folha de s.paulo, 30.09.2014. adaptado.) - curso-objetivo.br · frase com pronome oblíquo átono...

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L L Í Í N N G G U U A A P P O O R R T T U U G G U U E E S S A A 1 (Folha de S.Paulo, 30.09.2014. Adaptado.) Considerando-se a situação de comunicação entre Garfield e seu dono, a frase, em linguagem coloquial, que preenche o balão do último quadrinho é: a) Tenho de saboreá-la bem? b) Devo saborear a ele muito bem? c) Convém que eu o saboreie bem? d) Saboreá-lo-ei muito bem? e) Eu tenho de saborear bem ele? Resolução Em linguagem coloquial, como orienta o enunciado da questão, emprega-se o pronome pessoal ele com função objetiva. Resposta: E E UNIFESP (2. a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Page 1: Folha de S.Paulo, 30.09.2014. Adaptado.) - curso-objetivo.br · frase com pronome oblíquo átono (“me”), não respeita a regência do verbo assistir (assistir a), abrevia o pronome

LLÍÍNNGGUUAA PPOORRTTUUGGUUEESSAA

1

(Folha de S.Paulo, 30.09.2014. Adaptado.)

Considerando-se a situação de comunicação entreGarfield e seu dono, a frase, em linguagem coloquial, quepreenche o balão do último quadrinho é: a) Tenho de saboreá-la bem? b) Devo saborear a ele muito bem? c) Convém que eu o saboreie bem? d) Saboreá-lo-ei muito bem? e) Eu tenho de saborear bem ele?

ResoluçãoEm linguagem coloquial, como orienta o enunciado daquestão, emprega-se o pronome pessoal ele comfunção objetiva.

Resposta: EE

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Leia o texto para responder às questões de números 02 a04.

A palavra falada é um fenômeno natural: a palavraescrita é um fenômeno cultural. O homem natural podeviver perfeitamente sem ler nem escrever. Não o pode ohomem a que chamamos civilizado: por isso, como disse,a palavra escrita é um fenômeno cultural, não da naturezamas da civilização, da qual a cultura é a essência e o esteio.

Pertencendo, pois, a mundos (mentais) essencialmentediferentes, os dois tipos de palavra obedecem forçosa -men te a leis ou regras essencialmente diferentes. Apalavra falada é um caso, por assim dizer, democrático.Ao falar, temos que obedecer à lei do maior número, sobpena de ou não sermos compreendidos ou sermosinutilmente ridículos. Se a maioria pronuncia mal umapalavra, temos que a pronunciar mal. Se a maioria usa deuma construção gramatical errada, da mesma construçãoteremos que usar. Se a maioria caiu em usar estrangei -rismos ou outras irregularidades verbais, assim temos quefazer. Os termos ou expressões que na linguagem escritasão justos, e até obrigatórios, tornam-se em estupidez epedantaria, se deles fazemos uso no trato verbal. Tornam-se até em má-criação, pois o preceito fundamental dacivilidade é que nos conformemos o mais possível com asmaneiras, os hábitos, e a educação da pessoa com quemfalamos, ainda que nisso faltemos às boas-maneiras ou àetiqueta, que são a cultura exterior.

(Fernando Pessoa, A língua portuguesa. 1999. Adaptado.)

2Em sua argumentação, o autor estabelece que a) a palavra escrita se espelha na palavra falada. Desta

forma, a boa comunicação implica reconhecer que falae escrita são de mesma natureza.

b) as diferenças entre fala e escrita são muitas. Dessaforma, a boa comunicação está relacionada ao valorcultural da linguagem.

c) o fenômeno cultural está contido no natural. Dessaforma, a boa comunicação diz respeito ao uso que cadapessoa faz, de acordo com as necessidades cotidianas.

d) os fenômenos naturais precedem o culturais. Dessaforma, a boa comunicação depende de ajustar aquelesàs especificidades destes.

e) fala e escrita são domínios distintos. Dessa forma, aboa comunicação implica conhecer e emprega osrecur sos específicos de cada um deles.

ResoluçãoA resposta encontra-se no 2.º parágrafo, em que oautor condiciona a “boa comunicação” à adaptaçãodo falante ao contexto.

Resposta: EEUNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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A palavra falada é um fenômeno natural: a palavraescrita é um fenômeno cultural. O homem natural podeviver perfeitamente sem ler nem escrever. Não o pode ohomem a que chamamos civilizado: por isso, como disse,a palavra escrita é um fenômeno cultural, não da naturezamas da civilização, da qual a cultura é a essência e oesteio.

Pertencendo, pois, a mundos (mentais) essencialmentediferentes, os dois tipos de palavra obedecem forçosa -men te a leis ou regras essencialmente diferentes. Apalavra falada é um caso, por assim dizer, democrático.Ao falar, temos que obedecer à lei do maior número, sobpena de ou não sermos compreendidos ou sermosinutilmente ridículos. Se a maioria pronuncia mal umapalavra, temos que a pronunciar mal. Se a maioria usa deuma construção gramatical errada, da mesma construçãoteremos que usar. Se a maioria caiu em usar estrangei -rismos ou outras irregularidades verbais, assim temos quefazer. Os termos ou expressões que na linguagem escritasão justos, e até obrigatórios, tornam-se em estupidez epedantaria, se deles fazemos uso no trato verbal. Tornam-se até em má-criação, pois o preceito fundamental dacivilidade é que nos conformemos o mais possível com asmaneiras, os hábitos, e a educação da pessoa com quemfalamos, ainda que nisso faltemos às boas-maneiras ou àetiqueta, que são a cultura exterior.

(Fernando Pessoa, A língua portuguesa. 1999. Adaptado.)

3De acordo com o autor, “ao falar, temos que obedecer àlei do maior número”. Atendendo a esse princípio, para opor tuguês oral contemporâneo, está adequado o enun -ciado:a) Olvidei-me de trazer seu livro. Assistia a um filme

deveras interessante. Você não se sente chateado porisso, não é mesmo?

b) Caso assistisse a um filme e esquecesse teu livro...Sentir-te-ias magoado com esse meu comportamento?

c) Cara, @#$&*...! Demorô!!! O fdm nem tchum... Epá... ☺ E o livro... Nem... Que m***a!!!

d) Me esqueci de trazer seu livro, porque fiquei assistindoum filme. Cê não tá chateado por causa disso, né?

e) Nóis ia lê o livro na aula, mais fiquei veno TV, sistinoum firme e isquici dele. Ocê tá chateado cumigu nãoné?

ResoluçãoNo português oral contemporâneo, o falante inicia afrase com pronome oblíquo átono (“me”), não respeita aregência do verbo assistir (assistir a), abrevia o pronomede tratamento você (“cê”) e a forma verbal está (“tá”),além de empregar o marcador conversa cional “né”.

Resposta: DDUNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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A palavra falada é um fenômeno natural: a palavraescrita é um fenômeno cultural. O homem natural podeviver perfeitamente sem ler nem escrever. Não o pode ohomem a que chamamos civilizado: por isso, como disse,a palavra escrita é um fenômeno cultural, não da naturezamas da civilização, da qual a cultura é a essência e oesteio.

Pertencendo, pois, a mundos (mentais) essencialmentediferentes, os dois tipos de palavra obedecem forçosa -men te a leis ou regras essencialmente diferentes. Apalavra falada é um caso, por assim dizer, democrático.Ao falar, temos que obedecer à lei do maior número, sobpena de ou não sermos compreendidos ou sermosinutilmente ridículos. Se a maioria pronuncia mal umapalavra, temos que a pronunciar mal. Se a maioria usa deuma construção gramatical errada, da mesma construçãoteremos que usar. Se a maioria caiu em usar estrangei -rismos ou outras irregularidades verbais, assim temos quefazer. Os termos ou expressões que na linguagem escritasão justos, e até obrigatórios, tornam-se em estupidez epedantaria, se deles fazemos uso no trato verbal. Tornam-se até em má-criação, pois o preceito fundamental dacivilidade é que nos conformemos o mais possível com asmaneiras, os hábitos, e a educação da pessoa com quemfalamos, ainda que nisso faltemos às boas-maneiras ou àetiqueta, que são a cultura exterior.

(Fernando Pessoa, A língua portuguesa. 1999. Adaptado.)

4Assinale a alternativa cujo enunciado atende à norma-pa -drão da língua portuguesa. a) Durante a leitura do livro, surgiram várias dúvidas. O

enredo e a temática abordada, que causou muita po lê -mi ca, mostraram a atualidade da obra. Vislumbraram-se vieses interessantes na construção das perso nagens.

b) Durante a leitura do livro, ficou várias dúvidas. O en-redo e a temática abordados, que causou muita po-lêmica, mostrou a atualidade da obra. Vislumbrou-se vieses interessantes na construção das personagens.

c) Durante a leitura do livro, houve várias dúvidas. O en- redo e a temática abordada, que causou muita polê- mica, mostraram a atualidade da obra. Vislumbrou-se vieses interessantes na construção das personagens.

d) Durante a leitura do livro, ficaram várias dúvidas. Oen redo e a temática abordados, que causou muita polê -mica, mostraram a atualidade da obra. Vislumbrou-sevieses interessantes na construção das personagens.

e) Durante a leitura do livro, houveram várias dúvidas. Oenredo e a temática abordada, que causou muita po lê -mica, mostrou a atualidade da obra. Vislumbraram-sevieses interessantes na construção das personagens.

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ResoluçãoA forma verbal surgiram concorda com o sujeito“várias dúvidas”; causou concorda com o sujeito que,o qual retoma “temática abordada”; mostraram con -corda com o sujeito composto “o enredo e a temática”;vislumbraram-se está na voz passiva sintética econcorda com o sujeito paciente “visões interes santes”.

Resposta: AA

5Leia o poema de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa.

Coroai-me de rosas, Coroai-me em verdade

De rosas –Rosas que se apagam Em fronte a apagar-se

Tão cedo! Coroai-me de rosas E de folhas breves.

E basta.

(As múltiplas faces de Fernando Pessoa, 1995.)

O tema tratado no poema é a a) necessidade de se buscar a verdadeira razão para uma

vida plena. b) fugacidade do tempo, remetendo à ideia de brevidade

da vida. c) busca pela simplicidade da vida, representada pela

natureza. d) brevidade com que o verdadeiro amor perpassa a vida

das pessoas. e) rapidez com que as relações verdadeiras começam e

terminam.

ResoluçãoO tema do poema é a efemeridade do tempo e daprópria vida, como evidenciam os versos “Rosas quese apagam/Em frente a apagar-se/Tão cedo!”. Afugacidade do tempo é tema recorrente na poética deRicardo Reis, herdeiro da tópica clássica do “carpediem” (aproveita o tempo).

Resposta: BB

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6É preciso ler esse livro singular sem a obsessão de

enquadrá-lo em um determinado gênero literário, o queimplicaria em prejuízo paralisante. Ao contrário, a aber -tu ra a mais de uma perspectiva é o modo próprio deenfrentá-lo. A descrição minuciosa da terra, do homem eda luta situa-o no nível da cultura científica e histórica.Seu autor fez geografia humana e sociologia como um es-pírito atilado poderia fazê-las no começo do século, emnosso meio intelectual, então avesso à observaçãodemorada e à pesquisa pura. Situando a obra na evoluçãodo pensamento brasileiro, diz lucidamente o críticoAntonio Candido: “Livro posto entre a literatura e asociologia naturalista, esta obra assinala um fim e umcomeço: o fim do imperia lismo literário, o começo daanálise científica aplicada aos aspectos mais importantesda sociedade brasileira (no caso, as contradições contidasna diferença de cultura entre as regiões litorâneas e ointerior).”

(Alfredo Bosi. História Concisa da

Literatura Brasileira, 1994. Adaptado.)

O excerto trata da obra

a) Capitães da Areia, de Jorge Amado.

b) O Cortiço, de Aluísio de Azevedo.

c) Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.

d) Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

e) Os Sertões, de Euclides da Cunha.

ResoluçãoAs informações constantes no excerto de HistóriaConcisa da Literatura Brasileira fazem referência ao“livro singular”, Os Sertões (1902), que aborda aGuerra de Canudos (1897), analisando, a partir dessefato, a realidade geográfica, política e cultural doBrasil. Os Sertões oscilam “entre a literatura e asociologia”, apresentam divisão tripartite,rigidamente determinista: A Terra, o Homem, a Luta.

Resposta: EE

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Leia o poema para responder às questões de números 07a 09.

Mau Despertar

Saio do sono comode uma batalhatravada emlugar algum

Não sei na madrugadase estou feridose o corpo

tenhoriscado

de hematomas

Zonzo lavona pia

os olhos dondeainda escorreuns restos de treva.

(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013.)

7A leitura do poema permite inferir que

a) o despertar do eu lírico apaga as más lembranças damadrugada.

b) a noite é problema para o eu lírico, perturbado maisfísica que mentalmente.

c) o eu lírico atribui o seu mau despertar a uma noite dedifícil sono.

d) o eu lírico encontra na noite difícil uma forma deenfrentar seus medos.

e) o mau despertar acentua as feridas e as dores queperturbam o eu lírico.

ResoluçãoO “mau despertar” decorre de uma noite de sonodifícil, comparado a “uma batalha/travada em/lugaralgum”. Mesmo recém-desperto, o eu lírico ainda nãose vê totalmente livre dos “restos de treva” que,sinestesicamente, fluem dos olhos.

Resposta: CC

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Mau Despertar

Saio do sono comode uma batalhatravada emlugar algum

Não sei na madrugadase estou feridose o corpo

tenhoriscado

de hematomas

Zonzo lavona pia

os olhos dondeainda escorreuns restos de treva.

(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013.)

8Analisando-se as três estrofes do poema, atribui-se a cadauma os seguintes sentidos, respectivamente,

a) a lembrança do sono – as consequências do mau sono –a libertação da noite mal dormida.

b) a consciência do despertar – as hipóteses acerca dosono – a tentativa de se restaurar.

c) a expectativa com o despertar – a certeza da noite maldormida – a certeza de um dia ruim.

d) a causa do sono conturbado – a possibilidade derecuperação – a ansiedade pela melhora.

e) a renovação ao despertar – a possibilidade de enfrentaro mau sono – a busca por um dia melhor.

ResoluçãoNa primeira estrofe, os versos destacam a certeza deum mau despertar, realçando o título do poema; nasegunda estrofe, o eu lírico elenca as possibilidades dosono perturbador e, na terceira estrofe, há umatentativa de restauração do mal-estar ao se lavar osolhos de onde ainda saem “uns restos de treva”.

