipos, hoje em dia, 12 são activos)

F2 (ou F; F02; FCW; CWF; CWF2, identificações não normalizadas)

Lâmpadas fluorescentes, conhecidas como tipo “ fluorescente luz do dia fria”

As mais comuns em escritórios

4100 K / CRI 60

F7 Lâmpadas fluorescentes com um espectro muito similar ao iluminante D65

6500 K / CRI 90

F11 Lâmpadas fluorescentes de “3 bandas estreitas”

4000 K / CRI 83

Iluminantes do tipo “ Luz do Dia”

D50 Iluminante chamada de “luz do horizonte”, de coloração similar à luz do dia ao nascer e pôr-do-sol

5000 K

D55 Iluminante que reproduz a luz do dia a meio da manhã ou da tarde

5500 K

D65 A mais comum. Iluminante da luz do dia do entardecer na Europa Ocidental

6504 K

D75 Reproduz a “luz do dia com o céu nublado, na montanha, neve e condições similares”

7500 K

C Representação histórica da luz dia no hemisfério Norte

6774 K (por vezes ainda usada)

Na restituição correcta das cores e tonalidades de cinzento, para além da Matiz das cores temos que ter em consideração duas características das fontes de iluminação não menos importantes:

• A Intensidade Luminosa (ou curva de distribuição da intensidade da luz), que determina a variação da radiação visível existente em todo o espaço da imagem, sem provocar zonas de maior ou menor iluminação. Na gíria, diz-se tratar de zonas de “altas ou baixas luzes, ou as zonas claro-escuro” não naturais nas imagens.

É geralmente a iluminância, de unidade lux (de símbolo lx), ponderada por zonas, que é medida nos positivos ou provas de contacto.

Na luz transmitida na projecção de transparências ou diapositivos é medida a luminância (de unidade candelas por metro quadrado (de símbolo cd/m2), ou lúmen por esterradiano (de símbolo lm/sr). O valor recomendado é de 2000 lux para positivos e 1270 cd/m2 para transparências.

• O Equilíbrio ou Nivelamento, que se traduz por “desvanecimento da iluminação do centro da imagem para os bordos”, provocando um desequilíbrio na sua leitura global.

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Este factor, complementar do anterior, é verificado pela leitura pontual do efeito da iluminação ao longo dos eixos diagonais da imagem (em positivo ou transparência).

Impressões e Provas de Contacto Transparências

(superior a 60 % da iluminância (superior a 75 % da luminância

do centro da imagem) do centro da imagem)

Além das características de iluminação e restituição da imagem em si, é fundamental controlar duas condições complementares, relacionadas com os locais da apresentação:

• As condições do Meio Ambiente, ou seja as condições luminosas do meio envolvente à imagem a analisarem (moldura, expositor, e outras, da sala como as zonas reflectoras do tecto, paredes, suportes de iluminação, espelhos), que afectam as características de reprodução das tonalidades e cores.

Para evitar as dificuldades da sua medida, as organizações dos Concursos de maior rigor definem condições obrigatórias para a iluminação das salas durante as exibições e projecções e, principalmente, da iluminação das provas e transparências na fase de análise e classificação.

Parâmetro influente na análise das provas é o factor de reflexão das provas e positivos e o factor de transmissão dos diapositivos.

Nos Positivos e Provas de Contacto, a zona envolvente da imagem deve ser do tipo neutra mate (neutral and matt) com um factor de reflexão entre 10 % e 60 % na superfície (sendo 60 % o valor recomendado para os sistemas que usam o cartão cinzento Munsell N8 para verificação).

Para as transparências o meio envolvente deve ser mais cuidado e rigoroso com um nível de luminância entre 5 % e 10 %, do valor recomendado ao centro da imagem, numa área de 50 mm em todas as direcções.

• Por fim, mas não menos importante, a condição do Posicionamento do Observador, ou seja o ângulo de visão das imagens, certamente dos mais descurados, mas determinantes no correcto visionamento e análise das imagens.

