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FORMAS DE APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DA MADEIRA Paulo Henrique Fernandes de Abreu TG-EP-44-05

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Page 1: FORMAS DE APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DA MADEIRA Paulo Henrique Fernandes de Abreu TG-EP-44-05

  

 

 FORMAS DE APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DA MADEIRA

 

Paulo Henrique Fernandes de Abreu   

TG-EP-44-05    

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INTRODUÇÃO

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de madeira tropical, só em 2004 consumiu 24,5 milhões de metros cúbicos de madeira em toras.

Conseqüentemente pelo menos 20 % desses números são caracterizados como resíduos.

Até a década de 90 os geradores destes resíduos não tinham se dado conta da viabilidade do aproveitamento destes resíduos e os consideravam como lixo.

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PRINCIPAIS PROBLEMAS

Grandes volumes Geração de chorume Emissão de gases Geração de metais tóxicos Corrosão de equipamentos componentes da

infra-estrutura das indústrias

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OBJETIVOS

Enunciar as alternativas disponíveis para o aproveitamento dos resíduos da madeira.

Demonstração de uma tecnologia de aproveitamento dos resíduos para fins energéticos tendo como produto final o briquete.

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OS TIPOS DE RESÍDUOS DA MADEIRA

Serragem - resíduo originado da operação de serras, encontrado em todos os tipos de indústria, à exceção das laminadoras.

cepilho - conhecido também por maravalha, resíduo gerado pelas plainas nas instalações de serraria/beneficiamento e beneficiadora.

lenha - resíduo de maiores dimensões, gerado em todos os tipos de indústria, composto por costaneiras, aparas, refilos, resíduos de topo de tora, restos de lâminas.

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FORMAS DE RECICLAGEM

Reciclagem primária: é o processo de um resíduo para fabricação de um produto com características similares ao original. Temos como exemplo:

Artesanato

Produção de pequenos artefatos de madeira

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FORMAS DE RECICLAGEM

Reciclagem secundária: é o processamento de resíduos com obtenção de produtos diferentes do original. Podemos citar como exemplo para o caso da madeira:

Painéis de madeira aglomerada

Produção de papel

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FORMAS DE RECICLAGEM

Reciclagem terciária: implica na obtenção, a partir de um produto, dos componentes químicos básicos do mesmo. Para o caso dos resíduos da madeira podemos citar a compostagem e extração do etanol.

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FORMAS DE RECICLAGEM

Reciclagem quaternária: é a utilização do conteúdo energético dos materiais, através de sua queima ou incineração. É o tipo de reciclagem mais eficaz e viável para a madeira.Temos como opções:

Queima direta Produção de carvão Produção de etanol Produção de briquetes

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BRIQUETES: Definições

É a densificação do resíduo da madeira que através da compactação a elevadas pressões .

É uma alternativa energética , que possui um alto poder calorífico, ideal para utilização em caldeiras industriais e fornos de padarias, pizzarias, cerâmicas, lareiras, entre outros.

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BRIQUETES: Principais características

Umidade de 12 %

Poder Calorífico de 4.500 à 5000 kcal /Kg

Densidade  1000 a 1300 kg/m³

Carbono Fixo 13,6 %

Cinzas  2%

Materiais Voláteis 84%

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BRIQUETES: Principais Vantagens

Devido a baixa umidade a temperatura se eleva rapidamente.

Formato geométrico facilita o transporte, manipulação e armazenamento.

Maior higiene e melhor aparência, ideal para a indústria alimentícia.

Maior custo/beneficio devido ao alto poder calorífico.

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BRIQUETES: Vantagens sobre a lenha

Não é necessário a reposição da madeira ao meio ambiente.

Baixa umidade. Poder calorífico de 2 a 5 vezes maior. Menos índice de cinzas e fumaça geradas. Queima regular devido sua geometria.

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BRIQUETES: Mercado

Nos grandes centros, capitais e grandes cidades, o briquete tem seu papel destacado, competindo diretamente com a lenha e o carvão vegetal.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, existem 5.000 pizzarias e 8.000 padarias das quais aproximadamente 70% utilizam fornos a lenha.

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BRIQUETES: Estrutura necessária para a industrialização

Capital em torno de 250.000,00.

Área em torno de 4000 m³.

Uma briquetadeira.

2 silos (com um deles podendo ser acoplado à briquetadeira).

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BRIQUETES: Estrutura necessária para a industrialização

Um triturador.

Um secador.

Elementos de transporte.

Ter entre 7 e 10 funcionários.

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BRIQUETADEIRA

Existem no mercado 3 tipos de máquinas:

Briquetadeira do tipo Prensa de Pistão

Briquetadeira por extrusão

Peletizadora

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Briquetadeira do tipo Prensa de Pistão Neste equipamento a compactação

acontece por meio de golpes produzidos sobre os resíduos por um pistão acionado através de dois volantes.

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Briquetadeira do tipo Prensa de Pistão

Densidade: 1.000 a 1.300 kg/m3

Consumo: 20 a 60 kWh/t

Produção: 200 a 1.500 kg/h

Poder Calorífico: 4.800 kcal/kg

Voláteis: 81%(base seca)

Cinzas: 1,2% (base seca)

O briquete deste processo tem as seguintes características:

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Briquetadeira por extrusão A compactação neste equipamento se

dá mediante força mecânica produzida por uma rosca sem-fim interna. É um equipamento de alto rendimento e médio custo.

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Briquetadeira por extrusão

Densidade: 1.200 a 1.400 kg/m3

Consumo: 50 a 65 kWh/t

Produção: 800 a 1.250 kg/h

Poder calorífico: 4.900 kcal/kg

Voláteis: 85% (base seca)

Cinzas: < 1% (base seca)

O briquete deste processo tem as seguintes características:

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PELETIZADORA

A compactação neste equipamento se dá mediante força mecânica produzida por roletes internos sobre uma matriz perfurada.

É um equipamento de alto rendimento e alto custo para sua produção/manutenção .

Normalmente são encontradas no mercado para produção de pellets com diâmetros acima de 16 mm.

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Fluxograma do processo

Siloúmido

SiloSeco

Briquetadeira

EmbalagemEstoque de produto acabado

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Conclusão Foram demonstrados no trabalho que

existem várias formas rentáveis para resolver os problemas dos resíduos da indústria madeireira.

Pelas informações obtidas pôde ser constatado que o briquete é um produto bastante eficiente, com um processo de produção simples e de baixo custo levando em consideração as suas vantagens como alternativa de reciclagem de resíduo.