folha umbandista - abril - ano i - nº 003

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Folha Umbandista Ano I - Edição 003 - 2015 Distribuição Gratuita São Paulo - Capital - Litoral Sul - Interior - Vale do Ribeira - Rio de Janeiro e Parana Editorial Redação Pag. 02 menssagem de Preto Velho Pag. 06 Autoconhecimento Umbanda Trilógica Pag. 07 As Ervas em nossa vida Lágrimas de um pai de Santo ARTIGOS Pag. 05 Homenagem a Rubens Saraceni Colunas Pag. 04 Porque não? Trauma e recomeço Pag. 03 Rubens Saraceni Pai Ogum Orixá Pag. 05

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Page 1: Folha Umbandista - Abril - Ano I -  nº 003

Folha Umbandista Ano I - Edição 003 - 2015 Distribuição Gratuita

São Paulo - Capital - Litoral Sul - Interior - Vale do Ribeira - Rio de Janeiro e Parana

Editorial Redação Pag. 02

menssagem de Preto Velho

Pag. 06

Autoconhecimento

Umbanda Trilógica Pag. 07

As Ervas em nossa vidaLágrimas de um pai de Santo

ARTIGOS Pag. 05

Homenagem aRubens Saraceni

Colunas Pag. 04

Porque não?Trauma e recomeço

Pag. 03

Rubens

Saraceni

Pai Ogum

Orixá Pag. 05

Page 2: Folha Umbandista - Abril - Ano I -  nº 003

Folha Umbandista - Edição III / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 02

Rua Almirante Tamandaré, 670 - Cidade Nova Peruíbe - Peruibe -SP

Editorial

Salve irmãos de fé em Oxalá.

Chegamos à edição de número três da Folha Umbandista, o que é uma satisfação enorme para nós, uma vez que podemos desta forma contribuir para a divulgação e desmistificação de nossa religião.Nossa esperança é que a cada edição possamos melhorar o conteúdo e a forma do jornal, tudo isso para que você leitor tenha em mãos o melhor jornal para o melhor leitor.Nesta edição iremos homenagear o Sagrado Pai Ogum, já que adentramos no mês que con-sagramos a Ele (no sincretismo de São Jorge), e desde já pedimos a este Orixá que possa abrir nossos caminhos e nos defender nas demandas da vida.Ainda externamos nossos sentimentos ao desencarne do grande Mestre Pai Rubens Sarace-ni que fez a sua passagem para a espiritualidade no dia 09 de Março.Deixamos nossa homenagem a este médium e sacerdote de Umbanda e que foi também o maior escritor da história da religião.E tenho certeza de que Rubens já esta trabalhando na espiritualidade maior em favor de nós que esperamos também o chamado do Pai para partirmos a morada verdadeira.Diversos colunistas contribuem também para esta edição, com textos maravilhosos que ser-vem de alimento para a nossa alma.Enfim esperamos que todos tenham uma ótima leitura e que possam passar este exemplar de mão em mão, para que se transforme em um efetivo meio de espalhar Umbanda e sua doutrina.Para encerrar este editorial uma breve mensagem de fé.“Calma, tenha calma...Isso vai passar, tudo passa.Não existe dor, frustração e tristeza que dure diante o Tempo.Entrega nas mãos de Olorum e permita seu controle divino e tudo ficará bem.Acredite que os Papais e Mamães Orixás estão trabalhando em seu favor.Eleve seu pensamento aos seus guias espirituais e se sentirá confortável e amado.Transforme hoje mesmo seu estado, e mude, fazendo o melhor por você e para os outros.“Tudo passa, e na Lei de Umbanda passa do jeito certo, decantando, elevando e transfor-mando.”

David Veronezi

Fundador da Folha Umbandista, Presidente do Grupo de Comunicação Umbanda Missio-nária, sacerdote, escritor, locutor, dirigente da Tenda da Caridade, Diretor-Geral da Escola Iniciática e de Educação Mediúnica Umbandista e missionário umbandista.

Nossos trabalhos e consultas são completamente gratuitos.Não realizamos: Sacrifício Animal, amarração amorosa e trabalhos para o mal.

Umbanda é magia positiva que combate magia negativaUmbanda é caridade, fé e esperança

Facebbok: www.facebook.com/tenda.dacaridadeEmail: [email protected]

Folha Umbandista

Jornal Folha Umbandista

Diretor : David VeroneziJornalista Responsável: Tania de Castro - MTB - 0067716Projeto Gráfico e Editoração: Marcos Luiz

O Jornal Folha Umbandista é uma publicação mensal.

Os Artigos não representam a opinião do jornal, são de responsabilidade de seus autores.

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(13) 99626-4900(13) 3453-4941

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Colaborador

Page 3: Folha Umbandista - Abril - Ano I -  nº 003

Folha Umbandista - Edição III / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 03

Por que não ? Thiago Nicolau

Ainda que não haja a esperada luz no fim do túnel. Por que não caminhar?Sempre esperamos motivos para embasar nosso “SIM” e dar força a uma decisão ou atitude. Mas alguma vez nos perguntamos que o agir pode se dar pelo simples fato de não existirem motivos concretos para desistir?Com a metáfora do túnel, sempre imaginamos que o caminhar está condicionado à exis-tência da luz no fim dele. Mas podemos enxergar a situação por outro viés e entender que devemos sim caminhar simplesmente porque nada nos prende no lugar em que estamos.

