formação poda de frutíferas

56
CONDUÇÃO, ESTRUTURAS DE SUSTENTAÇÃO E PODA DE FRUTÍFERAS Cooperativa Mista dos Fumicultores do Brasil – Cooperfumos Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - MDA

Upload: alessander-fagundes

Post on 27-Dec-2015

44 views

Category:

Documents


7 download

TRANSCRIPT

Page 1: Formação Poda de Frutíferas

CONDUÇÃO, ESTRUTURAS DE SUSTENTAÇÃO E PODA DE FRUTÍFERAS

Cooperativa Mista dos Fumicultores do Brasil – CooperfumosMovimento dos Pequenos Agricultores - MPA

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - MDA

Page 2: Formação Poda de Frutíferas

CONTEÚDO

1. Formas de condução;1. Abertura de Ramos;2. Formas de condução livre;3. Formas de condução apoiada;

2. Estruturas de sustentação;3. Podas;

1. Princípios;2. Intensidade;3. Época;4. Tipo de ramo;5. Tipo de poda;

Page 3: Formação Poda de Frutíferas

1. Condução: deve ocorrer desde a brotação de gemas das mudas até a arquitetura final desejada.

• Objetivos:– Conter ramos vegetativos;– Favorecer a formação de ramos produtivos;

• A planta NÃO conduzida procura manter a sobrevivência de sua espécie vegetando muito e produzindo grande número de frutos pequenos com pouco ou nenhum valor comercial

• Quanto mais horizontal for um ramo, menos vigoroso será e mais fácil será a formação de flores.

Page 4: Formação Poda de Frutíferas
Page 5: Formação Poda de Frutíferas

1.1 Abertura de ramos

Page 6: Formação Poda de Frutíferas

Abertura com palitos:

utilizado em brotações novas

entre 8cm e 10cm.

Page 7: Formação Poda de Frutíferas

Abertura com copinhos de cimento ou redes de nylon: utilizados para abertura de ramos do ano, com

comprimento maior de 20cm e já lignificados. Pode ser mudado de lugar de acordo com o crescimento do ramo.

Page 8: Formação Poda de Frutíferas

Abertura com fita plástica:

plantas com 2 ou mais anos de idade, os

ramos são arqueados amarrando fita

plástica no ramo a ser arqueado e no

próprio tronco ou estacas de madeira

fincadas no solo.

Page 9: Formação Poda de Frutíferas

Abertura com pedaço de bambu ou

madeira:mesma função da fita

plástica.

Page 10: Formação Poda de Frutíferas

Abertura com materiais de plástico especiais

Page 11: Formação Poda de Frutíferas

1.2 Condução Livre

• Condução em líder central;• Condução em taça;• Condução em vaso;• Condução em “V” ou “V” invertido, pode ser

chamada de condução em “Y”.

Page 12: Formação Poda de Frutíferas

Condução em líder central (maça, pera e caqui): • planta em formato piramidal com 3 andares e ramos

espaçados cerca de 70cm para entrada de sol e arejamento; • cada andar é formado por quatro ramos em cruz com um

gradiente de vigor que diminui para a parte superior;

a) b) c)

d) e)

a) 1º inverno (plantio)b) Primaverac) 2º invernod) 3º invernoe) 4º inverno

Page 13: Formação Poda de Frutíferas

Condução em taça (pêssego e ameixa):• Deixar de 3 a 5 ramos (pernadas) distribuídos a partir da parte

superior do tronco curto;• As pernadas devem ser abertas em 45º, com o centro da planta

permanecendo livre;

a) 1º inverno (plantio)b) Primaverac) 2º invernod) 3º inverno

a)

b)

c)

d)

Page 14: Formação Poda de Frutíferas

Condução em Taça

Page 15: Formação Poda de Frutíferas

• No início da formação é semelhante a taça, pelo arqueamento de alguns ramos e inexistência de ramo central.

• Ocupação posterior da copa da planta por novos ramos, conferindo um copa globosa e fechada.

• É indicada para plantas que produzem em ramos mistos do ano e com produção na parte externa da planta, como o caqui e o citros.

Condução em vaso:

Page 16: Formação Poda de Frutíferas

Condução em vaso:

Page 17: Formação Poda de Frutíferas

Condução em “V” ou “V” invertido

• Semelhante a condução em taça, mas são mantidas apenas 2 pernadas em sentidos opostos;

• Essa condução é utilizada para permitir o adensamento de pomares.

Page 18: Formação Poda de Frutíferas

1.3 Condução apoiada

• Condução em cordão esporonado;• Condução em palmeta;• Condução em lira ou “U”;• Condução em espinha de peixe;

Page 19: Formação Poda de Frutíferas

Condução em cordão esporonado:• Forma típica para condução de uvas rústicas, que se adaptam

bem em podas curtas;• Geralmente é duplo, formado por dois ramos estruturais

originados da bifurcação da haste principal;• O cordão esporonado é utilizado em qualquer estrutura de

sustentação (espaldeira, pérgola ou manjedoura).

