florÍstica, dinÂmica e anÁlise protÉica de uma
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MARIA ELIANE DURIGAN
FLORÍSTICA, DINÂMICA E ANÁLISE PROTÉICA DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA
EM SAO JOÃO DO TRIUNFO - PR.
Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre, Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná.
Orientador: Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho
CURITIBA 1999
MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL
P A R E C E R
Os membros da Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, reuniram-se para realizar a argüição da Dissertação de Mestrado, apresentada pela candidata MARIA ELIANE DU RIG AN, sob o título " "FLORÍSTICA, DINÂMICA E ANÁLISE PROTEICA DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA E M SÃO JOÃO DO TRIUNFO - PR", para obtenção do grau de Mestre em Ciências Florestais, no Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná, Área de Concentração MANEJO FLORESTAL
Após haver analisado o referido trabalho e argüido a candidata são de parecer pela "APROVAÇÃO" da Dissertação, com média final: (./¿í^), correspondente ao conceito:( /} ).
Curitiba, 29 de julho de 1999
Pesq. M.Sc. Maria Celina Jorge r eme Primeira Examinadora
IAPAR
Prof. M.Sc. SegundbvJE^kminador
UFPR
fcMs^-y.
Prof. Dr. Franklin Galvão Terceiro Examinador
UFPR
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho Orientador e Presidente da Banca
Aos meus familiares e amigos que torceram para que eu atingisse mais este degrau na escalada de minha vida.
Dedico
l i
BIOGRAFIA
Maria Eliane Durigan, filha de João Batista Durigan e Rosi Trevisan Durigan,
nasceu em 31 de maio de 1961, em Curitiba - PR.
Graduou-se em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná em
setembro de 1985 e em Administração de Empresas com habilitação em
Administração de Cidades pela Universidade Tuiuti do Paraná em abril de 1999.
Em janeiro de 1991 ingressou no Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR,
onde atualmente exerce atividade profissional como Pesquisador I.
Em março de 1997 iniciou Mestrado na área de concentração de Manejo
Florestal, no Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade
Federal do Paraná, o qual é concluído com a defesa desta dissertação.
m
AGRADECIMENTOS
Ao Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR, pela liberação.
Ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade
Federal do Paraná, por permitir a realização deste curso.
Ao Professor Dr. Afonso Figueiredo Filho, orientador.
A M.Sc. Maria Celina Jorge Leme, co-orientadora e pela execução de parte
das análises nutricionais.
Ao Professor Dr. Carlos Roberto Sanquetta, co-orientador.
Ao M.Sc. Marcos Fernando Glück Rachwal, co-orientador e pela
classificação dos solos.
Aos Professores Carlos Veilozo Roderjan, Franklin Galvão e Henrique
Soares Koehler, pelos ensinamentos transmitidos.
Aos Pesquisadores Leocádio Grodzki, Gil Maria Miranda - IAPAR Curitiba
e ao Meteorologista Edmirson Borrozzino - IAPAR Londrina, pela atenção
dispensada e disponibilização dos dados meteorológicos.
As bibliotecárias Maria Balbina Costa de Souza - IAPAR Curitiba e Séphora
Cloé Cordeiro de Lima - IAPAR Londrina, pelo auxílio nas pesquisas
bibliográficas.
Aos funcionários Valdenir Antonio Mangrich e Joaquim Anselmo de Souza -
IAPAR Curitiba, pelo preparo das amostras para as análises nutricionais.
Ao Délcio e seu Severino, pelos trabalhos de campo por eles executados.
A Walquiria Pizatto, pelo ser especial que é, pelos momentos fáceis e difíceis
que passamos para a execução de nossos trabalhos e por me aceitar como amiga.
Aos meus familiares e amigos que souberam da importância deste trabalho
para o meu crescimento profissional e pessoal.
IV
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS viii LISTA DE TABELAS ix RESUMO xi ABSTRACT xii
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO 1 3 LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E FITOSSOCIOLÓGICO 3
1 INTRODUÇÃO 3 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4 2.1 FLORESTA OMBRÓFILA MISTA 4 2.2 LEVANTAMENTOS FITOSSOCIOLÓGICOS 6 2.3 PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS 10 2.3.1 Densidade 11 2.3.2 Freqüência 12 2.3.3 Dominância 12 2.3.4 Valor e Percentagem de Importância 13 2.3.5 Valor e Percentagem de Cobertura 14 2.4 ÍNDICES DE SIMILARIDADE 15 2.5 ÍNDICES DE DIVERSIDADE 16 3 MATERIAL E MÉTODOS 18 3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ... 18 3.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 21 3.2.1 Caracterização dos Solos 21 3.2.2 Análise Fitossociológica 21 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 24 4.1 SOLOS 24 4.2 VEGETAÇÃO 26 4.2.1 Suficiência Amostrai 26 4.2.2 Composição Florística 28 4.2.3 Análise Fitossociológica 31
Parcela 06 31 Parcela 14 32 Parcela 16 36 Parcela 28 37 "Floresta" 41
4.2.4 índices de Similaridade 45 4.2.5 índices de Diversidade 46 5 CONCLUSÕES 48
V
CAPÍTULO II 49 DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA E DINÂMICA DA FLORESTA . 49
1 INTRODUÇÃO 49 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 50 2.1 DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA 50 2.2 DINÂMICA DA FLORESTA 52 2.2.1 Recrutamento ou Ingresso 53 2.2.2 Crescimento 54 2.2.3 Mortalidade 54 3 MATERIAL E MÉTODOS 56 3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ... 56 3.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 56 3.2.1 Distribuição Diamétrica 56 3.2.2 Dinâmica da Floresta 57 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 58 4.1 DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA 58 4.2 DINÂMICA DA FLORESTA 66 4.2.1 Crescimento 66 4.2.2 Ingresso 76 4.2.3 Mortalidade 77 5 CONCLUSÕES 79
CAPÍTULO m 80 ANÁLISE PROTÉICA 80
1 INTRODUÇÃO 80 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 81 2.1 USO DA FLORESTA 81 2.2 PLANTAS ARBÓREAS COMO FONTE DE FORRAGEM 82 2.2.1 Espécies Florestais com Potencial Forrageiro 85 2.3 VALOR NUTRITIVO DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS 87 3 MATERIAL E MÉTODOS 90 3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ... 90 3.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 90 3.2.1 Caracterização dos Solos . 90 3.2.2 Análises Laboratoriais 91
Matéria Seca Total 93 Proteína Bruta 94 Degradabilidade "in vivo" da matéria seca 95
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 97 4.1 SOLOS 97 4.2 PROTEÍNA BRUTA E DEGRADABILIDADE DA MATÉRIA SECA 99 5 CONCLUSÕES 108
viii
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 109 CONCLUSÕES GERAIS 109 RECOMENDAÇÕES 110
ANEXO 112
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 115
viii
LISTA DE FIGURAS
1.1 Localização da área de estudo 19 1.2 Mapa da vegetação da Estação Experimental de São João do Triunfo
em função da predominância do dossel e localização das parcelas 22 1.3 Curva espécie/área para determinação da suficiência amostrai para a
"floresta" 27 1.4 Curva espécie/área para determinação da suficiência amostrai para as 4
parcelas 27 2.1 Distribuição dos diâmetros na parcela 06 pelos grupos (a) floresta, (b)
araucária e (c) folhosas 61 2.2 Distribuição dos diâmetros na parcela 14 pelos grupos (a) floresta, (b)
araucária e (c) folhosas 62 2.3 Distribuição dos diâmetros na parcela 16 pelos grupos (a) floresta, (b)
araucária e (c) folhosas 63 2.4 Distribuição dos diâmetros na parcela 28 pelos grupos (a) floresta, (b)
araucária e (c) folhosas 64 2.5 Distribuição dos diâmetros na "floresta" pelos grupos (a) floresta, (b)
araucária e (c) folhosas 65 2.6 Número total de árvores para a "floresta" e por parcela por classes de
ICA em diâmetro 70 3.1 Mapa da vegetação da Estação Experimental de São João do Triunfo
em função da predominância do dossel e localização das parcelas 92
viii
LISTA DE TABELAS
1.1 Estudos fitossociológicos em alguns tipos florestais da vegetação brasileira, método utilizado, dimensões das parcelas, DAP e quantidade de espécies, gêneros e famílias encontrados 9
1.2 Dados climáticos das Estações Meteorológicas da Região Sul/Centro-Sul do Paraná próximas à área de estudo 20
1.3 Valores médios de carbono (C), saturação em alumínio (m), saturação em bases (V), argila (ARG) e espessura do horizonte A (HOR A), dos horizontes superficiais e subsuperficiais dos solos coletados nas parcelas 26
1.4 Distribuição de espécies, gêneros e famílias por parcela e "floresta" para 1997 e 1998 28
1.5 Composição florística da Floresta Ombrófila Mista encontrada na "floresta" e sua distribuição por parcela 29
1.6 Famílias mais representativas em número de espécies em diferentes estudos na Floresta Ombrófila Mista 30
1.7 Parâmetros fitossociológicos por espécies da parcela 06 33 1.8 Parâmetros fitossociológicos por família da parcela 06 34 1.9 Parâmetros fitossociológicos por espécies da parcela 14 35 1.10 Parâmetros fitossociológicos por família da parcela 14 36 1.11 Parâmetros fitossociológicos por espécies da parcela 16 38 1.12 Parâmetros fitossociológicos por família da parcela 16 39 1.13 Parâmetros fitossociológicos por espécies da parcela 28 40 1.14 Parâmetros fitossociológicos por família da parcela 28 41 1.15 Parâmetros fitossociológicos por espécies da "floresta" 43 1.16 Parâmetros fitossociológicos por família da "floresta" 44 1.17 índices de similaridade entre as quatro parcelas estudadas da Floresta
Ombrófila Mista 46 1.18 índices de diversidade para as quatro parcelas e a "floresta" estudadas
da Floresta Ombrófila Mista 47 2.1 Distribuição dos diâmetros mínimo, máximo e médio por espécie, por
parcela e para a "floresta" e mediana por espécie para a "floresta" 59 2.2 Parâmetros do diâmetro e número de indivíduos/ha para as parcelas e o
total da "floresta" em 1997 e 1998 60 2.3 Dinâmica da floresta por parcela e na "floresta" no período 1997-1998,
para o número total de árvores 66 2.4 Incremento corrente anual em diâmetro, desvio padrão e coeficiente de
variação em função do número de árvores e dos intervalos de incremento utilizados por parcela e para a "floresta" 67
2.5 Incremento corrente anual em área transversal, desvio padrão, coeficiente de variação e área basal em função do número de árvores e dos intervalos de incremento utilizados por parcela e para a "floresta" ... 69
viii
2.6 Distribuição do ICA em diâmetro por espécie por parcela e para a "floresta", no intervalo de 0,00 a 3,53cm 72
2.7 Distribuição do ICA em área transversal por espécie por parcela e para a "floresta", no intervalo de 0,00 a 3,53cm 73
2.8 Distribuição das espécies nas classes de ICA em diâmetro (1880 observações - intervalo de 0,00 a 3,53cm) 74
2.9 Número de árvores ingressas por parcela e na "floresta" no período 1997-1998 77
3.1 Valores de degradabilidade da matéria seca para alguns alimentos concentrados e volumosos obtidos com a utilização de bovinos 89
3.2 Valores médios de carbono (C), saturação em alumínio (m), saturação em bases (V), argila (ARG) e espessura do horizonte A (HOR A), dos horizontes superficiais e subsuperficiais dos solos coletados nas parcelas 99
3.3 Teores de matéria seca total, proteína bruta e degradabilidade "in vivo" de espécies florestais ocorrentes em Floresta Ombrófila Mista 103
X
RESUMO
O presente estudo foi realizado na Estação Experimental de São João do Triunfo, da Universidade Federal do Paraná, em área de 32ha, localizada no município de mesmo nome, no Paraná. Teve como objetivos o mapeamento dos solos das parcelas de estudo, sua composição e estrutura fitossociológica, distribuição diamétrica e dinâmica da floresta e potencial protéico de algumas espécies florestais ocorrentes na Floresta Ombróflla Mista. A área da floresta encontra-se dividida em parcelas de 100,00 x 100,00m, sendo utilizadas oito parcelas. Foram coletadas 64 amostras de solos dos horizontes superficiais e subsuperficiais, onde efetuaram-se as análises físicas e químicas. Foram medidos todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) igual ou superior a 10,00cm. Efetuaram-se medições em julho de 1997 e julho de 1998. Coletaram-se folhas e galhos finos em quatro estações do ano, onde analisaram-se o teor de proteína bruta e degradabilidade "in vivo" da matéria seca. O solo predominante é o Latossolo e a área é composta por solos profundos, horizonte A moderado com espessura média de 47,00cm. Na composição florística foram encontradas 69 espécies incluídas em 44 gêneros, 29 famílias e 1 não identificada, para o ano de 1997, sendo que em 1998 ocorreu a perda de uma espécie. Araucaria angustifolia, Matayba elaeagnoides, Nectandra grandiflora, Nectandra sp. e Campomanesia xanthocarpa representam 37,33% do total de indivíduos/ha. Entre as famílias mais importantes pode-se destacar Myrtaceae com 12 espécies (17,15% do total de espécies), Lauraceae, Araucariaceae e Sapindaceae com 60,92% do total dos indivíduos encontrados na área. A maior similaridade ocorreu entre as parcelas 16 e 28 com 40 espécies comuns às duas comunidades e a maior diversidade verificou-se na parcela 14 com valor de 3,27 (índice de diversidade de Shannon), não havendo variação entre os anos. A distribuição diamétrica apresentou uma amplitude entre 10,00 a 140,90cm com média de 23,78cm, mediana de 18,53cm e desvio padrão de 15,59cm para 2346 indivíduos no ano de 1997. O incremento corrente anual médio em diâmetro foi de 0,34cm e por área basal foi de 0,7050m2/ha. Araucaria angustifolia apresentou incremento médio em DAP de 0,42cm/ano. Através do ingresso e mortalidade obteve-se um ganho de 1,41% em relação à densidade inicial e uma área basal de 0,0192m2/ha. Quanto à análise protéica, 26 espécies apresentaram potencial para uso forrageiro com teores de proteína bruta > 10,00% e degradabilidade "in vivo" > 40,00%, como Ilex paraguariensis, Ocotea porosa e Syagms romanzoffiana.
XI
ABSTRACT
The present study was carried out in a 32 hectares tract at São João do Triunfo Experimental Station, Paraná State Federal University, Center-South of the State. Its objectives were the soil mapping of the plots under study, the composition and phytosociological structure of the plots, the diameter distribution and dynamics of the forest, as well as the protein content potential analysis of some species occurring in the mixed araucaria-hardwoods forest. The forest was divided into plots measuring 100.00 x 100.00 meters and eight plots were selected for study. In order to perform physical and chemical analyses, 64 soil samples from superficial and subsuperficial horizons were collected. In July 1997 and July 1998, all trees with diameter at breast height (dbh) over 10.00cm were measured. Leaves and thin branches were collected during the four seasons of the year in order to analyse dry matter gross protein content and "in vivo" degradability. Latosols predominate and soils are profound, presenting moderate A horizons, with average thickness of 47.00cm. Floristic composition comprised 69 species, including 44 genera, 29 families and 1 non-identified species. In 1998, one species was not found anymore. Araucaria angustifolia, Matayba elaeagnoides, Nectandra grandiflora, Nectandra sp. and Camponanesia xanthocarpa represented 37.33% of the number trees per hectare. Among the most important families were Myrtaceae with 12 species (17.15%), Lauraceae, Araucariaceae and Sapindaceae, totaling 60.92% of the trees found in the area. The greatest similarity was observed at plots 16 and 28 with 40 species present in both communities and the greatest diversity, 3.27 (Shannon's index), was verified at plot 14, with no variation during two years. The diameter width varied form 10.00 to 140.90cm, the average site was 23.78cm, the median was 18.53cm and the standard deviation was 15.59cm, for 2346 trees in 1997. The average annual current increment in diameter was 0.34cm and 0.7050m /ha for the basal area. Araucaria angustifolia grew at a 0.42cm/year in average. Through ingrowth and mortality the forest augmented its density in 1.41% and 0.0192m2/ha in terms of basal area. Some species, as Ilex paraguariensis, Ocotea porosa and Syagrus romanzoffiana, presented forage use potential with gross protein contents > 10.00% and "in vivo" degradability > 40.00%.
Xll
INTRODUÇÃO
O Brasil é o país mais rico do mundo em biodiversidade. Achar uma via de
desenvolvimento que não destrua tal riqueza constitui hoje um dos grandes desafios
brasileiros. No Brasil vivem 3 mil espécies de vertebrados terrestres, 3 mil de peixes
de água doce, 55 mil espécies de plantas que produzem flores (de um total de 250
mil conhecidas), 575 de anfíbios, 61 de primatas e de 10 a 15 milhões de espécies de
insetos (a maioria ainda não classificada) (GUEDES & CASTRO JR, 1996).
A redução da biodiversidade é representada pela destruição das florestas
tropicais, pela superexploração de terras e pastagens, pelo uso indiscriminado de
pesticidas e pela substituição deliberada da diversidade pela uniformidade das
plantações, reflorestamento e criações financiadas por agências internacionais
(HELENE & BICUDO, 1994).
No Paraná as principais causas da extinção de plantas são a agricultura,
pastagens, inundações com barragens, extração de madeira e de plantas medicinais,
e alimentares e ornamentais, atividades de reflorestamento e expansão urbana.
Com uma cobertura florestal original equivalente a 84,72% de sua área, o
Paraná apresenta atualmente apenas 8,93% de cobertura vegetal, sendo que a
Floresta Ombrófila Mista com 37,00% da área inicial, encontra-se hoje reduzida a
1,00% (GAZETA DO POVO, 1998; TERRA, 1999).
Para um aproveitamento racional dessas florestas, através da exploração da
madeira e de subprodutos, torna-se necessário o conhecimento das características
autoecológicas e sinecológicas para conciliar as exigências econômicas e sua
conservação.
2
Com o objetivo de conhecer a potencialidade de uma floresta, estudou-se uma
comunidade representativa da Floresta Ombrófila Mista, localizada em São João do
Triunfo - PR, no período 1997-1998, através do mapeamento de solos, composição
florística, estudo fítossociológico, distribuição diamétrica, dinâmica da floresta e
potencial protéico de algumas espécies.
J
CAPÍTULO I
LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E FITOSSOCIOLÓGICO
1 INTRODUÇÃO
O conhecimento das associações vegetais através da descrição da composição
em espécies, organização, interdependência, desenvolvimento, distribuição
geográfica e classificação fornece a descrição de parte de um ecossistema.
A estrutura de uma comunidade florestal é representada pela distribuição de
espécies e quantidades de árvores numa área florestal, sendo resultado dos hábitos
de crescimento das espécies e das condições ambientais onde a mesma originou-se e
desenvolveu-se (HUSCH et al., 1982).
Para avaliar as florestas são efetuados estudos fitossociológicos através do
levantamento de dados que fornecem uma série de parâmetros que subsidiam a
análise da composição florística e estrutura da comunidade em questão.
Com o objetivo de estudar a Floresta Ombrófila Mista da Estação
Experimental de São João do Triunfo - PR, no período 1997-1998, enfocou-se:
• Classificação dos solos;
• Composição florística;
• Estrutura fitossociológica do estrato arbóreo.
4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 FLORESTA OMBRÓFILA MISTA
A concepção de Floresta Ombrófila Mista procede da ocorrência da mistura
de floras de diferentes origens, definindo padrões fitofisionômicos típicos, em zona
climática característicamente pluvial (IBGE, 1990). Também conhecida como
"mata-de-araucária ou pinheiral", é um tipo de vegetação do planalto meridional
brasileiro, onde ocorria com maior freqüência (VELOSO et al., 1991).
A área de distribuição da araucária no Brasil ocorre de forma esparsa desde o
sul de Minas Gerais e no vale do Rio Doce, descendo rumo sudoeste pela Serra da
Mantiqueira (SP) entre altitudes de 1300 a 1600m (até 2000m), até atingir as
formações mais extensas distribuídas pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, neste último até o vale do Rio Jacuí, aproximadamente a 30°S. A
oeste alcança a República Argentina na Província de Misiones (54°W), em área
limítrofe com o extremo oeste de Santa Catarina (INOUE et al., 1984).
No Paraná a área de distribuição da araucária é bem definida. Ocorre em
altitudes superiores a 500m, limitado a leste pela Serra do Mar, ao norte pelas
formações tropicais mais quentes (23°30'S) e a oeste avizinha-se com as florestas
latifoliadas tropicais e subtropicais da bacia do Rio Paraná e afluentes (Iguaçú,
Piquiri e Ivaí), até aproximadamente 54°W; ocorre em todo o sul do Estado (INOUE
et al., 1984).
Estudos fitossociológicos efetuados anterior à avassaladora eliminação das
florestas do sul do País revelaram que a flora de origem australásica (composta de
5
Araucaria, Drimys, etc.) encontrava, no clima atual, condições favoráveis ao seu
desenvolvimento nas altitudes superiores a 500-600m, em todas as situações não
diretamente afetadas pela influência marítima (IBGE, 1990).
A Floresta Ombrófila Mista apresenta quatro subformações distintas
(VELOSO et al., 1991):
• Aluvial - em terraços antigos dos flúvios - Araucaria angustifolia associada
com Podocarpus lambertii e Drimys brasiliensis ou gêneros da família
Lauraceae.
• Submontana - de 50 até mais ou menos 400m de altitude.
• Montana - de 400 até mais ou menos 1000m de altitude - Araucaria angustifolia
associada com Ocoteaporosa formavam agrupamentos bem característicos.
• Alto Montana - situada a mais de 1000m de altitude - Araucaria angustifolia
associada com Podocarpus lambertii, Drimys brasiliensis, Cedrela fissilis,
Lauraceae e Myrtaceae.
A Floresta Ombrófila Mista teve condição de estender-se pelos três estados
do sul do País, numa superfície de aproximadamente 175.000km , ocupando os mais
diferentes tipos de relevo, de solo e de litologia. Cerca de 90,00% (155.000km ) de
sua área foram devastadas para serem substituídas pela produção de alimentos
(IBGE, 1990).
Pode-se constatar que de sua cobertura florestal, equivalente a 84,72%
(16.782.400ha em 1500), o estado do Paraná apresentava somente 8,93% de
cobertura vegetal em 1995 (1.769.449ha), sendo que a Floresta com Araucária ocupa
uma área de apenas 1,30% (GAZETA DO POVO, 1998). No passado, 37,00% das
terras do Paraná eram cobertos por florestas com araucária, tendo hoje, segundo
dados não oficiais, sido reduzido a 1,00% (TERRA, 1999).
6
2.2 LEVANTAMENTOS FITOSSOCIOLÓGICOS
Fitossociologia é o estudo das comunidades vegetais, incluindo composição
de espécies, organização, interdependência, desenvolvimento, distribuição
geográfica e classificação (GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA, 1987).
MARTINS1 (1990), citado por GAL VÃO (1994), relata que fitossociologia é
um ramo da geobotánica que se ocupa do estudo quantitativo da composição
florística, estrutura, funcionamento, dinâmica, distribuição e relações ambientais das
comunidades vegetais. É conhecida também por Sinecologia Vegetal, Geobotánica
Sociológica, Ciência da Vegetação, Fitocenologia, Fitogeocenologia, Ecologia
Quantitativa e Ecologia de Comunidades. Apóia-se fundamentalmente em
Taxonomía Vegetal e tem estreita relação com a Fitogeografia e as Ciências
Florestais.
GAL VÃO (1994) menciona que mesmo não havendo uma metodologia
padrão para analisar as comunidades vegetais, que são fundamentalmente resultantes
da diferença de tolerância das espécies em relação ao meio (amplitude ecológica) e
da heterogeneidade do meio, qualquer procedimento adotado deve satisfazer os
seguintes requisitos:
• Ser capaz de dar uma visão representativa da composição florística e da estrutura
da comunidade estudada;
• Ser aplicável em qualquer tipo de comunidade;
• Que os resultados sejam livres de influências subjetivas;
• Que o resultado de diferentes análises ou de diferentes comunidades sejam
passíveis de comparação entre si.
LAMPRECHT (1990) cita que além dos sistemas de classificação das
florestas terem validade universal, pelo menos, para todos os tipos de florestas
1 MARTINS, F.R. Esboço histórico da fitossociologia florestal no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BOTÂNICA, 36., Brasília. Anais. Brasília, 1990. p.33-58.
7
tropicais, devem permitir que todos os resultados de levantamentos sejam
comparáveis entre si, de preferência com métodos estatísticos.
COTTAM & CURTIS (1956) compararam cinco métodos de avaliação
fitossociológica, a saber: método individual, método do vizinho mais próximo,
método de ângulos com pares de exclusão, método de quadrantes e método de
parcelas, através do coeficiente de variação e concluíram que o método de
quadrantes era o mais representativo e seu uso recomendado.
O emprego de métodos de levantamentos fitossociológicos no Brasil surgiu
com a aplicação de métodos de parcelas, sendo que somente a partir de 1969
começaram a ser feitos levantamentos de composição florística e de estrutura
fitossociológica de comunidades vegetais com o emprego de um método de
distâncias, o de quadrantes (GOODLAND2, 1969, citado por MARTINS, 1979).
Com relação ao tamanho das unidades amostrais para avaliar florestas
naturais, estas variam muito. MUELLER-DOMBOIS & ELLENBERG (1974)
definem área mínima das unidades amostrais como a menor área na qual a
composição de espécies da comunidade em questão está representada
adequadamente.
MATTEUCCI & COLMA (1982) mencionam que se o padrão espacial dos
indivíduos é aleatório, pode-se usar qualquer tamanho de unidade amostrai sem que
se altere a exatidão da estimativa; sua seleção depende de considerações práticas: se
os indivíduos a serem amostrados são pequenos ou muito abundantes é preferível
utilizar unidades pequenas; se os indivíduos são grandes ou muito espaçados, as
unidades grandes resultam mais adequadas. Não convém utilizar unidades
demasiadamente pequenas, porque nelas se destacam os erros de bordadura, isto é,
os erros devido à exclusão ou inclusão de indivíduos que se encontram na bordadura
da unidade amostrai.
2 GOODLAND, R. An ecological study of the cerrado vegetation of South-Central BraziL Tese Ph.D. Montreal, McGill University. 1969.
8
Para estudos fitossociológicos brasileiros, diversos métodos e tamanhos de
parcelas têm sido empregados (TABELA 1.1).
Para relacionar o número de espécies e a área estudada, MARGALEF (1982)
cita que a área mínima para representar todas as espécies que se consideram
importantes no funcionamento e caracterização do ecossistema, pode ser
determinada por uma função empírica indicada (relação espécie/área) expressa em
forma gráfica.
O conceito de área mínima da comunidade se relaciona simultaneamente com
a homogeneidade florística e espacial. Surge o critério de que para toda comunidade
vegetal existe uma superfície abaixo da qual ela não pode ser expressa e portanto,
para obter uma unidade amostrai representativa de uma comunidade, é necessário
conhecer sua área mínima de expressão (MATTEUCCI & COLMA, 1982).
O número de parcelas a serem amostradas dependerá da diversidade florística
da área. MUELLER-DOMBOIS & ELLENBERG (1974) recomendam o uso da
"curva espécie/área", onde o número acumulado de espécies encontradas é plotado
em relação ao aumento progressivo da área amostrada. A área mínima de
levantamento corresponde ao ponto onde a curva se torna praticamente horizontal,
ou seja, um aumento da área de amostragem não implicaria em um acréscimo
significativo no número de espécies.
CAIN & CASTRO3 (1959), citados por LAMPRECHT (1990), consideram
alcançada a área mínima representativa a partir do ponto em que a ampliação da área
levantada em mais 10,00% rende um acréscimo inferior a 10,00% no número de
espécies levantadas. Num critério mais rígido pode-se utilizar que a 10,00% do
aumento da área total represente um aumento de até 5,00% do total de espécies.
A curva de espécies por área pode conduzir, em certas circunstâncias, a
conclusões erradas, mas representa até agora o melhor critério para a determinação
da área mínima de amostragem florística (LAMPRECHT, 1990).
3 CAIN, S.A. & CASTRO, G.M.de O. Manual of vegetation analysis. New York, 1959.
9
TABELA 1.1 - Estudos fítossociológicos em alguns tipos florestais da vegetação brasileira, método utilizado, dimensões das parcelas, DAP e quantidade de espécies, gêneros e famílias encontrados.
LOCAL AUTOR(ES) VEGETAÇÃO METODO DAP (>) (cm) QUANTIDADE: Sp./Gênero/Família
Mogi-Guaçu - SP GIBBS & LEITÃO F.° Savana-Fl.Estacional Parcelas 10,00 59/-/-(1978) (Floresta Ciliar) 15 X 15m
Viamão - RS KNOB (1978) Estepe-Fl.Estacional Parcelas 5,00 (Form.MataM.Coco) 10 X 10m
Santa Rita do Passa MARTINS (1979) Savana Quadrantes 4,70 (solo) 92/70/33 Quatro - SP (Florestas Residuais) 250 pontos São João do LONGHI (1980) Floresta Ombrófila Parcelas 20,00 51/36/26 Triunfo - PR Mista 100 X 100m Porto Ferreira - SP BERTOLONI et al. (1982) Floresta Estacionai Quadrantes 10,00 124/113/39
Semidecidual 60 pontos Colombo - PR OLIVEIRA & ROTTA Floresta Ombrófila Parcelas 5,00 103/53/34
(1982) Mista 10 x40m Mogi-Mirim - SP TOLEDO F.° et al. (1984) Savana-Fl.Estacional Parcelas 3,00 (solo) 103/-/44
(Cerrado) 10 X 25m Esmeralda - RS JARENKOW (1985) Floresta Ombrófila Transects 5,00 38/34/22
Mista 2 x80m Teixeira Soares - GAL VÃO et al. (1989) Floresta Ombrófila Parcelas 9,50 128/83/43 PR Mista 10 X 20m Morretes - PR SILVA (1989) Floresta Ombrófila Quadrantes 4,70 70/55/31
Densa Submontana 80 pontos Santa Rita do Passa VIEIRA et al. (1989) Floresta Estacionai Parcelas 10,00 81/69/37 Quatro - SP Semidecidual 20 X 40m Diamante do Norte GOETZKE (1990) Floresta Estacionai Quadrantes 122/100/49 - P R Semid. Submontana 223 pontos Colombo - PR SILVA & MARCONI Floresta Ombrófila Quadrantes 15,00 57/42/30
(1990) Mista 79 pontos Paranaguá - PR SILVA (1990) Areas For.Pioneiras Parcelas 5,00 120/91/46
(Flor.de Restinga) 10 X 10m Santarém - PA CARVALHO (1992) Floresta Ombrófila Parcelas 5,00 257/151/49
Densa 10 X 10m Botucatu - SP GABRIEL & PAGANO Floresta Mesófila Quadrantes 110/83/44
(1992; 1993) Semid. Encosta 306 pontos Caçador-SC NEGRELLE & SILVA Floresta Ombrófila Quadrantes 5,00 43/39/28
(1992) Mista 70 pontos Jaliu - SP NICOLINI-GABRIEL & Savana Quadrantes 145/107/47
PAGANO (1992; 1993) (Fl. Mesófila Semid.) 400 pontos Morretes/Pinhais - SCHORN (1992) Floresta Ombrófila Parcelas 9,50 82/63/38 PR Densa Montana 10 x30m Litoral Paranaense ZILLER (1992) Floresta Ombrófila Parcelas 10,00 - P R Densa 10 X 20m Botucatu - SP SILVA F." & ENGEL Savana-F). Kstaci onal Parcelas 5,00 80/63/36
(1993) (Fl.Mesófila Semid.) 20 X 20m Caçador - SC SILVA et al. (1993) Floresta Ombrófila Parcelas 20,00 51/43/28
Mista 25 X 100m São Luiz do TABARELLI et al. (1993) Floresta Ombrófila Parcelas 3,10 S6/-/25 Paraitinga - SP Densa 7,5 X 15m Morretes - PR GUAPYASSU (1994) Floresta Ombrófila Parcelas 6,30 102/82/46
Densa Submontana 10 X 20m Quatro Barras - PR RODERJAN (1994) Floresta Ombrófila Parcelas 10,00 25/21/16 —43/31/20
Densa 5xl0/10xl0/10x20m - 43/30/23 Cássia - MG CORAIOLA (1997) Floresta Estac. Parcelas 10,00 124/99/46
Semidecidual 100 X 100m Vitória do Jari — GOMIDE (1997) Floresta Ombrófila Parcelas 5,00 169/117/48 AP Densa 50 X 50m Sub-Bacia Hidr.Rio LONGHI (1997) Fl.Ombrófila Mista - Parcelas 9,50 89/69/36 Passo Fundo - RS Fl.Estac. Decidual 10 X 100m São João do PIZATTO (1999) Floresta Ombrófila Parcelas 10,00 66/47/30 Triunfo - PR Mista 100 X 100m
10
2.3 PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS
De acordo com FÖRSTER4 (1973), citado por LONGHI (1997), a análise
estrutural da vegetação deve ser baseada no levantamento e na interpretação de
critérios de conteúdo mensuráveis. Análise dessa natureza permite a comparação
entre os diversos tipos de florestas.
