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F F F F F olha olha olha olha olha Viva Viva Viva Viva Viva Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe • Floresta com Vida Número 22 • Ano VI • Janeiro/Março 2003 Resinosas Diversas Resinosas Diversas

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FFFFFolhaolhaolhaolhaolhaVivaVivaVivaVivaVivaJornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe • Floresta com Vida

Número 22 • Ano VI • Janeiro/Março 2003

Resinosas Diversas Resinosas Diversas

Propriedade: NICIF – Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais, Faculdade de Letras daUniversidade de Coimbra, Aeródromo da Lousã, Chã do Freixo – 3200 - 395 Lousã, Tel.: 239 992251 / 239 996126 – Fax:239 992302 • Director: Luciano Lourenço • Equipa de redacção: Graça Lourenço, Adriano Nave, Ana Carvalho,Mafalda Silva • Fotografias: Membros dos Clubes da Floresta, Adriano Nave • Design e Composição: Adriano Nave• Impressão: Ediliber, Lda. • Tiragem: 1000 exemplares • Periodicidade: Trimestral • Distribuição Gratuita •Depósito Legal: 117549/97.

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Sumário

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Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe • Floresta com Vida

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Número 22 • Ano VI • Janeiro/Março 2003

FolhaViva

Resinosas Diversas

Eles fizeram... nós contamos...

Diga...

Encontros Distritais de Clubes da Floresta

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Todas as resinosas que aqui seapresentam são gimnospérmicas (grupo deplantas desprovidas de estigmas, com osóvulos não encerrados em ovário fechado.),pertencentes a um subconjunto a que osbotânicos habitualmente designam por ordemdas coníferas. Esta por sua vez subdivide-seem várias famílias das quais aqui seconsideram as seguintes:

Pinaceae – representadas em Portugalprincipalmente por diversas espécies depinheiros, mas também por abetos, larices epiceas. Caracterizadas pelo seu fruto – a pinha– e pela sua estrutura lenhosa, com um eixoao longo do qual podem identificar-se escamasférteis (que alojam as sementes) e escamasestéreis (de protecção) bem distintas.

Araucariaceae - Árvores de folhaspersistentes, de porte piramidal ou colunarpodendo atingir os 60 m de altura. Em Portugalforam introduzidas 6 espécies, algumas delasmuito vulgares em parques e jardins. São todasoriginárias do Hemisfério Sul, nomeadamentedo Brasil, Argentina, Chile, Austrália e NovaCaledónia. Habitualmente estas espéciesdistinguem-se pelos seus caracteresmorfológicos: folhas achatadas e largas epinhas grandes – Araucaria angustifolia, A.Araucana e A bidwilli i; folhas adultasassoveladas e pinhas pequenas – Acunninghamii, A columnaris, A heterophylla.

Taxaceae – representadas pelo teixo(Taxus baccata) e caracterizadas porapresentarem sementes isoladas, que seencontram apenas parcialmente envolvidas poruma formação carnuda que recebe o nome dearilo.

RESINOSAS DIVERSASRESINOSAS DIVERSASRESINOSAS DIVERSASRESINOSAS DIVERSASRESINOSAS DIVERSASPor Mafalda SilvaPor Mafalda SilvaPor Mafalda SilvaPor Mafalda SilvaPor Mafalda Silva

Cupressaceae – representadas pelosciprestes e zimbros. Caracterizam-se por terempor fruto uma gálbula: estrutura lenhosa semeixo, com escamas férteis e protectoras,soldadas entre si e oriundas de um único pontocentral. Dentro desta família é tratada a tuiagigante que tem como fruto a pinha.

Taxodiaceae – representadas pelascriptoméria, sequóia e taxódio. Caracterizam--se por terem o tronco envolvido por uma cascafibrosa e por terem por fruto, o estróbilo. Esterepresenta uma estrutura lenhosa com umeixo, ao longo do qual se encontram escamassemelhantes às da gálbula, isto é, cadaescama fértil soldada à camada protectoracorrespondente, o que as torna indistintasentre si.

