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A Casa Cor 2014, que começou em maio em Goiânia, conta com auxílio especial dos alunos do curso de Psicologia da PUC Goiás, que foram responsáveis pela seleção de estagiários da exposição. Página 12 Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Goiânia, 1ª quinzena de maio de 2014 - Ano XXIII N. 554 Universitários participam da Casa Cor Despedida de dom Tomás Homenagens marcaram a despedida do bispo-emérito de Goiás, dom Tomás Balduíno (foto), que fale- ceu no último dia 2 de maio. Doutor honoris causa pela PUC Goiás, o religioso dedicou à sua vida aos excluí- dos e oprimidos. Páginas 2, 5, 6, 7 e 8 Durante 4 dias, mais de 850 aca- dêmicos da PUC Goiás participa- ram da 1ª edição dos Jogos Uni- versitários, de 1º a 4 de maio, no Câmpus 2, no Jd. Mariliza. A competição em diversas modalidades integrou os jovens atletas, que não perderam um minuto da programação que chegou a estender até quase madrugada adentro. O evento já entra no calendário oficial da universi- dade, que retoma o modelo das antigas Olimpíadas Univer- sitárias. Encarte Jogos Universitários integram alunos Semana discute questão territorial indígena. Página 3 Professores recebem portarias de nomeação. Página 3 Projeto ajuda alunos na matemática. Página 9 Estudante da PUC vive experiência na China. Página 10 Atletas comemoraram resultado na primeira edição dos jogos Alunos participam da Casa Cor Goiás

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Jornal da PUC Goiás

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Page 1: Folha PUC - 554

A Casa Cor 2014, que começou em maio em Goiânia, conta com auxílio especial dos alunos do curso de Psicologia da PUC Goiás, que foram responsáveis pela seleção de estagiários da exposição. Página 12

Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Goiânia, 1ª quinzena de maio de 2014 - Ano XXIII N. 554

Universitários participam da Casa Cor

Despedida de dom TomásHomenagens

marcaram a despedida do bispo-emérito de Goiás, dom Tomás Balduíno (foto), que fale-ceu no último dia 2 de maio. Doutor honoris causa pela PUC Goiás, o religioso dedicou à sua vida aos excluí-dos e oprimidos. Páginas 2, 5, 6, 7 e 8

Durante 4 dias, mais de 850 aca-dêmicos da PUC Goiás participa-ram da 1ª edição dos Jogos Uni-versitários, de 1º a 4 de maio, no Câmpus 2, no Jd. Mariliza. A competição em diversas modalidades

integrou os jovens atletas, que não perderam um minuto da programação que chegou a estender até quase madrugada adentro. O evento já entra no calendário oficial da universi-dade, que retoma o modelo das antigas Olimpíadas Univer-sitárias. Encarte

Jogos Universitários integram alunos

Semana discute questão territorial indígena. Página 3

Professores recebem portarias de nomeação.Página 3

Projeto ajuda alunos na matemática. Página 9

Estudante da PUC vive experiência na China. Página 10

Atletas comemoraram resultado na primeira edição dos jogos

Alunos participam da Casa Cor Goiás

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Goiânia, 1ª quinzena de maio de 2014 Folha PUC 554 - 2

Este mês de maio de 2014 ficará marcado pela partida de dom Tomás Balduíno, bispo-emérito de Goiás e doutor honoris causa pela PUC Goiás. É na honra de pode reverenciar e fa-zer a sua memória tendo a oportuni-dade única de aprender sua lição de vida e de amor.

Homens com a envergadura mo-ral, intelectual e espiritual de dom Tomás são únicos, preciosos e especiais. Ensinam a mui-tas gerações, iluminam caminhos, apontam para “um novo mundo possível”. A PUC Goiás sente-se honrada em ter dom Tomás entre seus doutores honoris causa.

Após cinco anos de complexo e exigente trabalho, o Instituto de Pesquisa e Estudo Histórico do Brasil Central da PUC Goiás, concluiu agora a digitalização e organiza-ção do arquivo de dom Tomás. É uma humilde e impor-tante iniciativa, a partir de sua especificidade acadêmica, que nossa universidade realiza para externar a admira-ção a dom Tomás e para proporcionar às futuras gerações o conhecimento acerca de sua vida, de seu fecundo traba-lho, da sua árdua e bela caminhada, de seu testemunho e seu legado ao Brasil e à humanidade.

Seguimos nós, cada um à sua maneira, o seu exemplo, na atenção especial aos oprimidos e excluídos socialmen-te, na contribuição para a consolidação da democracia brasileira, na crença e na ação por um mundo melhor, planejado e desejado por Cristo, do qual as mãos de dom Tomás, e de tantos homens nobres como ele, estiveram sempre à serviço.

Wolmir Therezio AmadoReitor da Pontíficia Universidade Católica de Goiás

Presidente do Conselho de Reitores das Universidades BrasileirasPresidente do Conselho Superior da Associação

Nacional da Educação Católica

Carta do Reitor Extensão

Inspiração para a jornada

Expediente Instituição juridicamente mantidapela Sociedade Goiana de Cultura - SGC

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS

Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, produzido pela Divisão de Comunicação Social - Dicom/GR - Tel.: 3946-1010Diretora: Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP)Redação: Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP), Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP), Diene Batista, Geovane Gomes, Luisa Dias (GO n.01181 JP) e Roldão Barros (GO n.3260 JP).Diagramação: Adriano AbreuFotografias: Ana Paula Abrão, Wagmar Alves, Umaitá Pires e Weslley Cruz Estagiários: Luiz Fernando Rodrigues, Ana Carolina Nicolli, Ana Cristina Garcia e Cinnara CardosoImpressão: Gráfica da PUC Goiás

GRÃO-CHANCELER:Dom Washington Cruz, CP

REITORProf. Wolmir Therezio AmadoVICE-REITORAProfa. Olga Izilda RonchiPRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃOProfa. Sônia Margarida Gomes SousaPRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTILProfa. Márcia de Alencar Santana

PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISAProfa. Milca Severino PereiraPRÓ-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONALProfa. Helenisa Maria Gomes de Oliveira NetoPRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃOProf. Daniel Rodrigues BarbosaPRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO Prof. Eduardo Rodrigues da SilvaCHEFE DE GABINETEProf. Lorenzo Lago

cAssociação Brasileira das

Universidades Comunitárias

CAC realiza Semana da Dança

Sipat é aberta com palestra sobre qualidade de vida no trabalho

A Coordenação de Arte e Cul-tura da PUC Goiás realizou entre os dias 28 de abril e 6 de maio a 8ª edição da Semana da Dança, em comemoração ao Dia Interna-cional da Dança, celebrado em 29 de abril. O núcleo voltado para a

A Semana Interna de Prevenção de Aci-dentes de Trabalho (Sipat) foi realizada de 5 a 9 de maio, na PUC Goiás. A abertura, no auditório da Reitoria, foi feita com a pales-tra Qualidade de vida no trabalho: desafios a serem alcançados, proferida pela professora doutora da Co-missão de Admissão Discente, Gina Nolêto Bueno. Os colabora-dores da PUC Goiás participan-tes do evento também receberam as boas-vindas da pró-reitora de Desenvolvimento Institucional, profa. Helenisa Gomes.

“Nossa maior preocupação é que o trabalhador preserve

expressão corporal promo-veu o evento voltado para a temática A palavra no corpo ninguém duvida. A abertura contou com uma aula aberta de dança espanhola no hall da Área 2.

“Queremos sensibilizar as pessoas para a importân-cia de pesquisas voltadas para essa linguagem artís-tica”, é o que afirma a coor-denadora da CAC, profa. Elizabeth Barros. Esse ano, 1672 pessoas se inscreveram para participar da CAC, e a

dança hoje representa 60% desta demanda.

Também inserida nas ativida-des da programação especial, a Cia de Dança Noah realizou um ensaio público aberto para todos acadêmicos e visitantes.

a sua saúde e a man-tenha, mas é uma via de mão dupla. A ins-tituição precisa fazer a parte dela, mas o co-laborador também é responsável por isso. Ele precisa querer estar bem e preservar a sua saúde e segurança no ambiente de trabalho”,

enfatizou. Durante a palestra, a pro-

fessora Gina explanou que os colaboradores são agentes im-portantes para promover a qua-lidade de vida do trabalho, um ambiente que é, também, um lo-cal de aprendizagem e desenvol-vimento de condições financei-ras, intelectuais e profissionais.

Aulas públicas encantaram universitários

Professora Gina falou sobre desafios

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Goiânia, 1ª quinzena de maio de 2014 Folha PUC 554 - 3

cia, esse é o pleno exercício da autoridade na função, porque vocês terão uma grande responsabilidade: ensinar”, disse.

Além da responsabilidade, a professora do curso de Medicina, Rejane Santiago, afir-mou que se sente aliviada por não ter um limite de contrato com a instituição. “Penso agora em investir no mestrado porque a uni-versidade abriu as portas para o meu futuro e assim melhorar a qualidade do ensino”.

Diversidade

Questão territorial é debatida na Semana dos Povos Indígenas

Os constantes conflitos de terras envol-vendo comunidades indígenas foi o fator de-terminante na escolha do tema da IV Jornada de Arqueologia no Cerrado. O assunto foi de encontro a Semana dos Povos Indígenas, e pela primeira vez os dois eventos foram in-tegrados. De 19 a 25 de abril, Etnoarqueologia e Territórios Indígenas tornaram-se pontos de discussões entre estudantes de arqueologia e antropologia de Goiás.

A questão territorial indígena deve ser tra-tada de forma urgente. É o que acredita uma das coordenadoras do evento, profa. Cristia-ne Loriza. “Nossa pensamento é no que a ar-queologia pode subsidiar dentro desse pro-cesso”, afirma. Hoje no Brasil os indígenas representam apenas 0,5% da população.

Com a intenção levantar essas discussões, foram montadas mesas redondas e palestras com arqueólogos e indígenas. O destaque do evento ficou por conta da mostra de filmes etnográficos apresentados no Cine Ouro em parceria com a prefeitura de Goiânia. “Não podemos formatar nossa cultura e esquecer nossos antecedentes”, disse o secretário Mu-nicipal de Cultura, Ivanor Florêncio.

TradiçãoA Semana dos Povos Indígenas é pro-

movida pela PUC Goiás desde o início da década de 70. “Queremos um maior compro-misso com a questão indígena, e nisso inclui

Professora Sibeli Viana na abertura da semana

A PUC Goiás entregou no mês de abril mais de 600 portarias a docentes aprovados na seleção realizada em 2013/2014. Alguns dos professores atuavam anteriormente como convidados e agora passaram a ser efetivos. O mais recente processo seleti-vo contou com mais de mil candidatos. As entregas de portarias foram realizadas por grupos, em cerimônias no Plenário da Reito-ria, com objetivo de marcar uma nova etapa

defender o seu território, defender suas cul-turas e contribuir com a autoafirmação deles para que eles sejam protagonistas da sua pró-pria história”, ressaltou Marlene Ossami de Moura, professora antropóloga e membro da comissão organizadora do evento.

Para a PUC Goiás, essa é mais uma opor-

Docentes recebem portarias de nomeação

na vida destes profissionais. “Os professo-res tornando-se efetivados dão mais consis-tência aos projetos pedagógicos e estabilida-de ao corpo docente”, afirmou a vice-reitora profa. Olga Ronchi.

O reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, deu as boas vindas aos nomeados e fez questão de enfatizar a importância do cargo em que estão assumindo. “Não impor-ta a idade ou tempo de duração da docên-

Professores foram recebidos pela reitoria em nova etapa da carreira

tunidade de se engajar em novos projetos e pesquisas. “Ao encerrar eventos como esse, percebemos que a contribuição na área da cultura e também das pesquisas é significa-tiva, mediante os trabalhos apresentados”, pontuou a pró-reitora de Pós Graduação e Pesquisa da universidade, Milca Severino.

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Goiânia, 1ª quinzena de maio de 2014 Folha PUC 554 - 4

Meio Ambiente

PUC Goiás lança campanha contra a homofobia“Uma morte a cada 28 ho-

ras é muita coisa!”, destacou a coordenadora do Programa de Direitos Humanos da PUC Goi-ás, profa. Denize Daudt Bandei-ra, no evento de lançamento da campanha contra a homofobia Quando o preconceito vence o direito à vida, no dia 5 de maio. O alarmante dado sobre homo-fobia e transfobia no Brasil foi divulgado, em fevereiro, no levantamento anual feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB).

