fluxos urbanos
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Conjunto de diapositivos organizados a partir de publicações do INE (Instituto Nacional de Estatística) que cartografam uma situação já nossa conhecida desde o 10º ano - um país, Portugal, fortemente assimétrico - e permitem traçar um cenário que se desenha com o encerramento de unidades funcionais especializadas em muitos centros urbanos do Interior - um país dividido entre um Litoral povoado e um Interior "desertificado" de gente e atividades.TRANSCRIPT
GEOGRAFIA AEnsino Secundário
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Conceitos
Função central - atividade realizada pelo
indivíduo ou pela unidade empresarial que
fornece bens ou serviços, localizada num
ponto que ocupa uma posição central em
relação ao mercado que serve (por exemplo,
hospital geral, escola de condução e clube de
vídeo)
Uma função será tanto mais central quanto
mais especializada, ou seja, mais rara.
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Unidade funcional - cada unidade que presta
uma determinada função central. Assim, uma
função central(por exemplo, hospital geral)
pode ser prestada por diversas unidades
funcionais, no caso específico, diversos
estabelecimentos hospitalares.
Lugar central - todo o centro urbano que
presta funções centrais para a sua região
periférica, designada aqui de área de
influência.
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Centralidade - representa o grau em que determinado centro urbano exerce funções centrais.
Raio de eficiência de uma função central -distância limite a que as populações se deslocam para obter o bem ou serviço prestado pela função central, isto é, distância para além da qual há poucas probabilidades de que alguém se desloque para adquirir esse bem ou serviço. Varia com o grau de raridade e a frequência de utilização dos bens.
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Área de influência (ou hinterland) de uma função central (num determinado centro urbano) – corresponde ao lugar geométrico onde se encontram utentes da função central. Na teoria, a área de influência de uma função central depende dos seguintes fatores que atuam em sentidos opostos:
esforço que se pode exigir ao cidadão para aceder ao bem, quanto maior a área de influência maior será este esforço, logo este fator atua no sentido de procurar diminuir a área de influência;
limiar mínimo de procura da função, ou seja, para viabilizar a prestação de uma determinada função é necessário garantir a existência de um número mínimo de clientes/utentes; desta forma, este fator atua no sentido de maximizar a área de influência.
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Índice de
centralidade dos
centros urbanosO número de funções
prestadas por um centro
urbano, a ponderação
atribuída ao grau de
especialização e o número
de unidades funcionais que
detém determina o índice de
centralidade.
O cálculo deste índice
resulta na hierarquia de
centros urbanos, neste
caso, de Portugal
continental e R.A.Madeira.
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Marginalidade
funcionalIndicador de carência das
funções não especializadas
não disponíveis a nível da
freguesia.
Quanto maior a percentagem
destes serviços mais elevado
será o nível de carência.
Enquanto que, para obter
uma função especializada
um consumidor está disposto
a despender um maior
esforço na deslocação, com
uma função não
especializada o esforço é
menor.
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A geografia das carências mostra um:
litoral com níveis de carências muito reduzidos
interior com níveis de carências mais
acentuados
norte de Portugal com mais carências
sul de Portugal globalmente mais dotado em
“serviços básicos”
(Os níveis de carência qualitativos têm como referência os seguintes
limiares quantitativos: Nula (detêm a totalidade das funções de classe 4);
Reduzido (detêm entre 75 e 99%); Moderado (detêm entre 50 e 75%);
Elevado (detêm 50% ou menos).
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Hierarquia das classes de funções
urbanas segundo o INE
Classe Denominação
1 Funções muito especializadas
2 Funções especializadas
3 Funções pouco especializadas
4 Funções não especializadas
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A centralidade traduz a extensão das funções prestadas pelo lugar
central. Teoricamente, o centro urbano mais central será aquele
que prestar maior número de funções.
Destacam-se os sistemas metropolitanos
de Lisboa e Porto dominando áreas de
influência para funções muito
especializadas – arquipélagos
metropolitanos.
No caso do Porto há, também, lógicas de
dependência que se alargam até Braga ou
Famalicão.
No caso de Lisboa, um sistema urbano
mais concentrado, há atração pontual por
centros urbanos mais distantes, por
exemplo, Beja, Santiago do Cacém e
Torres Vedras.
Os restantes subsistemas urbanos
organizam-se em torno de um único centro
urbano com capacidade de estruturar
áreas de influência para funções muito
especializadas.
No interior Norte e Centro e no território
serrano entre o Alentejo e o Algarve há um
conjunto de freguesias com elevados
índices de marginalidade funcional.
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Índice de
Centralidade
dos centros
urbanos
CESAP – Carta de Equipamentos e Serviços
de Apoio à População 2002
Trata-se de um inventário, ao nível de freguesia, de
cerca de 400 equipamentos e serviços de natureza
pública e privada e da caraterização da acessibilidade
das populações a esses equipamentos e serviços.
Inventário que considerou como áreas temáticas:
Serviços e Comércio; Locais de Culto; Acolhimento
Empresarial; Ambiente e Energia; Transportes e
Comunicações; Ensino, Saúde e Segurança Social;
Desporto; Cultura e Lazer; Alojamento Turístico e
Atrações Turísticas.
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Segundo o INE, na hierarquia dos centros
urbanos, verifica-se que, estes:
Equivalem a nós territoriais
Concentram funções necessárias ao quotidiano das
populações que residem neles e nas área que
influenciam
Estabelecem uma hierarquia que reflete o número
e o tipo de funções que cada um dispõe
Estão organizados em redes onde as relações de
dependência levam à mobilidade das populações
para adquirirem bens e serviços
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Densidade das Redes nas opções
dos cursos do ensino superior
Uma vez
mais,
destacam-se
Lisboa e Porto
e a
importância da
oferta de
ensino
superior em
centros
urbanos
localizados no
Interior e no
Sul
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Índice de
centralidade
dos centros
urbanos da
Região
Norte: Porto,
Matosinhos,
Gaia, Braga
e Guimarães
sobressaem
pela sua
centralidade.
17Pormenor da estrutura de fluxos para acesso a funções muito
especializadas na Região Norte
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A centralidade de um
lugar está diretamente
relacionada com:
- O número de funções
- A diversidade/grau de
especialização das
funções
- O número e unidades
funcionais.
- Na região Centro, os lugares mais centrais são cidades, sendo as 6 primeiras todas
capitais de distrito. É visível a relação entre a centralidade dos centros urbanos e a
sua dimensão populacional.
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Áreas de influência e fluxos
gerados para acesso a …
Funções muito especializadas
Funções especializadas
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Uma vez mais constatam-
se os efeitos da:
- Litoralização
- Macrocefalia
- Bipolarização
que estão na base das
fortes assimetrias que
marcam o território
nacional, caraterísticas
que tendem a assumir um
papel estrutural face ao
agravamento que se
antevê.
O que se pode concluir da leitura dos mapas:
Um sistema urbano em cuja estrutura se distinguem os
sistemas metropolitanos de Lisboa e Porto, mais
complexos e que extravasam os limites administrativos
das respectivas áreas metropolitanas (englobando, por
exemplo, Braga, no caso do Porto, e Torres Vedras, no
caso de Lisboa).
Um território não metropolitano estruturado
maioritariamente em torno de capitais de distrito.
Mais de metade do território do Continente estruturado
num número reduzido de centros urbanos do interior
que possibilitam o acesso a bens e serviços.
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