folha de itapetininga 01/09/2015

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FOLHA DE IT FOLHA DE IT FOLHA DE IT FOLHA DE IT FOLHA DE IT APE APE APE APE APE TININGA TININGA TININGA TININGA TININGA ANO XLIll Nº 6.721 E-mail: [email protected] homepage: www.folhadeitapetininga.com.br Itapetininga, terça-feira 1 de setembro de 2015 Com Itapetininga e Região 45Anos 45Anos 45Anos 45Anos 45Anos Engenharia de Instalações Hidráulicas e Mecânicas Homenagem Especial : Maria Isabel M. Siqueira (Bela) Dentista Nestlé Distribuidora Colégio No último domingo,30, à noite, a Polícia Militar de Itapetininga surpreendeu um trio ( um adulto e dois ado- lescentes) acusado de trafi- car drogas no Bairro Ta- boãozinho. A equipe da ROCAM, com o Sgt.Duarte e Sd. Anselmo, com apoio da AI, localizou com os Na noite do último sá- bado,29, equipes da Força Tática da Polícia Militar de Itapetininga, sob o coman- do do Ten.Pablo e com o Sgt. Campos,Cbs. Robson,Nogueira,J.Rodrigues e Sd.Camargo,mais o apoio da VTr Delegada com os Cbs.Roselí e Neves, toma- ram conhecimento de que um veículo Fiat-Uno ,ocu- pado por dois homens e uma mulher, portando entor- pecentes, se deslocava da Vila Alves para o Bairro Sta.Cruz dos Matos. Os Itapetininga é a segunda em ocorrências A Secretaria de Segu- rança Pública do Estado, no último dia 27, divulgou que 757 deficientes foram vítimas de crimes na área da Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvi- mento Social de Sorocaba. Na próxima 6ªfeira,dia 4, será aberta no Itapeti- ninga Shopping, a 8ª Ex- posição de Orquídeas,em benefício da Associação para Promoção e Inclusão Social dos Deficientes Físicos de Ita- petininga(Aprisdefi). Uma exposição de orquí- deas exóticas, cultivadas e A Campanha de Vaci- nação contra a Poliomielite,que seria encer- rada ontem, 31,foi prorroga- da até o dia 10 de setem- bro, já que os índices proje- tados não foram atingidos. Em Itapetininga, das 9 Força Tática da PM surpreende dois homens e uma mulher com drogas policiais,realizando patrulha- mento, localizaram o veícu- lo e,após abordagem, apre- enderam 45 pinos com cocaína, uma quantia em dinheiro, celulares e vários pinos vazios. O trio foi detido e encaminhado ao Plantão Permanente da DelPol.onde o delegado dr. Reginaldo Mendes da Costa,ao lado do escrivão Esdras Molina, autuou os três por tráfico de entorpe- centes. Mais um positivo trabalho da PM no comba- te ao tráfico. Segurança Pública divulga sobre deficientes vítimas de crimes na região Os boletins de ocorrências foram registrados de maio de 2014 a junho de 2015, em 31 cidades da região. Nesse período, segundo a Diretoria Regional, as pes- soas com deficiência sofre- ram ameaças, furtos e le- sões corporais. Na relação da região,os municípios que somam maiores registros são: Sorocaba, 237; Itapetininga, 76; Itu, 66 e Salto, 49. 6ª Feira Abertura da 8ª Exposição de Orquídeas em prol da Aprisdefi tratadas da forma ideal, pre- paradas para você que gos- ta de natureza e de ajudar ao próximo. No local haverá venda de orquídeas. A exposição e venda das orquídeas serão nos dias 4, 5,6 e 7 de setem- bro. Visitem e colaborem !!! Mais um trio é surpreendido com drogas na cidade três , 11 pedras de crack embaladas, dinheiro e celulares.Todos foram encaminhados ao Plantão da DelPol,sendo elabora- do o B.O. de tráfico de entorpecentes ( ato infra- cional) ,associação para o tráfico e corrupção de menor. Campanha de Vacinação contra Polio é prorrogada mil crianças previstas, pou- co mais de 6 mil foram vacinadas. Assim, segundo a Vigilância Sanitária Municipal, a vacinação continuará nas 20 Unidades Básicas de Saúde do município, nas zo- nas urbana e rural. Na noite do último sá- bado, 29,por volta das 22 hs, na Avenida Marginal Dr. José Ozi,em Vila Barth, ocorreu uma colisão en- volvendo três automóveis: Colisão de veículos na Marginal de Vila Barth causa duas vítimas Na manhã de ontem ,a Câma- ra Municipal de Itapetininga abri- gou um evento de grande reper- cussão- o lançamento da Frente Parlamentar de Apoio da Silvicul- tura . Estiveram presentes 16 pre- feitos municipais, vereadores de 22 municípios, a Secretária de Estado do Meio Ambiente, Dra. Patrícia Iglesias, e um grande pú- blico. Os Secretários de Estado da Agricultura e de Energia não puderam vir, mas enviaram suas equipes. A coordenação geral esteve a cargo do Deputado Es- tadual Edson Giriboni. Usaram da Palavra, com projeções de slides, o coordena- Secretária de Estado, 16 Prefeitos e grande público prestigiaram lançamento da Frente de Silvicultura dor- Deputado Edson Giriboni, o Presidente da Associação Pau- lista de Florestas Plantadas - Flo- restar- Dr. José Ricardo Ferraz, o diretor da FATEC de Capão Bonito- dr. José Francisco de Souza, a Presidente da Câmara municipal de Itapetininga- Maria Lúcia Haidar, represen- tando os vereadores do Esta- do, o Prefeito de Capão Boni- to- Júlio Fernando Galvão Dias e a Secretária de Estado do Meio Ambiente- Dra. Patrícia Iglesias, registrando-se ainda a presença de grandes empre- sas do setor madeireiro e pro- dutores rurais. Fiat Siena,de Itapetininga; um Cytroen,de Itapetininga e um Hyundai Veloster,também de Itape- tininga. Além dos danos materiais, o acidente pro- vocou leves ferimentos em duas vitimas, que ocupavam,respectivamente,o Cytroen, e o Siena. As ví- timas foram encaminhadas ao PSM pelas equipes do SAMU dos Bombeiros Militares. No Plantão da DelPol,trabalhos do dele- gado Reginaldo Mendes Costa e investigador José Augusto A.Barros.

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Page 1: Folha de Itapetininga 01/09/2015

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 1 de setembro de 2015 página 1Edição nº 6.721FOLHA DE ITFOLHA DE ITFOLHA DE ITFOLHA DE ITFOLHA DE ITAPEAPEAPEAPEAPETININGATININGATININGATININGATININGAANO XLIll Nº 6.721

E-mail: [email protected]: www.folhadeitapetininga.com.brItapetininga, terça-feira 1 de setembro de 2015 C

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Engenharia de InstalaçõesHidráulicas e Mecânicas

Homenagem Especial : Maria Isabel M. Siqueira (Bela)

Dentista

NestléDistribuidora

Colégio

No último domingo,30, ànoite, a Polícia Militar deItapetininga surpreendeu umtrio ( um adulto e dois ado-lescentes) acusado de trafi-car drogas no Bairro Ta-boãozinho. A equipe daROCAM, com o Sgt.Duartee Sd. Anselmo, com apoioda AI, localizou com os

Na noite do último sá-bado,29, equipes da ForçaTática da Polícia Militar deItapetininga, sob o coman-do do Ten.Pablo e com oSgt. Campos,Cbs.Robson,Nogueira,J.Rodriguese Sd.Camargo,mais o apoioda VTr Delegada com osCbs.Roselí e Neves, toma-ram conhecimento de queum veículo Fiat-Uno ,ocu-pado por dois homens euma mulher, portando entor-pecentes, se deslocava daVila Alves para o BairroSta.Cruz dos Matos. Os

Itapetininga éa segunda em

ocorrênciasA Secretaria de Segu-

rança Pública do Estado,no último dia 27, divulgouque 757 deficientes foramvítimas de crimes na áreada Diretoria Regional deAssistência e Desenvolvi-mento Social de Sorocaba.

Na próxima 6ªfeira,dia4, será aberta no Itapeti-ninga Shopping, a 8ª Ex-posição de Orquídeas,embenefício da Associação paraPromoção e Inclusão Socialdos Deficientes Físicos de Ita-petininga( Aprisdefi).