Resposta: BB

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Mau Despertar

Saio do sono comode uma batalhatravada emlugar algum

Não sei na madrugadase estou feridose o corpo

tenhoriscado

de hematomas

Zonzo lavona pia

os olhos dondeainda escorreuns restos de treva.

(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013.)

9Assinale a alternativa em que a reescrita dos versos alterao sentido original do texto.

a) “Não sei na madrugada / se estou ferido” → não sei seferido estou na madrugada

b) “se o corpo / tenha / riscado / de hematomas” → se dehematomas tenho o corpo riscado

c) “ainda escorrem / uns restos de treva” → uns restos detreva escorrem ainda

d) “travada em / lugar algum” → travada em algum lugar

e) “Saio do sono como / de uma batalha” → do sono saiocomo de uma batalha

ResoluçãoNa expressão lugar algum, o pronome indefinidoposposto ao substantivo indetermina o espaço; emalgum lugar, o pronome vem anteposto ao substantivoe tem sentido de lugar determinado.

Resposta: DD

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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10

Ciência explica _________________________.

Testes mostram que __________________________ deLeonardo da Vinci está sumindo

(www.uol.com.br, 05.06.2014. Adaptado.)

Em conformidade com a norma-padrão da línguaportuguesa e com o Novo Acordo Ortográfico, as lacunasdo texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) por que – auto-retrato.

b) porque – auto-retrato.

c) porquê – autorretrato.

d) por que – auto retrato.

e) por quê – autorretrato.

ResoluçãoPor que significa “por qual motivo ou razão”. O mo -nossílabo que recebe acento pois se torna tônico emfinal de oração. Segundo o Novo Acordo Ortográfico,o hífen não é empregado depois dos prefixos ter mi -nados em vogal seguidos de palavras iniciadas por rou s. Nesse caso, dobram-se o r e o s.

Resposta: EE

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Leia o texto para responder às questões de números 11 a15.

Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?

Uma organização não-governamental holandesa estápropondo um desafio que muitos poderão considerarimpossível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha”no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dosusuários longe da rede social.

O projeto também é uma resposta aos experimentospsicológicos realizados pelo próprio Facebook. Adiferença neste caso é que o teste é completamentevoluntário. Ironicamente, para poder participar, o usuáriodeve trocar a foto do perfil no Facebook e postar umcontador na rede social.

Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação efelicidade dos participantes no 33º dia, no 66º e no últimodia da abstinência.

Os responsáveis apontam que os usuários do Facebookgastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente a maisde 28 horas, que poderiam ser utilizadas em “atividadesemocionalmente mais realizadoras”.

(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)

11De acordo com os pressupostos da campanha holandesa,o usuário do Facebook

a) supera as suas barreiras emocionais na rede social egarante uma existência com mais felicidade.

b) vivencia experiências únicas na rede social e a temcomo forma de ser mais equilibrado emocionalmente.

c) gasta tempo na rede social e deixa de se dedicar amomentos mais significativos em sua vida.

d) emprega o seu tempo na rede social para trabalhar aemoção e entender melhor suas questões de vida.

e) dedica um tempo exíguo à rede social e tem poucamotivação para atividades mais realizadoras.

ResoluçãoA confirmação da resposta encontra-se no últimoparágrafo do texto.

Resposta: CC

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Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?

Uma organização não-governamental holandesa estápropondo um desafio que muitos poderão considerarimpossível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha”no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dosusuários longe da rede social.

O projeto também é uma resposta aos experimentospsicológicos realizados pelo próprio Facebook. Adiferença neste caso é que o teste é completamentevoluntário. Ironicamente, para poder participar, o usuáriodeve trocar a foto do perfil no Facebook e postar umcontador na rede social.

Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação efelicidade dos participantes no 33º dia, no 66º e no últimodia da abstinência.

Os responsáveis apontam que os usuários do Facebookgastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente amais de 28 horas, que poderiam ser utilizadas em“atividades emocionalmente mais realizadoras”.

(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)

12Uma informação possível de se concluir da leitura do texto é: a) O Facebook realizou experimentos psicológicos sem

o consentimento de seus usuários. b) Os usuários do Facebook sentem-se mais felizes

quando não acessam a rede social. c) Os estudos da ONG holandesa têm o propósito de

criar uma nova rede social. d) O tempo gasto na rede social potencializou perturba-

ções psicológicas em seus usuários. e) O grau de satisfação e felicidade de uma pessoa inde-

pende de seu estado emocional.

ResoluçãoA ONG holandesa utilizou voluntários em seusexperimentos e, segundo o texto, essa era a diferençaentre suas pesquisas e as do Facebook (2.º parágrafo).

Resposta: AA

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?

Uma organização não-governamental holandesa estápropondo um desafio que muitos poderão considerarimpossível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha”no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dosusuários longe da rede social.

O projeto também é uma resposta aos experimentospsicológicos realizados pelo próprio Facebook. Adiferença neste caso é que o teste é completamentevoluntário. Ironicamente, para poder participar, o usuáriodeve trocar a foto do perfil no Facebook e postar umcontador na rede social.

Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação efelicidade dos participantes no 33º dia, no 66º e no últimodia da abstinência.

Os responsáveis apontam que os usuários do Facebookgastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente amais de 28 horas, que poderiam ser utilizadas em“atividades emocionalmente mais realizadoras”.

(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)

13Examine as passagens do primeiro parágrafo do texto:

• “Uma organização não governamental holandesa estápropondo um desafio”

• “O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuárioslonge da rede social.”

A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão

a) da retomada de informações que podem ser facilmentedepreendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentessemanticamente.

b) de informações conhecidas, nas duas ocorrências,sendo possível a troca dos artigos nos enunciados, poisisso não alteraria o sentido do texto.

c) da generalização, no primeiro caso, com a introduçãode informação conhecida, e da especificação, no se-gundo, com informação nova.

d) da introdução de uma informação nova, no primeirocaso, e da retomada de uma informação já conhecida,no segundo

e) de informações novas, nas duas ocorrências, motivopelo qual são introduzidas de forma mais generalizada.

ResoluçãoO emprego do artigo indefinido uma apresenta a ONGao leitor e se trata de uma informação nova. O artigodefinido a refere-se a Facebook, mencionado no perío -do anterior.

Resposta: DDUNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Considere os enunciados a seguir para responder asquestõe de números 14 e 15.

Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?

Uma organização não-governamental holandesa estápropondo um desafio que muitos poderão considerarimpossível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha”no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dosusuários longe da rede social.

O projeto também é uma resposta aos experimentospsicológicos realizados pelo próprio Facebook. Adiferença neste caso é que o teste é completamentevoluntário. Ironicamente, para poder participar, o usuáriodeve trocar a foto do perfil no Facebook e postar umcontador na rede social.

Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação efelicidade dos participantes no 33º dia, no 66º e no últimodia da abstinência.

Os responsáveis apontam que os usuários do Facebookgastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente amais de 28 horas, que poderiam ser utilizadas em“atividades emocionalmente mais realizadoras”.

(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)

• [...] ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” noFacebook. (1.° parágrafo)

• [...] que poderiam ser utilizadas em “atividadesemocionalmente mais realizadoras”. (4.° parágrafo)

14Nos dois trechos, utilizam-se as aspas, respectivamente,

para

a) indicar o sentido metafórico e marcar a fala coloquial.

b) enfatizar o discurso direto e marcar uma citação.

c) marcar o sentido pejorativo e enfatizar o sentido me-tafórico.

d) assinalar a ironia e indicar a fala de uma pessoa.

e) realçar o sentido do substantivo e indicar uma trans-crição.

ResoluçãoEm olhadinha, o sufixo realça o substantivo de usocomum entre os internautas que acessam o Facebook.A expressão “atividades emocionalmente mais reali -zadoras” é transcrição de trecho que consta dosestudos realizados pela ONG.

Resposta: EE

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Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?

Uma organização não-governamental holandesa estápropondo um desafio que muitos poderão considerarimpossível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha”no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dosusuários longe da rede social.

O projeto também é uma resposta aos experimentospsicológicos realizados pelo próprio Facebook. Adiferença neste caso é que o teste é completamentevoluntário. Ironicamente, para poder participar, o usuáriodeve trocar a foto do perfil no Facebook e postar umcontador na rede social.

Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação efelicidade dos participantes no 33º dia, no 66º e no últimodia da abstinência.

Os responsáveis apontam que os usuários do Facebookgastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente amais de 28 horas, que poderiam ser utilizadas em“atividades emocionalmente mais realizadoras”.

(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)

• [...] ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” noFacebook. (1.° parágrafo)

• [...] que poderiam ser utilizadas em “atividadesemocionalmente mais realizadoras”. (4.° parágrafo)

15Analisando-se o emprego e a estrutura das palavras “olha-

dinha” e “emocionalmente”, é correto afirmar que os sufi-

xos nelas presentes indicam, respectivamente, sentido de

a) morosidade e intensidade.

b) modo e consequência.

c) rapidez e modo.

d) intensidade e causa.

e) afeto e tempo.

ResoluçãoO sufixo -inho, em olhadinha, expressa a brevidade daação do internauta. Emocionalmente é advérbio queexpressa circunstância de modo.

Resposta: CC

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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16Analise a capa de um folder de uma campanha de trânsito.

Explicitando-se os complementos dos verbos em “Eucuido, eu respeito.”, obtém-se, em conformidade com anorma-padrão da língua portuguesa:

a) Eu a cuido, eu respeito-lhe.

b) Eu cuido dela, eu lhe respeito.

c) Eu cuido dela, eu a respeito.

d) Eu lhe cuido e respeito.

e) Eu cuido e respeito-a.

ResoluçãoOs verbos cuidar e respeitar têm regências diferentes;o primeiro é transitivo indireto e rege a preposição a;o segundo é transitivo direto, funcionando o pronomea como seu objeto direto.

Resposta: CC

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Leia o texto para responder às questões de números 17 a21.

Cumpridos dez anos de prisão por um crime que nãopratiquei e do qual, entanto, nunca me defendi, mortopara a vida e para os sonhos: nada podendo já esperar ecoisa alguma desejando – eu venho fazer enfim a minhaconfissão: isto é, demonstrar a minha inocência.

Talvez não me acreditem. Decerto que não me acre-ditam. Mas pouco importa. O meu interesse hoje em gritar

que não assassinei Ricardo de Loureiro é nulo. Não tenho

família; não preciso que me reabilitem. Mesmo quem es-

teve dez anos preso, nunca se reabilita. A verdade sim-ples é esta.

E àqueles que, lendo o que fica exposto, me pergun-tarem: "Mas por que não fez a sua confissão quando eratempo? Por que não demonstrou a sua inocência ao tribu-

nal?”, a esses responderei: – A minha defesa era impossí-

vel. Ninguém me acreditaria. E fora inútil fazer-me passar

por um embusteiro ou por um doido... Demais, devoconfessar, após os acontecimentos em que me viraenvolvido nessa época, ficara tão despedaçado que aprisão se me afigurava uma coisa sorridente. Era oesquecimento, a tranquilidade, o sono. Era um fim comoqualquer outro – um termo para a minha vida devastada.Toda a minha ânsia foi pois de ver o processo terminadoe começar cumprindo a minha sentença.

De resto, o meu processo foi rápido. Oh! o caso pa-recia bem claro... Eu nem negava nem confessava. Masquem cala consente.” E todas as simpatias estavam domeu lado.

O crime era, como devem ter dito os jornais do tem-po, um “crime passíonal”, Cherchez la femme", Depois, avítima um poeta – um artista. A mulher romantizara-sedesaparecendo. Eu era um herói, no fim de contas. E umherói com seus laivos de mistério, o que mais me aureo-lava. Por tudo isso, independentemente do belo discursode defesa, o júri concedeu-me circunstâncias atenuantes.

E a minha pena foi curta.

Ah! foi bem curta – sobretudo para mim... Esses dezanos esvoararn-se-me como dez meses. É que, em rea-lidade, as horas não podem mais ter ação sobreaquelesque viveram um instante que focou toda a suavida. Atingido o sofrimento máximo, nada já nos fazsofrer. Vibradas as sensações máximas, nada já nos faráoscilar. Simplesmente, este momento culminante rarassão as criaturas que o vivem. As que o viveram ou são,como eu, os mortos-vivos, ou – apenas – osdesencantados que, muita vez, acabam no suicídio .

• Cherchez la femme: Procurem a mulher.

(Mário de Sá-Carneiro. A confissão de Lúcio. 2011.)

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17No texto, o narrador sugere que tinha sido condenado por

um crime

a) praticado pelo poeta, de quem tomou a responsabili-dade para que este pudesse fugir com a mulher ama-da, isento de culpa.

b) motivado por questões amorosas, sobre o qual nãoemitiu um posicionamento claro que negasse ou con-firmasse a sua culpa.

c) ocorrido acidentalmente, fruto da percepção equivo-cada de que o poeta estaria em um romance proibidocom a sua mulher.

d) praticado pela esposa do artista, a quem acreditava quedeveria recair a pena, mas não dispunha de provassuficientes para poder incriminá-la.

e) marcado pelo mistério, que teve como vítimas o poetae a mulher, e que contou com uma defesa confusa epermeada de inconsistências.

ResoluçãoO assassinato foi um “crime passional”, conforme osjornais, e o condenado, Lúcio, “nem negava nemconfessava” a participação na morte de Ricardo,marido de Marta.

Resposta: BB

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Cumpridos dez anos de prisão por um crime que nãopratiquei e do qual, entanto, nunca me defendi, mortopara a vida e para os sonhos: nada podendo já esperar ecoisa alguma desejando – eu venho fazer enfim a minhaconfissão: isto é, demonstrar a minha inocência.

Talvez não me acreditem. Decerto que não me acre-ditam. Mas pouco importa. O meu interesse hoje em gritar

que não assassinei Ricardo de Loureiro é nulo. Não tenho

família; não preciso que me reabilitem. Mesmo quem es-

teve dez anos preso, nunca se reabilita. A verdade sim-ples é esta.

E àqueles que, lendo o que fica exposto, me pergun-tarem: "Mas por que não fez a sua confissão quando eratempo? Por que não demonstrou a sua inocência ao tribu-

nal?”, a esses responderei: – A minha defesa era impossí-

vel. Ninguém me acreditaria. E fora inútil fazer-me passar

por um embusteiro ou por um doido... Demais, devoconfessar, após os acontecimentos em que me viraenvolvido nessa época, ficara tão despedaçado que aprisão se me afigurava uma coisa sorridente. Era oesquecimento, a tranquilidade, o sono. Era um fim comoqualquer outro – um termo para a minha vida devastada.Toda a minha ânsia foi pois de ver o processo terminadoe começar cumprindo a minha sentença.