De uma forma objetiva cá está um convite.Um convite à ação sem espera.Sem espera do momento certo, que é uma alegoria criada por nós, um obstáculo disfar-çado de oportunidade.Sem espera de recompensa. Pois a ação que vem do coração – ou melhor, do seu interior – não precisa de troco, não precisa de aplauso e não precisa de reconhecimento.

Caminhemos pelo desejo de seguir em frente, amemos pelo desejo de amar, aju-demos por sabermos que ninguém é sozinho. Pois não é. Repare.Vivamos o todo, pois somos esse todo.Siga, então, ainda que sem rumo certo. Creia que seu “eu interior” o guiará.Pois a única certeza que terás se não o fizer, será a de que continuará estagnado no mesmo lugar.Olhe para o lado e veja que assim como você muitos também se encontram em dúvida e que isso seja motivação para seu espírito. Para que você caminhe por eles também.

E lembre-se de quando chegar no final desse túnel, acender uma vela para iluminar a caminhada de quem vem atrás.É isso que eu desejo!

Thiago Nicolau

Tradição, autoridade e autoritarismo

Nas religiões de matriz africana, de modo geral, os mais novos devotam respeito aos mais velhos, enquanto os mais velhos respeitam os mais novos. Essa tradição, que visa ao equilíbrio, por vezes se vê adulterada pelo autoritarismo.Num terreiro, todos são líderes, cada qual em sua área de atuação, do irmão mais novo na casa ao dirigente espiritual. Essa liderança deve ser exercida amorosamente, a exemplo do Mestre Jesus, o qual, simbolicamente lavou os pés dos Apóstolos.Vale lembrar que autoridade significa responsabilidade. Como diz um lindo ponto cantado de Caboclos, “na minha aldeia, lá na Jurema/ninguém faz nada sem ordem suprema”.

Bullying espiritual

Alguns exemplos que desestruturam a vida espiritual de um terreiro:

a) Não se respeitar a formação de médium, seja dirigente espiritual, membro da corrente ou egresso de outra casa;b) Querer passar à frente da direção espiritual da casa;c) Boicotar médiuns sob alegação de que pretendem passar à frente da direção espi-ritual da casa;d) Gritar, xingar, agir com agressividade e prepotência;e) Atropelar orientações dadas pelo Guia-chefe da casa, impondo-lhe opinião própria e/ou adulterada.

Lembro-me da história de uma dirigente espiritual que tratava um médium egresso de outra casa com muita diferença e, por vezes, indiferença. Numa gira, a casa estava lotada, o médium estava com muita dor de cabeça e não bateu cabeça durante a para um Orixá. A dirigente espiritual disse com sarcasmo que ele deveria bater cabeça, pois todos sabiam que ele era capaz de fazer aquilo. Pela lógica, se o médium batia cabeça em todas as giras, não seria a conclusão natural perceber que havia algo errado? Além disso, por que interpelá-lo em público? Tal atitude feriu a relação de confiança e, pelo constrangimento impingindo ao médium, artigos da legislação vigente. O médium optou por esperar por momento mais ade-quado para conversar a respeito com a dirigente espiritual, sem esperança de sucesso.

Marmota ou Marmotagem

Em linhas gerais, trata-se de atitudes extravagantes que fogem aos fundamentos das religiões de matriz africana. A marmotagem não deve ser confundida com a diversidade de elaboração e expressão de fundamentos religiosos. Exemplos de marmotagem: simulação de incorporação; pombogira fazendo compras em shopping center; baianos e boiadeiros bebendo em barracas de praia durante festa de Iemanjá; caboclo ensinando filho de santo a usar máquina fotográfica durante uma gira; preto velho passando número de celular de médium para consulente etc.

Trauma e recomeço Pai Dermes

Quantas pessoas são vítimas de falsos sacerdotes ou médiuns desequilibrados que prestam grande desserviço às religiões de matriz africana, além de alimentar a incredulidade, a dor e, por vezes, sentimentos ainda mais negativos entre os que são enganados. Certamente há também os que comungam da energia da marmotagem, uma vez que procuram os que lhes façam “amarrações” e outros absurdos que ferem o livre-arbítrio, a lógica, a Lei Divina. Trauma e recomeço

Desligar-se de uma família de Santo não é o mesmo de deixar a casa de origem para começar nova família. Ao contrário, corresponde a um divórcio: por mais amigável que seja, há sempre trauma, apontamentos, olhares enviesados, acusações etc. Se, por um lado, há filhos de Santo ingratos e desrespeitosos, também exis-tem dirigentes espirituais que, infelizmente, não desenvolveram o tato, a diplomacia, a gentileza. Em ambos os casos, apela-se para a experiência espiritual como subs-tituto á convivência humana e fraterna, de modo a minimizar as dores emocionais e psicológicas. Obviamente, a estratégia não funciona. Filiar-se a uma família de Santo é uma relação de confiança, não necessa-riamente de territorialidade. Dificilmente o membro de uma comunidade deixará de freqüentá-la porque foi aberto um terreiro perto de sua casa. Não existem paróquias nas religiões de matriz africana: trata-se de famílias. E os membros de uma família residem perto ou longe, reunindo-se periodicamente. Dessa forma, desfiliar-se representa desligar-se da orientação espiritual e da condução da coroa de um médium, que poderá cessar seu desenvolvimento, seu trabalho ou procurar nova casa, além de, como tem sido cada vez mais comum, com ou sem preparo adequado, abrir a própria casa. Por outro lado, se a convivência fraterna se torna insustentável ou a con-fiança é quebrada por abuso de poder, marmotagem ou outra razão, o desligamento pode significar o recomeço ou a retomada da vida espiritual em comum, com alegria, esperança e o exercício do perdão. A justa medida, da qual conhecemos ainda apenas vislumbres, caminha lado a lado com a compaixão.