O documento da organiza-ção ainda cita duas mortes de heterossexuais, assassinados por terem sido confundidos com homossexuais. No total, 312 pessoas morreram por ho-mofobia no Brasil em 2013. “É o tipo de realidade que precisa incomodar as pessoas. Se jun-tarmos todos os dados de vio-lências motivadas, no país, pelo preconceito, seja ao homosse-

O Dia Internacional de Cons-cientização sobre o Ruído (Inad, em inglês), comemorado no dia 30 de abril, foi a data escolhida para alertar a população sobre as consequências da poluição so-nora e do excesso de ruídos em nossas vidas. Em Goiânia, alunos e professores do curso de Fono-audiologia da PUC Goiás parti-ciparam do evento realizado no Araguaia Shopping. Na ação, orientaram a população sobre os danos à saúde geral em função da exposição a sons intensos.

Tradicional na extensão uni-versitária e no atendimento à co-munidade, a PUC Goiás, no dia 30 de abril, promoveu festa de ce-lebração ao 17º aniversário da Es-cola de Formação da Juventude, ligada ao Instituto Dom Fernan-do (IDF). O evento reuniu alu-nos, pais e professores e contou com apresentações culturais. “A PUC Goiás tem a extensão como um de seus maiores compromis-sos. A celebração dos 17 anos da Escola de Formação é um motivo de alegria e um momento de re-novação do nosso compromisso com o presente e o futuro dos jo-vens”, ressaltou a coordenadora do IDF, Elizabete Bicalho.

Os alunos do curso de Publi-cidade da PUC Goiás levaram ao palco do Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, em maio, diversas manifestações artísti-cas e culturais representativas de Goiás. O evento foi aberto no dia 5 com a exibição do filme A doença de Fabrício, do diretor Murilo Be-rardo, que conta o envolvimento de um artista plástico da cidade de Goiás da década de 30 com uma francesa. O evento é resulta-do de parceria do Departamento de Comunicação Social da PUC Goiás com o Centro Munici-pal de Cultura Goiânia Ouro, o Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universida-de Federal do Rio de Janeiro e o Media Lab da Universidade Fe-deral de Goiás.

Fonoaudiologia participade ação de conscientização

Escola de Formação da Juventude completa 17 anos

Alunos da PUCrealizam mostra artística

xual, ao negro, à mulher, ao pobre, ao índio etc., nós temos uma verdadeira guerra. Nós não podemos achar isso aceitá-vel”, exclamou a coordenadora.

Além de cartazes que serão espalhados por todas as áreas e câmpus da universidade e de um spot de rádio, um vídeo de 40 segundos foi produzido pelo PDH para a divulgação da cam-panha na internet ao longo do ano. “Não permita que as di-versidades que compõe a nos-sa nação desapareçam. Viver é um presente. Amar é retribuir”, ressalta a narração. Em junho, uma revista on-line temática também será lançada para a dis-cussão do tema. Outras edições temáticas, com temas diversos trabalhados pelo Programa de-vem ser lançados futuramente. “A campanha não é do PDH, não é da PUC. É de cada um de nós”, lembrou Denize.

A campanha continuará sen-do promovida ao longo do ano. Para saber mais sobre a campa-nha e o PDH, acesse www.face-book.com/pdhpucgo.

Professora Denize fala da importância da campanha na instituição

inicia no dia 14 de julho, a PUC Goiás já confirma a tradicional participação e desta vez com um mais uma novidade. Durante os Jogos Universitários, os partici-pantes das atléticas realizaram uma competição para arrecada-ção de fraldas geriátricas. Todo o material arrecadado será en-tregue na Vila São Cottolengo, abrigo localizado na cidade de Trindade. Este ano, os atletas vão fazer uma visita aos mora-dores do local e a partir de então iniciar a jornada até as águas do Araguaia.

Acadêmicos e egressos da PUC Goiás receberam no dia 25 de abril o certificado de partici-pação na 22° Caminhada Ecoló-gica. No passado, estudantes dos cursos de Nutrição, Fisioterapia, Enfermagem e Gastronomia, além da Coordenação de Arte e Cultura (CAC), escoltaram os atletas durante a caminhada. Os alunos dão todo o apoio técnico e científico aos participantes, desde o acompanhamento da alimenta-ção até à atenção física.

Há quatro anos, a universi-dade é parceira do Grupo Jaime

Participantes da Caminhada Ecológica são homenageadas

Câmara (GJC), responsável pelo projeto. “Esse companheirismo com a PUC Goiás tem sido mui-to bem construído, pois dá segu-rança e qualidade à caminhada”, destaca o coordenador técnico do evento, Antônio Celso Ferreira. A Caminhada Ecológica chega esse ano em sua 23° edição. Anual-mente, 29 atletas partem de Goi-ânia rumo ao Rio Araguaia, na cidade Aruanã. Da capital até o destino final são 310 quilômetros. Os atletas levam cinco dias para realizar o trajeto completo.

Para a próxima edição, que

Participantes são homenageados pela PUC e pela OJC

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Maio, em terras goianas, é mar-cado pelo desabrochar de quares-

meiras, barrigudas e chorões. Flores agrestes do Cerrado,

que foi o solo sagrado esco-lhido por dom Tomás Bal-duíno para começar e en-cerrar sua missão como homem de fé e de lutas. Na noite do último dia 2, ainda tempo de Páscoa para os católicos, ele se

despediu desta vida, ainda lúcido e ativo, no leito do Hospi-

tal Neurológico, em Goiânia, onde ficou in-ternado para tratar das consequências de um câncer e de problemas cardíacos.

Viveu seus 91 anos plenamente e conhecia de cor as cores vivas da sua terra, onde ex-perimentou profunda-

mente a fé e a coragem. Da janela do hospital, ob-

servava o horizonte, sem se esquecer do presente.

Em seu último dia, insis-tiu com os que o acompa-

nhavam para escrever uma carta para a conferência dos

bispos, que estava sendo rea-lizada em Aparecida do Norte.