De resto, o meu processo foi rápido. Oh! o caso pa-recia bem claro... Eu nem negava nem confessava. Masquem cala consente.” E todas as simpatias estavam domeu lado.

O crime era, como devem ter dito os jornais do tem-po, um “crime passíonal”, Cherchez la femme", Depois, avítima um poeta – um artista. A mulher romantizara-sedesaparecendo. Eu era um herói, no fim de contas. E umherói com seus laivos de mistério, o que mais me aureo-lava. Por tudo isso, independentemente do belo discursode defesa, o júri concedeu-me circunstâncias atenuantes.

E a minha pena foi curta.

Ah! foi bem curta – sobretudo para mim... Esses dezanos esvoararn-se-me como dez meses. É que, em rea-lidade, as horas não podem mais ter ação sobreaquelesque viveram um instante que focou toda a suavida. Atingido o sofrimento máximo, nada já nos fazsofrer. Vibradas as sensações máximas, nada já nos faráoscilar. Simplesmente, este momento culminante rarassão as criaturas que o vivem. As que o viveram ou são,como eu, os mortos-vivos, ou – apenas – osdesencantados que, muita vez, acabam no suicídio .

• Cherchez la femme: Procurem a mulher.

(Mário de Sá-Carneiro. A confissão de Lúcio. 2011.)

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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18No primeiro parágrafo, afirma-se: “eu venho fazer enfim

a minha confissão”. Tal confissão se materializa textual-mente em

a) uma argumentação confusa, com oscilação dos temposverbais entre presente, passado e futuro, relacionadosa situações da vida do narrador.

b) uma narrativa objetiva, com predomínio de verbos nostempos passado e presente, relacionados a situaçõesconhecidas do narrador.

c) uma narrativa subjetiva, com predomínio de verbos notempo passado, relacionados a situações das quaisparticipara o narrador.

d) uma argumentação racional, com predomínio de ver-bos no tempo presente, relacionados a situações ana-lisadas pelo narrador.

e) uma descrição pessoal, com predomínio de verbos notempo presente, relacionados a situações que marca-ram a existência do narrador.

ResoluçãoO narrador-personagem relata na primeira pessoa ofato de não se defender do crime que lhe imputaram.Ele participou das situações ligadas ao crime,presenciou Ricardo de Loureiro atirar em Marta e opróprio assassino transformar-se no corpo da vítima.Nesse parágrafo, predominam verbos no “tempopassado”.

Resposta: CC

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Cumpridos dez anos de prisão por um crime que nãopratiquei e do qual, entanto, nunca me defendi, mortopara a vida e para os sonhos: nada podendo já esperar ecoisa alguma desejando – eu venho fazer enfim a minhaconfissão: isto é, demonstrar a minha inocência.

Talvez não me acreditem. Decerto que não me acre-ditam. Mas pouco importa. O meu interesse hoje em gritar

que não assassinei Ricardo de Loureiro é nulo. Não tenho

família; não preciso que me reabilitem. Mesmo quem es-

teve dez anos preso, nunca se reabilita. A verdade sim-ples é esta.

E àqueles que, lendo o que fica exposto, me pergun-tarem: "Mas por que não fez a sua confissão quando eratempo? Por que não demonstrou a sua inocência ao tribu-

nal?”, a esses responderei: – A minha defesa era impossí-

vel. Ninguém me acreditaria. E fora inútil fazer-me passar

por um embusteiro ou por um doido... Demais, devoconfessar, após os acontecimentos em que me viraenvolvido nessa época, ficara tão despedaçado que aprisão se me afigurava uma coisa sorridente. Era oesquecimento, a tranquilidade, o sono. Era um fim comoqualquer outro – um termo para a minha vida devastada.Toda a minha ânsia foi pois de ver o processo terminadoe começar cumprindo a minha sentença.

De resto, o meu processo foi rápido. Oh! o caso pa-recia bem claro... Eu nem negava nem confessava. Masquem cala consente.” E todas as simpatias estavam domeu lado.

O crime era, como devem ter dito os jornais do tem-po, um “crime passíonal”, Cherchez la femme", Depois, avítima um poeta – um artista. A mulher romantizara-sedesaparecendo. Eu era um herói, no fim de contas. E umherói com seus laivos de mistério, o que mais me aureo-lava. Por tudo isso, independentemente do belo discursode defesa, o júri concedeu-me circunstâncias atenuantes.

E a minha pena foi curta.

Ah! foi bem curta – sobretudo para mim... Esses dezanos esvoararn-se-me como dez meses. É que, em rea-lidade, as horas não podem mais ter ação sobreaquelesque viveram um instante que focou toda a suavida. Atingido o sofrimento máximo, nada já nos fazsofrer. Vibradas as sensações máximas, nada já nos faráoscilar. Simplesmente, este momento culminante rarassão as criaturas que o vivem. As que o viveram ou são,como eu, os mortos-vivos, ou – apenas – osdesencantados que, muita vez, acabam no suicídio .

• Cherchez la femme: Procurem a mulher.

(Mário de Sá-Carneiro. A confissão de Lúcio. 2011.)

19UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Segundo o narrador afirma, a prisão lhe serviria para

a) amenizar os transtornos pessoais que arruinaram a suaexistência.

b) mostrar a todos que estava sendo injustiçado e quedeveriam rever o caso.

c) coroar a sua existência de erros e desacertos, impos-sível de ser recomposta.

d) reverter a seu favor a simpatia do júri e ter um novojulgamento em breve.

e) colocá-lo em equilíbrio com a justiça dos homens e ajustiça divina.

ResoluçãoO narrador afirma que “atingido o sofrimentomáximo, nada já nos faz sofrer... nada já nos faráoscilar”, assim a prisão fez dos transtornos queafetaram sua vida anterior algo mais brando, uma vezque o maior sofrimento foi o cárcere.

Resposta: AA

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Cumpridos dez anos de prisão por um crime que nãopratiquei e do qual, entanto, nunca me defendi, mortopara a vida e para os sonhos: nada podendo já esperar ecoisa alguma desejando – eu venho fazer enfim a minhaconfissão: isto é, demonstrar a minha inocência.

Talvez não me acreditem. Decerto que não me acre-ditam. Mas pouco importa. O meu interesse hoje em gritar

que não assassinei Ricardo de Loureiro é nulo. Não tenho

família; não preciso que me reabilitem. Mesmo quem es-

teve dez anos preso, nunca se reabilita. A verdade sim-ples é esta.

E àqueles que, lendo o que fica exposto, me pergun-tarem: "Mas por que não fez a sua confissão quando eratempo? Por que não demonstrou a sua inocência ao tribu-

nal?”, a esses responderei: – A minha defesa era impossí-

vel. Ninguém me acreditaria. E fora inútil fazer-me passar

por um embusteiro ou por um doido... Demais, devoconfessar, após os acontecimentos em que me viraenvolvido nessa época, ficara tão despedaçado que aprisão se me afigurava uma coisa sorridente. Era oesquecimento, a tranquilidade, o sono. Era um fim comoqualquer outro – um termo para a minha vida devastada.Toda a minha ânsia foi pois de ver o processo terminadoe começar cumprindo a minha sentença.

De resto, o meu processo foi rápido. Oh! o caso pa-recia bem claro... Eu nem negava nem confessava. Masquem cala consente.” E todas as simpatias estavam domeu lado.

O crime era, como devem ter dito os jornais do tem-po, um “crime passíonal”, Cherchez la femme", Depois, avítima um poeta – um artista. A mulher romantizara-sedesaparecendo. Eu era um herói, no fim de contas. E umherói com seus laivos de mistério, o que mais me aureo-lava. Por tudo isso, independentemente do belo discursode defesa, o júri concedeu-me circunstâncias atenuantes.

E a minha pena foi curta.

Ah! foi bem curta – sobretudo para mim... Esses dezanos esvoararn-se-me como dez meses. É que, em rea-lidade, as horas não podem mais ter ação sobreaquelesque viveram um instante que focou toda a suavida. Atingido o sofrimento máximo, nada já nos fazsofrer. Vibradas as sensações máximas, nada já nos faráoscilar. Simplesmente, este momento culminante rarassão as criaturas que o vivem. As que o viveram ou são,como eu, os mortos-vivos, ou – apenas – osdesencantados que, muita vez, acabam no suicídio .

• Cherchez la femme: Procurem a mulher.

(Mário de Sá-Carneiro. A confissão de Lúcio. 2011.)

20UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Observe as passagens do texto:

• “Decerto que não me acreditam.” (2.° parágrafo)

• “E um herói com seus laivos de mistério” (5.°parágrafo)

• “nada já nos fará oscilar." (6.° parágrafo)

No contexto em que estão empregados, os termos emdestaque significam, respectivamente,

a) ocasionalmente – vestígios – transformar.

b) possivelmente – marcas – afastar.

c) eventualmente – características – mudar.

d) imperiosamente – tipos – descobrir.

e) certamente – indícios – variar.

ResoluçãoDecerto significa “por certo”, “certamente”. Laivo temo sentido de “marca”, “sinal”, “vestígio”. Oscilar temcomo sinônimos, entre outros vocábulos, “balançar”,“sofrer variação” (dicionário Houaiss).

Resposta: EE

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Cumpridos dez anos de prisão por um crime que nãopratiquei e do qual, entanto, nunca me defendi, mortopara a vida e para os sonhos: nada podendo já esperar ecoisa alguma desejando – eu venho fazer enfim a minhaconfissão: isto é, demonstrar a minha inocência.

Talvez não me acreditem. Decerto que não me acre-ditam. Mas pouco importa. O meu interesse hoje em gritar

que não assassinei Ricardo de Loureiro é nulo. Não tenho

família; não preciso que me reabilitem. Mesmo quem es-

teve dez anos preso, nunca se reabilita. A verdade sim-ples é esta.

E àqueles que, lendo o que fica exposto, me pergun-tarem: "Mas por que não fez a sua confissão quando eratempo? Por que não demonstrou a sua inocência ao tribu-

nal?”, a esses responderei: – A minha defesa era impossí-

vel. Ninguém me acreditaria. E fora inútil fazer-me passar

por um embusteiro ou por um doido... Demais, devoconfessar, após os acontecimentos em que me viraenvolvido nessa época, ficara tão despedaçado que aprisão se me afigurava uma coisa sorridente. Era oesquecimento, a tranquilidade, o sono. Era um fim comoqualquer outro – um termo para a minha vida devastada.Toda a minha ânsia foi pois de ver o processo terminadoe começar cumprindo a minha sentença.

De resto, o meu processo foi rápido. Oh! o caso pa-recia bem claro... Eu nem negava nem confessava. Masquem cala consente.” E todas as simpatias estavam domeu lado.

O crime era, como devem ter dito os jornais do tem-po, um “crime passíonal”, Cherchez la femme", Depois, avítima um poeta – um artista. A mulher romantizara-sedesaparecendo. Eu era um herói, no fim de contas. E umherói com seus laivos de mistério, o que mais me aureo-lava. Por tudo isso, independentemente do belo discursode defesa, o júri concedeu-me circunstâncias atenuantes.

E a minha pena foi curta.

Ah! foi bem curta – sobretudo para mim... Esses dezanos esvoararn-se-me como dez meses. É que, em rea-lidade, as horas não podem mais ter ação sobreaquelesque viveram um instante que focou toda a suavida. Atingido o sofrimento máximo, nada já nos fazsofrer. Vibradas as sensações máximas, nada já nos faráoscilar. Simplesmente, este momento culminante rarassão as criaturas que o vivem. As que o viveram ou são,como eu, os mortos-vivos, ou – apenas – osdesencantados que, muita vez, acabam no suicídio .

• Cherchez la femme: Procurem a mulher.

(Mário de Sá-Carneiro. A confissão de Lúcio. 2011.)

21UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Quando se quer chamar atenção para o Objeto Diretoque precede o verbo, costuma-se repeti-lo. É o que sechama Objeto Direto Pleonástico, em cuja constituiçãoentra sempre um pronome pessoal átono.

(Celso Cunha e Lindley Cintra.

Nova gramática do português contemporâneo, 2000.)

Verifica-se a ocorrência de objeto direto pleonástico em:

a) “As que o viveram ou são, como eu, os mortos-vivos,ou – apenas – os desencantados”

b) “Esses dez anos esvoaram-se-me como dez meses.”

c) “Por tudo isso, independentemente do belo discurso dedefesa, o júri concedeu-me circunstâncias atenuantes.”

d) “Simplesmente, este momento culminante raras são ascriaturas que o vivem.”

e) “Atingido o sofrimento máximo, nada já nos fazsofrer.”

Resolução“Este momento culminante” é objeto direto do verboviver, assim como o pronome oblíquo o, que é objetodireto pleonástico do mesmo verbo.

Resposta: DD

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Para responder às questões de números 22 a 24, leia asopiniões em relação ao projeto de adaptação que visafacilitar obras de Machado de Assis.

TEXTO 1

Isso é um assassinato e eu endosso. A autora [daadaptação) quer que a Academia se manifeste. Para ela,vai ser a glória. Mas vários acadêmicos se manifestaram.Eu me manifestei. Há temas em que a instituição nãopode se baratear. Essa mulher quer que nós tenhamos essadiscussão como se ela estivesse propondo a ressurreiçãoeterna de Machado de Assis, como se ele dependesse dela.Confio na vigilância da sociedade. Vamos para a ruaprotestar.

(Nélida Piñon. http://entretenimento.uol.com.br)

TEXTO 2

É melhor que o sujeito comece a ler através de umaadaptação bem feita de um clássico do que seja obriga- doa ler um texto ilegível e incompreensível segundo alinguagem e os parâmetros culturais atuais. Depois queleu a adaptação, ele pode pegar o gosto, entrar no pro-cesso de leitura e eventualmente se interessar por ler oMachadão no original. Agora, dar uma machadada em ummoleque que tem PS3, Xbox, 1000 canais a cabo e toda a

internet à disposição é simplesmente burrice.

(Ronaldo Bressane. http://entretenimento.uol.com.br)

TEXTO 3

Não defenderia, jamais, que Secco [autora da adapta-ção] fosse impedida de realizar seu projeto, mas não meparece que a proposta devesse merecer apoio doMinistério da Cultura e ser realizada com a ajuda de leisque, afinal, transferem impostos para a cultura. Trata-se,na melhor das hipóteses, de ingenuidade; na pior, deexcesso de “sagacidade”. Não será a adulteração deobras, para tomá-las supostamente mais legíveis porignorantes, que irá resolver o problema do acesso a textosliterários históricos – mesmo porque, adulterados, já terãodeixado de ser o que eram.

