folha martin pilger ed. 23

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Pequenos da Zozina aprendem sobre os animais pág. 6 Sala de aula é notícia Martin Pilger Folha Pais e professora falam sobre a importância do brincar pág. 8 e 9 Especial Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT. Crianças são as donas da rua Vovô Werno realizou a Rua do Lazer mobilizando os vizinhos do bairro Alunos da Faixa Etária 5 se divertem apostando corrida de bicicleta em frente à escola pág. 5 Fotonovela Alunos da Affonso recriam personagens da História pág. 4 Ano VII - Nº 23 - Setembro de 2010 - Distribuição Gratuita

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Folha Martin Pilger, Edição Nº 23, 2010

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Page 1: Folha Martin Pilger Ed. 23

Pequenos da Zozina aprendem sobre os animais pág. 6

Sala de aula é notícia

Martin PilgerFolha

Pais e professora falam sobre a importância do brincarpág. 8 e 9

Especial

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CT.

Crianças são as donas da rua Vovô Werno realizou a Rua do Lazer mobilizando os vizinhos do bairro

Alunos da Faixa Etária 5 se divertem apostando corrida de bicicleta em frente à escola pág. 5

FotonovelaAlunos da Affonso recriam personagens da Históriapág. 4

Ano VII - Nº 23 - Setembro de 2010 - Distribuição Gratuita

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pág. 03 | Setembro 2010

EditorialFolha Martin Pilger

Sala de aula é notícia p. 4 - 6

Confira os projetosdesenvolvidos pelos professores

Culinária p. 7

Aprenda a fazer a deliciosa torta de bolacha da Cati

Especial p. 8 - 11

Pais falam sobre a importância do brincar.

Conheça também a história das escolas do bairro

Saúde p. 13

Descubra a importância do sono

Cultura p. 12

Saiba o que os pequenos assistem na TV

Serviços para a comunidade p. 14

Conheça a Clínica de Quiropraxia da FeevaleEquipe Folha Martin Pilger

Setembro/ 2010

Esta edição número 23 da Folha Martin Pilger não foi brincadeira para a equipe do projeto Nosso Bairro em Pauta. Para os alunos das escolas, no entanto, foi só

diversão e novas descobertas. Uma reportagem especial com pais, professores e alunos mostra porque é tão importante o brincar para o desenvolvimento das crianças.

Na escola Affonso Penna, os alunos do 6° ano também aprenderam se divertindo: para retratar histórias sobre a Idade Média, eles produziram fotonovelas repletas de cenários, figurinos e adereços. Já os alunos da Vovô Werno brincaram à beça na segunda edição da Rua do Lazer, e a turminha da faixa Etária 2 da Zozina pintou, recortou, e imitou os animais que a professora ensinou nas aulas.

Tem também muita diversão na reportagem sobre o que os pequenos assistem na televisão, e a receita de uma mãe para uma das sobremesas mais apreciada pelos pequenos (e muitos grandes também): torta de bolacha! E depois do cansaço de tanta brincadeira, uma matéria sobre a importância do sono.

Nesta edição você confere ainda uma reportagem especial sobre a história das escolas municipais do bairro Vila Nova e a importância delas na trajetória e união deste bairro. Também uma reportagem sobre como funciona o serviço de quiropra-xia da Feevale que é gratuito e aberto para a comunidade. Boa leitura e até a próxima edição!!!

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pág. 04 | Setembro 2010

Dos livros para as fotonovelas

Encenação | Alunos do 6º ano redescobrem Joana d´Arc, Hobin Hood e Ricardo Coração de Leão

Laís VanessaAcadêmica de Jornalismo

Alunos interpretam cena da história de Hobin Hood Foto: Arquivo escola

Primeiro vamos ao con-ceito: fotonovelas são novelas contadas em quadrinhos que utilizam

fotografias ao invés dos desenhos habituais, formando uma sequên-cia de imagens e texto que contam uma história. E foi a partir das fotonovelas que os alunos da tur-ma do 6° ano da escola Affonso Penna tiveram a ideia de produzir suas próprias histórias com a orientação da professora Luciana Teixeira Lopes.

Ela conta que queria encontrar uma maneira divertida e inteligen-te de estudar história e sair dos meios convencionais, dos quais

“Eu achei bem interessante. Tra-balhei a história da Joana d’Arc, conhecemos melhor sobre como as coisas eram naquele tempo e a vida dela.” Maria E. Weschenfelder, 11 anos

os alunos não gostam. Pois bem, os alunos escolheram três histó-rias para reconstruir em formato de fotonovela: Joana d’Arc, Hobin Hood e Ricardo Coração de Leão. A turma foi dividia em três grandes grupos para fazer a produção. “Foram quase cinco meses de trabalho entre a confecção das roupas, das fotografias, edição, re-cortar as fotos, montar. Para isso nós utilizamos o programa Paint no computador. Os alunos mes-claram fotos recortadas e imagens capturadas da internet que tinham relação com a história e criaram os balões com os textos”, conta a professora.