BARBOSA JR., Ademir. Orixás: cinema, literatura e bate-papos. São Paulo: Anúbis, 2015, pp. 70-73 (lançamento: final de abril).

Ademir Barbosa Júnior (Dermes) é umbandista, escritor, pesquisador e Pai Pequeno da Tenda de Umbanda Iansã Matamba e Caboclo Jiboia (Blumenau, SC), dirigido por sua esposa, escritora e blogueira Mãe Karol de Iansã.

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Rubens SaraceniRubens Saraceni nascido em Osvaldo Cruz em 18 de outubro de 1951 brasileiro.

Exerceu sua mediunidade por mais de 30 anos e fez seus estudos no campo da espiritualidade. Seus inúmeros livros já publicados são psicografados, ditados e orientados pelos Mestres. Sua jornada, segundo conta, foi iniciada no espiritismo de "mesa branca", passando posteriormente para a Umbanda, onde se tornou Sacerdote da Umbanda Sagrada.

Há muitos anos o médium Rubens Saraceni, que tem uma enorme quantidade de livros psicografados e dezenas deles publicados, recebeu um pedido dos Mestres da Luz, Guias de Lei e de Umbanda, no qual solicitavam que as informações reveladoras, por eles transmitidas, não fossem apenas para seu bel prazer, e sim para que, por meio dele, o conhecimento se multiplicasse. Com isso, Rubens começou a ministrar o curso de Teologia de Umbanda, um curso simples e teórico, visando a uma melhor formação do médium umbandista em relação aos Fundamentos da Umbanda.

Desse convívio Rubens se deu conta do valor do que havia recebido, pois há muitos anos praticava a Magia Divina ensinada por seus Mentores que se mostrou fundamental na proteção daqueles que o procuravam. Foi quando os Mestres da Luz ressaltaram a importância de consolidar-se no lado material um Colégio nos moldes dos Grandes Colégios Astrais, que sustentam toda a formação daqueles que se assentam à direita e à esquerda dos Sagrados Orixás, Tronos e Divindades de Deus. Daí surgiu o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, para dar formação mediúnica e sacerdotal de Umbanda, bem como, sustentação, Religiosa e Magística aos que buscam o Conhecimento Sagrado sobre O Divino Criador Olorum (Deus), suas Divindades e seus Mistérios Geradores.

Mestre Seiman Hamiser Yê, um Ogum Sete Espadas da Lei e da Vida, assumiu a abertura da Magia do Fogo no plano material, por meio de Rubens Saraceni, na qual são ensinados os fundamentos da Magia Riscada dos Orixás, a Grafia Sagrada, bem como a correta utilização magística das velas, suas cores e o elemento fogo na arte da Magia. O primeiro curso do gênero aberto ao plano material por Mestre Seiman, e que deve ser o primeiro na formação do Mago, intitula-se "Magia das Sete Chamas Sagradas".Rubens foi também o fundador do Colégio Tradição de Magia Divina, colégio este que se destina a dar amparo aos formados nas magias abertas ao plano material e espiritual.

Voltou para a Aruanda Maior no dia 9 de março de 2015, deixando um enorme legado e contribuição para a Umbanda e para os umbandistas.Fica aqui nosso agradecimento a este grande Mestre e nossa singela homenagem, bem como nossos sentimentos a toda a família, amigos e seguidores.

Obrigado Pai Rubens Saraceni e bom retorno a espiritualidade grande Guerreiro da Luz e filho de Umbanda.

Grupo de Comunicação de Umbanda Missionária.

Rubens Saraceni retorna para Aruanda Maior

Três são as fases que o médium Umbandista percorre.A primeira fase é a empolgação, o médium chega mais cedo e está sempre pronto para o terreiro sem hora nem nada, simplesmente “aqui estou para o meu terreiro”.

Fase boa, mas completamente passageira. Muitas vezes o médium que está nessa fase se liga muito no Pai de Santo ou Mãe porque quer se inteirar de todos os assuntos rela-cionados ou “terreiro dele” mal sabe ele que antes dele o Pai ou a Mãe já tiveram médiuns iguais e que da mesma forma agiram.

A segunda fase é a mais complicada, é a fase de mais ação, é a fase da afirmação, afirmação da sua fé, quebra de barreiras e paradigmas, é a fase onde o médium sente dúvidas, não sente vontade de ir ao terreiro, é a fase onde tudo que tem sentido pode parar de ter, porque interna-mente você está reaprendendo, afirmando sua fé, a fé na sua religião, da primeira fase até a segunda, pode passar anos, mas a segunda fase passa.A terceira fase é a da certeza, é quando não importa se seu irmão fez ou faz pela sua casa, você vai fazer, não é para fulano ou ciclano é para Deus e os Orixás da sua casa. Chegar nessa terceira fase é tarefa dura, complicada, justamente porque depois que você chega nessa fase você luta por ela todos os seus dias, existem pessoas que depois de anos de terreiro não passaram da segunda fase, mas se colocam como se na terceira estivessem.