Queria falar sobre as questões da terra, que foram centrais em

seu ministério, junto aos direitos humanos e a luta contra todos os

tipos de opressão.Para quem conheceu o homem,

pequeno nos seus poucos mais de 1 metro e meio e grandioso em suas palavras e ações, o dia será lembrado pela saudosa despedida deste guerreiro, que trouxe para a vida daqueles que conheceu exemplos de retidão e bravura. Em três dias de cele-brações, sua memória foi reve-renciada por homens e mulheres que estiveram ao seu lado, em diversas lutas, vitoriosas ou não, em cujos corações e pensamen-tos dom Tomás semeou a solida-riedade, o amor e o respeito.

“Direitos humanosnão se pede de joelhos.Exige-se de pé”.

Dom Tomás BalduínoDoutor da fé

Por Luisa Dias

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Goiânia, 1ª quinzena de maio de 2014 Folha PUC 554 - 6

Bispo se dedicou à causa dos oprimidos

Herança de dom Tomás

Dom Tomás recebe cocar indígena: causa sempre este em suas prioridades

“Existem épocas em que aparecem umas figuras que surpreendem. Acho que em nossa geração não vamos

ver outro parecido. Um homem com quase 92 anos, uma lucidez especial, muito inteligente. É comovedor ver as marcas que ele deixou.

São momentos fortes e intensos para guardarmos

como referências de pesso-as que conseguem encarnar em si valores como esses.”

Wolmir Amado,reitor da PUC Goiás

“Foi profeta na luta pelos pobres, pelos indígenas,

pelos negros, pelos sem-terra. Como ele

mesmo dizia, ele era o pai amoroso dos

pequenos e dos pobres. Atuou bravamente na

luta pela libertação de toda forma de opressão,

de injustiça.”Olga Ronchi , vice-reitora

da PUC Goiás

“Dom Tomás foi o bispo dos pobres, dos camponeses. Foi um profeta, que anunciou e denunciou. Poucos minutos antes de falecer, dom Tomás falava da reforma agrária,

preocupado com o encontro da CNBB que estava

acontecendo. Nossa melhor forma de homenageá-lo

é seguir lutando por aquilo que ele historicamente defendeu.”

José Valdir Meisnerovicz, coordenador do MST em Goiás

“Ele falava a palavra de Deus e a de todas aquelas

pessoas que foram socialmente injustiçadas.” Dom Maurício Andrade, bispo da

Diocese Anglicana de Brasília

“Ele é e vai continuar sendo o ícone da luta dos camponeses. Sua maior lição, talvez, seja a luta

pela defesa da terra como direito fundamental.”

Rosana Fernandes, direção do MST em Goiás

Dom Tomás Balduíno nasceu Paulo, o último filho homem de José e dona Felicidade. O nasci-mento foi em Posse (GO), em 31 de dezembro de 1922, onde foi criado com outros 11 irmãos até os cinco anos. Depois a família mudou para Formosa, também em Goiás, onde seu pai se tornou promotor público, depois juiz, função na qual se aposentou.

Foi da família que vieram os valores mais nobres do bispo, que teve em casa lições de respei-to, união e solidariedade. Para os irmãos, mesmo após a esco-lha pela vida religiosa, ele sem-pre foi um elemento agregador. Gostava de participar das festas e das novenas em família e de estar perto dos sobrinhos e sobri-nhos-netos, com quem mantinha estreita relação de afeto.

Mesmo próximos, foi a igreja a sua casa desde sua ordenação. Nos últimos 16 anos, Tomás vi-veu na casa paroquial da Igreja São Judas Tadeu, em Goiânia. A rotina era simples, mas os de-safios, muitos. Só no último ano reduziu as viagens. Antes disso não se furtava a estar em roma-rias, gritos dos excluídos e gran-des reuniões, onde discursava a favor do seu povo.

Tomás fez o Seminário Me-nor - Escola Apostólica Domini-cana - em Juiz de Fora (MG); os estudos secundários no Colégio Diocesano, dirigido pelos irmãos maristas, em Uberaba (MG); Fi-losofia em São Paulo e Teologia

em Saint Maximin, na França, onde também fez Mestrado em Teologia.

A vocação religiosa foi con-firmada em sua ordenação como presbítero em 1948. Ao se tornar religioso dominicano recebeu o nome de frei Tomás e a missão de defender os oprimidos. Em 1957, foi nomeado superior da missão dominicana da Prelazia de Con-ceição do Araguaia, no Pará. Dá se nesta região seu primeiro con-tato com os indígenas. Em 1965,

concluiu o Mestrado em Antro-pologia e Linguística na Uni-versidade de Brasília (UNB). No mesmo ano, foi nomeado admi-nistrador apostólico da Prelazia de Conceição do Araguaia.

De 1967 a 1999, foi bispo da Diocese de Goiás. Em 1972, par-ticipou da criação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), do qual foi presidente de 1975 a 1979. Em 1975, participou tam-bém da criação da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que pre-

sidiu de 1997 a 2003 e da qual, desde 2005, era conselheiro per-manente.

Em 2006, seu trabalho pelos direitos humanos, a luta pela reforma agrária e a participação ativa pela construção da demo-cracia brasileira foi reconhecido pela PUC Goiás, que o concedeu seu primeiro título como doutor honoris causa. Dom Tomás era ainda doutor honoris causa pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

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Goiânia, 1ª quinzena de maio de 2014 Folha PUC 554 - 7

Título reconheceu luta do religioso

Buscar a verdadeCelebração de doutor honoris causa na PUC, em 2006

Na recepção do título, dom Tomás ao lado de Wolmir e Suely Amado

Título celebrado na PUC Goiás Dom Washington e dom Tomás: admiração e respeito

A causa honrosa de dom To-más Balduíno foi reverenciada pela então Universidade Cató-lica de Goiás (UCG), hoje PUC Goiás, com a concessão do títu-lo doutor honoris causa. Ele foi o sexto a receber a honraria em toda a história da universidade. Na mesma ocasião a universi-dade lançou junto à Comissão Dominicana de Justiça e Paz a Agenda Latino-Americana 2007.

