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FOTO: ARQUIVO PAROQUIAL Todos os anos, a Igreja nos presenteia com o tempo da Qua- resma para podermos preparar a nossa mente o nosso cora- ção para celebração da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cris- to. Quaresma é tempo de Conversão: “Convertei-vos e crede no Evangelho.” (Mc 1, 15) A conversão de que nos fala a Sa- grada Escritura não é simplesmente uma mudança de dire- ção, mas uma mudança de mentalidade que deve atingir e envolver todo o nosso ser. Por isso, precisamos viver bem esse tempo. Como? Antes de tudo, precisamos parar, repen- sarmos o modo como estamos vivendo a nossa vida e traçar- mos novos horizontes. Algumas perguntas podem nos ilumi- nar: Como estou vivendo a minha vida? Tenho me realizado nas minhas escolhas? Os caminhos que tenho traçado, as atitudes que tenho assumido e as decisões que tenho doma- do estão me fazendo felizes? Um bom exame de consciência é o primeiro passo para trilharmos um verdadeiro caminho de conversão e darmos um salto de qualidade na nossa vi- da. A Sagrada Escritura também nos oferecem três práticas que nos ajudam a viver bem a Quaresma: a caridade, o je- jum e a oração. (cf. Mt 6,1-18) Através da oração, aproxima- mo-nos de Deus. Falamos com Ele e deixamos que Ele fale em nosso coração. A oração ilumina as nossa mente e sus- tenta o nosso ser. Já o jejum, é um precioso meio de educar- mos os nossos instintos para não nos tornamos escravos deles. É interessante como alguns hábitos podem nos escra- vizar. Quando nos privamos de algum alimento ou de alguma prática, exercemos o domínio sobre nós mesmos e afirma- mos a nossa autonomia sobre os prazeres do mundo. Por fim, a caridade é o modo pelo qual podemos crescer no mandamento do amor, nos solidarizamos com os que so- frem e colaboramos na construção de um mundo mais hu- mano. Inspirados nessas três práticas quaresmais, podemos organizar um bom itinerário quaresmal. Por fim, para encer- ramos com chave de ouro a caminhada quaresmal, nada como fazer uma boa confissão. Através do Sacramento da Penitência, Nosso Senhor Jesus Cristo nos acolhe, abraça, e envolve com seu amor misericordioso. Como nosso coração fica leve depois de uma boa confissão! Portanto, eis a recei- ta para vivermos bem a Quaresma: exame de consciência, exercícios quaresmais e confissão. Vivamos com intensida- de essa Quaresma! Mergulhemos nesse tempo tão fecundo na vida da Igreja e trilhemos um verdadeiro caminho de con- versão! Deixemos que Espírito Santo de Deus nos molde pa- ra que ao final dessa caminhada possamos renascer com Cristo para uma vida nova! Diác. Fernando Paulo A. M. Santos da Arquidiocese de Mariana. BOLETIM INFORMATIVO JUVENIL DA PARÓQUIA SANT’ANA EM JEQUERI - MG ● ANO 1 ● MARÇO 2020