(Marcos Augusto Gonçalves. http://www.folha.uol.com.br)

22Em relação à questão da facilitação das obras macha -dianas, a leitura comparativa dos textos deixa claro queeles

a) mantêm alguns pontos de concordância, havendo em 3uma clara evidência de que se deve coibir essa ini-ciativa.

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b) externam uma visão bastante romantizada, o que sepode confirmar com a defesa que 2 faz do alcance doprojeto.

c) expressam o mesmo ponto de vista, o que pode serconfirmado em 3 pela anuência ao apoio do Ministérioda Cultura.

d) divergem quanto ao apoio financeiro, defendido clara-mente em 2, velado em 3 e negado veementemente em1.

e) apresentam posicionamentos diferentes, sendo que 1expressa sua ideia de contrariedade de forma bastanteradical.

ResoluçãoNo texto 1, Nélida Piñon posiciona-se radicalmentecontra o projeto de Patrícia Engel Secco de popu -larizar a obra de Machado de Assis ao publicar umaversão “facilitada” do clássico da literatura brasileira,chegando a acadêmica a referir-se a Secco como “essamulher” e propondo a ida às ruas para se protestarcontra a publicação.

Resposta: EE

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TEXTO 1

Isso é um assassinato e eu endosso. A autora [daadaptação) quer que a Academia se manifeste. Para ela,vai ser a glória. Mas vários acadêmicos se manifestaram.Eu me manifestei. Há temas em que a instituição nãopode se baratear. Essa mulher quer que nós tenhamos essadiscussão como se ela estivesse propondo a ressurreiçãoeterna de Machado de Assis, como se ele dependesse dela.Confio na vigilância da sociedade. Vamos para a ruaprotestar.

(Nélida Piñon. http://entretenimento.uol.com.br)

TEXTO 2

É melhor que o sujeito comece a ler através de umaadaptação bem feita de um clássico do que seja obriga- doa ler um texto ilegível e incompreensível segundo alinguagem e os parâmetros culturais atuais. Depois queleu a adaptação, ele pode pegar o gosto, entrar no pro-cesso de leitura e eventualmente se interessar por ler oMachadão no original. Agora, dar uma machadada em ummoleque que tem PS3, Xbox, 1000 canais a cabo e toda a

internet à disposição é simplesmente burrice.

(Ronaldo Bressane. http://entretenimento.uol.com.br)

TEXTO 3

Não defenderia, jamais, que Secco [autora da adapta-ção] fosse impedida de realizar seu projeto, mas não meparece que a proposta devesse merecer apoio doMinistério da Cultura e ser realizada com a ajuda de leisque, afinal, transferem impostos para a cultura. Trata-se,na melhor das hipóteses, de ingenuidade; na pior, deexcesso de “sagacidade”. Não será a adulteração deobras, para tomá-las supostamente mais legíveis porignorantes, que irá resolver o problema do acesso a textosliterários históricos – mesmo porque, adulterados, já terãodeixado de ser o que eram.

(Marcos Augusto Gonçalves. http://www.folha.uol.com.br)

23Examine os enunciados:

• “Vamos para a rua protestar.” (Texto 1)

• “Não será a adulteração de obras, para torná-las su-postamente mais legíveis por ignorantes” (Texto 3)

O termo “para”, em destaque nos enunciados, expressa,respectivamente, sentido de

a) movimento e finalidade.

b) modo e conformidade.

c) tempo e comparação.

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d) movimento e comparação.

e) conformidade e finalidade.

ResoluçãoA preposição para, no primeiro segmento, indica“movimento em direção a” e, no segundo, estabelecerelação de finalidade com a oração anterior.

Resposta: AA

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TEXTO 1

Isso é um assassinato e eu endosso. A autora [daadaptação) quer que a Academia se manifeste. Para ela,vai ser a glória. Mas vários acadêmicos se manifestaram.Eu me manifestei. Há temas em que a instituição nãopode se baratear. Essa mulher quer que nós tenhamos essadiscussão como se ela estivesse propondo a ressurreiçãoeterna de Machado de Assis, como se ele dependesse dela.Confio na vigilância da sociedade. Vamos para a ruaprotestar.

(Nélida Piñon. http://entretenimento.uol.com.br)

TEXTO 2

É melhor que o sujeito comece a ler através de umaadaptação bem feita de um clássico do que seja obriga- doa ler um texto ilegível e incompreensível segundo alinguagem e os parâmetros culturais atuais. Depois queleu a adaptação, ele pode pegar o gosto, entrar no pro-cesso de leitura e eventualmente se interessar por ler oMachadão no original. Agora, dar uma machadada em ummoleque que tem PS3, Xbox, 1000 canais a cabo e toda a

internet à disposição é simplesmente burrice.

(Ronaldo Bressane. http://entretenimento.uol.com.br)

TEXTO 3

Não defenderia, jamais, que Secco [autora da adapta-ção] fosse impedida de realizar seu projeto, mas não meparece que a proposta devesse merecer apoio doMinistério da Cultura e ser realizada com a ajuda de leisque, afinal, transferem impostos para a cultura. Trata-se,na melhor das hipóteses, de ingenuidade; na pior, deexcesso de “sagacidade”. Não será a adulteração deobras, para tomá-las supostamente mais legíveis porignorantes, que irá resolver o problema do acesso a textosliterários históricos – mesmo porque, adulterados, já terãodeixado de ser o que eram.

(Marcos Augusto Gonçalves. http://www.folha.uol.com.br)

24Examine a passagem do texto 2:

“e eventualmente se interessar por ler o Machadão nooriginal. Agora, dar uma machadada em um moleque”

Os dois termos em destaque, derivados por sufixação, re-portam a Machado de Assis. Tal recurso atribui aos subs-tantivos, respectivamente, sentido de

a) pejo e intimidade.

b) ironia e simpatia.

c) humor e reverência.

d) simpatia e ironia.

e) tamanho e humor.

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ResoluçãoÉ comum, entre os que estudam ou leem a obra deMachado de Assis, o tratamento Machadão, que indicasimpatia pelo grande autor, além de estabelecerproximidade com ele. Machadada foi empregada porRonaldo Brassane como uma agressão destinada aosjovens que, tendo outras sedutoras distrações, sãoobri gados a ler Machado de Assis no original, ironica -mente atribuindo ao benefício que seria conhecer oclássico da literatura brasileira a ideia de agressão aosjovens que não entenderiam o grande autor.

Resposta: DD

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25O crítico Massaud Moisés assinala o filosofismo comouma das características de Memórias póstumas de BrásCubas, romance que inaugura a produção madura de Ma-chado de Assis. Tal filosofismo pode ser identificado napassagem:

a) “O fundador da minha família foi um certo DamiãoCubas, que floresceu na primeira metade do séculoXVIII. Era tanoeiro de ofício, natural do Rio de Janei-ro, onde teria morrido na penúria e na obscuridade, sesomente exercesse a tanoaria.”

b) “Entre o queijo e o café, demonstrou-me Quincas Bor-ba que o seu sistema era a destruição da dor. A dor,segundo o Humanitismo, é uma pura ilusão. Quando acriança é ameaçada por um pau, antes mesmo de tersido espancada, fecha os olhos e treme; essa pre-disposição, é que constitui a base da ilusão humana,herdada e transmitida.”

c) “Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácarade Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos eprósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentoscontos e fui acompanhado ao cemitério por onzeamigos.

d) “Não houve nada, mas ele suspeita alguma coisa; estámuito sério e não fala; agora saiu. Sorriu uma vezsomente, para Nhonhô, depois de o fitar muito tempo,carrancudo. Não me tratou mal nem bem. Não sei oque vai acontecer; Deus queira que isto passe. Muitacautela, por ora, muita cautela.”

e) “Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de umaescrava, porque me negara uma colher do doce decoco, que estava fazendo, e, não contente com omalefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, nãosatisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que aescrava é que estragara o doce ‘por pirraça’; e eu tinhaapenas seis anos.”

ResoluçãoAquilo que Massaud Moisés denomina “filosofismo”aparece na referência ao Humanitismo ou Huma -nistas, teoria criada por Quincas Borba. Essa teoriaparodia o cientificismo da segunda metade do séculoXIX e tem como pressuposto “a destruição da dor”.

Resposta: BB

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26“A pessoa é presa por pirataria – e aí a cadeia mostra

filmes piratas?”, denunciou o americano RichardHumprey, condenado a 29 meses de prisão por distribuirconteúdo pirateado na internet. O presídio onde ele está,em Ohio, foi pego exibindo uma cópia ilegal do filme Olobo de Wall Street.

(Superinteressante, julho de 2014.)

A fala do condenado revela

a) a sua deliberação pessoal para pagar pelas contra-venções e lutar contra a pirataria em todos os setores.

b) a sua vontade de livrar-se da contravenção, o que setorna impossível a ele com a pirataria na prisão.

c) o seu desencanto com a vida do crime, já que atémesmo na cadeia é obrigado a conviver com a pira-taria.

d) o seu inconformismo com a contradição entre o que seprega como certo e o que se pratica, no caso dapirataria.

e) a falta de critérios mais específicos para condenar umapessoa por piratear conteúdos livres da internet.

ResoluçãoO condenado mostra-se indignado por ter sidocondenado pela distribuição de conteúdo pirata nainternet, uma vez que, no presídio em que estavadetido, houve a exibição de uma cópia ilegal de umfilme, isto é, o filme era pirateado. O presídio incorreuno mesmo delito de Richard Humprey.

Resposta: DD

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Leia o trecho do conto “O mandarim”, de Eça de Queirós,

para responder às questões de números 27 a 29.

Então começou a minha vida de milionário. Deixeibem depressa a casa de Madame Marques – que, desdeque me sabia rico, me tratava todos os dias a arroz-doce,e ela mesma me servia, com o seu vestido de seda dosdomingos. Comprei, habitei o palacete amarelo, aoLoreto: as magnificências da minha instalação são bemconhecidas pelas gravuras indiscretas da Ilustração

Francesa. Tornou-se famoso na Europa o meu leito, deum gosto exuberante e bárbaro, com a barra recoberta delâminas de ouro lavrado e cortinados de um raro brocado

negro onde ondeiam, bordados a pérolas, versos eróticosde Catulo; uma lâmpada, suspensa no interior, derramaali a claridade láctea e amorosa de um luar de Verão.

[...]

Entretanto Lisboa rojava-se aos meus pés. O pátio dopalacete estava constantemente invadido por uma turba:olhando-a enfastiado das janelas da galeria, eu via lábranquejar os peitilhos da Aristocracia, negrejar a sotainado Clero, e luzir o suor da Plebe: todos vinham suplicar,de lábio abjeto, a honra do meu sorriso e uma participaçãono meu ouro. Às vezes consentia em receber algum velhode título histórico: – ele adiantava-se pela sala, quaseroçando o tapete com os cabelos brancos, tartamudeandoadulações; e imediatamente, espalmando sobre o peito amão de fortes velas onde corria um sangue de trêsséculos, oferecia-me uma filha bem-amada para esposaou para concubina.

Todos os cidadãos me traziam presentes como a umídolo sobre o altar – uns odes votivas, outros o meu mo-nograma bordado a cabelo, alguns chinelas ou boquilhas,cada um a sua consciência. Se o meu olhar amortecidofixava, por acaso, na rua, uma mulher – era logo ao outrodia uma carta em que a criatura, esposa ou prostituta, meofertava a sua nudez, o seu amor, e todas as complacên-cias da lascívia.

Os jornalistas esporeavam a imaginação para acharad jetivos dignos da minha grandeza; fui o sublime Sr. Teo -

doro, cheguei a ser o celeste Sr. Teodoro; então,desvairada, a Gazeta das Locais chamou-me o extrace-

leste Sr. Teodoro! Diante de mim nehuma cabeça ficoujamais coberta – ou usasse a coroa ou o coco. Todos osdias me era oferecida uma presidência de Ministério ouuma direção de confraria. Recusei sempre, com nojo.

(Eça de Queirós, O mandarim, s/d.)

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27Ao descrever a sua vida de milionário, o narrador

a) reconhece que as pessoas se aproximam dele com maisrespeito e cautela, fato que o deixa desconfortável, porsua natureza humilde.

b) sente-se lisonjeado pelo tratamento cerimonioso de queé alvo constante, sobretudo porque as pessoas sãohonestas em seu proceder.

c) ironiza as relações de interesses decorrentes da suanova condição social, deixando evidente que as pes-soas se humilham perante ele.

d) ignora a forma como os mais pobres o interpelam, poisnão consegue identificar os contatos sem interessesmonetários.

e) despreza a falta de veneração à sua pessoa, princi·palmente pelos mais bem nascidos, que não o veemcomo pertencente à aristocracia.

ResoluçãoTeodoro, bacharel, amanuense do Ministério do Reinoe narrador do conto “O Mandarim”, após apertaruma campainha, recebe a herança de Ti Chin Fu eenriquece. Sua vida, antes pobre e obscura, transfor -ma-se repentinamente, sendo Teodoro idolatrado portodos que esperavam obter vantagens ao lado dele:“todos vinham suplicar, de lábio objeto, a honra domeu sorriso e uma participação no meu ouro”. Assim,suas relações sociais e afetivas giram em torno de suasituação economicamente favorável, chegando àidolatria de se atribuir a Teodoro uma adjetivação queé motivo da ironia do narrador: “Os jornalistasesporeavam a imaginação para achar adjetivos dignosde minha grandeza.”

Resposta: CC

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Então começou a minha vida de milionário. Deixeibem depressa a casa de Madame Marques – que, desdeque me sabia rico, me tratava todos os dias a arroz-doce,e ela mesma me servia, com o seu vestido de seda dosdomingos. Comprei, habitei o palacete amarelo, aoLoreto: as magnificências da minha instalação são bemconhecidas pelas gravuras indiscretas da IlustraçãoFrancesa. Tornou-se famoso na Europa o meu leito, deum gosto exuberante e bárbaro, com a barra recoberta delâminas de ouro lavrado e cortinados de um raro brocado

negro onde ondeiam, bordados a pérolas, versos eróticosde Catulo; uma lâmpada, suspensa no interior, derramaali a claridade láctea e amorosa de um luar de Verão.

[...]