HANSON & CHURCHILL (1961) citam que as características de uma
comunidade podem ser classificadas em dois principais grupos: analítico e sintético.
O grupo analítico, inclui características qualitativas, as quais são usualmente
descritivas devido à grande dificuldade em mensurá-las, e quantitativas, as quais
podem ser realmente medidas. Estas características são as seguintes:
• Qualitativas: composição florística; estratificação; periodicidade; vitalidade;
forma de vida; sociabilidade; associação das espécies;
• Quantitativas: densidade populacional; cobertura; altura das plantas; peso das
plantas; volume ocupado pelas plantas; freqüência.
Segundo HOSOKAWA et al. (1998), as florestas, geralmente, possuem
elevada diversidade de espécies e uma grande variação de qualidade em termos
econômicos. Por estas razões, o levantamento das condições florestais deverá
abranger, pelo menos, os seguintes itens da análise estrutural:
1. Avaliação da estrutura horizontal: deve quantificar a participação de cada espécie
em relação às outras e verificar a forma de distribuição espacial de cada espécie,
através da densidade, dominancia, freqüência, valor de importância e valor de
cobertura;
2. Avaliação da estrutura vertical: deve fornecer pelo menos um indício sobre em
que estágio sucessional se encontra a comunidade, informando quais espécies
4 FÖRSTER, M. Strukturanalyse aines tropischen Regenwalds in Kolumbien. Allg.Forst.-u. j.-Stg, Wien, v. 144, n.l,. p. 1-8, 1973.
1 1
são mais promissoras para compor a estrutura da floresta em termos dinâmicos,
através da posição sociológica e da regeneração natural; e
3. Avaliação da estrutura paramétrica: normalmente realizada sobre as informações
obtidas do inventário florestal, que permite a quantificação da floresta em termos
de volume, qualidade de fuste, vitalidade das árvores, comercialização e outras
informações.
A estrutura diz respeito á ocupação espacial de uma área florestal. A análise
estrutural deve ser baseada no inventário e interpretação das dimensões do
indivíduo, para servir de comparação entre florestas diferentes. A composição
florística e os diagramas de perfis dão apenas algumas indicações sobre a estrutura
da vegetação, portanto deve-se analisar também a densidade, a freqüência e a
dominância das espécies na floresta (CARVALHO, 1997).
Para análise da estrutura horizontal das comunidades vegetais utiliza-se os
parâmetros de densidade, freqüência, dominância, valor de importância e valor de
cobertura, que revelam informações sobre a distribuição espacial das populações e
suas participações no contexto do ecossistema (LONGHI, 1997).
2.3.1 Densidade
Densidade absoluta refere-se ao número de indivíduos de cada espécie por
unidade de área considerada. Densidade relativa é a proporção entre o número de
indivíduos de uma espécie, em relação ao total de indivíduos amostrados
(DAUBENMIRE, 1968).
DA = n/ha
DR = [(n/ha)/(N/ha)]x 100
DA = densidade absoluta
DR = densidade relativa
n/ha = número de árvores de cada espécie por unidade de área
12
N/ha = número total de árvores por unidade de área
2.3.2 Freqüência
Freqüência é um conceito estatístico relacionado com a uniformidade da
distribuição das espécies dentro de uma comunidade, em um número de áreas de
igual tamanho (SOUZA, 1973).
Freqüência absoluta é determinada como a proporção entre o número de
unidades amostrais onde a espécie ocorre e o número total de unidades amostrais.
Freqüência relativa é a proporção, expressa em percentagem, entre a freqüência
absoluta de cada espécie e a freqüência absoluta total por unidade de área
(MULLER-DOMBOIS & ELLENBERG, 1974).
FA = % de parcelas em que ocorre uma determinada espécie
FR - [FA/lFA]xlOO
FA= freqüência absoluta
FR = freqüência relativa
2.3.3 Dominância
CAIN & CASTRO (1956) definem dominância como o termo usado para
caracterizar a área coberta, espaço ocupado ou o grau de controle de uma
comunidade por uma ou mais espécies. E a prevalência ou predominância relativa de
indivíduos de uma espécie que resulta de seu número e volume ocupado.
Dominância é o grau de cobertura das espécies como expressão do espaço por
elas requerido. Definem-se pelo somatório de todas as projeções horizontais dos
vegetais sobre o solo. No caso de árvores, a dominância de uma espécie exprime-se,
por exemplo, pela soma, em m2, das projeções das copas de todos os seus
13
respectivos indivíduos. Devido ser extremamente difícil e dispendioso determinar as
projeções das copas, calculam-se em geral as áreas transversais individuais
(LAMPRECHT, 1990).
Dominância absoluta de uma espécie consiste na soma da área basal de todos
os indivíduos da espécie, presentes na amostra. Dominância relativa é a percentagem
entre área basal total da espécie e a área basal total por unidade de área (MULLER-
DOMBOIS & ELLENBERG, 1974).
DoA = g/ha
DoR = [(g/ha)/(G/ha)]xl00
DoA = dominância absoluta
DoR = dominância relativa
g/ha = área basal de cada espécie por unidade de área
G/ha = área basal total por unidade de área
2.3.4 Valor e Percentagem de Importância
A correlação entre os resultados de análises é feita através do valor de
importância, desenvolvido por CURTIS & McINTOSH5 (1951), citado por
LAMPRECHT (1990). Obtém-se este índice somando para cada espécie os valores
relativos de densidade, freqüência e dominância, obtendo um valór máximo de
300,00%. O valor de importância pode ser convertido em percentagem de
importância ao ser dividido por três.
LAMPRECHT (1990) menciona que por este meio, torna-se possível a
comparação entre os "pesos ecológicos" das espécies dentro do respectivo tipo
florestal. Valores mais ou menos iguais obtidos para os valores de importância das
5 CURTIS, J.T. & McINTOSH, R.P. An upland forest continuum in the prairie-forest border region of Wisconsin. Ecology, v.32, n.3, 1951.
14
espécies mais características podem ser uma indicação da igualdade ou, pelo menos,
semelhança das comunidades quanto à composição, estrutura, sítio e dinâmica.
VI = DR + FR + DoR
PI = (DR + FR + DoR)/3
VI = valor de importância
PI = percentagem de importância
2.3.5 Valor e Percentagem de Cobertura
Cobertura é definida como a projeção vertical da copa ou das raízes de uma
espécie sobre o solo, expressa sob forma de percentagem em relação a uma área
definida (MULLER-DOMBOIS & ELLENBERG, 1974).
A importância que uma espécie adquire na floresta é caracterizada pelo
número de árvores e suas dimensões (densidade e dominância), que determinam o
espaço dentro da biocenose, não importando muito se as árvores aparecem isoladas
ou em grupos (freqüência) (FÖRSTER6, 1973, citado por LONGHI, 1997).
O uso do valor de cobertura, que agrega os totais, por espécie, obtidos para
densidade e dominância relativas, tem um valor máximo de 200,00%. A
percentagem de cobertura consiste na média entre estes dois parâmetros
(GUAPYASSÚ, 1994).
VC = DR + DoR
PC = (DR + DoR)/2
VC = valor de cobertura
PC = percentagem de cobertura
6 op. cit.
15
2.4 ÍNDICES DE SIMILARIDADE
O agrupamento de comunidades em associações e a definição de categorias
para comunidades vegetais abstratas tem sido questão de julgamento do pesquisador,
envolvendo diferentes opiniões sobre quais os critérios associativos relevantes,
sendo difícil estabelecer uma regra geral aceitável, que defina similaridade ou
dissimilaridade. Os índices de similaridade são expressões matemáticas utilizadas
para comparar a flora de duas ou mais comunidades vegetais. Indicam o grau de
semelhança entre elas (MUELLER-DOMBOIS & ELLENBERG, 1974).
MATTEUCCI & COLMA (1982) e MUELLER-DOMBOIS &
ELLENBERG (1974) citam diversos índices de similaridade ou coeficientes de
comunidade, sendo os mais freqüentemente empregados para dados qualitativos
(presença/ausência) os de Jaccard e Sörensen.
• índice de Similaridade de Jaccard, que tem em conta a relação entre o número de
espécies comuns e o total das espécies encontradas nas duas amostras que se
comparam.
ISj = [c/(a+b+c)]x 100 ou ISj = [c/( A+B-c)]x 100
ISj = índice de similaridade de Jaccard
a = número de espécies exclusivas da comunidade 1
b = número de espécies exclusivas da comunidade 2
c = número de espécies comuns às duas comunidades
A = número total de espécies da comunidade 1
B = número total de espécies da comunidade 2
• índice de Similaridade de Sörensen, que relaciona o duplo do número de
espécies comuns com a soma do número de espécies das duas amostras.
ISs = [2c/(A+B)]xl00 ou ISs = [c/{0,5x(A+B)}xl00]
ISs = índice de similaridade de Sörensen
16
Os índices de similaridade (ISj e ISs) variam de 0 a 100; se igual a 100, todas
as espécies são comuns, isto é, as amostras são idênticas; se igual a 0, não existem
espécies comuns, isto é, ambas as amostras são completamente distintas.
2.5 ÍNDICES DE DIVERSIDADE
O índice de diversidade incorpora a riqueza de espécies e uniformidade num
valor único, sendo que em alguns casos um dado valor pode ser resultante de várias
combinações entre riqueza de espécies e uniformidade. Em outras palavras, o
mesmo valor do índice de diversidade pode ser obtido para uma comunidade com
alta riqueza e baixa uniformidade, assim como para uma comunidade com baixa
riqueza e alta uniformidade (LUDWIG & REYNOLDS, 1988).
As medidas de diversidade de espécies podem ser divididas em três
categorias principais (GUAPYASSÚ, 1994):
a) índices de riqueza de espécies, que são essencialmente uma medida do número
de espécies em uma unidade de amostragem definida;
b) Os modelos de abundância de espécies, que descrevem a distribuição da
abundância, tanto em situações de grande uniformidade como aquelas de
distribuição desigual; e
c) Os baseados na abundância proporcional de espécies, que pretendem resumir
riqueza e uniformidade em uma expressão simples.
Entre os índices de diversidade baseados na abundância proporcional de
espécies situam-se os índices de Diversidade de Shannon e o de Simpson.
• índice de Diversidade de Shannon ou Shannon-Weaver, considera que os
indivíduos são amostrados ao acaso a partir de uma população efetivamente
infinita, assumindo também que todas as espécies presentes estejam
representadas na amostra (MAGURRAN, 1989), ou seja, considera a proporção
com que os indivíduos de cada espécie aparecem na área amostrada.
17
H' = - Z Pi ln pi pi = n¡/N
H' = indice de diversidade de Shannon
Pi = proporção de indivíduos da i-ésima espécie
n, = número de indivíduos amostrados para a espécie i
N = número total de individuos amostrados
Os valores deste índice em geral situam-se entre 1,50 e 3,50 e raramente
ultrapassam 4,50.
• índice de Diversidade de Simpson, reflete a probabilidade de dois indivíduos
quaisquer extraídos ao acaso de uma comunidade infinitamente grande
pertencerem a diferentes espécies (MAGURRAN, 1989).
D = Z pi2
D = índice de diversidade de Simpson
Este índice é normalmente expresso como 1-D ou l/D e situa-se entre 0 e 1;
quanto mais próximo da unidade, maior a diversidade do ecossistema.
Sobre o valor numérico dos índices de diversidade influem o número total de
espécies e a distribuição dos números de indivíduos das diferentes espécies
(MARGALEF, 1982).
18
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O presente estudo foi realizado na Estação Experimental de São João do
Triunfo, da Universidade Federal do Paraná, numa área de 32ha, localizada na Vila
Palmira em São João do Triunfo, Região Centro-Sul do Paraná.
A Estação Experimental está distante 20km da sede administrativa do
Município e 125km de Curitiba. A área está a 780m de altitude, 25°34'18" de
latitude S e 50°05'56" de longitude W (FIGURA 1.1).
De acordo com o sistema de classificação climática de Koppen, a região
enquadra-se no tipo Cfb, clima temperado propriamente dito, com temperatura
média no mês mais frio abaixo de 18°C (mesotérmico), com verões frescos,
temperatura média no mês mais quente abaixo de 22°C e sem estação seca definida
(IAPAR, 1994a). Na TABELA 1.2 encontram-se dados de três Estações
Meteorológicas, obtidos de resumos climatológicos (IAPAR, 1999), para possível
caracterização climática da área de estudo.
São João do Triunfo encontra-se no Segundo Planalto, exibindo uma
paisagem suave ondulada, composta por sedimentos paleozoicos do devoniano,
carbonífero e do permiano (MAACK, 1981). E constituida por terrenos rochosos
cuja origem ou transformação abrange o domínio geológico da Bacia do Paraná, de
cobertura sedimentar gonduânica, com litologias de siltitos cinzentos, arenitos,
siltitos, folhelhos, calcários e camadas de carvão (IBGE, 1990; MINEROPAR,
1986).
19
FIGURA 1.1 - Localização da área de estudo.
20
TABELA 1.2 - Dados climáticos das Estações Meteorológicas da Região Sul/Centro-Sul do Paraná próximas à área de estudo.
ESTAÇÃO LAPA FERNANDES PINHEIRO PONTA GROSSA Latitude/Longitude 25°47'S/49°746,W 25o27'S/50°35'W 25°13'S/50°0rW
Altitude 910m 893m 880m Período 1989/1998 1963/1998 1954/1998
Temperatura média anual 16,9°C 17,4°C 17,8°C Umidade relativa média anual 82,2% 80,9% 77,1%
Precipitação anual 1.686,9mm 1.613,Omm 1.545,Omm Mês mais chuvoso Janeiro (271,6mm) Janeiro (177,9mm) Janeiro (188,2mm)
Mês mais seco Agosto (101,Omm) Agosto (84,5mm) Agosto (79,9mm) FONTE: IAPAR, 1999.
Segundo o mapa esquemático de solos da Região Sul, a região de estudo pode
ser classificada no grande grupo de solos dominantes em Latossolo Vermelho-
Escuro, e no grupo de solos com menor extensão em Podzólico Vermelho-Escuro,
Podzólico Vermelho-Amarelo, Latossolo Vermelho-Escuro Húmico e Cambissolo
(IBGE, 1990). Com base no levantamento de reconhecimento dos solos do Estado
do Paraná, a área de estudo em São João do Triunfo encontra-se solo Podzólico
Vermelho-Amarelo Álico Tb A proeminente textura média/argilosa fase floresta
subtropical perenifólia relevo suave ondulado de vertentes curtas (EMBRAPA,
1984).
A vegetação da área de estudo é a Floresta Ombrófila Mista Montana de 400
até mais ou menos 1000m de altitude (IBGE, 1992), ou Floresta com Araucária,
cujas famílias com maior freqüência são Lauraceae, Araucariaceae, Sapindaceae,
Myrtaceae e Aquifoliaceae.
21
3.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
3.2.1 Caracterização dos Solos
Para a caracterização pedológica da área de estudo foram efetuadas 16
prospecções, com trado holandês, até a profundidade de l,20m, registrando-se as
características morfológicas relevantes como espessura, cor, tipo e seqüência dos
horizontes. Isto permitiu avaliar a homogeneidade dos solos em cada parcela,
indicando os pontos de solos representativos para amostragem.
Elegeu-se os 16 pontos para coleta de solos nos quais foram amostrados os
horizontes superficiais e subsuperficiais, totalizando 31 amostras.
As análises físicas e químicas foram efetuadas no Laboratório de Solos do
Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR - Londrina PR.
Através das características morfológicas, químicas e granulométricas, os
solos foram classificados segundo os critérios adotados pelo Centro Nacional de
Pesquisas de Solos - CNPS/EMBRAPA. A classificação dos solos por amostra
coletada nas parcelas encontra-se em anexo (ANEXO 1).
3.2.2 Análise Fitossociológica
A área da floresta encontra-se dividida em parcelas de 100,00 x 100,00m
(FIGURA 1.2). Para o levantamento fitossociológico utilizaram-se quatro parcelas
de 1 ha cada (parcelas 06, 14, 16 e 28), divididas em subparcelas de 10,00 x 10,00m,
com canos de PVC de l,00m de altura. Em cada parcela foram amostrados todos os
indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) igual ou superior a 10,00cm,
obtidos por medição direta com fita métrica ou trena, quando necessário.
22
FIGURA 1.2 - Mapa da vegetação da Estação Experimental de São João do Triunfo em função da predominância do dossel e localização das parcelas.
JL
ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE SÃO JOÃO DO TRIUNFO Área Total: 323.645,15m1 (32,36ha)
I L LEGENDA:
===== Estrada de Leito Natural
J 2 J Parcelas de Estudo
0 $ 0 iCDm
Area com Predominância de Copas da Araucaria angustifolia no Dossel
Área com Predominância de Copas de Folhosas no Dossel
I I Área de Transição (Araucaria angustifolia e Folhosas) no Dossel
23
Todas as árvores de cada parcela foram numeradas no campo, com o uso de
fitas rotex e pregos e pintadas com tinta óleo azul mar, com o objetivo de facilitar a
localização das mesmas quando da confecção dos croquis das parcelas e também
para identificação das espécies e coleta de material botânico. A identificação
procedeu-se no herbário do Museu Botânico Municipal (MBM) da Prefeitura
Municipal de Curitiba e no herbário do Laboratório de Dendrologia do
Departamento de Silvicultura e Manejo do Setor de Ciências Agrárias da
Universidade Federal do Paraná (EFC). Parte do material coletado encontra-se em
herbário de campo no herbário EFC. O perfil básico da nomenclatura foi baseado no
Index Kewensis 2.
Os dados, coletados em julho de 1997 e julho de 1998, foram ordenados e
processados no programa FITOPAC 1 (SHEPHERD, 1988), que consiste num
conjunto de subprogramas para análises fitossociológicas que permite calcular os
parâmetros fitossociológicos e analisar dados de levantamentos de vegetação de
diversas maneiras.
O programa calcula parâmetros fitossociológicos como densidade,
dominância, freqüência, valor e percentagem de importância, valor e percentagem
de cobertura, índice de diversidade, entre outros, avaliados por espécie e por família
botânica.
Para a caracterização da área estudada, foram utilizados os seguintes
parâmetros fitossociológicos:
- Densidade; - Freqüência; - Dominância;
- Valor e Percentagem de Importância;
- Valor e Percentagem de Cobertura;
- índice de Similaridade; - índice de Diversidade.
Os parâmetros fitossociológicos foram calculados individualmente para cada
parcela e para cada ano estudado (1997 e 1998) e também calculados como uma
única parcela de 4ha (denominada de "floresta") para ambos os anos.
2 4
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 SOLOS
As unidades de solos das quatro parcelas onde efetuou-se o levantamento
fitossociológico são as seguintes:
• Parcela 06: Associação Latossolo Vermelho-Escuro + Cambissolo Tb ambos
Alicos A moderado textura muito argilosa relevo suave ondulado;
• Parcela 14: Associação Latossolo Vermelho-Escuro Álico e Álico Epidistrófico
textura muito argilosa + Podzólico Vermelho-Amarelo câmbico pouco profundo
Tb Distrófico Epieutrófico e Álico Epidistrófico textura argilosa/muito argilosa
todos A moderado relevo suave ondulado;
• Parcela 16: Latossolo Vermelho-Amarelo Álico A moderado textura muito
argilosa relevo suave ondulado;
• Parcela 28: Associação Latossolo Vermelho-Escuro Álico Epieutrófico e
Epidistrófico textura muito argilosa + Podzólico Vermelho-Amarelo pouco
profundo Tb Álico Epieutrófico A proeminente e Podzólico Vermelho-Amarelo
câmbico Tb pouco profundo Distrófico Epieutrófico textura argilosa/muito
argilosa todos A moderado relevo suave ondulado.
No que se refere às características físicas, há homogeneidade entre as quatro
parcelas, uma vez que em todas elas o solo predominante é o Latossolo, sendo que
não houve diferenças consideráveis na espessura do horizonte A.
Predominam os Latossolos Vermelho-Escuros, sendo que na parcela 16
ocorrem os Latossolos Vermelho-Amarelos, devido a coloração do horizonte B.
25
Predominam solos com caráter álico e distrófico no horizonte superficial (A)
do tipo moderado com espessura média de 49,00cm. São todos álicos no horizonte
subsuperficial (B), ou seja, possuem baixa fertilidade natural. Possuem baixa
capacidade de troca de cátions, por serem intensamente intemperizados, e
apresentam distribuição homogênea de argila ao longo do perfil.
Nas parcelas 14 e 28 os Latossolos estão associados aos Podzólicos
Vermelho-Amarelos, com predomínio de Podzólicos câmbicos pouco profundos
sobre os Podzólicos típicos. Apresentam fertilidade natural baixa, porém
ligeiramente superior a dos Latossolos. Possuem horizonte A moderado com
espessura média de 40,00cm.
Na parcela 06 os Latossolos estão associados com os Cambissolos, tendo
ocorrido a inclusão de solo Litólico Álico A moderado textura muito argilosa relevo
suave ondulado.
Na parcela 28 a característica que deve ser ressaltada é a presença do caráter
Eutrófico no horizonte A, tendo sido a única onde isto ocorreu.
Químicamente os solos apresentam incremento crescente em saturação em
bases (V%) com simultânea redução nos valores de saturação em Al, na seqüência:
parcela 06 => parcela 16 => parcela 14 => parcela 28 (TABELA 1.3).
Há homogeneidade na espessura do horizonte A, porém maior discrepância
nos teores de carbono e elevado teor de argila.
26
TABELA 1.3 - Valores médios de carbono (C), saturação em alumínio (m), saturação em bases (V), argila (ARG) e espessura do horizonte A (HOR A), dos horizontes superficiais e subsuperficiais dos solos coletados nas parcelas.
PARCELAS 28 14 16 06 HORIZONTES A B A B A B A B C (g/dmJ) 35,84 12,66 44,44 13,12 40,35 16,30 36,08 26,02 m (%) 15,00 60,00 24,00 57,00 62,00 89,00 87,00 92,00 V(%) 58,00 11,00 40,00 15,17 15,09 3,11 4,43 2,13 ARG (%) 55,00 73,00 61,00 79,00 71,25 78,00 71,00 73,00 HOR A (cm) Mod - 48 Mod-43 Mod - 48 Mod-40 Obs.: Os valores da Tabela referem-se à média de 4 dados, com exceção para o horizonte B da parcela 06, onde os valores representam a
média de 3 dados.
4.2 VEGETAÇÃO
Efetuou-se análise para os dois anos coletados, mas como não ocorreram
grandes variações, o ano de 1997 será o ano base para todos os resultados a serem
apresentados, sendo em alguns casos comparados com 1998.
4.2.1 Suficiência Amostrai
Utilizando-se como critério para a suficiência amostrai a curva espécie/área,
através de sua estabilização, tomando-se a seqüência das espécies obtidas na parcela
06 => parcela 14 => parcela 16 => parcela 28, para a "floresta", esta foi atingida aos
30.000m2 (3ha), para o total de 69 espécies. Se utilizado o critério onde a cada
10,00% do aumento da área total representa um aumento de até 5,00% do total de
espécies, a estabilização da curva ocorre próximo a l,75ha com um total de 64
espécies (FIGURA 1.3).
Quando analisa-se por parcela, pode-se considerar a estabilização para a
parcela 06 aos 0,80ha com 44 espécies, parcela 14 aos 0,40ha com 44 espécies,
parcela 16 aos 0,60ha com 46 espécies e parcela 28 também aos 0,60ha com 43
27
espécies, apesar de todas elas apresentarem mais espécies quando considerada a área
total (1 ha) (FIGURA 1.4).
FIGURA 1.3 - Curva espécie/área para determinação da suficiência amostrai para a "floresta".
70 -,
6 0 -
« 50-a> 5 40 -
Ä30 ei 2 2 0 -
1 0 -
0 -o o o o o O o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 10 o IO o IO o IO O IO o IO o IO o IO CM m o CM IO O CM IO r- o CN IO CM CM CM CM CO co co CO ÁREA (m2)
"Floresta"(69)
FIGURA 1.4 - Curva espécie/área para determinação da suficiência amostrai para as quatro parcelas.
ÁREA (m2)
P06(45) — P14(49) - - - P 16(49) - P28(46)
28
4.2.2 Composição Florística
Na "floresta" foram encontradas 69 espécies arbóreas, sendo identificadas 45
até o nível de espécie, 19 até gênero, 4 até família e 1 não identificada (NI). As 69
espécies estão incluídas em 44 gêneros e 29 famílias botânicas e 1 NI, para um total
de 2346 indivíduos vivos para 1997, variando de 45 a 49 espécies por parcela
(TABELAS 1.4 e 1.5). Não houve ingresso de espécies de 1997 para 1998, sendo
que na parcela 16 ocorreu a perda de uma espécie (único indivíduo - com brotações
laterais - Maytenus ilicifolia - Celastraceae) por queda do tronco na altura do DAP.
Comparando-se a composição florística com outras áreas de Floresta
Ombrófila Mista, as famílias mais representativas em número de espécies são
Myrtaceae e Lauraceae, seguidas de Aquifoliaceae, Flacourtiaceae e outras em
função do local de estudo (TABELA 1.6).
TABELA 1.4 - Distribuição de espécies, gêneros e famílias por parcela e na "floresta" para 1997 e 1998.
CATEGORIAS PARCELA 06 PARCELA 14 PARCELA 16 PARCELA 28 "FLORESTA" 1997 1998 1997 1998 1997 1998 1997 1998 1997 1998
N.° ind./ha 553 564 582 593 607 612 604 610 2346 2379 N.° espécies 45 45 49 49 49 48 46 46 69 69 N.° gêneros 32 32 34 34 36 35 34 34 44 44 N.° famílias 24 24 24 24 26 25 24 24 29 29
2 9
TABELA 1.5 - Composição florística da Floresta Ombrófila Mista encontrada na "floresta" e sua distribuição por parcela.
FAMILIA NOME CIENTIFICO NOME POPULAR P06 P14 P16 P28 ANACARDIACEAE Lithraea brasiliensis March. Bugreiro X X X X ANNONACEAE Annona sp. Linn. Ariticum X X AQUIFOLIACEAE Ilex brevicuspis Reiss. Orelha-de-mico X X X AQUIFOLIACEAE Ilex dumosa Reiss. Caúna-miúda X AQUIFOLIACEAE Ilex paraguariensis A. St. Hil. Erva-mate x X X X AQUIFOLIACEAE Ilex theezans Mart Caúna-graúda X X ARAUCARIACEAE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucária x X X X ARECACEAE Syagrus romanzojfiana (Cham.) Glassm. Jerivá x X BIGNONIACEAE Jacaranda puberula Cham. Caroba x X X CANELLACEAE Capsicodendron dinisii (Schwacke) P. Occhioni Pimenteira x X X X CELASTRACEAE Maytenus ilicifolia Mart, ex Reiss. Espinheira-santa-graúda X X X CLETHRACEAE Clethra scabra Loisel. Carne-de-vaca X X COMPOSITAE Piptocarpha angustifolia Düsen ex Malme Vassourão-branco x X COMPOSITAE Piptocarpha axilaris (Less.) Baker Vassourão-graúdo x X X X COMPOSITAE Raulinoreitzia leptophlebia * Vassourão-miúdo x COMPOSITAE Vernonia discolor Less. Vassourão-preto X ELAEOCARPACEAE Sloanea lasiocoma K. Schumann Sapopema X X ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum deciduum A. St. Hil. Carvalho-miúdo X X EUPHORBIACEAE Sapium glandulatum Pax. Pau-de-leite X X X X EUPHORBIACEAE Sebastiania brasiliensis Spreng. Branquinho-miúdo X X X EUPHORBIACEAE Sebastiania sp. Spreng. Branquinho-graúdo X FABACEAE Lonchocarpus sp. H. B. & K. Timbó X X X X FABACEAE Machaerium sp. Pers. Farinha-seca-miúda X X X X FLACOURTIACEAE Casearia decandra Jacq. Guaçatunga-miúda X X FLACOURTIACEAE Casearia sp. Jacq. Guaçatunga-graúda X X X LAURACEAE Cinnamomum sellowianum (Nees & Mart.) Kosterm. Canela-sebo X X X LAURACEAE Cinnamomum vesiculosum (Nees) Kosterm. Pau-d'alho X X LAURACEAE Nectandra grandiflora Nees & Mart, ex Nees Canela-amarela X X X X LAURACEAE Nectandra sp. Roland, ex Rottb. Canela-imbuia X X X LAURACEAE Ocotea porosa (Mez) L. Barroso Imbuia X X X X LAURACEAE Ocotea puberula Nees Canela-guaicá X X X X LAURACEAE Ocotea sp. Aubl. Canela-coqueiro X X X X LAURACEAE Persea sp. Mill. Pau-andrade X X MELIACEAE Cedrela fissilis Veil. Cedro X X X X MIMOSACEAE Albizia sp. 1 Auct. Cuvitinga X MIMOSACEAE Albizia sp.2 Auct. Monj oleiro X MIMOSACEAE Inga sp. Miller higá X X MIMOSACEAE Mimosa scabrella Benth. Bracatinga X MYRSINACEAE Myrsine ferruginea Spreng. Capororoca-miúda X X MYRSINACEAE Myrsine umbellata G. Don Capororoca-graúda X X X X MYRTACEAE Campomanesia guazumaefolia Blume Solta-capote X X X MYRTACEAE Campomanesia xanthocarpa Berg Guabiroba X X X X MYRTACEAE Eugenia involucrata DC. Cerejeira X X X X MYRTACEAE Eugenia uniflora Linn. Pitanga X X X X MYRTACEAE Myrcia sp. DC. ex Guill. Guamirim-miúdo X X X X MYRTACEAE Myrciaria sp. Berg Guabiju X X MYRTACEAE Myrtaceae 1 Guamirim-preto X X X X MYRTACEAE Myrtaceae 2 Guamirim-vermelho X MYRTACEAE Myrtaceae 3 Laranjinha-do-mato X MYRTACEAE Myrtaceae 4 Murteira X X X X MYRTACEAE Psidium sp. 1 Linn. Araçá-graúdo X X MYRTACEAE Psidium sp.2 Linn. Araçá-miúdo X RHAMNACEAE Hovenia dulcis Thunb. Uva-do-japão X X X
Continua
3 0
TABELA 1.5 - Continuação FAMILIA NOME CIENTIFICO NOME POPULAR P06 P14 P16 P28
ROSACEAE Prunus brasiliensis Schott, ex Spreng. Pessegueiro-bravo-graúdo X X X ROSACEAE Prunus sp. [Toum.] Linn. Pessegueiro-bravo-miúdo X X RUTACEAE Zanthoxylum kleinii (R. S. Cowan) Waterman Juvevê-branco X X X RUTACEAE Zanthoxylum rhoifolium Lam. Juvevê-amarelo X X X SAPINDACEAE Allophylus sp. Gleditsch Faiinha-seca-graúda X X X SAPINDACEAE Cupania vernalis Cambess. Miguel-pintado-graúdo X X X SAPINDACEAE Matayba elaeagnoides Radlk. Miguel-pintado-miúdo X X X X SOLANACEAE Solanum erianthum D. Don Tabaco X SOLANACEAE Solanum sp. [Tourn.] Linn. Uva-do-mato X X X X STYRACACEAE Styrax leprosus Hook. & Arn. Maria-mole-graúda X X X SYMPLOCACEAE Symplocos celastrina Mart. Maria-mole-bTanca X X X SYMPLOCACEAE Symplocos niedenzuiana Maria-mole-miúda X X SYMPLOCACEAE Symplocos sp. Maria-mole-preta X TILIACEAE Luehea divaricata Mart. Açoita-cavalo X X X WINTERACEAE Drimys brasiliensis Miers Cataia X X X NI NI Embira-do-mato X X X * Raulinoreitzia leptophlebia (B. L. Robinson) R. M. King & H. Robinson
TABELA 1.6 - Famílias mais representativas em número de espécies em diferentes estudos na Floresta Ombrófila Mista.
