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Page 1: Formiga, Sabino de Freitas Advocacia - amb.com.br · responsabilidade civil do estado pelo prejuízo material e moral sofrido pelos candidatos. Diz que o respeito à boa-fé e à

Formiga, Sabino de Freitas Advocacia e Consultoria Legislativa 

 

 

Setor Hoteleiro Sul, Quadra 6, Bloco E, Sala 1.703 | Ed. Brasil 21 Business Center | Brasília/DF | CEP 70.322‐915| Fone (55.61)3039‐9555 | Fax (55.61)3039‐9557 | [email protected]

 

RELATÓRIO DE JULGAMENTOS DA 58ª

SESSÃO ORDINÁRIA (11.03.08)

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA1

DESTAQUES DA SESSÃO:

Item 10) Manutenção do concurso para a magistratura do TJRJ

Item 95) TJRS: improcedência do pedido para nomeação de candidatos aprovados em concurso

Item 61) Manutenção do concurso para a magistratura do TRT 2ª região

10) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO nº 510 Relator: Conselheiro FELIPE LOCKE CAVALCANTI Requerentes: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Rio de Janeiro Requerido: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Assunto: Desconstituição de ato administrativo - XLI concurso para ingresso na magistratura de carreira do Estado do Rio de Janeiro - Alegações - Vazamento gabarito padrão - Pedido - Suspensão efeitos concurso - Verificação denúncias - Comprovação irregularidades - Anulação concurso - Aplicação sanções - Extração cópias envio Ministério Público. (Vista regimental ao Conselheiro Técio Lins)

O Conselheiro Técio Lins, que havia pedido vista regimental, se declarou impedido. O relator e o Conselheiro Paulo Lôbo já haviam proferido voto pela anulação do concurso, e a Conselheira Andréa Pachá havia se declarado impedida. O Conselheiro Joaquim Falcão trouxe voto escrito e acompanhou o relator. O Conselheiro Cesar Asfor Rocha votou pela improcedência do PCA.

                                                            1 O presente informativo foi elaborado por Rodrigo Formiga Sabino de Freitas e Andréa Fabrino Hoffmann, do escritório Formiga, Sabino de Freitas – Advocacia e Consultoria Legislativa, e tem o objetivo único e exclusivo de apresentar à Associação dos Magistrados Brasileiros (“AMB”) e aos seus associados um sumário das decisões proferidas nas sessões de julgamento do Conselho Nacional de Justiça (“CNJ”). Não tem, portanto, caráter oficial. Críticas e sugestões serão extremamente bem-vindas e poderão ser encaminhadas para [email protected].

O Conselheiro Dalazen trouxe voto escrito. Verificou inconsistência das provas, no que concerne ao suposto vazamento do gabarito. No que se refere à suposta identificação de provas, ponderou que a esfera jurídica de dos interessados não pode ser afetada se não foram todos ouvidos. A falta de audiência prévia de fere o devido processo legal. Os interessados não lograram êxito no deferimento da prova pericial requerida. A perícia realizada não constatou a finalidade das marcas de ‘liquid paper’; assim, não é possível afirmar categoricamente que houve identificação de provas. Se houvesse identificação isso excluiria imediatamente do certame o candidato, e não deveria ter como conseqüência a anulação do concurso. Ainda, disse que não se pôde apurar se houve outras identificações de provas, pois a perícia foi realizada somente em 10 das 24 provas. Se seriam quatro os beneficiários, por que anular com relação a todos? Não há conclusão inequívoca da prova pericial. É uma possibilidade, e não uma afirmativa categórica. No que concerne ao suposto vazamento de gabarito: diz que não há lógica na premissa de que houve identificação de provas, e que por isso teria havido vazamento de gabarito. Se houve vazamento de gabarito, qual a finalidade de se identificar a prova? Os demais fatos não invalidam o concurso, pois não são debitáveis ao comportamento dos candidatos. São atos irregulares da administração. Afirma que, há cerca de 13 meses, foi dada posse aos aprovados, e há apenas 5 meses foram levantadas as suspeitas sobre as irregularidades do concurso. A legalidade, no caso, se contrapõe ao respeito ao princípio da boa-fé e da estabilidade das relações jurídicos. Lançou mão do juízo de ponderação de interesses. Na hipótese, defendeu que a anulação integral do concurso ofenderia aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade, interesse público, boa-fé. Citou doutrina nacional e internacional para fundamentar que a convalidação do ato administrativo é obrigatória quando praticada com boa-fé, respeitando o princípio da segurança jurídica. Afirma que não parecer ser razoável a anulação integral, que responsabilidade civil do estado pelo prejuízo material e moral sofrido pelos candidatos. Diz que o respeito à boa-fé e à segurança jurídica garante a validade do ato. O vício originário pelo decurso de tempo acaba por desaparecer, pois anular o concurso poderia ser ainda mais prejudicial. Conclui que o ato deve ser preservado pelo princípio da segurança jurídica que convalida, sana o ato inválido. Citou ainda jurisprudência (RE 85.779 – Min. Bilac Pinto – necessidade do estabelecimento de juízo de ponderação entre legalidade, ato jurídico e segurança jurídica; AMS – Min. Marco Aurélio julgado em Jul07; STJ – S. 473). Lembrou que o uso da técnica de ponderação já foi utilizado pelo CNJ. Julga improcedente o pedido de anulação e, de ofício, determina que o TJRJ não nomeie para bancas examinadoras professores de cursos preparatórios. O Conselheiro Rui Stoco divergiu em parte do relator. Afirma trazer voto intermediário. No que concerne às provas, faz uma retrospectiva dos fatos: o presidente da comissão organizadora indicou outros membros quando já fora da presidência – argumenta que é mera irregularidade, pois os suplementes já eram conhecidos e que não foram irregulares as nomeações. Houve modificação da comissão original tendo em vista o parentesco com candidatos. Quanto aos examinadores terem sido professores de cursos preparatórios, pondera que foram professores de curso específico da EMERJ que, além de preparar para o ingresso na carreira, também realiza atualização de juízes. Não se tratou de curso externo ou informal. Os professores da escola são magistrados e não se há falar em vício substancial com