As resinosas formam, em conjunto, umadas mais vastas florestas do mundo: a florestanórdica de coníferas, ou taiga, que se estendenuma faixa quase contínua através do norteda Europa, da Ásia e da América do Norte. Auma escala mundial esta floresta fornece asmaiores quantidades de madeira e de pastapara papel. A maioria das espécies são derápido crescimento e de fácil adaptação a solospobres e a climas temperados e frios. À partede certas excepções, têm folha persistente eformas alongadas, com copa cónica ou colunare fuste longo e direito.

Em edições anteriores do Jornal FolhaViva, já tivemos oportunidade de ficar aconhecer algumas destas espécies,nomeadamente, o pinheiro bravo (Pinuspinaster) no Folha Viva nº17, o pinheiro- manso(Pinus pinea) no Folha Viva nº18, aPseudotsuga (Pseudotsuga menziesii) no Folha

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Viva nº 20 e o Teixo (Taxus baccata), no FolhaViva nº21, dedicados exclusivamente a cadauma destas espécies.

Em edições futuras, haverá necessidadede voltar a falar em algumas das espéciestratadas no presente número. No entanto, aperspectiva e o contexto dessa abordagemterá moldes diferenciados, já que serãoenquadradas nos temas dedicados às espéciesexóticas/ornamentais e às espécies florestaiscom propriedades medicinais.

Pinheiros (Género Pinheiros (Género Pinheiros (Género Pinheiros (Género Pinheiros (Género PinusPinusPinusPinusPinus)))))

Este género é constituído por cerca de100 espécies que ocupam uma extensa áreado hemisfério norte, desde as zonas sub--tropicais ao círculo polar Ártico. São espéciesinconfundíveis, que facilmente se distinguemdas outras resinosas pelas suas agulhas (asfolhas) bem características.

O porte dos pinheiros pode ser muitovariável, podendo atingir entre 30 e 50 m dealtura. O tronco é habitualmente direito comcasca persistente e espessa, de cor castanhaavermelhada. No entanto, existem espéciesem que o ritidoma se apresenta liso, poucoespesso e de cor esbranquiçada.

As agulhas agrupam-se em 2, 3 ou 5,através de uma bainha basilar. Os diferentespinheiros distinguem-se neste aspecto tendoem conta as características das agulhas:comprimento, espessura, rigidez, cor, se sãopendentes ou não, dentadas ou inteiras, e adistribuição dos canais resiníferos.

A forma e o tamanho das pinhas tambémsão variáveis, se bem que normalmente o seuformato seja cónico. O tamanho varia de 3 a45 cm. Algumas pinhas caem logo após oamadurecimento enquanto outras se mantêmpresas aos ramos vários anos, abertas.

Por outro lado, o tipo de ramos deveráser igualmente considerado. Estes podem serde vários formas, fortes, delgados, sulcados,de cores diferentes, pubescentes ou glabros,etc. As diferenças entre os pinheiros assentamainda nas quantidades de resina que criam ena qualidade de madeira, oscilando aqui osinteresses económicos.

Fonte: www.mikonet.ch

Pinheiro-Negro, Pinus nigra

Pinheiro de Alepo, Pinus halepensis

Fonte: www.botanical-online.com/fotospinushalapensis.htm

Aspectos económicos e sociaisAspectos económicos e sociaisAspectos económicos e sociaisAspectos económicos e sociaisAspectos económicos e sociais

No nosso país, existem muitasvariedades de pinheiros ao longo de estradas,em parques e jardins. Embora as espéciesmais comuns se centrem no pinheiro bravo emanso outros podem vir a sobressair. É ocaso do Pinheiro das Canárias que emPortugal encontra boas condições ecológicaspara a sua cultura e a sua madeira apresentauma qualidade superior à do pinheiro bravo.

A resina é um dos interesses principaisque se encontra associada aos pinheiros. Opinheiro de Alepo é uma das espécies maisprocuradas para a sua extracção.

Os povoamentos de pinheiros queapresentam madeira de melhor qualidade sãoexplorados para a produção de pasta parapapel. Exemplo disso é o pinheiro insigne.

Os pinheiros têm interesses variadospara o país, não só pela sua boaadaptabilidade mas também peloscrescimentos verificados. A maioria produzemmadeira de boa qualidade, apreciada para aconstrução e outras aplicações, como postestelefónicos.