LOCAL AUTOR(ES) AREA (ha)
DAP (>) (cm)
QUANTIDADE: Sp/Gênero/Família
FAMILIAS MAIS REPRESENTATIVAS
São João do Triunfo LONGHI (1980) 9,00 20,00 51/36/26 Lauraceae = 8 spp. - P R Myrtaceae = 7 spp.
Aquifoliaceae = 4 spp. Colombo-PR OLIVEIRA &
ROTTA (1982) 0,72 5,00 103/53/34 Myrtaceae = 38 spp.
Lauraceae =17 spp. Flacourtiaceae = 8 spp. Aquifoliaceae = 3 spp.
Esmeralda - RS JARENKOW (1985)
0,48 5,00 38/34/22 Myrtaceae = 9 spp. Lauraceae = 6 spp. Euphorbiaceae = 3 spp. Flacourtiaceae = 3 spp.
Teixeira Soares - GAL VÃO et al. 1,82 9,50 128/83/43 Myrtaceae = 22 spp. PR (1989) Lauraceae =16 spp.
Leguminosae =13 spp. Flacourtiaceae = 6 spp.
Colombo - PR SILVA & MARCONI (1990)
12,00 15,00 57/42/30 Lauraceae = 7 spp. Myrtaceae = 6 spp. Flacourtiaceae = 4 spp. Aquifoliaceae = 3 spp.
Caçador-SC NEGRELLE & SILVA (1992)
5,00 43/39/28 Myrtaceae = 5 spp. Aquifoliaceae = 3 spp. Lauraceae = 3 spp. Leguminosae = 3 spp. Sapindaceae = 3 spp.
Sub-Bacia Hidr.Rio LONGHI (1997) 16,90 9,50 89/69/36 Myrtaceae =11 spp. Passo Fundo - RS Lauraceae = 6 spp.
Fabaceae = 6 spp. Mimosaceae = 5 spp. Sapindaceae = 5 spp.
Continua
31
TABELA 1.6 - Continuação LOCAL AUTOR(ES) AREA
(ha) DAP (>)
(cm) QUANTIDADE:
Sp/Gênero/Família FAMILIAS MAIS
REPRESENTATIVAS Região Metrop.de Curitiba-PR
KOEHLER et al. (1997)
4,00 10,00 85/56/34 Myrtaceae = 19 spp. Lauraceae =11 spp. Aquifoliaceae = 5 spp. Flacourtiaceae = 4 spp. Rubiaceae = 3 spp.
São João do Triunfo PIZATTO (1999) 3,50 10,00 66/47/30 Myrtaceae =10 spp. - P R Lauraceae = 8 spp.
Compositae = 4 spp. Sapindaceae = 4 spp.
São João do Triunfo - P R
DURIGAN (área em estudo)
4,00 10,00 69/44/29 Myrtaceae = 12 spp. Lauraceae = 8 spp. Aquifoliaceae = 4 spp. Compositae = 4 spp. Mimosaceae = 4 spp.
4.2.3 Análise Fitossociológica
Os parâmetros fitossociológicos (freqüência, densidade, dominância, valores
de importância e cobertura) são apresentados e discutidos em separado para cada
uma das quatro parcelas e para a "floresta", por espécie e por família. Nas tabelas os
parâmetros fitossociológicos encontram-se classificados em ordem decrescente de
percentagem de importância (PI).
Parcela 06
Com uma densidade total de 583 indivíduos, as dez primeiras espécies
representaram 71,37% do total da parcela, sendo que os valores mais expressivos
foram os de Araucaria angustifolia (24,54% ou 143ind./ha), Nectandra grandiflora
(13,21% ou 77ind./ha), Matayba elaeagnoides (8,23% ou 48ind./ha), Ilex
paraguariensis (7,55% ou 44ind./ha) e Campomanesia xanthocarpa (7,20% ou
42ind./ha), contribuindo com um valor de 60,73% do total (TABELA 1.7).
As espécies mais freqüentes para a parcela 06 foram Araucaria angustifolia,
Nectandra grandiflora, Matayba elaeagnoides, Ilex paraguariensis e
32
Campomanesia xanthocarpa, representando uma freqüência de 51,93% em relação
ao total (TABELA 1.7).
Em relação ao total da dominancia, as dez primeiras espécies englobaram
27,8536m /ha das espécies vivas, o que equivale a 82,99% da área basal da floresta,
destacando-se Araucaria angustifolia (43,62%) e Matayba elaeagnoides (13,39%)
(TABELA 1.7).
Na estrutura fitossociológica através da percentagem de importância, as cinco
espécies que se destacaram nesta parcela foram Araucaria angustifolia, Nectandra
grandiflora, Matayba elaeagnoides, Campomanesia xanthocarpa e Ilex
paraguariensis, refletindo num valor de 61,36% do total da composição florística.
Para a percentagem de cobertura as espécies mais importantes foram Araucaria
angustifolia, Matayba elaeagnoides e Nectandra grandiflora, refletindo um valor de
cobertura equivalente a 55,35% em relação ao total (TABELA 1.7).
Dentre as famílias mais importantes desta parcela, destacaram-se
Araucariaceae, Lauraceae, Sapindaceae, Myrtaceae e Aquifoliaceae entre todos os
parâmetros analisados (TABELA 1.8).
Parcela 14
Com uma densidade total de 634 indivíduos, as dez primeiras espécies
representaram 58,79% do total da parcela, sendo que os valores mais expressivos
foram os de Nectandra sp. (10,86% ou 69ind./ha), Matayba elaeagnoides (10,07%
ou 64ind./ha), Myrtaceae 4 (7,57% ou 48ind./ha) e Eugenia uniflora (7,10% ou
45ind./ha), contribuindo com um valor de 35,60% do total (TABELA 1.9).
33
TABELA 1.7 - Parâmetros fítossociológicos por espécies da parcela 06.
ESPECIE DA DR FA FR DoA DoR VI PI VC PC Araucaria angustifolia 143,00 24,54 73,00 18,41 14,6408 43,62 86,56 28,85 68,15 34,07 Nectandra grandiflora 77,00 13,21 43,00 10,85 2,5902 7,72 31,76 10,59 20,92 10,47 Matayba elaeagnoides 48,00 8,23 32,00 8,07 4,4937 13,39 29,69 9,90 21,62 10,81 Campomanesia xanthocarpa 42,00 7,20 29,00 7,30 1,5023 4,48 18,99 6,33 11,68 5,84 Ilex paraguariensis 44,00 7,55 29,00 7,30 0,7396 2,20 17,06 5,69 9,75 4,88 Myrsineferruginea 17,00 2,92 16,00 4,03 0,6240 1,86 8,81 2,94 4,78 2,39 Cinnamomum sellowianum 14,00 2,40 13,00 3,27 0,7185 2,14 7,82 2,61 4,54 2,27 Syagrus romanzoffiana 19,00 3,26 12,00 3,02 0,5038 1,50 7,78 2,59 4,76 2,38 Myrtaceae 2 12,00 2,06 10,00 2,52 0,5292 1,58 6,15 2,05 3,64 1,82 Ilex dumosa 12,00 2,06 6,00 1,51 0,6622 1,97 5,54 1,85 4.03 2,02 Capsicodendron dinisii 10,00 1,72 9,00 2,27 0,4670 1,39 5,37 1,79 3,11 1,56 Ocotea porosa 6,00 1,03 6,00 1,51 0,9224 2,75 5,29 1,76 3,78 1,89 Cinnamomum vesiculosum 9,00 1,54 8,00 2,02 0,4035 1,20 4,76 1,59 2,75 1,38 Ocotea sp. 5,00 0,86 4,00 1,01 0,9599 2,86 4,73 1,58 3,72 1,86 Hovenia dulcís 9,00 1,54 8,00 2,02 0,1463 0,44 3,99 1,33 1,98 0,99 Eugenia involucrata 7,00 1,20 5,00 1,26 0,2005 0,60 3,06 1,02 1,80 0,90 Zanthoxylum kleinii 5,00 0,86 5,00 1,26 0,2336 0,70 2,81 0,94 1,55 0,78 Erythroxylum deciduum 5,00 0,86 5,00 1,26 0,1515 0,45 2,57 0,86 1,31 0,66 Prunus brasiliensis 6,00 1,03 5,00 1,26 0,0889 0,26 2,55 0,85 1,29 0,65 Lithraea brasiliensis 4,00 0,69 4,00 1,01 0,2639 0,79 2,48 0,83 1,47 0,74 Myrtaceae 1 5,00 0,86 5,00 1,26 0,1194 0,36 2,47 0,82 1,21 0,61 Mimosa scabrella 6,00 1,03 4,00 1,01 0,0977 0,29 2,33 0,78 1,32 0,66 Drimys brasiliensis 6,00 1,03 4,00 1,01 0,0877 0,26 2,30 0,77 1,29 0,65 Raulinoreitzia leptophlebia 4,00 0,69 4,00 1,01 0,0715 0,21 1,91 0,64 0,90 0,45 Piptocarpha axilaris 4,00 0,69 4,00 1,01 0,0522 0,16 1,85 0,62 0,84 0,42 Vernonia discolor 4,00 0,69 2,00 0,50 0,0771 0,23 1,42 0,47 0,92 0,46 Eugenia uniflora 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0377 0,11 0,96 0,32 0,46 0,23 Jacaranda puberula 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0328 0,10 0,94 0,31 0,44 0,22 Prunus sp. 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0293 0,09 0,93 0,31 0,43 0,22 Cedreia flssilis 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0292 0,09 0,93 0,31 0,43 0,22 Myrtaceae 4 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0292 0,09 0,93 0,31 0,43 0,22 Ocotea puberula 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0289 0,09 0,93 0,31 0,43 0,22 Piptocarpha angustifolia 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0253 0,08 0,92 0,31 0,42 0,21 Myrsine umbellata 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0248 0,07 0,92 0,31 0,42 0,21 Zanthoxylum rhoifolium 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0220 0,07 0,91 0,30 0,41 0,21 Machaerium sp. 2,00 0,34 2,00 0,50 0,0215 0,06 0,91 0,30 0,41 0,21 Persea sp. 2,00 0,34 1,00 0,25 0,0453 0,14 0,73 0,24 0,48 0,24 Sapium glandulatum 1,00 0,17 1,00 0,25 0,0191 0,06 0,48 0,16 0,23 0,12 Luehea divaricata 1,00 0,17 1,00 0,25 0,0139 0,04 0,46 0,15 0,21 0,11 Symplocos niedenzuiana 1,00 0,17 1,00 0,25 0,0109 0,03 0,46 0,15 0,20 0,10 Symplocos celastrina 1,00 0,17 1,00 0,25 0,0097 0,03 0,45 0,15 0,20 0,10 Myrcia sp. 1,00 0,17 1,00 0,25 0,0092 0,03 0,45 0,15 0,20 0,10 Lonchocarpus sp. 1,00 0,17 1,00 0,25 0,0083 0,02 0,45 0,15 0,20 0,10 Solanum sp. 1,00 0,17 1,00 0,25 0,0080 0,02 0,45 0,15 0,20 0,10 Annona sp. 1,00 0,17 1,00 0,25 0,0079 0,02 0,45 0,15 0,19 0,10 Mortas 30,00 5,15 23,00 5,79 1,7965 5,35 16,29 5,43 10,50 5,25 TOTAL 583,00 100,00 100,00 33,5569 100,00 300,00 100,00 200,00 100,00 DA = n.°/ha; DR = %; FA = %; FR = %; DoA = m2/ha; DoR = %; VI = %; PI = %; VC = %; PC = %
34
TABELA 1.8 - Parâmetros fitossociológicos por família da parcela 06.
FAMILIA N.spp. %spp. DA DR FA FR DoA DoR VI PI VC PC Araucariaceae 1 2,17 143,00 24,53 73,00 19,79 14,6408 43,64 87,93 29,30 68,17 34,07 Lauraceae 7 15,24 115,00 19,73 59,00 16,00 5,6687 16,90 52,61 17,53 36,63 18,31 Myrtaceae 7 15,24 71,00 12,18 45,00 12,20 2,4274 7,23 31,61 10,53 19,41 9,71 Sapindaceae 1 2,17 48,00 8,23 32,00 8,67 4,4937 13,39 30,30 10,10 21,62 10,81 Aquifoliaceae 2 4,35 56,00 9,61 34,00 9,21 1,4018 4,18 23,00 7,67 13,78 6,89 Myrsinaceae 2 4,35 19,00 3,26 18,00 4,88 0,6488 1,93 10,07 3,36 5,19 2,60 Arecaceae 1 2,17 19,00 3,26 12,00 3,25 0,5038 1,50 8,01 2,67 4,76 2,38 Compositae 4 8,70 14,00 2,40 12,00 3,25 0,2262 0,67 6,33 2,11 3,08 1,54 Canellaceae 1 2,17 10,00 1,72 9,00 2,44 0,4670 1,39 5,55 1,85 3,11 1,55 Rhamnaceae I 2,17 9,00 1,54 8,00 2,17 0,1463 0,44 4,15 1,38 1,98 0,99 Rutaceae 2 4,35 7,00 1,20 7,00 1,90 0,2556 0,76 3,86 1,29 1,96 0,98 Rosaceae 2 4,35 8,00 1,37 7,00 1,90 0,1182 0,35 3,62 1,21 1,72 0,86 Erythroxylaceae 1 2,17 5,00 0,86 5,00 1,36 0,1515 0,45 2,66 0,89 1,31 0,65 Anacardiaceae 1 2,17 4,00 0,69 4,00 1,08 0,2639 0,79 2,56 0,85 1,47 0,74 Mimosaceae 1 2,17 6,00 1,03 4,00 1,08 0,0977 0,29 2,40 0,80 1,32 0,66 Winteraceae 1 2,17 6,00 1,03 4,00 1,08 0,0877 0,26 2,37 0,79 1,29 0,65 Fabaceae 2 4,35 3,00 0,51 3,00 0,81 0,0298 0,09 1,42 0,47 0,60 0,30 Bignoniaceae 1 2,17 2,00 0,34 2,00 0,54 0,0328 0,10 0,98 0,33 0,44 0,22 Meliaceae 1 2,17 2,00 0,34 2,00 0,54 0,0292 0,09 0,97 0,32 0,43 0,22 Symplocaceae 2 4,35 2,00 0,34 2,00 0,54 0,0206 0,06 0,95 0,32 0,40 0,20 Euphorbiaceae 1 2,17 1,00 0,17 1,00 0,27 0,0191 0,06 0,50 0,17 0,23 0,11 Tiliaceae 1 2,17 1,00 0,17 1,00 0,27 0,0139 0,04 0,48 0,16 0,21 0,11 Solanaceae 1 2,17 1,00 0,17 1,00 0,27 0,0080 0,02 0,47 0,16 0,20 0,10 Annonaceae 1 2,17 1,00 0,17 1,00 0,27 0,0079 0,02 0,47 0,16 0,19 0,10 Mortas 1 2,17 30,00 5,15 23,00 6,23 1,7965 5,35 16,73 5,58 10,50 5,25 TOTAL 46 100,00 583,00 100,00 -.- .- .- 100,00 33,5569 100,00 300,00 100,00 200.00 100,00 DA=n.7ha; DR = %; FA = %; FR = %; DoA = m2/ha; DoR = %; VI = %; PI = % ; VC = %; PC = %
Entre as espécies mais freqüentes para a parcela 14, destacaram-se Nectandra
sp. (9,71%), Matayba elaeagnoides (8,89%), Myrtaceae 4 (7,47%) e Eugenia
uniflora (6,06%) (TABELA 1.9).
Em relação ao total da dominância, as dez primeiras espécies englobaram
21,6141m2/ha das espécies vivas, o que equivale a 67,10% da área basal da floresta,
destacando-se Matayba elaeagnoides (16,60%), Nectandra sp. (15,19%) e Ocotea
porosa (8,67%) (TABELA 1.9).
Na estrutura fitossociológica através da percentagem de importância, as cinco
espécies que se destacaram nesta parcela foram Nectandra sp., Matayba
elaeagnoides, Myrtaceae 4, Eugenia uniflora e Lonchocarpus sp., refletindo num
valor de 38,76% do total da composição florística. Para a percentagem de cobertura
as espécies mais importantes foram Matayba elaeagnoides, Nectandra sp.,
35
Myrtaceae 4, Eugenia uniflora e Ocotea porosa, refletindo um valor de cobertura
equivalente a 41,03% em relação ao total (TABELA 1.9).
TABELA 1.9 - Parâmetros fitossociológicos por espécies da parcela 14.
ESPECIE DA DR FA FR DoA DoR VI PI VC PC Nectandra sp. 69,00 10,86 48,00 9,71 4,8905 15,19 35,77 11,92 26,06 13,03 Matayba elaeagnoides 64,00 10,07 44,00 8,89 5,3460 16,60 35,58 11,86 26,69 13,35 Myrtaceae 4 48,00 7,57 37,00 7,47 0,8501 2,64 17,68 5,89 10,21 5,11 Eugenia uniflora 45,00 7,10 30,00 6,06 0,7613 2,36 15,52 5,17 9,46 4,73 Lonchocarpus sp. 28,00 4,42 25,00 5,05 0,7354 2,28 11,75 3,92 6,70 3,35 Allophylus sp. 31,00 4,89 21,00 4,24 0,5706 1,77 10,90 3,63 6,66 3,33 Eugenia involucrata 28,00 4,42 21,00 4,24 0,6711 2,08 10,74 3,58 6,50 3,25 Ocotea porosa 6,00 0,95 4,00 0,81 2,7946 8,67 10,43 3,48 9,62 4,81 Cupanía vernalis 24,00 3,79 19,00 3,84 0,7058 2,19 9,81 3,27 5,98 2,99 Ocotea puberula 10,00 1.58 9,00 1,82 1,9002 5,90 9,29 3,10 7,47 3,74 Araucaria angustifolia 11,00 1,74 10,00 2,02 1,4849 4,61 8,36 2,79 6,34 3,17 Styrax leprosus 20,00 3,15 17,00 3,43 0,3187 0,99 7,58 2,53 4,14 2,07 Luehea divaricata 7,00 1,10 6,00 1,21 1,5618 4,85 7,16 2,39 5,95 2,98 Ilex brevicuspis 9,00 1,42 8,00 1,62 1,1890 3,69 6,73 2,24 5,11 2,56 Myrtaceae 1 15,00 2,37 14,00 2,83 0,1894 0,59 5,78 1,93 2,95 1,48 Solanum erianthum 16,00 2,52 11,00 2,22 0,2859 0,89 5,63 1,88 3,41 1,71 Ocotea sp. 10,00 1,58 7,00 1,41 0,8357 2,59 5,59 1,86 4,17 2,09 Campomanesia xanthocarpa 14,00 2,21 9,00 1,82 0,3742 1,16 5,19 1,73 3,37 1,69 Nectandra grandiflora 9,00 1,42 8,00 1,62 0,5465 1,70 4,73 1,58 3,12 1,56 Machaerium sp. 12,00 1,89 9,00 1,82 0,2404 0,75 4,46 1,49 2,64 1,32 Campomanesia guazumaefolia 10,00 1,58 10,00 2,02 0,2420 0,75 4,35 1,45 2,33 1,17 Sloanea lasiocoma 10.00 1,58 9,00 1,82 0,1425 0,44 3,84 1,28 2,02 1,01 Myrsine umbellata 9,00 1,42 8,00 1,62 0,1987 0,62 3,65 1,22 2,04 1,02 Solanum sp. 8,00 1,26 8,00 1,62 0,1197 0,37 3,25 1,08 1,63 0,82 Piptocarpha angustifolia 5,00 0,79 4,00 0,81 0,5063 1,57 3,17 1,06 2,36 1,18 Prunus sp. 5,00 0,79 4,00 0,81 0,4333 1,34 2,94 0,98 2,13 1,07 Myrcia sp. 7,00 1,10 6,00 1,21 0,1379 0,43 2,74 0,91 1,53 0,77 Psidium sp.2 6,00 0,95 6,00 1,21 0,1378 0,43 2,59 0,86 1,37 0,69 Casearia decandra 6,00 0,95 5,00 1,01 ,0842 0,26 2,22 0,74 1,21 0,61 Cedrela fissilis 3,00 0,47 3,00 0,61 0,2722 0,84 1,92 0,64 1,32 0,66 Hovenia dulcis 4,00 0,63 4,00 0,81 0,1103 0,34 1,78 0,59 0,97 0,49 NI 4,00 0,63 4,00 0,81 0,0665 0,21 1,65 0,55 0,84 0,42 Capsicodendron dinisii 4,00 0,63 3,00 0,61 0,1239 0,38 1,62 0,54 1,02 0,51 Inga sp. 3,00 0,47 3,00 0,61 0,1233 0,38 1,46 0,49 0,86 0,43 Piptocarpha axilaris 3,00 0,47 3,00 0,61 0,0737 0,23 1,31 0,44 0,70 0,35 Lithraea brasiliensis 2,00 0,32 2,00 0,40 0,1271 0,39 1,11 0,37 0,71 0,36 Sebastiania brasiliensis 3,00 0,47 2,00 0,40 0,0385 0,12 1,00 0,33 0,59 0,30 Myrtaceae 3 2,00 0,32 2,00 0,40 0,0624 0,19 0,91 0,30 0,51 0,26 Maytenus ilicifolia 2,00 0,32 2,00 0,40 0,0284 0,09 0,81 0,27 0,40 0,20 Casearia sp. 1,00 0,16 1,00 0,20 0,1099 0,34 0,70 0,23 0,50 0,25 Drimys brasiliensis 1,00 0,16 1,00 0,20 0,0594 0,18 0,54 0,18 0,34 0,17 Zanthoxylum rhoifolium 1,00 0,16 1,00 0,20 0,0515 0,16 0,52 0,17 0,32 0,16 Myrciaria sp. 1,00 0,16 1,00 0,20 0,0401 0,12 0,48 0,16 0,28 0,14 Ilex paraguariensis 1,00 0,16 1,00 0,20 0,0296 0,09 0,45 0,15 0,25 0,13 Albizia sp. 1 1,00 0,16 1,00 0,20 0,0206 0,06 0,42 0,14 0,22 0,11 Sebastiania sp. 1,00 0,16 1,00 0,20 0,0137 0,04 0,40 0,13 0,20 0,10 Symplocos niedenzuiana 1,00 0,16 1,00 0,20 0,0131 0,04 0,40 0,13 0,20 0,10 Sapium glandulatum 1,00 0,16 1,00 0,20 0,0095 0,03 0,39 0,13 0,19 0,10 Albizia sp.2 1,00 0,16 1,00 0,20 0,0082 0,03 0,39 0,13 0.18 0,09 Mortas 52,00 8,20 40,00 8,08 2,5865 8,03 24,31 8,10 16,23 8,12 TOTAL 634,00 100,00 100,00 32,2229 100,00 300,00 100,00 200,00 100,00 DA = n.7ha; DR = %; FA=%; FR = %; DoA - m2/lia; DoR = %; VI = %; PI = %; VC = %; PC = %
Dentre as famílias mais importantes desta parcela destacaram-se Lauraceae,
Sapindaceae e Myrtaceae entre todos os parâmetros analisados (TABELA 1.10).
TABELA 1.10 - Parâmetros fitossociológicos por família da parcela 14.
FAMILIA N.spp. %spp. DA DR FA FR DoA DoR VI PI VC PC Lauraceae 5 10,00 104,00 16,40 60,00 15,00 10,9675 34,04 65,44 21,81 50,44 25,22 Myrtaceae 10 20,00 176,00 27,75 84,00 21,00 3,4663 10,77 59,53 19,85 38,53 19,26 Sapindaceae 3 6,00 119,00 18,77 66,00 16,50 6,6224 20,55 55,82 18,61 39,32 19,66 Fabaceae 2 4,00 40,00 6,31 30,00 7,50 0,9758 3,03 16,84 5,61 9,34 4,67 Araucariaceae 1 2,00 11,00 1,74 10,00 2,50 1,4849 4,61 8,84 2,95 6,34 3,17 Solanaceae 2 4,00 24,00 3,79 15,00 3,75 0,4056 1,26 8,79 2,93 5,04 2,52 Styracaceae 1 2,00 20,00 3,15 17,00 4,25 0,3187 0,99 8,39 2,80 4,14 2,07 Aquifoliaceae 2 4,00 10,00 1,58 9,00 2,25 1,2186 3,78 7,61 2,54 5,36 2,68 Tiliaceae 1 2,00 7,00 1,10 6,00 1,50 1,5618 4,85 7,45 2,48 5,95 2,98 Compositae 2 4,00 8,00 1,26 7,00 1,75 0,5800 1,80 4,81 1,60 3,06 1,53 Elaeocarpaceae 1 2,00 10,00 1,58 9,00 2,25 0,1425 0,44 4,27 1,42 2,02 1,01 Myrsinaceae 1 2,00 9,00 1,42 8,00 2,00 0,1987 0,62 4,04 1,35 2,04 1,02 Flacourtiaceae 2 4,00 7,00 1,10 6,00 1,50 0,1941 0,60 3,21 1,07 1,71 0,85 Rosaceae 1 2,00 5,00 0,79 4,00 1,00 0,4333 1,34 3,13 1,04 2,13 1,07 Mimosaceae 3 6,00 5,00 0,79 4,00 1,00 0,1521 0,47 2,26 0,75 1,26 0,63 Meliaceae 1 2,00 3,00 0,47 3,00 0,75 0,2722 0,84 2,07 0,69 1,32 0,66 Euphorbiaceae 3 6,00 5,00 0,79 4,00 1,00 0,0617 0,19 1,98 0,66 0,98 0,49 Rhamnaceae 1 2,00 4,00 0,63 4,00 1,00 0,1103 0,34 1,97 0,66 0,97 0,49 NI 1 2,00 4,00 0,63 4,00 1,00 0,0665 0,21 1,84 0,61 0,84 0,42 Canellaceae 1 2,00 4,00 0,63 3,00 0,75 0,1239 0,38 1,77 0,59 1,02 0,51 Anacardiaceae 1 2,00 2,00 0,32 2,00 0,50 0,1271 0,39 1,21 0,40 0,71 0,35 Celastraceae 1 2,00 2,00 0,32 2,00 0,50 0,0284 0,09 0,90 0,30 0,40 0,20 Winteraceae 1 2,00 1,00 0,16 1,00 0,25 0,0594 0,18 0,59 0,20 0,34 0,17 Rutaceae 1 2,00 1,00 0,16 1,00 0,25 0,0515 0,16 0,57 0,19 0,32 0,16 Symplocaceae 1 2,00 1,00 0,16 1,00 0,25 0,0131 0,04 0,45 0,15 0,20 0,10 Mortas 1 2,00 52,00 8,20 40,00 10,00 2,5865 8,03 26,23 8,74 16,23 8,11 TOTAL 50 100,00 634,00 100,00 -.- .- .- 100,00 32,2229 100,00 300,00 100,00 200,00 100,00 DA = n.°/ha; DR = %; FA = %; FR = %; DoA = m2/ha; DoR = %; VI = %; PI = %; VC = %; PC = %
Parcela 16
Com uma densidade total de 643 indivíduos, as dez primeiras espécies
representaram 64,80% do total da parcela, sendo que os valores mais expressivos
foram os d & Araucaria angustifolia (18,64% ou 120ind./ha), Nectandra grandiflora
(9,94% ou 64ind./ha), Capsicodendron dinisii (7,46% ou 48ind./ha) e Ilex
paraguariensis (6,99% ou 45ind./ha), contribuindo com um valor de 44,03% do
total (TABELA 1.11).
37
As espécies mais freqüentes para a parcela 16 foram Araucaria angustifolia,
Nectandra grandiflora, Ilex paraguariensis e Capsicodendron dinisii,
representando uma freqüência de 36,29% em relação ao total (TABELA 1.11).
Em relação ao total da dominância, as dez primeiras espécies englobaram
34,8334m2/ha das espécies vivas, o que equivale a 82,52% da área basal da floresta,
destacando-se Araucaria angustifolia (36,62%) e Ocotea porosa (14,13%)
(TABELA 1.11).
Na estrutura fitossociológica através da percentagem de importância, as cinco
espécies que se destacaram nesta parcela foram Araucaria angustifolia, Nectandra
grandiflora, Ocotea porosa, Capsicodendron dinisii e Ilex paraguariensis,
refletindo num valor de 50,72% do total da composição florística. Para a
percentagem de cobertura as espécies mais importantes foram Araucaria
angustifolia, Ocotea porosa e Nectandra grandiflora, refletindo um valor de
cobertura equivalente a 44,97% em relação ao total (TABELA 1.11).
Entre as famílias mais importantes desta parcela destacaram-se
Araucariaceae, Lauraceae, Myrtaceae e Canellaceae entre todos os parâmetros
analisados (TABELA 1.12).
Parcela 28
. Com uma densidade total de 650 indivíduos, as dez primeiras espécies
representaram 62,03% do total da parcela, sendo que os valores mais expressivos
foram os de Matayba elaeagnoides (14,32% ou 93ind./ha), Araucaria angustifolia
(8,63% ou 56ind./ha), Nectandra sp. (6,93% ou 45ind./ha), Symplocos celastrina
(6,62% ou 43ind./ha) e Eugenia uniflora (6,62% ou 42ind./ha), contribuindo com
um valor de 42,96% do total (TABELA 1.13).
38
TABELA 1.11- Parâmetros fitossociológicos por espécies da parcela 16.
