folheto fernando pessoa

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Fernando Pessoa Bibliotecas Escolares Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva Exposição na Escola Básica Marquês de Marialva Semana da Leitura | 2014 17 a 21 de abril Fernando Pessoa Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, no dia 13 de junho de 1888. Aqui veio a morrer em 1935. Após a morte do pai, a família Pessoa partiu para a África do Sul, fixando-se na cidade de Durban onde o padras- to era cônsul. Neste país frequentou várias escolas e recebeu uma educa- ção inglesa. Terminou os estudos, em 1904. Regressou a Portugal em 1905 fixando residência em Lisboa. Foi a partir de 1907 que começou a sua intensa ati- vidade literária. Em 1912, Pessoa estreou-se como crí- tico literário, provocando polémicas junto à intelectualidade portuguesa. Em 1920, a mãe de Pessoa, após a morte do segundo marido, deixou a África do Sul de regresso a Lisboa. Pessoa alugou um andar para a famí- lia reunida – ele, a mãe, a meia irmã e os dois meios irmãos – naquela que é hoje a Casa Fernando Pessoa. http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/ http://mundopessoa.blogs.sapo.pt/ O espólio literário do autor, acondicio- nado na famosa arca onde guardava a sua obra para a posteridade, encon- trava-se em casa de sua irmã, Henri- queta Madalena Nogueira Rosa Dias. A inventariação destes materiais termi- nou em julho de 1972 e compreende, além de 29 cadernos de conteúdo va- riado, 25.426 originais entre manuscri- tos, datilografados e textos mistos. Para além de escritos literários em poesia e em prosa, este espólio contém ainda textos sobre Política, Sociologia, Histó- ria, poesia em inglês e ficção.

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Page 1: Folheto Fernando Pessoa

Fernando Pessoa

Bibliotecas Escolares

Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva

Exposição na Escola Básica

Marquês de Marialva

Semana da Leitura | 2014

17 a 21 de abril

Fernando Pessoa

Fernando António Nogueira Pessoa

nasceu em Lisboa, no dia 13 de junho

de 1888. Aqui veio a morrer em 1935.

Após a morte do pai, a família Pessoa

partiu para a África do Sul, fixando-se

na cidade de Durban onde o padras-

to era cônsul. Neste país frequentou

várias escolas e recebeu uma educa-

ção inglesa. Terminou os estudos, em

1904.

Regressou a Portugal em 1905 fixando

residência em Lisboa. Foi a partir de

1907 que começou a sua intensa ati-

vidade literária.

Em 1912, Pessoa estreou-se como crí-

tico literário, provocando polémicas

junto à intelectualidade portuguesa.

Em 1920, a mãe de Pessoa, após a

morte do segundo marido, deixou a

África do Sul de regresso a Lisboa.

Pessoa alugou um andar para a famí-

lia reunida – ele, a mãe, a meia irmã

e os dois meios irmãos – naquela que

é hoje a Casa Fernando Pessoa.

http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/

http://mundopessoa.blogs.sapo.pt/

O espólio literário do autor, acondicio-

nado na famosa arca onde guardava

a sua obra para a posteridade, encon-

trava-se em casa de sua irmã, Henri-

queta Madalena Nogueira Rosa Dias.

A inventariação destes materiais termi-

nou em julho de 1972 e compreende,

além de 29 cadernos de conteúdo va-

riado, 25.426 originais entre manuscri-

tos, datilografados e textos mistos. Para

além de escritos literários em poesia e

em prosa, este espólio contém ainda

textos sobre Política, Sociologia, Histó-

ria, poesia em inglês e ficção.

Page 2: Folheto Fernando Pessoa

tação em PowerPoint. É constituída por

registos fotográficos com muitos dos locais

onde o poeta viveu, trabalhou e frequen-

tou em Lisboa, cidade onde nasceu e mor-

reu, em 1935. Todos os diapositivos apre-

sentam um poema de Fernando Pessoa ou

dos seus heterónimos.

Fernando Pessoa - Evocação dos 75 anos

da morte do escritor e dos 76 anos da pu-

blicação da “Mensagem” é uma exposi-

ção cedida pelo Departamento da Cultu-

ra da Câmara Municipal de Coimbra. É

uma mostra constituída por 13 painéis com

diversas fotografias do poeta em diferen-

tes contextos, ao longo da sua vida, as

quais surgem acompanhadas por trechos

da “Mensagem”, que muitos consideram

um dos mais emblemáticos poemas da

língua portuguesa.

A semana da leitura

A Biblioteca Escolar do Agrupamento

de Escolas Marquês de Marialva dá

início a mais uma edição da Semana

da Leitura com a exibição, de 17 a 21

de março, de duas exposições sobre

Fernando Pessoa, uma que mostra

“Os Lugares de Pessoa”, outra evoca-

tiva dos “75 anos da morte do escritor

e dos 76 anos da publicação da

“Mensagem”.

O objetivo é relembrar e promover a

obra do poeta, com múltiplas face-

tas, entre as quais a valorização da

nossa língua e o enaltecimento da

história nacional, que fazem dele,

uma referência incontornável da lite-

ratura portuguesa.

As exposições “Lugares de Pessoa” constitui uma exposi-

ção da responsabilidade da Casa Fer-

nando Pessoa, de Lisboa, adaptada pela

Biblioteca Escolar do Agrupamento de

Escolas Gândara-Mar para uma apresen-

“A minha pátria é a língua portuguesa”, es-

creveu, profeticamente, Fernando Pessoa. O

seu génio expressou-se também, inúmeras

vezes, em língua inglesa – mas aquele que

viria a tornar-se o mais internacional dos escri-

tores portugueses sabia que cada língua tem

a sua cor, a sua luz e a sua música própria, e

que a arte da escrita consiste em levar para

lá dos limites convencionais os dons expressi-

vos de cada língua.

A sua primeira originalidade foi essa: a de se

entregar ilimitadamente à sua língua, sem

complexos de mando nem de escravo. Por

isso escreveu sobre o conhecido e o desco-

nhecido, o alto e o baixo, a estética e o co-

mércio, a política e a astrologia. Criou uma

constelação de heterónimos e semi-

heterónimos – incluindo uma extraordinária

Maria José – que lhe permitiram explorar, vis-

ceralmente, as mais diversas possibilidades do

ser. E foi, evidentemente, um poeta inultrapas-

sável – o tempo paralisa-se diante dos seus

textos, sempre inscritos numa verdade futura.

Semeador de papéis com um único livro pu-

blicado em vida (“Mensagem”), sonhador de

impossíveis que jamais se deixou esmagar pe-

la monótona incompreensão do seu tempo,

Fernando Pessoa deixou uma obra múltipla e

incisiva, que continua a surpreender-nos, a

seduzir-nos e, acima de tudo, a desafiar-nos a

quebrar as fronteiras do corpo e da alma, da

vida e do sonho, da reflexão e dos sentimen-

tos. Uma obra absolutamente universal.

Inês Pedrosa (Diretora da Casa Museu Fernando Pessoa)