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força para anular o concurso. Entendeu que não houve fraude. Quanto a alegações de que houve modelo de questão e gabarito: entende que não houve irregularidade passível de nulidade. Não há má-fé ou objetivo de beneficiar candidato. Não é suficiente para afastar presunção de honestidade e boa-fé, pois o contrário é que deve ser demonstrado. A só existência de gabarito não tem o condão de revelar fraude já que é prática contumaz e lícita. Não houve comprovação de que o gabarito foi entregue efetivamente a candidatos. A prova da candidata Denise tinha similitute com o gabarito, mas não identidade absoluta, e mesmo assim ela foi reprovada. Há justificativa para a similitude: as palavras são sacramentais, de jurisprudência. A questão elaborada não era inédita e por si essa circunstância não anula o concurso. Aprovação de parentes: inexiste proibição para a inscrição destes. É motivação ao filho quando o pai é magistrado. A perícia sugere – não há qualquer prova no sentido de que, se houve identificação, tenha havido favorecimento. Não há conclusão se houve identificação ou não. O uso de corretivo estava previsto no edital do concurso. Não se apresenta fraude comprovada: há indícios de irregularidades que não se revelam como vício substancial. Não há como anular o concurso como um todo. A nulidade tanto pode atingir um só ato como todo o conjunto. Não há nulidade sem prejuízo. A anulação é exceção. O ato nulo ou anulável pode ser aproveitado. Na administração não há graus de invalidade, mas pode haver reações do direito ante as hipóteses de validade. Conceito de nulidade no direito administrativo aproxima-se ao processual. Não há nulidade sem prejuízo efetivo. Cita Jurisprudência (RE 197.917 – Gilmar – fundamentos constitucionais, e não, razões de conveniência. O princípio da possibilidade de anulamento foi substituído pela impossibilidade de anulamento; RTJ 192/620). Pode-se fazer um paralelo entre os efeitos da declaração de inconstitucionalidade e efeitos da declaração de nulidade dos atos administrativos. Os princípios da segurança jurídica e da proteção da confiança são corolários. Deve-se preservar a estabilidade nas relações jurídicas. No estado democrático de direito, deve-se manter a segurança e a justiça material e formal. Nas leis referentes ao processo administrativo da União, ADI, ADC e ADPF há referência expressa à segurança jurídica como princípio geral da administração pública e valor constitucional, em cotejo com a supremacia da constituição e o efeito ‘ex tunc’ da lei inconstitucional. Há uma relativização do conceito de legalidade. Cita doutrina para fundamentar que a legalidade não pode ser considerada como um fim em si mesmo. A legalidade não existe para ela mesma, e sim para que enseje segurança jurídica. Há presunção de legitimidade na investidura dos cargos. Cita jurisprudência do CNJ ao afirmar que a segurança jurídica já foi assegurada no Conselho (PCA – TJSC – não anulação do concurso – julgado na 36ª sessão). Deve-se levar em conta os princípios da razoabilidade e da modulação: efeitos pro futuro. Cita direito comparado e institutos do direito americano como a superação prospectiva. É possível afastar o princípio da nulidade tendo em vista a segurança jurídica. Citou os seguintes julgados: ADI 3819 – princípio da modulação: deixou de pronunciar a nulidade e manteve a vigência por certo prazo; e ADI 2240. Ainda fundamentou seu voto na teoria do fato consumado: os candidatos já proferiram despachos e decisões que irradiaram no mundo jurídico. Foram avaliados no desempenho pelo tribunal a que pertencem. Tem desempenho compatível. Vota pelo parcial provimento, preservados os cargos, determinando o envio de cópias ao MPRJ e à Corregedoria Nacional de Justiça.