ESPECIE DA DR FA FR DoA DoR VI PI VC PC Araucaria angustifolia 120,00 18,64 64,00 14,24 15,4542 36,62 69,50 23,16 55,28 27,64 Nectandra grandiflora 64,00 9,94 39,00 8,69 2,9521 6,99 25,61 8,54 16,96 8,48 Ocotea porosa 23,00 3,58 15,00 3,33 5,9640 14,13 21,04 7,01 17,70 8,85 Capsicodendron dinisii 48,00 7,46 29,00 6,45 2,6359 6,24 20,15 6,72 13,71 6,86 Ilex paraguariensis 45,00 6,99 31,00 6,91 0,8282 1,96 15,85 5,28 8,97 4,48 Campomanesia xanthocarpa 37,00 5,75 22,00 4,89 0,9989 2,37 13,01 4,34 8,12 4,06 Ocotea sp. 9,00 1,40 9,00 2,00 2,6439 6,26 9,66 3,22 7,66 3,83 Matayba elaeagnoides 19,00 2,95 15,00 3,33 1,3315 3,15 9,44 3,15 6,11 3,06 Ocotea puberula 18,00 2,80 13,00 2,89 1,2656 3,00 8,69 2,90 5,80 2,90 Myrtaceae 4 22,00 3,42 17,00 3,78 0,4184 0,99 8,19 2,73 4,41 2,21 Sebastiania brasiliensis 21,00 3,27 10,00 2,22 0,4922 1,17 6,65 2,22 4,43 2,22 Zanthoxylum kleinii 13,00 2,02 13,00 2,89 0,7327 1,74 6,65 2,22 3,76 1,88 Ilex brevicuspis 18,00 2,80 11,00 2,44 0,5112 1,21 6,45 2,15 4,01 2,01 Lithraea brasiliensis 12,00 1,87 12,00 2,67 0,7591 1,80 6,33 2,11 3,66 1,83 Casearia sp. 15,00 2,33 13,00 2,89 0,2758 0,65 5,87 1,96 2,99 1,50 Jacaranda puberula 13,00 2,02 9,00 2,00 0,3261 0,77 4,79 1,60 2,79 1,40 Allophylus sp. 12,00 1,87 10,00 2,22 0,1301 0,31 4,40 1,47 2,17 1,09 Symplocos celastrína 9,00 1,40 8,00 1,78 0,2550 0,60 3,78 1,26 2,00 1,00 Prunus brasiliensis 8,00 1,24 6,00 1,33 0,3468 0,82 3,40 1,13 2,07 1,04 Cinnamomum vesiculosum 7,00 1,09 7,00 1,56 0,1429 0,34 2,98 0,99 1,43 0,72 Machaerium sp. 6,00 0,93 6,00 1,33 0,1227 0,29 2,56 0,85 1,22 0,61 Eugenia uniflora 7,00 1,09 5,00 1,11 0,0736 0,17 2,37 0,79 1,26 0,63 Hovenia dulcís 5,00 0,78 5,00 1,11 0,1634 0,39 2,28 0,76 1,16 0,58 Erythroxylum deciduum 5,00 0,78 5,00 1,11 0,1416 0,34 2,22 0,74 1,11 0,56 Piptocarpha axilaris 4,00 0,62 3,00 0,67 0,0747 0,18 1,47 0,49 0,80 0,40 Myrtaceae 1 3,00 0,47 3,00 0,67 0,1304 0,31 1,44 0,48 0,78 0,39 Nectandra sp. 3,00 0,47 3,00 0,67 0,0921 0,22 1,35 0,45 0,68 0,34 Cupania vernalis 3,00 0,47 3,00 0,67 0,0836 0,20 1,33 0,44 0,66 0,33 Clethra scabra 3,00 0,47 2,00 0,44 0,1507 0,36 1,27 0,42 0,82 0,41 NI 3,00 0,47 2,00 0,44 0,0849 0,20 1,11 0,37 0,67 0,34 Persea sp. 3,00 0,47 2,00 0,44 0,0779 0,18 1,10 0,37 0,65 0,33 Lonchocarpus sp. 3,00 0,47 2,00 0,44 0,0468 0,11 1,02 0,34 0,58 0,29 Ilex theezans 2,00 0,31 2,00 0,44 0,0441 0,10 0,86 0,29 0,42 0,21 Sapium glandulatum 2,00 0,31 2,00 0,44 0,0380 0,09 0,85 0,28 0,40 0,20 Zanthoxylum rhoifolium 2,00 0,31 2,00 0,44 0,0350 0,08 0,84 0,28 0,39 0,20 Myrcia sp. 2,00 0,31 2,00 0,44 0,0318 0,08 0,83 0,28 0,39 0,20 Myrsine umbellata 2,00 0,31 2,00 0,44 0,0219 0,05 0,81 0,27 0,36 0,18 Solanum sp. 2,00 0,31 2,00 0,44 0,0194 0,05 0,80 0,27 0,36 0,18 Styrax leprosus 2,00 0,31 2,00 0,44 0,0182 0,04 0,80 0,27 0,35 0,18 Annona sp. 2,00 0,31 2,00 0,44 0,0175 0,04 0,80 0,27 0,35 0,18 Psidium sp. 1 1,00 0,16 1,00 0,22 0,1244 0,29 0,67 0,22 0,45 0,23 Drimys brasiliensis 2,00 0,31 1,00 0,22 0,0394 0,09 0,63 0,21 0,40 0,20 Cedrelaflssilis 1,00 0,16 1,00 0,22 0,1081 0,26 0,63 0,21 0,41 0,21 Eugenia involúcrala 1,00 0,16 1,00 0,22 0,0281 0,07 0,44 0,15 0,22 0,11 Syagrus romanzoffiana 1,00 0,16 1,00 0,22 0,0257 0,06 0,44 0,15 0,22 0,11 Cinnamomum sellowianum 1,00 0,16 1,00 0,22 0,0214 0,05 0,43 0,14 0,21 0,11 Campomanesia guazumaefolia 1,00 0,16 1,00 0,22 0,0121 0,03 0,41 0,14 0,18 0,09 Symplocos sp. 1,00 0,16 1,00 0,22 0,0104 0,02 0,40 0,13 0,18 0,09 Maytenus ilicífolia 1,00 0,16 1,00 0,22 0,0085 0,02 0,40 0,13 0,18 0,09 Mortas 36,00 5,60 31,00 6,89 1,9061 4,51 17,00 5,67 10,11 5,06 TOTAL 643,00 100,00 100,00 42,2171 100,00 300,00 100,00 200,00 100,00 DA = n.°/ha; DR = %; FA=%; FR = %; DoA = m2/ha; DoR = %; VI = %; PI=%; VC = %; PC = %
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TABELA 1.12 - Parâmetros fitossociológicos por família da parcela 16.
FAMÍLIA N.spp. %spp. DA DR FA FR DoA DoR VI PI vc PC Araucariaceae 1 2,00 120,00 18,65 64,00 15,39 15,4542 36,61 70,65 23,55 55,28 27,63 Lauraceae 8 16,00 128,00 19,90 68,00 16,36 13,1599 31,16 67,42 22,47 51,09 25,54 Myrtaceae 8 16,00 74,00 11,50 43,00 10,34 1,8177 4,31 26,15 8,72 15,81 7,91 Aquifoliaceae 3 6,00 65,00 10,11 41,00 9,86 1,3835 3,28 23,24 7,75 13,39 6,69 Catiellaceae 1 2,00 48,00 7,47 29,00 6,97 2,6359 6,24 20,68 6,89 13,71 6,85 Sapindaceae 3 6,00 34,00 5,29 27,00 6,49 1,5452 3,66 15,44 5,15 8,95 4,47 Rutaceae 2 4,00 15,00 2,33 15,00 3,61 0,7677 1,82 7,76 2,59 4,15 2,08 Euphorbiaceae 2 4,00 23,00 3,58 12,00 2,88 0,5302 1,26 7,72 2,57 4,83 2,42 Anacardiaceae 1 2,00 12,00 1,87 12,00 2,88 0,7591 1,80 6,55 2,18 3,66 1,83 Flacourtiaceae 1 2,00 15,00 2,33 13,00 3,13 0,2758 0,65 6,11 2,04 2,99 1,49 Bignoniaceae 1' 2,00 13,00 2,02 9,00 2,16 0,3261 0,77 4,96 1,65 2,79 1,40 Symplocaceae 4,00 10,00 1,56 9,00 2,16 0,2654 0,63 4,35 1,45 2,18 1,09 Fabaceae 4,00 9,00 1,40 8,00 1,92 0,1695 0,40 3,72 1,24 1,80 0,90 Rosaceae 1 2,00 8,00 1,24 6,00 1,44 0,3468 0,82 3,51 1,17 2,07 1,03 Rhamnaceae 1 2,00 5,00 0,78 5,00 1,20 0,1634 0,39 2,37 0,79 1,16 0,58 Erythroxylaceae 1 2,00 5,00 0,78 5,00 1,20 0,1416 0,34 2,31 0,77 1,11 0,56 Compositae 1 2,00 4,00 0,62 3,00 0,72 0,0747 0,18 1,52 0,51 0,80 0,40 Clethraceae 1 2,00 3,00 0,47 2,00 0,48 0,1507 0,36 1,30 0,43 0,82 0,41 NI 1 2,00 3,00 0,47 2,00 0,48 0,0849 0,20 1,15 0,38 0,67 0,33 Myrsinaceae 1 2,00 2,00 0,31 2,00 0,48 0,0219 0,05 0,84 0,28 0,36 0,18 Solanaceae 1 2,00 2,00 0,31 2,00 0,48 0,0194 0,05 0,84 0,28 0,36 0,18 Styracaceae 1 2,00 2,00 0,31 2,00 0,48 0,0182 0,04 0,84 0,28 0,35 0,18 Annonaceae 1 2,00 2,00 0,31 2,00 0,48 0,0175 0,04 0,83 0,28 0,35 0,18 Meliaceae 1 2,00 1,00 0,16 1,00 0,24 0,1081 0,26 0,65 0,22 0,41 0,21 Winteraceae 1 2,00 2,00 0,31 1,00 0,24 0,0394 0,09 0,64 0,21 0,40 0,20 Arecaceae 1 2,00 1,00 0,16 1,00 0,24 0,0257 0,06 0,46 0,15 0,22 0,11 Celastraceae 1 2,00 1,00 0,16 1,00 0,24 0,0085 0,02 0,42 0,14 0,18 0,09 Mortas 1 2,00 36,00 5,60 31,00 7,45 1,9061 4,51 17,57 5,86 10,11 5,06 TOTAL 50 100,00 643,00 100,00 -.- .- .- 100,00 42,2171 100,00 300,00 100,00 200,00 100,00 DA = n.°/ha; DR = %; FA = %; FR = %; DoA = m2/ha; DoR = %; VI = %; PI = %; VC = %; PC = %
As espécies mais freqüentes para a parcela 28 foram Matayba elaeagnoides,
Araucaria angustifolia, Nectandra sp. e Eugenia uniflora, representando uma
freqüência de 32,38% em relação ao total (TABELA 1.13).
Em relação ao total da dominância, as dez primeiras espécies englobaram
38,4490m2/ha das espécies vivas, o que equivale a 72,77% da área basal da floresta,
destacando-se Araucaria angustifolia (23,96%), Matayba elaeagnoides (14,88%) e
Ocotea porosa (9,96%) (TABELA 1.13).
Na estrutura fitossociológica através da percentagem de importância, as cinco
espécies que se destacaram nesta parcela foram Araucaria angustifolia, Matayba
elaeagnoides, Nectandra sp., Ocotea porosa e Symplocos celastrina, refletindo num
valor de 43,94% do total da composição florística. Para a percentagem de cobertura
as espécies mais importantes foram Araucaria angustifolia, Matayba elaeagnoides,
40
Nectandra sp. e Ocotea porosa, refletindo um valor de cobertura equivalente a
43,91% em relação ao total (TABELA 1.13).
TABELA 1.13 - Parâmetros fitossociológicos por espécies da parcela 28.
ESPECIE DA DR FA FR DoA DoR VI PI VC PC Araucaria angustifolia 56,00 8,63 38,00 7,99 12,6593 23,96 40,55 13,52 32,57 16,28 Matayba elaeagnoides 93,00 14,32 54,00 11,35 7,8664 14,88 40,53 13,51 29,19 14,59 Nectandra sp. 45,00 6,93 31,00 6,52 3,3865 6,41 19,84 6,62 13,32 6,67 Ocotea porosa 18,00 2,77 15,00 3,15 5,2622 9,96 15,88 5,29 12,73 6,37 Symplocos celastrina 43,00 6,62 28,00 5,88 1,3341 2,53 15,02 5,01 9,14 4,57 Eugenia uniflora 42,00 6,46 31,00 6,52 0,9399 1,78 14,75 4,92 8,23 4,12 Lonchocarpus sp. 29,00 4,46 25,00 5,25 0,7354 1,39 11,11 3,70 5,85 2,93 Casearia decandra 30,00 4,62 25,00 5,25 0,4599 0,87 10,74 3,58 5,49 2,75 Ocotea puberula 7,00 1,08 7,00 1,47 3,8932 7,37 9,92 3,31 8,45 4,23 NI 27,00 4,15 18,00 3,78 0,3526 0,67 8,60 2,87 4,82 2,41 Luehea divaricata 11,00 1,69 11,00 2,31 1,5143 2,87 6,87 2,29 4,56 2,28 Cupania vernalis 16,00 2,46 15,00 3,15 0,4477 0,85 6,46 2,15 3,31 1,66 Myrtaceae 4 19,00 2,92 13,00 2,73 0,3808 0,72 6,37 2,12 3,64 1,82 Allophylus sp. 19,00 2,92 12,00 2,52 0,4395 0,83 6,28 2,09 3,75 1,88 Campomanesia xanthocarpa 19,00 2,92 10,00 2,10 0,5323 1,01 6,03 2,01 3,93 1,97 Campomanesia guazumaefotía 12,00 1,85 11,00 2,31 0,2599 0,49 4,65 1,55 2,34 1,17 Ilex brevicuspis 8,00 1,23 8,00 1,68 0,8577 1,62 4,53 1,51 2,85 1,43 Machaerium sp. 13,00 2,00 9,00 1,89 0,1829 0,35 4,24 1,41 2,35 1,18 Myrcia sp. 12,00 1,85 8,00 1,68 0,2430 0,46 3,99 1,33 2,31 1,16 Myrsine umbellata 9,00 1,38 7,00 1,47 0,4482 0,85 3,70 1,23 2,23 1,12 Cedrelafissilis 6,00 0,92 6,00 1,26 0,5111 0,97 3,15 1,05 1,89 0,95 Cinnamomum sellowianum 7,00 1,08 6,00 1,26 0,3067 0,58 2,92 0,97 1,66 0,83 Zanthoxylum kleinii 6,00 0,92 6,00 1,26 0,2036 0,39 2,57 0,86 1,31 0,66 Inga sp. 5,00 0,77 5,00 1,05 0,2212 0,42 2,24 0,75 1,19 0,60 Eugenia involúcrala 5,00 0,77 5,00 1,05 0.2013 0,38 2,20 0,73 1,15 0,58 Myrtaceae 1 7,00 1,08 4,00 0,84 0,1233 0,23 2,15 0,72 1,31 0,66 Capsicodendron dinisii 5,00 0,77 3,00 0,63 0,3945 0,75 2,15 0,72 1,52 0,76 Ocotea sp. 4,00 0,62 4,00 0,84 0,3237 0,61 2,07 0,69 1,23 0,62 Lithraea brasiliensis 3,00 0,46 2,00 0,42 0,4357 0,82 1,71 0,57 1,29 0,65 Sloanea lasiocoma 2,00 0,31 2,00 0,42 0,4821 0,91 1,64 0,55 1,22 0,61 Nectandra grandiflora 4,00 0,62 3,00 0,63 0,1060 0,20 1,45 0,48 0,82 0,41 Casearia sp. 4,00 0,62 3,00 0,63 0,0693 0,13 1,38 0,46 0,75 0,38 Solanum sp. 3,00 0,46 2,00 0,42 0,0562 0,11 0,99 0,33 0,57 0,29 Ilex paraguariensis 3,00 0,46 2,00 0,42 0,0397 0,08 0,96 0,32 0,54 0,27 Clethra scabra 1,00 0,15 1,00 0,21 0,1366 0,26 0,62 0,21 0,41 0,21 Jacaranda puberula 1,00 0.15 1,00 0,21 0,0962 0,18 0,55 0,18 0,34 0,17 Myrsine ferruginea 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0731 0,14 0,50 0,17 0,29 0,15 Psidium sp. 1 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0629 0,12 0,48 0,16 0,27 0,14 Piptocarpha axilaris 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0535 0,10 0,47 0,16 0,26 0,13 Prunus brasiliensis 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0290 0,05 0,42 0,14 0,21 0,11 Myrciaria sp. 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0125 0,02 0,39 0,13 0,18 0,09 Ilex theezans 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0117 0,02 0,39 0,13 0,18 0,09 Sebastiania brasiliensis 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0113 0,02 0,39 0,13 0,18 0,09 Styrax leprosus 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0100 0,02 0,38 0,13 0,17 0,09 Maytenus ilicifolia 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0099 0,02 0,38 0,13 0,17 0,09 Sapium glandulatum 1,00 0,15 1,00 0,21 0,0092 0,02 0,38 0,13 0,17 0,09 Mortas 46,00 7,08 35,00 7,35 6,6462 12,58 27,01 9,00 19,66 9,83 TOTAL 650,00 100,00 100,00 52,8323 100,00 300,00 100,00 200,00 100,00 DA = n.°/ha; DR = %; FA=%; FR = %; DoA = m2/ha; DoR = %; VI = %; PI = %; VC = %; PC = %
41
As familias Sapindaceae, Myrtaceae, Araucariaceae e Lauraceae destacaram-
se entre todos os parâmetros analisados nesta parcela (TABELA 1.14).
TABELA 1.14 - Parâmetros fitossociológicos por família da parcela 28.
FAMILIA N.spp. %spp. DA DR FA FR DoA DoR VI PI vc PC Sapindaceae 3 6,37 128,00 19,70 65,00 15,47 8,7536 16,56 51,73 17,25 36,25 18,13 Lauraceae 6 12,76 85,00 13,08 53,00 12,61 13,2783 25,13 50,83 16,94 38,20 19,10 Araucariaceae 1 2,13 56,00 8,62 38,00 9,04 12,6593 23,96 41,62 13,87 32,58 16,29 Myrtaceae 9 19,14 118,00 18,16 59,00 14,04 2,7559 5,21 37,42 12,47 23,36 11,69 Fabaceae 2 4,25 42,00 6,46 32,00 7,62 0,9183 1,74 15,82 5,27 8,20 4,10 Symplocaceae 1 2,13 43,00 6,62 28,00 6,67 1,3341 2,53 15,81 5,27 9,14 4,57 Flacourtiaceae 2 4,25 34,00 5,23 28,00 6,67 0,5292 1,00 12,90 4,30 6,23 3,12 NI 1 2,13 27,00 4,15 18,00 4,29 0,3526 0,67 9,11 3,04 4,82 2,41 Tiliaceae 1 2,13 11,00 1,69 11,00 2,62 1,5143 2,87 7,18 2,39 4,56 2,28 Aquifoliaceae 3 6,37 12,00 1,85 11,00 2,62 0,9091 1,72 6,19 2,06 3,57 1,78 Myrsinaceae 2 4,26 10,00 1,54 8,00 1,90 0,5213 0,99 4,43 1,48 2,53 1,26 Meliaceae 1 2,13 6,00 0,92 6,00 1,43 0,5111 0,97 3,32 1,11 1,89 0,95 Rutaceae 1 2,13 6,00 0,92 6,00 1,43 0,2036 0,39 2,74 0,91 1,31 0,65 Mimosaceae 1 2,13 5,00 0,77 5,00 1,19 0,2212 0,42 2,38 0,79 1,19 0,59 Canellaceae 1 2,13 5,00 0,77 3,00 0,71 0,3945 0,75 2,23 0,74 1,52 0,76 Anacardiaceae 1 2,13 3,00 0,46 2,00 0,48 0,4357 0,82 1,76 0,59 1,29 0,64 Elaeocarpaceae 1 2,13 2,00 0,31 2,00 0,48 0,4821 0,91 1,70 0,57 1,22 0,61 Solanaceae 1 2,13 3,00 0,46 2,00 0,48 0,0562 0,11 1,04 0,35 0,57 0,28 Euphorbiaceae 2 4,26 2,00 0,31 2,00 0,48 0,0205 0,04 0,82 0,27 0,35 0,17 Clethraceae 1 2,13 1,00 0,15 1,00 0,24 0,1366 0,26 0,65 0,22 0,41 0,21 Bignoniaceae 1 2,13 1,00 0,15 1,00 0,24 0,0962 0,18 0,57 0,19 0,34 0,17 Compositae 1 2,13 1,00 0,15 1,00 0,24 0,0535 0,10 0,49 0,16 0,26 0,13 Rosaceae 1 2,13 1,00 0,15 1,00 0,24 0,0290 0,05 0,45 0,15 0,21 0,10 Styracaceae 1 2,13 1,00 0,15 1,00 0,24 0,0100 0,02 0,41 0,14 0,17 0,09 Celastraceae 1 2,13 1,00 0,15 1,00 0,24 0,0099 0,02 0,41 0,14 0,17 0,09 Mortas 1 2,13 46,00 7,08 35,00 8,33 6,6462 12,58 27,99 9,33 19,66 9,83 TOTAL 47 100,00 650,00 100,00 -.- .- .- 100,00 52,8323 100,00 300,00 100,00 200,00 100,00 DA = n.°/ha; DR = %; FA = %; FR = %; DoA = m2/ha; DoR = %; VI = %; PI = %; VC = %; PC = %
"Floresta"
Com uma densidade total de 2510 indivíduos (627,50ind./ha), as espécies
mais representativas desta comunidade foram Araucaria angustifolia (330ind.),
Matayba elaeagnoides (224ind.), Nectandra grandiflora (154ind.), Nectandra sp.
(117ind.) e Campomanesia xanthocarpa (112ind.), representando 37,33% do total
de indivíduos/ha (TABELA 1.15).
Dentre as espécies mais freqüentes para a "floresta", 22 (45,54%)
encontraram-se presentes nas quatro parcelas, entre elas Araucaria angustifolia,
42
Matayba elaeagnoides, Nectandra grandiflora, Campomanesia xanthocarpa,
Eugenia uniflora, Ilex paraguariensis e Myrtaceae 4. Entre as espécies menos
freqüentes para a "floresta", 12 encontraram-se somente em uma parcela (6,30%),
entre elas Albizia sp.l, Albizia sp.2, Sebastiania sp. e Symplocos sp. (TABELA
1.15).
Em relação ao total da dominância, 14 espécies englobaram 30,6100m2/ha
das espécies vivas, o que equivale a 76,12% da área basal da floresta, destacando-se
Araucaria angustifolia (43,62% ou ll,0598m2/ha), Matayba elaeagnoides (13,39%
ou 4,7594m2/ha) e Ocotea porosa (9,29% ou 3,7358m2/ha) (TABELA 1.15).
Na estrutura fitossociológica através da percentagem de importância, as cinco
espécies que se destacaram foram Araucaria angustifolia, Matayba elaeagnoides,
Ocotea porosa, Nectandra grandiflora, Nectandra sp., refletindo num valor de
34,18% do total da composição florística. Para a percentagem de cobertura as
espécies que se destacaram foram as mesmas da percentagem de importância,
refletindo um valor de cobertura equivalente a 46,32% em relação ao total
(TABELA 1.15).
As famílias que se destacaram na "floresta" foram Lauraceae, Araucariaceae,
Sapindaceae, Myrtaceae e Aquifoliaceae entre todos os parâmetros analisados, com
uma percentagem de importância de 54,29% e uma percentagem de cobertura de
71,90% em relação ao total (TABELA 1.16).
Com relação ao ano de 1998, os parâmetros fitossociológicos não alteraram-
se em relação a 1997, sendo que na dominância, através do incremento
(considerando-se valores negativos, nulos e positivos) e ingresso, a "floresta"
apresentou um acréscimo de 0,6274m /ha para as árvores vivas.
43
TABELA 1.15 - Parâmetros fitossociológicos por espécies da "floresta".
330 82,50 13,15 100,00 2,07 11,0598 27,50 42,74 14,25 40,64 20,32 ESPECIE N-ind. DA PR FA FR Araucaria angustifolia Matayba elaeagnoides 224 56,00 8,92 100,00 2,07 Ocotea porosa 53 13,25 2,11 100,00 2,07 Nectandra grandiflora 154 38,50 6,14 100,00 2,07 Nectandra sp. 117 29,25 4,66 75,00 1,55 Campomanesia xanthocarpa 112 28,00 4,46 100,00 2,07 Ocotea puberula 37 9,25 1,47 100,00 2,07 Eugenia uniflora 96 24,00 3,82 100,00 2,07 Capsicodendron dinisii 67 16,75 2,67 100,00 2,07 Ilex paraguariensis 93 23,25 3,71 100,00 2,07 Myrtaceae 4 91 22,75 3,63 100,00 2,07 Ocotea sp. 28 7,00 1,12 100,00 2,07 Lonchocarpus sp. 61 15,25 2,43 100,00 2,07 Allophylus sp. 62 15,50 2,47 75,00 1,55 Symplocos celastrina 53 13,25 2,11 75,00 1,55 Ilex brevicuspis 35 8,75 1,39 75,00 1,55 Eugenia involucrata 41 10,25 1,63 100,00 2,07 Luehea divaricata 19 4,75 0,76 75,00 1,55 Cupania vernalis 43 10,75 1,71 75,00 1,55 Lithraea brasiliensis 21 5,25 0,84 100,00 2,07 Machaerium sp. 33 8,25 1,31 100,00 2,07 Myrtaceae 1 30 7,50 1,20 100,00 2,07 Myrsine umbellata 22 5,50 0,88 100,00 2,07 Zanthoxylum kleinii 24 6,00 0,96 75,00 1,55 NI 34 8,50 1,35 75,00 1,55 Myrcia sp. 22 5,50 0,88 100,00 2,07 Cedrelaflssilis 12 3,00 0,48 100,00 2,07 Cinnamomum sellowianum 22 5,50 0,88 75,00 1,55 Sebastiania brasiliensis 25 6,25 1,00 75,00 1,55 Casearia decandra 36 9,00 1,43 50,00 1,04 Campomanesia guazumaefolia 23 5,75 0,92 75,00 1,55 Solanum sp. 14 3,50 0,56 100,00 2,07 Piptocarpha axilaris 12 3,00 0,48 100,00 2,07 Styrax leprosus 23 5,75 0,92 75,00 1,55 Casearia sp. 20 5,00 0,80 75,00 1,55 Hovenia dulcis 18 4,50 0,72 75,00 1,55 Jacaranda puberula 16 4,00 0,64 75,00 1,55 Prunus brasiliensis 15 3,75 0,60 75,00 1,55 Sapium glandulatum 5 1,25 0,20 100,00 2,07 Myrsineferruginea 18 4,50 0,72 50,00 1,04 Syagrus romanzoffiana 20 5,00 0,80 50,00 1,04 Drimys brasiliensis 9 2,25 0,36 75,00 1,55 Cinnamomum vesiculosum 16 4,00 0,64 50,00 1,04 Sloanea lasiocoma 12 3,00 0,48 50,00 1,04 Zanthoxylum rhoifolium 5 1,25 0,20 75,00 1,55 Maytenus ilicifolia 4 1,00 0,16 75,00 1,55 Piptocarpha angustifolia 7 1,75 0,28 50,00 1,04 Erythroxylum deciduum 10 2,50 0,40 50,00 1,04 Prunus sp. 7 1,75 0,28 50,00 1,04 Inga sp. 8 2,00 0,32 50,00 1,04 Ilexdumosa 12 3,00 0,47 25,00 0,53 Clethra scabra 4 1,00 0,16 50,00 1,04 Solanum erianthum 16 4,00 0,63 25,00 0,53 Myrtaceae 2 12 3,00 0,47 25,00 0,53 Persea sp. 5 1,25 0,20 50,00 1,04 Psidium sp.l 2 0,50 0,08 50,00 1,04 Ilextheezans 3 0,75 0,12 50,00 1,04 Annona sp. 3 0,75 0,12 50,00 1,04 Myrciaria sp. 2 0,50 0,08 50,00 1,04 Symplocos niedenzuiana 2 0,50 0,08 50,00 1,04
PoA DoR VI PI VC PC
4,7594 11,84 22,84 3,7358 9,29 13,48 1,5487 3,85 12,06 2,0923 5,20 11,42 0,8519 2,12 8,65 1,7720 4,41 7,95 0,4531 1,13 7,02 0,9053 2,25 6,99 0,4093 1,02 6,80 0,4196 1,04 6,74 1,1908 2,96 6,15 0,3815 0,95 5,45 0,2850 0,71 4,73 0,3997 0,99 4,66 0,6395 1,59 4,54 0,2752 0,68 4,39 0,7725 1,92 4,23 0,3093 0,77 4,04 0,3964 0,99 3,90 0,1419 0,35 3,74 0,1406 0,35 3,62 0,1734 0,43 3,38 0,2925 0,73 3,24 0,1260 0,31 3,22 0,1055 0,26 3,21 0,2301 0,57 3,12 0,2617 0,65 3,08 0,1355 0,34 2,89 0,1360 0,34 2,81 0,1285 0,32 2,79 0,0508 0,13 2,76 0,0635 0,16 2,71 0,0867 0,22 2,69 0,1138 0,28 2,63 0,1050 0,26 2,53 0,1138 0,28 2,47 0,1161 0,29 2,44 0,0189 0,05 2,32 0,1743 0,43 2,19 0,1324 0,33 2,16 0,0466 0,12 2,03 0,1366 0,34 2,01 0,1562 0,39 1,90 0,0271 0,07 1,82 0,0117 0,03 1,74 0,1329 0,33 1,65 0,0733 0,18 1,62 0,1156 0,29 1,60 0,0861 0,21 1,57 0,1655 0,41 1,41 0,0718 0,18 1,37 0,0715 0,18 1,33 0,1323 0,33 1,33 0,0308 0,08 1,31 0,0468 0,12 1,23 0,0139 0,03 1,19 0,0063 0,02 1,17 0,0131 0,03 1,15 0,0060 0,01 1,13
7,61 20,75 10,37 4,49 11,40 5,70 4.02 9,98 4,99 3.81 9,87 4,94 2,88 6,58 3,29 2,65 5,88 2,94 2.34 4,95 2,48 2,33 4,92 2,46 2,27 4,72 2,36 2,25 4,67 2,34 2,05 4,08 2,04 1.82 3,38 1,69 1,58 3,18 1,59 1,55 3,11 1,56 1,51 2,98 1,49 1,46 2,32 1,16 1,41 2,68 1,34 1.35 2,48 1,24 1,30 1,82 0,91 1,25 1,67 0,84 1,21 1,55 0,78 1,13 1,31 0,66 1,08 1,68 0,84 1,07 1,67 0,84 1,07 1,14 0,57 1,04 1,05 0,53 1.03 1,53 0,77 0,96 1,33 0,67 0,94 1,77 0,89 0,93 1,24 0,62 0,92 0,68 0,34 0,90 0,64 0,32 0,90 1,13 0,57 0,88 1,08 0,54 0,84 0,98 0,49 0,82 0,92 0,46 0,81 0,89 0,45 0,77 0,25 0,13 0,73 1,15 0,58 0,72 1,13 0,57 0,68 0,47 0,24 0,67 0,98 0,49 0,63 0,87 0,44 0,61 0,27 0,14 0,58 0,19 0,10 0,55 0,61 0,31 0,54 0,58 0,29 0,53 0,57 0,29 0,52 0,53 0,27 0,47 0,89 0,45 0,46 0,34 0,17 0,44 0,82 0,41 0,44 0,81 0,41 0,44 0,28 0,14 0,41 0,20 0,10 0,40 0,15 0,08 0,39 0,14 0,07 0,38 0,11 0,06 0,38 0,09 0,05
Continua
44
TABELA 1.15 - Continuação ESPECIE N.iiid. DA DR FA FR DoA DoR VI PI VC PC Psidium sp.2 6 1,50 0,23 25,00 0,53 0,0344 0,09 0,84 0,28 0,32 0,16 Mimosa scabrella 6 1,50 0,23 25,00 0,53 0,0244 0,06 0,82 0,27 0,30 0,15 Vernonia discolor 4 1,00 0,16 25,00 0,52 0,0193 0,05 0,73 0,24 0,21 0,11 Raulinoreitzia leptophlebia 4 1,00 0,15 25,00 0,53 0,0179 0,04 0,72 0,24 0,20 0,10 Myrtaceae 3 2 0,50 0,08 25,00 0,52 0,0156 0,04 0,64 0,21 0,12 0,06 Albizia sp. 1 1 0,25 0,04 25,00 0,52 0,0052 0,01 0,57 0,19 0,05 0,03 Sebastiania sp. 1 0,25 0,04 25,00 0,52 0,0034 0,01 0,57 0,19 0,05 0,03 Symplocos sp. 1 0,25 0,04 25,00 0,52 0,0026 0,01 0,56 0,19 0,05 0,03 Albizia sp.2 1 0,25 0,04 25,00 0,52 0,0020 0,01 0,56 0,19 0,04 0,02 Mortas 164 41,00 6,53 100,00 2,07 3,2338 8,04 16,65 5,55 14,58 7,29 TOTAL 2510 627,50 100,00 100,00 40,2068 100,00 300,00 100,00 200,00 100,00 N.índ. =n.74ha; DA = n.°/ha; DR = %; FA = %; FR = %; DoA = ra2/ha; DoR = %; VI = %; PI = %; VC = 0/ ó; PC = 0/ i
TABELA 1.16 - Parâmetros fitossociológicos por família da "floresta".