Uma exposição de orquí-deas exóticas, cultivadas e

A Campanha de Vaci-nação contra aPoliomielite,que seria encer-rada ontem, 31,foi prorroga-da até o dia 10 de setem-bro, já que os índices proje-tados não foram atingidos.

Em Itapetininga, das 9

Força Tática da PMsurpreende dois homens euma mulher com drogas

policiais,realizando patrulha-mento, localizaram o veícu-lo e,após abordagem, apre-enderam 45 pinos comcocaína, uma quantia emdinheiro, celulares e váriospinos vazios. O trio foidetido e encaminhado aoPlantão Permanente daDelPol.onde o delegado dr.Reginaldo Mendes daCosta,ao lado do escrivãoEsdras Molina, autuou ostrês por tráfico de entorpe-centes. Mais um positivotrabalho da PM no comba-te ao tráfico.

Segurança Pública divulgasobre deficientes vítimas

de crimes na regiãoOs boletins de ocorrênciasforam registrados de maiode 2014 a junho de 2015,em 31 cidades da região.Nesse período, segundo aDiretoria Regional, as pes-soas com deficiência sofre-ram ameaças, furtos e le-sões corporais. Na relaçãoda região,os municípios quesomam maiores registros são:Sorocaba, 237; Itapetininga,76; Itu, 66 e Salto, 49.

6ª Feira Abertura da 8ª Exposição deOrquídeas em prol da Aprisdefi

tratadas da forma ideal, pre-paradas para você que gos-ta de natureza e de ajudarao próximo.

No local haverá vendade orquídeas.

A exposição e vendadas orquídeas serão nosdias 4, 5,6 e 7 de setem-bro. Visitem e colaborem !!!

Mais um trio é surpreendidocom drogas na cidade

três , 11 pedras de crackembaladas, dinheiro ecelulares .Todos foramencaminhados ao Plantãoda DelPol,sendo elabora-do o B.O. de tráfico deentorpecentes ( ato infra-cional) ,associação para otráfico e corrupção demenor.

Campanha de Vacinaçãocontra Polio é prorrogada

mil crianças previstas, pou-co mais de 6 mil foramvacinadas. Assim, segundo aVigilância Sanitária Municipal,a vacinação continuará nas20 Unidades Básicas deSaúde do município, nas zo-nas urbana e rural.

Na noite do último sá-bado, 29,por volta das 22hs, na Avenida Marginal Dr.José Ozi,em Vila Barth,ocorreu uma colisão en-volvendo três automóveis:

Colisão de veículos na Marginalde Vila Barth causa duas vítimas

Na manhã de ontem ,a Câma-ra Municipal de Itapetininga abri-gou um evento de grande reper-cussão- o lançamento da FrenteParlamentar de Apoio da Silvicul-tura . Estiveram presentes 16 pre-feitos municipais, vereadores de22 municípios, a Secretária deEstado do Meio Ambiente, Dra.Patrícia Iglesias, e um grande pú-blico. Os Secretários de Estadoda Agricultura e de Energia nãopuderam vir, mas enviaram suasequipes. A coordenação geralesteve a cargo do Deputado Es-tadual Edson Giriboni.

Usaram da Palavra, comprojeções de slides, o coordena-

Secretária de Estado, 16 Prefeitos e grande públicoprestigiaram lançamento da Frente de Silvicultura

dor- Deputado Edson Giriboni,o Presidente da Associação Pau-lista de Florestas Plantadas - Flo-restar- Dr. José Ricardo Ferraz,o diretor da FATEC de CapãoBonito- dr. José Francisco deSouza, a Presidente da Câmaramunicipal de Itapetininga-Maria Lúcia Haidar, represen-tando os vereadores do Esta-do, o Prefeito de Capão Boni-to- Júlio Fernando Galvão Diase a Secretária de Estado doMeio Ambiente- Dra. PatríciaIglesias, registrando-se aindaa presença de grandes empre-sas do setor madeireiro e pro-dutores rurais.

Fiat Siena,de Itapetininga;um Cytroen,de Itapetiningae um HyundaiVeloster,também de Itape-tininga. Além dos danosmateriais, o acidente pro-

vocou leves ferimentos emduas vitimas, queocupavam,respectivamente,oCytroen, e o Siena. As ví-timas foram encaminhadasao PSM pelas equipes do

SAMU dos BombeirosMilitares. No Plantão daDelPol,trabalhos do dele-gado Reginaldo MendesCosta e investigador JoséAugusto A.Barros.

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FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 1 setembro de 2015página 2 Edição nº 6.721

ColaboradoresAlberto Isaac, Carlos José de Oliveira, Dirceu de Campos, Dr. Bastos, Dr. Jorge

Paunovic, Manoel Silvério, Marcos Cintra, Maria do Carmo A. Franco, WaldomiroB. Carvalho, Monica Chirosa, Prof. Newton Albquerque, Theothonio AfonsoPereira Jr., Pr. André Rogério Ribeiro Pacheco.

Tiragem 8 mil exemplares

A redação nao se reponsabiliza pelos conceitos e artigos assinados.Fica esclarecido que os colaboradores com colunas assinadas não tem vínculoempregatício com a Editora Folha de Itapetininga Ltda, exceto os que tiverem contratoassinado com a mesma.

Representante Exclusivo: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre,Belo Horizonte e Brasília.

Consórcio Brasileiro de Imprensa - CBI - Av. José Maria Whitaker, 890CEP: 04057-000 - SÃO PAULO - SP FONE: (11) 5589-4643 - FAX (11) 5589-4662

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Redação Administração, Publicidade:Rua Saldanha Marinho, 532 - Centro

• Fone/Fax: (15) 3271-1576

Registrado no Cartório Oficial de Registro de Pessoa Jurídica de Itapetininga sob o nº 004437

Diretores: Marcelo Salem Cerqueira e José Octavio Salem CerqueiraJornalistas Responsáveis: José Octávio Salem Cerqueira - Registro nº 52.755/SP -Marcello Salem Cerqueira - PR1226Redator Chefe: Silas Gehring CardosoRepórter: Jorge Luiz de Almeida - MTB 0071025/SPDiretor Comercial - Carlos Renato M. Gomes, José Raimundo CorreiaDiagramador e WebMaster: Henrique J.O. Almeida

EXTRAVIOA empresa Nereu José de Sou-

za, localizada na Rua João Gomesde Almeida, 40 - Vila Mazzei, nomunicípio de Itapetininga/SP, ca-dastrada na Inscrição Municipalnº 0172930000, declara para osdevidos fins o extravio de NotaFiscal de Prestação de Serviços,série A dos números 001 à 050parcialmente usado e dos núme-ros 051 a 100 em branco.

FALECIMENTOSTHEREZA DE JESUS SILVA CAMARGODia 30 em Itapetininga,aos 77 anos de idade.Era

aposentada,casada com o sr.Miguel Ortiz de Camar-go. Deixou os filhos Miguel e Adriana. Sepultamentodia 31, às 16 hs, no Cemitério Jardim Colina da Paz.

MARIA ISAURA DE QUEIROZAos 65 anos de idade, dia 30, em Sorocaba. Era

casada com o sr.João Alves de Queiroz.Deixou osfilhos Edmundo, Andréa e Adriana. Sepultamento dia31, às 9 hs, no Cemitério Jardim Colina da Paz,emItapetininga.

THEREZA NERY VENDRAMINIDia 30, em Itapetininga, aos 85 anos de idade.Era

viúva do sr.José Vendramini.Deixou os filhos MariaSilvina, Maria Helena, Maria Odete e Antonio Carlos.Sepultamento dia 31, às 17 hs, no Cemitério JardimColina da Paz.

MAKOTO TAKATAAos 68 anos, dia 30,em Itapetininga.Era casado

com a srª Olga Suzue Maramatsu Takata. Deixou osfilhos Humberto, Karen e Alexandre.Sepultamentodia 31, às 16 hs., no Cemitério Municipal São JoãoBatista.

O Instituto de PesquisasTecnológicas (IPT) está cominscrições abertas para o pro-cesso seletivo de 72 vagas deestágio remunerado a estu-dantes de curso de nível su-perior e técnico de diversasáreas profissionais. As inscri-ções devem ser feitas online,no site do Instituto, até o dia15 de setembro.

