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Formulação de Inseticidas Eng. Agr. Socrates Siqueira de Souza

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Formulação de InseticidasEng. Agr. Socrates Siqueira de Souza

Controle de VetoresSistemas Dispersos

Sistemas Dispersos

Todas as preparações de praguicidas usados em Controle de Vetores

são Sistemas Dispersos• Soluções• Emulsões• Suspensões

Propriedades dos Sistemas Dispersos: entendimento permite aproveitar melhor o potencial das aplicações (contato residual e espacial)

Definição: Mistura homogênea ou heterogênea de duas ou mais substâncias, uma delas rodeia a outra por completo. Cada componente denominado Fase.

Controle de VetoresSistemas Dispersos

Gota de preparação no microscópio:

Fase Dispersa : também chamada Fase Interna ou Descontínua, partículas espalhadas, dispersas num meio portante

Fase Dispersante : também chamada Fase Externa ou Contínua, forma um todo contínuo

Fase Dispersa

Fase dispersante

Controle de VetoresSistemas Dispersos

Propriedades dos Sistemas DispersosTamanho da Fase Dispersa →→→→ determina as propriedades dos

Sistemas Dispersos

Podem ser classificados como:

1. Soluções Verdadeiras

2. Soluções Imperfeitas ou Pseudo-soluções

2.1. Dispersões ou soluções coloidais2.1.1. Emulsóides2.1.2. Suspensóides

2.2. Dispersões grossas ou ordinarias2.2.1. Emulsões2.2.2. Suspensões

Controle de VetoresSistemas Dispersos

1. Soluções VerdadeirasMisturas óptica e mecanicamente homogêneas, partículas

menores que 1 milimicra (moléculas)

Tamanho da fase dispersa: menor que 1 milimicra

Ex: açúcar + água = solução molecularsal + água = solução iônica

Controle de VetoresSistemas Dispersos

2. Soluções imperfeitas ou Pseudo soluções

mistura opticamente heterogênea e mecanicamente homogeneas

tamanho da fase dispersa: 1 e 100 micras

2.1. Dispersões ou soluções coloidais

2.1.1. Emulsóides (fase dispersa: líquida)neblina> fase dispersa = água

fase dispersante = ar

gotas UBV (nebulizações) > fase dispersa = inseticidafase dispersate = ar

Controle de VetoresSistemas Dispersos

2. Soluções imperfeitas ou Pseudo soluções

mistura opticamente heterogênea e mecanicamente homogêneas

tamanho da fase dispersa: 1 e 100 micras

2.1. Dispersões ou soluções coloidais

2.1.2. Suspensóides (fase dispersa: sólida)poeira> fase dispersa = partículas de pó

fase dispersante = ar

polvilhamente > fase dispersa = inseticida em pófase dispersante = ar

Controle de VetoresSistemas Dispersos

2. Soluções imperfeitas ou Pseudo soluçõesmistura opticamente heterogênea e mecanicamente homogeneastamanho da fase dispersa: maior que 100 micras

2.2. Dispersões grossas ou ordinárias

2.2.1. Emulsões (fase dispersa: líquida)fase dispersa = ia, emulsionantes, agentes diversos, etcfase dispersante = água

Emulsão

Controle de VetoresSistemas Dispersos

2. Soluções imperfeitas ou Pseudo soluçõesmistura opticamente heterogênea e mecanicamente homogeneastamanho da fase dispersa: maior que 100 micras

2.2. Dispersões grossas ou ordinárias

2.2.2. Suspensões (fase dispersa: sólida)fase dispersa: ia, pós, agentes molhantes etcfase dispersante = água

Suspensão

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Inseticidas usados em Saúde Publica podem seradquiridos no comércio:

• Puros (grau técnico) ou• Formulações Intermediárias

Diluição : necessário para se conseguir a doserequerida

Finalidade : buscar obter a quantidade exata deingrediente ativo (i.a.) para matar os insetos quese buca controlar

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Formulação : Técnica que permite calcular e misturar o inseticida GT (puro),

ou Concentrado com elementos inertes, sólidos ou líquidos, com função de REBAIXAR sua concentração para facilitar:

• manipulação• transporte• aplicação

• Opção pelo Controle Químico:escolha correta do inseticida e formulação mais adequada

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Cálculos :- mistura- diluição e aplicação

Qualquer erro nesta fase: preparação final:

fraca → não atua sobre o vetor

forte → perigo à saúde e contaminação do meio ambiente

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Preparação de qualquer mistura destinada a uso no campo:

– Determinar o tipo, quantidade e a concentração final da preparação de campo

– Calcular a quantidade de inseticida GT ou de Concentrado, que servirá de base para apreparação

– Misturar os componentes, medir e pesar as cargas– Uso de sinergista: potencializar ação de determinada molécula

Normamente usado em formulações de piretróides (não sofrem ação biológica para ativação)

Fosforados de inibição indireta (tion → oxon): não podem ser utilizados sinergistas

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Termos Usuais :