Mas todo esse trabalho não ficou só na sala de aula. Os alu-nos apresentaram para os pais e também mostraram no Fórum de

Turma do 6º ano da escola Affonso Penna revive em forma de fotonovela a história de Ricardo Coração de Leão ( à esquerda) e Joana d´Arc ( à direita) Fotos: Arquivo escola

Educação de Novo Hamburgo, que foi realizado no mês de julho na Fenac.

Esta é uma forma dos alunos conhecerem melhor os costumes da época, as roupas que as pesso-as usavam e a vida que levavam. A professora enfatiza que foi feito todo um trabalho de pes-quisa utilizando recursos audio-visuais e textuais no processo de aprendizagem. Os alunos, além de aprender a História, se trans-

portaram para outro mundo, um tempo bem diferente do nosso. O grupo aproveitou os recursos tecnológicos e didáticos do tempo de hoje para reviver o tempo do ontem. Essa experiência, com certeza ficará gravada na história de cada um.

Sala de aula é notícia

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pág. 05 | Setembro 2010

Vamos brincar juntos?Fabiana BothAcadêmica de Jornalismo

Lazer | Pequenos da Vovô Werno brincam na segunda Rua do Lazer

Os pequenos da Faixa Etária 3 e 5 aproveitam a oportunidade para interagir Foto: Leonardo Bach

O primeiro semestre acabou e deixou muita saudade. Para encerrar com chave de ouro,

a escola Vovô Werno proporcio-nou uma atividade diferente para alunos, pais e comunidade.

Uma vez por semestre a rua em frente à escola Vovô Werno é fechada para acontecer a tra-dicional Rua do Lazer, que tem o objetivo oferecer um espaço novo para os pequenos se divertirem, além de possibilitar a integração com os moradores do bairro. Ou seja, fazer as crianças colocarem a cara para fora da escola.

De duas em duas turmas, eles vão saindo de suas salas para frente da escola onde encontram bicicletas, cama elástica, tiro ao alvo, quebra–cabeças. Tudo o que os pequenos gostam. “Eles ficam eufóricos, desde o dia que a gente manda o bilhete para a casa fazendo a combinação até o dia que acontece a Rua do Lazer. Eles adoram!”, conta a coordenadora Kely dos Santos.

Muitos dos pequenos não têm a oportunidade de brincar na rua, por diversos motivos e neste dia especial aproveitam para colocar a energia em dia, pulam, correm e se divertem. O frio não espantou ninguém. Mesmo entrouxados os pequenos fizeram a festa.

A pequena Isadora não sabe o

que fazer primeiro. Nos dez mi-nutos que chegou já participou de corrida de bicicletas, já pulou na cama elástica e fez até um castelo de princesa.

As crianças esperam ansio-sas por sua vez na cama elástica. Bianca e Renan, ambos da Faixa Etária 5, já estão sem sapatos esperando por sua vez.

Enquanto cuida dos alunos do Nível 3 e 5 na cama elástica, a professora de apoio Juliana Vargas conta o quanto os alunos estão se dando bem e o quanto a interação entre eles é importante. “Nem sempre eles têm a oportu-nidade de poder brincar com ou-tros amigos de idades diferentes. Assim existe a troca dos pequeni-nhos com os maiores.”

Sergio Valente, morador do bairro Vila Nova e pai de um futuro aluno da escola, observa atentamente tudo o que as crian-ças fazem. “Gostei muito desse método da escola. É muito impor-tante para o aprendizado deles.”

À medida em que a tarde vai passando o público dos pequenos vai aumentando. Os vizinhos da escola estão no portão observan-do os simpáticos alunos que con-versam com todo mundo enquan-to brincam. Os pais vão chegando aos poucos e vão participando junto. O pessoal já está à espera da próxima.

“Eles ficam eufóricos, desde o dia que a gente manda o bilhete para a casa fazendo a combinação até o dia que acontece a rua do lazer. Eles adoram!”Coord. Kely dos Santos

Sucesso da criançada Foto: Leonardo Bach

Folha Martin Pilger

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pág. 06 | Setembro 2010

Animais no céu, na terra e no mar

Descoberta | Turminha da Faixa Etária 2 da Zozina aprende sobre bichinhos brincando

Fabiana BothAcadêmica de Jornalismo

De olhos vermelhos, de pêlo branquinho, de orelhas bem grandes... eu sou coelhinho”. Essa foi a

canção mais escutada na turminha da Faixa Etária 2 da escola Zozina Soares de Oliveira na época da Páscoa. As professoras Liliane Ceron e Rosângela Andrade par-tiram do interesse dos pequenos pela figura do coelho e resolveram incluir este aprendizado no cro-nograma de aula. E assim surgiu o projeto Animais em todo lugar: no céu, na terra e no mar.