Basicamente, esta condição depende da conjugação de vários factores - fonte luminosa, dimensão da imagem em si e do posicionamento dos olhos do observador, de forma a minimizar luminosidades, reflexos indesejáveis e outros desviantes do correcto visionamento.

Não existindo um posicionamento normalizado de visionamento, os mais adoptados são a 90º na horizontal ou na vertical ou, até 45 º em relação a um plano inclinado onde se coloca a imagem. Mas podem aceitar-se outros posicionamentos que garantam a leitura normal da dimensão da imagem (cerca de duas vezes o comprimento da sua diagonal) e permitam aproximação para o visionamento de pormenores ou imagens de menor dimensão.

FERRAMENTAS E PRODUTOS AUXILIARES

Na análise da cor em si, nomeadamente dos rendimentos luminosos nos visionadores de diapositivos e provas positivas, e da imagem projectada pelos projectores de diapositivos, existem no mercado miras e tiras técnicas normalizadas que auxiliam a comparação e aferição da restituição luminosa e colorida.

2000

lx

1270

cd/ m2

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A PSA e a FIAP, assim como outros organizadores de Concursos, obrigam mesmo à utilização de estantes visionadoras fixas ou portáteis de provas e transparências (light stands, judging prints light box, color viewing stations, transparency viewers), construídas industrial ou artesanalmente, sob critérios bem definidos.

O uso de fotómetros, cartões de densidade neutra para análise das tonalidades de cor e cinzentos, lupas de ampliação complementam a capacidade para criação das condições correctas de visualização.

Erro básico é escolher a fonte luminosa pela apenas potência ou tipo de iluminação (incorrectamente designadas por luz do dia, luz fria, luz quente e outras) por indicação de panfletos de dados técnicos menos correctos, muitas vezes mal traduzidos ou omissos.

O fluxo luminoso de uma fonte de luz (vulgarmente associada à quantidade de luz) corresponde à radiação emitida pela fonte luminosa como é avaliada pelo olho humano. O fluxo luminoso tem como unidade o lúmen (de símbolo lm). Uma fonte de luz é também caracterizada pela sua eficácia luminosa, ou seja pelo quociente desse fluxo luminoso dividido pela potência total, de unidade watt (símbolo W) consumida por essa fonte, expressas em lm/W.

Essas grandezas determinam mais o custo, rendibilidade, duração e são inerentes a qualquer fonte de luz, mas não correspondem aos critérios adequados para a correcta restituição dos tons e cores da imagem. E já existem no mercado lâmpadas do tipo díodos emissores de luz (LED), constituídas por vários díodos fotoemissores de grande luminosidade, de iluminação equilibrada e direccionada, com um diversificado conjunto de formatos e tipologias luminosas, tecnologias inovadoras e a preços acessíveis.

É fundamental não menosprezar outro factor, não directamente relacionado com as fontes de iluminação e a luz ambiente que contribui para a leitura correcta de uma imagem por diferentes observadores.

Sabemos que o olho humano (apoiado pela memória, hábito e interpretação) tem uma excelente capacidade de adaptação à variação da temperatura de cor das fontes de luz entre 2800 K e 6500 K. Nesse intervalo de temperatura de cor, os materiais fotográficos usuais podem apresentar maior diferenciação em relação à própria iluminação em si (luminosidade, intensidade, contraste, véu evidente, etc.) do que à própria temperatura de cor.

Esta capacidade do olho humano torna-se evidente se analisarmos fontes luminosas com “picos “ de iluminação, por exemplo lâmpadas fluorescentes que, podendo teoricamente emitir a mesma cromaticidade que uma fonte tipo luz do dia, geram imagens com uma “visibilidade” diversa da original (azulada, esverdeada, anil, violácea, e outras), principalmente nas transparências directas não corrigidas.

O fenómeno psicofisiológico que permite ao observador, em condições de iluminação diversas (ou vários observadores perante a mesma imagem), terem uma percepção – não real - da mesma “cor ou tonalidade”, é conhecido como Metamerismo (ou Metameria).