O Conselheiro Mairan Maia, em seu voto, faz análise das provas e das supostas irregularidades apuradas, dividindo as irregularidades em formais e substanciais. Analisou cada irregularidade formal e as afastou, não enxergando nulidade nos atos. Quanto às irregularidades substanciais, enxergou irregularidades, mas que não influenciaram na aprovação dos candidatos. Faz ponderação de princípios, afirmando que vários destes foram violados, mas que devem ser aplicados em conformidade com os demais princípios da boa-fé, da responsabilidade pessoal do agente e da confiança. Cita doutrina no sentido de que há convalidação e aproveitamento parcial do ato quando é plúrimo o objeto do ato administrativo e a nulidade está em apenas um dos objetos. Deve haver redução da nulidade para resguardar os efeitos válidos. Ressalta que os empossados agiram de boa-fé, não concorrendo para as irregularidades apontadas. Sendo assim, diverge da extensão dos efeitos do voto do relator e preserva as nomeações. Afirma que, preservando-se a segurança jurídica, atende-se ao princípio da legalidade. O Conselheiro Altino Pedrozo afirmou que as provas dos autos não são suficientes para nulificar o concurso. Acompanha a divergência, nos termos do voto do Conselheiro Rui Stoco. O Conselheiro Jorge Maurique afirma que deve ser aplicado o princípio da segurança jurídica, corolário do princípio da boa-fé. Argumenta que não há prova conclusiva que macule a imparcialidade do concurso, e que os candidatos não têm relação com as irregularidades apontadas. Vota pela manutenção do concurso, acompanhando a divergência.

O Conselheiro Antonio Umberto afirma que houve irregularidades, mas não há nexo com a aprovação dos candidatos. Acompanhou a divergência nos termos do voto do Conselheiro Rui Stoco.

O Conselheiro José Adonis votou com o relator.

RESULTADO: O CNJ julgou, por maioria, pela improcedência do PCA, e determinou o encaminhamento dos autos à Corregedoria Nacional de Justiça e envio de ofício para o MPRJ e PGR. O Conselheiro Cesar Asfor Rocha redigirá o acórdão.

95) Processos extra-pauta: Pedido de Providências Relator: Paulo Lôbo Assunto: TJRS – concurso público – ratificação de liminar Lido o relatório, houve sustentação oral pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, desembargador Armínio Lima da Rosa, que ressaltou as dificuldades financeiras que vem passando o estado do RS, bem como o TJRS.

Voto: O relator afirma que havia concedido liminar para que o TJRS nomeasse os candidatos aprovados em concurso, que vencerá em 19.03.08, para cerca de 70 cargos vagos no TJRS.

Após as informações e esclarecimentos do TJRS, o relator ponderou entre a determinação constitucional e a medida do possível, e revogou a liminar. Determinou prazo de seis meses para realização de novo concurso público e, ainda, concedeu um

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ano, após passados os seis meses, para que o TJRS realize ajustes financeiros dê provimento dos cargos dos candidatos aprovados no novo concurso.

A Conselheira Andréa Pachá abriu divergência, pois relendo o pedido do requerente, verificou que a solução adotada não lhe aproveita, e, portanto, julga improcedente o pedido de providências.

Acompanharam a divergência os conselheiros Cesar Asfor Rocha, Rui Stoco, Mairan Maia, Altino Pedrozo, Jorge Maurique, Antônio Umberto (que faz menção às escrivanias privatizadas após a CF/88, para que os 8 cargos sejam providos desde já), João Dalazen, José Adonis, Felipe Locke (esses dois últimos também encaminham os autos à comissão de planejamento) e Técio Lins.

O conselheiro Joaquim Falcão acompanhou o relator.

