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Jornal de Bandeja - Produção: Laboratório de Jornalismo da Unifor - Diretora do CCG: Profa. Candice Nóbrega Graziane Vieira Lima - Coordenador do curso: Prof. Wagner Borges - Professor orientador: Ricardo Sabóia - Edição: Nícolas Brandolim - Redação: David Nogueira, Diego Twardy, Gabriel Borges, Guilherme Custódio, Lucas Castro e Nícolas Brandolim - Projeto gráfico: Liduina Figueiredo - Diagramação: Aldeci Tomaz e Rafaela Quevedo - Supervisor da gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor O jornalista especializado em meio ambiente cobre fatos li- gados à ecologia, à fauna, à flora e aos recursos renováveis. As primeiras coberturas sobre o meio ambiente ocorreram após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Já na década de 1980, com a descoberta do buraco na camada de ozônio e o aumento do aquecimento global, e após a Conferência Rio 92, a temática voltou a ser discutida na imprensa local e internacional. A cada dois anos, a Rede Brasileira de Jornalismo Am- biental (www.jornalismoambiental.org.br) promove o Con- gresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, com o objetivo de qualificar a pauta ambiental entre os jornalistas especiali- zados na área. A sexta edição do CBJA ocorrerá no mês de outubro, em São Paulo. Curso de Engenharia Ambiental Carbon Nation O curso de Engenharia Ambiental da Unifor forma profissionais capacitados a reduzir os impactos que a natureza sofre com a realização de grandes obras. A grade curricular aborda desde a base da engenharia até a sistemática de todas as questões ambientais. Projeto sustentável: Já no início do curso os es- tudantes são incentivados a construírem um biodigestor, projeto que reaproveita matéria orgânica para produção de energia limpa. Lançado em 2010 e dirigido por Peter Byck, é um documentário que toma uma visão otimista sobre o futuro, mostrando o desenvolvimento de novas formas de energia sustentável, além de indicar o que o mundo pode fazer para prever uma crise climática. Jornalismo Ambiental “A civilização é uma ilimitada multiplicação de necessidades desnecessárias.” MARK TWAIN, ESCRITOR Curso de Jornalismo da Unifor | nº 104 | Abril 2015 Jornal de O futuro da energia eólica no Ceará LUCAS CASTRO O Ceará tem um grande potencial em energia eólica. De acordo com a Secreta- ria de Infraestrutura, o Estado tem 23 par- ques instalados por meio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Em 2014, foram gera- dos 1.217,16 megawatts, o que abastece- ria quase 100 mil residências. A previsão para os próximos três anos é a geração de 2.690,56 megawatts. Os parques eólicos cearenses estão principalmente nos muni- cípios de Aquiraz, Acaraú, Amontada, Ara- cati, Beberibe, Camocim, Paracuru, São Gonçalo do Amarante e Fortaleza. A energia eólica é uma das mais lim- pas e baratas, porém é preciso construir e adequar as linhas de transmissão. Vale lem- brar que o potencial eólico do Ceará e do Nordeste é suficiente para produzir toda a energia consumida, no entanto ainda falta infraestrutura para alcançar esse objetivo. Disparidade nos preços elétricos atinge consumidor O brasileiro vem pagando caro pela energia nos últi- mos anos, sobretudo devido à estiagem que atinge os rios e ao aumento no consumo de energia, levando o governo a utilizar a termelétrica como fonte primária. Segundo o Instituto de Energia e Ambiente da Univer- sidade de São Paulo (USP), nas usinas eólicas e hidre- létricas o megawatt-hora (MWh) custa cerca de 100 reais, enquanto nas termelétricas esse valor é de cerca de 800 reais, chegando, em alguns casos, a mil reais. Biomassa Hidráulica Eólica Gás Natural Importação Carvão e Derivados Derivados de Petróleo Nuclear 75.9 0.5 4 8.8 1.6 2.5 3 4.2 Fontes de Energia no Brasil Foto: Divulgação

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Page 1: Foto: Divulgação Jornal de Jornalismo Ambiental · Jornal de O futuro da energia eólica no Ceará LUCAS CASTRO O Ceará tem um grande potencial em energia eólica. De acordo com