“As Igrejas Particulares do Centro-Oeste têm pelo senhor um grande apreço. Sua intre-

“Ele era muito forte, enfrentava tudo de fren-te, com coragem. Queria

sempre a verdade e a justiça. Na época da

ditadura nós tínhamos medo por ele, porque ele não tinha. Temíamos que fosse perseguido como muitos foram, mas Deus

permitiu que ele seguisse seu caminho. Sua luta, inclusive, era chamada

por ele simplesmente de caminhada.”

Anunciata Balduino, irmã

“Dom Tomás é uma figura central em Goiás nos séculos XX e XXI quando falamos na defesa de direitos humanos. Sem ser partidário, tornou-se

um agente profundamente político. Achava que a políti-ca era a arte de transformar a sociedade. Que o evange-lho tem que usar a política.

Gerar partidos e pessoas comprometidos com o povo.”

Pedro Wilson, doutor honoris causa pela PUC Goiás

“Ele atuou à frente da Dio-cese de Goiás por 31 anos e, nesse tempo, se tornou

uma pessoa muito querida. Transcendeu o seu próprio

tempo e sempre foi um homem de muita coragem. Colocou sua vida a serviço dos pequenos, dos excluí-dos, e fez isso com muita

grandeza, muita proprieda-de, muito respeito e amor. Ele nos deixa, agora, esse

ensinamento.” Selma Bastos, prefeita

da Cidade de Goiás

“É um momento de muita triste-za e também de muita aprendi-zagem. Essa convivência, esses anos todos, com o dom Tomás, nos fortaleceu muito para levar adiante essa luta na transforma-ção de uma outra sociedade na defesa dos indígenas, das co-

munidades tradicionais, do povo do campo, na defesa da vida. Eu diria que ele foi um lutador

imprescindível, porque lutou até o último minuto de sua vida e,

portanto, para nós, ela não acabou.”

Mauro Rubem, deputado estadual

pidez na defesa dos direitos humanos marcou e continua marcando a ação profética da Igreja através da missão assu-mida. Como dominicano, dom Tomás traz a profecia da ver-dade e da justiça como espiri-tualidade que o moveu em seu pastoreio e que o anima a colo-car-se em permanente atenção aos desafios do tempo presen-te”, disse o arcebispo de Goi-ânia e grão-chanceler da PUC Goiás, dom Washington Cruz, ao presidir a sessão solene.

Dom Washington enfatizou que o ato acadêmico honrou a própria insti-tuição. “E também nos interpela, como universidade, para que continuemos a missão de buscar a verdade, de anunciar através das ciências, da fé e da razão, dessas duas asas do espírito humano, que uma nova ordem social é possível. Desde que sedimentada no amor e na compaixão entre pessoas, grupos e po-vos, no diálogo e no respeito, na reve-rência ao dom de Deus que habita cada ser”, frisou.

O reitor Wolmir Amado destacou, durante a cerimônia, o papel de dom To-más Balduíno como “homem, cidadão e bispo de uma causa honrosa, a causa da justiça e da solidariedade”. Ao encerrar a sessão solene, dom Washington Cruz destacou que dom Tomás Balduíno “é doutor horonis causa em humanidade”.

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Goiânia, 1ª quinzena de maio de 2014 Folha PUC 554 - 8

Antônio Ribeiro. Du-rante a celebração, o padre Aldo Lazzarin evocou o texto bíbli-co do bom samarita-no. A passagem re-lata a história de um homem que ignorou as diferenças cultu-rais e religiosas para auxiliar uma pessoa que estava ferida e necessitava de cuida-dos. Para ele, o tre-cho da Bíblia ilustra duas características

marcantes de dom Tomás: o ecumenismo e a engajamento com as causas indígena e camponesa.

A luta da população campesina, aliás, já se organiza após a perda do bispo, se-

guindo também uma das heranças que o religioso deixou: a união das diversas en-tidades que atuam em defesa do homem do campo. Membro da coordenação na-cional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Valdir Misnerovicz fri-sou que na quarta-feira, 7, dois dias após o sepultamento de dom Tomás, entidades se uniram e ocuparam a sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz), em Goiânia. Mais de 2 mil pessoas compareceram ao ato.

Entre as reivindicações, a criação de lei que viabilizará um fundo para destinar 0,5% da arrecadação de Goiás para os pe-quenos agricultores e que, se aprovada, se chamará Lei Dom Tomás Balduino.

“A melhor homenagem que podemos prestar é seguir lutando pela causa que ele se dedicou até seus últimos momentos de vida”, conclamou Misnerovicz, que acom-panhou o bispo em seus instantes finais.

Emoção marca despedida do bispoCom rezas, cânticos, lágrimas e palmas,

parentes, amigos, companheiros de luta e personalidades prestaram homenagens ao bispo emérito da cidade de Goiás, dom To-más Balduíno. Em Goiânia, onde o bispo faleceu, a Paróquia São Judas Tadeu recebeu seu corpo, no dia 3 de maio, onde foram re-alizadas orações e missas, em dois dias de despedida. Mais de mil pessoas passaram pela igreja para homenagear o religioso. A última missa foi celebrada no domingo pela manhã por um colegiado de bispos e com a presença de diversos movimentos sociais, que fizeram parte da vida do religioso.

A missa foi aberta com a entrada de ban-deiras defendidas pelo bispo, como a refor-ma agrária, os direitos humanos e os direitos do homem da terra. Em coro, toda igreja gri-tou o lema “direitos humanos não se pede de joelhos, exige-se de pé!”, em referência a toda sua luta em vida. “Ele é e vai continuar sendo o ícone da luta dos camponeses”, ex-clamou Rosana Fernandes, atuante da dire-ção do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Goiás.

O corpo partiu para cidade de Goiás, onde foi enterrado na segunda-feira, 5 de maio, na Catedral de Santana, em uma ce-rimônia ecumênica, que envolveu as tradi-ções da igreja católica, onde ele era bispo, e manifestações indígenas, que era uma das causas de dom Tomás. Logo na entrada da igreja, cerca de 40 índios Krahô-Kanela e Ta-pirapés, do Tocantins, “acolheram o corpo e conduziram o caixão para dentro da cate-dral. Houve uma celebração emocionante”, conta o padre Celso Leonel Carpenedo, pá-roco da Igreja de Santa Rita, em Goiás. Na cidade desde 1981, o religioso conviveu

Por Diene Batista e Roldão Barros

longamente com dom Tomás Balduíno, bispo diocesano da ci-dade entre 1967 e 1999.