Viscosidade : medida da resistência de um líquido para fluir através de um orifício, a certa temperatura, em comparação com outro liquido de referência (água)

expressa a facilidade ou dificuldade com que podem ser bombeadas ou transportadas em tubulações → regulagem de equipamento

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Densidade : relação entre peso e volume de um corpo, ou a relação entre massa de um corpo e igual volume de água a 4º C. Também chamado de peso específico

Ponto de Ignição (Flash Point):temperatura mínima que um solvente submetido ao calor, despreende vapores inflamáveis. Valores muito baixo indicam perigo de incêndio = cuidados na estocagem

Ingrediente Ativo (i.a. ou a.i.):é o produto usado para matar o inseto

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Coadjuvantes :demais componentes como solventes, inertes, inibidores de sedimento, emulsificantes, anti-espumantes, anticom-pactantes, etc. usados para melhorar as condições da mistura

Concentração Inicial (C1):se refere à concentração, expressa em porcentagem (%), que tem o inseticida que vai participar da formulação, antes de iniciar-se a mistura dos ingredientes

Concentração Final (C2):é a concentração (%) de GT do inseticida existente na preparação final, no momento que se vai usar no campo

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Formas de Apresentação dos Inseticidas

1. Grau Técnico (GT):é o estado em que se apresenta o inseticida na sua formamais pura que se possa produzir comercialmente . Ainda que possa possuir elementos estranhos, se considera que os compostos GT são 100% puros, ou que tenham grau de pureza próximo a 100%

os inseticidas GT podem ser encontrados nos estados:

- sólido: DDT- líquidos: Fenitrothion, Malathion- gás: Acrylonitrile- pastoso: Actelic

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

2. Formulações Intermediárias

Granulados (G)

Formulações comerciais, destinadas a tratamentos larvários; os granulos facilitam o lançamento a distância e a diluição lenta:

- inseticida grau técnico- grânulos inertes (areia especial)- agentes agregadores

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Concentrado Emulsionável (CE):

formulações comerciais, destinadas à preparação no campo de emulsões de baixa concentração pela adição de água, geralmente são soluções ternárias, que contém fundamentalmente os seguintes elementos:

- inseticida grau técnico- solvente poderoso- emulsificantes (um ou dois)- agente molhante- antiespumante, etc.

Agente molhante

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Concentrado Emulsionável (CE):

• Deverá ter uma concentração tal que permita misturar-se com a água em proporções pré-fixadas

• Corroem recipientes metálicos, o que determina inspeções freqüentes nos depósitos, recomendando-se o uso de grades de madeira para sustentar os tambores

• Uma vez misturados, não podem ser devolvido ao recipiente original

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Concentrado Emulsionável (CE):

Prós:• Fácil manuseio, transporte e

armazenagem• Requer pouca agitação da calda• Uso em grande numero de aplicações

(agricultura)• Não abrasivo aos bicos

Contra:• Absorção rápida pela pele• Pode manchar pinturas, mármores,

etc.• Deteriora embalagens plásticas• Risco de incêndio (solventes

orgânicos)

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Pós molháveis (PM, WP):Formulações comerciais, destinadas à preparação no campo de suspensões de baixa concentração pela adição de água, são usados de preferência nos tratamentos residuais (contato de superfície)

principais componentes:- inseticida grau técnico- elemento inerte- elemento umectante- elemento anti-compactante- elemento dispersante (retardador de sedimentação)

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Pós molháveis (PM, WP)

Podem ser apresentados em embalagenscom plástico hidrossolúveis

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Pós molháveis:

Aspectos favoráveis:• Fácil manuseio, transporte e armazenagem• Baixa absorção dermal• Baixo custo

Aspectos desfavoráveis:• Requer agitação constante• Inalação do pó• Pode entupir e causar abrasão nos bicos• Dificuldade de misturar em água muito alcalina (água dura)

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Suspensões Concentradas (SC) ou Flowables (FW):

Formulações comerciais líquidas, destinadas à preparação no campo de suspensões de baixa concentração pela adição de água, trata-se na realidade de formulações pó molháveis“pré molhada” , e apresentadas em recipientes plásticos

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Microencapsulados:

i.a. no interior de pequenasesferas

Rompimento e contato com tegumento do inseto

Ex: Diacap (diazinon)Demand (cipermetrina)

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Micro encapsulados

Aspectos favoráveis• Fácil manuseio, transporte e armazenagem• Cápsulas podem evitar contaminação dermal

Aspectos desfavoráveis• Abelhas podem transportar pólen contaminado para o interior

das colméias• Podem entupir bicos• Requer agitação constante

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

3. Preparações de Campo

Soluçõesmisturas homogêneas de duas substâncias, distribuídas

molecularmente uma em outra, não podendo ser separa-das por processos mecânicos. Componentes:

- solventes (elemento portante)- soluto (cujas moléculas estão dissolvidas no solvente)

Pode ser binária, ternária ou quaternária, segundo o número de componentes que a integram