Essas fases são baseadas em vivencias minhas e de alguns colegas e amigos Pais e mães de Santo, mas médium Umbandista, reflita sobre isso, e meça em qual fase você está e para qual fase você quer ir,

Estar na Umbanda é lutar para o crescimento dela, a Umbanda não vai crescer sozinha, precisa de pessoas que batalham por ela, pelo ideal Umbandista.

O que você faz pela sua religião?

O trabalho do terreiro é importante, mas ser umbandista não é só dentro do terreiro, Umbandista não acorda na segunda-feira, acorda no dia das almas, acorda no dia de Ogum (terça-feira), acorda no dia de Xangô (quarta-feira), acorda no dia de Oxossi (quinta-feira), acorda no dia de Oxalá (sexta-feira), Acorda louvando as Yabás (sábado), Acorda louvando todos os Orixás (domingo) e em todos os dias da semana, justamente porque Umbanda não é só vivida no terreiro mas sim em todos os lugares.

Médiuns se esforcem para que a terceira fase chegue logo, assim vocês vão aproveitar o melhor da sua religião, vão aproveitar o fazer despretensioso, o amar acima de qualquer coisa, o querer pelo Orixá, o Amar pelo Orixá e com toda certeza a plenitude dentro da sua religião, independente de qual vertente você toca.“Umbanda é a manifestação do espírito pela pratica da caridade” – Caboclo das sete encruzilhadas.Então antes de incorporar os guias e Orixás para prestar a caridade vamos incorporar o espírito que sem ele seria impossível sermos vivos, o nosso. Vamos entrar nessa fase linda de certeza da nossa fé, do nosso amor. Vamos lutar pela nossa Umbanda trazendo para ela o lugar que ela merece na nossa sociedade, Que Xangô abençoe e proteja a todos e as bênçãos de minha mãe Oxum.

Pai Bruno de Xangô

As fases do médium Umbandista Pai Bruno

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Saravá OgumOferendas: Velas brancas, azuis e vermelhas, cerveja, vinho tinto licoroso, cravos, frutas, pembas, fitas...Local: Campos, caminhos, encruzilhadas, linha férrea.Saudação: OgunhêSincretismo: São JorgeData comemorativa: 23/04Dia: Terça-feiraElemento: ArCor: VermelhoSímbolo: Espada, Lança, Escudo.Flores: Crista de galo, cravo, palma vermelha...Ervas: Espada de Ogum, lança de Ogum, eucalipto...Essências: Violeta, cravo, benjoim...Pedra: Granada, rubi, sardio...Metal: Ferro e açoBebida: Cerveja branca...Chacra: LaríngeoComidas: Cará, inhame e feijoada...Frutas: Maçã, graviola, carambola, romã, melancia, banana...Planeta: MarteLinha: 4º Vermelha – Lei e OrdemFios de conta: Vermelho, Azul e vermelho...Numero: 07

Oração a Ogum:Ogum Rogai por NósNunca ficará sem resposta àquele que nele crê. Ogunhe meu Pai!

Eu andarei vestido e armado com as armas de OGUM para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.Glorioso OGUM, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

Que assim seja, amém.

Ogum - O Trono da Lei

Ogum é o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão e a emoção. É o Trono Regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os sentidos.

Ogum é sinônimo de lei e ordem e seu campo de atuação é a ordenação dos processos e dos procedimentos.

O Trono da Lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha pura do ar elemental, já com dois pólos magnéticos ocupados por Orixás diferenciados em todos os aspectos. O pólo magnético positivo é ocupado por Ogum e o pólo negativo é ocupado por Iansã.Esta linha eólica pura dá sustentação a milhões de seres elementais do ar, até que eles estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento, etc.Portanto, na linha pura do “ar elemental” só temos Ogum e Iansã como regentes. Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda.

Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás Intermediários ou regentes dos níveis vibratórios da linha de forças da Lei.

Saibam que Oxalá tem sete Orixás Intermediários positivos e tem outros sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros; Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas, que são suas opostas; Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos, sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material; Xangô tem sete Orixás intermediários positivos e tem sete negativos, que são seus opostos. E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá.

Agora, Ogum e Iansã são os regentes do mistério “Guardião” e suas hierarquias não são formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e pólos magnéticos opostos, como acontece com outros. Não, senhores!

Ogum e Iansã formam hierarquias verticais retas ou sequenciais, sem quebra de “estilo” , pois todos os Oguns, sejam os regentes dos pólos positivos, dos neutros ou tripolares, ou dos negativos, atuam da mesma forma e movidos por um único sentido: aplicadores da Lei!Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigi-dez e firmeza, pois não se permitem uma conduta alternativa.

Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um “caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos frequentadores das tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorporadores.

Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.