Durante o encontro,foi discutido como seráo gerenciamento do Cen-tro Paraolímpico Brasi-leiro

O modelo de gestãodo Centro ParaolímpicoBrasileiro, complexoque está prestes a serinaugurado na capitalpaulista, foi tema do en-contro realizado nestasegunda-feira (31) entreo governador GeraldoAlckmin e o ministro doEsporte, George Hilton.

"Será gerido por umconselho tripartite, entreo Ministério do Esporte,Governo de São Paulo eComitê ParaolímpicoBrasileiro", afirmou Hil-ton.

Ainda segundo o mi-nistro, a proposta é queo novo Centro alicerce,cada vez mais, o esportebrasileiro, sobretudo emSão Paulo.

"Mais que uma grandeentrega, visamos a con-tinuidade e permanência."São Paulo já tem umprotagonismo enormepara paradesporto. Aliás,é o estado que mais temcolaborado para o cres-cimento dos jogos para-olímpicos".

O custeio para o fun-cionamento do Centroserá de responsabilidadedo Comitê ParaolímpicoBrasileiro.

IPT está com inscriçõesabertas para estágio

Vagas sãopara

estudantesde cursossuperior e

técnico

Para participar, os candi-datos devem estar matricula-dos no ano especificado noedital. A jornada de estágioserá definida de acordo coma carga horária mínima publi-cada, disponível para cadavaga. Os estágios serão reali-zados na sede do IPT, no cam-pus da Cidade Universitária nacapital paulista, e na filial de

São José dos Campos.O processo seletivo será

realizado em duas etapas:Conhecimentos Específicose Entrevista Técnica. Oconteúdo das avaliaçõesobedecerá ao estabelecidonas diretrizes curricularesdeterminadas pelo Ministé-rio da Educação para cadacurso.

Governador GeraldoAlckmin recebe o ministrodo Esporte George Hilton

Page 3: Folha de Itapetininga 01/09/2015

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 1 de setembro de 2015 página 3Edição nº 6.721

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...38 anos de tradiçãoCurso para renovação de carteirade habilitação diurno e noturno

As contas públicas ti-veram um rombo de R$ 10bilhões em julho: é o piordesempenho para o mêsdesde que o dados passa-ram a ser registrados em2001. Segundo o BancoCentral, não foi apenas aUnião que gastou mais doque arrecadou no mês pas-sado, mas estados, muni-cípios e empresas estataistambém tiveram déficit.

De acordo com a Agên-cia O Globo, o resultadofiscal é um reflexo da cri-se econômica que vive opaís. Como as empresasproduzem menos e o con-sumo caiu, os entes públi-cos deixam de arrecadar.Além disso, os gastospressionam o orçamentoe é difícil economizarpara pagar juros da dívidapública, que não param desubir porque o própriogoverno teve de aumentara taxa básica para conter ainflação.

— O resultado está for-temente impactado pelodesempenho da economianeste ano. É o resultadode uma economia fraca eem recessão. Todos viram

A economia brasileira enco-lheu 1,9% no segundo trimestre,na comparação com o primeiro tri-mestre do ano, informou o IBGEnesta sexta-feira. De acordo coma Agência O Globo, é o pior resul-tado para qualquer trimestre des-de o período entre janeiro e marçode 2009, quando o recuo foi de2,2%. E é o pior resultado para umsegundo trimestre de toda a sériehistórica, iniciada em 1996. Foi piorque o esperado, já que analistaspreviam queda de 1,7%, de acor-do com a mediana das projeçõescompiladas pela Bloomberg. Nacomparação com o segundo tri-mestre do ano anterior, a quedafoi de 2,6%. No acumulado do se-mestre, o recuo foi de 1,2% e, em12 meses, de 2,1%.

No primeiro trimestre desteano, o PIB revisou a queda de 0,2%para 0,7% frente aos últimos trêsmeses de 2014. Com o resultadonegativo entre abril e junho, o paísvoltou a entrar em recessão técni-ca — termo usado por economis-tas quando há duas quedas se-guidas do PIB. A última vez queisso ocorreu foi no auge da criseglobal de 2008. O tombo daquelaépoca, no entanto, foi bem maisintenso: contrações de 4,1% noquatro trimestre de 2008 e de 2,2%no primeiro trimestre de 2009. Noano passado, o país chegou a cairem recessão entre o primeiro e osegundo trimestre, mas a sequên-cia de variações negativas foi anu-lada por revisões de cálculos nos

Setor público tem déficit de R$ 10 biem julho, o pior desde 2001

o resultado do PIB divul-gado nesta manhã (quedade 1,8% da economia no2o trimestre). Uma eco-nomia com o desempenhomenor, se traduz em me-nor desempenho fiscal —frisou o chefe-adjunto dodepartamento econômicodo BC, Fernando Rocha.

Somente no mês passa-do, os juros que o gover-no deveria ter pago chega-ram a nada menos que R$62,8 bilhões. De janeiro ajulho, o peso dessa cargaé muito maior: R$ 288,6bilhões. Além de ser umrecorde, está perto do quedeveria ser pago em todoo ano passado: R$ 311,5bilhões.

— O resultado está im-pactado pelos gastos comswap cambial. Em julho, ogasto chegou a R$ 23,9bilhões — informou Ro-cha.

As despesas com oschamados contratos deswaps cambiais – instru-mentos de intervenção quefunciona como venda demoeda americana no mer-cado futuro – aumentaramdesde quando o BC reto-

mou a política de irrigaçãodo mercado, apelidada de“ração diária”. Desde2002, o BC tem colocadocontratos desse tipo nomercado para oferecer“hedge” (ou seja, prote-ção) para a oscilação damoeda americana.

Ontem, o BC apresen-tou o balanço do semestreque mostrava perdas de R$37 bilhões. No entanto, elaé feita com outra metodo-logia contábil. Pelo crité-rio de competência, os gas-tos somam R$ 66,7 bi-

lhões. Pelo critério caixa,a despesa é de R$ 57 bi-lhões.

De janeiro a julho, opeso dessa carga é muitomaior: R$ 288,6 bilhões.Além de ser um recorde,está perto do que deveriaser pago em todo o anopassado: R$ 311,5 bilhões.

Como em 2014, o se-tor público não tem a me-nor condição de arcar comessa fatura agora. Ou seja,essa conta vai aumentar oendividamento. Nos seteprimeiros meses, as con-

tas públicas têm superávitprimário de R$ 6,2 bilhões.A meta é economizar0,15% do Produto InternoBruto (PIB).

Nos últimos 12 meses,entretanto, há um déficitprimário por causa dosconstantes rombos doano passado de nada me-nos que 51 bilhões. Ouseja, o Brasil não conse-guiu pagar nenhum cen-tavo dos R$ 451,8 bi-lhões em juros que deve-riam ser pagos nesse pe-ríodo. É uma carga de

juros de 7,2% do Produ-to Interno Bruto (PIB).

Assim, o chamado dé-ficit nominal (que teori-camente deveria ser ovalor dos juros menos oesforço fiscal feito pelogoverno) somou doisprejuízos: a carga de ju-ros e o déficit primário.Por isso, chegou a R$505,8 bilhões. Isso re-presenta nada menos que8,81% do PIB: nunca opaís teve um rombo des-se tamanho, segundo oBanco Central.

PIB encolheu 1,9% no 2º trimestre e país está oficialmente em recessãomeses seguintes.

Quase todos os componentesdo PIB recuaram no segundo tri-mestre, frente ao trimestre anteri-or. A exceção foi o consumo dogoverno, que subiu 0,7%. O inves-timento — medido pela FormaçãoBruta de Capital Fixo — caiu 8,1%.A indústria, por sua vez, teve per-da de 4,3%, enquanto na agrope-cuária essa taxa foi de -2,7%.

O consumo das famílias tevequeda de 2,1%, o pior desempe-nho desde o terceiro trimestre de2001, quando recuara 3,2%. É o se-gundo trimestre seguido de que-da no consumo das famílias nacomparação anual, ou seja, em re-lação a igual trimestre do ano an-terior. Antes disso, o consumo dasfamílias tinha subido por quase 11anos: 45 trimestres seguidos, oudesde o último trimestre de 2003.

Em valores correntes, o PIBchegou a R$ 1,428 trilhão no tri-mestre. A taxa de investimento nosegundo trimestre foi de 17,8% doPIB, abaixo dos 19,5% do segun-do trimestre de 2014. Já a taxa depoupança ficou em 14,4%, ante16% em igual período de 2014.

