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ancária ancária B www.bancariosce.org.br Informativo do Sindicato dos Bancários do Ceará | Edição nº 1369 | 2 a 7 de fevereiro de 2015 Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE Dia Nacional de Lutas Bancários vão às ruas em defesa dos direitos trabalhistas e da Caixa 100% Pública O Sindicato dos Bancários participou da manifestação das centrais sindicais em Fortaleza (pág. 3) • Bloco de pré-carnaval dos bancários, De Magote, faz sua última apresentação próximo sábado, 7 de fevereiro, no Mercado dos Pinhões (pág. 4) • Almoço comemorativo celebra Dia do Aposentado com quase 200 convidados no Hotel Praia Centro (pág. 2) • Bancos vão na contramão da economia e fecham mais de cinco mil postos de trabalho em 2014. (pág. 7) 5 r

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ancáriaancáriaBwww.bancariosce.org.br

Informativo do Sindicato dos Bancários do Ceará | Edição nº 1369 | 2 a 7 de fevereiro de 2015

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Dia Nacional de LutasBancários vão às ruas em defesa dos

direitos trabalhistas e da Caixa 100% Pública

O Sindicato dos Bancários participou da manifestação das centrais sindicais em Fortaleza (pág. 3)

• Bloco de pré-carnaval dos bancários, De Magote, faz sua última apresentação próximo sábado, 7 de fevereiro, no Mercado dos Pinhões (pág. 4)

• Almoço comemorativo celebra Dia do Aposentado com quase 200 convidados no Hotel Praia Centro (pág. 2)

• Bancos vão na contramão da economia e fecham mais de cinco mil postos de trabalho em 2014. (pág. 7)

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Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Aurélio Saraiva Holanda – Jornalista Resp: Lucia Estrela - CE00580JPRepórter: Sandra Jacinto - CE01683JP – Projeto Gráfi co e Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG

Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

Expediente

1 2 3 4 5 6 7 8 TribunaBancáriaEdição 1369 | 2 a 7 de fevereiro de 2015

DIA DO APOSENTADO

Sindicato realizou almoço comemorativo para marcar a data

O Sindicato dos Bancários do Ceará, atra-vés da sua secretaria de Aposentados, realizou no sábado, 24/1, um almoço comemorativo ao Dia Nacional dos Aposentados, com a par-ticipação de quase 200 convidados. O evento aconteceu no Hotel Praia Centro e teve ainda sorteio de brindes e a participação especial da bateria do bloco de pré-carnaval dos ban-cários, De Magote Não Tem Quem Derrote.

“Primeiramente gostaria de agradecer a todos os bancários aposentados por te-rem atendido ao nosso convite. Nesse 24 de janeiro, dia em que comemoramos o Dia Nacional do Aposentado, diferente de outras atividades que nós do Sindicato fazíamos, na nossa sede, optamos por comemorar a data num hotel, com um almoço, para que fosse um momento de confraternização e reencon-tro”, agradeceu o secretário de Aposentados, Océlio Silveira.

“É muito importante esse congraçamento dos aposentados. Geralmente, quando nos aposentamos, cada um segue seu caminho, mas eventos como esse são importantes por

“É claro que os aposentados têm muitas demandas e muitas queixas, mas temos de comemorar esse momento em que estamos aqui com energia, saúde e vitalidade. O Sindicato dos Bancários fi cou muito honrado de contar

com todos vocês nesse evento”Océlio Silveira, secretário de Aposentados do Sindicato

dos Bancários do Ceará

reencontrarmos nossos velhos colegas de banco”, reforçou o diretor do Sindi-cato e aposentado pelo Banco do Brasil, Plauto Macedo.

O secretário de Cultura, Tomaz de Aquino, reafi rmou o princípio de luta do Sindicato por todos os bancários,

sejam eles aposentados ou da ativa. “Nos-sa luta é incessante e todos conhecem o Sindicato que os representa. Todos aqui sabem da nossa disposição de suas épocas nas agências e sabem que podem contar conosco sempre que precisarem”, destacou.

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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CENTRAIS SINDICAIS

Bancários participam do Dia Nacional de Luta por empregos e direitos

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CEO Dia Nacional de Lutas por Empregos e Direitos reuniu na quarta-feira, dia 28/1, dirigentes sindicais, militantes

e trabalhadores de base, juntamente com as Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB – e Movimentos So-ciais em ato público e panfl etagem em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará (SRTE-CE), no Centro de Fortaleza.