“As índias choravam mui-to, os homens cantavam e dan-çavam. Pintaram dom Tomás, colocaram um cocar de chefe indígena. Depois, fizeram de-poimentos muito emocionan-tes, pedindo a continuidade da igreja na defesa dos povos indi-genas, dos negros, dos campo-neses. Não pediam só por eles”, relata Carpenedo.

Missa de sétimo dia fez memória do bispo

Celebração de despedida reuniu comunidades assistidas pelo bispo na Catedral de Santana

Bandeiras de luta de dom Tomás fizeram parte do altar

Em Goiânia, missa de sétimo dia foi celebrada por religiosos dominicanos e outros

Na sexta-feira, 9 de maio, outra cele-bração lembrou a memória do bispo em Goiânia. A missa de sétimo dia foi reali-zada também na São Judas Tadeus, com a presença do ex-arcebispo de Goiânia, dom

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Responsável pela reprovação de cerca de 30% dos alunos ma-triculados, a disciplina de Cálculo 1 é o bicho-papão de pelo menos nove cursos da área de Exatas da PUC Goiás. Estudantes das En-genharias e das graduações que integram o Departamento de Matemática (MAF) - Matemáti-ca, Física, Química e Engenharia de Alimentos - têm, há dois anos, o apoio do Projeto Calcule para vencer os desafios para a apro-vação na disciplina. Os entraves estão ligados, sobretudo, à difi-culdade em relacionar o conteúdo com os conceitos da Matemática Básica.

Agora, para avaliar a iniciati-va, suas coordenadoras, a profa. Rosimara Fachin Pela (foto) e a profa. Vanda Domingos Vieira, desenvolvem o projeto de pes-quisa Dificuldades na Aprendi-zagem no Cálculo, vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Matemá-tica (NPM) da instituição e inicia-do neste semestre. Ainda em fase de estruturação, o estudo deve ser realizado até julho de 2016. Em breve, vagas para a Iniciação

De número em número Por Diene Batista

Rápidas da pesquisaVacina contra HIVTestes preliminares de uma possível vacina brasileira contra o HIV, feitos com macacos Rhesus no Instituto Butantan, apresentaram resultados melho-

res do que o esperado. A resposta imunológica dos primatas foi de 5 a 10 vezes mais intensa do que a registrada em camundongos, segundo pesquisado-res da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP). A vacina contém 18 fragmentos do vírus da Aids que serão usados para despertar o sistema imunológico contra o HIV.

Insumos vetadosA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou novas regras para comercialização de remédios da medicina tradicional chinesa no país.

Entre as medidas estão a proibição do uso de componentes de origem animal nos produtos, como pelos, chifres e ossos de animais. Haverá um monitora-mento da medicina tradicional chinesa por um prazo de três anos. Depois, a Anvisa poderá optar por registrar oficialmente esses produtos, impor condições sobre seu uso ou até mesmo bani-los.

Grupos de PesquisaO Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apresentou nova versão do Diretório de Grupos de Pesquisas no Brasil (DGP),

base dados alimentada pelos líderes de grupos, pesquisadores, estudantes e dirigentes de pesquisa das instituições participantes. O sistema traz novos campos de preenchimento que possibilitam a inserção de informações sobre equipamentos, softwares, participação de grupos em redes de pesquisa, colaboradores estrangeiros e histórico de participantes.

Científica (IC) devem ser abertas. “Vamos levantar que aspectos

do Calcule precisam ser melhora-dos para que mais alunos partici-pem e quais são os impactos da iniciativa no desempenho dos es-tudantes”, justifica a profa. Rosi-mara. Ela ressalta que, com o pro-jeto, o estudante consegue sanar dificuldades que podem atrapa-lhar a vida universitária. “Muitas vezes, esse acadêmico faz a disci-plina Cálculo três, quatro vezes, o que acaba bagunçando toda a grade”, exemplifica.

Depois de um resultado ne-gativo na prova de Cálculo 1, Isabella Assis Medeiros, 17, que cursa o primeiro período de En-genharia Ambiental na institui-ção, resolveu aceitar o convite da profa. Rosimara e já marcou presença em todas as mini-aulas realizadas neste ano. “Tenho participado e o resultado é po-sitivo. As atividades reforçam o aprendizado e me ajudam a com-preender o conteúdo”, avalia, referindo-se à lista de exercícios elaborados pelas coordenadoras do Calcule.

Participe! Saiba mais!Alunos interessados em participar do Projeto Calcule podem se informar a respeito

dos horários das mini-aulas no Programa de Orientação Acadêmica (Proa) da Área 3, Pra-ça Universitária, ou na Sala do Pibid, também na Área 3. Mais informações: 3946-1371

Quer saber mais sobre outros projetos de pes-quisa desenvolvidos pela PUC Goiás!? Acesse: sites.pucgoias.edu.br/pesquisa.

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Além das turmas normais dos cursos de línguas, a PUC Idiomas oferece a opção de aulas diferenciadas, combinando qualidade e flexibilidade de horário, com a contratação de aulas VIP nos idiomas ensinados na escola, inglês, francês, alemão, italiano e espanhol.

Essas aulas diferenciadas são indicadas para aqueles alunos que necessitam de um programa específico e da atenção persona-lizada do professor. As aulas podem ocorrer durante todo o ano e o aluno pode começar quando quiser. Basta contratar o seu pacote de horas na Coordenação da PUC Idiomas, que providenciará o agenda-mento com o professor. Mais informações nos telefones: 3227-1281 ou 3227-1176.

VocêpelomundoDois anos de desafios e

muitas descobertas. Assim tem sido o cotidiano da acadê-mica do curso de Arquitetura da PUC Goiás, Camilla Bueno, que desde setembro do ano passado, realiza um inter-câmbio na Northeast Normal University, situada em Chang-chun, na China. A rotina de estudos da jovem é uma ver-dadeira maratona, a começar pelos estudos em língua chine-sa: de segunda a sexta-feira. O conteúdo é ministrado por meio de aulas teóricas e práti-cas com base em um livro que contém histórias do cotidiano.