O problema é que a metameria varia, entre outras, com as condições físicas do observador, a distância e o ângulo de visão. O que acontece nas sessões de análise e mostra das imagens.

Apresenta-se, resumida, uma tabela de fontes de iluminação normalizada para a correcta reprodução das tonalidades e cores em diferentes condições de visualização e os limites, teoricamente aceitáveis, para a sua variação.

SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE VISIONAMENTO -segundo a Norma ISO 3664:2009

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Nas acções de visionamento directo das imagens (o que acontece geralmente nas primeiras sessões dos membros do Júri)

SITUAÇÃO LUMINOSA POSITIVOS E PROVAS DE CONTACTO DIAPOSITIVOS E TRANSPARÊNCIAS

Código da condição de visionamento, segundo a Norma

P1 T1

Iluminante normalizado CIE D50

Iluminância no centro da imagem / lx

2000 ± 500 (aceitável)

2000 ± 250 (preferível)

-

Luminância no centro da imagem / (cd/m2)

- 1270 ± 320 (aceitável)

1270 ± 160 (preferível)

Tolerância das coordenadas tricromáticas

0,005

Índice de Restituição das Cores (CRI), de acordo com a CIE 13.3:1995

CRI geral ≥ 90

CRI especial de cada uma das 8 imagens ≥ 80

Índice de metamerismo, de acordo com a ISO/CIE 23603

No visível: No UV:

< 1,0 (aceitável) < 1,5 (aceitável)

< 1,5 (preferível) < 0,5 (preferível)

Uniformidade da iluminação da imagem

Superfícies < 1 m2:

iluminância / iluminância (no centro) ≥ 0,75

Superfícies > 1 m2:

iluminância / iluminância (no centro) ≥ 0,60

luminância / luminância(no centro) ≥ 0,75

Meio ambiente Neutro e mate

10 % < factor de reflexão < 60 %

Extensível no mínimo a 50 mm em todos os lados, neutro

5 % < luminância / luminância(imagem) < 10 %

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Nas acções de Mostra, Exposição de Imagens Positivas, Montras e outras situações de apresentação pública das imagens

SITUAÇÃO LUMINOSA CONDIÇÕES DA SALA DE EXPOSIÇÃO VISIONAMENTO DIRECTO

DE DIAPOSITIVOS E TRANSPARÊNCIAS

MONITORES A COR

Código da condição de visionamento segundo a Norma

P2 T2

Iluminante normalizado CIE D50 D65

Iluminância no centro da imagem / lx

500 ± 125 - -

Luminância no centro da imagem / (cd/m2)

- 1270 ± 320 (sem diapositivo no projector)

≥ 80 (aceitável)

≥ 160 (preferível)

Presente na secção 4.5.3 da ISO 3664

Tolerância das coordenadas tricromáticas

0,005 0,025

Índice de Restituição das Cores (CRI), de acordo com CIE 13.3

CRI geral ≥ 90

CRI especial de cada uma das 8 imagens ≥ 80

Não aplicável

Índice de metamerismo, de acordo com a ISO/CIE 23603

No visível: No UV:

< 1,0 (aceitável) < 1,5 (aceitável)

< 1,5 (preferível) < 0,5 (preferível)

Não aplicável

Uniformidade da iluminação da imagem

Superfícies < 1 m2:

iluminância / iluminância (no centro) ≥ 0,75

Superfícies > 1 m2:

iluminância / iluminância (no centro) ≥ 0,60

luminância / luminância (no centro) ≥ 0,75

Não aplicável

Meio ambiente Neutro e mate

10 % < factor de reflexão < 60 %

Extensível no mínimo a 50 mm em todos os lados, neutro

5 % < luminância / luminância (imagem) < 10 %

Neutro e cinzento-escuro ou preto

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Anexo E (informativo)

Iluminação de Imagens Fotográficas em Mostras, Apresentações, Montras e outros locais de Exposição Pública - guia prático

Pressupostos de base, os níveis adequados e correctos de iluminação, quer na fase de classificação ou da exposição, são os referidos na tabela da ISO (Anexo D) - Condições P1, P2, T1 e T2. Ora, os objectivos teóricos do metamerismo e do índice de restituição das cores referido no ISO/DIS 3664 são o de minimizar a aparência visual derivada de profundas alterações do espectro das fontes luminosas que afecta as imagens.

