folheto paciente diabetes

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Diabetes tipo 2, Alimentação e Atividade Física.

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Page 1: Folheto Paciente Diabetes

Diabetes tipo 2, Alimentação

e Atividade Física.

Page 2: Folheto Paciente Diabetes

Dicas para lidar com uma doença crônica:

• É fundamental atuar em várias frentes: dieta, exercício e medicação, ou seja, proponha-se a uma mudança de estilo de vida! Isto vai aumentar sua disposição, melhorar a qualidade do seu dia a dia, além de alcançar o controle da glicose no sangue, a chamada glicemia;

• Seu médico tem vários objetivos no tratamento. O que é mais conhecido pelos pacientes é a glicemia de jejum (GJ), ou seja, a glicose me-dida no sangue logo pela manhã. Outra avaliação muito importante é a glicemia após uma refeição principal, a chamada glicemia pós-prandial (GPP), que você mesmo pode realizar em casa. Existe ainda um outro exame de sangue para medir os níveis da hemoglobina glicada (HbA1c) que é ca-paz de refletir as glicemias dos últimos 2-3 me-ses. Através deste último exame seu médico tem a noção de como esteve sua glicemia ao longo dos últimos tempos;

• A hiperglicemia (excesso de açúcar) crônica está relacionada a um aumento de compli-cações cardiovasculares nos pacientes com diabetes tipo 2 para a redução da glicose4;

Prevalência de diabetes no Brasil e no mundo

Brasil

da população adulta2

(30 - 69 anos)

Mundo

da população adulta1

(20 - 79 anos)

6,6% 12,1%

1) http://www.diabetesatlas.org/content/diabetes-and-impaired-glucose-tolerance. Acessado em: 12/01/2010 2010. 2) TORQUATO MTCG, Montenegro Jr RN, Viana LAL, Souza RAHG, Lanna CMM, Lucas LCB, et al. Prevalence of diabetes mellitus and impaired glucose tolerance in the urban population aged 30-69 years in Ribeirão Preto (São Paulo), Brazil. São Paulo Med J. 2003; 121(6): 224-30.

3. Facts and Figures – Did you know? International Diabetes Federation. Available at: http://www.idf.org/home/index.cfm?unode=3B96906BC026-2FD3-87B73F80BC22682A. Assessed May 4, 20084. Selvin E, Marinopoulos S, Berkenblit G, et al. Meta-analysis: glycosylated hemoglobin and cardio vascular disease in diabetes mellitus. Ann Intern Med. 2004 Sep 21;141(6):421-31.

SAiBA MAiS SoBre o DiABeteS tiPo 2

O diabetes tipo 2 é uma doença crônica na qual o organismo não produz suficiente-mente ou utiliza inadequadamente a insuli-na necessária para que as células do corpo absorvam e possam aproveitar a glicose de modo adequado. Está mais frequentemente associado com a idade avançada, obesidade, histórico familiar da doença, histórico anterior de diabetes gestacional, falta de atividade física e algumas etnias.Você não está sozi-nho: existem mais de 230 milhões de pesso-as vivendo com diabetes no mundo.

• Existem cada vez mais tratamentos dispo-níveis para lidar com esta doença. O objetivo do tratamento do diabetes, combi-nando dieta, exercício e medicação, consiste em controlar a glicose (açúcar) no sangue até o nível mais normal possível e assim diminuir a ocorrência de complicações graves relacio-nadas a esta doença1;

• Pelo menos a metade das pessoas com diabetes tipo 2 não sabe que tem a doença3.

Page 3: Folheto Paciente Diabetes

o manejo do diabetes não se trata somente de controlar a glicose, mas do paciente como um todo:

• O tratamento do paciente por uma equipe multidisciplinar (médicos, nutricionistas, en-fermeiras, educadores físicos) pode ter como resultado um melhor controle da glicemia8; • Mudar o estilo de vida não é fácil, mas é possível! Basta encontrar o seu jeito de esta-belecer uma rotina. Assim que você conseguir se organizar, perceberá que o tratamento do diabetes pode ser incorporado naturalmente no seu dia a dia e muito gratificante.