Eles brincam, cantam, pintam, escutam histórias, veem filmes, imitam os animais, tudo para poderem se desenvolver. “Eles participam de algumas etapas e nós colaboramos na organização final. Eles pintam, a gente recorta. Eles picam papeizinhos e a gente

monta. Isto porque eles ainda não têm a motricidade necessária e estão em pleno desenvolvimento”, conta a professora Liliane.

O objetivo do projeto é de-senvolver os requisitos básicos dessa faixa etária, como o aspecto motor, corporal, artístico e oral, proporcionando satisfação aos pequenos por trabalhar com algo que eles gostam e se interessam.

A professora lembra que é um processo demorado e quem observa de fora pode demorar para perceber. Segundo ela, são momentos significativos que não aparecem no dia a dia.

Quando o assunto é bichinho, os pequenos ficam eufóricos. Dentre as atividades propostas pe-las professoras, a que sem dúvida mais agita os alunos é imitar os animais. A sala se transforma em um verdadeiro zoológico. Tem de tudo: cachorro, gato, leão, galinha e até peixe.

Falando em peixe, não pode-

mos esquecer do Guri, o peixe da turminha. Os alunos conviveram três semanas com um peixinho, o qual deram o nome e alimenta-ram. A professora Rosângela con-ta que eles ainda falam no Guri. “Teve uma aluna, que era apai-xonada pelo peixe. No início ela falava muito pouco e a oralidade dela melhorou muito. Ela passava o dia todo dizendo ‘pesse, pesse’. Ficamos tão felizes com progres-so que ela teve, que demos o peixe para ela”.

Outra visita que os pequenos tiveram foi a de uma tartaruga. Eles ficaram enlouquecidos, pulavam... gritavam. Enquanto observavam o animalzinho, a tar-taruga fez xixi e foi uma festa para as crianças. A turma se encantou e até mesmo os que tinham medo se aproximaram. “Eles adoraram. E isso ajudou a seguir o trabalho, porque eles perceberam que ela tinha algo em comum com eles”, conta a professora Rosângela.

Com tudo isso, os alunos puderam ver as características dos animais e fizeram suas indagações: A gente também nada? Onde estão os braçinhos do peixe? A tartaruga tem olhinhos? Quantas perninhas tem o cachorro? E nós?

As professoras também des-tacam a importância do processo de socialização entre eles com este trabalho. Esta é uma fase na qual eles começam a trabalhar em grupo na escola e vivenciam o desligamento da família, pois esse é o primeiro ano em que estão frequentando a escola.

Todos escutam atentos a história da “Viviana: rainha do pijama” Foto: Leonardo Bach O Guri fazendo sucesso entre os alunos Foto: Leonardo Bach

Sala de aula é notíciaFolha Martin Pilger

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pág. 07 | Setembro 2010

Torta de bolacha Danette Cati é sucesso na Vovô WernoDaniel GruberAcadêmico de Jornalismo

Receita | Descubra os segredos da tradicional sobremesa que as crianças adoram

Maria Luísa se diverte ajudando a mãe a preparar a receita Foto: Daniel Gruber

A “Torta de bolacha da Cati” ainda é famosa na Vovô Werno, onde Catiane Nunes da

Silva trabalhava como professora até quatro anos atrás. Ela deixou a sala de aula para poder se dedicar integralmente à filha, Maria Luísa Rodrigues, de quatro anos, hoje aluna da escola. “Quando ligaram de lá sugerindo que eu fizesse a página da receita, nem me dei-xaram escolher, tinha que ser a torta”, brinca a mãe.

O segredo do sucesso é que a receita é uma criação da própria Cati. “Tive que adaptar porque não como nata”, explica. Foi assim que ela resolveu misturar os ingredientes que tinha em casa e formar o creme. A cozinheira de mão cheia achou que o gosto era parecido com Danette e batizou a “obra” com esse nome. Não deu outra: em todas as festinhas da escola a pequena Luísa sempre tem que levar a torta da mãe. “É a receita que eu mais gosto”, afirma a menina, se lambuzando com o resto do creme na panela.

Durante o preparo da receita, Maria Luísa não saiu de perto da mãe, ajudando a separar os ingredientes e colocá-los no fogo e depois montar as camadas de bolachas. Segundo a mãe, a me-nina gosta de ajudar nos serviços domésticos e também adora co-mer as sobremesas que ela prepa-ra. A sorte da pequena Luísa é que Catiane adora cozinhar. “Sempre invento as receitas quando estou inspirada. Eu realmente gosto de pilotar o fogão”, comenta Catiane.