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  • FOTO: ARQUIVO PAROQUIAL

    Todos os anos, a Igreja nos presenteia com o tempo da Qua-

    resma para podermos preparar a nossa mente o nosso cora-

    ção para celebração da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cris-

    to. Quaresma é tempo de Conversão: “Convertei-vos e crede

    no Evangelho.” (Mc 1, 15) A conversão de que nos fala a Sa-

    grada Escritura não é simplesmente uma mudança de dire-

    ção, mas uma mudança de mentalidade que deve atingir e

    envolver todo o nosso ser. Por isso, precisamos viver bem

    esse tempo. Como? Antes de tudo, precisamos parar, repen-

    sarmos o modo como estamos vivendo a nossa vida e traçar-

    mos novos horizontes. Algumas perguntas podem nos ilumi-

    nar: Como estou vivendo a minha vida? Tenho me realizado

    nas minhas escolhas? Os caminhos que tenho traçado, as

    atitudes que tenho assumido e as decisões que tenho doma-

    do estão me fazendo felizes? Um bom exame de consciência

    é o primeiro passo para trilharmos um verdadeiro caminho

    de conversão e darmos um salto de qualidade na nossa vi-

    da. A Sagrada Escritura também nos oferecem três práticas

    que nos ajudam a viver bem a Quaresma: a caridade, o je-

    jum e a oração. (cf. Mt 6,1-18) Através da oração, aproxima-

    mo-nos de Deus. Falamos com Ele e deixamos que Ele fale

    em nosso coração. A oração ilumina as nossa mente e sus-

    tenta o nosso ser. Já o jejum, é um precioso meio de educar-

    mos os nossos instintos para não nos tornamos escravos

    deles. É interessante como alguns hábitos podem nos escra-

    vizar. Quando nos privamos de algum alimento ou de alguma

    prática, exercemos o domínio sobre nós mesmos e afirma-

    mos a nossa autonomia sobre os prazeres do mundo. Por

    fim, a caridade é o modo pelo qual podemos crescer no

    mandamento do amor, nos solidarizamos com os que so-

    frem e colaboramos na construção de um mundo mais hu-

    mano. Inspirados nessas três práticas quaresmais, podemos

    organizar um bom itinerário quaresmal. Por fim, para encer-

    ramos com chave de ouro a caminhada quaresmal, nada

    como fazer uma boa confissão. Através do Sacramento da

    Penitência, Nosso Senhor Jesus Cristo nos acolhe, abraça, e

    envolve com seu amor misericordioso. Como nosso coração

    fica leve depois de uma boa confissão! Portanto, eis a recei-

    ta para vivermos bem a Quaresma: exame de consciência,

    exercícios quaresmais e confissão. Vivamos com intensida-

    de essa Quaresma! Mergulhemos nesse tempo tão fecundo

    na vida da Igreja e trilhemos um verdadeiro caminho de con-

    versão! Deixemos que Espírito Santo de Deus nos molde pa-

    ra que ao final dessa caminhada possamos renascer com

    Cristo para uma vida nova!

    Diác. Fernando Paulo A. M. Santos

    da Arquidiocese de Mariana.

    BOLETIM INFORMATIVO JUVENIL DA PARÓQUIA SANT’ANA EM JEQUERI - MG ● ANO 1 ● MARÇO 2020

  • Título do artigo interno

    Iniciamos nestes dias o Tempo da Quaresma; tempo forte

    da liturgia que nos lança para dentro de nós e nos convida à

    conversão. Nesta perspectiva, sempre ajuda a reflexão so-

    bre as tentações experimentadas por Jesus no deserto. Os

    Evangelhos Sinóticos tratam sobre este evento da vida de

    Jesus, cada qual a seu modo (Mt 4,1-11; Mc 1,12,13 e Lc

    4,1-13). São Marcos é mais sucinto em sua narrativa

    (devido à sua intenção teológica); no episódio narrado tanto

    por São Mateus quanto por São Lucas, Jesus, movido pelo

    Espírito Santo, é conduzido ao deserto, recolhe-se em jejum

    de 40 dias, passa pela provação humana e é tentado. Jesus

    passou, conforme estes evangelistas, por três tentações

    específicas que têm grande poder sobre o homem. Na pri-

    meira tentação, Jesus resiste em utilizar Deus para transfor-

    mar pedra em pão. É a tentação da satisfação dos desejos:

    toda pessoa necessita de comer; porém, “não só de pão vi-

    ve o homem”: os desejos do homem não findam apenas

    alimentando o corpo; necessitamos de mais. Esta tentação

    que Jesus sofreu e que nos serve de paradigma é a tenta-

    ção de atuarmos pensando em nossos projetos e nos es-

    quecermos dos projetos de Deus – satisfazer as próprias

    vontades e apenas nelas pensar: o egoísmo. Sempre que

    nós buscamos nossos próprios interesses, nos esquecendo

    do projeto do Reino de Deus, antepondo nosso bem-estar às

    necessidades dos últimos, nos desviamos de Jesus. Faça-

    mos como o Cristo: “Nem só de pão vive o homem, mas de

    toda palavra que sai da boca de Deus” – Ele não vive bus-

    cando seu próprio interesse; não é um messias egoísta; Ele

    multiplica os pães com quem tem fome e se alimenta da

    Palavra de Deus. Na segunda tentação, conforme a ordem

    de S. Mateus, o diabo sugere a Jesus buscar segurança em

    Deus pondo-o a prova: poderá viver tranquilo, e caminhar

    sem tropeços nem riscos de nenhum tipo – a plena seguran-

    ça. Jesus reage: “Não tentarás o Senhor teu Deus”. Não po-

    demos esperar plena segurança e nos refugiar nestas segu-

    ranças: precisamos arriscar e confiar em Deus como Jesus;