INDÚSTRIA E INVESTIMEN-TOS NO PATAMAR DA CRISE

A queda de 8,1% frente ao pri-meiro trimestre da formação brutade capital fixo (compra de máqui-nas, equipamentos e investimen-tos em construção civil), tambémum indicador de investimentos, éa maior desde o primeiro trimestrede 2009, quando o indicador des-

pencou 10,1%, refletindo a criseglobal.

Considerando os indicadoresde produção, o desempenho daindústria também remonta a núme-ros da crise financeira global, ini-ciada em 2008. A queda de 4,3%em relação ao primeiro trimestre éa pior desde o primeiro trimestrede 2009, quando encolheu 5,9%.O destaque dentro do setor ficoucom a construção civil, que regis-trou queda de nada menos que8,4% — a pior de toda a série his-tórica do PIB, iniciada em 1996.

Na comparação com o segun-do trimestre de 2014, a única ativi-dade a registrar crescimento entreabril e junho foi a Agropecuária,com alta de 1,8%. Pelo lado da de-manda, os investimentos caíram11,9%, enquanto o consumo dasfamílias recuou 2,7%. A indústriateve perda de 5,2%, enquanto Ser-viços caíram 1,4%. No consumodo governo, a queda foi de 1,1%.

Desde a divulgação do PIB doprimeiro trimestre, em maio, as pes-quisas mensais divulgadas peloIBGE e por outros órgãos mostra-ram deterioração do cenário eco-nômico. Indústria, varejo e servi-ços fecharam o semestre com re-sultados negativos, de acordocom as pesquisas conjunturais doinstituto. Recentemente, o IBC-Br,indicador calculado pelo BancoCentral e considerado uma espé-cie de prévia do PIB, registrouqueda de 1,89% no segundo tri-mestre, pior desempenho desde o

primeiro trimestre de 2009.IBGE REVISA DADOS DES-

DE 2013Diferentemente do que ocor-

reu nos dois anos anteriores, aperda de ritmo da atividade em2015 é acompanhada por uma pio-ra mais forte do mercado de traba-lho, o que agrava a crise. Na se-mana passada, o IBGE informouque a taxa de desemprego subiupara 8,3% no segundo trimestre,de acordo com a Pnad Contínua,que contém dados de todos osestados brasileiros.

As perspectivas de analistaspara este ano não são boas. Deacordo com o mais recente bole-tim Focus, do Banco Central, amediana das projeções indica que-da do PIB de 2,06% em 2015. Se aprevisão estiver correta, será o pri-meira retração anual desde 2009 (-0,2%), ano pós-crise global, e opior resultado em toda a série his-tórica, iniciada em 1996.

Nas últimas semanas, até a re-tomada gradual de fôlego em 2016passou a ser deixada de lado poranalistas. No início do ano, o mer-cado chegou a prever crescimen-to de 1,8% no ano que vem, deacordo com a pesquisa do BC, maso otimismo perdeu força. A proje-ção mais recente para o próximoano é de leve retração de 0,24%,seguida de resultado positivo de1,5% em 2017.

O IBGE revisou dados da eco-nomia desde 2013, sempre na com-paração com o trimestre imediata-

mente anterior. No quarto trimes-tre daquele ano, a alteração foi deestabilidade para queda de 0,2%.Já o segundo trimestre de 2014passou a ser de queda de 1,1%,ante estimativa anterior de recuo

de 1,4%. O terceiro trimestre pas-sou a ser de alta de 0,1%, frente aavanço de 0,2% calculado anteri-ormente, e, finalmente, o quartotrimestre do ano foi de alta de0,3% para estabilidade.

Page 4: Folha de Itapetininga 01/09/2015

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 1 setembro de 2015página 4 Edição nº 6.721

Diante da reação deCongresso e empresá-rios, a presidente Dilmadesistiu de propor a re-criação da CPMF, in-formou a Agência OGlobo. Após reunir-secom ministros, ela de-cidiu discutir o financi-amento da saúde coma sociedade. A presi-dente Dilma Rousseffdesistiu de propor aoCongresso a recriaçãoda CPMF neste mo-mento. Após se reunirontem com ministros, apresidente avaliou que émelhor discutir a ques-tão do financiamento daSaúde com calma epromover um debatecom toda a sociedade— nos moldes do queserá feito com a Previ-dência Social. A recria-ção da CPMF era du-ramente criticada porparlamentares e empre-sários.

A recriação daCPMF, defendida peloministro da Fazenda,Joaquim Levy, poderiaarrecadar até R$ 80 bi-lhões por ano, segundoestimativas do governo.O dinheiro seria usadopara resolver proble-mas no Orçamento dogoverno para 2016.

Os ministros da cha-

Diante da escaladado dólar, que apenasnesta semana subiu2,58% frente o real, oBanco Central anun-ciou que vai injetar nomercado, por tempodeterminado, até US$2,4 bilhões. De acor-do com o CorreioBraziliense, essa me-dida pode tirar pres-são do movimento dealta da divisa norte-americana. Na prática,O dólar é visto comouma mercadoria equanto maior a ofertadesse produto, maisbarato ele fica. Se oBC coloca dólares nomercado, a tendênciaé de a cotação da mo-eda diminuir frente aoreal ou pelo menos di-minuir o movimentode alta.

A operação anunci-ada na noite desta sex-ta-feira, 28, pelo Ban-co Central, chamada

Diante de críticas, governodesiste de recriação da CPMF

mada Junta Orçamentá-ria (Fazenda, Planeja-mento e Casa Civil) es-tão debruçados desdeontem sobre a propos-ta de Orçamento queserá entregue ao Con-gresso amanhã. Sem es-ses recursos, já existeaté a possibilidade deque a proposta seja en-caminhada prevendoum déficit nas contaspúblicas no ano quevem.

— A presidente ava-lia que esse deve ser umdebate de médio e lon-go prazo. Não está maisem discussão o encami-nhamento disso(CPMF) neste momen-to. O governo decidiuque vai encaminhar umaproposta para o finan-ciamento da Saúde commais calma — disse umintegrante da equipeeconômica.

Está marcada parahoje uma nova reuniãoda presidente com osministros. Nela, será ba-tido o martelo sobre oformato final do Orça-mento. Dilma já haviaindicado, em jantar comgovernadores do Nor-deste na sexta-feira, terdúvidas sobre a viabili-dade da volta do impos-to do cheque, e pediu

sugestões de financia-mento para a Saúde.

Técnicos do gover-no afirmam que o Or-çamento de 2016 ficainviabilizado sem novoimposto, e o que seráenviado ao Congressoserá uma peça de fic-ção. Integrantes daequipe econômica afir-maram que o romboestimado nas contas de2016 é de R$ 130 bi-lhões. Para cobrir essadiferença, foram feitoscortes de R$ 50 bilhõesnas despesas. Do ladodas receitas, trabalhou-se com uma arrecada-ção de R$ 60 bilhõescom a CPMF (depoisde todos os repassespara estados e municí-pios). O restante daconta seria fechadocom a venda de ativose a reversão de outrosincentivos tributários.

— Sem a CPMF, aconta não fecha — dis-se um integrante daequipe econômica.

Mesmo com as crí-ticas até do vice-presi-dente Michel Temer àproposta, a equipe eco-nômica insistia na recri-ação da CPMF. Pelamanhã, antes da deci-são da presidente, oministro Joaquim Levy

e o ex-presidente Lulahaviam defendido o im-posto para que se che-gue a esse equilíbrio fis-cal.

LEVY DEFENDEUPROPOSTA

Como exemplo,Levy citou a profundacrise econômica naGrécia, que por muitotempo resistiu a aumen-tar impostos, mas queteve de ceder e adotarum pacote não só deausteridade, mas tam-bém de elevação dostributos.

— Temos que vercomo enfrentar a reali-dade fiscal e ainda criaras bases para o cresci-mento. A gente tem quemelhorar os serviços. ACPMF, por exemplo,se pudesse ser uma fon-te estável para a Saúdepor alguns anos, pode-ria ser algo bom. Sãoalternativas que a gentetem que pensar — dis-se Levy.

Lula afirmou que aCPMF nunca deveria tersido extinta. A declara-ção foi feita durante se-minário realizado pelaprefeitura de São Ber-nardo no Campo (SP), que contou com a pre-sença do ministro daSaúde, Arthur Chioro, e

do ex-presidente PepeMujica, do Uruguai.