O interesse no fomento das espéciesdos pinheiros relaciona-se com a boaadaptabilidade que estes oferecem àscondições ambientais do nosso país. Estespodem vegetar em diversos tipos climáticosdo continente que podem ir do árido ao húmido.Habitualmente adaptam-se bem às zonasmontanhosas como o pinheiro das Canárias,Alepo, Lariceo, ou mesmo o Silvestre. Apluviosidade que suportam pode ir dos 350mm aos 2000 mm anuais. Em relação àstemperaturas podem variar. O pinheiro dasCanárias suporta grandes amplitudes térmicasanuais e o Alepo e o Silvestre aguentam secasestivais muito prolongadas. A pinus radiatajá é mais sensível às temperaturas: as suasregiões óptimas oscilam entre os 5º C noInverno e os 21º C no Verão com influênciasatlânticas. O Pinheiro lariceo acompanha estastendências.

Em relação aos solos são habitualmentepouco exigentes. Estes variam entre osvulcânicos, calcários, xistosos e graníticos.Alguns espécimes exigem mais em termos dehumidade como é o caso do Pinheiro Silvestre.

Pinheiro das Canárias, Pinus canarensis

Condições ambientaisCondições ambientaisCondições ambientaisCondições ambientaisCondições ambientais

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Pinheiro-Bravo, Pinus pinaster

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A floresta portuguesa tem como principal

problema a elevada susceptibilidade aos

incêndios. O pinheiro não é excepção, até pelas

suas características próprias como espécie

resinosa que é. Além das consequências

directas do fogo como a morte das árvores,

surgem outras secundárias. As espécies mais

enfraquecidas tornam-se autênticos viveiros

de pragas e doenças. Estes fenómenos podem

proliferar para as áreas vizinhas e destruir

elementos da floresta que o fogo terá poupado.

Nos pinhais a praga mais visível é a da

processionária: as larvas do lepidóptero –

insectos em que a forma adulta é designada

por borboleta – refugiam-se durante o Inverno

na copa dos pinheiros e de outras pináceas.

O seu nome advém da forma como

abandonam os “ninhos” em longas filas por

altura da Primavera. A processionária é já

considerada parte da fauna habitual dos

pinheiros dos países mediterrânicos.

Atacam as espécies mais jovens

desfolhando por completo as árvores. As

consequências são graves na produção da

madeira, com plantas enfraquecidas e

susceptíveis a outras pragas e doenças.

Os ataques reduzem-se à medida que

os pinhais envelhecem. Os tratamentos

utilizados são o corte, queima de ninhos e

outras técnicas elaborados. Os métodos

biológicos são as alternativas mais saudáveis,

em detrimentos dos insecticidas.

Pragas e doenças dos pinhaisPragas e doenças dos pinhaisPragas e doenças dos pinhaisPragas e doenças dos pinhaisPragas e doenças dos pinhais

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Os pinhais na fase adulta deixam de

estar tão susceptíveis a pragas de insectos.

No entanto, quando ocorrem podem ter

consequências mais graves. Nessa altura,

as providências a tomar passam pela

extracção de árvores mortas e enfraquecidas,

bem como dos exemplares derrubados pelo

vento, ou chamuscados pelo fogo. Podem

ainda adoptar-se outras medidas como o

controlo da densidade excessiva do pinhal,

evitando, desse modo, muitos riscos de

infestação por pragas graves. As árvores

mortas recentemente ou enfraquecidas dão

lugar ao estabelecimento e proliferação de

uma grande variedade de insectos o que tem

causado destruições graves nos nossos

pinhais, nomeadamente daqueles

necessitados de desbaste. O abate de

árvores e remoção da casca só se torna

eficiente quando os insectos ainda se

encontram aí alojados. Outro método

consiste no derrube deliberado de árvores

de forma a expor ovos e larvas à acção letal

do sol.

A torcedora é outro insecto lepidóptero

que ataca os pinheiros tendo até influências

muito visíveis no porte dos mesmos.

Habitualmente os gomos terminais das árvores

novas são o local onde a fêmea põe os ovos,

dos quais as larvas se alimentam. Os ramos

crescem deformados não se obtendo um bom

fuste. Para o seu combate é feito o abate e

extracção das árvores atingidas.