(Trecho extraído do Livro O Código de Umbanda de Rubens Saraceni, editora Madras)

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Colunas

FIQUE SABENDO

A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças.As liberdades de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração Univer-sal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal. A religião e a crença de um ser humano não devem constituir barreiras a fraternais e melhores relações humanas. Todos devem ser respeitados e tratados de maneira igual perante a lei, independente da orientação religiosa. O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial brasileira e que o Estado se mantém neutro e imparcial às diferentes religiões. Desta forma, há uma separação entre Estado e Igreja; o que, teoricamente, assegura uma governabilidade imune à influência de dogmas religiosos. Além de separar governo de religião, a Constituição Federal também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. Dessa maneira, a liberdade religiosa está protegida e não deve, de forma alguma, ser desrespeitada.É importante salientar que a crítica religiosa não é igual à intolerância religiosa. Os direitos de criticar dogmas e encaminhamentos de uma religião são assegu-rados pelas liberdades de opinião e expressão. Todavia, isso deve ser feito de forma que não haja desrespeito e ódio ao grupo religioso a que é direcionada a crítica. Como há muita influência religiosa na vida político-social brasileira, as críticas às religiões são comuns. Essas críticas são essenciais ao exercício de debate democrático e devem ser respeitadas em seus devidos termos.O Brasil tem normas jurídicas que visam punir a intolerância religiosa como a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, que considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões.Como agir no caso de intolerância:No caso de descriminação religiosa a vítima deve ligar para a Polícia Militar (Disque 190) ou ainda para a Central de Denúncias (Disque 100) da Secretaria de Direitos Humanos.Também deve procurar uma delegacia de polícia e registrar a ocorrência. O delegado tem o dever de instaurar inquérito, colher provas e enviar o relatório para o Judiciário. A partir daí terá início o processo penal. Em caso de agres-são física, a vítima não deve limpar ferimentos nem trocar de roupas — já que esses fatores constituem provas da agressão e precisa exigir a realização de exame de corpo de delito. Se a ofensa ocorrer em templos, terreiros, na casa da vítima, o local deve ser deixado da maneira como ficou para facilitar e legitimar a investigação das autoridades competentes.Todos os tipos de delegacia têm o dever de averiguar casos dessa natureza, mas em alguns estados há também delegacias especializadas. Em São Paulo, por exemplo, existe a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME

[email protected] [email protected]

Drª. Mari Laila T. Maalouli

menssagem de Preto velho

A espiritualidade nos prepara para o dia de hoje todas as condições para sermos felizes, mesmo em meio as crises e dificuldades. Esteja com a mente aberta e com a sensibilidade apurada, para captar a vontade de Deus em relação a sua vida e desta forma fazer as melhores escolhas e tomar as decisões mais acertadas. Se coloque a disposição com boa vontade a serviço da caridade, pois enquanto ajudar o outro encontrará os meios de ser ajudado também.

Tenha foco e compromisso com sua evolução, melhore por si mesmo e não para buscar a aprovação dos outros, lembre-se você só precisa da aprovação do Criador e da sua consciência. Tente aceitar as pessoas como elas são, com seus defeitos e qualidades, até porque este é o único caminho para se aceitar também.

Procure ouvir as orientações dos Orixás e Guias para a sua vida, muitas das vezes nós não sabemos o melhor para nós, mas eles sempre sabem.

Se do seu jeito não deu certo faça do jeito que as divindades e a espiritualidade sugerem. Não viva intensamente o problema, antes viva intensamente a solução do mesmo, toda energia colocada no negativo é negativa, toda energia colocada no positivo é positiva. Saiba que toda a sua teimosia, rebeldia e egocentrismo aos poucos irá lhe destruir. Se não consegue fazer algo peça ajuda, se sabe faça com responsabilidade. Use a sua boca para abençoar, elogiar e agradecer e não para amaldiçoar, fofocar, maldizer e reclamar, lembre-se as palavras tem força realizadora.

Durante a dor jamais escolha o caminho do sofrimento, sofrer é uma escolha sua, sempre. Faça do seu pouco o muito para sua vida, Deus é sempre generoso e justo. Seja honesto com você mesmo, assim aprenderá ser honesto com os outros. Vá com calma em todas as coisas, pés no chão evita tombos maiores, mas vá, não se permita ficar parado, devagar se vai ao longe. Se não tem uma palavra construtiva para proferir se cale, boca fechada não entra mosquito.

Procure e preze pelas boas amizades, ande com pessoas que agregam, animam, ajudam e amam, evite pessoas desvirtuadas, mesquinhas, julgadoras e destrutivas, como diz Zé Pelintra " Passarinho que anda com morcego dorme de cabeça pra baixo".

Valorize a sua família, mesmo que ela não seja a "família Doriana", a sua família foi a família que o Criador lhe deu para juntos evoluir, crescer e se depurarem. Jamais se esqueça de que a maioria das nossas dificuldades somos nós mesmos que criamos, pare de uma vez por todas, de caçar chifre em cavalo, pelo em ovo, de ver problema aonde não tem e de fazer tempestades em copo de água.

E por fim viva hoje, ame hoje, perdoe hoje como se amanhã não fosse existir. Seja você um manifestador das qualidades do seu Orixá, seja um instrumento da paz e de seus guias espirituais, seja Umbanda, Umbanda é você.

Sacerdote David Veronezi.

SIMPLES SUGESTÕES PARA UM DIA E VIDA FELIZ PARTE 1

Um dia sentado nesse toco veio um muleque comigo tê,muleque sabido de tudo,hum hum!!

Mais sabido que muito véio de bois junto,ele dizia uma prosa mais ou menos assim:

-O sinhô fica aqui sentadim nesse toco quetim só de ôio em nois,sem falar nadinha de nada,e eu que sou só um muleque,que nada sei,pensei.Aquele véio ali sentadim com os cabelo que parece as nuvem do céu de tão branco deve de muito sabe,então quero uma pergunta ao sinhô faze se eu assim podê!?