RESULTADO: Por maioria, o Conselho julgou improcedente o Pedido de Providências, revogada a liminar. Lavrará o acórdão a conselheira Andréa Pachá.

61) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO nº 20071000001708-6 Relator: Conselheiro ALTINO PEDROZO DOS SANTOS Requerente: Procuradoria da República no Estado de São Paulo Interessado: Márcio Schusterschitz da Silva Araújo - Procurador da República Requerido: Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região Assunto: Desconstituição de Ato Administrativo - Of. Nº PR/SP-Gabpr27-MSSA-000255/2007, MPF, SP, 8/11/2007 - Concurso Público Para Provimento de Cargos de Juiz do Trabalho Substituto - TRT 2ª Região – Encaminhamento Denúncias Diversas - Alegações - Irregularidades - Ausência Possibilidade Recurso Provas - Dissertativa - Oral - Prática de Sentenças - Títulos - Requer - CNJ aprecie denúncias.

Lido o relatório, a sustentação oral requerida não foi realizada a pedido da presidente, tendo em vista o adiantado da hora.

Em seu voto, o relator afirmou que não houve hipótese de anulação do concurso. Sustentou: que o concurso já está em sua fase final; ausência de impugnação pelos candidatos no momento oportuno; conformidade dos candidatos com a situação; princípios da boa-fé e segurança jurídica.

RESULTADO: o Conselho, por unanimidade, julga improcedente o PCA, para manter o concurso. Propõe a edição de resolução para regulamentar a propositura de recursos para a banca examinadora.

11) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO nº 2007.10.00.001488-7 Relator: Conselheiro MAIRAN GONÇALVES MAIA JUNIOR Requerente: Procuradoria Regional Eleitoral - SP Interessado: Mario Luiz Bonsaglia - Procurador Regional Eleitoral

Requerido: Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo Assunto: Desconstituição de ato administrativo - TRE-SP - Reserva vagas classe juiz de direito - Alegações – Magistrados oficiam segundo grau jurisdição na qualidade juízes substitutos e desembargadores TJSP - Composição TRE/SP em desconformidade com o disposto art. 120 parágrafo 1º, i, b CF - Pedido - Regularização atual composição TRE/SP - adequação composição corte.

O relator não conheceu do pedido, tendo em vista a incompetência do CNJ para julgar a matéria. Votaram com o relator os conselheiros Andréa Pachá e Técio Lins e Silva.

Votaram conhecendo do PCA os conselheiros Paulo Lôbo, Felipe Locke, Altino Pedrozo e José Adonis.

O conselheiro Joaquim Falcão pediu vista regimental.

14) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 2007.10.00.001275-1 Relator: Conselheiro JORGE ANTÔNIO MAURIQUE Requerente: Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo Interessado: Mario Luiz Bonsaglia - Procurador Regional Eleitoral Requerido: Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo Assunto: Revisão de ato administrativo - Despacho - Protocolizados nºs 29018/2007 - 29020/2007 - 29796/2007 – Cópia fita magnética com registro fonográfico sessão julgamento 4/9/2007 - Pedido preservação fita magnética - Revisão ato administrativo - Disponibilização fita - Medida liminar Resultado: O PCA foi conhecido e julgado procedente, por unanimidade. 18) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO nº 2007.10.00.001011-0 Relator: Conselheiro JOAQUIM FALCÃO Requerente: Associação dos Juízes Federais do Brasil - AJUFE Interessado: Walter Nunes da Silva Júnior - Presidente da AJUFE Requerido: Corregedor-Geral do Tribunal Regional da 3ª Região Assunto: Revisão de ato administrativo - Indeferimento participação magistrados - Eventos AJUFE - Alegações – Violação princípios isonomia, liberdade de associação e razoabilidade - Juízes 1º grau submissão juízo discricionário Corregedor- Geral - Ausência fundamentação decisões - Requer - Reconhecimento como não recepcionado pela LOMAN e CF art. 30 Lei nº 5010/66 - Sustar atos indeferimento participação juízes federais IV FENAJE - Pedido liminar Lido o relatório, foi realizada sustentação oral pelo presidente da AJUFE.