O gorgulho é um insecto da ordem dos

Coleópteros e da família dos Curculionídeos.

É também uma praga dos pinhais novos e pode

causar, por vezes, prejuízos económicos

importantes. A base do tronco é a zona do

pinheiro a ser atacada, havendo uma

interrupção da corrente circulatória da seiva,

enfraquecendo as árvores até as matar. O

gorgulho caracteriza-se como um insecto de

cepos e árvores mortas sendo um sintoma de

debilidade do pinhal.

Pinheiro Insigne, Pinus radiata

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Pinheiro Silvestre, Pinus silvestris

Fonte:http://plants.usda.gov

Quando não se antecipam as medidas adequadas, estes insectos avançame estabecem-se outros, nomeadamente os xilófagos, que deterioram o lenho.São também insectos característicos de áreas de plantas mortas onde não seencontra a actuação do homem. No caso das florestas ordenadas, o aparecimentodesta micro fauna corresponde a situações relacionadas com o descuido depovoamentos.

A casca dos pinheiros mais novos está ainda sujeita à acção da ferrugem.Caracteriza-se pelo engrossamento dos ramos em certas zonas e mais tarde pelaabertura de fendas onde podem-se observar vesículas amareladas ou rosadas,resultantes igualmente da concentração de fungos. Nas árvores adultas a podridãotambém ataca, fenómeno que pode ser visível nas raízes e através dos cogumelosamarelados do tronco.

Como já foi possível verificar, a maior parte das doenças e fungos que seabatem sobre as árvores derivam da sua instalação fora das zonas óptimas dedesenvolvimento. No caso do Fomes annosus é isso que acontece, levando a quenos anos 60 se verificasse uma elevada mortalidade de pinheiro bravo na serra doMarão. Em solos onde essa espécie vegetava mal, o fungo decompôs cepos eraízes. Os cepos devem ser isolados, queimados, ou tratados quimicamente.

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Pinheiro Silvestre, Pinus silvestris

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Pinheiro-negro, Pinus nigra

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Pinheiro Silvestre, Pinus silvestris

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Pinheiro Silvestre (Pinus Silvestris L.)

Características

Pode atingir 40 m de altura. A sua casca é de cor alaranjada a vermelha. Agulhas de 2 a 10cm de comprimento, são bastante largas, até 2 mm, frisadas,de cor verde glauco e com linhaestomática bem visível na página inferior. Pinhas sub-cónicas, simétricas, de 3 a 8 cm decomprimento, com escamas de cor castanho amarelado. A queda das pinhas dá-se um anodepois da maturação assim como a sua dessiminação.A semente é pequena, preta acinzentada, com 3 a 5 mm de comprimento.

OrigemEstende-se em latitude, desde o norte da Escandinávia até à Serra Nevada em Espanha. Éconsiderada expontânea em Portugal, designadamente na Serra do Gerês, encontrando-se ospovoamentos mais antigos em Lama Longa, Vale da Matança, Viduiça e Borrajeirinho.

Distribuição O pinheiro silvestre, também conhecido por pinheiro da casquinha, é o pinheiro de maior difusãona Europa e Ásia.

Pinheiro-negro(Pinus nigra ssp. laricio)

Características

Árvore que pode atingir 30 a 40 m de altura, de fuste direito, desprovido de ramos até grandealtura. A casca do tronco tem coloração cinzenta escura, profundamente fendilhada nas árvoresvelhas. A copa é estreita e quase cilíndrica, com ramos curtos e delgados algo ascendentes.Os ramos pequenos têm cor clara cinza acastanhada.As folhas encontram-se agrupadas em pares e são verde-escuras. As pinhas são ovóides,cónicas, de cor cinzenta a castanho brilhante, com 5-8 cm de comprimento. A semente por suavez é de cor cinzenta acastanhada, com 4-6 mm de comprimento.

OrigemEncontra-se dispersa por uma vasta zona em torno do Mediterrâneo, desde a Península Ibéricaao Cáucaso. Em Portugal é nos distritos de Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco eCoimbra que se concentra a quase totalidade das plantações desta espécie.

DistribuiçãoNo nosso país os incêndios destruíram em menos de 10 anos cerca de metade dospovoamentos existentes. Os que actualmente existem foram efectuados em grande parte pelosServiços Florestais e pela Portucel.