“Quando ligaram de lá sugerindo que eu fizesse a página da re-ceita, nem me deixaram escolher, tinha que ser a torta.” Catiane da Silva

CulináriaFolha Martin Pilger

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Um aprendizado que não é de brincadeira

Diversão | Pais e professora falam sobre a importância dos pequenos brincarem

Caroline PilgerAcadêmica de Jornalismo

Brincar. Esse é o lema das crianças. A essência da in-fância está no brincar. Os pequenos vivem brincando e aprendem vivendo a brincadeira. Sem brincar não existe

a infância, não existe a criança. Nesta edição a Folha Martin Pilger foi conversar com famílias aqui do bairro para conhecer um pouco da rotina das brincadeiras dos pequenos moradores da Vila Nova.

Filipe com os pais na parte preferida da casa: o seu quarto Foto: Leonardo Bach

pág. 08 | Setembro 2010

Conversamos com a profes-sora Juliana Henrich, do

1º ano da Affonso Penna, a respeito da importância do brincar. Segundo a professora, a brincadeira é de fundamental importância pois faz parte da criança e é na brincadeira que ela se constitui. “Brincando, a criança vai ver que realmente aprendeu. A partir da brinca-deira nós professores podemos ver até onde a criança foi, como ela constrói a sua aprendizagem, além dela ser motivada pela brincadeira. En-tão a aprendizagem não pode ficar longe disso, o brincar é um veículo para aprender”.

Segundo Juliana, além de ser mais fácil aprender brin-cando, é muito mais prazeroso para os alunos. “Dentro da escola a gente não pode deixar isso de lado. A criança desen-volve a criatividade, a sociabili-dade, o saber repartir, o aceitar

o ponto de vista do outro, até a questão da ética está dentro do brincar”, explica.

Outra questão importante é os pais terem um momento para brincarem com os filhos, pois é nesta hora que con-seguem passar ensinamentos importantes para as crianças. “Nos finais de semana eu sem-pre dou alguma atividade onde a família toda vai se envolver, porque esse momento dos pais com os filhos é muito impor-tante para o convívio e tam-bém para a troca de saberes. Além disso é um momento inesquecível para as crianças”, finaliza a professora.

Filipe Rafael Kolling Müller , 3 anos, adora jogar futebol dentro de casa, brincar de

montar e andar de motoca. Mas também já sabe o que é a “in-tenéti”, como ele mesmo fala. Segundo a mamãe Janaína Kolling Müller, 31 anos, na primeira oportunidade que o pequeno teve de brincar com um teclado velho de computador já adorou. “Ele pegava o teclado e colocava no cantinho da mesa de TV e fazia de conta que o som era o monitor e ficava ali brincando na internet.

De olho no computadorMas nós tentamos cuidar para que ele ainda não vá no computador mesmo, que ele fique mais com isso das brincadeiras”.

Filipe é aluno da Faixa Etária 2 da Zozina e frequenta a escola em turno integral. O papai Rafael Roberto Müller, 35 anos, também fica fora de casa o dia todo, então é na parte da noite que os dois têm um tempo para brincarem juntos. “Eu chego em casa depois do trabalho e é brincadeira direto, a gente joga bola, cavalinho, garupa, é muito bom”, conta

Rafael. Segundo a mamãe Janaína, a brincadeira é muito importante para o desenvolvimento do filho. “Ele fica mais esperto, desenvolve mais a coordenação motora. Na verdade todo o desenvolvimento dele é a partir da brincadeira, ele precisa desse tempo do brincar”. Janaína também cuida muito na hora de escolher os brinquedos do filho. “Cuidamos para que esteja dentro da faixa etária dele. E agora compro brinquedos mais pedagógicos, de cores, formas, números e com isso ele vai apren-dendo brincando”, explica.

Segundo o pai de Filipe, as brincadeiras de infância, além de serem uma forma de educar, ficam guardadas na memória para sempre. “Um exemplo prático disso sou eu. Estou com 35 anos e lembro das minhas brincadeiras

até hoje, e isso eu levarei para o resto da vida”. E a mamãe complementa: “o brincar é parte fundamental na vida da criança, é daí que ela vai tiraros valores e setransformarem um adulto feliz”.