    não ficar esperando a “maré mansa”, mas confiar nossos

    projetos em Deus sem tentá-lo. Não devemos colocar Deus

    a serviço de nossa própria glória, para mostrarmos nossa

    própria dignidade: isto nos desvia de Jesus. Façamos nova-

    mente como o Cristo: sigamos nosso caminho confiando em

    Deus, depositando nele nossas esperanças, sem, contudo,

    vivermos uma falsa certeza de segurança e proteção ingê-

    nua. Deus nos protege, mas isto não nos torna intocáveis. A

    terceira tentação conduz Jesus para olhar o mundo do alto e

    poder controlá-lo, se adorar ao diabo: a tentação do poder.

    Jesus reage imediatamente: “Adorarás o Senhor teu Deus”.

    O mundo não se humaniza com a força do poder. Deus não

    nos quer em seu Reino como imperadores, mas como servi-

    dores; e servidores especialmente daqueles que são oprimi-

    dos e desfavorecidos: o Reino de Deus não se impõe com

    poder, mas se oferece com amor. Conforme o Teólogo José

    Antônio Pagola, com esta narrativa da vida de Jesus, apren-

    demos a superar nossas tentações e a evitar grandes erros.

    O primeiro erro e tentação consiste em fazer da satisfação

    das necessidades materiais o objetivo absoluto de nossa

    vida; pensar que nossa felicidade depende dos bens – ora,

    lembremos de Jesus: “Nem só de pão vive o homem...”. O

    segundo erro consiste em tratar de resolver o problema da

    vida sem riscos, lutas nem esforços, utilizando interessada-

    mente Deus; segundo Jesus, a verdadeira fé não conduz à

    passividade e ao absenteísmo ante os problemas, mas leva

    àquele que entende o que é ser fiel a Deus a arriscar-se ca-

    da vez mais na luta pela justiça e a paz. Por fim, o terceiro

    erro está em buscar o poder, o êxito ou triunfo pessoal aci-

    ma de tudo e a qualquer preço; conforme Jesus, acertamos

    não quando buscamos nossos próprios interesses, mas

    quando vivemos no serviço generoso e desinteressado aos

    irmãos. Jesus, ao vencer estas tentações, torna-se para nós

    exemplo e fortaleza onde podemos nos abrigar nos momen-

    tos mais terríveis e angustiantes. Sempre seremos tentados

    em nossa vida, como Jesus o foi; às vezes podemos até nos

    sentirmos fracos, mas lembremos o que nos escreve São

    Paulo: “Por isso me comprazo em minhas fraquezas, nas

    injúrias, nos sofrimentos, nas perseguições, nas angústias

    suportadas por Cristo; pois quando sou fraco, é então que

    sou forte” (2 Cor 12,10). Na fraqueza somos aparentemen-

    te “vítimas” fáceis; porém, se vencemos por Cristo e em

    Cristo, então testemunhamos a força de Deus.

    Carlos Geovane Magri

    Seminarista da Arquidiocese de Mariana.

    FOTO: ARQUIVO PAROQUIAL

  • O entretenimento já faz parte do nosso cotidiano nos dias de hoje, mas tá cheio de conteúdo por aí que não auxiliam em

    nossa caminhada cristã. Neste tempo litúrgico da Quaresma, pensamos em dois conteúdos que podem ser um auxilio para

    bem viver a espiritualidade, de recolhimento e reflexão do mistério da morte e ressurreição de Cristo, um filme e uma músi-

    ca.

    Dicas da Folha

    A Paixão de Cristo, embora tenha seus 16 anos desde sua produção, continua

    sendo a principal obra do cinema mundial quando o assunto é a meditação do

    mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. Produzido por Mel Gibson o filme re-

    trata as últimas 12 horas da vida de Jesus, passando pelos principais aconteci-

    mentos, como a traição por Judas Iscariotes; sua prisão por soldados romanos,

    por ordem do líder religioso hebreu Caifás; sua flagelação pelos soldados; e, por

    fim, passando por seu julgamento injusto, que é percebido inclusive por Pôncio

    Pilatos e Herodes, mas sob a pressão do povo hebreu, Pilatos acaba por conde-

    nar Jesus à morte injustamente, contrariando sua esposa Cláudia, que considera-

    va Jesus um homem santo.