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Em seu voto, o relator impõe limites à discricionariedade e ressalta a importância das associações de magistrados. Afirma que o magistrado deve comunicar as suas saídas, mas com os seguintes limites: os magistrados podem participar das atividades oficiais das associações; o tribunal deve motivar a sua decisão quando houver negativa ao pedido; a denegação do pedido só poderá ocorrer com base em princípios objetivos de eficiência e necessidade. O conselheiro ponderou acerca do direito à liberdade de associação. Julga procedente em parte o pedido, recepcionando o art. 30 da Lei nº 5.010, nos limites da Constituição Federal. O conselheiro Asfor Rocha pediu vista regimental. Os processos abaixo foram julgados em conjunto:

47) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO nº 20081000000179-4 (Conexos PCA 20081000000290-7, PCA 20081000000340-7) Relatora: Conselheira ANDRÉA PACHÁ Requerente:Luiz Ricardo Batista Miranda Requerido: Tribunal de Justiça de Minas Gerais Assunto: Desconstituição de Ato Administrativo - Editais 01/2007 E 02/2007 Concurso Público Para Delegação Serviços Tabelionato e Registro do Estado de Minas Gerais - Alegações - Considera Como Título Tempo Exercício Advocacia - Vantagem Não Isonômica - Viola Princípio Igualdade - Requer - Suspensão Item III Inciso 2 Título VI Prova Títulos Editais - Exclusão Certame Atribuição Pontos Quem Exerce Advocacia - Medida Liminar.

48) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 20081000000290-7 (Conexos PCA 20081000000179-4, PCA 20081000000340-7) Relatora: Conselheira ANDRÉA PACHÁ Requerente: Neide Terezinha Silvério de Lima Requerido: Tribunal de Justiça de Minas Gerais Assunto: Desconstituição de Ato Administrativo - TJMG - Edital 001/2007 - 002/2007 - Concurso Público de Ingresso de Provas e Títulos Para Delegação dos Serviços de Tabelionato e de Registro - Alegações - Ausência Previsão Contagem Título Exercício Função Notarial - Registro - Afronta CF - Requer - CNJ Determine Contagem Exercício Função Notarial - Registral Como Título. 49) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 20081000000340-7 (Conexos PCA 20081000000179-4, PCA 20081000000290-7) Relatora: Conselheira ANDRÉA PACHÁ Requerente: Jorge Luís Moran Requerido: Tribunal de Justiça de Minas Gerais Assunto: Desconstituição de Ato Administrativo - TJMG - Edital 01/2007 E 02/2007 - Concurso Público de Ingresso de Provas e Títulos Para A Delegação dos Serviços de Tabelionato e de Registro/MG - Alegações - Critério Pontuação Prova Títulos - Pontuação Exacerbada Exercício Advocacia - Ofende Princípio

Isonomia -Requer - Suspensão Valoração Títulos - Medida Liminar

50) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 20081000000190-3 Relatora: Conselheira ANDRÉA PACHÁ Requerente: João Batista Perígolo Requerido: Tribunal de Justiça de Minas Gerais Assunto: Desconstituição de Ato Administrativo - TJMG - Edital 01/2007 - Concurso Público Para Delegação dos Serviços Notariais e de Registro do Estado de Minas Gerais - Alegações - Item 1.3 Edital - Ofende Princípio Razoabilidade - Proporcionalidade - Requer - CNJ Determine Nova Redação Item 1.3 - Exclusão Inciso Ii Item 1.3.

51) PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 20071000001255-6 Relatora: Conselheira ANDRÉA PACHÁ Requerente: Fabrício Brandão Coelho Vieira Requerido: Tribunal de Justiça de Minas Gerais Assunto: Desconstituição de Ato Administrativo - Edital 01/2007 Concurso Público Ingresso Provas Títulos Para Delegação Serviços Tabelionato Registro/MG - Item III Edital Confere Situação Mais Favorável Certo Segmento - Valoração Exercício Advocacia Detrimento Exercício Demais Atividades Jurídicas - Fere Princípio Isonomia - Requer - Suspensão Valoração Títulos Concurso Correspondente Item Iii Edital 01/2007 - Medida Liminar. A relatora não considerou inconstitucionais os itens do edital do concurso que conferem pontuação ao exercício da advocacia e ao exercício de cargo público, mesmo não sendo cargo privativo de bacharel em direito, mas desde que o cargo exija conhecimentos jurídicos recorrentes. Assim, julgou improcedente os itens 47, 48, 50 e 51 da pauta e parcialmente procedente o item 49 para incluir no edital a pontuação aos cargos, empregos e funções não privativos de bacharel em direito mas que exijam recorrente conhecimento jurídico. Resultado: Unânime A Presidente trouxe à referendo dois pareceres favoráveis à criação de cargos no TRF da 2ª região e no STM.

A sessão foi encerrada, ficando os demais processos para julgamento na próxima sessão.