Pinheiro Silvestre, Pinus silvestris

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Pinheiro de Alepo, Pinus halepensis

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Pinheiro de Alepo(Pinus halepensis Miller)

Características

Árvore robusta, sem exceder 20 m de altura, ramos retorcidos, raminhos delgados e tronco queatinge 5 m de perímetro. Casca cinzenta brilhante e lisa em nova, alterando-sedepois paracastanha-avermelhada, fissurada e escamosa.Os raminhos glaucos e glabros, apresentam gomos de inverno cónicos, com cerca de 8 mm.Folhas de 6-15 cm, dispostas aos pares, delgadas, verde-claras e curvas. Pinhas cónico-- ovóides de 5-12 cm. As sementes têm cerca de 7 mm com uma asa até 2 cm.

Origem Orla ocidental do Mediterrâneo, desde a Espanha à Grécia, e um pequeno núcleo no Líbano,Israel e Jordânia. Pode ser encontrado, principalmente, nas encostas e cumes.

Distribuição A floração faz-se de Março a Maio e a maturação das pinhas no 2º verão. A deiscência daspinhas e dessiminação das sementes tem lugar 2 anos ou mais depois da floração.

Pinus thunbergii Parl( = P. thunbergiana Franco)

Características

Com o seu fuste direito pode atingir 40 m de altura. O ritidoma é cinzento escuro, sulcadolongitudinalmente. As agulhas verde-escuras estão reunidas em grupos de 2 na mesma bainha,espessas e rígidas, de 8 a 12 cm de comprimento. As pinhas assemelham-se com as da P.nigra.

Origem Este pinheiro é originário do Japão. A sua área natural estende-se à Coreia e Formosa, sendoconhecido por "Pinheiro Negro do Japão".

DistribuiçãoEmbora com fraca representatividade no nosso país, esta espécie assume largaspossibilidades de expansão no Arquipélago dos Açores, como aliás se tem verificado nosúltimos anos e com bons resultados.

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Pinheiro Insigne, Pinus radiata

Fonte: http://ww

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Bibliografia:

CABRAL, Francisco Caldeira; TELLES,Gonçalo Ribeiro (1999), A Árvore emPortugal, Assírio e Alvim, Lisboa.

FABIÃO, António Manuel D. (1996), Árvorese Florestas, 2ª edição, “ColecçãoEuroagro”, Publicações Europa-América,Lisboa.

FOREY, Pamela, Árvores, Colecção“Pequenos Guias da Natureza”, Plátano,Lisboa.

GOES, Ernesto (1991), A FlorestaPortuguesa, sua importância e descriçãodas espécies de maior interesse, Portucel.

HUMPHRIES, C. J.; PRESS, J. R.; SUTTON,D. A. (1996), Árvores de Portugal e Europa,Guias “Fapas”, Clássica Artes Gráficas,Porto.

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Pinheiro das Canárias (Pinus canariensis P. Smith)

CaracterísticasFolhas grandes de 20-30 cm, pendentes, agrupadas em trios. Raminhos verde-amareladosficando cinzento-acastanhados; os gomos têm escamas franjadas e as pinhas são muitograndes.

Origem A sua área natural circunscreve-se às ilhas Canárias formando extensos povoamentos nas ilhasde Tenerife, Las Palmas, Grande Canária e Hieno. Ocupa uma área total de 69.000 ha.

DistribuiçãoO fomento desta espécie tem sido limitado às Ilhas Canárias, essencialmente. Fora das ilhasassinala-se a plantação de 2000 ha na província de Córdova, em Espanha. Contudo, a difusãodesta espécie como árvore ornamental é frequente em vários países, para parques e jardins.

Pinheiro insigne(Pinus radiata D. Don.)

Características

Quando jovem a copa é cónica, mas muito densa e abobadada quando amadurece. Atinge os30-40 m, com ritidoma (casca)muito rugoso, profundamente fissurado em extensas tirasverticais mais ou menos paralelas castanho-escuras. Os ramos principais são pesados, largose divergentes. Os ramos novos encontram-se despidos de pelos, e são cinzento-claros ouverde-esbranquiçados. Gomos de inverno ovóides e pontiagudos. Folhas 10-15 cm, em feixesde 3, e pinhas maduras com escamas largas, espessas e lenhosas. Sementes negras até 6mm.