    Atualmente temos no mercado audiovisual outras opções de filmes que narram a

    Paixão, no entanto, este se destaca por ser um filme produzido da perspectiva

    cristã-católica, sem deixar de lado, a perspectiva bíblico-evangélica, e sem excluir

    a presença (e sofrimento) de Maria, a Virgem das Dores, com Jesus até o pé da

    cruz do calvário, como narra os evangelhos (cf. Lc 2, 51; Jo 19, 25-27).

    Na última quarta-feira de cinzas (26/02), a

    Comunidade Católica Colo Deus lançou a mú-

    sica “Homem como eu”, sua nova música,

    mais calma e reflexiva, para nos ajudar a re-

    zar neste tempo quaresmal. Uma melodia

    suave de letra simples nos lembra que Jesus

    veio e está aqui conosco, passou por todas

    as dificuldades e limitações que a vida nos

    implica, se fez homem como nós para vir e

    salvar a todos da culpa das nossas faltas.

    O videoclipe está disponível no canal da Colo

    de Deus no YouTube e a música está disponí-

    vel nas principais plataformas de streaming

    (Spotify, Deezer, iTunes etc.).

    José Thúlio Sampaio.

    FOTO: GOOGLE IMAGENS

    FOTO: GOOGLE IMAGENS

  • SIGA AS REDES SOCIAIS DA PARÓQUIA:

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    BOLETIM INFORMATIVO JUVENIL DA PARÓQUIA SANT’ANA EM JEQUERI - MG

    REDAÇÃO, COMPOSIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: PASCOM - PASTORAL DA COMUNICAÇÃO

    PARÓQUIA SANT’ANA | PRAÇA TENENTE MÓL, 18 – CENTRO, JEQUERI - MG

    (31) 3877-1145 | [email protected] | www.parsantanajequeri.com.br

    Neste ano de 2020, a CF traz como tema: Fraternidade e

    Vida: Dom e Compromisso; e como lema: Viu, sentiu com-

    paixão e cuidou dele (Lc 10, 33 34 ). Inspirado pela parábo-

    la do Bom Samaritano, todo cristão e cristã é convidado a

    fazer seu caminho de conversão, especialmente na abertu-

    ra do coração aos irmãos e irmãs mais necessitados, sendo

    sensível às dores de nosso próximo, de tantos que estão

    caídos pelos caminhos, tendo a coragem de se compade-

    cer, aproximar e se solidarizar com as necessidades de nos-

    sos irmãos, minorando as suas dores e sofrimentos. Atitude

    que parte de nossas opções pessoais, mas que também

    leva em conta a conversão de toda a sociedade, na constru-

    ção de políticas que garantam o bem estar do nosso povo e

    a garantia dos direitos mais básicos e essenciais de todos

    os cidadãos.

    Este ano, de uma maneira toda especial, a CF nos apresen-

    ta uma grande inspiração e modelo para a construção des-

    te caminho de solidariedade e fraternidade: Santa Dulce

    dos Pobres. Dulce Lopes Pontes, nascida em Salvador, Ba-

    hia, aos 26 de maio de 1914, desde sua juventude ficou

    conhecida por sua preocupação e cuidado com os pobres e

    doentes. Tornando-se religiosa, construiu, no lugar que ser-

    via de galinheiro do seu convento, a base do que se trans-

    formaria no hospital Santo Antônio, que ainda hoje atende

    diariamente mais de cinco mil pessoas; e as Obras Sociais

    Irmã Dulce, que atende várias pessoas carentes e é reco-

    nhecida como uma das maiores obras filantrópicas do país.

    Irmã Dulce faleceu em 13 de março de 1992, após uma

    vida de muitos sacrifícios e intenso serviço ao próximo, na

    organização de suas obras de caridade, pedindo pessoal-

    mente esmolas e donativos para suas construções. Foi bea-

    tificada em 2011 e canonizada pelo Papa Francisco em 13

    de outubro de 2019.

    Pe. Leandro Ferreira Neves

    Diretamente de Roma.

    FOTO: GOOGLE IMAGENS