— Não sei se vocêpediu a volta do CPMF,mas a verdade é que aCPMF não devia tersido tirada — disseLula, orientando Chio-ro a conversar com osgovernadores e prefei-tos que se queixaram dadivisão do bolo dos re-cursos da CPMF.

Dilma esperava con-tar com apoio abertodos governadores parao novo tributo, masmesmo os principaisgovernadores petistasevitaram defendê- loabertamente. Ontem,pouco antes de desis-tir do novo tributo,ela recebeu no Palá-cio da Alvorada o go-vernador de Minas,Fernando Pimentel(PT). Governadores

do Nordeste que par-ticiparam do jantarcom Dilma na sexta-feira disseram que elanão fez uma defesaentusiasmada do as-sunto, mas estimulouo debate, ao pergun-tar quais alternativasos governadores su-geriam. Uns propuse-ram o aumento do se-guro Dpvat, do trân-sito; outros, do Im-posto de Renda paraas camadas mais al-tas.

O governador doPiauí , Wel l ingtonDias (PT) , afirmouem nota que esse nãoé o melhor momentopara recriar o impos-to: “Considero o mo-mento de re t raçãoeconômica delicadopara tratar da criaçãode novo imposto”.

BC vai injetar no mercado até US$ 2,4 bilhões para conter dólarde leilão de venda comcompromisso de re-compra, é conhecidatambém como leilão delinha. Nela, a institui-ção terá duas dataspara tirar esse dinhei-ro de circulação casojulgue necessário: 4 denovembro e 2 de de-zembro de 2015. Sechegar a esse prazo li-mite e o BC entenderque é necessário man-ter esse volume de dó-lares disponíveis, umnovo leilão de linhapode ser feito.

O leilão anunciado éuma rolagem ou manu-tenção de uma opera-ção que ocorreu emmarço, quando o BCdisponibilizou até US$2,5 bilhões. Em 4 deagosto ele enxugouUS$ 100 milhões des-se total fazendo a re-compra desses dólarese, o restante, optoupor deixar no merca-

do pelo menos até ofim do ano, conformeanunciado no comu-nicado divulgadohoje.

Essa medida vemem uma semana debastante tensão polí-t ica e econômica,com a crise políticadoméstica se intensi-ficando depois de po-líticos terem sido de-nunciados ao Supre-mo Tribunal Federal(STF) na OperaçãoLava-Jato e da divul-gação de resultadosfrustrantes do Produ-tor Interno Bruto(PIB), quadro que ali-menta a alta do dólarfrente o real. No ce-nário internacional, acrise da China tem di-tado o tom dos mer-cados e gerado per-das nas bolsas de va-lores mudo a fora eprincipalmente emmercados emergentes

como o Brasil. O fa-tor China também éuma fonte a mais depressão para a alta dodólar frente o real.

Tradicionalmente, oBC faz mais dessetipo de operação, oleilão de linha, no se-gundo semestre,quando há mais de-manda das empresasque querem mandarlucros para o exterior.O mercado tambémtem especulado quenão adiantava a insti-tuição manter as ope-rações de swap – quenão colocam dinheiroem espécie no merca-do, mas influenciam omercado futuro – semoferecer dólar físico.Para alguns críticosdo BC, enquanto aautoridade monetárianão colocasse dinhei-ro em espécie no mer-cado a elevação dadivisa não daria tré-

gua. No ano, a alta damoeda é de 34,95%.

Entenda o casoNos leilões de linha,

o Banco Central colo-ca dinheiro vivo nomercado. O dólar évisto como uma mer-cadoria e quanto mai-or a oferta desse pro-duto, mais barato elefica. Se o BC colocadólares no mercado, atendência é de a cota-ção da moeda dimi-nuir frente ao real oupelo menos diminuir omovimento de alta.

Nos leilões de swapcambial, é como se oBC fizesse uma apos-ta com o mercado. Seo dólar subir mais queos juros, o BC secompromete a pagarao mercado a variaçãodo câmbio no perío-do de vigência doscontratos, mais umcupom cambial(como são chamadas

as taxas de juros emdólar no Brasil) .Como contrapartida,os investidores ficamobrigados a entregarao BC a oscilaçãodos juros DI (a taxautilizada nos emprés-timos entre institui-ções financeiras e quefica próxima à taxa Se-lic).

Na prática, portan-to, o BC oferece aoinvestidor uma prote-ção contra a alta damoeda norte-america-na, tornando desne-cessária a compra dodólar à vista naquelemomento. Por essemotivo que se costu-ma dizer que o con-trato de swap cambialequivale à venda dedólares no mercadofuturo. Ao ofertá-lo, oBC geralmente conse-gue aliviar ou até mes-mo reverter a valoriza-ção da divisa.

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FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 1 de setembro de 2015 página 5Edição nº 6.721

Além de uma ques-tão judicial e urbanís-tica, a desobstruçãoda orla do Lago Para-noá tem principalmen-te relevância ambien-tal. De acordo com oCorreio Braziliense,incrustada na malhaurbana, a região quecircunda o espelhod’água é tão sensívelquanto alterada. Ali,estão pontos de refú-gio de animais nativose de espécies vegetaisa serem protegidos,mas sob constanteameaça da ação huma-na desordenada. As-sim, o acesso às áreasantes interditadas pelaocupação irregular vaipermitir entender qualé a real situação deconservação da faunae da flora. Somenteapós o mapeamentodos danos ambientaiscausados por píeres,diques e pelos nadainocentes jardins se-

Os economistas ou-vidos pelo BancoCentral (BC) na pes-quisa Focus mais umavez reduziram as pers-pectivas para o PIB. Aprojeção para o resul-tado da atividade eco-nômica neste ano caiupela sétima semanaseguida, passando de -2,06% para -2,26%.De acordo com aAgência O Globo,para 2016, a previsãopiorou pela quarta se-mana consecutiva: emvez de um recuo de0,24%, como previstono último boletim, ago-ra, espera-se uma bai-xa de 0,40%.

Já a projeção paraa inflação de 2015 foialiviada pela segundasemana seguida, apósuma maratona de 17altas consecutivas. Onúmero, no entanto,ainda é muto alto:9,28%. A expectativapara o ano que vem,por outro lado, foi

Desocupação tem como principalobjetivo preservar o Lago Paranoá

rão definidas as me-didas de recupera-ção.

Dessa forma, a tãodesejada democrati-zação da orla nãodeve ocorrer imedia-tamente. Passadas asderrubadas das cer-cas, fiscais do Insti-tuto Brasília Ambien-tal (Ibram) farão doisrelatórios. O primei-ro é de diagnósticodos equipamentos en-contrados, como qua-dras de tênis, pisci-nas, píeres e diques.Essas intervençõesserão listadas comoprova na ação judici-al empreendida peloMinistério Público doDistrito Federal eT e r r i t ó r i o s(MPDFT). “Não po-demos liberar o aces-so da população nes-te momento para nãoprejudicar a respon-sabilização das pes-soas que invadiram”,

explica o superinten-dente de Fiscalizaçãodo Ibram, Ramiro Ho-fmeister Martins Cos-ta. O segundo estudotem como tema o im-pacto ambiental, apre-sentando os danoscausados pelas cons-truções e ocupações. Apartir daí, serão arbi-tradas as multas ambi-entais e as ações derecuperação.

Classificações

A delicadeza doecossistema compre-endido pelo lago e pe-las margens que o cir-cundam é reconhecidapor duas classifica-ções: Área de Prote-ção Ambiental (APA)e Área de PreservaçãoPermanente (APP), de-finidas pelo SistemaDistrital de Unidadesde Conservação(SDUC) e pelo Códi-go Florestal, respecti-vamente (leia Para sa-

ber mais). Apesar detodo o arcabouço le-gal, as ações empre-endidas pela Agênciade Fiscalização doDF (Agefis) deixa-ram às claras que ocerrado deu lugar agramados e a umavegetação exótica. Arecomposição des-ses espaços tem, in-clusive, cunho edu-cacional. A intençãoé orientar aos inva-sores e à população

em geral a necessida-de de respeitar as re-gras ao usar as áre-as. “Nós queremosmostrar que APApode ser ocupada,mas com critérios”,defende MartinsCosta. As normas deuso e ocupação daorla já estão defini-das pelo plano demanejo da APA doLago Paranoá, pre-visto no Decreto nº33.537/2012.