Entretanto Lisboa rojava-se aos meus pés. O pátio dopalacete estava constantemente invadido por uma turba:olhando-a enfastiado das janelas da galeria, eu via lábranquejar os peitilhos da Aristocracia, negrejar a sotainado Clero, e luzir o suor da Plebe: todos vinham suplicar,de lábio abjeto, a honra do meu sorriso e uma participaçãono meu ouro. Às vezes consentia em receber algum velhode título histórico: – ele adiantava-se pela sala, quaseroçando o tapete com os cabelos brancos, tartamudeandoadulações; e imediatamente, espalmando sobre o peito amão de fortes velas onde corria um sangue de trêsséculos, oferecia-me uma filha bem-amada para esposaou para concubina.

Todos os cidadãos me traziam presentes como a umídolo sobre o altar – uns odes votivas, outros o meu mo-nograma bordado a cabelo, alguns chinelas ou boquilhas,cada um a sua consciência. Se o meu olhar amortecidofixava, por acaso, na rua, uma mulher – era logo ao outrodia uma carta em que a criatura, esposa ou prostituta, meofertava a sua nudez, o seu amor, e todas as complacên-cias da lascívia.

Os jornalistas esporeavam a imaginação para acharad jetivos dignos da minha grandeza; fui o sublime Sr. Teo -doro, cheguei a ser o celeste Sr. Teodoro; então,desvairada, a Gazeta das Locais chamou-me o extrace-leste Sr. Teodoro! Diante de mim nehuma cabeça ficoujamais coberta – ou usasse a coroa ou o coco. Todos osdias me era oferecida uma presidência de Ministério ouuma direção de confraria. Recusei sempre, com nojo.

(Eça de Queirós, O mandarim, s/d.)

28“Os jornalistas esporeavam a imaginação para acharadjetivos dignos da minha grandeza; fui o sublime Sr.Teodoro, cheguei a ser o celeste Sr. Teodoro; então,desvairada, a Gazeta das Locais chamou-me o extrace-leste sr. Teodoro!”

Nesta passagem do último parágrafo, identifica-se uma

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a) hipérbole, por meio da qual o narrador enfatiza a inten-sidade de atenção recebida da imprensa portuguesa.

b) gradação, por meio da qual o narrador reforça a ideiade bajulação posta em prática pelos jornais portu -gueses.

c) ironia, por meio da qual o narrador refuta o tratamentoque lhe dispensavam os jornalistas portugueses,

d) redundância, por meio da qual o narrador deixa entre-ver o modo como as pessoas lhe especulavam a vida.

e) antítese, por meio da qual o narrador explica as con-tradições dos jornais portugueses ao tomarem-no comoassunto.

ResoluçãoA gradação em clímax está na intensificação dosadjetivos subli me, celeste, extraceleste, atribuídos pelosjor na listas a Teodoro.

Resposta: BB

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Então começou a minha vida de milionário. Deixeibem depressa a casa de Madame Marques – que, desdeque me sabia rico, me tratava todos os dias a arroz-doce,e ela mesma me servia, com o seu vestido de seda dosdomingos. Comprei, habitei o palacete amarelo, aoLoreto: as magnificências da minha instalação são bemconhecidas pelas gravuras indiscretas da IlustraçãoFrancesa. Tornou-se famoso na Europa o meu leito, deum gosto exuberante e bárbaro, com a barra recoberta delâminas de ouro lavrado e cortinados de um raro brocado

negro onde ondeiam, bordados a pérolas, versos eróticosde Catulo; uma lâmpada, suspensa no interior, derramaali a claridade láctea e amorosa de um luar de Verão.

[...]

Entretanto Lisboa rojava-se aos meus pés. O pátio dopalacete estava constantemente invadido por uma turba:olhando-a enfastiado das janelas da galeria, eu via lábranquejar os peitilhos da Aristocracia, negrejar a sotainado Clero, e luzir o suor da Plebe: todos vinham suplicar,de lábio abjeto, a honra do meu sorriso e uma participaçãono meu ouro. Às vezes consentia em receber algum velhode título histórico: – ele adiantava-se pela sala, quaseroçando o tapete com os cabelos brancos, tartamudeandoadulações; e imediatamente, espalmando sobre o peito amão de fortes velas onde corria um sangue de trêsséculos, oferecia-me uma filha bem-amada para esposaou para concubina.

Todos os cidadãos me traziam presentes como a umídolo sobre o altar – uns odes votivas, outros o meu mo-nograma bordado a cabelo, alguns chinelas ou boquilhas,cada um a sua consciência. Se o meu olhar amortecidofixava, por acaso, na rua, uma mulher – era logo ao outrodia uma carta em que a criatura, esposa ou prostituta, meofertava a sua nudez, o seu amor, e todas as complacên-cias da lascívia.

Os jornalistas esporeavam a imaginação para acharad jetivos dignos da minha grandeza; fui o sublime Sr. Teo -doro, cheguei a ser o celeste Sr. Teodoro; então,desvairada, a Gazeta das Locais chamou-me o extrace-leste Sr. Teodoro! Diante de mim nehuma cabeça ficoujamais coberta – ou usasse a coroa ou o coco. Todos osdias me era oferecida uma presidência de Ministério ouuma direção de confraria. Recusei sempre, com nojo.

(Eça de Queirós, O mandarim, s/d.)

29Assinale a alternativa que apresenta uma correta análisede passagem do texto.

a) Em “que, desde que me sabia rico, me tratava todos osdias a arroz-doce” (1.° parágrafo), a locução conjuntivaem destaque estabelece relação de tempo entre asorações.

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b) Em “e ela mesma me servia, com o seu vestido deseda dos domingos" (1.° parágrafo), o termo emdestaque pode ser substituído por “mesmo”, semprejuízo de sentido ao texto.

c) Em “olhando-a enfastiado das janelas da galeria" (2 .°parágrafo), o pronome em destaque recupera osubstantivo “Lisboa”.

d) Em “era logo ao outro dia uma carta em que a cria-tura” (3° parágrafo), a expressão em destaque pode sersubstituída, de acordo com a norma-padrão, por “cuja".

e) Em “derrama ali a claridade láctea e amorosa de umluar de Verão” (1.° parágrafo), o advérbio em destaquerecupera a expressão "versos eróticos de Catulo".

ResoluçãoA locução conjuntiva desde que estabelece relação detempo. Em b, o pronome demonstrativo mesmaconcorda com o pronome pessoal ela e não pode sersubstituído por mesmo; em c, o pronome oblíquo arefere-se a “turba”; em d, o pronome relativo que vemantecedido pela preposição em porque se referem aum espaço: “uma carta”. Em e, o advérbio ali (lugar)refere-se ao quarto do personagem, “o meu leito”.

Resposta: AA

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30Leia o soneto de Cruz e Sousa.

Silêncios

“Largos Silêncios interpretativos,

Adoçados por funda nostalgia,

Balada de consolo e simpatia

Que os sentimentos meus torna cativos;

Harmonia de doces lenitivos,

Sombra, segredo, lágrima, harmonia

Da alma serena, da alma fugidia

Nos seus vagos espasmos sugestivos.

Ó Silêncios! ó cândidos desmaios,

Vácuos fecundos de celestes raios

De sonhos, no mais límpido cortejo...

Eu vos sinto os mistérios insondáveis

Como de estranhos anjos inefáveis

O glorioso esplendor de um grande beijo!

(Cruz e Sousa. Broquéis, Faróis. Últimos Sonetos, 2008.)

A análise do soneto revela como tema e recursos poéticos,respectivamente:

a) a aura de mistério e de transcendentalidade suaviza osofrimento do eu lírico; rimas alternadas e sinestesiasse evidenciam nos versos de redondilha maior.

b) o esforço de superação do sofrimento coexiste com oesgotamento das forças do eu lírico; assonâncias emetonímias reforçam os contrastes das rimas alterna-das em versos livres.

c) a religiosidade como forma de superação dosofrimento humano; metáforas e antíteses reforçam onegativismo da desagregação existencial nos versoslivres.

d) a apresentação da condição existencial do eu lírico,marcada pelo sofrimento, em uma abordagem trans-cendente; assonâncias e aliterações reforçam a sono-ridade nos versos decassílabos.

e) o apelo à subjetividade e à espiritualidade denota aconciliação entre o eu lírico e o mundo; metáforas esinestesias reforçam o sentido de transcendentalidadenos versos de doze sílabas.

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ResoluçãoOs versos decassílabos de Cruz e Sousa enfatizam osofrimento existencial do eu lírico, que busca nosilêncio o lenitivo para suas dores e sofrimentos. Amusicalidade do poema é reforçada pela assonânciadas vogais a e o e pela aliteração da consoante s.

Resposta: DD

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IINNGGLLÊÊSS

Examine o quadrinho para responder às questões denúmeros 31 e 32.

(www.starling-fitness.com)

31O quadrinho faz uma crítica

a) à falta de bons modos explicitada pela linguagemusada pelas crianças.

b) aos maus hábitos alimentares praticados pelas criançasem geral.

c) às crianças que não comem vegetais de cor verde.

d) à professora que não está familiarizada com os desejosdas crianças.

e) ao conflito entre gerações, ou seja, diferenças decomportamento entre pais e filhos.

ResoluçãoDepreende-se da leitura do quadrinho que há umacrítica aos maus hábitos alimentares praticados pelascrianças em geral (“It doesn’t come from package orfast food restaurants!”)

Resposta: BB

Children, todayi will show you

something you mayhave never seen

before

It’s called, ’’realfood‘‘, and it’s the kind

of thing that ourancestors once ate.

It doesn’t come frompackages or fastfood restaurants!

Whoa!

Weird.

Creepy.

You actuallyexpect us to

eat somethingthat grew?

Hey!

How did these

things get dirt

on them?

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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(www.starling-fitness.com)

32When introduced to “real food” the children express

a) damage.

b) awareness.

c) revulsion.

d) disguise.

e) sorrow.

ResoluçãoQuando introduzidas à “comida verdadeira” ascrianças expressam repulsa. “Weird” = esquesito“Creepy” = horripilante

Resposta: CC

Children, todayi will show you

something you mayhave never seen

before

It’s called, ’’realfood‘‘, and it’s the kind

of thing that ourancestors once ate.

It doesn’t come frompackages or fastfood restaurants!

Whoa!

Weird.

Creepy.

You actuallyexpect us to

eat somethingthat grew?

Hey!

How did these

things get dirt

on them?

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Leia o texto para responder as questões de números 33 a38.

Healthy choices

How do we reduce waistlines in a country where

we traditionally do not like telling individuals what todo?

By Telegraph Vtew

22Aug 2014

Duncan Selbie, the Chief Executive of Public Health

England, suggests that parents feed their children

from smaller plates. Photo: Alamy

Every new piece of information about Britain’s weightproblem makes for ever more depressing reading. DuncanSelbie, the Chief Executive of Public Health England,today tells us that by 2034 some six million Britons willsuffer from diabetes. Of course, many people developdiabetes through no fault of their own. But Mr Selbie’sresearch concludes that if the levels of obesity returnedto their 1994 levels, 1.7 million fewer people would sufferfrom lhe condition.

Given that fighting diabetes already drains the NationalHealth Service (NHS) by more than £1.5 million, or 10per cent of its budget for England. the impact upon theTreasury in 20 years’ time from unhealthy lifestyles couldbe catastrophic. Bad health not only impacts on theindividual but also on the rest of the community.

Diagnosis of the challenge is straightforward. Thetougher question is what to do about reducing waistlinesin a country where we traditionally do not like tellingindividuals what to do.

It is interesting to note that Mr Selbie does not ascribeto the Big Brother approach of ceaseless legislation andnannying. Rather, he is keen to promote Choices – makingthe case passionately that people should be encouragedto embrace good health. One of his suggestions is thatparents feed their children from smaller plates. That waythe child can clear his or her plate, as ordered, withoutactually consuming too much. Like all good ideas, this isrooted in common sense.

(www.telegraph.couk Adaptado)

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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33According to the text, Mr Duncan Selbie concluded that

a) 1.7 million people are obese and have serious healthrisks in the UK.

b) there are certain genetic conditions that pose the risk ofdeveloping diabetes.

c) there were more diabetic people twenty years ago.

d) obesity will escalate quickly in the next 20 years aftera reduction in the last 20 years.

e) less people would suffer from diabetes if obesity levelsreverted to 1994 figures.

ResoluçãoDe acordo com o texto, o Sr. Duncan Selbie concluiuque menos pessoas sofreriam de diabetes se os níveisde obesidade revertessem aos números de 1994.No texto: … “But Mr Selbie’s research concludes thatif the levels of obesity returned to their 1994 levels, 1.7million fewer people would suffer from lhe condition.”

Resposta: EE

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Healthy choices

How do we reduce waistlines in a country where

we traditionally do not like telling individuals what todo?

By Telegraph Vtew

22Aug 2014

Duncan Selbie, the Chief Executive of Public Health

England, suggests that parents feed their children

from smaller plates. Photo: Alamy

Every new piece of information about Britain’s weightproblem makes for ever more depressing reading. DuncanSelbie, the Chief Executive of Public Health England,today tells us that by 2034 some six million Britons willsuffer from diabetes. Of course, many people developdiabetes through no fault of their own. But Mr Selbie’sresearch concludes that if the levels of obesity returnedto their 1994 levels, 1.7 million fewer people would sufferfrom lhe condition.

Given that fighting diabetes already drains the NationalHealth Service (NHS) by more than £1.5 million, or 10per cent of its budget for England. the impact upon theTreasury in 20 years’ time from unhealthy lifestyles couldbe catastrophic. Bad health not only impacts on theindividual but also on the rest of the community.

Diagnosis of the challenge is straightforward. Thetougher question is what to do about reducing waistlinesin a country where we traditionally do not like tellingindividuals what to do.

It is interesting to note that Mr Selbie does not ascribeto the Big Brother approach of ceaseless legislation andnannying. Rather, he is keen to promote Choices – makingthe case passionately that people should be encouragedto embrace good health. One of his suggestions is thatparents feed their children from smaller plates. That waythe child can clear his or her plate, as ordered, withoutactually consuming too much. Like all good ideas, this isrooted in common sense.

(www.telegraph.couk Adaptado)

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34The excerpt from the first paragraph “many peopledevelop diabetes through no fault of their own” meansthat thess people

a) should reduce their waistline.

b) can’t be blamed for getting ill.

c) probably led an unhealthy lifestyle.

d) might take part in a research for new medicines.

e) will have to undergo an expensive treatment paid bythe NHS.

ResoluçãoA afirmação do primeiro parágrafo “Muitas pessoasdesenvolvem diabetes não por suas próprias culpas”,significa que aquelas pessoas não têm culpa deadoecerem.

Resposta: BB

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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Healthy choices

How do we reduce waistlines in a country where

we traditionally do not like telling individuals what todo?