Bancários do Ceará, representados pelo Sindicato da categoria, participaram do ato, brigando contra essas propostas de revisão de direitos. Esse não é o projeto que foi para o debate nacional nas eleições do ano passado. As medidas provisórias 664 e 665 são rebaixa-mento de direitos e vão contra a expectativa do diálogo para avançar.

Emprego é um tema importante, espe-cialmente para os trabalhadores do Ramo Financeiro, o setor que mais lucra no País. A abertura do capital da Caixa Econômica Fede-ral também esteve no debate do Dia de Luta.

Segundo Carlos Eduardo Bezerra, presi-dente do Sindicato dos Bancários do Ceará, nos bancos o quadro de emprego é extrema-mente grave, pois foram eliminados, em 2014, cinco mil postos de trabalho, apesar do lucro alto. O dirigente sindical disse ainda que “não é razoável, nem aceitável a abertura do capi-tal da Caixa, uma empresa 100% pública com 154 anos de existência, principal responsável pelas políticas de fi nanciamento imobiliário das camadas populares, que detêm o banco de dados do FGTS, que sempre foi atrativo para os bancos privados, que atende o seguro desemprego, que atende o Bolsa Família. Os bancários entendem que a abertura do capital da Caixa representa retrocesso na condução da política pública.

Além disso, a Caixa vai concorrer com o Banco do Brasil na mesma situação. Portanto, abrir o capital da Caixa signifi ca a privatização ou fi m de um dos dois bancos. A categoria defende “mais empregos e mais direitos”.

“Nós percebemos claramente que a

tentativa do governo não fi ca restrita apenas à

retirada de direitos com as medidas provisórias.

mas fi ca mais ampla com a proposta de abertura do capital da Caixa, que representa um ataque

às conquistas sociais dos trabalhadores deste País.

Temos que combater qualquer governo, qualquer proposta

que retire direito dos trabalhadores”

Carlos Eduardo Bezerra, presidente

do Sindicato dos Bancários do Ceará

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PRÉ-CARNAVAL

Não fi que de fora da última apresentação do De Magote, sábado, 7/2

A última apresentação do bloco de pré-carnaval dos bancários, De Magote Não Tem Quem Derrote, acontece no próximo sábado, 7/2, no Mercado dos Pinhões, a partir das 17h. As três apresentações anteriores contaram com muita folia e animação, além de parti-cipações especiais da Corte do Carnaval de Fortaleza em 2015, do grupo Arte Popular e de integrantes de outras agremiações como Bonde Batuque e Unidos da Cachorra.

O bloco De Magote tem bateria própria e com um ambiente familiar e aconchegante, proporciona aos bancários e seus convida-dos o prazer de brincar um carnaval “das antigas”, com marchinhas, sambas de raiz e sambas-enredo, onde podem levar seus fi lhos e parentes com segurança e tranquilidade. O bloco já tem três anos de existência e em 2015 faz parte do circuito ofi cial de pré-carnaval da Prefeitura de Fortaleza.

“O Sindicato dos Bancários faz mais essa iniciativa partindo do seu princípio de Sindi-cato Cidadão, dando sua contribuição para a cultura do município. O bloco é um ambiente familiar, onde se pode pular com tranquilida-de, sem aglomerações e com muita segurança. Esperamos contar com a presença de todos para o encerramento de mais essa jornada”, afi rmou Tomaz de Aquino, secretário de Cultura do Sindicato dos Bancários do Ceará.

A venda de camisas do bloco “De Magote” continua ao preço de R$ 25,00 cada, dando direito a dez cédulas de Lauro Maia que serão trocadas por cervejas, refrigerantes ou águas. Para comprar, os interessados devem contatar Fanca no número 85 3252 4266 ou diretamente no local da apresentação do bloco.

Faça como dezenas de famílias e foliões já fi zeram nos dias 17, 24 e 31/1. Venha brincar no bloco dos bancários e desfrutar com segurança e conforto de momentos de descontração e euforia. É neste sábado, 7/2, a partir das 17h, no Mercado dos Pinhões.

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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BANCO DO BRASIL

Sindicato cria fórum para debatertransformação dos PAAs em agênciasO Sindicato dos Bancários do Ceará

promove no próximo dia 7 de fevereiro (sábado) em sua sede, a partir das 9 horas, encontro com os funcionários de todos os PAAs do Banco do Brasil do interior cearense. O objetivo é debater e tirar encaminhamentos para solucionar os pro-blemas dessas unidades, principalmente com relação a falta de funcionários e as precárias condições de trabalho. É propos-ta do Sindicato conseguir com a direção do BB a transformação desses pontos de atendimento em agências estruturadas, para atender a demanda dos municípios.