FAMILIA N.ind. N.spp. %spp. DA DR FA FR DoA DoR VI PI VC PC Lauraceae 432 8 11,42 108,00 17,20 100,00 3,81 10,7686 26,78 47,79 15,93 43,98 21,99 Araucariaceae 330 1 1,43 82,50 13,14 100,00 3,81 11,0598 27,51 44,45 14,82 40,65 20,32 Sapindaceae 329 3 4,29 82,25 13,10 100,00 3,81 5,3537 13,32 30,23 10,08 26,42 13,21 Myrtaceae 439 12 17,13 109,75 17,48 100,00 3,81 2,6166 6,52 27,80 9,27 24,00 12,00 Aquifoliaceae 143 4 5,70 35,75 5,69 100,00 3,81 1,2282 3,05 12,56 4,19 8,75 4,38 Fabaceae 94 2 2,86 23,50 3,75 100,00 3,81 0,5233 1,30 8,86 2,95 5,05 2,52 Canellaceae 67 1 1,43 16,75 2,67 100,00 3,81 0,9053 2,25 8,73 2,91 4,92 2,46 Symplocaceae 56 3 4,29 14,00 2,23 100,00 3,81 0,4083 1,02 7,06 2,35 3,25 1,62 Myrsinaceae 40 2 2,86 10,00 1,59 100,00 3,81 0,3477 0,86 6,27 2,09 2,46 1,23 Rutaceae 29 2 2,86 7,25 1,16 100,00 3,81 0,3196 0,79 5,76 1,92 1,95 0,98 Flacourtiaceae 56 2 2,86 14,00 2,23 75,00 2,86 0,2498 0,62 5,71 1,90 2,85 1,43 Anacardiaceae 21 1 1,43 5,25 0,84 100,00 3,81 0,3964 0,99 5,63 1,88 1,82 0,91 Tiliaceae 19 1 1,43 4,75 0,76 75,00 2,86 0,7725 1,92 5,54 1,85 2,68 1,34 Compositae 27 4 5,70 6,75 1,08 100,00 3,81 0,2336 0,58 5,47 1,82 1,66 0,83 Euphorbiaceae 31 3 4,29 7,75 1,24 100,00 3,81 0,1578 0,39 5,44 1,81 1,63 0,81 Solanaceae 30 2 2,86 7,50 1,20 100,00 3,81 0,1223 0,30 5,31 1,77 1,50 0,75 Rosaceae 22 2 2,86 5,50 0,88 100,00 3,81 0,2318 0,58 5,26 1,75 1,45 0,73 Meliaceae 12 1 1,43 3,00 0,48 100,00 3,81 0,2301 0,57 4,86 1,62 1,05 0,53 NI 34 1 1,43 8,50 1,35 75,00 2,86 0,1260 0,31 4,53 1,51 1,67 0,83 Styracaceae 23 1 1,43 5,75 0,92 75,00 2,86 0,0867 0,22 3,99 1,33 1,13 0,57 Rhamnaceae 18 1 1,43 4,50 0,72 75,00 2,86 0,1050 0,26 3,84 1,28 0,98 0,49 Mimosaceae 16 5,71 4,00 0,64 75,00 2,86 0,1178 0,29 3,79 1,26 0,93 0,47 Bignoniaceae 16 1 1,43 4,00 0,64 75,00 2,86 0,1138 0,28 3,78 1,26 0,92 0,46 Winteraceae 9 1 1,43 2,25 0,36 75,00 2,86 0,0466 0,12 3,33 1,11 0,47 0,24 Celastraceae 4 1 1,43 1,00 0,16 75,00 2,86 0,0117 0,03 3,05 1,02 0,19 0,09 Arecaceae 20 1 1,43 5,00 0,80 50,00 1,90 0,1324 0,33 3,03 1,01 1,13 0,56 Elaeocarpaceae 12 I 1,4 3 3,00 0,48 50,00 1,90 0,1562 0,39 2,77 0,92 0,87 0,43 Erythroxylaceae 10 1 1,43 2,50 0,40 50,00 1,90 0,0733 0,18 2,49 0,83 0,58 0,29 Clethraceae 4 1 1,43 1,00 0,16 50,00 1,90 0,0718 0,18 2,24 0,75 0,34 0,17 Annonaceae 3 1 1,43 ,75 0,12 50,00 1,90 0,0063 0,02 2,04 0,68 0,14 0,07 Mortas 164 1 1,43 41,00 6,53 100,00 3,80 3,2338 8,04 18,39 6,13 14,58 7,29 TOTAL 2510 70 100,00 627,50 100,00 - .- .- .- 100,00 40,2068 100,00 300,00 100,00 200,00 100,00 N.ind. = n.°/4ha; N.spp. = n.° spp./4ha; %spp. = %; DA = n.7ha; DR = %; FA - %; FR = %; DoA - m2/ha; DoR = %; VI = %; PI = %; VC = %; PC - %
45
LONGHI (1997) encontrou Myrtaceae como a família mais representativa,
com um total de 11 espécies (DAP > 20,00cm), sendo que neste estudo, encontrou-
se 12 espécies (17,15% do total de espécies) (DAP > 10,00cm). O mesmo autor
encontrou cerca de 60,00% de indivíduos nas famílias Sapindaceae, Myrtaceae e
Fabaceae, enquanto que para este estudo as famílias representativas foram
Myrtaceae, Lauraceae, Araucariaceae e Sapindaceae, com 60,92% do total dos
indivíduos encontrados na área.
PIZATTO (1999) encontrou as famílias Araucariaceae, Lauraceae,
Myrtaceae, Aquifoliaceae e Sapindaceae como as mais representativas, com 69,35%
do total de indivíduos amostrados. As famílias Myrtaceae e Lauraceae foram as mais
representativas com relação ao número de espécies, com l i e oito representantes,
num total de 29,81% dos indivíduos amostrados. Neste estudo as mesmas famílias
apresentaram-se com 12 e oito representantes, para um total de 34,68% de
indivíduos amostrados.
4.2.4 índices de Similaridade
Em função do número de espécies, os índices de similaridade revelam o grau
de semelhança entre comunidades vegetais.
O índice de similaridade de Jaccard calculado entre as quatro parcelas,
revelou maior semelhança, em termos de composição florística, entre as parcelas 16
e 28, com 72,73%, depois entre as parcelas 14 e 28, com 61,02%. A menor
semelhança ocorre entre as parcelas 06 e 14, com 44,62% (TABELA 1.17).
O índice de similaridade de Sörensen, também calculado entre as quatro
parcelas, revelou maior semelhança para as parcelas 16 e 28 (84,21%), com 40
espécies comuns às duas comunidades, depois entre as parcelas 14 e 28, com 36
espécies comuns (75,79%) (TABELA 1.17).
46
Como os índices de similaridade mencionados baseiam-se apenas na presença
ou ausência das espécies, ambos apresentam resultados semelhantes para as
comunidades analisadas.
TABELA 1.17 - índices de similaridade entre as quatro parcelas estudadas da Floresta Ombrófila Mista.
PARCELAS JACCARD (%) SÖRENSEN (%) Parcela 06/Parcela 14 44,62 61,70 Parcela 06/Parcela 16 59,32 74,47 Parcela 06/Parcela 28 46,77 63,74 Parcela 14/Parcela 16 55,56 71,43 Parcela 14/Parcela 28 61,02 75,79 Parcela 16/Parcela 28 72,73 84,21
4.2.5 índices de Diversidade
O índice de diversidade de Shannon considera a proporção com que os
indivíduos de cada espécie aparecem na área amostrada. As comparações entre
índices são desaconselháveis, pois estes variam em função do método de
amostragem, critério de inclusão de indivíduos, além de outros fatores como clima e
solo.
Entre as parcelas estudadas, por espécies, a de maior diversidade foi a parcela
14 com valor de 3,27, sendo que para a "floresta" obteve-se 3,51. Não houve
variação entre os anos, pois não ocorreu ingresso de novas espécies em nenhuma das
parcelas, com isto a "floresta" não ampliou sua diversidade (TABELA 1.18).
Quando considera-se o índice de diversidade de Shannon para famílias,
observou-se que a parcela 16 foi a que apresentou maior diversidade (2,45), e para a
"floresta" obteve-se 2,55.
47
JARENKOW (1985) amostrou uma floresta com araucária obtendo, para o
índice de diversidade de Shannon, o valor de 2,93. Para a Floresta Ombrófila Mista
de São João do Triunfo obteve-se uma heterogeneidade maior (3,51).
O índice de diversidade de Simpson reflete a mesma tendência do índice de
diversidade de Shannon, onde a parcela 14 (0,95) foi a de maior diversidade e para a
"floresta" obteve-se igual valor (TABELA 1.18).
TABELA 1.18 - índices de diversidade para as quatro parcelas e a "floresta" estudadas da Floresta Ombrófila Mista.
INDICES DE PARCELA 06 PARCELA 14 PARCELA 16 PARCELA 28 "FLORESTA" DIVERSIDADE 1997 1998 1997 1998 1997 1998 1997 1998 1997 1998 SHANNON (spp) 2,802 2,823 3,273 3,278 3,091 3,084 3,158 3,157 3,509 3,516 SIMPSON (spp) 0,888 0,890 0,945 0,946 0,924 0,923 0,938 0,938 0,950 0,951 SHANNON (fam) 2,276 2,295 2,194 2,188 2,451 2,440 2,362 2,358 2,550 2,554
48
5 CONCLUSÕES
1. O solo predominante é o Latossolo, com caráter álico e distrófico no horizonte
superficial (A) e caráter álico no horizonte subsuperficial (B) - baixa fertilidade
natural.
2. A curva espécie/área apresentou-se estável próximo a l,75ha para um total de 64
espécies entre as 69 encontradas. Entre as parcelas houve uma variação de 0,40 a
0,80ha para a estabilização da curva.
3. Das 69 espécies arbóreas identificadas entre 44 gêneros e 29 famílias e 1 NI,
Araucaria angustifolia, Matayba elaeagnoides, Nectandra grandiflora,
Nectandra sp. e Campomanesia xanthocarpa representaram 37,33% do total de
indivíduos/ha. Myrtaceae, Lauraceae, Araucariaceae e Sapindaceae, foram as
famílias mais importantes, com 60,92% do total de indivíduos encontrados na
área.
4. Os índices de similaridade demonstraram que todas as parcelas foram
semelhantes, sendo as mais semelhantes entre si a 16 com a 28. A parcela 14
possuiu a maior diversidade florística de espécies arbóreas.
49
CAPÍTULO n
DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA E DINÂMICA DA FLORESTA
1 INTRODUÇÃO
O conhecimento da distribuição diamétrica de uma floresta fornece a
representatividade das diferentes espécies, segundo as classes diamétricas definidas,
bem como a contínua regeneração das espécies, dinâmica da floresta ao nível de
espécie, grupos de espécies ou sobre a floresta como um todo, além do estoque para
o seu aproveitamento segundo as normas de rendimento sustentado.
A análise de distribuição diamétrica é uma técnica de predição implícita do
rendimento corrente, pois prediz o número de árvores/ha para cada classe de DAP.
O sistema de distribuição diamétrica permite, assim, a obtenção de informações
mais detalhadas da estrutura da floresta (CLUTTER et al., 1983).
A dinâmica da floresta (ingresso, crescimento e mortalidade) está entre os
poucos instrumentos para se fazer predições sobre a produção futura da floresta.
Com o objetivo de estudar os processos dinâmicos da Floresta Ombrófila
Mista de São João do Triunfo - PR, no período 1997-1998, enfocou-se:
• Distribuição diamétrica;
• Dinâmica da floresta (ingresso, crescimento e mortalidade).
50
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA
A distribuição diamétrica dá uma idéia de como estão representadas na
floresta as diferentes espécies segundo classes diamétricas (FINOL, 1969).
A sobrevivência de uma espécie florestal, bem como seu aproveitamento
racional dentro das normas de rendimento sustentado, é garantida por uma
distribuição diamétrica regular. Isto implica que as categorias inferiores devem
incluir o maior e suficiente número de indivíduos que se requer para substituir os
que são explorados e os que sofrem redução natural ao passar do tempo de uma
categoria inferior para uma superior, e para as espécies que apresentam distribuição
diamétrica irregular há comprometimento na existência e sobrevivência por tempo
indefinido da "associação florestal clímax" (FINOL, 1964).
VEGA (1968) menciona que a representação de classes diamétricas em
florestas não coetáneas é de grande valor; não só porque oferece suficiente
informação da existência de uma contínua regeneração, mas também guarda estreita
relação com os métodos silviculturais que melhor utilizam as percentagens dos
diâmetros existentes (fixação de diâmetros mínimos de corte). Ainda menciona que,
para existir uma distribuição diamétrica regular, implica a existência de uma relação
constante entre o número de árvores e as classes diamétricas regulares
sucessivamente, ou seja, o número de indivíduos das classes diamétricas inferiores
decresce em uma progressão geométrica, conforme aumentam as classes de
tamanho.
51
A análise das espécies arbóreas segundo os diversos estratos fornece as
primeiras informações sobre a dinâmica da floresta. Dados ulteriores relativos às
tendências de desenvolvimento poderão ser obtidos com a análise da distribuição do
número de árvores por classe de diâmetro de todo a floresta segundo espécie, grupos
de espécies e assim por diante (LAMPRECHT, 1990).
A distribuição diamétrica é importante em florestas que não têm idade
definida, pois mostra a amplitude dos diâmetros, serve para distinguir diferentes
tipos florestais, possibilita obter informações de crescimento, a elaboração de tabelas
de produção que consideram a dinâmica da população florestal, fornece base para
identificar a intensidade da regeneração natural ao nível de espécie e da floresta
como um todo, sendo importante medida de estoque (SCOLFORO, 1995).
A distribuição do número de árvores por classe de diâmetro pode variar muito
de uma espécie para outra ou de um grupo de espécies para outro e normalmente as
florestas naturais mantêm um estoque suficientemente amplo de árvores finas para
substituir árvores de maior porte (LAMPRECHT, 1990), onde vários autores
concluíram que a curva do número de árvores em função dos diâmetros apresenta-se
na forma de "J" invertido, isto é, maior número de indivíduos nas menores classes e
menor número de indivíduos nas maiores classes.
Com relação aos intervalos de classes de diâmetros adotados para caracterizar
a estrutura diamétrica das florestas, não há nenhuma regra a respeito (LONGHI,
1980), podendo ser com intervalos de classes fixos ou com distribuição diamétrica
exponencial (HERING, 1994) ou obtidos através de modelos logarítmicos como
exponencial do tipo I - Meyer, exponencial do tipo II - Meyer, potencial - Mervart,
hipérbole - Pierlot e polinomial - Goff & West, e modelos não logarítmicos como
função Weibull e função Beta.
52
2.2 DINÂMICA DA FLORESTA
Os conhecimentos acumulados sobre o comportamento das comunidades
vegetais, o padrão de regeneração e o decurso do crescimento de cada espécie
arbórea ou de grupos de espécies permitem mencionar as primeiras conclusões a
respeito da dinâmica da floresta (LAMPRECHT, 1990).
CARVALHO (1997) menciona que a dinâmica da floresta pode iniciar com a
formação de clareiras, que provocam mudanças nas características pedoclimáticas,
ocasionando o processo de sucessão florestal. Clareira é definida por muitos autores
como uma abertura no dossel da floresta, ocasionada pela queda de uma ou mais
árvores, ou de parte de suas copas.
CARVALHO (1997) menciona ainda, que clareiras podem ser formadas por
morte natural de árvores, por raios, ventos, vulcões, furacões e derrubadas, entre
outros fatores, inclusive animais, podendo ser de tamanhos diferentes.
As contínuas alterações ambientais que ocorrem mesmo em clareiras de
reduzidas proporções fazem com que varie muito o grau de favorecimento ecológico
na situação inicial vivida (LAMPRECHT, 1990). Pode-se dizer que a sucessão
natural de espécies se constitui numa seqüência de mudanças florísticas e estruturais
que ocorrem no ecossistema, após um distúrbio na área, até que a floresta atinja um
ponto de equilíbrio dinâmico (CARVALHO, 1997).
A dificuldade para estabelecer planos ou sistemas de manejo baseados no
rendimento sustentado para a floresta equatorial ou tropical úmida, reside no fato de
não se conhecer o crescimento das espécies madeireiras que constituem esse
ecossistema. Somente de posse do conhecimento acerca do incremento basal ou
volumétrico é que se poderá estabelecer um ciclo de corte que satisfaça o princípio
do rendimento sustentado (JARDIM, 1990).
O ingresso ou recrutamento, crescimento ou incremento diamétrico e
mortalidade são o resultado final do processo da dinâmica de formação de
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populações multiâneas, e estão entre os poucos instrumentos para se fazer predições
sobre a produção futura da floresta (BARROS, 1980; CARVALHO, 1992).
ALDER & SYNNOTT (1992) citam que em florestas, o crescimento sobre
um período de anos tem três componentes:
• Incremento de árvore individual ou crescimento;
• Mortalidade ou árvores mortas;
• Ingresso ou aparecimento de novas árvores nas classes de tamanho mensuráveis.
Pode ser expresso algébricamente como:
I = Is - M + R
I = incremento líquido ou crescimento da floresta
Is = soma dos incrementos das árvores que sobreviveram durante o período
analisado
M = volume das árvores que morreram durante o período
R = volume de ingresso medido no final do período
Os autores mencionam que isto conduz a uma importante conclusão para o
trabalho em parcelas permanentes, onde medições exatas de ingresso e mortalidade
são tão importantes na amostragem de florestas como as medições sobre o
incremento das árvores.
2.2.1 Recrutamento ou Ingresso
O recrutamento é a admissão de um ser em uma determinada população ou
comunidade. Muitas vezes, o recrutamento é chamado de ingresso. Neste caso pode
ser definido como o processo pelo qual árvores pequenas aparecem em uma floresta,
por exemplo em uma parcela permanente, após a sua primeira medição
(CARVALHO, 1992; 1997).
VANCLAY (1994) cita que recrutamento refere-se aos indivíduos que
atingem um tamanho especificado (ex.: l,30m de altura, 10,00cm de DAP, etc.).
54
Ingresso é o número ou volume de árvores periodicamente em crescimento
em tamanho mensurável. Existirá normalmente ingresso entre dois inventários
sucessivos, particularmente quando medições são feitas acima de um diâmetro
mínimo.
2.2.2 Crescimento
De acordo com PROD AN et al. (1997), o crescimento é o incremento gradual
de um organismo, população ou objeto em um determinado período de tempo. O
crescimento acumulado até uma idade determinada representa a produção até esta
idade. Por outro lado, o crescimento das árvores individuais é influenciado por suas
características genéticas e sua inter-relação com o meio ambiente, fatores climáticos
e de solo e características topográficas, cuja soma representa o conceito de qualidade
de sítio. Além destes fatores, a competição é um fator muito importante e o mais
controlável através do manejo silvicultural.
Ainda segundo esses autores, o método mais generalizado em estudos de
crescimento e produção é o emprego de parcelas permanentes, sejam estas
experimentais ou representativas do inventário contínuo. A remedição periódica de
unidades de amostras permanentes possibilita uma estimação mais precisa do
crescimento quando comparado com qualquer outro método aplicado com igual
intensidade de amostra.
2.2.3 Mortalidade
Mortalidade é o número ou volume de árvores que morrem periodicamente
por causas naturais tais como velhice, competição, insetos, doenças, vento e gelo
(HUSCH et al., 1982).
55
A mortalidade pode ser causada por muitos fatores, como: ataque por
patógenos, parasitas e herbívoros; tempestades; danos causados por fortes chuvas,
principalmente em árvores emergentes; durante as operações de corte e transporte; e
morte por idade, considerando que todo ser vivo tem um período de vida finito
(CARVALHO, 1992; 1997).
56
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O presente estudo foi realizado na Estação Experimental de São João do
Triunfo, da Universidade Federal do Paraná, numa área de 32ha.
No capítulo I - item 3.1, encontra-se a descrição completa da localização e
caracterização da área de estudo (FIGURA 1.1 e TABELA 1.2).
3.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
3.2.1 Distribuição Diamétrica
A distribuição diamétrica das parcelas 06, 14, 16 e 28 foi analisada através do
número de indivíduos por hectare por parcela e para a "floresta", sendo considerados
três grupos:
• Floresta - todas as espécies;
• Araucária;
• Folhosas.
Utilizou-se 27 classes diamétricas distribuídas em classes de 5,00cm de
amplitude, como adotado por PIZATTO (1999):
• Classe 1 - 10,00-14,99cm;
57
• Classe 2 - 15,00-19,99cm;
5
• Classe 27 - 140,00-144,99cm.
3.2.2 Dinâmica da Floresta
A dinâmica da floresta foi analisada através do crescimento, ingresso e
mortalidade das árvores no período 1997-1998.
O crescimento da floresta foi determinado, para o período de um ano, pelo
incremento corrente anual (ICA = DAP1998 - DAP1997) para todas as espécies por
parcela e para a "floresta".
Utilizou-se 16 classes para a distribuição do ICA, com amplitudes de 0,1 Ocm
para as dez primeiras classes e de 0,50cm para as últimas seis classes, onde analisou-
se o número de indivíduos em cada classe por parcela e para a "floresta":
• Classe 1 - 0,00-0,09cm;
• Classe 2-0,10-0,19cm;
Classe 10 - 0,90-0,99cm;
Classe 11 - l,00-l,49cm;
Classe 12 - 1,50-1,99cm;
• Classe 16 - 3,50-3,99cm.
O ingresso foi determinado pelo número de árvores que alcançaram o DAP >
10,00cm e a mortalidade mediante o número de árvores que morreram entre as duas
medições, isto é, entre 1997 e 1998. As percentagens de árvores ingressas e mortas
foram calculadas em função do número inicial de árvores (Ia medição - 1997).
58
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA
A distribuição diamétrica em função dos diâmetros mínimo, máximo e médio
por espécie de cada parcela e da "floresta" e a mediana por espécie para a "floresta"
encontram-se na TABELA 2.1, onde verificou-se que Araucaria angustifolia
(129,30cm) na parcela 28, Luehea divaricata (101,20cm) na parcela 14, Ocotea
porosa (140,90; 123,40 e 125,30cm) nas parcelas 14, 16 e 28 e Ocotea puberula
(106,30cm) na parcela 28, foram as espécies que apresentaram diâmetros superiores
a 100,00cm.
Com relação ao total dos diâmetros, para as árvores vivas, este apresentou
uma amplitude entre 10,00 a 140,90cm, uma média de 23,78cm, desvio padrão de
15,59cm e mediana de 18,53cm para 2346 indivíduos da "floresta" no ano de 1997,
valores próximos aos observados nas parcelas individualmente. A floresta
apresentou uma área basal de 36,97m2/ha, com uma diferença entre parcelas, isto é,
as parcelas 06 e 14 (31,76 e 29,63m2/ha) foram mais semelhantes entre si em termos
de área basal, o mesmo ocorrendo com as parcelas 16 e 28 (40,31 e 46,18m2/ha)
(TABELA 2.2), como observado pelos índices de similiaridade de Jaccard e
Sörensen.
As FIGURAS 2.1, 2.2, 2.3, 2.4 e 2.5 apresentam a distribuição diamétrica
com amplitude de classe de 5,00cm para as quatro parcelas e para a "floresta", sendo
analisado através de três grupos: floresta - todas as espécies, araucária e folhosas. A
distribuição diamétrica para o total das espécies e folhosas, para a "floresta" e para
59
TABELA 2.1 - Distribuição dos diâmetros mínimo, por parcela e para a "floresta" e "floresta".
ESPECIE DIAMETRO MÍNIMO (cm) DIAMETRO MÁXIMO (cm) DIÂMETRO MÉDIO (cm) MD P06 P14 PI 6 P28 FL P06 PI 4 P16 P28 FL P06 P14 PI 6 P28 FL FL
Albizia sp.l 16,2 16,2 16,2 16,2 16,2 16,2 16,2 Albizia sp.2 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2 Allophylus sp. 10,1 10,0 10,2 10,0 22,4 14,2 30,4 30,4 14,9 11,7 16,3 14,7 13,5 Annona sp. 10,0 10,0 10,0 10,0 11,1 11,! 10,0 10,6 10,4 10,0 Araucaria angustifolia 10,0 11,3 10,1 12,7 10,0 87,5 87,7 81,4 129,3 129,3 32,4 36,3 35,9 49,2 36,6 35,3 Campomanesia guazumaefolia 12,7 12,4 10,2 10,2 22,8 12,4 31,3 31,3 17,2 12,4 15,7 16,2 15,8 Campomanesia xanthocarpa 10,3 10,! 10,0 10,2 10,0 45,5 37,4 33,9 37,9 45,5 19,9 17,1 17,7 17,4 18,4 17,0 Capsicodendron dinisii 13,4 13,0 10,1 12,5 10,1 41,4 27,6 63,2 62,6 63,2 22,9 19,0 24,1 25,7 23,8 20,3 Casearia decandra 10,2 10,0 10,0 19,1 22,5 22,5 12,9 13,7 13,6 12,9 Casearia sp. 37,4 10,0 13,0 10,0 37,4 25,6 16,7 37,4 37,4 14,6 14,8 15,7 13,5 Cedrela fissilis 12,5 12,5 37,1 19,5 12,5 14,7 47,6 37,1 55,5 55,5 13,6 30,8 37,1 30,6 28,3 27,9 Cinnamomum sellowianum 10,4 16,5 10,7 10,4 61,5 16,5 39,8 61,5 21,6 16,5 21,2 21,3 15,9 Cinnamomum vesiculosum 10,2 10,8 10,2 48,9 27,4 48,9 20,9 15,3 18,4 14,5 Cleíhra scabra 19,7 41,7 19,7 30,1 41,7 41,7 24,9 41,7 29,1 27,6 Cupania vernalis 10,0 14,4 10,1 10,0 36,0 21,1 41,7 41,7 18,0 18,6 16,9 17,6 16,2 Drimys brasiliensis 11,5 27,5 13,2 11,5 16,5 27,5 18,1 27,5 13,5 27,5 15,6 15,5 14,1 Erythroxylum deciduum 14,2 16,4 14,2 28,4 21,8 28,4 19,0 18,9 18,9 18,0 Eugenia involucrata 14,2 10,1 18,9 10,4 10,1 25,4 30,1 18,9 36,8 36,8 18,8 16,6 18,9 20,8 17,6 15,9 Eugenia uniflora 15,4 10,0 10,8 10,0 10,0 15,6 34,2 12,6 43,4 43,4 15,5 13,6 11,6 14,6 14,0 11,8 Hovenia dulcís 10,3 10,3 11,9 10,3 20,5 26,8 23,8 26,8 14,1 17,8 19,9 16,5 15,6 Ilex brevicuspis 26,7 10,3 17,7 10,3 52,5 34,7 53,3 53,3 40,1 18,2 35,4 27,8 22,9 Ilex dumosa 13,0 13,0 35,1 35,1 25,8 25,8 25,5 Ilex paraguariensis 10,3 19,4 10,0 11,3 10,0 20,8 19,4 21,3 13,8 21,3 14,3 19,4 14,9 12,9 14,6 13,9 Ilex theezans 16,5 12,2 12,2 17,0 12,2 17,0 16,8 ¡2,2 15,2 16,5 Inga sp. 12,9 13,8 12,9 31,3 27,6 31,3 21,6 23,1 22,5 23,7 Jacaranda puberula 12,7 10,7 35,0 10,7 16,0 36,4 35,0 36,4 14,4 16,6 35,0 17,4 15,4 Lithraea brasiliensis 16,5 23,0 17,5 38,4 16,5 38,4 33,0 46,0 47,7 47,7 27,6 28,0 26,8 42,8 29,4 25,2 Lonchocarpus sp. 10,3 10,0 10,8 10,4 10,0 10,3 43,4 16,3 32,1 43,4 10,3 16,9 13,9 17,1 16,7 14,8 Luehea divaricata 13,3 12,1 11,0 11,0 13,3 101,2 79,4 101,2 13,3 40,6 36,3 36,7 29,6 Machaerium sp. 10,7 11,7 11,9 10,8 10,7 12,6 24,0 22,0 19,3 24,0 11,6 15,6 15,7 13,1 14,4 13,0 Matayba elaeagnoides 11,5 10,0 13,9 10,0 68,4 55,1 57,0 69,2 30,3 26,7 31,4 31,1 30,4 Maytenus ilicifolia 13,7 11,8 10,4 11,2 10,4 69,2 14,9 10,4 11,2 14,9 33,2 13,4 10,4 11,2 12,1 11,5 Mimosa scabrella 10,1 10,1 18,7 18,7 14,2 14,2 14,3 Myrcia sp. 10,8 10,2 12,2 12,1 10,2 10,8 27,8 16,0 22,5 27,8 10,8 14,7 14,1 15,8 15,1 14,8 Myrciaria sp. 22,6 12,6 12,6 22,6 12,6 22,6 22,6 12,6 17,6 17,6 Myrsine ferruginea 10,4 30,5 10,4 35,9 30,5 35,9 19,7 30,5 20,3 15,9 Myrsine umbellata 10,0 13,5 11,4 17,8 10,0 14,7 25,8 12,2 33,5 33,5 12,4 16,3 11,8 24,7 19,0 17,8 Myrtaceae 1 14,8 10,0 15,6 10,4 10,0 21,2 18,5 29,8 19,0 29,8 17,3 12,4 22,8 14,7 14,8 14,3 Myrtaceae 2 10,0 10,0 38,2 38,2 21,7 21,7 20,8 Myrtaceae 3 13,4 13,4 24,8 24,8 19,1 19,1 19,1 Myrtaceae 4 12,7 10,0 10,0 10,1 10,0 14,5 27,6 26,2 26,7 27,6 13,6 14,4 14,8 15,1 14,6 13,1 Nectandra grandiflora 10,2 13,7 10,2 11,9 10,2 46,1 54,1 54,6 23,6 54,6 18,9 25,5 22,0 17,5 20,5 18,4 Nectandra sp. 11,1 14,2 10,7 10,7 63,1 27,2 51,6 63,1 27,4 18,9 28,8 27,7 26,3 NI 10,4 11,2 10,0 10,0 19,8 28,7 21,3 28,7 14,1 17,1 12,5 13,1 11,2 Ocotea porosa 21,5 25,7 10,9 14,2 10,9 53,9 140,9 123,4 125,3 140,9 42,7 65,7 49,8 53,0 51,9 47,1 Ocotea puberula 13,2 11,4 17,9 40,3 11,4 13,9 69,2 63,4 106,3 106,3 13,5 44,9 28,2 81,3 42,0 31,0 Ocotea sp. 21,3 15,1 40,6 26,6 15,1 76,1 59,3 99,5 41,1 99,5 45,8 30,0 59,1 31,5 42,4 40,9 Persea sp. 13,6 12,2 12,2 19,8 23,6 23,6 16,7 17,6 17,2 16,9 Piptocarpha angustifolia 12,4 15,5 12,4 13,0 63,2 63,2 12,7 32,0 26,5 24,3 Piptocarpha axilaris 10,0 10,3 11,0 26,1 ¡0,0 16,0 23,3 18,6 26,1 26,1 12,7 16,9 15,2 26,1 15,7 15,5 Prunus brasiliensis 10,1 11,1 19,2 10,1 20,0 31,8 19,2 31,8 13,3 22,6 19,2 18,7 19,2 Prunus sp. 10,2 20,4 10,2 16,4 52,4 52,4 13,3 31,1 26,0 22,3 Psidium sp. 1 39,8 28,3 28,3 39,8 28,3 39,8 39,8 28,3 34,0 34,0 Psidium sp.2 10,0 10,0 33,7 33,7 14,9 14,9 11,2 Raulinoreitzia leptophlebia 12,5 12,5 16,5 16,5 15,0 15,0 15,5
máximo e médio por espécie, mediana por espécie para a
Continua
60
TABELA 2 . 1 - Continuação ESPÉCIE DIÂMETRO MÍNIMO (cm) DIÂMETRO MÁXIMO (cm) DIÂMETRO MÉDIO (cm) MD
P06 PI 4 P16 P28 FL P06 P14 P16 P28 FL P06 P14 P16 P28 FL FL Sapium glandulatum 15,6 11,0 10,9 10,8 10,8 15,6 11,0 19,1 10,8 19,1 15,6 11,0 15,0 10,8 13,5 11,0 Sebastiania brasiliensis 10,0 10,0 12,0 10,0 16,9 23,5 12,0 23,5 12,4 16,5 12,0 15,9 14,3 Sebastiania sp. 13,2 13,2 13,2 13,2 13,2 13,2 13,2 Sloanea lasiocoma 10,1 10,8 10,1 21,1 77,6 77,6 13,1 44,2 18,3 12,2 Solanum erianthum 11,5 11,5 21,6 21,6 14,8 14,8 13,5 Solanum sp. 10,1 10,1 10,8 11,7 10,1 10,1 22,8 11,4 19,7 22,8 10,1 13,3 11,1 15,1 13,1 11,5 Styrax leprosus 10,0 10,0 11,3 10,0 28,6 11,5 11,3 28,6 13,6 10,8 11,3 13,3 12,1 Syagrus romanzoffiana U,0 18,1 11,0 26,4 18,1 26,4 17,7 18,1 17,7 17,9 Symplocos celastrina 11,1 13,4 10,0 10,0 11,1 27,2 35,6 35,6 11,1 18,5 18,7 18,6 18,1 Symplocos niedenzuiana 11,8 12,9 11,8 11,8 12,9 12,9 11,8 12,9 12,4 12,4 Symplocos sp. 11,5 11,5 11,5 11,5 11,5 11,5 11,5 Vernonia discolor 11,6 11,6 20,4 20,4 15,3 15,3 14,6 Zanthoxylum kleinii 17,2 10,1 11,1 10,1 30,8 50,8 30,6 50,8 23,8 23,7 19,7 22,7 21,6 Zanthoxylum rhoifolium 10,8 25,6 13,9 10,8 12,8 25,6 15,9 25,6 11,8 25,6 14,9 15,8 13,9 Mortas 10,0 10,3 10,3 11,9 10,0 68,1 64,1 81,6 97,4 97,4 24,5 21,9 20,3 36,6 26,2 19,7 MD (mediana) = cm
TABELA 2.2 - Parâmetros do diâmetro e número de indivíduos/ha para as parcelas e o total da "floresta" em 1997 e 1998.