O QUE A PROFESSORA DIZ

Especial

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pág. 09 | Setembro 2010

Jeito de gente grande

Allanis Carvalho da Silva, 7 anos, não quer saber de muitas bonecas, nem de

brincar de mamãe ou de es-coli- nha. Ela gosta mesmo é brincar de modelo/estilista com as amigas. Segundo a mãe, Gra-ciela Carvalho, 28 anos, a pequena Allanis prefere ganhar roupas do que um brinquedo novo. “Ela tem um laptop de brinquedo e nem usa. Ela pede roupas, calçados. Ela gosta disso, de se vestir como gente grande”. Porém, Graciela acredita que este comportamento não interfira na infância da filha. “Isso não está atrapalhando em nada na ‘criancice’ dela. Ela brinca muito também”. O marido de Graciela, Sidinei Brauwers, 32 anos, confirma: “ela brinca, corre, se suja no barro se precisar, mas na hora de sair ela se arruma”.

Allanis está no 2º ano de 9 na escola Affonso Penna, e estuda na

Bruno Kunst Krummenauer, 6 anos, não sabe do que gosta mais: da mesa de

botão, do fla-flu, da bola ou das luvas de goleiro. Mas de uma coisa tem certeza: o que mais

Amor pelo futebol

Bruno, 6 anos, adora jogar fla-flu com os pais na sala de casa Foto: Leonardo Bach

gosta de brincar é de futebol. Segundo a mamãe, Sinara Kunst, 29 anos, Bruno é vidrado no es-porte desde pequeninho e sempre que tem oportunidade joga uma partida com os pais na frente de

casa. “Eu gosto muito de futebol e meu marido também, então, sempre que temos tempo jogamos ‘goleirinha’ com o Bruno”.

O pai, Régis Krummenauer, 30 anos, trabalha em turno integral e durante a semana tem pouco tempo para brincar com o filho, mas isso não o impede de ter um momento com o Bruno todos os dias. “Quando eu chego em casa, sempre brinco com ele. Às vezes é um futebolzinho, um videogame, jogos de memória. Sempre temos nosso momento juntos, mas é no final de semana que brincamos mais”, conta Régis. Segundo o papai, as brincadeiras que o filho gosta são as mesmas da sua infância. “Ele tem muitas brincadeiras em comum comigo, o futebol, a bicicleta, a mesa de botão. Eu percebo que o que eu brincava na minha infância per-manece na dele agora”.

Bruno é aluno do Nível 5 da Vovô Werno, e vai para a escola no turno da manhã. Ele pratica natação duas vezes por semana e

toda quarta-feira recebe um ami-guinho para brincar em casa. A mamãe Sinara trabalha meio turno e tem a oportunidade de ficar com o filho todas as tardes. Para ela, esse tempo com Bruno é muito importante para a união dos dois. “Eu sempre tenho muito tempo com o Bruno, e quando estou brincando com ele eu vejo como ele se sente importante, e como nós ficamos ligados.”

De acordo com o papai Régis, é essencial que o filho tenha sempre o tempo de brincar. “Eu acho que a brincadeira é muito importante para o crescimento dele. Não podemos acumular só responsabilidade para a criança, isso é muito ruim”. A mamãe complementa: “a importância do brincar para mim é ele se desco-brir como pessoa, se preparar para a vida adulta, para as respon-sabilidades, brincando. Eu acho que isso é o básico do brincar, o próprio desenvolvimento e ama-durecimento dele.”

parte da tarde. Seu horário predi-leto para brincar é logo que chega da aula. “Depois que ela chega do colégio ela vai andar de bicicleta com a menina da casa da frente, e às vezes brinca aqui na área”, diz Graciela.

Além de andar de bicicleta, Allanis adora jogar vôlei, futebol e pular corda. Segundo a mamãe, as brincadeiras da filha são pratica-mente as mesmas que ela brincava quando criança. “Não mudou muita coisa, porque eu gostava de jogar e ela também gosta, de brin-car de se esconder, essas coisas”. No entanto, algumas brincadeiras ainda trazem pequenas diferenças. “Elas pegam as Barbies, pegam um monte de panos e vão fazer ‘moda’ nas bonecas, são estil-istas. No meu tempo a gente ia fazer ‘naná’ com elas”, comenta Graciela.

Allanis não brinca só pelo

bairro com os amiguinhos. Sempre que podem, a mamãe Graciela e seu marido Sidinei a levam para brincar em pracinhas e em outros

lugares interessantes da cidade. “Eu acho que criança tem que brincar, isso é a vida delas”, fina-liza a mãe.

Allanis, 7 anos, junto com a família e a irmazinha de 2 meses Foto: Daniel Gruber

Folha Martin Pilger

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A pequena Júlia para tudo o que está fazendo para ver seus programas favoritos Foto: Fabiana Both

Donos do controle remoto

Televisão | O impacto da mídia nos pequenos

Fabiana BothAcadêmica de Jornalismo

O que as nossas crianças assistem na televisão? A TV influencia no desenvolvimento e

comportamento delas? O que os pequenos podem e o que não podem assistir? Cabe a quem fil-trar o que telespectadores mirins assistem?