Somente os estados do Ceará, Paraíba e Bahia ainda mantêm o formato de pontos de atendimento, os PAAS. Atualmente existem 36 PAAs no Ceará, com um total de 120 funcionários, que estão hoje traba-lhando em condições totalmente adversas. Há precariedade no atendimento à popu-lação por falta de funcionários, falta de

“Convocamos todos os funcionários dos PAAs do Banco do Brasil para juntar forças com

o Sindicato visando a transformação dessas unidades em agências. O Sindicato encampa

essa luta em defesa da melhoria nas condições de trabalho dos bancários e de atendimento aos

clientes”José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato

e funcionário do Banco do Brasil

segurança, a logística é ruim e os prédios são pequenos e mal instalados.

Nesse encontro do dia 7/2, o Sindicato vai criar um fórum de funcionários de PAAs do Banco do Brasil para avançar no debate no sentido de transformar essas unidades em agências. Isto porque as cidades onde funcionam esses pontos de atendimento não comportam mais esse modelo de unidade precária, especialmen-te pelo volume de atendimento, haja vista o número de habitantes que utilizam os serviços do BB. O atendimento atual não corresponde à demanda dos clientes do Interior.

O encontro dos funcionários dos PAAS do Banco do Brasil será a partir das 9 horas, com um café da manhã na sede do Sindicato (Rua 24 de Maio, 1289, Centro – Fortaleza). Nessa reunião será tirado um calendário de trabalho para que o Sindi-cato possa negociar com a direção do BB .

O Sindicato dos Bancários do Ceará e a Apcef/CE participaram na quarta-feira, 28/1, do seminário de integração de 11 novos empregados da Caixa Econômica Federal, no Edifício Sede, em Fortaleza. Desses, cinco serão lotados no interior do Ceará (empossados dia 26/1), quatro no Piauí e dois no Maranhão (empossados dia 23/1). Participaram do seminário os diretores do Sindicato e da Apcef/CE, Jefferson Tramontini e Carlos Rogério, a diretora Jannayna Lima e o delegado sindical do BB, Magnum.

Os sindicalistas fi zeram um breve histórico de luta dos empregados da Caixa ao longo dos últimos anos e explicaram alguns dos impactos da abertura de capital da CEF e da importância da sua manutenção 100% Pública, principalmente pela sua atuação como principal instrumento de políticas públicas do governo federal. Os dirigentes ressaltaram ainda a importância da sindicalização e da mobilização dos empregados para alcançar novas conquistas.

SEEB/CE participa de seminário de integração de novos empregados da Caixa

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

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PREVI

Diretor Plauto Macedo é homenageado em cerimônia comemorativa em São Paulo

Para homenagear os participantes da Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, Marcel Barros, representou a entidade na segunda-feira, 26/1, no tradicional even-to em comemoração ao Dia do Aposentado, realizado pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) e pelo Sindicato Nacional das Entidades Fechadas de Previdência Com-plementar (Sindapp). O evento, que dá início ao calendário de atividades do ano, reúne partici-pantes, associações e dirigentes das entidades que compõe o sistema de fundos de pensão e propõe um convite à refl exão sobre a importância da pre-vidência complementar na manutenção da qualidade de vida pós laboral, além de estreitar o relacionamento entre fundos de pensão e associados.

Em nome dos mais de 72 mil aposentados da Previ, o participante José Plauto Macedo, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, recebeu das mãos do diretor Marcel Barros o diploma simbólico em alusão à data. “Fiquei muito feliz quando soube que seria o home-nageado de 2015. É um motivo de orgulho fazer parte de uma entidade séria, que tem demonstrado a competência de administrar com destreza o recurso de seus associados durante todos esses anos”, diz.

“É fundamental refl etirmos sobre a importância da Previdência Complemen-tar. Infelizmente, no meio bancário vemos

diferença quando nos comparamos ao pessoal de outros bancos, que quando se deparam com a aposentadoria não têm uma previdência complementar. Esses companheiros, às vezes, têm cargos altos, e quando chegam à aposentadoria não conseguem manter o padrão de vida. A previdência complementar não deve ser um privilégio, mas um direito de todos”, complementou. “Quero dividir essa ho-menagem com todos os bancários apo-sentados do estado do Ceará e a diretoria do SEEB/CE”, concluiu.