PARÂMETROS PARCELA 06 PARCELA 14 PARCELA 16 PARCELA 28 "FLORESTA" 1997 1998 1997 1998 1997 1998 1997 1998 1997 1998
Dmín (cm) 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 Dmáx (cm) 87,50 87,50 140,90 140,10 123,40 125,10 129,30 130,20 140,90 140,10 Dméd (cm) 23,63 23,62 21,33 21,38 24,37 24,43 25,69 25,80 23,78 23,82 Desvio 13,15 13,16 13,80 13,89 15,92 15,90 18,31 17,79 15,59 15,41 G (rir/ha) 31,76 32,29 29,63 30,27 40,31 40,82 46,18 47,01 36,97 37,60
N.° ind/taa N.° ind/4ha "FLORESTA" 553 564 582 593 607 612 604 610 2346 2379 ARAUCÁRIA 143 145 11 11 120 122 56 56 330 334 FOLHOSAS 410 419 571 582 487 490 548 554 2016 2045
as parcelas, apresentam a forma de "J" invertido, não observado para a araucária em
nenhuma das parcelas e nem na "floresta" (4ha), pois esta tende a regenerar-se em
ciclos.
LONGHI (1980), CORAIOLA (1997) e PIZATTO (1999) observaram a
curva típica para florestas ("J" invertido - maior número de indivíduos nas menores
classes e menor número de indivíduos nas maiores classes), quando foram
consideradas todas as espécies. JARENKOW (1985) e PIZATTO (1999) quando
analisaram algumas espécies individualmente, observaram que algumas espécies não
61
FIGURA 2.3 - Distribuição dos diâmetros na parcela 16 pelos grupos (a) floresta, (b) araucária e (c) folhosas.
o m CN CD
o m CN
(a)
o ir> CN co
o o m lo CM" CN O) o
o lO o m c\í CM
o lO o m CN
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
o IO CN O)
O Iß CN O
O m CN CN
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
(b)
o I O CN
2 150
-i 1 1 r o o m m CN CN CD H -
o in CN o
o m CN CN
CN
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
(c)
o m CN co S
62
FIGURA 2.2 - Distribuição dos diâmetros na parcela 14 pelos grupos (a) floresta, (b) araucaria e (c) folhosas.
25 -,
2 0 -
(b)
5 -
o —i—pupifWi^ o m
O IO
O m
o If)
o m
o lí)
o l o
o lO
o m
o m
o m
o m
o I ß
o m
CM CN CM
CN CO CN CN ID
CN CO
CN CM CO
CN O)
CN o
CN CN CN
CN CO
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
63
FIGURA 2.3 - Distribuição dos diâmetros na parcela 16 pelos grupos (a) floresta, (b) araucária e (c) folhosas.
(a)
o o o o o o o o o o iß m iß m to m IO IO IO IO CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" m co r- CO o> o CM CO •<fr
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
(b)
o o o o o o o o o o o o o I O I O I O I O I O to Iß I O I O I O Iß I O I O CM CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" CN CM" CN CO I O CO R - CO O ) o CN co
' — »— T— '— T— CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
(c)
o o o o o o o o o o o o o o IO IO I ß LO lO I ß Iß IO I ß I ß I ß IO I ß I ß cm" CN cm" CN CN CN CN CN CN CN CN CN cm" CN .— CM CO -<1- I ß CO CO O o CN CO •<3-.— .— T—
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
64
FIGURA 2.3 - Distribuição dos diâmetros na parcela 16 pelos grupos (a) floresta, (b) araucária e (c) folhosas.
(a)
o Iß CN r--
o lO CN CO
O Iß CN O
O io o lO CN CN
O iß
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
25 -,
2 0 -
(b)
15 -
10
n a ES9 • l l i i I H h i t u o Iß CN CN
CN
O IO CN
O LO
CN Iß
O Iß CN CO
O Iß CN
O Iß CN CN
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
o iß o I O CN
O Iß CN CO
CN O)
O Iß CN O
O Iß CN CN
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
(c)
CN CO
65
FIGURA 2.3 - Distribuição dos diâmetros na parcela 16 pelos grupos (a) floresta, (b) araucária e (c) folhosas.
o o o o o o o o o o O O O O m m IO m m IO IO m m m m m ID CM" CM" CM" CM" CM CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" CM" .— CM CO T}- m co r» co O) o CM CO T T— T— T— .—
CENTRO DE CLASSE EM DAP (cm)
CENTRO DE CLASSE DE DAP (cm)
66
apresentaram a tendência em "J" invertido. Para um melhor conhecimento da
dinâmica da floresta deve-se considerar as espécies individualmente ou talvez por
seus grupos ecológicos.
4.2 DINÂMICA DA FLORESTA
A dinâmica da floresta (crescimento, ingresso e mortalidade - período 1997-
1998) em relação ao número total de árvores, apresentou um aumento de 1,41% para
a área de estudo (4ha) (TABELA 2.3), com ingresso de 1,62% e mortalidade de
0,21%.
TABELA 2.3 - Dinâmica da floresta por parcela e na "floresta" no período 1997-1998, para o número total de árvores.
DINAMICA PARC06 PARC14 PARC16 PARC28 "FLORESTA" EM CRESCIMENTO 553 582 607 604 2346 INGRESSO 13 13 6 6 38 MORTALIDADE 2 2 1 0 5 TOTAL 564 593 612 610 2379
DINAMICA: refere-se ao n.° de árvores analisadas
4.2.1 Crescimento
As análises apresentadas neste item, representaram os incrementos de apenas
um ano. Considerando-se a pequena taxa de crescimento anual para este tipo de
floresta, pode ocorrer para algumas árvores erros de medições superiores ao
incremento.
Para a análise do crescimento utilizou-se o incremento corrente anual (ICA)
em DAP e área transversal, por espécie em cada parcela e na "floresta". Do total de
67
árvores vivas em 1997 (2346 menos um indivíduo com quebra do tronco no DAP
em 1998 e 20 jerivás - monocotiledônea) foram consideradas 80,86% destas (1880),
pois compreendiam as árvores com incrementos nulos e positivos.
Os "incrementos" apresentaram uma amplitude entre -2,07 a 3,53cm. Quando
considerado o intervalo entre 0,00 a 3,53cm, obteve-se para o ICA em diâmetro uma
média de 0,34cm, desvio padrão de 0,34cm e coeficiente de variação de 100,00%
para a "floresta". Por parcela obteve-se uma variação de 0,30 a 0,39cm para a média,
desvio padrão entre 0,29 a 0,41 cm e coeficiente de variação entre 80,56 a 106,25%
(TABELA 2.4).
TABELA 2.4 - Incremento corrente anual em diâmetro, desvio padrão e coeficiente de variação em função do número de árvores e dos intervalos de incremento utilizados por parcela e para a "floresta".
-2,07cm < ICA < 3,53cm 0,00 < ICA < 3,53cm ICA > 0,00cm N ICA DP CV% N N% ICA DP CV% N N% ICA DP CV%
PARCELA 06 534 0,26 0,37 142,31 445 83,33 0,36 0,29 80,56 412 77,15 0,39 0,29 74,36 PARCELA 14 582 0,29 0,47 162,07 496 85,22 0,39 0,41 105,13 468 80,41 0,42 0,42 100,00 PARCELA 16 605 0,17 0,37 217,65 449 74,21 0,30 0,30 100,00 398 65,79 0,33 0,29 87,88 PARCELA 28 604 0,23 0,38 165,22 490 81,13 0,32 0,34 106,25 452 74,83 0,35 0,34 97,14 "FLORESTA" 2325 0,24 0,40 166,67 1880 80,86 0,34 0,34 100,00 1729 74,37 0,37 0,34 91,89 N = n.° árv/ha (parcelas)/N = n.° árv/4ha ("floresta"); N% = %; ICA = cm; DP = cm; CV% = %
PIZATTO (1999) utilizando um intervalo de "incremento" em diâmetro entre
-1,00 a l,00cm, para 1852 árvores, obteve uma média de 0,18cm, desvio padrão de
0,24cm e coeficiente de variação de 128,90% para a "floresta" (3,5ha). Quando
analisado por parcela obteve uma variação de 0,14 a 0,22cm na média, desvio de
0,19 a 0,25cm e coeficiente de variação de 112,33 a 177,88%.
A utilização de "incrementos negativos" (decrementos), como os utilizados
por PIZATTO (1999), demonstra que as observações podem apresentar erros de
medição, além de fatores internos/externos como queda de casca, fogo, raio, ataque
68
de patógenos, posição sociológica, processo de senilidade (morte) entre outros que
podem afetar o crescimento das plantas.
CARVALHO (1992) obteve incrementos diamétricos médios (DAP >
5,00cm) de 0,37cm/ano, 0,36cm/ano e 0,20cm/ano em função do tipo de intervenção
(tratamento) em que a floresta foi submetida, na Floresta Nacional de Tapajós -
Floresta Ombrófila Densa - Pará.
GOMIDE (1997) obteve incremento periódico anual em diâmetro de
0,14cm/ano para floresta primária e 0,60cm/ano para floresta secundária (DAP >
5,00cm) na Floresta Ombrófila Densa - Amapá.
GAUTO (1997) obteve incremento diamétrico médio de 0,58cm/ano, para
729 observações, em uma Floresta Estacionai Semidecidual - Missiones -
Argentina, representando um incremento de 65,71% quando comparado com a
Floresta Ombrófila Mista em estudo.
Quando analisou-se o ICA em área transversal para o mesmo intervalo de
incremento em diâmetro (0,00-3,53cm) obteve-se uma média de 0,0015m /ha, um
desvio padrão de 0,0024m2/ha e um coeficiente de variação de 160,00% para a
"floresta", com uma área basal de 2,8200m2/4ha. Por parcela obteve-se uma
variação de 0,0014 a 0,0017m2/ha na média, desvio padrão entre 0,0016 a
0,0027m2/ha e coeficiente de variação entre 114,29 a 180,00% (TABELA 2.5). Com
relação à área basal obteve-se uma variação de incremento médio de 0,6180 a
0,8136m2/ha. PIZATTO (1999) observou uma variação em incremento de 0,2242 a
0,3716m2/ha.
As parcelas da comunidade fitogeográfica Floresta Ombrófila Mista de São
João do Triunfo apresentam um processo de intervenção antrópica diferenciada. Nas
parcelas analisadas por PIZATTO (1999) (parcelas 02, 07A, 18 e 27) em pelo menos
duas delas houve intervenções num passado recente. Na parcela 02 ocorreu fogo na
década de 80 e a parcela 07A foi utilizada parcialmente para agricultura. Ambas
apresentam espécies típicas de fases menos avançadas de sucessão e com diâmetros
6 9
pouco elevados, ocasionando uma variação em incremento em área basal menor do
que os observados nas parcelas 06, 14, 16 e 28.
TABELA 2.5 - Incremento corrente anual em área transversal, desvio padrão, coeficiente de variação e área basal em função do número de árvores e dos intervalos de incremento utilizados por parcela e para a "floresta".
-2,07cm < ICA < 3,53cm 0,00cm < ICA < 3,53cm ICA > 0,00cm N ICA DP cv% Gm 2 N ICA DP CV% Gm 2 N ICA DP cv% Gm2
Parcela 06 534 0,0010 0,0018 180,00 0,5340 445 0,0014 0,0016 114,29 0,6230 412 0,0015 0,0016 106,67 0,6180 Parcela 14 582 0,0010 0,0030 300,00 0,5820 496 0,0015 0,0027 180,00 0,7440 468 0,0016 0,0027 168,75 0,7488 Parcela 16 605 0,0008 0,0030 375,00 0,4840 450 0,0014 0,0025 178,57 0,6286 398 0,0016 0,0025 156,25 0,6368 Parcela 28 604 0,0012 0,0031 258,33 0,7248 490 0,0017 0,0027 158,82 0,8330 452 0,0018 0,0028 155,56 0,8136 "Floresta" 2325 0,0010 0,0028 280,00 2,3250 1880 0,0015 0,0024 160,00 2,8200 1729 0,0016 0,0025 156,25 2,7664 N = n.° árv/ha (parcelas)/N = n.° árv/4ha ("floresta"); ICA = m2/ha; DP = m2/ha ; CV% = % G m2 = m2/ha
A FIGURA 2.6 apresenta a distribuição do número total de árvores para a
"floresta" e por parcela por classes de ICA em diâmetro, sendo observado uma
distribuição em "J" invertido.
O pico que ocorre na classe 11 (l,00-l,49cm) deve-se ao fato de sua
amplitude ser de 0,50cm, mas com o desdobramento das últimas classes, a curva
observada seria a distribuição em "J" invertido.
GAUTO (1997) e PIZATTO (1999) obtiveram curva similar em unidades
fitogeográficas diferentes, Floresta Estacionai Semidecidual e Floresta Ombrófila
Mista, respectivamente.
As distribuições do ICA em diâmetro e área transversal por espécie por
parcela e para a "floresta", no intervalo de 0,00 a 3,53cm, encontram-se nas
TABELAS 2.6 e 2.7.
70
FIGURA 2.6 - Número total de árvores para a "floresta" e por parcela por classes de ICA em diâmetro.
500 -, 450 -400 - m 350 300 250
i H I I M » — - • o_ CM m_ in «o r^ oo o> CM r̂ . CN P- Pí P-O O o" o " O" o " O" o " o " Ö" T-" CM" CN co co~
C E N T R O D E C L A S S E D E I C A (cm/ano)
• " F L O R E S T A "
120 -, 110 -100 -
50 - H I h
i n m i n m i o w m m O CM_ CD CO CM CM CM O" O" O" O O V CM co
CENTRO DE CLASSE DE ICA (cm/ano)
• PARCELA 06 |
m i o i o t o w i n w i o 0 _ CM <D CO_ CM C<1 CM o" o" O" o" o" r • CM" CO"
CENTRO DE CLASSE DE ICA (cm/ano)
|a PARCELA 14
50 - H h I
l o w i o t o t n m i o m C3 CM CD CO CM CM CM o" o" o" o" O* CM co"
CENTRO DE CLASSE DE ICA (cm/ano)
|B PARCELA 16 I
120 -,
m m i n m i o w i o m CD CM <D CO_ CM CM CM O o" O o" o" T-" CM" CO"
CENTRO DE CLASSE DE ICA (cm/ano)
! • PARCELA 28 I
71
Tomando-se como base a "floresta", têm-se para as cinco espécies mais
importantes obtidas através da percentagem de importância, os valores de ICA em
diâmetro e área transversal, respectivamente: Araucaria angustifolia de 0,42cm e
0,0028m /ha; Matayba elaeagnoides de 0,33cm e 0,0018m /ha; Ocotea porosa de 0 O
0,46cm e 0,0044m/ha; Nectandra grandiflora de 0,33cm e 0,0011m/ha; e
Nectandra sp. de 0,51cm e 0,0025m2/ha.
Dentre todas as espécies pode-se destacar Piptocarpha angustifolia com ICA
em diâmetro de l,09cm; Albizia sp.l de 0,83cm; Piptocarpha axilaris de 0,74cm;
Hovenia dulcis de 0,65cm; Mimosa scabrella, Solanum erianthum e Solanum sp. de
0,60cm cada.
Das 68 espécies encontradas na "floresta", na análise do crescimento,
verificou-se que as mesmas estão distribuídas nas classes de ICA em diâmetro:
classe 1 => 3 espécies; classe 2 => 8 espécies; classe 3 => 18 espécies; classe 4 => 17
espécies; classe 5 => 11 espécies; classe 6 4 espécies; classe 7 => 4 espécies;
classe 8 => 1 espécie; classe 9 => 1 espécie; Classe 11 => 1 espécie. Pode-se
destacar que 67,65% das espécies (46) encontram-se distribuídas nas classes 3, 4 e 5
(0,20-0,49cm), corroborando com o incremento médio encontrado para a "floresta"
(1880 observações = 0,34cm).
Quando analisa-se a distribuição das espécies nas classes de ICA em
diâmetro, em função das 1880 observações, estas encontram-se distribuídas em
diversas classes, diferindo de quando considerado pelo incremento médio da
"floresta" (TABELA 2.8).
Considerando-se as dez espécies que apresentaram mais indivíduos na área
estudada, correspondendo a 56,88% do total, destacam-se Matayba elaeagnoides
distribuído em 15 classes de ICA em diâmetro, Araucaria angustifolia em 13
classes, Nectandra sp. em 12 classes, Nectandra grandiflora e Campomanesia
xanthocarpa em 11 classes, Lonchocarpus sp. e Eugenia uniflora em nove classes e
IleX paraguariensis, Myrtaceae 4 e Allophylus sp. em oito classes.
72
TABELA 2.6 - Distribuição do ICA em diâmetro por espécie por parcela e para a "floresta", no intervalo de 0,00 a 3,53cm.
NOME CIENTÍFICO FAMILIA PARCELA 06 PARCELA 14 PARCELA 16 PARCELA 28 NOME CIENTÍFICO FAMILIA N ICA DP CV% N ICA DP CV% N ICA DP CV% N ICA DP CV%
Lithraea brasiliensis Anacardiaceae 2 0,48 0,45 93,75 1 0,29 8 0,33 0,23 69,70 1 0,06 Annona sp. Annonaceae 1 0,64 0 2 0,21 0,07 33,33 0 Ilex brevicuspis Aquifoliaceae 0 9 0,27 0,35 129,63 12 0,18 0,10 55,56 6 0,21 0,18 85,71 Ilex dumosa Aquifoliaceae 10 0,19 0,14 73,68 0 0 0 Ilex paraguariensis Aquifoliaceae 35 0,26 0,27 103,85 1 0,03 26 0,17 0,15 88,24 2 0,19 0,14 73,68 Ilex theezans Aquifoliaceae 0 0 2 0,19 0,05 26,32 1 0,03 Araucaria angustifolia Araucariaceae 123 0,38 0,30 78,95 11 0,68 0,44 64,71 98 0,38 0,36 94,74 50 0,54 0,30 55,56 Jacaranda puberula Bignoniaceae 2 0,10 0,05 50,00 0 10 0,31 0,34 109,68 1 0,13 Capsicodendron dinisii Canellaceae 8 0,19 0,15 78,95 3 0,19 0,28 147,37 32 0,25 0,24 96,00 5 0,34 0,44 129,41 Maytenus ilicifolia Ceiastraceae 0 1 0,38 0 1 0,22 Clethra scabra Clethraceae 0 0 3 0,37 0,27 72,97 1 1,02 Piptocarpha angustifolia Compositae 2 0,99 0,05 5,05 4 1,15 0,31 26,96 '0 0 Piptocarpha axilaris Compositae 4 0,72 0,18 25,00 3 1,19 0,99 83,19 3 0,31 0,11 35,48 0 Raulinoreitzia leptophlebia Compositae 4 0,26 0,27 103,85 0 0 0 Vernonia discolor Compositae 4 0,45 0,24 53,33 0 0 0 Sloanea lasiocoma Elaeocarpaceae 0 9 0,34 0,16 47,06 0 2 0,49 0,34 69,39 Erythroxylum deciduum Erythroxylaceae 5 0,32 0,27 84,38 0 5 0,36 0,10 27,78 0 Sapium glandulatum Euphorbiaceae 1 0,06 0 1 0,00 0 Sebastiana brasiliensis Euphorbiaceae 0 3 0,28 0,07 25,00 13 0,09 0,13 144,44 1 0,10 Sebastiana sp. Euphorbiaceae 0 1 0,00 0 0 Lonchocarpüs sp. Fabaceae 1 0,80 25 0,27 0,29 107,41 3 0,23 0,30 130,43 25 0,23 0,16 69,57 Machaerium sp. Fabaceae 2 0,59 0,20 33,90 10 0,25 0,29 116,00 5 0,40 0,27 67,50 12 0,21 0,20 95,24 Casearia decandra Flacourtiaceae 0 4 0,20 0,18 90,00 0 25 0,24 0,20 83,33 Casearia sp. Flacourtiaceae 0 1 0,48 13 0,26 0,17 65,38 4 0,11 0,11 100,00 Cinnamomum sellowianum Lauraceae 13 0,39 0,28 71,79 0 1 0,06 5 0,46 0,40 86,96 Cinnamomum vesiculosum Lauraceae 9 0,49 0,32 65,31 0 5 0,07 0,05 71,43 0 Nectandra grandiflora Lauraceae 69 0,38 0,25 65,79 5 0,11 0,14 127,27 45 0,30 0,26 86,67 2 0,18 0,16 88,89 Nectandra sp. Lauraceae 0 57 0,53 0,35 66,04 2 0,22 0,14 63,64 38 0,50 0,45 90,00 Ocotea porosa Lauraceae 5 0,59 0,29 49,15 2 0,14 0,20 142,86 15 0,44 0,49 111,36 16 0,48 0,38 79,17 Ocotea puberula Lauraceae 1 0,32 7 0,52 0,45 86,54 15 0,40 0,30 75,00 5 0,50 0,09 18,00 Ocotea sp. Lauraceae 5 0,15 0,10 66,67 8 0,45 0,34 75,56 6 0,26 0,22 84,62 3 0,59 0,16 27,12 Persea sp. Lauraceae 2 0,51 0,41 80,39 0 2 0,08 0,11 137,50 0 Cedrelafissilis Meliaceae 2 0,64 0,09 14,06 3 0,80 0,55 68,75 1 0,00 5 0,51 0,26 50,98 Albizia sp.l Mimosaceae 0 1 0,83 0 0 Albizia sp.2 Mimosaceae 0 1 0,45 0 0 Inga sp. Mimosaceae 0 2 0,13 0,00 0,00 0 4 0,37 0,37 100,00 Mimosa scábrella Mimosaceae 6 0,60 0,49 81,67 0 0 0 Myrsine ferruginea Myrsinaceae 15 0,44 0,24 54,55 0 0 1 1,31 Myrsine umbellata Myrsinaceae 1 0,57 7 0,53 1,05 198,11 1 0,06 3 0,11 0,05 45,45 Campomanesia guazumaefolia Myrtaceae 0 8 0,52 1,14 219,23 0 7 0,35 0,43 122,86 Campomanesia xanthocarpa Myrtaceae 25 0,35 0,30 85,71 11 0,28 0,26 92,86 23 0,25 0,23 92,00 12 0,30 0,27 90,00 Eugenia involucrata Myrtaceae 5 0,36 0,47 130,56 26 0,31 0,20 64,52 1 0,19 4 0,32 0,25 78,13 Eugenia uniflora Myrtaceae 2 0,08 0,11 137,50 41 0,29 0,18 62,07 5 0,27 0,15 55,56 39 0,21 0,21 100,00 Myrcia sp. Myrtaceae 1 0,00 6 0,21 0,18 85,71 1 0,00 11 0,16 0,17 106,25 Myrciaria sp. Myrtaceae 0 1 0,76 0 1 0,19 Myrtaceae 1 Myrtaceae 4 0,14 0,07 50,00 13 0,22 0,16 72,73 2 0,03 0,05 166,67 5 0,14 0,14 100,00 Myrtaceae 2 Myrtaceae 8 0,17 0,09 52,94 0 0 0 Myrtaceae 3 Myrtaceae 0 2 0,27 0,25 92,59 0 0 Myrtaceae 4 Myrtaceae 2 0,33 0,02 6,06 43 0,26 0,15 57,69 20 0,29 0,26 89,66 15 0,19 0,21 110,53 Psidium sp. 1 Myrtaceae 0 0 1 0,22 0 Psidium sp.2 Myrtaceae 0 6 0,20 0,16 80,00 0 0 NI NI 0 3 0,08 0,12 150,00 3 0,16 0,25 156,25 19 0,17 0,14 82,35 Hovenia dulas Rhamnaceae 9 0,58 0,27 46,55 4 0,70 0,27 38,57 5 0,73 0,41 56,16 0 Prunus brasiliensis Rosaceae 6 0,58 0,33 56,90 0 7 0,13 0,17 130,77 1 0,54 Prunus sp. Rosaceae 2 0,29 0,09 31,03 4 0,51 0,12 23,53 0 0 Zanthoxylum kíeinii Rutaceae 5 0,34 0,10 29,4] 0 11 0,35 0,45 128,57 6 0,19 0,17 89,47 Zanthoxylum rhoifolium Rutaceae 2 0,29 0,27 93,10 1 0,80 2 0,54 0,68 125,93 0 Allophyhis sp. Sapindaceae 0 26 0,25 0,25 100,00 9 0,18 0,14 77,78 16 0,41 0,73 178,05 Cupania vernalis Sapindaceae 0 23 0,30 0,34 113,33 3 0,51 0,23 45,10 13 0,30 0,29 96,67 Matayba elaeagnoides Sapindaceae 34 0,32 0,38 118,75 50 0,40 0,51 127,50 14 0,36 0,38 105,56 74 0,27 0,38 140,74 Solanum erianthum Solanaceae 0 15 0,60 0,65 108,33 0 0 Solanum sp. Solanaceae 1 0,13 8 0,83 0,39 46,99 2 0,19 0,14 73,68 1 0,03
"FLORESTA" N ICA DP CV%
12 0,33 3 0,35
27 0,22 10 0,19 64 0,22
3 0,14 282 0,42
13 0,26 48 0,25
2 0,30 4 0,53 6 1,09
10 0,74 4 0,26 4 0,45
11 0,36 10 0,34 2 0,03
17 0,13 1 0,00
54 0,26 29 0,28 29 0,24 18 0,24 19 0,39 14 0,34
121 0,33 97 0,51 38 0,46 28 0,45 22 0,35 4 0,29
11 0,56 1 0,83 1 0,45 6 0,29 6 0,60
16 0,49 12 0,39 15 0,44 71 0,30 36 0,31 87 0,25 19 0,16 2 0,48
24 0,17 8 0,17 2 0,27
80 0,26 1 0,22 6 0,20
25 0,16 18 0,65 14 0,35 6 0,44
22 0,30 5
51 0,49 0,29
39 0,31 172 0,33
15 0,60 12 0,60
Continua
73
TABELA 2.6 - Continuação NOME CIENTIFICO FAMILIA PARCELA 06 PARCELA 14 PARCELA 16 PARCELA 28 "FLORESTA" NOME CIENTIFICO FAMILIA
N ICA DP c v % N ICA DP CV% N ICA DP CV% N ICA DP CV% N ICA DP CV% Styrax leprosus Styracaceae Symplocos celastrina Symplocaceae Symplocos niedenzuiana Symplocaceae Symplocos sp. Symplocaceae Luehea divaricata Tiliaceae Drimys brasiliensis Wmteraceae
0 1 0,32 1 0,00 0 1 0,03 4 0,21 0,14 66,67
18 0,60 0,34 56,67 0 1 0,29 0 6 0,60 0,88 146,67 1 0,45
2 0,10 0,09 90,00 6 0,33 0,18 54,55 0 1 0,06 0 2 0,29 0,41 141,38
0 38 0,31 0,26 83,87
0 0 9 0,42 0,34 80,95 0
20 0,55 0,36 65,45 45 0,31 0,25 80,65
2 0,14 0,20 142,86 1 0,06
16 0,46 0,59 128,26 7 0,27 0,21 77,78
445 0,36 0,29 80,56 496 0,39 0,41 105,13 449 0,30 0,30 100,00 490 0,32 0,34 106,25 1880 0,34 0,34 100,00 N = n.° árv/ha (parcelas)/N = n.° árv/4ha ("floresta"); ICA = cm; DP = cm; CV% = %
TABELA 2.7 - Distribuição do ICA em área transversal por espécie por parcela e para a "floresta", no intervalo de 0,00 a 3,53cm.