Esporão: unidade produtiva

Page 20: Formação Poda de Frutíferas

Condução em palmeta:• Formada por andares

sobrepostos de ramos estruturais, normalmente sobre uma espaldeira;

• Não é recomendada para regiões úmidas;

• É utilizada para uvas comuns e quivi.

Page 21: Formação Poda de Frutíferas

Condução em lira ou “U”:• Grande área foliar e

superfície de área foliar.• Boa produtividade, mas

menor que a do latada.• Fácil posicionamento dos

ramos.• Boa qualidade da uva e

do vinho.• Pode ser ampliado

paulatinamente, pois as fileiras são independentes.

Page 22: Formação Poda de Frutíferas

Condução em espinha de peixe:• Forma adequada para pérgola,

pois apenas pode ser formada no plano horizontal;

• Utilizada para frutas que recebem poda longa, como o quivizeiro e as uvas finas de mesa;

• Geralmente é dupla, formado por dois ramos estruturais originados da bifurcação da haste principal;

Page 23: Formação Poda de Frutíferas

Condução em espinha de peixe:

Page 24: Formação Poda de Frutíferas

2. ESTRUTURAS DE SUSTENTAÇÃO

• Espaldeira - vertical;• GDC (Cortina Dupla de Geneva) – vertical;• Pérgola, latada ou caramanchão – horizontal;• Semi pérgola ou latada descontínua –

horizontal;• Manjedoura – inclinado.

Page 25: Formação Poda de Frutíferas

Espaldeira:

• Sistema mais simples semelhante a uma cerca;• Maior arejamento, iluminação, facilidade de manejo e

qualidade de frutos;

A altura do primeiro fio deve distanciar a vegetação e os frutos da umidade do solo.

Page 26: Formação Poda de Frutíferas

Espaldeira:

Page 27: Formação Poda de Frutíferas

Espaldeira:

Page 28: Formação Poda de Frutíferas

Pérgola, latada ou caramanchão:

• Maior crescimento vegetativo;• Maior proteção dos frutos contra raio solares;• Dificuldade em realização de tratos culturais;• Maior ataque de fungos pela menor iluminação e ventilação;

Page 29: Formação Poda de Frutíferas

Pérgola, latada ou caramanchão:

Page 30: Formação Poda de Frutíferas

Semi-pérgola ou latada descontínua:• Semelhante a pérgola, porém com espaços sem arames entre

as linhas de plantio;• Estrutura usada para terrenos declivosos;

Page 31: Formação Poda de Frutíferas

Manjedoura:

• Sistema intermediário entre a espaldeira e a semi-pérgola;• Vantagens de arejamento, iluminação, manejo dos cachos;

Page 32: Formação Poda de Frutíferas

Manjedoura:

Page 33: Formação Poda de Frutíferas

GDC – Cortina Dupra Geneva:

• Os ramos mistos brotam e “caem” em direção ao solo, formando duas cortinas de ramos pendentes;

• Sistema utilizado para uvas rústicas para indústria;

Page 34: Formação Poda de Frutíferas

3. PODA

3.1 Princípios;3.2 Intensidade;– Encurtamento (longo ou curto) ou eliminação;

3.3 Época;– Inverno (seca) ou Verão (verde);

3.4 Tipo de ramo;– Misto de ano, misto do ano, vegetativo, ladrão e

florífero/frutífero;

3.5 Tipos de poda;– Formação, limpeza, frutificação e rejuvenescimento.

Page 35: Formação Poda de Frutíferas

3.1 Princípios

• Hábito de crescimento determinado pela espécie e variedade;

• Ramos mais vigorosos e mais expostos a luz são drenos mais fortes;

• Mais vertical for o ramo, mais vigoroso será;

– Quanto mais vigoroso, menor a diferenciação de gemas floríferas;

– Brotações mais apicais são mais verticais e vigorosas;

• Crescimento vegetativo e a frutificação são processos antagônicos;

• Ramos em locais sombreados apresentam enfraquecimento gradual;

• Mais drástico for o encurtamento do ramo, mais vigorosa será a brotação;

• Quanto mais jovem o ramo frutífero, mais intensa será a poda.

Page 36: Formação Poda de Frutíferas

3.2 Tipos de podas:

3.5.1 Formação:3.5.2 Limpeza:3.5.3 Frutificação:3.5.4 Rejuvenescimento: • corte ao nível das pernadas da planta para renovação da

copa;• É apenas utilizada quando a planta não aprensenta

sintomas de doenças e possui vigor suficiente para o rebrote.

Page 37: Formação Poda de Frutíferas
Page 38: Formação Poda de Frutíferas

Esquema de uma planta bem conduzida em líder central, apresentando

uma hierarquia correta de vigor decrescente do

líder, para as ramificações primárias, secundárias e terciárias.

Page 39: Formação Poda de Frutíferas

3.3 Intensidade:

• Podas longas;• Podas curtas;• Poda de limpeza;• Poda drástica;

Page 40: Formação Poda de Frutíferas
Page 41: Formação Poda de Frutíferas
Page 42: Formação Poda de Frutíferas
Page 43: Formação Poda de Frutíferas
Page 44: Formação Poda de Frutíferas
Page 45: Formação Poda de Frutíferas

3.4 Época de poda

• Inverno: resposta na primavera com poucos ramos com maior vigor;

• Verão: resposta com muito brotos com menor vigor;

• Outono: resposta com poucos brotos com menor vigor, ocasionando paralização do crescimento do ramo.