Plauto tomou posse em 1975 em Ma-naus. De lá passou por Juazeiro do Norte e depois por Fortaleza, onde se aposentou em 2004. “É comum que as pessoas só pen-sem na aposentadoria quando o momento está prestes a acontecer, e no meu caso não foi diferente. No início tive problemas

por essa falta de planejamento. Há uma ruptura muito grande quando saímos de uma empresa na qual trabalhamos por tantos anos. Só depois dos primeiros seis meses é que percebi qual era a nova rea-lidade. É preciso achar uma nova rotina e se dedicar a ela, começar uma nova vida. Aos que estão na ativa, sugiro que façam uma preparação tanto psicológica, por saber que vão deixar a empresa, como fi nanceira, familiar e social”, enfatiza.

Sobre a importância do planejamento, o diretor Marcel enfatiza que é fundamen-tal começar a pensar na aposentadoria o quanto antes, especialmente quem é do Previ Futuro e dos planos de contribuição variável de outros fundos, pois, nesses casos, o benefício de aposentadoria de-penderá do saldo de conta acumulado durante a vida contributiva.

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PESQUISA

Apesar dos lucros, bancos cortam 5 mil postos de trabalho no Brasil em 2014

Fonte: MTE/SPPE/DES/CGET - CAGED LEI 4.923/65 ELABORAÇÃO: DIEESE - REDE BANCÁRIOS

O sistema fi nanceiro nacional fechou 5.004 postos de trabalho em 2014 e manteve o alto índice de rotatividade no emprego dos anos anteriores, como me-canismo para achatar a média salarial. Os bancos agem assim na contramão da economia brasileira, que gerou 396.993 novos postos em 2014.

Os dados são da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada pela Contraf-CUT, que faz o estudo em parceria com o Dieese, com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os maiores cortes ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com 1.847, 984, 857 e 587 cortes, respectivamente.

No Ceará, foram demitidos 497 ban-cários em 2014, conforme dados esta-tísticos do Sindicato dos Bancários, que registrou que 53,3% dos demitidos eram homens e 43,7% eram mulheres. O tempo médio de serviço dos demitidos no banco é de 25 anos (43%). Com até cinco anos de serviço foram 32,2%. Entre 6 e 10 anos de serviço foram 14,7%; entre 11 e 15 anos foram 5%; entre 16 e 20 anos foram 1,6% e entre 21 e 25 anos foram 3%.

Entre os bancos privados, o Bradesco foi o campeão de demissões no Ceará, com 88 afastamentos, seguido pelo Itaú, com 63 demissões e em terceiro aparece o Santander, com 31 desligamentos. Entre os bancos públicos, o primeiro colocado é o Banco do Nordeste, com 126 desliga-mentos, sendo 77,8% incentivados por Plano de Aposentadoria, e em segundo vem o Banco do Brasil, com 90 desligamentos, sendo 54,4% por aposentadoria, 7,8% com justa causa e 35,6% a pedido.

“É injustifi cável essa eliminação de postos de trabalho num dos setores mais lucrativos da economia, ostentando os maiores índices de rentabilidade de todo o sistema fi nanceiro internacional”, afi rma Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará.

Rotatividade achata salários – De acordo com o levantamento Contraf-CUT/Dieese, além do corte de vagas, a rotativi-

dade continuou alta no período. Os bancos brasileiros contrataram 32.952 funcio-nários e desligaram 37.956. A pesquisa mostra também que o salário médio dos admitidos pelos bancos no ano passado foi de R$ 3.374,99 contra o salário médio de R$ 5.338,12 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 37% menor que a remuneração dos que saíram.

Essa diferença prova que os bancos privados continuam praticando a rotativi-dade, um mecanismo cruel utilizado para reduzir a massa salarial da categoria e aumentar ainda mais os lucros. Nos últi-mos 11 anos, os bancários conquistaram aumentos reais consecutivos, mas esses ganhos estão sendo corroídos pela rota-tividade, freando o crescimento da renda da categoria.

Desigualdade entre homens e mulhe-

res – A pesquisa mostra também que as mulheres, ainda que representem metade da categoria e sejam mais escolarizadas, continuam discriminadas pelos bancos na remuneração, ganhando menos do que os homens quando são contratadas. Essa desigualdade segue ao longo da carreira, pois a remuneração das mulheres é bem inferior à dos homens no momento em que são desligadas dos seus postos de tra-balho. Enquanto a média dos salários dos homens na admissão foi de R$ 3.805,74 em 2014, a remuneração das mulheres fi cou em R$ 2.921,66, valor 23,2% inferior à remuneração de contratação dos homens.

Já a média dos salários dos homens no desligamento foi de R$ 6.017,45 no perío-do, enquanto a remuneração das mulheres foi de R$ 4.4522,87. Isso signifi ca que o salário médio das mulheres no desliga-mento é 26% menor que a remuneração dos homens.