Jornal de Bandeja - Produção: Laboratório de Jornalismo da Unifor - Diretora do CCG: Profa. Candice Nóbrega Graziane Vieira Lima - Coordenador do curso: Prof. Wagner Borges - Professor orientador: Ricardo Sabóia - Edição: Nícolas Brandolim - Redação: David Nogueira, Diego Twardy, Gabriel Borges, Guilherme Custódio, Lucas Castro e Nícolas Brandolim - Projeto gráfi co: Liduina Figueiredo - Diagramação: Aldeci Tomaz e Rafaela Quevedo - Supervisor da gráfi ca: Francisco Roberto - Impressão: Gráfi ca Unifor

O jornalista especializado em meio ambiente cobre fatos li-gados à ecologia, à fauna, à fl ora e aos recursos renováveis. As primeiras coberturas sobre o meio ambiente ocorreram após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Já na década de 1980, com a descoberta do buraco na camada de ozônio e o aumento do aquecimento global, e após a Conferência Rio 92, a temática voltou a ser discutida na imprensa local e internacional.

A cada dois anos, a Rede Brasileira de Jornalismo Am-biental (www.jornalismoambiental.org.br) promove o Con-gresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, com o objetivo de qualifi car a pauta ambiental entre os jornalistas especiali-zados na área. A sexta edição do CBJA ocorrerá no mês de outubro, em São Paulo.

Curso de Engenharia Ambiental

Carbon Nation

O curso de Engenharia Ambiental da Unifor forma profi ssionais capacitados a reduzir os impactos que a natureza sofre com a realização de grandes obras. A grade curricular aborda desde a base da engenharia até a sistemática de todas as questões ambientais.Projeto sustentável: Já no início do curso os es-tudantes são incentivados a construírem um biodigestor, projeto que reaproveita matéria orgânica para produção de energia limpa.

Lançado em 2010 e dirigido por Peter Byck, é um documentário que toma uma visão otimista sobre o futuro, mostrando o desenvolvimento de novas formas de energia sustentável, além de indicar o que o mundo pode fazer para prever uma crise climática.

Jornalismo Ambiental“A civilização é uma ilimitada

multiplicação de necessidades

desnecessárias.”MARK TWAIN,

ESCRITOR

Curso de Jornalismo da Unifor | nº 104 | Abril 2015

Jornal de

O futuro da energia eólica no CearáLUCAS CASTRO

O Ceará tem um grande potencial em energia eólica. De acordo com a Secreta-ria de Infraestrutura, o Estado tem 23 par-ques instalados por meio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Em 2014, foram gera-dos 1.217,16 megawatts, o que abastece-ria quase 100 mil residências. A previsão para os próximos três anos é a geração de 2.690,56 megawatts. Os parques eólicos cearenses estão principalmente nos muni-cípios de Aquiraz, Acaraú, Amontada, Ara-cati, Beberibe, Camocim, Paracuru, São Gonçalo do Amarante e Fortaleza.

A energia eólica é uma das mais lim-pas e baratas, porém é preciso construir e adequar as linhas de transmissão. Vale lem-brar que o potencial eólico do Ceará e do Nordeste é sufi ciente para produzir toda a energia consumida, no entanto ainda falta infraestrutura para alcançar esse objetivo.

Disparidade nos preços elétricos atinge consumidorO brasileiro vem pagando caro pela energia nos últi-mos anos, sobretudo devido à estiagem que atinge os rios e ao aumento no consumo de energia, levando o governo a utilizar a termelétrica como fonte primária. Segundo o Instituto de Energia e Ambiente da Univer-sidade de São Paulo (USP), nas usinas eólicas e hidre-létricas o megawatt-hora (MWh) custa cerca de 100 reais, enquanto nas termelétricas esse valor é de cerca de 800 reais, chegando, em alguns casos, a mil reais.

profi ssionais capacitados a reduzir os impactos que a natureza sofre com a realização de grandes obras. A grade curricular aborda desde a base da engenharia

Biomassa

Hidráulica

Eólica

Gás Natural

Importação

Carvão e Derivados

Derivados de Petróleo

Nuclear

75.9

0.5

4

8.8

1.6 2.5 3 4.2

Fontes de Energia no Brasil

Foto

: Divu

lgaçã

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