Mercado prevê inflação menor equeda no PIB em 2015 e 2016

elevada pela quartasemana, a 5,51%.

A queda de 1,9%no PIB do segundotrimestre deste ano,divulgada na últimasexta-feira peloIBGE, foi maior doque a prevista poranalistas. Economis-tas consultados pelaagência de notíciasBloomberg estima-vam, na média, umaretração de 1,7%. Issolevou a revisões ime-diatas do resultadopara o ano. Logo apósa divulgação do insti-tuto, bancos e consul-torias anunciaram no-vos números: o piordeles prevê que a ati-vidade econômica en-colherá 2,7% este ano.A piora nas projeçõesda pesquisa Focus, noentanto, ainda não de-vem ter capturado oimpacto do resultadodo PIB. Por isso, ten-dem a ser ainda pioresno relatório que será

divulgado na segunda-feira que vem.

A deterioração dasprojeções para o PIBde 2015 também puxapara baixo a expecta-tiva para o ano quevem. Há apenas qua-tro semanas, a pesqui-sa do BC mostravaque a economia enco-lheria menos de 2%em 2015, com um re-cuo de 1,80%. O dadoreferente a 2016 ain-da aparecia no azul,com uma projeção deleve expansão da ati-vidade econômica de0,20%. Quando o nú-mero de deste ano ul-trapassou a barreirados 2%, com perspec-tiva de encolhimentode 2,01%, a projeçãodo ano seguinte tam-bém entrou no verme-lho, em -0,15%.

Já a inflação de2015 deu trégua pelasegunda semana segui-da. Em vez de 9,29%,a expectativa para

este ano é que o IPCAfique em 9,28%. O re-latório divulgado nasemana passada mos-trara, pela primeira vezdesde abril, uma redu-ção na expectativa parao índice oficial de pre-ços este ano.

Por outro lado, hou-ve piora pela quartasemana seguida naperspectiva para a in-flação no ano que vem.Em vez de um IPCA de5,50%, os economistasapostam que a taxa fi-que em 5,51% — aci-ma da meta de inflação

do Banco Central,que é de 4,5%, po-dendo variar doispontos para cima oupara baixo.

Em relação ao dó-lar, o relatório Focusmostrou a manutençãoda taxa de câmbioprevista tanto para ofim de 2015 quantopara 2016. Depois decinco altas seguidas,os economistas man-tiveram em R$ 3,50 ovalor esperado para amoeda americana emdezembro deste ano.Já para o ano que

vem, a previsão foimantida pela segundasemana consecutivaem R$ 3,60.

A taxa básica de ju-ros, a Selic, deve sermantida no atual pata-mar, de 14,25%, se-gundo os economistas,que não alteraram essaprojeção pela quintasemana seguida. Parao ano que vem a pes-quisa mostrou manu-tenção da expectativaem 12%. O Comitê dePolítica Monetária(Copom) vai se reunirnesta semana.

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FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 1 de setembro de 2015página 6 Edição nº 6.721

O senhor tinha contasbancárias na Suíça? —quis saber o juiz. O réu seresguardou, exercendo odireito de não responder,de acordo com a AgênciaO Globo.

— Vou lhe mostrar umdocumento dessas contasque é um cartão de assi-natura… Eu peço para osenhor dar uma olhadi-nha. É um documento da-tado de 23 de setembrode 2005…

Fernando Antonio Fal-cão Soares, alagoano denascimento, Baiano paraos amigos, acabara decompletar 48 anos deidade, dos quais oito me-ses numa cela do Com-plexo Médico de Pinhais(PR), onde só vê a luz dodia pelo retângulo de bar-ras de ferro incrustadas adois metros do chão. Bal-buciou um “Ok” enquan-to recebia o documentobancário.

— Essa assinatura dolado do nome FernandoAntonio Falcão Soares édo senhor?

Absteve-se de expli-car.

— Consta um débitonessa conta para uma ou-tra, chamada PentagramEnergy Corporation. Osenhor sabe quem que éo titular dessa conta Pen-tagram?

O simbolismo geo-métrico do pentagramanuma conta bancária suí-ça sob suspeita pode su-gerir a dissimulação decinco nomes, cinco síla-bas ou apenas cinco letras

A partir de Baiano, MPF tentarastrear propina até Cunha

A notícia de queo governo vai envi-ar ao CongressoNacional um proje-to de orçamentocom déficit primá-rio (ou seja, a arre-cadação será inferi-or aos gastos, mes-mo já excluindo osjuros da dívida) fazo dólar comercialacelerar a alta nes-ta segunda-feira.De acordo com aAgência O Globo,às 10h, a moedaamericana era ne-gociada a R$ 3,645na compra e a R$

de um nome. Sem respos-ta, seguiu-se outra relaçãode empresas, cujas deno-minações em inglês (Fal-con, Hawk etc.) remetemà lembrança da ave de ca-beça pequena, bico forte,curvo, e garras vigorosas.

O juiz não resistiu:— O senhor tem algu-

ma predileção por nomesde aves de rapina?

Falcão (ou Baiano) es-boçou raro sorriso, e re-petiu:

— Permaneço em si-lêncio.

Semana passada, dezdias depois desse interro-gatório, ele recebeu umasentença de 16 anos e qua-tro meses de prisão — si-milar à aplicada pelo Su-premo Tribunal Federal àempresária Katia Rabello,acionista do Banco Rural,por lavagem de dinheirono caso do mensalão.

“A prova aqui é docu-mental, clara como a luzdo dia”, escreveu o juizSérgio Moro, indicando aextensa documentação re-cebida da Justiça suíçasobre as transações deFernando Baiano, reco-nhecido como operadorfinanceiro de líderes doPMDB em negócios naPetrobras.

Baiano teve a pena agra-vada num dos processosporque até o último dia 17não havia revelado o des-tino de metade do dinhei-ro embolsado como “con-sultor” num negócio deUS$ 1,2 bilhão da Petro-bras com os grupos Sam-sung Heavy Industries

(Coreia do Sul) e Mitsui(Japão), para compra dedois navios-sonda. “A úni-ca consultoria efetiva-mente prestada foi a denegociar e pagar propina”,registrou Moro, indican-do provas de que o custoda corrupção estava em-butido no valor dos con-tratos.

O Ministério PúblicoFederal segue o rastrodeixado por Baiano naspraças financeiras de Es-tados Unidos, Grã-Breta-nha, Espanha, França, Ja-pão, China e Uruguai.Apenas pela operação devenda dos navios-sonda àPetrobras, Baiano rece-beu cerca de US$ 30 mi-lhões, que repassou paracontas de diferentes em-presas situadas em paraí-sos fiscais.

DINHEIRO LOCALI-ZADO NA SUÍÇA

Dividiu o dinheiro como ex-diretor Internacionalda Petrobras Nestor Cer-veró e o presidente da Câ-mara dos Deputados,Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo a denúncia jáformulada pelo Ministé-rio Público. Já foram lo-calizados pouco mais deUS$ 14 milhões, com au-xílio das promotorias daSuíça e da França.

Estão em investigaçãono exterior outras contasusadas na lavagem da pro-pina paga diretamente porJúlio Camargo, agente doestaleiro coreano Sam-sung, que construiu os na-vios para a Petrobras. Osdocumentos ainda não fo-

ram apresentados ao MPbrasileiro.

Parte do dinheiro foilavada em Nova York. De-verá resultar em processocriminal nos EUA. JúlioCamargo sacou US$ 3milhões de uma conta quemantinha no banco MerrillLynch.

Camargo estava numa“emergência”, confessouem juízo, para pagar su-bornos a Baiano e a Eduar-do Cunha, que, nesse caso,eram parceiros do diretorda área Internacional daPetrobras.

Havia uma pendênciade US$ 15 milhões. Baia-no insistia na cobrança,enquanto o deputado Cu-nha pressionava na Câma-ra, induzindo órgãos públi-cos a investigar supostasirregularidades nas em-presas que Camargo re-presentava.

Em setembro de 2011,reuniram-se num escritó-rio do Leblon: “Ele (Cu-nha), extremamente amis-toso, dizia que ele não ti-nha nada pessoal contramim, mas que havia umdébito meu, e que isso es-tava atrapalhando”, contouCamargo, no tribunal.