Eu preto véio vivido de varias vidas que vinha disse.-Diga fiu,que sunce qué sabê?Nem tudo sei,mas se eu sabê ocê também vai sabê!

-O sinhô pode me dizê o que é uma palavra de uma prosa que ouvi um sinhozinho dizê?O que é caridade?

Então eu respondi:

-Caridade fiu ,é argo que nois não vê,e é muito difícil de fazê ,mais quando ocê faz de coração ninguém pricisa vê nem sabê.É o bem que ocê faz pra alguém,e que bem faz procê ,ninguém vai vê,mais ocê vai sempre fazê.Porque é alimento pra "arma",é

pagamento pra vida e remédo pro esprito!

Assim eu digo a todos vóis suncês quando quizé sabe o que é caridade faiz uma e vão vê o bem que tão fazendo procês mes-mo!Pra evolução dôceis mesmo!

O nosso esprito só evolui quando nois damo tudo o que têmo,-mesmo quando achemo que não tem nada! Pataco não é tudo,dê um pouco de orvido pra iscuita o seu irmão,isso também é caridade,dê um pouquinho da sua palavra as veís é tudo que argum irmão preci-sa,isso tudo é caridade.

Fí a caridade ta drênto de suncê,procura cá drento bem no fundi-nho que ocê vai vê!

E quando suncê achá ela dé pro outro isso é caridade!

Pai Bento Do Congo

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Folha Umbandista - Edição III / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 07

Muitos falam em magia, ordens secretas, fraternidades e tantas outras coisas como caminho de evolução e plenitude como ser humano.Vejo como benéfica esta busca incessante do homem por conhecimento e por que não descoberta de forças e poderes (espiritual e divino).Porém analiso também uma desatenção cometida por muitos iniciados e aspirantes à iniciação, o verdadeiro conhecimento sagrado não se alcança se não através do conhecimento de si mesmo, quiçá este é o conhecimento sagrado.Se voltarmos ao tempo iremos nos deparar com Sócrates (479-399 a.C.) na entrada do Oráculo de Delfos (local dedicado a Apolo, a divindade da luz e do sol, da verdade e da profecia) lendo a inscrição “conhece-te a ti mesmo”.Na filosofia socrática o “conhece-te a ti mesmo” se tornou uma espécie de referência na busca não só do autoconhecimento, mas do conhecimento do mundo, da verdade. Para o pensador grego, conhecer-se é o ponto de partida para uma vida equilibrada e, por consequência, mais autêntica e feliz.Se encararmos espiritualmente terão em Sócrates e Platão grandes precursores e pensadores do espiritismo (mesmo ainda não havendo a codificação realizada por Allan Kardec em 1857), convido a todos para refletirem e estudarem sobre isso.Mas vamos adiante, pois este não é o foco aqui, foi apenas um comentário.Recebemos importantes mensagens espirituais do mestre da luz e Preto Velho da lei de Umbanda Pai Francisco de Aruanda, falando sobre autoconhecimento.E na visão de Umbanda Trilógica (fundamentada pelo orixá intermediador o Senhor Xangô das Matas) que trata do ternário sagrado e une a ciência divina, a filosofia umbandista e a teologia, nos dá um respaldo e aprofundamento no tocante a autoconhecimento.A Umbanda é uma via evolutiva impar, possibilita aos seres uma evolução natural e contínua com a regência dos Tronos de Deus (as divindades Orixás) e amparo da espiritualidade, com todo um sistema iniciatico e magístico-religioso integral.A proposta da religião Umbanda é que sejamos felizes e equilibrados, que nossas vidas sejam uma verdadeira manifestação das qualidades de Deus, que são vibradas e irradiadas através de suas divindades-mistérios os Sagrados Pais e Mães Orixás.Portanto quando a pessoa começa a trilhar os caminhos da Umbanda ela inicia a caminhada iniciática que a levará a conhecer a si mesmo e auxiliar o seu semelhante a conhecer-se também.Porem interpretamos com o auxilio do divino e do espiritual, que o autoconhecimento é o começo de um processo ternário e não o fim dele.Este processo se inicia no autoconhecimento, com o meio na auto aceitação e o fim no auto amor.Precisamos meditar profundamente sobre estas três verdades sublimes, e de maneira minuciosa em cada uma delas, para obtermos no final a plenitude integral do ser, e toda uma exposição desta parte da trilogia de Umbanda.O ser que se conhece, se aceita e se ama profundamente, passa a ter a capacidade de conhecer, aceitar e amar os mistérios divinos, a realidade espiritual, os processos magisticos-religiosos, as outras pessoas, e mais do que isso, passa a ser capaz de ensinar os outros o caminho do autoconhecimento, da auto aceitação e do auto amor.