NOME CIENTIFICO PARCELA 06 PARCELA 14 PARCELA 16 PARCELA 28 "FLORESTA" N ICA-G DP CV% N ICA-G DP cv% N ICA-G DP cv% N ICA-G DP CV% N ICA-G DP CV%
Lithraea brasiliensis 2 0,0019 0,0013 68,42 1 0,0010 8 0,0015 0,0016 106,67 1 0,0005 12 0,0015 0,0014 93,33 Annona sp. 1 0,0010 0 2 0,0004 0,0001 25,00 0 3 0,0006 0,0004 66,67 Hex brevicuspis 0 9 0,0016 0,0019 118,75 12 0,0006 0,0004 66,67 6 0,0014 0,0015 107,14 27 0,0011 0,0014 127,27 Ilex dumosa 10 0,0007 0,0006 85,71 0 0 0 10 0,0007 0,0006 85,71 Ilex paraguariensis 35 0,0006 0,0006 100,00 1 0,0001 26 0,0004 0,0004 100,00 2 0,0004 0,0003 75,00 64 0,0005 0,0005 100,00 Ilex theezans 0 0 2 0,0005 0,0001 20,00 1 0,0001 3 0,0004 0,0003 75,00 Araucaria angustifolia 123 0,0021 0,0020 95,24 11 0,0042 0,0036 85,71 98 0,0026 0,0031 119,23 50 0,0046 0,0038 82,61 282 0,0028 0,0030 107,14 Jacaranda puberula 2 0,0002 0,0001 50,00 0 10 0,0010 0,0013 130,00 1 0,0007 13 0,0008 0,0012 150,00 Capsicodendron dinisii 8 0,0007 0,0008 114,29 3 0,0007 0,0009 128,57 32 0,0010 0,0009 90,00 5 0,0025 0,0046 184,00 48 0,0011 0,0017 154,55 Maytenus ilicifolia 0 1 0,0007 0 1 0,0004 2 0,0006 0,0002 33,33 Clethra scabra 0 0 3 0,0016 0,0014 87,50 1 0,0068 4 0,0029 0,0028 96,55 Piptocarpha angustifolia 2 0,0020 0,0002 10,00 4 0,0067 0,0052 77,61 0 0 6 0,0051 0,0047 92,16 Piptocarpha axilaris 4 0,0015 0,0003 20,00 3 0,0037 0,0030 81,08 3 0,0008 0,0004 50,00 0 10 0,0019 0,0019 100,00 Raulinoreitzia leptophlebia 4 0,0006 0,0006 100,00 0 0 0 4 0,0006 0,0006 100,00 Vernonia discolor 4 0,0011 0,0006 54,55 0 0 0 4 0,0011 0,0006 54,55 Sloanea lasiocoma 0 9 0,0008 0,0005 62,50 0 2 0,0047 0,0060 127,66 11 0,0015 0,0025 166,67 Erythroxylum deciduum 5 0,0010 0,0008 80,00 0 5 0,0011 0,0004 36,36 0 10 0,0010 0,0006 60,00 Sapium glandulatum 1 0,0002 0 1 0,0000 0 2 0,0001 0,0001 100,00 Sebastiana brasiliensis 0 3 0,0006 0,0003 50,00 13 0,0002 0,0003 150,00 1 0,0002 17 0,0003 0,0003 100,00 Sebastiana sp. 0 1 0,0000 0 0 1 0,0000 Lonchocarpus sp. 1 0,0013 25 0,0008 0,0010 125,00 3 0,0006 0,0008 133,33 25 0,0007 0,0007 100,00 54 0,0007 0,0008 114,29 Machaerium sp. 2 0,0011 0,0003 27,27 10 0,0006 0,0007 116,67 5 0,0010 0,0006 60,00 12 0,0004 0,0004 100,00 29 0,0006 0,0006 100,00 Casearia decandra 0 4 0,0004 0,0003 75,00 0 25 0,0006 0,0005 83,33 29 0,0005 0,0005 100,00 Casearia sp. 0 1 0,0028 13 0,0007 0,0006 85,71 4 0,0003 0,0003 100,00 18 0,0007 0,0008 114,29 Cinnamomum sellowianum 13 0,0014 0,0010 71,43 0 1 0,0002 5 0,0018 0,0021 116,67 19 0,0014 0,0013 92,86 Cinnamomum vesiculosum 9 0,0018 0,0016 88,89 0 5 0,0002 0,0002 100,00 0 14 0,0012 0,0015 125,00 Nectandra grandiflora 69 0,0011 0,0010 90,91 5 0,0003 0,0004 133,33 45 0,0011 0,0012 109,09 2 0,0006 0,0006 100,00 121 0,0011 0,0010 90,91 Nectandra sp. 0 57 0,0024 0,0023 95,83 2 0,0006 0,0001 16,67 38 0,0028 0,0031 110,71 97 0,0025 0,0027 108,00 Ocotea porosa 5 0,0039 0,0024 61,54 2 0,0006 0,0009 150,00 15 0,0047 0,0084 178,72 16 0,0047 0,0048 102,13 38 0,0044 0,0061 138,64 Ocotea puberula 1 0,0007 7 0,0026 0,0018 69,23 15 0,0018 0,0016 88,89 5 0,0064 0,0027 42,19 28 0,0028 0,0025 89,29 Ocotea sp. 5 0,0013 0,0011 84,62 8 0,0023 0,0023 100,00 6 0,0022 0,0019 86,36 3 0,0029 0,0010 34,48 22 0,0021 0,0018 85,71 Persea sp. 2 0,0015 0,0014 93,33 0 2 0,0003 0,0004 133,33 0 4 0,0009 0,0011 122,22 Cedrelafissilis 2 0,0014 0,0004 28,57 3 0,0045 0,0053 117,78 1 0,0000 5 0,0027 0,0015 55,56 11 0,0027 0,0029 107,41 Albizia sp.l 0 1 0,0022 0 0 1 0,0022 Albizia sp.2 0 1 0,0007 0 0 1 0,0007 Inga sp. 0 2 0,0005 0,0002 40,00 0 4 0,0015 0,0016 106,67 6 0,0012 0,0014 116,67 Mimosa scabrella 6 0,0015 0,0011 73,33 0 0 0 6 0,0015 0,0011 73,33 Myrsine ferruginea 15 0,0014 0,0010 71,43 0 0 1 0,0064 16 0,0017 0,0016 94,12 Myrsine umbellata 1 0,0009 7 0,0016 0,0034 212,50 1 0,0001 3 0,0004 0,0003 75,00 12 0,0011 0,0026 236,36 Campomanesia guazumaefolia 0 8 0,0018 0,0042 233,33 0 7 0,0008 0,0009 112,50 15 0,0013 0,0031 238,46 Campomanesia xanthocarpa 25 0,0013 0,0013 100,00 11 0,0009 0,0011 122,22 23 0,0007 0,0008 114,29 12 0,0008 0,0009 112,50 71 0,0010 0,0011 110,00 Eugenia involucrata 5 0,0013 0,0020 153,85 26 0,0009 0,0007 77,78 1 0,0006 4 0,0011 0,0007 63,64 36 0,0009 0,0009 100,00 Eugenia uniflora 2 0,0002 0,0003 150,00 41 0,0007 0,0006 85,71 5 0,0005 0,0003 60,00 39 0,0005 0,0004 80,00 87 0,0006 0,0005 83,33 Myrcia sp. 1 0,0000 6 0,0004 0,0004 100,00 1 0,0000 11 0,0005 0,0006 120,00 19 0,0004 0,0005 125,00 Myrciaria sp. 0 1 0,0028 0 1 0,0004 2 0,0016 0,0017 106,25
Continua
7 4
TABELA 2.7 - Continuação NOME CIENTÍFICO PARCELA 06 PARCELA 14 PARCELA 16 PARCELA 28 u FLORESTA"
N ICA-G DP CV% N ICA-G DP CV% N ICA-G DP CV% N ICA-G DP CV% N ICA-G DP CV% Myrtaceae 1 4 0,0004 0,0002 50,00 13 0,0004 0,0003 75,00 2 0,0001 0,0002 200,00 5 0,0004 0,0004 100,00 24 0,0004 0,0003 75,00 Myrtaceae 2 8 0,0006 0,0005 83,33 0 0 0 8 0,0006 0,0005 83,33 Myrtaceae 3 0 2 0,0007 0,0004 57,14 0 0 2 0,0007 0,0004 57,14 Myrtaceae 4 2 0,0007 0,0000 43 0,0006 0,0004 66,67 20 0,0007 0,0010 142,86 15 0,0004 0,0004 100,00 80 0,0006 0,0006 100,00 Psidium sp. 1 0 0 1 0,0014 0 1 0,0014 Psidium sp.2 0 6 0,0003 0,0003 100,00 0 0 6 0,0003 0,0003 100,00 NI 0 3 0,0003 0,0004 133,33 3 0,0007 0,0012 171,43 19 0,0003 0,0003 100,00 25 0,0004 0,0004 100,00 H ove ni a duicis 9 0,0013 0,0007 53,85 4 0,0018 0,0003 16,67 5 0,0021 0,0005 23,81 0 18 0,0016 0,0007 43,75 Prunus brasiliensis 6 0,0013 0,0010 76,92 0 7 0,0005 0,0007 140,00 1 0,0017 14 0,0009 0,0009 100,00 Prunus sp. 2 0,0006 0,0004 66,67 4 0,0026 0,0012 46,15 0 0 6 0,0020 0,0014 70,00 Zanthoxylum kleinii 5 0,0013 0,0005 38,46 0 11 0,0012 0,0012 100,00 6 0,0007 0,0007 100,00 22 0,0011 0,0009 81,82 Zanthoxylum rhoifolium 2 0,0005 0,0004 80,00 1 0,0033 2 0,0012 0,0015 125,00 0 5 0,0013 0,0014 107,69 Allophylus sp. 0 26 0,0006 0,0008 133,33 9 0,0003 0,0003 100,00 16 0,0011 0,0018 163,64 51 0,0007 0,0012 171,43 Cupania vernalis 0 23 0,0010 0,0019 190,00 3 0,0015 0,0006 40,00 13 0,0008 0,0009 112,50 39 0,0010 0,0016 160,00 Matayba elaeagnoides 34 0,0018 0,0024 133,33 50 0,0023 0,0043 186,96 14 0,0017 0,0019 111,76 74 0,0015 0,0030 200,00 172 0,0018 0,0033 183,33 Solanum erianthum 0 15 0,0016 0,0023 143,75 0 0 15 0,0016 0,0023 143,75 Solanum sp. 1 0,0002 8 0,0019 0,0012 63,16 2 0,0003 0,0003 100,00 1 0,0001 12 0,0013 0,0013 100,00 Styrax leprosus 0 18 0,0013 0,0008 61,54 2 0,0002 0,0001 50,00 0 20 0,0012 0,0009 75,00 Symplocos celastrina 1 0,0006 0 6 0,0011 0,0007 63,64 38 0,0010 0,0010 100,00 45 0,0010 0,0009 90,00 Symplocos niedenzuiana 1 0,0000 1 0,0006 0 0 2 0,0003 0,0004 133,33 Symplocos sp. 0 0 1 0,0001 0 1 0,0001 Luehea divaricata 1 0,0001 6 0,0062 0,0131 211,29 0 9 0,0021 0,0023 109,52 16 0,0035 0,0081 231,43 Drimys brasiliensis 4 0,0004 0,0003 75,00 1 0,0019 2 0,0006 0,0009 150,00 0 7 0,0007 0,0007 100,00
445 0,0014 0,0016 114,29 496 0,0015 0,0027 180,00 449 0,0014 0,0025 178,57 490 0,0017 0,0027 158,82 1880 0,0015 0,0024 160,00 N = n.° árv/ha (parcelas)/N = n.° árv/4ha ("floresta"); ICA-G = m2/ha; DP = m2/ha ; CV% = % * Classificação em ordem alfabética crescente de Família
TABELA 2.8 - Distribuição das espécies nas classes de ICA em diâmetro (1880 observações - intervalo de 0,00 a 3,53cm).
NOME CIENTÍFICO FAMILIA CLASSES DE ICA NOME CIENTÍFICO FAMILIA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Lithraea brasiliensis Anacardiaceae X X X X X X X X Annona sp. Annonaceae X X Ilex brevicuspis Aquifoliaceae X X X X X X Ilex dumosa Aquifoliaceae X X X X Ilex paraguariensis Aquifoliaceae X X X X X X X X Ilex theezans Aquifoliaceae X X X Araucaria angustifolia Araucariaceae X X X X X X X X X X X X X Jacaranda puberula Bignoniaceae X X X X X Capsicodendron dinisii Canellaceae X X X X X X X X Maytenus ilicifolia Celastraceae X Clethra scabra Clethraceae X X X Piptocarpha angustifolia Compositae X X X Piptocarpha axilaris Compositae X X X X X X X Raulinoreitzia leptophlebia Compositae X X Vernonia discolor Compositae X X X Sloanea lasiocoma Elaeocarpaceae X X X X X Erythroxylum deciduum Erythroxylaceae X X X Sapium glandulatum Euphorbiaceae X Sebastiana brasiliensis Euphorbiaceae X X X X Sebastiana sp. Euphorbiaceae X
Continua
75
TABELA 2.8 - Continuação NOME CIENTIFICO FAMILIA CLASSES DE ICA NOME CIENTIFICO FAMILIA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Lonchocarpus sp. Fabaceae X X X X X X X X X Machaerium sp. Fabaceae X X X X X X X X X Casearia decandm Flacourtiaceae X X X X X X X Casearia sp. Flacourtiaceae X X X X X X Cinnamomum sellowianum Lauraceae X X X X X X X X Cinnamomum vesiculosum Lauraceae X X X X X X X Nectandra grandiflora Lauraceae X X X X X X X X X X X Nectandra sp. Lauraceae X X X X X X X X X X X X Ocotea porosa Lauraceae X X X X X X X X X X X Ocotea puberula Lauraceae X X X X X X X X X Ocotea sp. Lauraceae X X X X X X X X X Persea sp. Lauraceae X X X X Cedrela fissilis Meliaceae X X X X X X X Albizia sp.l Mimosaceae X Albizia sp.2 Mimosaceae X Inga sp. Mimosaceae X X X X Mimosa scabrella Mimosaceae X X X X Myrsine ferruginea Myrsinaceae X X X X X X X X X Myrsine umbellata Myrsinaceae X X X X X Campomanesia guazumaefolia Myrtaceae X X X X X X Campomanesia xanthocarpa Myrtaceae X X X X X X X X X X X Eugenia involucrata Myrtaceae X X X X X X X X Eugenia uniflora Myrtaceae X X X X X X X X X Myrcia sp. Myrtaceae X X X X X Myrciaria sp. Myrtaceae X X Myrtaceae 1 Myrtaceae X X X X X Myrtaceae 2 Myrtaceae X X X X Myrtaceae 3 Myrtaceae X X Myrtaceae 4 Myrtaceae X X X X X X X X Psidium sp. 1 Myrtaceae X Psidium sp.2 Myrtaceae X X X X X NI NI X X X X Hovenia dulcis Rhamnaceae X X X X X X X X Prunus brasiliensis Rosaceae X X X X X X X X Prunus sp. Rosaceae X X X X Zanthoxylum rhoifolium Rutaceae X X X X X Zanthoxylum kleinii Rutaceae X X X X X X Allophylus sp. Sapindaceae X X X X X X X X Cupania vernalis Sapindaceae X X X X X X X Matayba elaeagnoides Sapindaceae X X X X X X X X X X X X X X X Solanum erianthum Solanaceae X X X X X X X X X Solanum sp. Solanaceae X X X X X X Styrax leprosus Styracaceae X X X X X X X Symplocos celastrina Symplocaceae X X X X X X X X X X Symplocos niedenzuiana Symplocaceae X X Symplocos sp. Symplocaceae X Luehea divaricata Tiliaceae X X X X X X X X X Drimys brasiliensis Winteraceae X X X X CLASSES DE ICA: 1 = 0,00-0,09cm; 2 = 0,10-0,19cm;...; 10 = 0,90-0,99cm; 11 = 1,00-1,49cm; 12= 1,50-1,99cm;...; 16 = 3,50-3,99cm
76
4.2.2 Ingresso
Para o período 1997-1998 houve o ingresso de 38 árvores (DAP > 10,00cm)
para o total da área de estudo ("floresta" = 4ha) o equivalente a 9,50árv./ha,
distribuidas em 12 familias e 19 espécies. Quando observa-se por parcela têm-se que
as parcelas 06 e 14 apresentaram ingresso de 13 árvores cada uma e as parcelas 16 e
28 o ingresso de seis árvores cada uma, correspondendo a um ganho de 1,62% em
relação a densidade inicial (ano 1997).
Das famílias cujas árvores mais ingressaram, destacam-se Myrtaceae com
nove árvores distribuídas em quatro espécies, Solanaceae com cinco árvores da
mesma espécie {Solanum sp.), Araucariaceae e Lauraceae com quatro árvores cada
uma {Araucaria angustifolia; Nectandra grandiflora e Nectandra sp.),
correspondendo a 57,89% do total de ingresso (TABELA 2.9).
A amplitude dos diâmetros ingressos encontra-se entre 10,03 a 13,85cm,
alocados na classe 1 da distribuição diamétrica. Na área basal representou um
acréscimo de 0,3487m2/4ha (parcela 06 = 0,1285m2/ha; parcela 14 = 0,1097m2/ha;
parcela 16 = 0,0529m2/ha; parcela 28 = 0,0576m2/ha).
CARVALHO (1992) obteve ingressos de 131árv.ha/ano; 123árv./ha/ano
(período de oito anos) e 16árv./ha/ano (período de seis anos), em função do tipo de
intervenção em que a floresta foi submetida.
GOMIDE (1997) apresentou ingressos de 19árv./ha/ano para floresta primária
e 264árv./ha/ano para floresta secundária (período de 1985-1996 = 11 anos).
PIZATTO (1999) encontrou um ingresso de 20árv./ha/ano e uma área basal
de 0,1957m /ha/ano (período de 1995-1998 = 3 anos), sendo estes valores superiores
aos obtidos neste estudo (9,50árv./ha e 0,0872m2/ha).
As famílias Myrtaceae, Solanaceae, Araucariaceae e Lauraceae representaram
56,38% da área basal ingressa no período para a "floresta", com 0,0829m74ha; 0,0433m2/4ha; 0,037lm2/4ha e 0,0333m2/4ha respectivamente.
77
TABELA 2.9 - Número de árvores ingressas por parcela e na "floresta" no período 1997-1998.
FAMILIA ESPECIE P06 P14 P16 P28 "FLORESTA" AQUIFOLIACEAE Ilex brevicuspis 1 1 AQUIFOLIACEAE Ilex paraguariensis 1 1 ARAUCARIACEAE Araucaria angustifolia 2 2 4 ARECACEAE Syagrus romanzoffiana 2 2 COMPOSITAE Piptocarpha angustifolia 2 2 COMPOSITAE Piptocarpha axilaris 1 1 FABACEAE Machaerium sp. 1 1 FLACOURTIACEAE Casearia decandra 1 1 2 LAURACEAE Nectandra grandiflora 1 1 2 LAURACEAE Nectandra sp. 1 1 2 MYRSINACEAE Myrsine umbellata 1 1 MYRTACEAE Campomanesia guazumaefolia 1 1 MYRTACEAE Eugenia uniflora 2 2 4 MYRTACEAE Myrtaceae 3 1 1 MYRTACEAE Myrtaceae 4 2 1 3 ROSACEAE Prunus sp. 2 2 SAPINDACEAE Allophylus sp. 1 1 SAPINDACEAE Cupania vemalis 1 1 2 SOLANACEAE Solanum sp. 1 4 5
TOTAL 13 13 6 6 38
4.2.3 Mortalidade
A mortalidade foi de cinco árvores na "floresta" (l,25árv./ha), sendo duas
árvores nas parcelas 06 e 14 e uma na parcela 16, correspondendo a uma perda de
0,21% em relação à densidade inicial.
Em função da área basal houve uma redução de 0,2720m2/4ha (0,0680m2/ha),
distribuídas entre as classes diamétricas 1, 4 e 7.
No período estudado a "floresta" apresentou um crescimento líquido em área
basal equivalente a 0,0767m2/4ha (0,0192m2/ha).
Os indivíduos que morreram foram Eugenia involucrata e Capsicodendron
dinisii (0,0554m2/ha; 0,0602 m2/ha - parcela 06), Myrtaceae 4 e Capsicodendron
dinisii (0,0129m2/ha; 0,1349 m2/ha - parcela 14) e Maytenus ilicifolia (0,0086m2/ha
-parcela 16).
78
CARVALHO (1992) obteve mortalidade de 46árv.ha/ano; 33árv./ha/ano
(período de oito anos) e 15árv./ha/ano (período de seis anos), em função do tipo de
intervenção em que a floresta foi submetida.
GOMIDE (1997) apresentou mortalidade de 16árv./ha/ano para floresta
primária e lllárv./ha/ano para floresta secundária (período de 1985-1996 = 11
anos).
PIZATTO (1999) encontrou uma mortalidade de 9árv./ha/ano e uma perda o
em área basal de 0,2915m /ha/ano (período de 1995-1998 = 3 anos), sendo estes
valores superiores aos deste estudo (l,25árv./ha e 0,0680m2/ha).
79
5 CONCLUSÕES
1. A amplitude diamétrica situou-se entre 10,00 a 140,90cm, com média 23,78cm e
mediana 18,53cm para 1997 e média de 23,82cm para 1998, considerando-se ' O 7
somente árvores vivas. Area basal de 36,9730m /ha para 1997 e 37,6004m /ha
para 1998 - acréscimo de 1,70%/ano.
2. Através da curva típica para florestas ("J" invertido), percebe-se que as folhosas
apresentaram a curva característica para todas as parcelas e para a "floresta".
Araucaria angustifolia apresentou distribuição dos diâmetros distinta para cada
parcela, sendo que na 14 há pouquíssimos indivíduos, não ocorrendo
regeneração, como constatado no campo.
3. O incremento corrente anual médio em diâmetro para a Floresta Ombrófila Mista
foi de 0,34cm (DAP > 10,00cm) e por área basal foi 2,8200m2/4ha
(0,7050m2/ha), para um ano de análise (período 1997-1998).
4. As três espécies com mais de 100 indivíduos nos 4ha estudados, representando
30,31% do total, apresentaram os seguintes ICA em diâmetro: Araucaria
angustifolia (282ind.) - incremento de 0,42cm/ano; Nectandra grandiflora
(121ind.) & Matayba elaeagnoides (172ind.) - incremento de 0,33cm/ano.
5. Através do ingresso e mortalidade, 38 e cinco árvores respectivamente, obteve-se
um ganho para a "floresta" de 1,41% em relação à densidade inicial e uma área
basal de 0,0767m2/4ha (0,0192m2/ha).
80
CAPÍTULO i n
ANÁLISE PROTEICA
1 INTRODUÇÃO
As plantas arbóreas constituem-se em uma importante fonte de foiragem
tanto para animais domésticos como para animais selvagens nos trópicos e sub-
trópicos, principalmente durante períodos críticos do ano, quando a quantidade e a
qualidade do pasto são limitadas (AHN et al., 1989).
A suplementação alimentar com espécies arbóreas pode cobrir as
necessidades de mantença dos animais, assim como reduzir os custos dos alimentos
protéicos.
Na escolha de espécies para alimentação animal, deve-se levar em
consideração o valor nutritivo dado pela composição química (teor de proteína bruta,
fibra bruta, etc.) e a resposta animal (consumo e digestibilidade da matéria seca),
além de fatores antinutricionais e toxinas que podem afetar o desempenho do animal
ou causar sua morte.
Com o objetivo de estudar o potencial forrageiro de algumas espécies
arbóreas ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista de São João do Triunfo - PR,
durante as quatro estações do ano, enfocou-se:
• Classificação dos solos;
• Teor da matéria seca total;
• Teor da proteína bruta;
• Degradabilidade "in vivo" da matéria seca.
81
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 USO DA FLORESTA
Além de desempenharem diversas funções relacionadas com a agricultura e a
pecuária, as florestas são úteis para as populações rurais e, mais ainda, são
importantes fontes de matérias-primas. Além da madeira, elas dão origem a uma
série de subprodutos, tais como látex, cascas, folhas, lianas, fibras, substâncias
farmacêuticas, frutos, raízes, ferragens, mel, animais selvagens, etc.
(LAMPRECHT, 1990).
Os plantios de espécies florestais para fins industriais assumiram grande
importância devido ao esgotamento das reservas naturais. Em regiões tropicais e
subtropicais esses plantios têm sido feitos em associação com a agricultura ou
produção animal, ou ambos (COMBE & BUDOWSKI, 1979).
Comunidades rurais da índia e do Sudeste Asiático integram as atividades
agrícolas e florestais a séculos, porém, a República Popular da China foi uma das
primeiras a reconhecer a natureza complementar de plantios de árvores/agricultura
(TURNBULL, 1983). O sistema agroflorestal chinês é utilizado em comunidades,
fazendas, ao longo de rodovias, na proteção de mananciais (FAO, 1978) e quebra-
ventos comunitários (ZHU, 1981).
Em escala mundial, mais de 90 espécies de árvores e bambus são utilizadas
em sistemas agroflorestais (HUXLEY, 1983). Outros pesquisadores apresentam
listas com centenas de espécies classificadas como de possíveis usos agroflorestais
(FAO, 1980; NAIR, 1980; NAIR et al., 1984).
82
No Brasil, em particular na Região Sul-Sudeste, sistemas silvipastoris vêm
sendo utilizados desde algum tempo com bons resultados, por várias empresas
florestais, embora não se tenha ainda uma análise precisa de suas implicações de
ordem técnica-económica (BAGGIO, 1983).
No Sul do Paraná, entre a metade e o final do século XIX, os ciclos do mate e
da madeira atraíram contingentes populacionais significativos. Nessa fase surgiram
os faxinais ou criadouros comuns, pelo aproveitamento dos sub-bosques das áreas
baixas, permanecendo árvores jovens, erva-mate de todas as idades, frutíferas
silvestres e espécies componentes do crescimento secundário (IAPAR, 1994b).
Na escolha de espécies adequadas para a associação em agrossilvicultura são
necessários inúmeros cuidados, sendo que AGUIRRE CASTILLO (1963) e
VERDUZCO (1976) consideram que se deve ter especial cuidado com as
características das espécies florestais, com as condições ecológicas e potencialidade
dos mercados.
Ainda deve-se ressaltar que entre as características mais importantes na
escolha das espécies está que elas sejam de rápido crescimento, com eficiência no
aproveitamento da luz, amplo intervalo de distribuição nas regiões climáticas e
edáficas e com uma alta capacidade de competição com as espécies invasoras.
2.2 PLANTAS ARBÓREAS COMO FONTE DE FORRAGEM
As árvores não são componentes tradicionais de pastagens cultivadas, mas a
importância da sua presença em sistemas de produção animal a pasto tem sido
reconhecida, por causa dos vários benefícios que são obtidos para o meio ambiente,
para os animais, para a própria pastagem e como componente adicional às gramíneas
e leguminosas herbáceas, para incrementar a produtividade, qualidade e
83
sustentabilidade de pastagens (ATTA-KRAH7, 1993, citado por CARVALHO,
1997a).
AHN et al. (1989) citam que as plantas arbóreas são uma importante fonte de
forragem tanto para animais domésticos como para animais selvagens em todos os
trópicos e sub-trópicos. Tais plantas são especialmente importantes durante períodos
críticos de seca anuais quando a quantidade e qualidade do pasto são limitadas. Tem
sido estimado que cerca de 75,00% das árvores e arbustos da África podem servir
para pastejo.
Folhas de árvores e vagens constituem uma parte da dieta de muitas espécies
de ruminantes e têm sido utilizadas tradicionalmente como fonte alimentar para
animais domésticos na Ásia, África e no Pacífico (SKERMAN8, 1977; NAS9, 1979;
LE HOUEROU10, 1980, citados por NORTON, 1994), assim como na índia, Nepal,
Nigéria, Nova Zelândia, Colômbia, Costa Rica, Cuba e Venezuela.
A utilização de árvores e arbustos forrageiros nos sistemas de produção para
ruminantes pode contribuir com a sustentabilidade dos sistemas agropecuários ao
incrementar a reciclagem de nutrientes, controlar a erosão, melhorar as condições
físicas e biológicas do solo e ao ser um elemento reflorestador no sistema
(MOCHIUTTI et al., 1995).
Pode ainda fornecer sombreamento, aumento da qualidade e quantidade de
pasto, suplementação alimentar aos animais, banco de proteínas, cercas vivas,
madeira, subprodutos florestais (mel, néctar, pólen, plantas comestíveis e
medicinais, taninos, resinas, corantes, etc.), controle de pragas, etc.
7 ATTA-KRAK, A.N. Trees and shrubs as secondary components of pastures. In: International Grassland Congress, 17. Proceedings ... Rockhampton, Australia, 1993. v.III. p.2045-2052. 8 SKERMAN, P.J. Tropical forage legumes. FAO Plant Production and Protection Series, n.° 2. Rome: FAO, 1977. 609p. 9 NAS, USA. Tropical legumes: resources for the future. Washington DC: National Academy Press, 1979. 33 lp. 10 LE HOUEROU, H.N. (ed.) Browse in Africa. Addis Ababa, Ethiopia: ILCA, 1980. 421p.
84
Desde há muitos séculos, os produtores da América Central utilizam a
folhagem de árvores e arbustos na alimentação de ruminantes (BENAVIDES11,
1994, citado por MOCHIUTTI et al., 1995). Um grande número destas espécies
apresenta boas características nutritivas, elevada produção de biomassa,
versatilidade agronômica e disponibilidade em fazendas, o que representa um
excelente potencial para melhorar a qualidade alimentícia das dietas dos animais e
incrementar a produção (BENAVIDES,12 1991; LÓPEZ et al.13, 1994 ; ROJAS &
BENAVIDES14, 1994, citados por MOCHIUTTI et al., 1995).
A suplementação animal em períodos de déficit alimentar, permite cobrir as
necessidades de mantença dos animais. Os altos custos dos alimentos protéicos
geralmente utilizados como suplementos nas dietas e a competitividade destas fontes
com a alimentação de monogástricos, conduzem o produtor à busca de alternativas
de suplementação mais disponíveis e econômicas (REY, 1994).
Para que as espécies florestais sejam adequadas para a alimentação animal
deve-se levar em conta a palatabilidade foliar e o potencial nutritivo (CARLOWITZ,
1984; 1986), bem como conhecer os fatores antinutricionais que incluem fortes
odores que impedem o pastejo dos animais e toxinas que podem causar a morte dos
mesmos (BARRY & BLANEY15, 1987, citados por AHN et al., 1989).
As árvores podem produzir similar quantidade de forragem verde/unidade de
área como a safra de forragem tradicional, mas podem crescer em solos áridos,
salinos e alagados e não precisam de pesada adição de fertilizantes, irrigações,
11 BENAVIDES, J.E. La investigación en árboles forrajeros. In: Arboles y Arbustos Forrajeros en América Central. CATIE. Serie Técnica. Inf.Téc. n.236, v.l, p.3-28, 1994. 12 BENAVIDES, J.E. Integración de árboles y arbustos en los sistemas de alimentación para cabras, en América Central: un enfoque agroforestal. El Chasqui, Quito, n.25, p.6-35, 1991. 13 LÓPEZ, G.Z.; BENAVIDES, J.E.; KASS, M & FAUSTINO, J. Efecto de la suplementación con follaje de Amapola (Malvaviscus arboreus) sobre la producción de leche en cabras estabuladas. In: Arboles y Arbustos Forrajeros en América CentraL CATIE. Serie Técnica. Inf.Téc. n.236, v.l, p.321-339, 1994. 14 ROJAS, H. & BENAVIDES, J.E. Producción de leche de cabras alimentadas con pasto y suplementadas con altos niveles de morera (Morus sp.). In: Arboles y Arbustos Forrajeros en América CentraL CATIE. Serie Técnica. Inf.Téc. n.236, v.2, p.545-558, 1994. 15 BARRY, T.N. & BLANEY, B.J. Secondary compounds of forages. In: The Nutrition of Herbivores. Sydney: Academic Press, 1987. p. 91-119.
85
trabalho ou pesticidas. Entretanto, o consumo voluntário da matéria seca parece ser
baixo em razão do alto conteúdo de tanino (SHARMA, 1987) e somente 40,00% da
forragem de folhas de árvores avaliadas contém nutrientes digestíveis totais acima
de 50,00% (SAHA & GUPTA, 1987), caracterizando um valor energético
relativamente baixo.
2.2.1 Espécies Florestais com Potencial Forrageiro
Muitas plantas que servem como forragem ou fonte de alimentação para
ruminantes são as angiospermas e são representadas por duas famílias: Gramineae e
Leguminosae (VAN SOEST, 1983). Quanto a família Leguminosae, ALVES &
MEDEIROS (1997) citam que as subfamilias Caesalpinioideae, Mimosoideae e
Papilionoideae possuem aproximadamente 1940, 2850 e 4440 espécies arbustivas
(arbustos e árvores).
ROCHA (1991) menciona que as espécies da família Leguminosae são as que
apresentam maior potencial forrageiro. Na subfamilia Papilionoideae foram
encontradas 173 gêneros com potencial forrageiro, sendo 73 entre subarbustos,
arbustos e árvores, em Caesalpinioideae 31 gêneros lenhosos e em Mimosoideae 18.
Somam-se assim 122 gêneros de plantas lenhosas com potencial para alimentação
animal.
Embora nem todas as árvores forrageiras sejam leguminosas, mais de 200
espécies de árvores leguminosas são reportadas para serem usadas como forragem,
com a maior parte das espécies sendo de origem tropical e subtropical (NORTON,
1994). As espécies mais comumente usadas são as dos gêneros Acacia, Albizia,
86
Calliandra, Desmanthus, Desmodium, Gliricidia, Leucaena, Prosopis e Sesbania
(BREWBAKER16, 1986, citado por NORTON, 1994).
No Brasil, poucas são as informações sobre as espécies nativas com potencial
nutritivo e sobre seus fatores antinutricionais. A utilização das espécies no sistema
silvipastoril tem sido através das espécies exóticas, pois estas tem sido as mais
pesquisadas na área de nutrição animal.
As espécies florestais complementam a dieta dos animais com folhas e frutos.
No Brasil, na caatinga e no cerrado a presença da vegetação arbórea e arbustiva tem
sido importante para a proteção e alimentação dos animais, principalmente em
épocas críticas. Para o Sul do País tem-se os sistemas faxinais e os bosques de
proteção reflorestados nos pastos que fornecem forragem ou frutos que
complementam o pastoreio (GAZETA DO POVO, 1997).
O Nordeste do Brasil é a região mais contemplada nas pesquisas com árvores
e arbustos forrageiros, além de ser tradicional o aproveitamento de espécies lenhosas
para ramoneio ou corte e distribuição aos rebanhos.
Dentre as espécies arbustivas/arbóreas para arborização e produção de
forragem no Nordeste (zonas nordestinas pouco chuvosas), GOMES (1986)
menciona Prosopis sp. (algaroba), Pithecolobium multiflorum (canafístula),
Pithecolobium polycephalum (camunzé), Zyziphus juazeiro (juazeiro), Caesalpinia
ferrea (jucazeiro), Bauhinia forficata (mororó), Geoffraea superba (umarizeira),
Pithecolobium diversiflollium (jurema), Mimosa caesalpinifolia (sabiá), Mimosa
nigra (jurema-preta), Cordia encocalix (pau-branco), Caesalpinea bractiosa
(catingueira), Piptadenia biuncifera (sururucu) e Inga affinis (ingá), entre outras.
Para a região do cerrado, PEREIRA17 (1983), citado por BAGGIO &
CARPANEZZI (1988), identificou, entre outras, as seguintes espécies arbustivas e
16 BREWBAKER, J.L. Leguminous trees and shrubs for Southeast Asia and the South Pacific. In: Forages in Southeast Asian and South Pacific Agriculture. ACIAR Proceedings, n.° 12. Canberra: ACIAR, 1986. p.43-50. 17 PEREIRA, B.A.S. Plantas nativas do cerrado pastadas por bovinos na região geo-econômica do Distrito Federal. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PASTAGENS NATIVAS, 1., Olinda, 1983. Anais. Recife: EMBRAPA/INPA, 1983.
87
arbóreas pastadas por bovinos: Aegiphila sellowiana (capoeirão), Cochlospermum
regium (abutua), Byrsonima verbacifolia (murici), Eugenia dysenterica (cagaiteira),
Guazuma ulmifolia (mutamba), Helicteris brevispira (saca-rolhas), Kielmeyera
coriacea (pau-santo), Plathymenia reticulata (vinhático), Solanum lycocarpum
(lobeira), Tabebuia ochracea (ipê ou piúva) e Trema micrantha (chumbinho).