OrigemEspécie com uma distribuição bastante restrita à baía de Monterey, ilha de Guadalupe e BaixaCalifórnia. Em Portugal pode ser encontrado no Parque de Monserrate em Sintra e na Mata doBuçaco

DistribuiçãoA América do Norte é o seu país de origem, e onde é conhecido por Pinheiro de Monterey(cidade de onde é originário). Existem vários tipos de P.radiata e um híbrido resultante da P.attenuata e da P. radiata.

No Departamento de Biologia, todo ogrupo, com a ajuda de microscópios e lupas,pôde observar vários tipos de algas e foi-lhesexplicado o que é uma alga, os diferentes tiposexistentes e onde estes se encontram. Ficarama conhecer o que é um herbário e os passosdados na sua elaboração e, finalmente,visitaram a sala dos Invertebrados da Ria.

No Departamento de Cerâmica e Vidro,os alunos foram sensibilizados para aimportância da reciclagem de alguns materiaisdesperdiçados por algumas indústrias masque, podem ser aproveitados por outras,enquanto matéria-prima. Finalmente, foi-lhesmostrado, um Microscópio de Varrimento eum Microscópio Electrónico (o melhor dePortugal) arrefecido com azoto líquido.

No passado dia 15 de Janeiro, o Clube daFloresta “Os Murteirinhas”, da Escola E.B. 2/3 deÍlhavo, realizou uma visita de estudo à Universidadede Aveiro, nomeadamente, ao Departamento deGeociências, ao Departamento de Biologia e aoDepartamento de Cerâmica e Vidro.

No Departamento de Geociências, os alunospuderam visitar a exposição de rochas, minerais efósseis, a qual estava muito bem organizada,despertando grande interesse nos jovens visitantes.

VISITA Á UNIVERSIDADE DE AVEIRO

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No passado dia 21 de Março, os elementos do Clube daFloresta "O Girassol", da Escola E.B. 2,3 Padre AntónioLuís Moreira, Vila Nova de Gaia, procederam à colocação deninhos, comedouros e bebedouros para aves..Para tal, contaramcom a preciosa ajuda dos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos,tal como as imagens mostram.

eles fizeram. . . nós contamos eles fizeram. . . nós contamos

Para o Clube da Floresta “Umpor todos e todos pela floresta”, doAgrupamento Vertical de Escolas deS. Pedro de Alva, as principaiscomemorações foram o Carnaval e oinício da Primavera. O Carnaval foicomemorado nesta escola com umdesfile alegórico no qual o clube dafloresta também participou commensagens alusivas ao tema.

Já o início da Primavera,integrado na Semana Prosepe, foicomemorado com um passeio pelafloresta com o principal objectivo derecolher espécies autóctones, a fim deserem devidamente preparadas paraa criação de um herbário onde éretractada a biodiversidade da floresta.

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Como já é habitual, “Os Linces” da APPACDMde Castelo Branco comemoraram a Semana/PrimaveraProsepe, desta vez com o tema “Floresta, Sistema emequilíbrio” que decorreu de 17 a 21 de Março. Asactividades realizadas passaram por uma visita ao aterrosanitário da zona do Pinhal e Raia situado nos arredoresde Castelo Branco, pela construção em cartão deecopontos e pela plantação de uma árvore no espaçocircundante da Quinta da Carapalha (espaço pertencenteà escola).

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O Clube da Floresta “Hedera helix” daEscola E. B. 2/3 Domingos Capela merece o nossodestaque pela iniciativa do dia 18 de Março. Nestedia, decorreu uma vídeo-palestra sobre o tema “OCastanheiro na Floresta Autóctone”, apresentadopelo Dr. Jorge Lage, Coordenador do Prosepe doDistrito de Braga. Foi também apresentado um livrosobre os saberes e sabores da castanha, de suaautoria, o que constituiu um aspecto muitointeressante a valorizar na Semana da Floresta.Continuem!