“Não faz sentido que um dos setores mais lucrativos da economia brasileira continue

mantendo essa política de corte dos empregos, principalmente entre os bancos privados que, a cada ano, acumulam recordes de

lucratividade”Gabriel Motta, diretor do Sindicato dos

Bancários do Ceará e funcionário do Bradesco

Saldo do Emprego Bancário por CNAE Brasil – Janeiro a Dezembro de 2014

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Sindicato reivindica posição sobre reintegração dos demitidos na Gestão Byron

BNB

No último dia 26/1, o Sindicato dos Bancários do Ceará protocolou junto à Superintendência de Desenvolvimento Humanos do BNB, documento onde cobra resposta para a cláusula 54ª da Pauta de Reivindicações Específicas aprovada no último Congresso Nacional dos Fun-cionários do BNB.

O documento procura demonstrar para a direção do Banco e órgãos contro-ladores integrantes do Governo Federal que a reivindicação é justa, pois busca recuperar o emprego de trabalhadores autoritariamente demitidos da Insti-tuição sem qualquer incentivo como foi dado a funcionários de outras estatais.

Conforme o documento entregue ao Banco, as demissões ocorridas no BNB no período de 1995 a 2003 foram rea-lizadas sem justa causa e sem qualquer vantagem adicional, pecuniária ou de benefícios, ao contrário de outras de-missões ocorridas no mesmo período em outras estatais, com base em PDV – Programa de Demissão Voluntária. Ou

seja, os bancários demitidos do BNB não tiveram a oportunidade de opção do PDV.

Além das demissões no BNB terem sido sem justa causa, sem PDV e por motivações políticas ou de assédio mo-ral, a reintegração desses demitidos é diferente dos demais bancos públicos e das empresas estatais, por ser o único caso em que a reintegração será através de acordo coletivo e sem o recolhimento das contribuições previdenciárias ou de qualquer benefício retroativo ao período de afastamento.

Dos 287 demitidos sem justa causa, restam hoje cerca de 100 que declaram interesse na reintegração, uma vez que boa parte já foi reintegrada, outros fale-ceram e há os que não têm interesse em retornar ao Banco. Essa reintegração encontra precedente, segundo o docu-mento, pois em 1992, cerca de 100 funcionários demitidos sem justa causa pelo governo Collor foram reintegrados também por acordo coletivo.

“A reivindicação é também uma ques-tão de isonomia, pois até 2009, 31 dos

287 demitidos durante a Gestão Byron Queiroz já haviam sido reintegrados

através de acordos na justiça”Tomaz de Aquino, coordenador da

Comissão Nacional dos Funcionários do BNB e diretor do SEEB/CE

Mercado formal em altaLevantamento do IBGE indica que o percentual médio de

trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado em relação à população ocupada (incluindo os trabalhadores informais) aumentou em 12 anos 19,9 pontos percentuais,

passando de 39,7% em 2003 (7,3 milhões), para 59,6% em 2014. Houve, no período, acréscimo de 4,4 milhões de empregados formais no conjunto de trabalhadores. Os dados fazem parte

da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada dia 29/1. A Pesquisa Mensal de Emprego é feita pelo IBGE nas regiões metropolitanas

do Recife, de Salvador, de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e Porto Alegre.

Cidadania do trabalhadorO PLS 83/2012, de Eduardo

Lopes (PRB-RJ), estabelece que o trabalhador dependente de álcool

só poderá ser demitido se não aceitar se submeter a tratamento médico ou psicológico para parar de beber. A iniciativa reconhece que o alcoolismo é uma doença e busca permitir a recuperação

e resgatar a cidadania do trabalhador. Sendo assim, ele não deve ser demitido por justa causa.

É importante que a empresa encaminhe esse trabalhador para

que ele faça um tratamento, isso é fundamental, e resgate a

cidadania dessa pessoa. O projeto deverá ser votado, em fevereiro, na Comissão de Constituição e

Justiça.

Saúde com diagnóstico certoA calvície também ameaça as mulheres. Segundo o médico Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, a calvície é

progressiva e se manifesta com uma rarefação no topo da cabeça, sem fi os visíveis caindo. A indicação é obter um diagnóstico correto,

que só pode ser feito por um especialista e mediante uma série de exames de sangue e, em alguns casos, com biópsia do couro

cabeludo. “Um exame clínico não é sufi ciente para se chegar a um diagnóstico correto”, diz Bedin.