folheto pitu

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Patrocínio: Av. dos Pinheirais, n° 684, Sala 10, Neópolis, Natal/RN - 59080-250 Fone/fax: (84) 3217-8511 - e-mail: [email protected] - aquiflora.org Agência Brasileira de Desenvolvimento Sócio-Ambiental Agência Brasileira de Desenvolvimento Sócio-Ambiental execução Camarão Pitu recuperação da fauna e flora sertaneja informativo

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Page 1: Folheto pitu

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Av. dos Pinheirais, n° 684, Sala 10, Neópolis, Natal/RN - 59080-250Fone/fax: (84) 3217-8511 - e-mail: [email protected] - aquiflora.org

Agência Brasileira de Desenvolvimento Sócio-Ambiental

Agência Brasileira de Desenvolvimento Sócio-Ambiental

execução

Camarão Pitu

recuperação da fauna e flora sertaneja

informativo

Page 2: Folheto pitu

Camarão Pitu(Macrobrachium carcinus)

Pitu é uma espécie de Ocamarão de água doce, de ocorrência no Nordeste do

Brasil, em rios, lagoas, açudes, preferindo ambientes de corredeiras com altos níveis de oxigênio dissolvido na água. Hábito territorial e agressivo para com invasores, vivendo em fundo de areia grossa e rochas para ter abrigos (locas) de moradia e proteção contra predadores durante a muda (ecdise) da carapaça (exoes-queleto).

Embora viva em água doce, o estágio inicial (larval) de sua reprodução ocorre em águas salobras o que, por época da desova, obriga a fêmea a migrar para ambientes mixohalinos, como mangues e lagunas. Vencida essa fase, os pituzinhos (estágio pós-larval) retornam para água doce em busca dos citados ambientes para viver.

O barramento e a poluição das águas são fatores limitantes de sua sobrevivência e presença nos rios e açudes sertanejos, como por exemplo, no alto curso do rio do Carmo, em pleno sertão. Tais fatores aliados à pesca predatória levaram o Pitu a ser incluído na lista vermelha de e spéci e s ameaçadas d e ex t inção, significando que estão proibidos sua pesca, comer-cialização e consumo, podendo a desobediência configurar crime ambiental.

Para a reposição dos estoques é necessário colaboração do homem que, além de controlar a pesca, invista recursos em experimentos de laboratório para reprodução do pitu em cativeiro (viveiros) e fornecimento de pós-larvas (pituzinhos) para o repovoamento. Pesquisas no Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco dedicam-se a esses estudos com resultados promissores.

O Projeto Aquiflora, patrocinado pela Petrobras através do Programa Pe t robra s Amb ien ta l , inve s t e no repovoamento, recuperação de estoques e preservação do pitu na bacia hidrográfica do Rio do Carmo, em parceria com centros d e pe squ i sa públi co s (CTA/DOL/ UFRN/EMPARN) e privados (Larvi Aquicultura Ltda e Centro de Produção de Tilápia Ltda) e as colônias de pescadores locais, principalmente a de Upanema.

A pesquisa do pitu iniciou-se em maio de 2012 com o levantamento de sua ocorrência natural no Rio do Carmo (fig.1), ao longo de 60km a partir da barragem, com resultados inexpressivos. O Projeto passou, então, em agosto de 2012, ao cultivo de 1.500 pós-larvas (pituzinhos, fig.2) inicialmente alimentadas com ração em tanques (fig.3) e depois com alimento natural em viveiros (fig.4) da Piscicultura Lawrence, em Brejinho donde, após quatro meses nos vive iros , apresentaram resultados positivos no porte de pitus bem crescidos (fig.5); aí continuarão até formar um plantel de animais adultos para experimentos de reprodução em cativeiro.

As 500 pós-larvas de pitus soltas na barragem de Umari e Rio do Carmo, em 22/03/2013, Dia Mundial da Água, provieram de cultivo em cativeiro, estágio larval em água salobra no Laboratório de Carcinicultura da Larvi e passagem para água doce em viveiros do referido Centro que maneja 1.200 animais para formação de um plantel para reprodução. O fato representa uma experiência pioneira no mundo e abre perspectiva de oferta de sementes para projetos de reposição da espécie na Natureza.

Além do pitu, o Projeto Aquiflora investe também recursos na reposição e preservação de peixes nativos excessi-vamente explorados na região: acará-açu, curimatã, piau e traíra.

Fig. 3:Pós-larvas Pitus em tanques dePiscicultura da Fazenda Lawrence, Brejinho

Fig. 4: Pitus em viveiro de terra na PisculturaLawrence, em Brejinho.

Fig. 1:Pesquisa de pitu no Rio do Carmo, Upanema

Fig. 2:Pós-larvas de pitu com 30 dias de cultivo emtanques (1 cm de comprimento)

Fig. 5: Pitus adultos após 120 dias de cultivo emviveiro (12 cm de comprimento).