Mistura óptica e mecanicamente homogênea

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Emulsões

Emulsão é um meio heterogêneo , bifásico, instável, constituído pela dispersão de gotículas muito finas , de um líquido em outro líquido no qual é insolúvel , com o fim de obter-se um conjunto temporariamente estável , que permita aplicação uniforme

É formada por dois líquidos não miscíveis , um deles uma substância oleosa (inseticida líquido ou dissolvido em um líquido) e a água

Se consegue uma emulsão misturando-se um concentrado emulsionável com uma grande quantidade de água (solvente)

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Estabilidade: conseguida pela adição de uma terceira substância chamada “agente emulsificante ”, que atua como intermediário entre a substância oleosa e a água

Durante a aplicação se promove o fracionamento da emulsão em gotas muito pequenas, cada uma das contendo os três elementos

Estes três elementos se mantém unidos devido ao elemento emulsificante , que tem a propriedade de associar-se ao mesmo tempo com os outros dois elementos para formar partículas de tamanho coloidal

Emulsão

Fase dispersa: líquida

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Molécula do emulsificante possui duas porções :

- porção hidrófila : afinidade com a água- porção oleófila : afinidade com o óleo

Gotícula se forma de modo que a porção oleófila fique voltado ao interior e a porção hidrófila ao exterior, em contato com as moléculas de água

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Cuidados no campo:

Não diluir grandes quantidades de Concentrado Emulsionávelpara uso durante a semana

Procurar diluir apenas o suficiente para uso imediato (no máximo 24 horas)

Aspecto da emulsão após a diluição

Aspecto da emulsão após algum tempo

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

• Suspensões

Sistema disperso turvo , composto por dois corpos insolúveis um

no outro (um sólido e um líquido)

Sólido : partículas (talco, argilas especiais etc.) que se mantém suspensas num corpo líquido (água), precipitando-se quando em repouso. Pode ser separada em dois componentes (sólido e líquido), por sedimentação ou por filtração

Estabilidade do sistema: depende do grau de finura das partículas, melhorando com a adição de substâncias umectantes e outros coadjuvantes

Suspensão

Fase dispersa: sólida

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

Controle de VetoresFormulação de Praguicidas

A'''GTIndustria

FormulaçãoCampo

Utilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

GTIndustria

FormulaçãoCampo

Utilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

S

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

Soluções

GTIndustria

FormulaçãoCampo

Utilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

S

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

Soluções

GT

Grânulos, outros coadjuvantes

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

S

Granula-

dosG

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

Soluções

GT

Grânulos, outros coadjuvantes

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

S

Tratam. larvário

Granula-

dos G

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

Soluções

GT

Pós diluentes, grânulos

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

SecoPS

S

Tratam. larvário

Granula-

dosG

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

Soluções

GT

Pós diluentes/ granulos/agentes

molhantes, etc

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

FUNASACGVAM

Laboratóriosíntese

Seco

Polviha-mento

PS

S

Tratam. larvário

Granula-

dosG

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

Soluções

GT

Pós diluentes/ granulos/agentes

molhantes, etc

Molhável

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

Seco

Polviha-mento

PM

PS

S

Tratam. larvário

Granula-

dosG

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

Soluções

GT

Pós diluentes/ granulos/agentes

molhantes, etc

Molhável

Suspensões

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

Seco

Polviha-mento

PM

PS

S

Tratam. larvário

Granula-

dos

Água

G

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

Soluções

GT

Pós diluentes/ granulos/agentes

molhantes, etc

Molhável

Susp. Concen-

trada

Suspensões

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

Seco

SC

PM

PS

S

Tratam. larvário

Granula-

dos

Água

G

Água

Preparações finais

A'''

Solventes

Solução

Soluções

GT

Pós diluentes/ granulos/agentes

molhantes, etc

Molhável

Susp. Concen-

trada

Suspensões

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

Seco

SC

PM

PS

S

Tratam. larvário

Granula-

dos

Água

G

Água Água

Preparações finais

A'''

Solventes

Solventes, ag. emulsionantes, encapsul. etc

Solução

Soluções

GT

Conc.Emulsio-

nável

Pós diluentes/ granulos/agentes

molhantes, etc

Molhável

Susp. Concen-

trada

Suspensões

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

Seco

Polviha-mento

CE

SC

PM

PS

S

Tratam. larvário

Granula-

dos

Água

G

Água Água

Preparações finais

A'''

Solventes

Solventes, ag. emulsionantes, encapsul. etc

Solução

Soluções

GT

Conc.Emulsio-

nável

Emulsões

Pós diluentes/ granulos/agentes

molhantes, etc

Molhável

Susp. Concen-

trada

Suspensões

IndustriaFormulação

CampoUtilização

Fomulação dos Praguicidas Usados em

Saúde Pública

Produtos Comerciais

Laboratóriosíntese

Seco

Polviha-mento

CE

SC

PM

PS

S

Tratam. larvário

Granula-

dos

Água

G

Água Água

ÁguaPreparações

finais