• Aproximadamente 55% das pessoas com diabetes tipo 2 que estão em tratamento uti-lizando somente um medicamento, alcançam uma meta adequada de controle do açúcar no sangue (HbA1c < 7%) depois de 3 anos5;

• Apesar do baixo controle da glicose, muitas pessoas com diabetes tipo 2 não têm sintomas e talvez não estejam dispostas a intensificar o tratamento para a redução da glicose6;

* Estas são menções fictícias que refletem a experiência real de pacientes e profissionais da saúde.

Quero entender o que eu preciso fazer para viver bem com a minha doença.*

5. Turner RC, et al. Glycemic control with diet, sulfonylurea, metformin, or insulin in patients with type 2 diabetes mellitus: progressive requirement for multiple therapies (UKPDS 49). JAMA. 1999;281(21):2005-12.6. Skinner TC. Psychological barriers. Eur J Endocrinol. 2004;151 Suppl 2:T13-7.7. Boulton AJM, et al. Diabetic neuropathies: A statement by the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2005;28(4):956- 62. 8. Davidson M. The effectiveness of nurse- and pharmacist-directed care in diabetes disease management: a narrative review. Curr Diab Rev. 2007;3:280-6.

• Envolva-se no seu tratamento! Vários estu-dos mostraram que pacientes envolvidos e mo-tivados a se tratarem são os que mais convivem bem com o diabetes ao longo do tempo;

• Para diminuir a carga diária que representa o diabetes tipo 2, os pacientes devem estar ativa-mente envolvidos no automanejo da doença7.

Page 4: Folheto Paciente Diabetes

Carboidratos

A quantidade e a qualidade do carboidrato consumido devem ser bem controladas. Qualquer carboidrato consumido em ex-cesso resultará no aumento dos níveis de glicose no sangue e manifestação dos sintomas do diabetes. Por isso, é impor-tante conhecer melhor esse nutriente e as fontes alimentares mais adequadas para este caso.

Carboidratos simples: esse tipo de car-boidrato tem capacidade de fornecer mais rapidamente energia ao organismo. São os açúcares (branco, cristal, mascavo e de-merara) e mel. Frutas também contêm car-boidratos simples, sendo um dos motivos pelos quais esses alimentos não devem ser consumidos livremente pelos diabéticos. O consumo de açúcar, mel, balas, doces e refrigerantes com açúcar, além de aumen-tar os níveis de glicose, está associado à obesidade e elevação dos triglicérides no sangue.

Carboidratos complexos: são mais vantajosos, pois apresentam uma absor-ção mais lenta no intestino, diminuindo

Na presença de diabetes é sugerido controle complementar rigoroso dos níveis de triglicérides e de colesterol sanguíneos, pois um dos principais fatores para o aparecimento das doenças cardiovasculares é o aumento de gorduras no sangue (dislipidemias).As gorduras consumidas na dieta afetam diretamente os níveis de gorduras no sangue.

Diversos produtos foram elaborados para tornar a vida dos diabéticos mais fácil e saborosa.

Qualquer carboidrato consumido em excesso resultará no aumento dos níveis de glicose.

os picos de aumento de glicose após uma refeição. Os alimentos que contêm carboi-dratos complexos são: arroz, milho, pães, macarrão, farinhas, cereais, aveia, batata, mandioca, entre outros. A fim de melhorar ainda mais o conteúdo de nutrientes desses alimentos, auxiliar o trânsito intestinal e re-tardar a absorção da glicose é recomendado que esses alimentos sejam consumidos em sua forma integral como, por exemplo, ar-roz integral, pães preparados com farinhas integrais, biscoitos integrais, cereais matinais etc. As fibras também são carboidratos com-plexos que auxiliam no controle da glicemia. É recomendado o consumo de 20 gramas ao dia sob a forma de hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas.

ALiMeNtAÇÃo

Princípios para orientação nutricional no Diabetes Mellitus

A orientação nutricional, com o estabeleci-mento de um plano alimentar, associada a mudanças no estilo de vida, incluindo ati-vidade física regular, é fundamental para o controle dos indivíduos portadores de Dia-betes Mellitus. Nos últimos anos, diversos produtos fo-ram elaborados para tornar a vida dos diabéticos mais fácil e saborosa. Além dis-so, muitos tabus e determinações que os faziam ter que seguir uma dieta restritiva desapareceram. Atualmente, sabe-se que esses indivíduos devem ter uma alimenta-ção saudável com pouquíssimas restrições ou proibições. Então, se você é diabético e pretende ado-tar um plano alimentar saudável, siga aten-tamente as recomendações:

Page 5: Folheto Paciente Diabetes

Álcool

O consumo excessivo de álcool deve ser evita-do, mesmo que eventualmente. O consumo de bebidas alcóolicas deve ser li-mitado a 1 dose por dia para mulheres e 2 do-ses por dia para homens. Uma dose é definida como: 350 ml de cerveja (1 lata de cerveja), 150 ml de vinho ou 45 ml de bebida destilada. Esta quantidade deve estar de acordo com as orientações do seu médico e nutricionista, de-pendendo de outras condições clínicas. O tipo de bebida alcoólica consumido não influencia no controle do diabetes. Para evitar hipoglicemia (baixo nível de glico-se), o álcool deve ser sempre ingerido junta-mente com alimentos. Lembrando que o álco-ol é muito calórico e o seu consumo predispõe a obesidade, que por sua vez apresenta efeitos negativos sobre o controle do diabetes.

Diet x Light

A definição de alimento light deve ser di-recionada aos produtos que apresentam redução mínima de 25% em determinado nutriente ou ca-lorias, quando comparado com alimento convencional. O diet significa que o alimen-to tem ausência total de um nutriente. Portanto, a primei-ra diferença entre alimento diet e light está na quanti-dade permitida de nutriente. Enquanto o diet precisa ser isento, o light deve apresentar uma redução mínima de 25% de nutrientes ou calorias em relação ao alimento convencional. A segunda di-ferença é que o alimento light não é, ne-cessariamente, indicado para indivíduos que apresentem algum tipo de doença (diabetes, colesterol elevado, doença celía-ca, fenilcetonúria). No caso dos indivíduos diabéticos o termo correto é o diet, por ter ausência total de açúcar. Se for com-prar algum alimento light precisa conferir nos ingredientes descritos no rótulo, se na composição tem açúcar ou não.

recomendações complementares:

• Alimente-se a cada 4 horas para evitar picos de hipo e hiperglicemia;

• Tenha sempre disponíveis alimentos práticos para os intervalos das refeições como frutas, barra de cereais light ou bis-coitos salgados com fibras;

• Leia os rótulos com atenção. Não confie apenas na denominação diet ou light. Ob-serve atentamente a composição nutricio-nal do produto, identificando a quantidade de cada nutriente (gordura, carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais);

• Procure manter o peso dentro da faixa de normalidade;

• Meça regularmente a glicose sanguínea.

GordurasOs alimentos contêm os seguintes tipos de gor-duras:

Colesterol: é encontrado apenas em ali-mentos de origem animal, carnes gorduro-sas, leite integral e derivados, frios e embu-tidos, frutos do mar e vísceras. O colesterol alimentar influencia diferentemente os níveis de colesterol no sangue.

Gordura saturada: presente principalmente em produtos de origem animal, carnes gordu-rosas, leite e derivados, polpa e leite de coco e em alguns óleos vegetais como dendê. Quando consumida em excesso pode aumentar os ní-veis de colesterol “ruim” (LDL).

Gordura trans: as principais fontes são os ali-mentos industrializados que contêm gordura hi-drogenada, como sorvetes, bolachas, alimentos de consistência crocante e margarinas duras. Quando consumida em excesso, a gordura trans aumenta o colesterol “ruim” (LDL) e reduz o colesterol “bom” (HDL).

Gorduras insaturadas (poli e mono): nesta categoria encontram-se as poli-insaturadas que são os ácidos graxos Ômega 3: óleos vegetais de soja, canola e linhaça e também os peixes de águas frias como sardinha, atum e salmão e Ômega 6: óleos de soja, milho ou girassol. A ingestão de gorduras poli-insaturadas pode re-duzir o LDL e o colesterol total. Já as monoin-saturadas são encontradas no óleo de canola, azeite de oliva, azeitona, abacate e oleagino-sas (amendoim, castanhas, nozes, amêndoas). Quando consumidas, reduzem igualmente o colesterol sem, no entanto, diminuir o HDL-C (bom colesterol).

Rosana Perim CostaMestre em Ciências da Saúde pelo Departamento de Cardiologia – Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina

Título de especialista em Nutrição em Cardiologia - Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

Gerente do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital do Coração – HCor/SP

Page 6: Folheto Paciente Diabetes

Atividades físicas auxiliam no tratamento e na prevenção do diabetes. Praticar regu-larmente exercícios físicos facilita o con-trole do açúcar no sangue, melhora os ní-veis da hemoglobina glicada, ajuda você a perder peso, previne que você desenvolva doenças do coração e melhora principal-mente a sua qualidade de vida.