By Telegraph Vtew

22Aug 2014

Duncan Selbie, the Chief Executive of Public Health

England, suggests that parents feed their children

from smaller plates. Photo: Alamy

Every new piece of information about Britain’s weightproblem makes for ever more depressing reading. DuncanSelbie, the Chief Executive of Public Health England,today tells us that by 2034 some six million Britons willsuffer from diabetes. Of course, many people developdiabetes through no fault of their own. But Mr Selbie’sresearch concludes that if the levels of obesity returnedto their 1994 levels, 1.7 million fewer people would sufferfrom lhe condition.

Given that fighting diabetes already drains the NationalHealth Service (NHS) by more than £1.5 million, or 10per cent of its budget for England. the impact upon theTreasury in 20 years’ time from unhealthy lifestyles couldbe catastrophic. Bad health not only impacts on theindividual but also on the rest of the community.

Diagnosis of the challenge is straightforward. Thetougher question is what to do about reducing waistlinesin a country where we traditionally do not like tellingindividuals what to do.

It is interesting to note that Mr Selbie does not ascribeto the Big Brother approach of ceaseless legislation andnannying. Rather, he is keen to promote Choices – makingthe case passionately that people should be encouragedto embrace good health. One of his suggestions is thatparents feed their children from smaller plates. That waythe child can clear his or her plate, as ordered, withoutactually consuming too much. Like all good ideas, this isrooted in common sense.

(www.telegraph.couk Adaptado)

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35Segundo o texto, a diabetes

a) deve ter suas causas divulgadas, para que as pessoassaibam como curá-la.

b) esgotará os recursos para a saúde em 20 anos nospaíses desenvolvidos.

c) consome 10% do orçamento do sistema público desaúde na Inglaterra, com tendência a aumentar.

d) precisa ser diagnosticada e tratada rapidamente, paraevitar danos futuros à saúde.

e) será responsável por uma catástrofe nas comunidadesonde a obesidade prevalece.

ResoluçãoSegundo o texto, a diabetes consome 10% do orça -mento do sistema público de saúde na Inglaterra, comtendência a aumentar.No texto: … “Given that fighting diabetes alreadydrains the National Health Service (NHS) by morethan £1.5 million, or 10 per cent of its budget forEngland. the impact upon the Treasury in 20 years’time from unhealthy lifestyles could be catastrophic.”

Resposta: CC

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Healthy choices

How do we reduce waistlines in a country where

we traditionally do not like telling individuals what todo?

By Telegraph Vtew

22Aug 2014

Duncan Selbie, the Chief Executive of Public Health

England, suggests that parents feed their children

from smaller plates. Photo: Alamy

Every new piece of information about Britain’s weightproblem makes for ever more depressing reading. DuncanSelbie, the Chief Executive of Public Health England,today tells us that by 2034 some six million Britons willsuffer from diabetes. Of course, many people developdiabetes through no fault of their own. But Mr Selbie’sresearch concludes that if the levels of obesity returnedto their 1994 levels, 1.7 million fewer people would sufferfrom lhe condition.

Given that fighting diabetes already drains the NationalHealth Service (NHS) by more than £1.5 million, or 10per cent of its budget for England. the impact upon theTreasury in 20 years’ time from unhealthy lifestyles couldbe catastrophic. Bad health not only impacts on theindividual but also on the rest of the community.

Diagnosis of the challenge is straightforward. Thetougher question is what to do about reducing waistlinesin a country where we traditionally do not like tellingindividuals what to do.

It is interesting to note that Mr Selbie does not ascribeto the Big Brother approach of ceaseless legislation andnannying. Rather, he is keen to promote Choices – makingthe case passionately that people should be encouragedto embrace good health. One of his suggestions is thatparents feed their children from smaller plates. That waythe child can clear his or her plate, as ordered, withoutactually consuming too much. Like all good ideas, this isrooted in common sense.

(www.telegraph.couk Adaptado)

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36No trecho inicial do segundo parágrafo “Given thatfighting diabetes already drains the National HealthService”, a expressão em destaque introduz

a) um pressuposto.

b) uma generalização.

c) um exemplo.

d) uma consequência.

e) uma finalidade.

ResoluçãoNo trecho inicial do segundo parágrafo “ Dado quecombater a diabetes já suga o Serviço de SaúdeNacional”, a expressão em destaque introduz umpressuposto.* given that = dado que.

Resposta: AA

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Healthy choices

How do we reduce waistlines in a country where

we traditionally do not like telling individuals what todo?

By Telegraph Vtew

22Aug 2014

Duncan Selbie, the Chief Executive of Public Health

England, suggests that parents feed their children

from smaller plates. Photo: Alamy

Every new piece of information about Britain’s weightproblem makes for ever more depressing reading. DuncanSelbie, the Chief Executive of Public Health England,today tells us that by 2034 some six million Britons willsuffer from diabetes. Of course, many people developdiabetes through no fault of their own. But Mr Selbie’sresearch concludes that if the levels of obesity returnedto their 1994 levels, 1.7 million fewer people would sufferfrom lhe condition.

Given that fighting diabetes already drains the NationalHealth Service (NHS) by more than £1.5 million, or 10per cent of its budget for England. the impact upon theTreasury in 20 years’ time from unhealthy lifestyles couldbe catastrophic. Bad health not only impacts on theindividual but also on the rest of the community.

Diagnosis of the challenge is straightforward. Thetougher question is what to do about reducing waistlinesin a country where we traditionally do not like tellingindividuals what to do.

It is interesting to note that Mr Selbie does not ascribeto the Big Brother approach of ceaseless legislation andnannying. Rather, he is keen to promote Choices – makingthe case passionately that people should be encouragedto embrace good health. One of his suggestions is thatparents feed their children from smaller plates. That waythe child can clear his or her plate, as ordered, withoutactually consuming too much. Like all good ideas, this isrooted in common sense.

(www.telegraph.couk Adaptado)

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37No trecho do segundo parágrafo “Bad health not onlyimpacts on the individual but also on the rest of thecommunity”, a expressão “not only … but also” indicauma ideia de

a) negação.

b) comparação.

c) alternativa.

d) inclusão.

e) contraste.

ResoluçãoNo trecho do segundo parágrafo “ A saúde ruim nãoapenas impacta o indivíduo mas também o restante dacomunidade; a expressão “não apenas … mastambém” indica uma ideia de inclusão.

Resposta: DD

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Healthy choices

How do we reduce waistlines in a country where

we traditionally do not like telling individuals what todo?

By Telegraph Vtew

22Aug 2014

Duncan Selbie, the Chief Executive of Public Health

England, suggests that parents feed their children

from smaller plates. Photo: Alamy

Every new piece of information about Britain’s weightproblem makes for ever more depressing reading. DuncanSelbie, the Chief Executive of Public Health England,today tells us that by 2034 some six million Britons willsuffer from diabetes. Of course, many people developdiabetes through no fault of their own. But Mr Selbie’sresearch concludes that if the levels of obesity returnedto their 1994 levels, 1.7 million fewer people would sufferfrom lhe condition.

Given that fighting diabetes already drains the NationalHealth Service (NHS) by more than £1.5 million, or 10per cent of its budget for England. the impact upon theTreasury in 20 years’ time from unhealthy lifestyles couldbe catastrophic. Bad health not only impacts on theindividual but also on the rest of the community.

Diagnosis of the challenge is straightforward. Thetougher question is what to do about reducing waistlinesin a country where we traditionally do not like tellingindividuals what to do.

It is interesting to note that Mr Selbie does not ascribeto the Big Brother approach of ceaseless legislation andnannying. Rather, he is keen to promote Choices – makingthe case passionately that people should be encouragedto embrace good health. One of his suggestions is thatparents feed their children from smaller plates. That waythe child can clear his or her plate, as ordered, withoutactually consuming too much. Like all good ideas, this isrooted in common sense.

(www.telegraph.couk Adaptado)

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38No trecho do quarto parágrafo “Rather, he is keen topromote choices”, o termo em destaque equivale, emportuguês, a

a) por sinal.

b) mesmo assim.

c) pelo contrário.

d) via de regra.

e) além disso.

ResoluçãoTradução do trecho“Pelo contrário, ele está ansioso para estimular aescolha”.

Resposta: CC

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Leia o texto para responder às questões de números 39 a45.

The Rise of Antibiotic Resistance

By The Editorial Board

May 10, 2014

The World Health Organization has surveyed thegrowth of antibiotic-resistant germs around lhe world – thefirst such survey it has ever conducted – and come upwith disturbing findings. ln a report issued late last month,the organization found that antimicrobial resistance inbacteria (the main focus of the report), fungi, viruses andparasites is an increasingly serious threat in every part ofthe world. “A problem so serious that it threatens theachievements of modern medicine,” the organization said.“A post-antibiotic era, in which common infections andminor injuries can kill, far from being an apocalypticfantasy, is instead a very real possibility for the 21stcentury.”

The growth of antibiotic-resistant pathogens meansthat in ever more cases, standard treatments no longerwork, infections are harder or impossible to control, therisk of spreading infections to others is increased, andillnesses and hospital stays are prolonged. Ali of thesedrive up the costs of illnesses and the risk of dealh. Thesurvey sought to determine the scope of the problem byasking countries to submit their most recent surveillancedata (114 did so). Unfortunately, the data was glaringlyincomplete because few countries track and monitorantibiotic resistance comprehensively, and there is nostandard methodology for doing so.

Still, it is clear that major resistance problems havealready developed, both for antibiotics that are usedroutinely and for those deemed “last resort” treatrnents tocure people when all else has failed. Carbapenemantibiotics, a class of drugs used as a last resort to treatlife-threatening infections caused by a common intestinalbacterium, have failed to work in more than half thepeople treated in some countries. The bacterium is amajor cause of hospital-acquired infections such aspneumonia, bloodstream infections, and infections innewborns and intensive-care patients. Similarly, the failureof a last-resort treatment for gonorrhoea has beenconfirmed in 10 countries, including many with advancedhealth care systems, such as Australia, Canada, France,Sweden and Britain. And resistance to a class ofantibiotics that is routinely used to treat urinary tractinfections caused by E. coli is widespread; in somecountries the drugs are now ineffective in more than halfof the patients treated. This sobering report is intended tokick-start a global campaign to develop tools andstandards to track drug resistance, measure its health andeconomic impact, and design solutions.

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

Page 58: Folha de S.Paulo, 30.09.2014. Adaptado.) - curso-objetivo.br · frase com pronome oblíquo átono (“me”), não respeita a regência do verbo assistir (assistir a), abrevia o pronome

The most urgent need is to minimize the overuse ofantibiotics in medicine and agriculture, which acceleratesthe development of resistant strains. In the United States,the Food and Drug Administration (FDA) has issuedvoluntary guidelines calling on drug companies, animalproducers and veterinarians to stop indiscriminately usingantibiotics that are important for treating humans on livestock;the drug companies have said they will comply. But theagency, shortsightedly, has appealed a court order requiring itto ban the use of penicillin and two forms of tetracycline byanimal producers to promote growth unless they provide proofthat il will not promote drug-resistant microbes.

The pharmaceutical industry needs to be encouragedto develop new antibiotics to supplement those that arelosing their effectiveness. The Royal PharmaceuticalSociety, which represents pharmacists in Britain, calledthis month for stronger financial incentives. It said thatno new class of antibiotics has been discovered since1987, largely because the financial returns for findingnew classes of antibiotics are too low. Unlike lucrativedrugs to treat chronic diseases like cancer andcardiovascular ailments, antibiotics are typically taken fora short period of time, and any new drug is apt to be usedsparingly and held in reserve to treat patients resistant toexisting drugs. Antibiotics have transformed medicineand saved countless lives over the past seven decades.Now, rampant overuse and the lack of new drugs in thepipeline threaten to undermine their effectiveness.

(www.nytimes com. Adaptado.)

39Segundo o texto, um dos objetivos do relatório daOrganização Mundial da Saúde é

a) fazer um levantamento inicial dos principais micro--organismos que causam doenças.

b) evitar a contaminação de pessoas saudáveis por drogasineficientes.

c) identificar os países que não têm dados fidedignossobre a resistência aos antibióticos.

d) iniciar uma campanha mundial para desenvolvermetodologias para acompanhar a resistência às drogas.

e) fornecer subsídios à indústria farmacêutica paraatualizar as drogas existentes.

ResoluçãoLê-se no texto:“The World Health Organization has surveyed thegrowth of antibiotic-resistant germs around lheworld – the first such survey it has ever conducted –and come up with disturbing findings. ln a reportissued late last month, the organization found thatantimicrobial resistance in bacteria (the main focus ofthe report), fungi, viruses and parasites is anincreasingly serious threat in every part of the world.”

Resposta: DDUNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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The Rise of Antibiotic Resistance

By The Editorial Board

May 10, 2014

The World Health Organization has surveyed thegrowth of antibiotic-resistant germs around lhe world – thefirst such survey it has ever conducted – and come upwith disturbing findings. ln a report issued late last month,the organization found that antimicrobial resistance inbacteria (the main focus of the report), fungi, viruses andparasites is an increasingly serious threat in every part ofthe world. “A problem so serious that it threatens theachievements of modern medicine,” the organization said.“A post-antibiotic era, in which common infections andminor injuries can kill, far from being an apocalypticfantasy, is instead a very real possibility for the 21stcentury.”

The growth of antibiotic-resistant pathogens meansthat in ever more cases, standard treatments no longerwork, infections are harder or impossible to control, therisk of spreading infections to others is increased, andillnesses and hospital stays are prolonged. Ali of thesedrive up the costs of illnesses and the risk of dealh. Thesurvey sought to determine the scope of the problem byasking countries to submit their most recent surveillancedata (114 did so). Unfortunately, the data was glaringlyincomplete because few countries track and monitorantibiotic resistance comprehensively, and there is nostandard methodology for doing so.

Still, it is clear that major resistance problems havealready developed, both for antibiotics that are usedroutinely and for those deemed “last resort” treatrnents tocure people when all else has failed. Carbapenemantibiotics, a class of drugs used as a last resort to treatlife-threatening infections caused by a common intestinalbacterium, have failed to work in more than half thepeople treated in some countries. The bacterium is amajor cause of hospital-acquired infections such aspneumonia, bloodstream infections, and infections innewborns and intensive-care patients. Similarly, the failureof a last-resort treatment for gonorrhoea has beenconfirmed in 10 countries, including many with advancedhealth care systems, such as Australia, Canada, France,Sweden and Britain. And resistance to a class ofantibiotics that is routinely used to treat urinary tractinfections caused by E. coli is widespread; in somecountries the drugs are now ineffective in more than halfof the patients treated. This sobering report is intended tokick-start a global campaign to develop tools andstandards to track drug resistance, measure its health andeconomic impact, and design solutions.