Page 46: Formação Poda de Frutíferas

Poda verde

Page 47: Formação Poda de Frutíferas

Poda verde

Page 48: Formação Poda de Frutíferas

3.5 Tipos de ramos:

I) Estruturais:– Ramos lignificados e fortes, que sustentam os ramos vegetativos

e frutíferos. Ramos não produtivos com ramificações* (primarias, secundárias...)

*Ramificações primárias – PERNADAS

II) Vegetativos:– Apenas emitem folhas, importante por realizar fotossíntese;– Prejudiciais com crescimento excessivo (LADRÕES);

III) Frutíferos:– Especializados em florescimento e formação de frutos;

(DARDO, BRINDILO, RAMILHETE, ESPORÃO, MISTO DE UM ANO, MISTO DO ANO)

Page 49: Formação Poda de Frutíferas

DARDO

• Ramo pequeno encontrado com maior frequência no pessegueiro e na ameixeira, com cerca de 5cm de comprimento, mas podem ser encontrado com cerca de 1cm;

• Poucas gemas e praticamente todas floríferas;• A gema vegetativa se localiza no ápice do ramo, originando um

pequeno tufo de folhas;• São formados nas estações de crescimento do ano anterior;• Devido ao seu tamanho e poucas folhas para nutrir os frutos, não é

um bom ramo para frutificação;– No pessegueiro deve ser eliminado;– Na Ameixeira deve permanecer para dar origem ao ramilhete.

Page 50: Formação Poda de Frutíferas

RAMILHETE

• Encontrado apenas na ameixeira;• Tem origem de um dardo;• Ramo com 2 anos de idade;• Continua curto, podendo crescer lentamente ao longo dos

anos;• É o ramo frutífero mais abundante da ameixeira (mais

importante);• Encontrado com maior frequência na parte mais velha da

planta;– Não há necessidade de ser encurtado na poda, pois é

naturalmente curto.

Page 51: Formação Poda de Frutíferas

BRINDILO

• Ramo mais longo que os anteriores (cerca de 20cm);• Consistência flexível;• Encontrado no pessegueiro, ameixeira, macieira e pereira;• No pessegueiro e ameixeira possui gemas floríferas

laterais e a gema apical pode ser vegetativa;– Durante a poda podem ser despontados;

• Na macieira e pereira possui gema florífera apical e vegetativa laterais;– Não devem ser podados.

Page 52: Formação Poda de Frutíferas

ESPORÃO

• Ramo pequeno podendo variar entre 3cm a 10cm;• Na macieira e pereira é o principal ramo de frutificação;• Gema apical desenvolvida e florífera;– Após o florescimento, uma ou mais gemas vegetativas inferiores

brotam formando uma roseta de folhas e um pequeno caule, dando continuidade ao crescimento do esporão;

• Ramo que permanece na planta com seu envelhecimento sendo encontrado em ramos mais velhos;

• Não há necessidade de poda, pois são curtos e velhos;– Eventualmente ramos em excesso podem ser eliminados.

Page 53: Formação Poda de Frutíferas

MISTO DE UM ANO

• Comum no pessegueiro, ameixeira, macieira e pereira; – Principal ramo de frutificação do pessegueiro, onde possuem conjuntos de 3

gemas, 2 externas floríferas e uma central vegetativa;

• Ramo vigoroso, longo e com diâmetro maior que demais ramos com mesma idade;

• A gema vegetativa pode dar origem a um dardo, brindilo, outro ramo misto ou um ramo vegetativo;

• Devem ser encurtados em até 1/3 de seu tamanho original (ou eliminados), reduzindo grande quantidade de gemas (carga de frutos);

• Na ameixeira os ramos mistos ocorrem em menor número, mais frequentes em plantas mais novas;

Page 54: Formação Poda de Frutíferas

MISTO DO ANO

• Comum na videira, figueira, caquizeiro e quivizeiro;• O florescimento ocorre logo após a brotação dos ramos, nas axilas

das folhas;• São ramos produtivos que vegetam bastante;• Quanto mais vigorosos, mais nutridos são os frutos;

– Recebem podas bastante drástica, reduzindo a poucas gemas;• 2 na videira, 4 a 6 no caquizeiro, 8 a 12 na videira européia;

– O caquizeiro é uma excessão não devem ser encurtados, pois os ramos mistos do ano se formam a partir das brotações apicais dos ramos do ano anterior (caso encurtados só brotam ramos vegetativos).

Page 55: Formação Poda de Frutíferas
Page 56: Formação Poda de Frutíferas

Referências BibliográficasBIASI, Luiz Antonio. CONDUÇÃO, ESTRUTURAS DE SUSTENTAÇÃO E PODA DE PLANTAS FRUTÍFERAS. Apostila da disciplina AF030 – Fruticultura I do Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2012.