• Qual atividade física é mais recomendada?

Qualquer atividade física pode ser be-néfica para diabéticos, mas aquelas que movimentam grandes grupos musculares são as mais recomendadas.

Caminhada, natação, ciclismo e corrida são atividades que ajudam você a con-trolar melhor o diabetes, como também perder peso. Elas melhoram a capacida-de do corpo em utilizar a glicose, ajudam o controle glicêmico e aumentam o gasto energético diário. O programa de exercí-cios deve ser realizado, se possível, dia-riamente, mas 3 a 5 vezes por semana, durante 30 a 50 minutos, promove exce-lentes resultados no controle do diabetes. Inclua também sessões de exercícios resis-tidos ou hidroginástica 2 vezes na semana, pois estas proporcionam maior resistência, agilidade e força para seu corpo.

Lembre-se de que músculos fortes necessi-tam de mais glicose, portanto ajudam você a controlar o diabetes.Antes de iniciar seu exercício físico faça alongamento dos principais grupos muscula-res, principalmente das pernas e dos braços, pois ele facilita o início da atividade, previ-ne lesões e melhora seu desempenho. Esta rotina de alongamentos deverá também ser realizada ao término da sua atividade física.

AtiViDADe FÍSiCA

Modo de preparo dos alimentos: verduras e legumes - crus, ao vapor, refogados ou cozidos. Carnes - assadas, grelhadas, ensopadas ou cozidas. Suspenda frituras e pratos à milanesa da rotina alimentar. Utilize pouco óleo para cozinhar os alimentos.

Como fazer na prátiCa:

farinhas

Componentes recomendações

Açúcar Açúcar refinado, cristal, mascavo, demerara ou mel não devem ser utilizados. Substitua-os por adoçante artificial (aspartame, sucralose, stévia).

Doces Prefira doces dietéticos e consuma com moderação, como compotas de frutas diet, gelatina diet, pudim diet. Evite doces com creme de leite, leite condensado ou chantilly.

Frutas Consuma 3 porções ao dia de frutas variadas. Atenção para os sucos de frutas naturais que deverão ser diluídos com água, evitando altas concentrações de açúcar. Leite e derivados Prefira leite desnatado, iogurtes light ou desnatado e queijos magros (ricota, cottage e queijo minas frescal light).

Carne bovina Consuma carnes magras: alcatra, patinho, coxão mole, lagarto, filé mignon. Cupim, picanha, costela, contrafilé, dobradinha, coração, moela, fígado etc., devem ser evitados. Carne suína É necessário retirar toda gordura aparente antes do cozimento. Prefira cortes magros como lombo, alcatra e filé mignon suíno. Evite costela suína. Aves Prefira cortes sem pele (peito e sobrecoxa desossada).

Pescados Peixes ricos em Ômega 3: sardinha, salmão, atum, arenque, adoque e truta. Evite frutos do mar como camarão, ostra e lagosta. Óleos e gorduras Utilize óleo de soja, canola, girassol, milho, azeite de oliva e maionese sem colesterol ou light. Bacon, toucinho, leite de coco, banha vegetal (gordura vegetal hidrogenada) e azeite de dendê não são recomendados. Margarina e manteiga Evite a manteiga. Use margarina sem gordura trans ou margarina light.

Ovos Consuma até 2 ovos /semana.

Embutidos Utilize peito de peru ou linguiça de frango. Evite linguiça de porco, salsicha, salame, mortadela, presunto gordo. Prefira barras de cereais light e biscoitos salgados integrais. Evite os biscoitos doces e recheados. Pães, massas, Prefira as preparações integrais. Evite folhados, tortas e salgados fritos. Bebidas alcóolicas devem ser evitadas, inclusive o vinho tinto. Prefira coquetéis sem álcool, sucos e refrigerantes sem açúcar.

Temperos Prefira temperos naturais como alho, cebola, salsa, cebolinha, coentro, cominho, manjericão, orégano, pimenta, páprica, gengibre, canela, cravo, noz-moscada, cheiro verde, alecrim etc. Evite temperos industrializados. .

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OBS.: permaneça de 20 a 30 segundos em cada posição.