Infelizmente muitas entidades, associações e clubes e outras organizações não têm acesso a equipamentos de iluminação que cumpram esses requisitos rígidos.

O que é fundamental é permitir a quem selecciona, analisa, premeia ou simplesmente vê imagens fotográficas num concurso ou exposição, ter uma garantia de que está a ver a concepção do seu criador, o fotógrafo, e as características, técnicas e estéticas, que este idealizou e desenvolveu para a sua criação.

Este Guia assenta neste pressuposto.

As alterações às especificações técnicas devem ser comunicadas ao Júri para que este as possa ter em consideração nos seus processos de trabalho.

A maior dificuldade reside na diferenciação das zonas de observação, avaliação e exposição. Neste caso podem ser criadas zonas de transição para as novas condições de iluminação, para que a que os observadores se possam ir adaptando, tal como acontecia na transição da zona clara para a zona de iluminação de segurança no laboratório analógico clássico.

O uso de níveis superiores de iluminação é aconselhável para se aproveitar a máxima utilização das variações de densidade e capacidade de reprodução das cores das provas e transparências, particularmente durante a fase de classificação.

Nas zonas de exposição ou projecção públicas, poderão ser aceites, por condicionalismos técnicos do ambiente local da mostra, condições de iluminação menos rigorosas.

Coloca-se assim a dúvida: se se aceitam alterações ou desvios à Norma por situações práticas, quais os limites toleráveis para um mínimo de impacto e uma interpretação mais ou menos correcta das imagens produzidas pelos autores?

Na comunidade fotográfica, com vasta experiência adquirida, existe um consenso: o menor efeito na percepção da qualidade das imagens fotográficas resulta do facto de se permitir uma variação para menos, em relação à chamada luz do dia, da temperatura de cor relativa.

O que determina os seguintes critérios práticos:

• Fontes preferenciais para a Análise e avaliação das Imagens Fotográficas Positivas são as fontes de luz de tungsténio (conhecidas incorrectamente por lâmpadas incandescentes) com uma temperatura de cor correlacionada entre 2800 K a 5000 K (preferível).

Na prática corrente, é vulgar as fontes de luz de tungsténio podem serem “filtradas” para se obter uma iluminação razoável com uma temperatura de cor correlacionada de cerca de 5000 K. O uso dessas fontes (chamadas luz do dia, geralmente com vidro envolvente azul) minimiza o metamerismo e os problemas da restituição das cores, sendo a variação das diferentes temperaturas de cor resolvidas pela adaptação da visão humana;

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• Para a Projecção de Transparências ou Diapositivos, o mais adequado é o uso de lâmpadas de tungsténio, filtradas ou não;

• No Visionamento Directo de Diapositivos e Transparências, em que é aconselhável uma fonte de luz difusa, devem ser utilizadas fontes de iluminação fluorescentes, desde que cumpram os requisitos da Norma.

GUIA PRÁTICO – TABELA

Resumem-se, na tabela sequente, recomendações para a análise, classificação e exposição de fotografias, em situações que seja impossível garantir as condições técnicas exigíveis por normalização.

A base é que as comparações entre imagens devem ser feitas com fontes de iluminação e condições similares em todos os grupos de imagens similares (provas positivas; transparências em visão directa e projecções), e que os observadores estejam habituados a esses ambientes de iluminação.

O que determina que, se for utilizada uma fonte de temperatura de cor correlacionada ou de nível de iluminação não normalizada, deve permanecer constante em todas as avaliações a realizar.

Se não for possível manter essa constante, qualquer visualização comparativa (que envolva diferentes fontes de temperatura de cor ou níveis de iluminação) deve ser física e temporalmente espaçada, para os observadores terem tempo de se adaptarem a cada iluminação, antes de poderem ver as imagens.