“Nele existem histórias de acontecimentos cotidia-nos com personagens e fatos da nossa vivência diária. Durante es-sas aulas, nós devemos aprender as palavras do texto. Em média, são 30 palavras novas em cada lição, e todos os dias seguintes nós precisamos estar com as pa-

Por Belisa Monteiro

Documentos para bolsas Ibero-Americanas

PUC Idiomas oferece aulas vip com horário flexível

Parceria reforça intercâmbio com mais duas universidades

lavras decoradas, pois todos os dias acontecem ditados”, relata. Além dessa maratona para apren-der o idioma, a estudante também frequenta aulas de cultura chi-nesa, educação física e eventos acadêmicos, sem mencionar nas

Os documentos para o programa de Bolsas Ibero-Americanas, que promoverá intercâmbio em universidades do Chile, Colômbia, Espa-nha, México e Portugal, devem ser entregues até o dia 23 de maio, na Assessoria de Relações Internacionais da PUC Goiás.

A mobilidade, patrocinada pelo Banco Santander, será realizada no primeiro ou segundo semestre de 2015. A PUC Goiás será contem-plada e disponibilizará aos alunos, por meio de processo seletivo, 10 bolsas no valor de 3 mil euros cada. O processo seletivo dará priorida-de para alunos bolsistas do Prouni ou que ingressaram na universidade através do Vestibular Social.

Mais informações no site do Banco Santander (http://www.santan-deruniversidades.com.br) ou pelo telefone: 3946-1239.

Acadêmica da PUC Goiás descobre a China

Camilla Bueno: diálogo intercultural vai além dos muros da universidade

tarefas de casa e outros projetos. Camila também participou de

um campeonato entre as faculda-des da China e visitou pontos his-tóricos, arquitetônicos e culturais chineses, entre eles, a Cidade Proibida, Muralha da China, Pra-

ça da Paz Celestial, Changai e O Grande Buddha. “A esco-la e os professores em geral são solícitos e nos tratam como filhos, fazendo o pos-sível e o impossível para que possamos aprender e, ainda, sobreviver bem na China”, pontua.

O alojamento dos estudan-tes estrangeiros e a sala de aula também ficam no mesmo prédio, o que facilita a convi-vência. Outros obstáculos a serem superados são o frio, que chega a -30 graus na cida-de onde a estudante mora, e a alimentação, devido ao tem-pero forte e apimentado. “Es-tou feliz com minha evolução

e a faculdade me exige bastante. Vejo que ainda tenho muito o que estudar também, pois vai ser um ano de muito esforço e renúncia para conseguir chegar no objeti-vo de aprender a língua chinesa”, avalia.

A PUC Goiás firmou convênio de coope-ração com mais duas instituições estrangei-ras: a Universidade Tecnológica de Pereira, na Colômbia, e a Universidade Nova de Lisboa, em Portugal. O objetivo da parceria com a universidade colombiana é atender às pesquisas de Arqueologia desenvolvidas pelo Instituto Goiano de Pré-História e Antro-pologia (IGPA), assim como permitir o inter-câmbio entre professores e alunos aos sítios arqueológicos estudados pela instituição. Localizada no município de Pereira, a univer-sidade pública estadual tem mais de 15 mil

estudantes de graduação e pós-graduação. O convênio com a PUC foi assinado no últi-mo dia 21 de março e já é válido.

Já o convênio com a Universidade Nova de Lisboa, em Portugal, é válido para ações conjuntas de cunho científico, técnico e cul-tural entre ambas as instituições.

Acadêmicos da PUC interessados em realizar intercâmbio nas universidades men-cionadas podem se inscrever até o dia 23 de maio, na Assessoria de Relações Interna-cionais (ARI), situada no prédio da Reitoria (Área 4, Praça Universitária).

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Goiânia, 1ª quinzena de maio de 2014 Folha PUC 554 - 11

Direção: Atom Egoyan, Beto Brant, Cisco Vas-quez, Gian Vittorio Baldi, Guy Maddin, Jerzy Stuhr, Laís Bodanzky, Manoel de Oliveira, Marco Bechis, Maria de Medeiros, Theo Ange-lopoulos e Win WendersClassificação: 14 anosGênero: Drama-documentalAno: 2013Duração: 96 minutos

Mundo Invisível é um longa-metragem composto de vários segmentos sob o olhar de diferentes cineastas. O filme retrata a

invisibilidade no mundo contemporâneo. O submundo do centro de uma grande cidade, um gato preto no cemitério, índios no jardim da cidade, a tecnologia e o ritmo incessante da metrópole, a arte do ator, a espiritualidade da favela, um garçom de hotel de luxo, entre outros, são exemplos dados no filme. O longa ainda conta com a brilhante participação do ator José Wilker, falecido em abril.

Os acadêmicos da PUC Goiás beneficiados com bolsa parcial ou integral do Programa Universidade para Todos (Prouni) devem comparecer à Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE) da universidade até o dia 30 de maio, para assinatura do Termo de Atualização da Bolsa. Somente os alunos contemplados neste primeiro semestre de 2014 não precisam assinar o documento. O coordenador da CAE, Valterci Vieira, alerta que a falta de atualização do benefício acarretará em problemas futuros para o aluno. A CAE está localizada no Bloco A da Área 4 e funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 20 horas. Mais confirmações pelo tele-fone 3946-1062.

Com o objetivo de manter a excelência do ensino que oferece aos alunos, a PUC Goiás iniciou, no final de abril o Processo de Autoa-valiação da Graduação. Os alunos e professores têm até o dia 30 para responder as questões disponíveis no site da instituição. Os dados e informações colhidas por meio do questionário servirão para uma análise por parte de alunos e docentes referentes à gestão e ao ensino dos cursos de graduação oferecidos pela universida-de. Com a coleta das opiniões, será formado um relatório que terá como destino o Ministério da Educação (MEC) e a coordenação de cada curso, com o objetivo de aperfeiçoar e identificar os principais problemas apontados durante o pro-cesso acadêmico.