N E G O C I A Ç Õ E SAVANÇAM

O acúmulo de evidên-cias acabou estimulandoFernando Baiano a avaliaro futuro no presídio dePinhais, no Paraná, já queele está vinculado a outrosprocessos por corrupçãona Petrobras, um deles noSupremo Tribunal Fede-ral. Na segunda quinzena

de julho, Baiano come-çou a negociar um acor-do de colaboração comos procuradores da Ope-ração Lava-Jato.

Mostra-se disposto acontar a história de umalagoano que, durante adécada passada, trocou aparceria com operadorescariocas, como JorgeLuz, pela exclusividade noagenciamento de interes-ses obscuros de líderes doPMDB. As conversas en-tre Baiano, advogados eprocuradores federaisavançam, assim como asdo ex-diretor da Petro-bras Nestor Cerveró.

Uma das condiçõesapresentadas pelos advo-gados era uma significa-tiva redução das penas.Acabou registrada porescrito pelo juiz na sen-tença da semana passa-da. Moro se referiu àsgestões para o acordo:“Tem este juízo notíciade que Nestor Cerveró eFernando Soares estari-am negociando um

acordo de colaboraçãocom o Ministério Públi-co Federal”.

Na sequência, disseainda: “Esclareço que apresente sentença con-denatória não impedeessas negociações e aconcessão de eventuaisbenefícios legais aoscondenados, caso defato se ultime algumacordo de colaboração(…). As normas legaissão flexíveis o suficien-te para permitir benefí-cios até amplos mesmoapós uma condenaçãocriminal.”

A lei da delação pre-miada abre a possibili-dade até de perdão judi-cial, ainda que esse tipode benefício não estejaprevisto no acordo como MPF. Na sentença,Moro fez questão de ex-plicitar a garantia de queBaiano, como Cerveró,sequer precisaria sesubmeter a acareaçõescom quem vier a denunci-ar.

Orçamento de 2016 com déficitfaz dólar subir a R$ 3,65

3,647 na venda, va-lorização de 1,67%ante o real.

A alta segue fortemesmo com a notí-cia de que o BancoCentral (BC) i ráofertar dólares aomercado nesta ma-nhã. O valor do lei-lão de linha, que équando as institui-ções financeiras po-dem comprar moedadireto da autoridademonetária, ainda nãofoi anunciado. Namáxima do pregão, amoeda já chegou aR$ 3,655, maior va-

lor de negociaçãodurante um pregãodesde os R$ 3,70 dodia 14 de fevereirode 2003.

Segundo RaphaelFigueredo, analistada Clear Corretora,a a l ta do dólar éuma aversão ao ris-co no momento emque a chance de per-da de grau de inves-timento está maior.

— Com déf ic i tprimário em 2016 achance de perda dograu de investimen-to é maior. Isso po-deria acelerar esse

corte até para esteano. A alta do dólaré um movimento deaversão ao risco —disse.

Na sexta-feira, adivisa já t inha se

fortalecido ante amoeda brasi leira,fechando o pregãocotada a R$ 3,587,uma alta de 0,99%.

No mercado ex-terno, a moeda ame-

ricana está em que-da. O “dol lar in-dex”, que mede avariação da divisaante uma cesta dedez moedas, tem re-cuo de 0,19%.

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As grandes tragédiasda humanidade se mo-vem em torno de um eixocom quatro elementos:os fatos, as incertezas, oacaso e a incompetên-cia. É evidente a associ-ação deles nos aconteci-mentos relevantes dahistória política do Bra-sil, por exemplo.

Na Revolução de 30,os quatro elementos es-tiveram presentes na in-competência política deWashington Luiz no ge-renciamento da base po-lítica, na ruptura da po-lí t ica café com leite(fato), na incerteza dasadesões ao movimento eno acaso do assassinatode João Pessoa.

O assassinato de JoãoPessoa foi o elementodetonador da ampla in-dignação que derrubou oregime e levou GetúlioVargas ao poder. Valelembrar que Pessoa foiassassinado por questõesparoquiais, que pouco serelacionavam com o am-biente político federal.

No impeachment deFernando Collor tínha-mos a certeza da corrup-ção do governo (fato), aausência de uma basepolítica (incompetên-cia), o acaso da delaçãodo irmão Pedro e a in-certeza do processo deimpeachment. A combi-nação de tudo resultouno afastamento do pre-sidente do governo.Desses dois episódiosmarcantes pode derivaruma analogia com o mo-mento presente. Na con-

Tempos de incertezajuntura atual temos, si-multaneamente, a pre-sença dos quatro ele-mentos mencionados. Ede forma destacada.

Começamos pelosfatos. São abundantes asevidências e provas demuitos dos “malfeitos”no âmbito fiscal, geren-cial e político. A cadadia, como numa tristeprocissão, nossa desgra-ça pública é revelada emalas. São fatos do passa-do e do presente numatrágica combinação quenos afastou décadas deum futuro melhor. Masainda falta o fato concre-to, de evidência inequí-voca, de envolvimento daPresidência com os mal-feitos. Estamos, ainda,no campo das especula-ções.

A incompetência estápresente em posição dedestaque onde aparece aincapacidade – coibir acorrupção, o desperdí-cio de dinheiro públicoe a destruição de valorda Petrobrás. Outra ver-tente foi a demolição dacredibil idade fiscal ,com o aumento irres-ponsável de gastos, quenão conseguiram impe-dir o País de cair em pro-funda recessão. O ter-ceiro exemplo é a histó-rica incompetência po-lítica do primeiro man-dato de Dilma, que afe-tou dramaticamente ofuncionamento do pre-sidencialismo de coali-zão. Tal incompetênciaprosseguiu no novo man-dato, fortalecendo as

dissidências e tumultu-ando o ambiente políti-co.

O acaso está no iní-cio da Operação LavaJato, que esbarrou numdoleiro e fez a casa cairpara o sistema capitalis-ta brasileiro. Tudo co-meçou quando a PolíciaRodoviária Federal ,numa batida de rotinaem março de 2013,apreendeu um caminhãoperto de Araraquara. Oveículo tinha um carre-gamento de mais de 600quilos de cocaína. O epi-sódio foi a ponta do fioque levou ao novelo daOperação Lava Jato, omaior escândalo de cor-rupção do mundo mo-derno.

O quarto elemento é aincerteza. Neste quesitotemos um imenso desfi-le de questões. Porexemplo, as investiga-ções em Portugal queresultaram na prisão deum ex-primeiro-minis-tro e um banqueiro po-dem respingar no Brasil?As delações de três ex-diretores da Petrobrás,além das revelações dePaulo Roberto Costa ePedro Barusco, vão am-pliar o universo de in-vestigados? Os emprei-teiros presos vão engor-dar o cordão de delato-res? As novas delaçõesvão expandir o númerode envolvidos?

São incertezas inten-sas demais para permitiruma clara delimitação dacrise política. Para pio-rar, as incertezas têm um

forte viés negativo eapontam para um quadrode agravamento. Esta-mos longe do fim da cri-se política e profunda-mente limitados pela in-certeza dos aconteci-mentos. O que remete ànecessidade de elevadacompetência política edesprendimento dosprincipais atores políti-cos.

Fica claro que, pelotamanho e pela diversi-dade da crise, o governonão tem a menor condi-ção de resolvê-la semdescer do salto alto ebuscar o entendimentocom todas as forças po-líticas relevantes e comas principais institui-ções. O governo deve sereinventar para conse-guir – o que é incerto –chegar a seu termo. Nãohá, ainda, essa percep-ção. Desde 2013 Dilmacomeçou a perder o con-trole da agenda e nuncamais conseguiu retomá-la. Ela é passageira numtrem desgovernado.

A Agenda Brasil, pos-ta por Renan Calheiros eturbinada por JoaquimLevy, é uma boa iniciati-va. Mas que se deve ca-racterizar pela efetivida-de, e não pela extensãodas boas intenções. Pelomenos ambos demons-traram estar dispostos aatuar. Ao contrário dosetor privado, que conti-nua à deriva, e da oposi-ção, que parece não termuito o que dizer a nãoser repetir o que todomundo sabe. A agendaCalheiros-Levy teve ocondão de ocupar os es-paços políticos e reduziro clima de “sinistrose”que abalava o País.