Também a temperatura de cor correlacionada de qualquer ambiente de iluminação na altura de visionamento e projecção dos diapositivos) deve ser igual ou menor que a temperatura de cor usada na análise e classificação dos mesmos.

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Guia Prático da Iluminação a usar nos Concursos e Exposições de Fotografia – Recomendações

Imagem Fotográfica Condições de Visualização

Teóricas (Anexo D) Mínimas Ambientais

JÚRIS DE PRÉ-SELECÇÃO / AVALIAÇÃO (antes da apresentação pública das imagens)

Provas Fotográficas (positivos)

Condição ISO P1

(2000 ± 250) lx (recomendado)

(2000 ± 500) lx

Temperatura de cor pode baixar até 2800 K se forem usadas lâmpadas de tungsténio (a)

Visão entre 0º (na vertical ou horizontal) ou até 45º em estantes apropriadas

Visionamento directo de Transparências

Condição ISO T1 - Iluminação difusa

Visionamento de Transparências por Projecção

Condição ISO T2 Temperatura de cor pode baixar até 2800 K se forem usadas lâmpadas de tungsténio (a)

EXIBIÇÂO PÚBLICA DAS IMAGENS (Exposições, Mostras, Montras, Vitrinas, Projecções e outras)

Provas Fotográficas (positivos)

Condição ISO P1 Nível de iluminância pode baixar até 375 lx

Temperatura de cor pode baixar até 2800 K se forem usadas lâmpadas de tungsténio (a)

Visão entre 0º (na vertical ou horizontal) ou até 45º em estantes apropriadas

Visionamento directo de Transparências

Condição ISO T1

Nível de luminância pode baixar até o máximo entre 240 cd/m2 e 1000 vezes o valor da luminância de névoa por encadeamento (b)

Temperatura de cor pode baixar até 2800 K se forem usadas lâmpadas de tungsténio (a)

Iluminação difusa

Visionamento de Transparências por Projecção

Condição ISO T2 Nível de luminância pode baixar até o máximo entre 40 cd/m2 e 1000 vezes o valor da luminância de névoa por encadeamento (c)

Temperatura de cor pode baixar até 2800 K se forem usadas lâmpadas de tungsténio (a)

a) Com fontes luminosas de temperatura de cor correlacionada diferente de 5000 K, as qualificações do metamerismo e do índice de restituição das cores descritas nesta Norma ISO não se aplicam. Nestes casos, o utilizador deve basear-se sobre a similitude da distribuição espectral relativa da potência da fonte luminosa de tungsténio como um radiador teórico de Planck. Se as distribuições espectrais relativas de potência forem similares, as cromaticidades, as diferenças metaméricas e as restituições das cores também serão similares.

b) A iluminância de névoa por encadeamento, numa situação típica de visionamento directo, deve ser aproximadamente 0,3 vezes o valor da iluminância da luz ambiente incidente na superfície do dispositivo de iluminação.

(c) A luminância de névoa por encadeamento numa situação típica de visionamento por projecção deve ser aproximadamente 0,0016 vezes o valor da luminância da luz ambiente incidente no ecrã de projecção.

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Bibliografia

Catálogos de fabricantes de fontes de iluminação

Regulamentos, nacionais e internacionais, de Concursos e Salões Fotográficos

Racal Clube, Algarve Photo Salon - Regulamento

PSA - Diversa documentação e site http://www.psa-photo.org /Mira fotográfica /Print Judging Light box

FIAP – Diversa documentação e site http://www.fiap.net/index-en.html

Diversos catálogos de produtos e ferramentas auxiliares para projecções e montagem de exposições

Catálogos de produtos de apoio a sistemas de avaliação computadorizado

Informação técnica e catálogos de Light box (Caixas de Luz)

Informação técnica e catálogos de Slide Viewers (Visionadores de Transparências e Diapositivos)

Informação técnica e catálogos de Viewing Stands (Estantes de Visionamento de Provas)

Informação técnica sobre fontes de iluminação