O acesso ao questionário deverá ser realiza-do pela página de Serviços On-line (SOL), sol.pucgoias.edu.br, onde cada estudante e docente irá inserir seu login e senha e terá acesso dire-tamente às questões referentes à autoavaliação dos estudos, gestão acadêmica do curso, infraes-trutura institucional e do curso, organização di-dático-pedagógico dos professores e disciplinas com metodologia semipresencial - caso o aluno tenha alguma disciplina nesta modalidade.

Será realizada, nos dias 22 e 23 de maio, a 10ª Edição do Projeto Brasil Afroempreendedor, que busca incentivar o empreendedorismo entre pessoas negras. O evento, promovido pelo Sebrae, tem a parceria do Programa de Estu-dos e Extensão Afro-Brasileiro (Proafro) da PUC Goiás, onde será realizado, e oferecerá formação e consultoria. Mais informações pelo fone: 3946-1618.

A cantora Ellen Oléria fará o show de encerramento da 1ª Mostra de Arte Negra de Goiânia na quarta-feira, 21, às 20 horas, no Teatro do Sesi. A Banda Visual Ilê se apresenta antes de Ellen Oléria. O evento é realizado pela Prefeitura de Goiânia com apoio de diversas instituições, entre elas a PUC Goiás, por meio do Progra-ma de Estudos e Extensão Afro-brasileiro (Proafro), da Coordenação de Extensão (Cdex) da Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex).

Bolsistas do Prouni devem assinar termo de atualização

PUC Goiás promove autoavaliação dos cursos de graduação

PUC Goiás participa do evento Brasil Afroempreendedor

Mostra de Arte Negra de Goiânia terá show com Ellen Oléria

Dicas de filmes

Mundo invisível

Autoras: Adriana Bernardes Pereira (Org.)Ano: 2013Páginas: 240

A coletânea de artigos é fruto da longa trajetória de trabalho dos profissionais do Departamento de Psicologia da universidade. Elabo-rado a partir das experiências de docentes e discentes na graduação e na pós-graduação, o livro mostra como a área cresceu após 40 anos de história no Estado. Com 240 páginas, a obra pode ser adquirido na Livraria da PUC Goiás, localizada na Área 1

da universidade, em frente à Biblioteca Central. Alunos, professores e funcionários da instituição têm desconto especial.

Psicologia da PUC Goiás na contemporaneidade

Programe-se

O Programa de Cursos de Extensão (PCE), ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex) da PUC Goiás, está com inscrições abertas até 16 de maio, para o cadastramento de projetos de cursos de extensão nas diversas áreas do conhecimento. Os cursos aprovados serão ministrados em 2014/2 e 2015/1 e apresentados em catálogo de divulgação do Programa.

O cadastro de cursos de extensão universitária para atualização, capacitação e aperfeiçoamento deverá ser apresentado em formulário de projeto disponível no site www.pucgoias.edu.br/cursosdeextensao. Depois de preenchido, o for-mulário deverá ser encaminhado até a data limite para o e-mail [email protected]. Mais informações pelo telefone 3946-1065.

Alunos devem procurar a CAE de segunda à sexta-feira

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A mineira Maria Paula Chaim, a anapolina Jéssica Bizinoto e o pi-renopolino Samuel Lopes têm algo em comum: além de terem saído da zona de conforto das suas cidades natais para assumir uma intensa rotina de estudos, foi na PUC Goiás que puderam descobrir, aprimorar seus dons e aplicá-los além dos limites da sala de aula. Acadêmicos do 7º período de Psicologia, os jovens têm se destacado pelo empenho e visão inovadora, além da experiência na área da Psicologia Organiza-cional adquirida ao longo do curso.

A identificação com a Psicanálise foi o pontapé inicial para desper-tar em Jéssica o interesse pela Psicologia, que foi reforçado no próprio ambiente familiar, já que os pais são empreendedores do ramo comer-cial. “Desde pequena eu tenho contato com essa área e o maior desafio é o clima organizacional: ter jogo de cintura e conciliar os desejos dos colaboradores e da diretoria de uma empresa”, relata.

Já a sua colega Maria Paula fez um teste vocacional e, por meio dele, viu na Psicologia uma oportunidade para trabalhar com crian-ças. Apesar da aprovação no vestibular da Universidade Federal de Uberlândia, foi em Goiânia que a jovem viu uma oportunidade para concretizar o seu sonho vocacional. “Pretendo trabalhar diretamente com crianças de alguma forma, seja com atendimento em clínica ou em escolas”, almeja.

Samuel, que é auxiliar administrativo do Departamento de Mate-mática, Física e Química, equilibra a maratona acadêmica com a rotina laboral de oito horas diárias. “Conciliar trabalho e estudo não é fácil.

Jovens realizaram a seleção e o recrutamento dos estagiários da Casa Cor 2014

Psicologia revela vocações inovadoras

Vida de estudante

Estudo de manhã e as tarefas da faculdade tenho que fazer nos inter-valos, finais de semana, e no tempo que sobra”, pontua. Ele também almeja trabalhar na área organizacional devido às demandas do mer-cado. “Meu sonho é atuar em uma grande empresa como psicólogo e a questão de abrir uma clínica vem com o tempo e a experiência”, ressalta.

Os três jovens da Psicologia também desenvolveram um trabalho pioneiro de recrutamento e seleção de estagiários na Casa Cor, em Goiânia. Supervisionados pela docente Juliana Hannum, os estudan-tes pensaram em todos os detalhes do trabalho, desde a divulgação, procura de parcerias, recrutamento, planejamento e organização de documentos, realização de dinâmicas, entrevistas, entre outras ativi-dades. “Foi um trabalho muito desafiador e tivemos que correr con-tra o tempo, já que tínhamos um prazo para cumprir”, avaliaram os estudantes.

Os acadêmicos realizaram a criação do manual de cargos e salários dos estagiários da Casa Cor, fluxograma das atividades, manual do co-laborador e demais atividades relacionadas ao recrutamento e seleção de estagiários, sem mencionar no treinamento dos mesmos, de março a maio. Os estagiários selecionados pelos acadêmicos, com o respaldo e decisão final da diretoria da Casa Cor, são oriundos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Arquitetura e Design. Foram en-trevistados cerca de 150 jovens de várias instituições de ensino. A Casa Cor ficará aberta para visitação até 11 de junho deste ano.