• Sequência de alongamentos sugeridos:

• Avaliação médica:

Ao iniciar um programa de exercícios físicos, o ideal é que você faça uma avaliação médica. Dia-béticos têm mais facilidade de desenvolver doenças cardíacas do que pessoas não diabéticas. Portanto, o seu médico terá condições de orientá-lo em rela-ção ao tipo e a intensidade do seu exercício físico.

• Cuidados com os pés:

Portadores de diabetes podem ao longo dos anos apresentar problemas com os pés devi-do à neuropatia diabética, que provoca per-da de sensibilidade, alterações na mobilidade e deformidades nos pés. Escolha um calça-do confortável, sem costuras grossas inter-namente, e sempre use com meias, pois elas protegem mais ainda seus pés. Caso você tenha alguma lesão nos pés, evite realizar atividades como caminhadas ou corridas. O melhor é esperar cicatrizar e em caso de dúvidas, procure sempre seu médico.

Antes de começar um programa de atividades físicas, alguns cuidados e orientações devem ser seguidos para que você faça de maneira segura e eficiente.

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• Uso de insulina e hipoglicemia:

Se você for usuário de insulina, é fundamen-tal que evite a hipoglicemia durante e após a atividade física. Lembre-se que a duração, a in-tensidade e se você começou a praticar recen-temente são fatores que podem aumentar as chances de hipoglicemia durante os exercícios físicos. Então, siga estas recomendações:

• Se a glicemia for menor de 100 mg/dL você deve ingerir 15 g de carboidratos antes de ini-ciar a atividade física (15 g equivale a 3 bola-chas de água e sal ou uma barrinha de cereais ou uma fruta);

• Se a glicemia estiver acima de 300 mg/dl, pro-cure não realizar os exercícios neste dia, pois você poderá aumentar ainda mais sua glicemia;

• Se a duração da atividade for muito longa, mais de 1 h, você deve repor mais 15 g de car-boidratos, principalmente se houver sintomas de hipoglicemia;

• Nunca pratique exercícios físicos em jejum. Caso já tenha passado 2 horas da sua última refeição, faça um lanche rápido antes de co-meçar o exercício;

• Evite exercitar-se no pico de ação da insu-lina. Por exemplo: insulina regular acontece normalmente após 4 horas da aplicação, já a insulina NPH de ação lenta acontece entre 8 e 10 horas;

• Evite aplicar insulina nas pernas e braços. Pre-fira o abdômen para melhorar a absorção da insulina;

• Se você pratica atividade física à noite, faça um lanche antes de ir dormir, para evitar hipo-glicemia tardia;

• Não se esqueça de hidratar seu corpo duran-te os exercícios, beba água, principalmente em atividades físicas de longa duração.

• Orientações finais:

• Escolha a atividade física que mais lhe agrade e que combine com você;

• Para o diabético é fundamental que, ao esta-belecer o programa de exercícios, leve-se em conta o tratamento medicamentoso seguido;

• Não deixe de consultar seu médico regular-mente, pois a prática rotineira de exercícios físicos pode levar a ajustes na medicação;

• Lembre-se de que a rotina de exercícios físicos pode ser uma grande aliada no tratamento e controle da sua doença.

Jaqueline LazzariEducadora FísicaEspecialista em Medicina do MovimentoMestrado em Ciências do Movimento HumanoDiretora Geral da Clínica CentrocorCoordenadora Técnica do Programa de Reabilitação Cardiopulmonar Total Care – Amil -SP

• Alguns cuidados adicionais:

• Estabeleça um horário para praticar sua ativi-dade física;

• Inicie lentamente e vá aumentando progressi-vamente a intensidade e o tempo de duração dos exercícios, respeitando seus próprios limites e os estabelecidos pelo seu médico;

• Não se esqueça da sua medicação;

• Evite exercícios extenuantes, principalmente se você for iniciante;

• Procure não exercitar-se em temperaturas muito altas ou baixas;

• Não pratique exercícios físicos logo após as re-feições, espere pelo menos 1 h;

• Use roupas e calçados confortáveis, que não limitem seus movimentos;

• Se você tiver condições busque a ajuda de um profissional para estabelecer um programa de exercícios;

• Caso você sinta algum desconforto, dor no peito, tontura, náusea, sudorese excessiva, falta de ar, vi-são turva, dores de cabeça, taquicardia ou dores em geral, suspenda os exercícios e consulte seu médico.

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