Quando o assunto é televisão diversas discussões surgem. Há o grupo de apoiadores e incentiva-dores e o grupo dos que desenco-rajam o acesso da criança à mídia. O tema criança versus TV vem sendo foco de diversas pesquisas há muitos anos. Mas indiferente do grupo que se encaixe todos concordam que o consumo da te-levisão tem aumentado de forma gigantesca.

Ao perguntar para a turma da Faixa Etária 2 da Zozina o que eles mais gostam de fazer a resposta veio em alto e bom som: ver televisão. Segundo inúmeras pesquisas o companheiro prefe-rido das crianças é sem dúvida a televisão. A questão é que tudo que é em excesso e não tem limite acaba gerando problemas.

Os donos do controle remoto assistem de tudo, desde progra-mas infantis, desenhos animados até novelas e filmes de violência e erotização. É comprovado que os programas que mais influenciam o comportamento dos pequenos são as novelas.

Quando chegamos à casa da Cristiane Boeira, sua filha Júlia, de três anos, nos recepcionou alegremente e foi correndo nos mostrar o que estava passando na televisão: Dora a aventureira. A aluna da escola Vovô Werno gosta tanto de televisão que enquanto

conversávamos os três televisores da casa estavam ligados ambos em canais de desenho.

Júlia assiste em média duas horas de filmes e desenhos por dia. “Para ela a TV têm sido bem importante. Ela consegue apro-veitar e filtrar o que assiste além de distinguir o que é certo e o que não é. Quando em algum desenho alguém joga água em alguém, ela diz que isso é feio e que não pode fazer.”, conta Cristiane.

Na medida em que a conversa andava, Júlia trocava de canais. Quando era algo que a interes-sava ela parava e assistia vidrada. Não adiantava tentar chamar sua atenção. A mãe conta que se pre-ocupa com o que ela assiste. “Não gosto que ela assista programação adulta, como filmes agressivos e de terror. A gente toma esse cuidado.”

PinguCocoricóPocoyoCharlie e LolaWall–e

“Não gosto que ela assista programação adulta, como filmes agressivos e de terror. A gente toma esse cuidado.”Cristiane Boeira

Rei LeãoMágico de OzMogliRatatouilleNinoka

Dica de filmes infantis:

Quando se trata de TV, Júlia já sabe o que gosta. Ela tem seus preferidos. Alvin e os esquilos, Cocoricó, Dora e Barney sem dú-vida estão nessa lista. Cristiane compra livros de acordo com os programas que a filha gosta.

Artigo - Crianças frente à tela, overdose de televisão. Jornalista Miguel Valdívia

http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/criancas-frente-a-tela--overdose-de-televisao.php

Artigo - A influência da televisão sobre as crianças. Amarante

Folha Martin Pilger

Cultura

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pág. 13 | Setembro 2010

Fabiana BothAcadêmica de Jornalismo

O sono tem múltiplas funções benéficas ao nosso corpo. E, ao contrário do que

todos pensam, o maior benefí-cio não é só descansar o corpo. É durante o sono que o corpo trabalha duro para se recuperar do desgaste diário. Quando falamos do sono infantil, o assunto é mais delicado. Pois são nos estágios mais profundos do sono que o hormônio do crescimento é liberado.

Noite em casa que tem criança geralmente é agitada. Têm pe-quenos que demoram a se render ao sono, outros não dormem sozinhos, outros ainda acordam muitas vezes na madrugada.

Cada fase da vida tem um número de horas equivalentes que o corpo precisa descansar. Essas horas variam conforme a idade. Segundo especialistas em sono os pequenos devem dormir 16 horas por dia. Ele é muito importante para o desenvolvimento das crian-ças. Pesquisas mostram que aque-les que dormem à tarde tendem a dormir melhor à noite.

Para que os pequenos tenham um bom sono é necessária muita dedicação dos pais, além de muita paciência.

Algumas regras são essenciais para o sono dos anjinhos. Ter uma rotina estabelecida ajuda a criar bons hábitos. Ter um horá-rio fixo para dormir, um ritual de tomar banho, colocar o pijama e escovar os dentinhos ajuda. Quando a hora do soninho for se aproximando as luzes devem ser apagadas aos poucos e o som da TV diminuído. Tudo isso para que a criança não se agite e fique mais tranquila. Não são indicados ali-

Descanso | A importância do sono na vida dos pequenos

Nana nenê... Está na hora do soninho

mentos pesados na hora de deitar.Dormir pouco pode causar

diversos problemas, como sono-lência, desatenção e agressivida-de. Esses sintomas geralmente são percebidos em sala de aula,

podendo fazer com que o desem-penho escolar diminua em função do cansaço.