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O Clube da Floresta “Os Palmeirinhas” assinalaram a épocacarnavalesca com uma actividade original. Passaram os dias queantecederam o Carnaval, na elaboração de máscaras, utilizandopara o efeito,materiais da floresta recolhidos nas saídas efectuadasanteriormente e também aproveitando papel de jornal. O resultadoestá à vista...

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No dia 9 de Janeiro, iniciou-se naEscola E.B. 2/3 do Viso a campanha “Limparé Despoluir”, em associação com a Lipor.Numa primeira fase, decorreu uma acção desensibilização dos elementos do Clube daFloresta “Os Pulmões do Mundo”,estendendo-se a outros alunos da escola. Otrabalho dos nossos estudantes passou pelaafixação de cartazes, colocação de papeleirasna escola e a respectiva remoção periódica.

Surgiu a ideia de se proceder atrabalhos de pintura de figuras do passado eda actualidade, desde a literatura ao desporto,acompanhados por slogans relativos à limpeza.Na Semana da Floresta decorreu uma palestrapara pais e encarregados de educação. Estaacção continua para o 3º período. Força!

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Somos os “Amigos doVerde” da Escola Secundária 3/EBde Lousada. Nos dias 28 deFevereiro e 1 de Março fizemosuma visita ao Parque Natural doAlvão, em Trás-os-Montes.

As nossas actividadescomeçaram com um percursopedestre na área do Parque,seguindo-se a visita à Casa, aosJardins do Palácio de Mateus e àsinstalações da Universidade deTrás-os-Montes e Alto Douro.

Já no segundo dia, foi-nospossível admirar a beleza dastradicionais aldeias deste ParqueNatural, nomeadamente Lamas deOlo e Fisgas de Ermelo. A alegria eo entusiasmo foram, sem dúvida,nossos companheiros constantes.

Olá! Mais uma vez, nós, “Os Palmeirinhas” estivemos em contactocom a natureza, e desta vez dirigimo-nos ao Parque Nacional da Peneda-Gerês. A visita teve lugar a 20 de Março, dia enquadrado na Semana da“Floresta com Vida”. Percorremos um trilho pedestre na região dePitões da Júnias, Montalegre, distrito de Vila Real. Esta iniciativa foi omote para sensibilizar para a necessidade de preservação da floresta epara a importância da existência de Áreas Protegidas. Gostámos muito!

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O Encontro que teve lugar na EscolaSuperior Agrária de Castelo Branco, iniciou-se com um passeio na floresta com aidentificação de algumas espécies e respectivascaracterísticas. Os alunos passaram pelosviveiros e semearam algumas sementes deárvores. A tarde passou-se com algumasexplicações de um responsável florestal e osnossos amigos ficaram a perceber qual afunção de um guarda florestal, osprocedimentos de limpeza e preservação deuma mata. Ficou o alerta para uma utilizaçãocorrecta dos espaços florestais no sentido daprevenção de incêndios.

O Encontro de Clubes da Floresta do distrito de Coimbra,teve lugar no Parque do Santuário de Nossa Senhora dasPreces, em Vale de Maceira, constituindo mais um convívioentre os clubes das várias escolas, tornando possível umamelhor interacção entre alunos/professores e alunos/alunos.

A participação dos alunos paraum Roteiro e um Raid Fotográfico fez-se sentir com empenho, e com oobjectivo principal de identificar asespécies arbóreas mais comuns noparque.

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ENCONTRO DISTRITAL DE CASTELO BRANCO – 19 DE MARÇOENCONTRO DISTRITAL DE CASTELO BRANCO – 19 DE MARÇOENCONTRO DISTRITAL DE CASTELO BRANCO – 19 DE MARÇOENCONTRO DISTRITAL DE CASTELO BRANCO – 19 DE MARÇOENCONTRO DISTRITAL DE CASTELO BRANCO – 19 DE MARÇO

ENCONTRO DISTRITAL DE COIMBRA – 28 DE MARÇOENCONTRO DISTRITAL DE COIMBRA – 28 DE MARÇOENCONTRO DISTRITAL DE COIMBRA – 28 DE MARÇOENCONTRO DISTRITAL DE COIMBRA – 28 DE MARÇOENCONTRO DISTRITAL DE COIMBRA – 28 DE MARÇO

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