No entanto, tudo con-tinua em aberto. O quar-to elemento continuadando as cartas. Tudo se-ria previsível se o mun-do político não estives-se, como está, andandosem rumo em campo mi-nado sem detector e semmapa. Tal circunstânciareforça, ainda mais, anecessidade de as insti-

tuições atuarem presen-tes e com muita respon-sabilidade. Não cabemdeclarações mal coloca-das, como a do presiden-te da CUT, Vagner Frei-tas, sobre partidários dapresidente estarem “en-trincheirados e com ar-mas na mão”, nem mes-mo impulsionar o pro-cesso de impeachmentsem bases concretas.Devemos ter, sobretu-do, muita responsabili-dade.

Como disse o generalCarl Clausewitz, “o aca-so e a incerteza são osdois elementos mais co-muns e mais importan-tes numa guerra”. Nos-sos estrategistas devemter em mente que nãoestão no controle e queBrasília continuará afuncionar, por um bomtempo, fortemente in-fluenciada pelos ritmosditados pelas investiga-ções de Curitiba, quemandam uma mensagemclara: estes são temposde incerteza.

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FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 1 de setembro de 2015página 8 Edição nº 6.721

ROUPAS E CALÇADOSINFANTIS

MODA GESTANTEJOVEM E ADULTO

SETOR DO BRANCOPARA QUEM USA

BRANCO NO DIA A DIA

No dia em que ogoverno irá enviar parao Congresso o Orça-mento de 2016 comprevisão de grande dé-ficit, a presidente DilmaRousseff chamou opresidente da CâmaraEduardo Cunha(PMDB-RJ) para umaconversa. De acordocom a Agência O Glo-bo, o encontro, no en-tanto, não ocorreráhoje, já que Cunha estáem Nova York, partici-pando da ConferênciaInternacional entre Par-lamentos na ONU.

A relação entre Cu-nha e o Palácio do Pla-nalto foi se deterioran-do desde o início doano, quando o presi-dente da Câmara come-çou a impor uma série

A arrecadação em queda li-vre e o engessamento das des-pesas levaram o governo central(Tesouro Nacional, PrevidênciaSocial e Banco Central) a regis-trar mais um déficit primário em2015. De acordo com a AgênciaO Globo, em julho, os gastos su-peraram as receitas em R$ 7,2bilhões e a equipe econômica nãoconseguiu poupar nada para pa-gar juros da dívida pública. Esseé o terceiro déficit consecutivodo ano e o pior resultado para omês registrado na série históricado Tesouro, iniciada em 1997.

A mediana das estimativasdos economistas consultados pelaBloomberg indicava um resulta-do negativo de R$ 6,8 bilhões.Portanto, o déficit primário do go-verno central em julho foi pior doque a expectativa.

Entre janeiro e julho, o gover-

Prestes a enviar Orçamento com déficit,Dilma pede conversa com Cunha

de derrotas ao governono Congresso. Em ju-lho, o peemedebistarompeu oficialmentecom o governo Dilma,alegando ser alvo deperseguição para incri-miná-lo no âmbito daoperação Lava-Jato.Este seria o primeiroencontro dos dois des-de o rompimento.

Neste domingo, Cu-nha disse ao GLOBO,por meio de mensagem,ter receio de que o dé-ficit real seja ainda mai-or que o previsto. Se-gundo o presidente daCâmara, cabe agora aogoverno enviar paraanálise dos parlamenta-res propostas para re-cuperar a economia.Cunha adiantou que

qualquer aumento deimposto não será apro-vado.

— Mesmo com défi-cit no Orçamento, estáarriscado o déficit realser maior do que elesvão prever. E não po-

dem errar de novo. Dardéficit e aumentar essedéficit depois será umdesastre fenomenal —disse o presidente daCâmara.

Cunha acrescentouque isso terá um forte

impacto sobre o nívelde credibilidade da eco-nomia, o que aumenta orisco de o Brasil perdero grau de investimento:

— É a realidade dogoverno. É melhor man-dar a realidade do que

ficar pedalando depois— disse ele, numa re-ferência às “pedaladasfiscais” que o Tribunalde Contas da Uniãoafirma que o governodeu para chegar as con-tas de 2014.

Contas do governo central têm pior mês de julho desde 1997no central acumulou um déficitprimário de R$ 9,1 bilhões. Essetambém é o pior desempenho dasérie do Tesouro para os sete pri-meiros meses do ano. Os núme-ros indicam que será muito difícilpara a equipe econômica conse-guir atingir a meta de superávitprimário (economia para o paga-mento de juros da dívida pública)proposta para o setor público con-solidado em 2015, de R$ 8,7 bi-lhões, ou 0,15% do Produto In-terno Bruto (PIB, soma de bense serviços produzidos no país).Para o governo central, a meta éde R$ 5,8 bilhões, ou 0,1% doPIB.

Segundo relatório divulgadonesta quinta-feira pelo Ministérioda Fazenda, a receita do governocentral somou R$ 619,1 bilhõesaté julho, o que representa umaqueda real da de 3,7% em rela-

ção ao mesmo período em 2014.Enquanto isso, a despesa atingiuR$ 627,8 bilhões, com leve altade 0,4% na mesma comparação.

GASTOS COM SUBSÍDI-OS CRESCERAM R$ 12,4 BI-LHÕES

O documento mostra que, em2015, houve diminuição do reco-lhimento de tributos importantescomo o Imposto de Renda daPessoa Jurídica (IRPJ) e a Con-tribuição Social sobre Lucro Lí-quido (CSLL). Além disso, foi ob-servada uma retração nas recei-tas com dividendos (-R$ 8,2 bi-lhões) e com a participação es-pecial pela exploração de petró-leo e gás (-R$ 10,2 bilhões) emfunção da queda no preço inter-nacional do petróleo.

Do lado das despesas, o go-verno reduziu gastos com inves-timentos e com auxílio à Contade Desenvolvimento Energético(CDE). Mas foi obrigado a de-sembolsar mais com subsídios esubvenções, especialmente parao Programa de Sustentação doInvestimento (PSI), do BNDES.Esses gastos tiveram uma alta deR$ 12,6 bilhões, sendo R$ 7,4 bi-lhões somente para o PSI.

Houve ainda um incrementodas despesas com PrevidênciaSocial. Essa conta chegou a R$239,3 bilhões e cresceu 2,7% emrelação ao mesmo período do anopassado. Segundo o relatório, essecomportamento se deveu princi-palmente ao aumento do númerode benefícios pagos (3,1%).

SECRETÁRIO DO TE-SOURO INDICA FIM DASPEDALADAS FISCAIS

Segundo o secretário do Te-

souro Nacional, Marcelo Sainti-ve, os resultados fiscais negati-vos de julho e do ano foram bas-tante expressivos, mas isso nãosignifica que o governo não este-ja fazendo ajuste fiscal. Ele fezquestão de ressaltar o aumentodos gastos com subsídios e sub-venções:

— Tivemos um pagamentode R$ 7,2 bilhões com subsídiose subvenções em julho. Esse éexatamente o déficit que tivemosem julho.

A declaração de Saintive fazparte de um esforço da equipedo ministro Joaquim Levy paramostrar o fim das chamadas “pe-daladas fiscais”. Essas manobras,que significaram adiar o paga-mento de despesas para tentarmelhorar artificialmente o resul-tado das contas públicas, forammuito usadas nos últimos anospelo ex-secretário do Tesouro,Arno Augustin. Isso deteriorou apolítica fiscal e contribuiu para aredução da nota brasileira pelasagências de classificação de ris-co:

— Estamos buscando dar otratamento adequado e fazer opagamento tempestivo dessasdespesas. Quando fazemos pa-gamentos e damos previsibilida-de a eles, estamos melhorandoexpectativas e isso mostra uma

mudança de sinal em relação àeconomia — disse o secretário.

Embora o resultado do gover-no central em 12 meses seja umdéficit primário de R$ 43,9 bilhões,Saintive afirmou que a equipe eco-nômica continua perseguindo ameta fixada para o ano (superávitde R$ 5,8 bilhões, ou 0,1% do PIB):

— Continuamos perseguindoa meta. O último quadrimestrepode ter performance melhor. Exis-tem receitas de concessões paraentrar.

Perguntado sobre a propos-

ta em estudo no governo derecriar a CPMF para refor-çar o caixa no ano que vem,o secretário fugiu do assun-to:

— Estamos discutindo oorçamento de 2016 e a ver-dade é que você discute me-didas tanto do lado da des-pesa quanto do lado da re-ceita. Mas isso é um anún-cio que será feito no dia 31de agosto (quando a propos-ta orçamentária será enca-minhada ao Congresso).