Mas afinal, como é o sono dos pequenos da Martin Pilger e Vila Nova? Fomos conhecer duas

famílias da comunidade e fazer essa pergunta a elas. Primeiramen-te fomos até a casa de Danielli de Campos Moura, aluno da Faixa Etária 3 da Zozina. Andrizeli de Campos, mãe de Dani, conta que a filha sempre dormiu no quar-tinho dela. “Ela sempre dormiu muito bem. Tem o ritual dela. Depois das oito já começamos a nos organizar, acalmar as coisas, porque ela vem com a corda toda da aula”. A mãe conta que mesmo a filha tendo uma boa noite de sono, pela manhã é uma briga para levantar.

Mas não é só na casa da Andrizelli que tem briga na hora de acordar. Na casa da Tatiana, mãe do Diego, acontece a mesma coisa. Diego é aluno do 1° ano da Affonso Penna. A mãe tem uma lanchonete e ele e o irmão só

Fontes consultadas: revista Saúde é Vital, Editora Abril, maio de 2010. Ar tigo Distúrbios do sono em crianças, da psicóloga Daniela Levy, http://www.portalser.com.br/por talser/publier4.0/texto.asp?id=603

A menina faz um soninho embalada pelos cuidados da mãe Foto: Leonardo Bach

vão para casa quando o estabe-lecimento é fechado. Eles têm uma cama no quarto de Tatiana. “Não durmo no meu quarto porque uma vez dormi e fiquei doente”, explica Diego. Tatiana ri. Diego, assim como outras crianças, é bem ativo e aproveita para gastar suas energias durante o dia. Assim, quando chega a hora de dormir ele apaga.

“Para que os pequenso tenham um bom sono é necessária muita dedi-

cação dos pais, além de muita paciência.”Dra. Daniela Levy

SaúdeFolha Martin Pilger

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pág. 14 | Setembro 2010

Saúde | Clínica da Feevale oferece atendimento gratuito à comunidade

Quiropraxia pode ser um santo remédio

Daniel Gruber Acadêmico de Jornalismo

ue tal dar uma atenção especial à sua coluna e às suas articulações? Má postura, trabalhos

braçais e problemas de nascença que só aparecem com a idade po-dem representar um grande risco à saúde. Problemas no sistema nervoso e muscular ou disfunções no esqueleto podem ser preveni-dos, detectados e corrigidos pela quiropraxia, técnica que realinha as vértebras e as juntas do nosso corpo. Muitos ainda torcem o nariz para essa prática que é relativa-mente nova no Brasil, com receio

dos estalos e puxões que os espe-cialistas provocam nos pacientes. Mas acalme-se! A quiropraxia não dói nada e é muito impor-tante para a saúde em geral, já que o desalinhamento da coluna pode também provocar dores nos músculos e na cabeça.

A Clínica Escola de Quiro-praxia da Feevale está aberta à comunidade para fazer consultas gratuitas (é solicitada uma ficha socioeconômica que comprove que a família não tenha con-dições de pagar pelas sessões). Na Clínica os pacientes são atendidos por estagiários em final de curso, com supervisão direta dos professores. E para buscar atendimento não é preciso

Acadêmica da Feevale em atendimento à moradora do bairro Foto: Rodrigo Farias

Q

indicação médica. “A maio-ria das pessoas chega quando está sentindo dores”, conta a coordenadora dos estagiários, Raniele Gehlen Zapelini. “É como ir ao dentista, você não vai esperar por uma dor de dente para consultar”, explica Raniele. Ela acredita que todo mundo deveria ir ao quiropraxista pelo menos uma vez por ano, pois a prevenção evita problemas mais tarde. Antes de iniciar o trata-mento, o paciente vai passar por uma avaliação, que inclui testes ortopédicos, exames médicos, exames físicos etc.

PUXÕES E ESTALOS

Nesse contexto, o trabalho do quiropraxista é encontrar os problemas de desalinhamento vertebral e colocar tudo de volta no lugar, pois qualquer desajuste na coluna afeta diretamente o restante do organismo, e pode ser responsável também por dores nos músculos e na cabeça. Através do trabalho com as mãos, e de massagens e alon-gamentos musculares, a técnica ajuda a reduzir a dor e a tensão. Também podem ser utilizados alguns aparelhos específicos dependendo do caso. A filoso-fia quiroprática acredita que

realinhando a coluna é possível restabelecer toda a harmonia entre as funções do corpo.