Porem interpretamos com o auxilio do divino e do espiritual, que o autoconhecimento é o começo de um processo ternário e não o fim dele.Este processo se inicia no autoconhecimento, com o meio na auto aceitação e o fim no auto amor.Precisamos meditar profundamente sobre estas três verdades sublimes, e de maneira minuciosa em cada uma delas, para obtermos no final a plenitude integral do ser, e toda uma exposição desta parte da trilogia de Umbanda.O ser que se conhece, se aceita e se ama profundamente, passa a ter a capacidade de conhecer, aceitar e amar os mistérios divinos, a realidade espiritual, os processos mag-isticos-religiosos, as outras pessoas, e mais do que isso, passa a ser capaz de ensinar os outros o caminho do autoconhecimento, da auto aceitação e do auto amor.Vamos conhecer primeiro nossa essência, de onde viemos, como fomos criados, porque estamos aqui, para onde vamos ou podemos ir, mergulhar nas dimensões e realidades da vida.Em seguida aos passos da iniciação evolutiva que a Umbanda propõe vamos aos poucos nos livrando de tudo aquilo que nos afasta do divino e de nós mesmos, vamos permitindo que as "mascaras" que usamos caiam, realizamos verdadeira descaracterização e refor-mulação em nosso ser e nas nossa falsas crenças.Para então, após a luz do conhecer a si mesmo invadir nosso mental e espiritual, ser-emos capazes de nos aceitar como somos mesmo as imperfeições, e somente a auto aceitação traz a completa liberdade no verdadeiro sentido do eu.E depois de tanto trabalho, finalmente vem a parte da expansão concreta e do alcançar da meta maior "Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo", este amor começa por nós e em nós.O amor é a perfeição, o amor é a liberdade, o amor é Deus e Deus é o amor.Só através do amor pessoal (próprio) se é possível o amor interpessoal (aos outros), não se pode amar a ninguém e a nada se primeiro não se ama a si mesmo.Não estamos falando do amor próprio que este baseado no egocentrismo, no egoísmo, na disputa, até porque isso é tudo menos amor.O amor universal (coletivo) passa a existir no momento que alguém consegue "gerar" nele o auto amor (individual) e como Deus habita em nós, nosso Deus Interior (Ori) pre-cisamos ama-lo, pois Deus esta em nós e nós estamos em Deus.E a partir dai acontece o reconhecimento do Deus que há no outro, o mesmo Deus que há em nós, então seremos incapazes de odiar, maltratar ou perseguir alguém, já que amamos a nós mesmos, a Deus, e enxergamos isso no coletivo, o que enxergamos primeiro em nós como indivíduos.Para não sermos superficiais vamos parando por aqui, sendo esta apenas a primeira parte de nosso estudo sobre esta “parte” do ternário sagrado.Deixamos para a reflexão algumas definições do objeto do estudo presente, e poste-riormente traremos de forma detalhada a sistematização do autoconhecimento, auto aceitação e auto amor.

David Veronezi.(Sacerdote umbandista, dirigente da Tenda da Caridade, comunicador, escritor, missionário de Umbanda e servo da caridade)

Umbanda Trilógica David Veronezi

Autoconhecimento, Auto aceitação e Auto amor- Segundo a Umbanda Trilógica. (INTRODUÇÃO)

E se a fonte secar ? Thiago Nicolau

Algumas vezes a vida nos impõe situações as quais não gostaríamos de lidar nem nos nossos piores pesadelos. Situações que, se pudéssemos, evitaríamos a todo custo.

Seja a perda de um ente querido, uma partida inesperada ou indesejada (ainda que não seja o desencarne) ou até mesmo questões materiais como a perda de um emprego etc.

Situações como essas exigem de nós equilíbrio e resiliência, que é – trocando em miúdos – a capacidade de se reerguer depois de um “baque” ou mesmo de uma queda.

O “X” da questão encontra-se justamente na hora de passar da teoria, que é simples e descomplicada, para a prática. Como se manter equilibrado diante de algo que justamente nos tira o equilíbrio? O que fazer quando não se pode fazer mais nada?

Frente a momentos como esse precisamos enxergar a vida “de cima”, olhar a situação de fora e tentar nos extrair daquilo que nos sufoca e nos tapa a visão. Claro que não é simples assim, mas devemos sempre nos lembrar de que nessa passagem carnal devemos exercitar as melhoras que ansiamos. O “conseguir” é um mistério, o “tentar” é necessário. Em diversos momentos nossos pontos de vista são também nossos maiores algozes e nossos maiores problemas são na verdade as famosas “tempesta-des em copos d’água”.

Não quero promover a criação de uma legião de insensíveis aos problemas da vida, cujas tristezas ignoram e que são vazios de emoções. Falo também sem conhecimento técnico, pois não sou profissional da área das coisas da mente, mas com um pouco de conhecimento de causa com os abismos que a vida me impôs e que hoje vejo como pequenos desníveis em minha caminhada.

De onde sai essa força quando todas nossas forças se esvaem?

Eu digo: da nossa fé!

Percebam que não usei a palavra religião, que traz conceitos de grupos, doutrinas e tudo o mais. Falei de fé, que traz como definição primeira a convicção da existência de algum fato ou da veracidade de alguma afirmação.

Quando a fonte secar, creiamos então que isso é impossível! A fonte não seca! Talvez em um primeiro momento não consigamos encontrar uma nova mina, mas a água do recomeço ou da continuação há de brotar! Sempre brota!