The most urgent need is to minimize the overuse ofantibiotics in medicine and agriculture, which accelerates

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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the development of resistant strains. In the United States,the Food and Drug Administration (FDA) has issuedvoluntary guidelines calling on drug companies, animalproducers and veterinarians to stop indiscriminately usingantibiotics that are important for treating humans onlivestock; the drug companies have said they will comply.But the agency, shortsightedly, has appealed a court orderrequiring it to ban the use of penicillin and two forms oftetracycline by animal producers to promote growth unlessthey provide proof that il will not promote drug-resistant

microbes.

The pharmaceutical industry needs to be encouragedto develop new antibiotics to supplement those that arelosing their effectiveness. The Royal PharmaceuticalSociety, which represents pharmacists in Britain, calledthis month for stronger financial incentives. It said thatno new class of antibiotics has been discovered since1987, largely because the financial returns for findingnew classes of antibiotics are too low. Unlike lucrativedrugs to treat chronic diseases like cancer andcardiovascular ailments, antibiotics are typically taken fora short period of time, and any new drug is apt to be usedsparingly and held in reserve to treat patients resistant toexisting drugs. Antibiotics have transformed medicineand saved countless lives over the past seven decades.Now, rampant overuse and the lack of new drugs in thepipeline threaten to undermine their effectiveness.

(www.nytimes com. Adaptado.)

40Segundo o texto, o relatório da Organização Mundial daSaúde

a) constatou que as infestações por parasitas ainda nãotêm antídotos eficientes.

b) concentrou-se no problema das bactérias resistentesaos antibióticos existentes.

c) utilizou dados detalhados de mais de 114 países paraverificar os resultados.

d) revelou que muitas internações hospitalares sãodesnecessárias e dispendiosas.

e) comparou as classes de antibióticos descobertas após1987 para avaliar sua eficácia.

ResoluçãoLê-se no texto: “… the organization found thatantimicrobial resistance in bacteria (the main focus ofthe report), fungi, viruses and parasites is anincreasingly serious threat in every part of the world.”

Resposta: BB

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Page 61: Folha de S.Paulo, 30.09.2014. Adaptado.) - curso-objetivo.br · frase com pronome oblíquo átono (“me”), não respeita a regência do verbo assistir (assistir a), abrevia o pronome

The Rise of Antibiotic Resistance

By The Editorial Board

May 10, 2014

The World Health Organization has surveyed thegrowth of antibiotic-resistant germs around lhe world – thefirst such survey it has ever conducted – and come upwith disturbing findings. ln a report issued late last month,the organization found that antimicrobial resistance inbacteria (the main focus of the report), fungi, viruses andparasites is an increasingly serious threat in every part ofthe world. “A problem so serious that it threatens theachievements of modern medicine,” the organization said.“A post-antibiotic era, in which common infections andminor injuries can kill, far from being an apocalypticfantasy, is instead a very real possibility for the 21stcentury.”

The growth of antibiotic-resistant pathogens meansthat in ever more cases, standard treatments no longerwork, infections are harder or impossible to control, therisk of spreading infections to others is increased, andillnesses and hospital stays are prolonged. Ali of thesedrive up the costs of illnesses and the risk of dealh. Thesurvey sought to determine the scope of the problem byasking countries to submit their most recent surveillancedata (114 did so). Unfortunately, the data was glaringlyincomplete because few countries track and monitorantibiotic resistance comprehensively, and there is nostandard methodology for doing so.

Still, it is clear that major resistance problems havealready developed, both for antibiotics that are usedroutinely and for those deemed “last resort” treatrnents tocure people when all else has failed. Carbapenemantibiotics, a class of drugs used as a last resort to treatlife-threatening infections caused by a common intestinalbacterium, have failed to work in more than half thepeople treated in some countries. The bacterium is amajor cause of hospital-acquired infections such aspneumonia, bloodstream infections, and infections innewborns and intensive-care patients. Similarly, the failureof a last-resort treatment for gonorrhoea has beenconfirmed in 10 countries, including many with advancedhealth care systems, such as Australia, Canada, France,Sweden and Britain. And resistance to a class ofantibiotics that is routinely used to treat urinary tractinfections caused by E. coli is widespread; in somecountries the drugs are now ineffective in more than halfof the patients treated. This sobering report is intended tokick-start a global campaign to develop tools andstandards to track drug resistance, measure its health andeconomic impact, and design solutions.

The most urgent need is to minimize the overuse ofantibiotics in medicine and agriculture, which accelerates

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

Page 62: Folha de S.Paulo, 30.09.2014. Adaptado.) - curso-objetivo.br · frase com pronome oblíquo átono (“me”), não respeita a regência do verbo assistir (assistir a), abrevia o pronome

the development of resistant strains. In the United States,the Food and Drug Administration (FDA) has issuedvoluntary guidelines calling on drug companies, animalproducers and veterinarians to stop indiscriminately usingantibiotics that are important for treating humans onlivestock; the drug companies have said they will comply.But the agency, shortsightedly, has appealed a court orderrequiring it to ban the use of penicillin and two forms oftetracycline by animal producers to promote growth unlessthey provide proof that il will not promote drug-resistant

microbes.

The pharmaceutical industry needs to be encouragedto develop new antibiotics to supplement those that arelosing their effectiveness. The Royal PharmaceuticalSociety, which represents pharmacists in Britain, calledthis month for stronger financial incentives. It said thatno new class of antibiotics has been discovered since1987, largely because the financial returns for findingnew classes of antibiotics are too low. Unlike lucrativedrugs to treat chronic diseases like cancer andcardiovascular ailments, antibiotics are typically taken fora short period of time, and any new drug is apt to be usedsparingly and held in reserve to treat patients resistant toexisting drugs. Antibiotics have transformed medicineand saved countless lives over the past seven decades.Now, rampant overuse and the lack of new drugs in thepipeline threaten to undermine their effectiveness.

(www.nytimes com. Adaptado.)

41According to the text, last resort antibiotics

a) have not performed as they should in the case ofgonorrhoea in 10 countries.

b) don’t work anymore in all developed countries due totheir overuse.

c) are very expensive and therefore can be taken only ina hospital.

d) are usually prescribed for intestinal infections by mostphysicians.

e) should be replaced by ordinary treatments since theyare mostly unsuccessful.

ResoluçãoDe acordo com o texto, os antibióticos de últimageração, não funcionaram como deveriam no caso dagonorreia em 10 países.Lê-se no texto: “… the failure of a last-resorttreatment for gonorrhoea has been confirmed in 10countries”.

Resposta: AA

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Page 63: Folha de S.Paulo, 30.09.2014. Adaptado.) - curso-objetivo.br · frase com pronome oblíquo átono (“me”), não respeita a regência do verbo assistir (assistir a), abrevia o pronome

The Rise of Antibiotic Resistance

By The Editorial Board

May 10, 2014

The World Health Organization has surveyed thegrowth of antibiotic-resistant germs around lhe world – thefirst such survey it has ever conducted – and come upwith disturbing findings. ln a report issued late last month,the organization found that antimicrobial resistance inbacteria (the main focus of the report), fungi, viruses andparasites is an increasingly serious threat in every part ofthe world. “A problem so serious that it threatens theachievements of modern medicine,” the organization said.“A post-antibiotic era, in which common infections andminor injuries can kill, far from being an apocalypticfantasy, is instead a very real possibility for the 21stcentury.”

The growth of antibiotic-resistant pathogens meansthat in ever more cases, standard treatments no longerwork, infections are harder or impossible to control, therisk of spreading infections to others is increased, andillnesses and hospital stays are prolonged. Ali of thesedrive up the costs of illnesses and the risk of dealh. Thesurvey sought to determine the scope of the problem byasking countries to submit their most recent surveillancedata (114 did so). Unfortunately, the data was glaringlyincomplete because few countries track and monitorantibiotic resistance comprehensively, and there is nostandard methodology for doing so.

Still, it is clear that major resistance problems havealready developed, both for antibiotics that are usedroutinely and for those deemed “last resort” treatrnents tocure people when all else has failed. Carbapenemantibiotics, a class of drugs used as a last resort to treatlife-threatening infections caused by a common intestinalbacterium, have failed to work in more than half thepeople treated in some countries. The bacterium is amajor cause of hospital-acquired infections such aspneumonia, bloodstream infections, and infections innewborns and intensive-care patients. Similarly, the failureof a last-resort treatment for gonorrhoea has beenconfirmed in 10 countries, including many with advancedhealth care systems, such as Australia, Canada, France,Sweden and Britain. And resistance to a class ofantibiotics that is routinely used to treat urinary tractinfections caused by E. coli is widespread; in somecountries the drugs are now ineffective in more than halfof the patients treated. This sobering report is intended tokick-start a global campaign to develop tools andstandards to track drug resistance, measure its health andeconomic impact, and design solutions.

The most urgent need is to minimize the overuse ofantibiotics in medicine and agriculture, which accelerates

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Page 64: Folha de S.Paulo, 30.09.2014. Adaptado.) - curso-objetivo.br · frase com pronome oblíquo átono (“me”), não respeita a regência do verbo assistir (assistir a), abrevia o pronome

the development of resistant strains. In the United States,the Food and Drug Administration (FDA) has issuedvoluntary guidelines calling on drug companies, animalproducers and veterinarians to stop indiscriminately usingantibiotics that are important for treating humans onlivestock; the drug companies have said they will comply.But the agency, shortsightedly, has appealed a court orderrequiring it to ban the use of penicillin and two forms oftetracycline by animal producers to promote growth unlessthey provide proof that il will not promote drug-resistant

microbes.

The pharmaceutical industry needs to be encouragedto develop new antibiotics to supplement those that arelosing their effectiveness. The Royal PharmaceuticalSociety, which represents pharmacists in Britain, calledthis month for stronger financial incentives. It said thatno new class of antibiotics has been discovered since1987, largely because the financial returns for findingnew classes of antibiotics are too low. Unlike lucrativedrugs to treat chronic diseases like cancer andcardiovascular ailments, antibiotics are typically taken fora short period of time, and any new drug is apt to be usedsparingly and held in reserve to treat patients resistant toexisting drugs. Antibiotics have transformed medicineand saved countless lives over the past seven decades.Now, rampant overuse and the lack of new drugs in thepipeline threaten to undermine their effectiveness.

(www.nytimes com. Adaptado.)

42According to the fourth paragraph of the text, the Foodand Drug Administration

a) allows the use of growth promoters in agriculture.

b) convinced animal producers to use only tetracycline topromote animal growth.

c) banned the use of penicillin and tetracycline by animalproducers.

d) proved that antibiotic use in agriculture doesn’t poseany harm.

e) issued a quite mild guideline to tackle excessiveantibiotic use in livestock.

ResoluçãoDe acordo com o quarto parágrafo do texto, a FDAemitiu uma orientação bastante moderada paraenfrentar o uso excessivo de antibióticos na criação deanimais.No texto: “(FDA) has issued voluntary guidelinescalling on drug companies, animal producers andveterinarians to stop indiscriminately using antibioticsthat are important for treating humans on livestock.”

Resposta: EEUNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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The Rise of Antibiotic Resistance

By The Editorial Board

May 10, 2014

The World Health Organization has surveyed thegrowth of antibiotic-resistant germs around lhe world – thefirst such survey it has ever conducted – and come upwith disturbing findings. ln a report issued late last month,the organization found that antimicrobial resistance inbacteria (the main focus of the report), fungi, viruses andparasites is an increasingly serious threat in every part ofthe world. “A problem so serious that it threatens theachievements of modern medicine,” the organization said.“A post-antibiotic era, in which common infections andminor injuries can kill, far from being an apocalypticfantasy, is instead a very real possibility for the 21stcentury.”

The growth of antibiotic-resistant pathogens meansthat in ever more cases, standard treatments no longerwork, infections are harder or impossible to control, therisk of spreading infections to others is increased, andillnesses and hospital stays are prolonged. Ali of thesedrive up the costs of illnesses and the risk of dealh. Thesurvey sought to determine the scope of the problem byasking countries to submit their most recent surveillancedata (114 did so). Unfortunately, the data was glaringlyincomplete because few countries track and monitorantibiotic resistance comprehensively, and there is nostandard methodology for doing so.

Still, it is clear that major resistance problems havealready developed, both for antibiotics that are usedroutinely and for those deemed “last resort” treatrnents tocure people when all else has failed. Carbapenemantibiotics, a class of drugs used as a last resort to treatlife-threatening infections caused by a common intestinalbacterium, have failed to work in more than half thepeople treated in some countries. The bacterium is amajor cause of hospital-acquired infections such aspneumonia, bloodstream infections, and infections innewborns and intensive-care patients. Similarly, the failureof a last-resort treatment for gonorrhoea has beenconfirmed in 10 countries, including many with advancedhealth care systems, such as Australia, Canada, France,Sweden and Britain. And resistance to a class ofantibiotics that is routinely used to treat urinary tractinfections caused by E. coli is widespread; in somecountries the drugs are now ineffective in more than halfof the patients treated. This sobering report is intended tokick-start a global campaign to develop tools andstandards to track drug resistance, measure its health andeconomic impact, and design solutions.

The most urgent need is to minimize the overuse ofantibiotics in medicine and agriculture, which accelerates

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

Page 66: Folha de S.Paulo, 30.09.2014. Adaptado.) - curso-objetivo.br · frase com pronome oblíquo átono (“me”), não respeita a regência do verbo assistir (assistir a), abrevia o pronome

the development of resistant strains. In the United States,the Food and Drug Administration (FDA) has issuedvoluntary guidelines calling on drug companies, animalproducers and veterinarians to stop indiscriminately usingantibiotics that are important for treating humans onlivestock; the drug companies have said they will comply.But the agency, shortsightedly, has appealed a court orderrequiring it to ban the use of penicillin and two forms oftetracycline by animal producers to promote growth unlessthey provide proof that il will not promote drug-resistant

microbes.

The pharmaceutical industry needs to be encouragedto develop new antibiotics to supplement those that arelosing their effectiveness. The Royal PharmaceuticalSociety, which represents pharmacists in Britain, calledthis month for stronger financial incentives. It said thatno new class of antibiotics has been discovered since1987, largely because the financial returns for findingnew classes of antibiotics are too low. Unlike lucrativedrugs to treat chronic diseases like cancer andcardiovascular ailments, antibiotics are typically taken fora short period of time, and any new drug is apt to be usedsparingly and held in reserve to treat patients resistant toexisting drugs. Antibiotics have transformed medicineand saved countless lives over the past seven decades.Now, rampant overuse and the lack of new drugs in thepipeline threaten to undermine their effectiveness.