Quanto aos estalões na coluna, que ainda causam receio em algu-mas pessoas, a quiropraxista explica que o ajuste nas vértebras é rápido e sem dor, e que o barulho do es-talo acontece devido a um gás que é liberado pelas articulações. “Algu-mas pessoas, no entanto, querem mesmo é ouvir os estalos, como se isso indicasse que o trabalho está fazendo efeito”, conta Ranieli.

A moradora do bairro Vila Nova Antonieta da Silva Mendes, 68 anos, é paciente assídua da Clíni-ca. “Tinha dificuldade de caminhar, agora já estou bem mais solta”, diz ela, “pois eu sempre caminhei bastante”.

FIQUE DE OLHO NA SUA COLUNA

Postura correta: mantenha os ombros para trás e encolha a barriga.

Prefira dormir de lado, com uma almofada no meio das pernas.

Sempre carregar peso o mais próximo do corpo.

Faça pausas em posições ou atividades com movimentos repetitivos.

ATENDIMENTO À COMUNIDADE

Para ter direito ao atendimento

gratuito, o paciente precisa

preencher uma ficha sócio-

econômica que pode ser

retirada na recepção da clínica,

no 3° andar do Prédio Branco

do Campus II. A ficha deve ser

encaminhada junto com uma

cópia dos documentos em

algum dos seguintes horários:

segundas e quartas das 13 às

15 horas ou terças e quintas das

8 às 10 horas, no 1° andar do

Prédio Vermelho, com a Débora.

Os documentos necessários são:

comprovante de residência, carteira

de identidade e comprovante de

renda de todos os moradores da

casa. Se tudo estiver de acordo, a

consulta já pode ser marcada na

hora. Informações pelo telefone 3586-8813.

Serviços para a comunidadeFolha Martin Pilger

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Joice Lamb Professora da EMEF Pres. Affonso Penna

pág. 16 | Setembro 2010

Lembranças de Infância

Quando eu era criança lembro que nós sentávamos na mesa

da sala e passávamos um tempo jogando “vagar vai longe”. Meu pai jogava para valer, minha mãe mor-ria de pena da gente, meu irmão queria a todo custo chegar na frente e eu, como era a mais nova, ficava fazendo manha para ganhar alguma vantagem. Minhas lembranças destes dias são sempre de risadas, lembranças felizes. Também me lembro de estar sentada junto ao meu pai, folheando um volume de uma enciclopédia temática chamada O saber em cores, encantada com as imagens de planetas. Minha mãe estava sempre junto de mim, trabalhando ou fazendo comida. Ela sempre fazia as comidas que eu gostava.

Claro que nem todos os meus dias de criança foram felizes. Levei umas palmadas, fiquei de castigo, chorei porque não podia ter ou ga-nhar alguma coisa, briguei com meu irmão ou com amigos, levei sermão dos meus pais, e tudo mais... mas as lembranças mais significativas da minha infância são lembranças felizes, lembranças de brincadeira, lembranças de leitura.

Hoje tenho três filhos e me pergunto: “Que lembranças meus filhos terão da sua infância?”. Você que tem filhos também já se perguntou isso? Não sei se meus pais se preocupavam com isso

quando eu era criança. Também, naquele tempo, os pais podiam ser só pais, sem carregar este peso que carregamos hoje. Nem pense que eu não gosto de ser mãe. Adoro! Mas é um trabalhinho pesado, né!? Ser pai também não é fácil.

Parece que a sociedade colocou uma lupa gigantesca sobre a família e a educação dos filhos é tema do Fantástico todo o final de semana. Agora até lei sobre palmada edu-cativa apareceu. Olha lá, hein, que rapidinho você passa de pai amoroso a criminoso hediondo.... basta uma palmada. E a Super Nanny? Eu queria ver aquelas família um mês depois.... Será que dá para seguir a vida toda aquelas regras?

Exageros à parte, a família que até pouco tempo dizíamos que estava deteriorada, que não existia mais, agora está exposta em rede nacional e todo mundo dá palpite de como fazer, como se relacionar, como edu-car, como organizar o orçamento, como resolver conflitos, e por aí vai...

Meu pai e minha mãe me ensinaram o que sabiam. Seja educada, não brigue, respeite os mais velhos, não pegue o que não é seu, seja simpática... simplesmente... seja do bem. Eles não tinham

manuais, seguiam o seu coração. Às vezes acertaram, às ve-zes, eraram, mas nun-ca desistiram de mim, sabiam que seu dever era me ajudar a crescer e ser uma boa pessoa. E eu, mesmo pequena, sabia que eles estavam perto.

A vida precisa ser mais ligth... No lugar de um monte de normas sobre o que fazer ou o que não fazer pense numa pergunta básica para viver com mais prazer. “Que lembranças meus filhos terão da sua infância?”