Axé e Luz!Thiago Nicolau

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Folha Umbandista - Edição III / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 08

As ervas estão presentes na nossa vida sempre.Num tempero, banho ou escalda-pés.Os antigos usavam muito para benzimento, para dores, limpeza de defumação. Nós hoje usamos mais como forma de chás e temperos.Vamos nesta coluna dar mais usos às ervas usando-as para nossa melhoria no dia a dia.Uma confusão muito comum é usar ervas desidratadas e coloca-las para ferver junto com a água. Essa conduta acabará com algumas propriedades da erva.Devemos sempre esquentar a água até quando aparecerem bolhas, sem ferver, colocar a erva na xícara, colocar a água quente e tampar por alguns minutos, depois devemos retirar a erva para não ficar muito forte. O mesmo acontece com os banhos, devemos fazer o mesmo para ervas secas para acordarmos a erva e quando usarmos ervas frescas devemos quinar com água filtrada fresca.O quinar nada mais é que esfregar a erva como se estivéssemos lavando uma meia, até a água começar a adquirir o axé da erva.São muitos os usos das ervas:

Aquele pai estava triste, acordara com o peito apertado, uma angustia sem motivo aparente.Passou o dia todo pensativo, foi para o terreiro mais cedo que o normal.

Entrou, saldou sua tronqueira e encaminhou-se para o interior do templo, parou na porta, olhou o piso, as paredes, o teto, cada detalhe que não são percebidos ao longo das giras.Foi caminhando até o congar, parou e ficou a olhá-lo, cada imagem, cada detalhe, cada risco, quanto amor fora colocado ali para que tudo fosse realizado, para que um sonho fosse concretizado, quanta luz aquele altar já havia irradiado, quantas bênçãos.

Olhou a imagem de Ogum, grande guerreiro, quantas lutas. Olhou os pretos velhos quanta sabedoria e humildade e assim foi percorrendo todas as imagens daquele seu altar até se deter na imagem de Oxalá, imponente, no mais alto posto a tudo vigia, mas seus olhos já não podiam ver, pois as lágrimas corriam pelo seu rosto.Ajoelhou-se perante aquele altar e chorou suas lágrimas, uma a uma foram caindo, lavando o chão sagrado daquele templo.

As lágrimas daquele Babalaô pareciam falar.

As ervas, em nossa vida Rosa A.M.C.

As lágrimas de um Pai de Santo Pai Vladmir

Você conhece a Umbanda? Pai Rogério Xoroque

Chás, xaropes, sucos, inalação, tinturas, escalda-pés, banhos, gargarejos, unguentos, pomadas, óleos de massagem, vinhos medicinais, cataplasmas, defumação etc.Chás: Nos fornecem seu axé, hidratam, estimulam, desintoxicam, auxiliam na digestão e são três formas de fazer:

Maceração: onde são extraídos os princípios ativos da planta;Infusão: onde são colocadas em repouso em água quente e tapadas para ser tomado ainda quente;Decocção: onde são usadas raízes e partes mais grossas das ervas, deixando em cozimento e depois descanso.A cada mês iremos aprender juntos sobre as ervas, es-pero ter ajudado e esclarecido algumas dúvidas.

Rosa A. M. C.

Falavam da incompreensão das pessoas, de quantos já haviam passado por aquele templo e nunca mais voltaram. Falavam dos rancores e das oportunidades perdidas.Falavam dos seus filhos que vieram até suas mãos que os acolheu e acalentou até que eles estivessem prontos para trilharem novos caminhos.

Falavam daqueles que partiram para o plano espiritual e deixaram saudades.Uma a uma as suas lágrimas foram caindo e cada uma delas lhe falava ao coração, até que a última lágrima rolou pelo seu rosto, só que esta era cristalina e parecia lhe dizer:

Eu sou o próprio Oxalá que vive em você, posso rolar pelo seu rosto e ir ao chão, mas jamais deixarei de estar em seu coração, continue a amparar meus filhos que o rec-ompensarei com as asas da liberdade.Aquele Babalaô levantou-se lavou o rosto e realizou a melhor gira de Umbanda de sua vida até aquele dia.

Abençoou todos os seus filhos e compreendeu seu trabalho.Dormiu tranqüilo, missão cumprida.

Pai Vladmir

Você conhece UMBANDA... ainda não... então preste atenção .

Se Dispa... de preconceitos... racismos... hipocrisias... falsidades.. Liberte sua mente... de senões e porquês... Agora... respire fundo... pois vem o mais importante... Sinta a Vida O ar que te cerca ... o vento que sopra... a brisa que acalma... Sinta o chão... que mesmo com o cimento frio... pulsa a força da terra... Beba da Água que sacia... que limpa... que refresca... Se deixe tocar pelo calor... que emana do fogo do sentimento... sinta o calor do sol... Umbanda... nasce nas forças da natureza... ecoa no som dos tambores... e se faz na prática diária do amor.. da caridade... da verdade Umbanda é religião... de berço africano... de vida brasileira...

Umbanda é religião... de ritos... de cantos... de alegria... Umbanda... é VIDA... que se faz.. além da vida... Umbanda Se faz... na Dança de Oxum... Yansã e Iemanjá.. Nas espadas de Ogum... e no Oxe de Xangô... Na Flecha de Oxossi... e no carinho... de Nanã e Abaluaie... no Sorriso de Ere... na Proteção de Exu.. Umbanda... sou eu... e você... somos todos... que acreditam e vivem a fé... e não temem dizer ao mundo... EU SOU UMBANDISTA... SOU AFRORELIGIOSO... SOU DO AXÉ.. Sou Rogério... Brasileiro.. Cidadão... Advogado... Sou Xoroque... filho de fé... amo minha fé... Não me tolere... apenas respeite quem eu sou.. Axé e Luz.. Sempre