(www.nytimes com. Adaptado.)

43No trecho do quarto parágrafo “has appealed a court orderrequiring it to ban the use of penicillin”, o termo emdestaque se refere a

a) drug companies.

b) Food and Drug Administration.

c) penicillin.

d) a court order.

e) animal producers.

ResoluçãoO termo em destaque refere-se a Food and DrugAdministration.

Resposta: BB

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The Rise of Antibiotic Resistance

By The Editorial Board

May 10, 2014

The World Health Organization has surveyed thegrowth of antibiotic-resistant germs around lhe world – thefirst such survey it has ever conducted – and come upwith disturbing findings. ln a report issued late last month,the organization found that antimicrobial resistance inbacteria (the main focus of the report), fungi, viruses andparasites is an increasingly serious threat in every part ofthe world. “A problem so serious that it threatens theachievements of modern medicine,” the organization said.“A post-antibiotic era, in which common infections andminor injuries can kill, far from being an apocalypticfantasy, is instead a very real possibility for the 21stcentury.”

The growth of antibiotic-resistant pathogens meansthat in ever more cases, standard treatments no longerwork, infections are harder or impossible to control, therisk of spreading infections to others is increased, andillnesses and hospital stays are prolonged. Ali of thesedrive up the costs of illnesses and the risk of dealh. Thesurvey sought to determine the scope of the problem byasking countries to submit their most recent surveillancedata (114 did so). Unfortunately, the data was glaringlyincomplete because few countries track and monitorantibiotic resistance comprehensively, and there is nostandard methodology for doing so.

Still, it is clear that major resistance problems havealready developed, both for antibiotics that are usedroutinely and for those deemed “last resort” treatrnents tocure people when all else has failed. Carbapenemantibiotics, a class of drugs used as a last resort to treatlife-threatening infections caused by a common intestinalbacterium, have failed to work in more than half thepeople treated in some countries. The bacterium is amajor cause of hospital-acquired infections such aspneumonia, bloodstream infections, and infections innewborns and intensive-care patients. Similarly, the failureof a last-resort treatment for gonorrhoea has beenconfirmed in 10 countries, including many with advancedhealth care systems, such as Australia, Canada, France,Sweden and Britain. And resistance to a class ofantibiotics that is routinely used to treat urinary tractinfections caused by E. coli is widespread; in somecountries the drugs are now ineffective in more than halfof the patients treated. This sobering report is intended tokick-start a global campaign to develop tools andstandards to track drug resistance, measure its health andeconomic impact, and design solutions.

The most urgent need is to minimize the overuse ofantibiotics in medicine and agriculture, which accelerates

UNIFESP (2.a Fase) Lín. Portug., Lín. Estrang. e Red. — Dez/2014

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the development of resistant strains. In the United States,the Food and Drug Administration (FDA) has issuedvoluntary guidelines calling on drug companies, animalproducers and veterinarians to stop indiscriminately usingantibiotics that are important for treating humans onlivestock; the drug companies have said they will comply.But the agency, shortsightedly, has appealed a court orderrequiring it to ban the use of penicillin and two forms oftetracycline by animal producers to promote growth unlessthey provide proof that il will not promote drug-resistant

microbes.

The pharmaceutical industry needs to be encouragedto develop new antibiotics to supplement those that arelosing their effectiveness. The Royal PharmaceuticalSociety, which represents pharmacists in Britain, calledthis month for stronger financial incentives. It said thatno new class of antibiotics has been discovered since1987, largely because the financial returns for findingnew classes of antibiotics are too low. Unlike lucrativedrugs to treat chronic diseases like cancer andcardiovascular ailments, antibiotics are typically taken fora short period of time, and any new drug is apt to be usedsparingly and held in reserve to treat patients resistant toexisting drugs. Antibiotics have transformed medicineand saved countless lives over the past seven decades.Now, rampant overuse and the lack of new drugs in thepipeline threaten to undermine their effectiveness.

(www.nytimes com. Adaptado.)

44Segundo o texto, a Royal Pharmaceutical Society doReino Unido afirma que

a) o câncer e as doenças cardiovasculares tambémprecisam de pesquisas para produzir antibióticosespecíficos.

b) há um antibiótico experimental de dose única em testesclínicos desde 1987.

c) o ciclo de tratamento com antibióticos deve ser revistopara que essas drogas sejam viáveis para a indústriafarmacêutica.

d) a indústria farmacêutica conseguiu lançar poucosantibióticos alternativos eficientes desde 1987.

e) incentivos financeiros são necessários para odesenvolvimento de novas classes de antibióticos.

ResoluçãoLê-se no texto: “The Royal Pharmaceutical Society …classes od antibiotics are too low.”

Resposta: EE

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The Rise of Antibiotic Resistance

By The Editorial Board

May 10, 2014

The World Health Organization has surveyed thegrowth of antibiotic-resistant germs around lhe world – thefirst such survey it has ever conducted – and come upwith disturbing findings. ln a report issued late last month,the organization found that antimicrobial resistance inbacteria (the main focus of the report), fungi, viruses andparasites is an increasingly serious threat in every part ofthe world. “A problem so serious that it threatens theachievements of modern medicine,” the organization said.“A post-antibiotic era, in which common infections andminor injuries can kill, far from being an apocalypticfantasy, is instead a very real possibility for the 21stcentury.”

The growth of antibiotic-resistant pathogens meansthat in ever more cases, standard treatments no longerwork, infections are harder or impossible to control, therisk of spreading infections to others is increased, andillnesses and hospital stays are prolonged. Ali of thesedrive up the costs of illnesses and the risk of dealh. Thesurvey sought to determine the scope of the problem byasking countries to submit their most recent surveillancedata (114 did so). Unfortunately, the data was glaringlyincomplete because few countries track and monitorantibiotic resistance comprehensively, and there is nostandard methodology for doing so.

Still, it is clear that major resistance problems havealready developed, both for antibiotics that are usedroutinely and for those deemed “last resort” treatrnents tocure people when all else has failed. Carbapenemantibiotics, a class of drugs used as a last resort to treatlife-threatening infections caused by a common intestinalbacterium, have failed to work in more than half thepeople treated in some countries. The bacterium is amajor cause of hospital-acquired infections such aspneumonia, bloodstream infections, and infections innewborns and intensive-care patients. Similarly, the failureof a last-resort treatment for gonorrhoea has beenconfirmed in 10 countries, including many with advancedhealth care systems, such as Australia, Canada, France,Sweden and Britain. And resistance to a class ofantibiotics that is routinely used to treat urinary tractinfections caused by E. coli is widespread; in somecountries the drugs are now ineffective in more than halfof the patients treated. This sobering report is intended tokick-start a global campaign to develop tools andstandards to track drug resistance, measure its health andeconomic impact, and design solutions.

The most urgent need is to minimize the overuse ofantibiotics in medicine and agriculture, which accelerates

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the development of resistant strains. In the United States,the Food and Drug Administration (FDA) has issuedvoluntary guidelines calling on drug companies, animalproducers and veterinarians to stop indiscriminately usingantibiotics that are important for treating humans onlivestock; the drug companies have said they will comply.But the agency, shortsightedly, has appealed a court orderrequiring it to ban the use of penicillin and two forms oftetracycline by animal producers to promote growth unlessthey provide proof that il will not promote drug-resistant

microbes.

The pharmaceutical industry needs to be encouragedto develop new antibiotics to supplement those that arelosing their effectiveness. The Royal PharmaceuticalSociety, which represents pharmacists in Britain, calledthis month for stronger financial incentives. It said thatno new class of antibiotics has been discovered since1987, largely because the financial returns for findingnew classes of antibiotics are too low. Unlike lucrativedrugs to treat chronic diseases like cancer andcardiovascular ailments, antibiotics are typically taken fora short period of time, and any new drug is apt to be usedsparingly and held in reserve to treat patients resistant toexisting drugs. Antibiotics have transformed medicineand saved countless lives over the past seven decades.Now, rampant overuse and the lack of new drugs in thepipeline threaten to undermine their effectiveness.

(www.nytimes com. Adaptado.)

45Segundo o último parágrafo do texto,

a) os antibióticos estão perdendo sua eficácia devido aoseu uso abusivo.

b) daqui a 70 anos os atuais antibióticos estarão todossuperados.

c) há diversas pesquisas com novas classes de drogassendo testadas em animais.

d) muitas pessoas morrerão devido a infecções comunssem tratamento.

e) o primeiro antibiótico de largo espectro foi criado nadécada de 70.

ResoluçãoLê-se no texto:“Now, rampant overuse and the lack of new drugs inthe pipeline threaten to undermine their effectiveness”.* overuse = uso em excesso* to undermine = enfraquecer* effectiveness = eficácia

Resposta: AA

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RREEDDAAÇÇÃÃOO

Texto 1

O Senado aprovou nesta quarta-feira (16.04.2014)projeto que veda a doação de empresas ou pessoasjurídicas para campanhas eleitorais, que atualmente sãoos maiores doadores de políticos e partidos.

(Gabriela Guerreiro. “Senado acaba com doação de empresas em

campanhas eleitorais”. www.folha.uol.com.br, 16.04.2014.

Adaptado.)

Texto 2

O sistema político brasileiro tem sido submetido apermanente interferência do poder econômico. Nademocracia, deve prevalecer a igualdade. O voto de cadacidadão deve ter valor igual. O sistema político em quenão há igualdade é aristocrático, não democrático. Nopassado, apenas a elite econômica podia participar dapolítica, elegendo seus representantes. O chamado “votocensitário” excluía da vida pública amplos setores dasociedade. O processo de democratização levou àabolição do voto censitário, mas ainda não foi capaz deevitar que, por meio de mecanismos formais e informaisde influência, a política seja capturada pelo podereconômico.

O financiamento privado de campanhas eleitorais é oprincipal instrumento formal para que isso ocorra. Nosistema brasileiro atual, tanto empresas quanto pessoasfísicas podem fazer doações. Evidentemente, os maioresdoadores podem interferir de modo muito mais incisivono processo de tomada das decisões públicas do que ocidadão comum. Grandes empresas podem fazer com quesua agenda de interesses prevaleça no parlamento. Oparlamentar que obteve esse tipo de financiamento tendea se converter em um verdadeiro representante de seusinteresses junto ao Legislativo e, muitas vezes, ao próprioExecutivo. Isto é inevitável no atual sistema, que, com ofi nanciamento privado de campanhas, legitima a con -versão do poder econômico em poder político e, por essavia, em direito vigente, de observância obrigatória paratodos.

As doações por pessoas jurídicas são totalmenteincompatíveis com o princípio democrático. Os cidadãos,não as empresas, são titulares de direitos políticos.Apenas eles, por conseguinte, deveriam poder participardo processo político.

(Sérgio Fisher. “O financiamento democrático das campanhas

eleitorais”. www.tre-rj.gov.br. Adaptado.)

Texto 3

As relações do poder econômico com a área políticadespertam um conflito de valores que tracionam emsentidos opostos. Se é certo afirmar que o poder

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econômico pode interferir negativamente no sistemademocrático, favorecendo a corrupção eleitoral e outrasformas de abuso, também é certo que não se podeimaginar um sistema democrático de qualidade sempartidos políticos fortes e atuantes, especialmente emcampanhas eleitorais, o que, evidentemente, pressupõe adisponibilidade de recursos financeiros expressivos. E,sob esse ângulo, os recursos financeiros contribuempositivamente para a existência do que se poderia chamarde democracia sustentável. Como lembra Daniel Zovatto,“embora a democracia não tenha preço, ela tem um custode funcionamento que é preciso pagar”.

Eis aí, pois, o grande paradoxo: o dinheiro pode fazermuito mal à democracia, mas ele, na devida medida, éindispensável ao exercício e à manutenção de um regimedemocrático. É ilusão imaginar que, declarando ainconstitucionalidade da norma que autoriza doações porpessoas jurídicas, se caminhará para a eliminação daindevida interferência do poder econômico nos pleitoseleitorais.

(Teori Zavascki. “Voto-Vista (Supremo Tribunal Federal)”.

www.stf.jus.br. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus própriosconhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a

norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

O FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS

ELEITORAIS POR EMPRESAS DEVE SER

PROIBIDO?

Comentário à proposta de redação

O tema proposto, a ser desenvolvido numa disserta -ção, foi: O financiamento de campanhas eleitorais porempresas deve ser proibido? Ofereceram-se, comobase para a produção textual do candidato, três textos.O primeiro, do site UOL, informava sobre aprovação,por parte do Senado, de projeto que vedaria “a doaçãode empresas ou pessoas jurídicas para campanhaseleitorais”. Já o segundo texto, de Sérgio Fisher, posi -cio nava-se contra o financiamento privado, alegandoestar o sistema político brasileiro refém do podereconômico, algo incompatível com o princípio demo -crático, no qual “o voto de cada cidadão tem valorigual”. No último texto, um ministro do STF (SupremoTribunal Federal) defendia a norma que autorizadoações por pessoas jurídicas para campanhaseleitorais, a fim de assegurar a manutenção do sistemademocrático, que não poderia prescindir de “partidospolíticos fortes e atuantes”.Caso o candidato optasse por defender a proibição dofinanciamento privado, deveria destacar alguns dosfatores envolvidos nessa prática, os quais comprome -

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teriam a transparência do processo eleitoral e, porconseguinte, desfigurariam a democracia. Caberia,entre outras possibilidades, observar que a interfe -rência econômica na agenda política – tanto doLegislativo quanto do Executivo – seria proporcionalao valor das doações feitas por grandes empresas.Consequentemente, a classe política acabaria portornar-se representante dos interesses de seus patroci -nadores, esquecendo-se do compromisso assumido,durante as campanhas, com o eleitorado. A profusãode escândalos recentes, envolvendo empresas queteriam financiado alguns partidos políticos em trocade benefícios futuros, também poderia ser lembradacomo efeito pernicioso da lei que permite as doações.Caso, porém, optasse por defender as doações deempresas, o candidato deveria reconhecer que, a des -peito dos riscos de corrupção envolvidos nas relaçõesentre o poder econômico e a área política, o dinheirorepresentaria um recurso indispensável à manutençãoda “política sustentável”, ou seja, a democracia teriaum “custo de funcionamento que é preciso pagar”,sobretudo para viabilizar a permanência dos partidossólidos, que tradicionalmente vêm disputando apreferência dos eleitores.

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