Na Região Sul do Brasil, no sistema faxinai, onde nos criadouros
comunitários predomina a diversidade de animais domésticos que se alimentam
quase que exclusivamente dos recursos naturais (frutos, pasto nativo, arbustos e
árvores), as espécies arbustivas e arbóreas consumidas pelos animais ainda não
foram identificadas (BAGGIO & CARPANEZZI, 1988).
LEME et al. (1994) avaliaram 163 amostras, em duas estações do ano, no
período de 1989 a 1991, quanto a composição química através da análise de proteína
bruta, teor de tanino, degradabilidade da matéria seca no rúmen em saquinhos de
nylon, encontrando 38 espécies com potencial para uso forrageiro.
2.3 VALOR NUTRITIVO DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS
O valor nutritivo da forragem é primeiramente determinado por sua
composição; consequentemente, uma seqüência de relações de causa-efeito existente
entre ambiente, resposta da planta, composição e valor nutritivo. O valor nutritivo e
qualidade da forragem são conseqüências das condições de crescimento da planta
(VAN SOEST, 1983).
A aceitação das ramas forrageiras pelos rebanhos baseia-se em critérios
subjetivos, variáveis como a estação do ano, tipo de animal e seu estado nutricional,
parte da planta (folhas, vagens, frutos, etc.) (ROCHA, 1991).
Os níveis protéicos das ramas forrageiras, com raras exceções, são bastante
altos, sendo que numa análise de folhas e ramas de arbustos e árvores de ramoneio
88
de regiões tropicais e subtropicais encontrou-se uma média geral de 18,27% para
proteína bruta e 24,37% para fibra bruta na matéria seca (ROCHA, 1991).
NORTON (1994) cita que o conteúdo protéico das folhas de árvores
leguminosas forrageiras (12,00-30,00%) é usualmente alto se comparado com as
gramíneas maduras (3,00-10,00%).
CARVALHO (1983) considera um mínimo de 8,00 a 10,00% de proteína
bruta na matéria seca da planta como requerido para atender às necessidades
protéicas diárias do animal e, admitindo-se um consumo satisfatório da forrageira,
verifica-se que um dos aspectos de grande importância a ser considerado na
utilização das plantas forrageiras refere-se ao seu valor nutritivo (proteínas e
minerais).
A população microbiana do rúmen requer um nível mínimo de amônia (70mg
de N-amoniacal/litro de fluído ruminai) para manter atividade ótima; valores
inferiores estão associados com atividade microbiana em declínio (baixa digestão) e
são indicativo de deficiência de nitrogênio na dieta. Alimentos contendo menos que
1,30% de N (8,00% de proteína bruta na dieta) são considerados deficientes pois
eles não podem prover o nível de amônia mínimo requerido. Todas as árvores
leguminosas forrageiras tem conteúdo de N mais elevado que este valor, e podem
ser consideradas adequadas em proteína para alimentação de ruminantes (NORTON,
1994).
A técnica de degradabilidade "in vivo" ou digestibilidade "in situ" na matéria
seca consiste na retenção do alimento em bolsas de nylon, as quais são colocadas no
rúmen e retiradas após diferentes tempos de incubação (NOCEK, 1997), onde é
possível estudar aspectos quantitativos da degradação (ORSKOV, 1997).
A suspensão de alimentos dentro do rúmen permite o contato íntimo do
alimento em teste com o meio ruminai, onde o alimento não está sujeito a
experiência ruminai total, isto é, mastigação, ruminação e passagem. Esta técnica é a
base para a predição da digestão da matéria seca, sendo limitada somente pela
criação cirúrgica da fístula e focalizada na habilidade de padronizar as variáveis
89
inerentes associadas com sua condução, como porosidade do saco, quantidade da
amostra, tamanho da partícula do alimento, tempos de incubação, etc. (NOCEK,
1997).
Na TABELA 3.1 encontram-se valores de degradabilidade da matéria seca
para alguns alimentos concentrados e volumosos (dados brasileiros), obtidos em
anais da reunião anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, revistas científicas
brasileiras, dissertações e teses (TEIXEIRA, 1997).
TABELA 3.1 - Valores de degradabilidade da matéria seca para alguns alimentos concentrados e volumosos obtidos com a utilização de bovinos.
ALIMENTO DEGRADABILIDADE DA MATERIA SECA (%) ALIMENTO MEDIA AMPLITUDE
Algodão - caroço moído 35,10 10,70-45,10 Algodão - farelo 42,50 26,90 - 94,00 Arroz - farelo 63,00 44,90 - 77,30 Carne - farinha 25,60 15,30 - 39,20 Carne e ossos - farinha 34,50 21,80-60,00 Mandioca - rama 65,80 32,70 - 93,00 Maracujá - semente 37,50 21,20-47,00 Milho - grão triturado 25,00 15,80-32,10 Milho - grão moído 49,90 40,50 - 62,20 Peixe - farinha 35,60 19,00 - 92,10 Penas e sangue - farinha 56,20 21,10-91,30 Soja - farelo 69,00 49,50-87,10 Soja - grão 72,70 68,30-78,10 Trigo - farelo 64,70 60,00-86,20 Alfafa - feno 57,70 50,30 - 64,00 Aveia preta - feno 39,80 Brachiaria - feno 38,70 Brachiaria - capim 38,20 33,20 - 45,50 Cana - bagaço in natura 20,20 7,90 - 37,30 Colonião - feno 58,80 Desmodium - feno 55,80 Elefante - capim 37,00 26,90-50,10 Elefante - silagem 29,00 18,60-41,10 Guandu - capim 48,00 Leucena 30,00 15,00 - 60,50 Leucena - feno 77,50 Leucena - silagem 72,10 Milho - silagem 44,00 30,30-58,10 Sorgo - silagem 37,10 27,10-48,20
90
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O presente estudo foi realizado na Estação Experimental de São João do
Triunfo, da Universidade Federal do Paraná, numa área de 32ha.
No capítulo I - item 3.1, encontra-se a descrição completa da localização e
caracterização da área de estudo (FIGURA 1.1 e TABELA 1.2).
3.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
3.2.1 Caracterização dos Solos
No capítulo I - item 3.2.1, encontra-se descrito a caracterização pedológica
da área de estudo, sendo que para as parcelas 02, 07A, 18 e 27 foram efetuadas 26
prospecções, onde elegeu-se 18 pontos para coleta de solos nos quais foram
amostrados os horizontes superficiais e subsuperficiais, totalizando 33 amostras.
91
3.2.2 Análises Laboratoriais
Utilizaram-se quatro parcelas de 1 ha cada (parcelas 02, 07A, 18 e 27), exceto
parcela 07A, (FIGURA 3.1), pois as mesmas já haviam sidas descritas quanto à sua
composição florística por PIZATTO (1999).
Coletou-se aproximadamente 500,00g de material verde entre folhas e galhos
finos (diâmetro < 0,50cm), de árvores adultas (±10,00m de altura) das espécies
florestais, independente da posição foliar (apical, mediana e basal) e do estádio de
crescimento, nas quatro estações do ano (primavera/1997, verão-outono-
inverno/1998).
Material verde de algumas espécies não puderam ser coletadas, devido
problemas operacionais de campo como altura do podão e das árvores.
Foram coletadas 224 amostras, sendo 67 na primavera/1997, 55 no
verão/1998, 54 no outono/1998 e 48 no inverno/1998. A variação no número de
coletas deve-se ao fato de se coletar material verde em mais de um indivíduo por
espécie entre as estações, pouco ou material inexistente no mesmo indivíduo no
decorrer das estações.
Utilizou-se 197 amostras, equivalentes a 87,95% do total coletado,
distribuídas em 51 espécies, sendo identificadas 39 até o nível de espécies, 9 até
gênero, 2 até família e 1 não identificada (NI). As 51 espécies estão incluídas em 37
gêneros, 26 famílias botânicas e 1 NI, para 44 espécies nas quatro estações e sete
espécies nas três primeiras estações.
As percentagens para matéria seca total e proteína bruta por espécie foram
obtidas de amostras simples de cada estação e para as da degradabilidade "in vivo"
foi através de amostra composta das estações.
Os materiais coletados foram analisados quanto a matéria seca total e proteína
bruta através do método da A.O.A.C (1980) e a análise da degradabilidade da
matéria seca no rúmen segundo o método de KEMPTON (1980), procedimentos
92
FIGURA 3.1 - Mapa da vegetação da Estação Experimental de São João do Triunfo em ftmção da predominância do dossel e localização das parcelas.
ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE SÃO JOÃO DO TRIUNFO Área Total: 323.645,15m2 (32,36ha)
LEGENDA:
Estrada de Leito Natural
Rio
Parcelas de Estudo
Área com Predominância de Copas da Araucaria angustifolia no Dossel
Área com Predominância de Copas de Folhosas no Dossel
I I Área de Transição {Araucaria angustifolia e Folhosas) no Dossel
I I I 0 50 iOOrn
93
adotados nos Laboratórios de Nutrição Animal do Pólo Regional de Pesquisa de
Curitiba e Estação Experimental de Ibiporã, pertencentes ao Instituto Agronômico
do Paraná - IAPAR, onde foram efetuadas as análises.
Matéria Seca Total
Efetuou-se o peso da matéria verde após a coleta do material, em campo ou
laboratório, identificando-se cada amostra, onde o material foi encaminhado para
estufa com circulação de ar forçada e temperatura controlada a 65°C durante 72
horas (até a amostra apresentar consistência quebradiça). Retirou-se da estufa,
deixou-se esfriar durante uma hora ou até que a umidade da amostra entrasse em
equilíbrio com a umidade do ar. Após este período, pesou-se a amostra onde obteve-
se a determinação da pré-secagem.
%MS65 = (PS65°C x 100)/PV
%MS65 = percentagem da matéria seca a 65°C
PS65°C = peso da matéria seca da amostra a 65°C
PV = peso da matéria verde da amostra
Após a determinação da matéria pré-seca efetuou-se homogeneização e
moagem das amostras. A moagem foi feita em moinho dotado de peneiras de 20 e
30 Mesch (número de perfurações/polegada linear), obtendo-se um pó bastante fino.
Para determinar a percentagem da matéria seca total, colocou-se de 2,00 a
4,00g da amostra %MS65 em filtro previamente tarado durante 12 horas a 105°C em
um dessecador. Retirou-se do dessecador e deixou-se manter equilíbrio com a
temperatura do ambiente. Pesou-se a amostra obtendo-se a percentagem da matéria
seca a 105°C.
%MS105 = [((PF + PA) - PF)/PA] x 100
%MS105 = percentagem da matéria seca a 105°C
PF = peso do filtro previamente tarado
94
PA = peso da amostra a 65°C
Para obtenção da percentagem matéria seca total da amostra tem-se:
%MSTA = (%MS65 x %MS105)/100
%MSTA = percentagem da matéria seca total da amostra
Proteína Bruta
As proteínas e outros compostos nitrogenados são decompostos na presença
de ácido sulfúrico (H2S04) concentrado a quente, com produção de sulfato de
amonio (NH4SO4). O NH4SO4 resultante, na presença da solução concentrada de
hidróxido de sódio (NaOH), libera amônia que é recebida na solução de ácido bórico
(H3BO3) formando borato ácido de amônio (NH4H2BO3). Este é titulado com uma
solução de H2SO4 de título conhecido, e assim determina-se o teor de nitrogênio
total da amostra.
Para a determinação do teor protéico da amostra em termos quantitativos
pesou-se 200,00mg de amostra seca e moída e colocou-se num balão Kjeldahl
(100ml), adicionou-se ±2,00g de mistura catalizadora, 4,00 a 5,00ml de H2S04
concentrado, após uma hora adicionou-se 2,00ml de água oxigenada 130 volumes.
Levaram-se os balões para aquecimento durante 40min ou tempo suficiente
para que o carbono contido na matéria orgânica fosse oxidado e o C02 desprendido.
O tempo final da digestão foi observado através de uma coloração verde clara na
solução. Esperou-se esfriar e diluiu-se com ±30,00ml de H20 destilada, sendo esta
feita por arraste a vapor.
O NH4SO4 foi tratado com NaOH (1:2) em excesso (±20,00ml), no qual
ocorreu a liberação da amônia. A amônia desprendida foi recebida em erlenmeyer
contendo 10,00ml de H3BO3 mais solução indicadora até ±40,00ml. O NH4H2B03
foi titulado com uma solução de H2S04 0,05N de fator conhecido, até viragem do
indicador verde para vermelho.
95
Conduziu-se uma prova em branco com as mesmas condições de análises
testando os reagentes utilizados.
Para obtenção da percentagem de nitrogênio presente da amostra tem-se:
% N = [N x f x meqN x 100 x (v-v')]/pa(mg)
%N = percentagem de nitrogênio da amostra
N = normalidade do H2S04 = 0,05
f = fator do H2S04 =1,0101
meqN = miliequivalência do nitrogênio = 14
V = volume gasto na titulação da amostra
v' = volume gasto na prova em branco
pa(mg) = peso da amostra em miligrama
Para obtenção do valor da proteína bruta tem-se:
%PB = %N x 6,25
%PB = percentagem de proteína bruta da amostra
Degradabilidade "in vivo" da matéria seca
Para o método de degradabilidade da matéria seca utilizou-se 2,00g de
amostra moída em cada saquinho de nylon, incubando-as em tempos de zero, 24 e
48 horas.
O tempo 0 (zero) consistiu em deixar os saquinhos dentro do lavador com
água corrente por 30min e posterior colocação em estufa a 65°C por 24h. Para os
tempos 24 e 48 horas utilizou-se um bovino fistulado, onde o animal foi mantido
com uma dieta padronizada de feno mais farelo de soja, suficiente para elevar o teor
de proteína bruta para 12,00% na ração total. Após o período de incubação as
amostras permaneceram no lavador com água corrente até completa limpeza e
posteriormente colocou-se em estufa a 65°C por 24h. Retirou-se da estufa, deixou-se
96
manter equilíbrio com a temperatura do ambiente para posterior pesagem da
amostra.
Para obtenção da degradabilidade "in vivo" da matéria seca tem-se:
%DIVMS = [((PF - PSyPA) X 100] - 100
%DIVMS = degradabilidade "in vivo" da matéria seca
PF = peso final após incubação/secagem
PS = peso do saquinho de nylon
PA = peso da amostra
97
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 SOLOS
As unidades de solos das quatro parcelas onde efetuou-se a análise protéica
são as seguintes:
• Parcela 02: Solo Litólico contato litoide Ta Álico A moderado textura muito
argilosa relevo ondulado;
• Parcela 07A: Cambissolo pouco profundo Ta Álico e Álico Epidistrófico A
moderado textura argilosa relevo suave ondulado; r
• Parcela 18: Cambissolo pouco profundo Ta Alico A proeminente textura argilosa
relevo suave ondulado;
• Parcela 27: Associação Latossolo Vermelho-Escuro Álico Epidistrófico textura
muito argilosa + Podzólico Vermelho-Amarelo Tb câmbico textura
argilosa/muito argilosa e Podzólico Vermelho-Amarelo Ta textura
média/argilosa ambos Álico A moderado relevo ondulado.
Há heterogeneidade pedológica entre as parcelas, uma vez que ocorrem cinco
classes de solos diferentes. Na parcela 27 os Podzólicos estão na posição mais
elevada da paisagem, enquanto os Latossolos ocupam as cotas mais baixas. Na
parcela 07A há inclusão de Cambissolo gleico, no qual ocorre gleização na
profundidade de 80,00cm.
As parcelas 18 e 07A são constituídas por Cambissolos, com baixo grau de
desenvolvimento de estrutura, menor profundidade e elevada capacidade de troca de
cátions, em função de serem menos intemperizados. Apresentam-se
98
predominantemente pouco profundos, com caráter álico em ambos os horizontes,
apresentando textura argilosa. Possuem horizonte A moderado com espessura média
de 48,00cm.
Na parcela 07A tem-se a presença de Cambissolo gleico, nas cotas mais
baixas, próximas ao rio, o qual se caracteriza por ter lençol freático próximo de
80,00cm de profundidade. Este solo apresenta características intermediárias com os
Solos Gleis, pois sua gênese está associada ao hidromorfismo.
A parcela 02 é composta por Solos Litólicos. Possuem horizonte A moderado
com espessura média de 37,00cm, assente sobre horizonte C (contato litoide), o qual
apresenta consistência branda, podendo ser penetrado pelas raízes. Apresentam alta
saturação em Al trocável (álicos), textura muito argilosa e relevo ondulado. A
pequena profundidade reflete na capacidade de armazenamento de água, bem como
em pequeno volume a ser explorado pelas raízes.
Químicamente há um gradiente crescente em relação à saturação em bases
(V%), com simultânea redução na saturação em Al, na seqüência: parcela 18 =>
parcela 02 => parcela 07A => parcela 27 (TABELA 3.2). A parcela 27 é a única que
não apresenta caráter álico (m% < 50) no horizonte superficial, além de apresentar
saturação em bases dez vezes maior do que a parcela 18.
Considerando os aspectos físicos (estrutura do solo e profundidade efetiva),
há melhoria crescente nestas características na seqüência: parcela 02 => parcela 07A
=> parcela 18 => parcela 27.
A parcela 02 apresenta teor mais elevado de carbono e a parcela 07A
apresenta menor percentagem de argila e maior teor de silte, o que condiz com sua
posição geomórfíca (ambiente de aluvionamento).
99
TABELA 3.2 - Valores médios de carbono (C), saturação em alumínio (m), saturação em bases (V), argila (ARG) e espessura do horizonte A (HOR A), dos horizontes superficiais e subsuperficiais dos solos coletados nas parcelas.
PARCELAS 18 (3) 02 (5) 07A (4) 27(6) HORIZONTES A B A B A B A B C (g/dmJ) 32,89 22,54 35,86 30,34 10,42 31,66 13,37 m (%) 93,00 93,00 66,00 61,00 90,00 43,50 78,00 V(%) 2,38 2,00 15,00 17,00 4,40 24,00 6,00 ARG (%) 52,00 54,00 62,00 43,00 49,00 47,00 62,00 HOR A (cm) Pro - 47 Mod 39 - Mod-60 Mod - 50 Obs.: Os valores entre paréntesis da Tabela referem-se ao número de dados usados para o cálculo da média.
4.2 PROTEÍNA BRUTA E DEGRADABILIDADE DA MATÉRIA SECA
Os valores de proteína bruta apresentaram uma amplitude de 5,43 - 34,24% e
os de degradabilidade "in vivo" da matéria seca uma amplitude de 26,25 - 74,33%
(TABELA 3.3).
Comparando os valores da degradabilidade da matéria seca da TABELA 3.1
(amplitude de 7,90 - 94,00%) com os das espécies florestais analisadas (TABELA
3.3), verifica-se a potencialidade das mesmas para uso forrageiro.
Considerando-se um mínimo de 10,00% de proteína bruta na matéria seca,
para atender às necessidades protéicas diárias do animal e um mínimo de 40,00% de
degradabilidade da matéria seca, sem ocasionar problemas de ingestão alimentar
pelo preenchimento ruminai, obteve-se 26 espécies, sendo 21 com potencial para
uso forrageiro nas quatro estações e cinco para as três primeiras estações:
- Schinus terebinthifolius - Lithraea brasiliensis
- Ilex paraguariensis - Ilex brevicuspis
- Piptocarpha axilaris - Raulinoreitzia leptophlebia
- Jacaranda puberula - Maytenus ilicifolia
- Sloanea lasiocoma - Erythroxylum deciduum
- Machaerium sp. - Ocotea puberula
100
- Ocotea porosa
- Syagrus romanzoffiana
- Zanthoxylum rhoifolium
- Symplocos celastrina
- Myrsine ferruginea
- Prunus brasiliensis
- Solanum erianthum
- Symplocos niedenzuiana
- Sebastiania brasiliensis
- Cedrela fissilis
- Allophylus sp.
-NI
- Sapium glandulatum
- Albizia sp.
Entre essas 26 espécies, 13 delas destacaram-se por apresentarem teores de
PB > 10,00% e degradabilidade "in vivo" > 50,00%, entre elas Prunus brasiliensis
(PB > 11,00% e Degrad. > 60,00%), Zanthoxylum rhoifolium (PB > 14,00% e
Degrad. > 66,00%), Solanum erianthum (PB > 17,00% e Degrad. > 70,00%), NI
(PB > 14,00% e Degrad. > 65,00%) e Sapium glandulatum (PB > 15,00% e Degrad.
> 74,00%).
Verificou-se que nove espécies (quatro estações) apresentaram matéria seca
degradável com um mínimo de 40,00% e com teores de proteína bruta acima ou
abaixo do mínimo requerido (10,00%). Considerando-se um mínimo de 8,00% de
teores de proteína na matéria seca, obteve-se então mais quatro espécies com
potencial para uso forrageiro:
- Eugenia uniflora - Xylosma sp.
- Eugenia involucrata - Capsicodendron dinisii
Do total de espécies analisadas, 16 (14 para as quatro estações e duas para as
três primeiras estações) apresentaram matéria seca degradável inferior a 40,00% e
com teores de proteína bruta acima ou abaixo do mínimo requerido (10,00%).
Considerando-se somente teores de proteína na matéria seca com um mínimo de
8,00%, obteve-se então 15 espécies com provável potencial para uso forrageiro:
- Clethra scabra - Cinnamomum vesiculosum
- Campomanesia xanthocarpa - Cinnamomum sellowianum
- Vernonia discolor - Ocotea sp.
- Campomanesia guazumaefolia - Gochnatia polymorpha
101
- Piptocarpha angustifolia - Nectandra grandiflora
- Myrciaria sp. - Myrtaceae 1
- Myrtaceae 4 - Persea sp.
- Nectandra sp.
As espécies Psidium sp., Araucaria angustifolia, Styrax leprosus, Drimys
brasiliensis e Allophylus edulis apresentaram material degradável mínimo de
40,00% e Ilex dumosa inferior a este valor e as mesmas apresentaram pelo menos
uma estação com teor de proteína inferior a 8,00%.
Considerando-se teores de proteína com um mínimo de 10,00% e material
degradável mínimo de 40,00% têm-se 19 famílias e 1 NI que apresentaram pelo
menos uma espécie com potencial para uso forrageiro:
- Anacardiaceae (2 spp.) - Aquifoliaceae (2 spp.) - Arecaceae (1 sp.)
- Bignoniaceae (1 sp.) - Celastraceae (1 sp.) - Compositae (2 sp.)
- Elaeocarpaceae (1 sp.) - Erythroxylaceae (1 sp.) - Fabaceae (1 sp.)
- Lauraceae (2 spp.) - Myrsinaceae (1 sp.) - Rosaceae (1 sp.)
- Rutaceae (1 sp.) - Solanaceae (1 sp.) - Symplocaceae (2 spp.)
- NI (1 sp.) - Euphorbiaceae (2 spp.) - Meliaceae (1 sp.)
- Mimosaceae (1 sp.) - Sapindaceae (1 sp.)
Os critérios adotados para a avaliação das espécies florestais quanto ao seu
potencial de uso forrageiro, ou seja, teor de proteína bruta e taxa de degradabilidade
da matéria seca, foram no sentido de sua utilização como alimento único para
ruminantes. Porém, as espécies também poderiam ser avaliadas como suplementos
alimentares para épocas críticas.
Entretanto, faz-se necessário a avaliação das espécies florestais através de
outros fatores, como: concentração energética, teores de cálcio e fósforo, além de
teores de taninos e toxinas, pois algumas das espécies analisadas apresentam teores
de taninos elevados como Schinus terebinthifolius (taninos > 16,00%), Sloanea
lasiocoma (taninos > 15,00%) (LEME et al., 1994) ou princípios tóxicos como
Prunus brasiliensis que possui glicosídeo cianogênico.
102
LEME et al. (1994) analisaram as folhas e galhos finos de algumas espécies
da família Myrtaceae e obtiveram teores de proteína entre 5,61 - 12,57%,
degradabilidade da matéria seca entre 9,51 - 58,48% e tanino entre 7,12 - 18,71%
(nível de taninos totais selecionado < 10,00%). Quando avaliadas pelos três critérios
conjuntamente, para consumo exclusivo pelos animais, nenhuma das espécies
apresentou potencial forrageiro. O mesmo foi observado nesta pesquisa, onde
nenhuma das espécies estudadas se enquadrou nos critérios estabelecidos (proteína
bruta > 10,00% e degradabilidade da matéria seca > 40,00%).
Outras partes da planta devem ser analisadas como raízes, cascas e frutos,
pois estes podem ser ingeridos pelos animais e se constituírem em fonte de energia
como os frutos das famílias Myrtaceae e Araucariaceae, ou em alguns casos
apresentarem toxidez.
A aceitabilidade das folhas pelos animais pode ser influenciada por muitos
fatores como nutrientes, estruturas físicas (espinhos), estádio de crescimento de toda
a planta e suas folhas, nutrientes do solo, assim como entre animais (monogástricos
e ruminantes).
A Floresta Ombrófila Mista de São João do Triunfo apresentou uma
composição florística de 74 espécies distribuídas em 53 gêneros, 30 famílias e 1 NI,
para as oito parcelas estudadas (7,50ha). Entre as parcelas existiu uma variação de
35 a 49 espécies, correspondendo a uma média de 47spp./ha.
Das 26 espécies selecionadas na análise protéica, Ilex paraguariensis,
Piptocarpha axilaris, Sapium glandulatum, Machaerium sp., Ocotea puberula e
Ocotea porosa que ocorreram em oito parcelas e Lithraea brasiliensis, Ilex
brevicuspis, Jacaranda puberula, Sebastiania brasiliensis, Cedrela fissilis e Prunus
brasiliensis que ocorreram em sete parcelas, representaram 16,22% das espécies
encontradas na composição florística e 46,15% das encontradas com potencial para
uso forrageiro.
103
TABELA 3.3 - Teores de matéria seca total, proteína bruta e degradabilidade "in vivo" de espécies florestais ocorrentes em Floresta Ombrófila Mista.
NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO %MSTA %PB %DEGRADAB. Oh 24h 48h
ANACARDIACEAE Bugreiro Primavera/97 35,72 10,27 Lithraea brasiliensis Verão/98 35,82 12,33
25,81 34,80 45,70 March. Outono/98 Inverno/98
40,77 10,07 38,75 10,33
25,81 34,80 45,70
ANACARDIACEAE Aroeira Primavera/97 24,92 17,57 Schinus terebinthifolius
Raddi Verão/98
Outono/98 Inverno/98
36.51 10,92 34,86 11,65 31.52 14,91
25,61 43,89 51,56
AQUIFOLIACEAE Orelha-de-mico Primavera/97 33,38 10,55 Ilex brevicuspis
Reiss. Verão/98
Outono/98 Inverno/98
28,32 12,45 32,26 12,56 36,20 11,50
10,64 41,55 44,98
AQUIFOLIACEAE Caúna-miúda Primavera/97 37,43 7,47 Ilex dumosa Verão/98 32,75 9,26
19,28 32,62 36,79 Reiss. Outono/98 Inverno/98
38,91 8,83 43,04 8,65
19,28 32,62 36,79
AQUIFOLIACEAE Erva-mate Primavera/ 97 33,43 12,38 Ilex paraguariensis Verão/98 32,91 14,56 25,65 51,18 57,80 A. St. Hil. Outono/98
Inverno/98 35,08 14,61 36,36 13,73
25,65 51,18 57,80
ARAUCARIACEAE Araucária Primavera/97 34,29 7,20 Araucaria angustifolia Verão/98 36,78 8,25
20,89 41,83 52,23 (Bertol.) Kuntze Outono/98 Inverno/98
39,13 5,89 34,72 7,97
20,89 41,83 52,23
ARECACEAE Jerivá Primavera/97 39,12 14,26 Syagrus romanzoffiana Verão/98 39,13 14,85
19,80 38,77 45,78 (Cham.) Glassm. Outono/98 Inverno/98
40,44 12,30 42,03 14,89
19,80 38,77 45,78
BIGNONIACEAE Caroba Primavera/97 24,63 19,54 Jacaranda puberula
Cham. Verão/98
Outono/98 Inverno/98
29,27 17,39 35,91 14,69 36,24 12,33
20,59 41,04 48,84
CANELLACEAE Pimenteira Primavera/97 38,14 10,16 Capsicodendron dinisii Verão/98 34,47 11,21 21,47 37,26 45,16 (Schwacke) P. Occhioni Outono/98
Inverno/98 41,92 8,91 41,02 10,38
21,47 37,26 45,16
CELASTRACEAE Espinheira-santa- Primavera/97 34,85 16,75 Maytenus ilicifolia graúda Verão/98 37,23 16,36 27,98 55,95 58,88 Mart, ex Reiss. Outono/98
Inverno/98 39,17 15,26 39,83 15,35
27,98 55,95 58,88
Continua
104
TABELA 3.3 - Continuação
NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO %MSTA %PB %DEGRADAB. Oh 24h 48h
CLETHRACEAE Carne-de-vaca Primavera/97 25,97 9,90 Clethra scabra
Loisel. Verão/98
Outono/98 Inverno/98
32,41 12,14 27,90 9,85 36,94 8,23
20,30 21,36 32,14
COMPOSITAE Cambará Primavera/97 24,08 14,88 Gochnatia polymorpha Verão/98 38,48 11,13 13,02 27,15 33,18 Herb. Berol. exDC. Outono/98
Inverno/98 43,80 10,57 44,98 11,02
13,02 27,15 33,18
COMPOSITAE Vassourão-branco Primavera/97 32,77 14,73 Piptocarpha angustifolia Verão/98 30,84 16,50
8,62 26,39 30,14 Düsen ex Malme Outono/98 Inverno/98
31,48 14,29 36,12 12,51
8,62 26,39 30,14
COMPOSITAE Vassourão-graúdo Primavera/97 28,97 14,79 Piptocarpha axilaris Verão/98 27,27 15,59
12,07 33,52 41,86 (Less.) Baker. Outono/98 Inverno/98
32,11 13,28 35,90 12,75
12,07 33,52 41,86
COMPOSITAE Vassourão-miúdo Primavera/97 28,44 13,89 Raulinoreitzia leptophlebia Verão/98 27,74 14,76
23,39 49,47 55,16 (B. L. Robinson) R. M. Outono/98 29,90 14,27 23,39 49,47 55,16
King & H. Robinson Inverno/98 32,54 12,71 COMPOSITAE Vassourão-preto Primavera/97 28,00 11,51
Vernoriia discolor Verão/98 30,48 8,01 5,71 32,39 37,62 Less. Outono/98 Inverno/98
31,32 13,66 35,57 12,33
5,71 32,39 37,62
ELAEOCARPACEAE Sapopema Primavera/97 25,89 20,03 Sloanea lasiocoma Verão/98 35,37 18,28
23,64 50,72 55,50 K.Schumann Outono/98 Inverno/98
38,81 19,27 40,60 17,39
23,64 50,72 55,50
ERYTHROXYLACEAE Carvalho-miúdo Primavera/97 26,63 15,23 Erythroxylum deciduum Verão/98 33,64 13,75
19,51 37,04 43,57 A. St Hil. Outono/98 Inverno/98
41,22 12,99 38,76 12,18
19,51 37,04 43,57
FABACEAE Farinha-seca-miúda Primavera/97 31,20 12,99 Machaerium sp. Verão/98 37,80 25,05 21,57 39,08 45,08 Pers. Outono/98
Inverno/98 39,51 14,77 42,79 14,02
21,57 39,08 45,08
FLACOURTIACEAE Sucará Primavera/97 36,31 9,02 Xylosma sp.
Forst, f. Verão/98
Outono/98 Inverno/98
39,62 9,41 40,02 9,82 38,57 10,35
20,00 37,95 52,61
LAURACEAE Canela-sebo Primavera/97 38,95 11,00 Cinnamomum sellowianum Verão/98 37,83 10,38
11,92 28,14 35,71 (Nees & Mart.) Kosterm. Outono/98 Inverno/98
40,58 9,68 38,08 8,64
11,92 28,14 35,71
Continua
105
TABELA 3.3 - Continuação
NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO %MSTA %PB %DEGRADAB. Oh 24h 48h
LAURACEAE Pau-d'alho Primavera/97 45,50 8,42 Cinnamomum vesiculosum Verão/98 35,98 8,54
18,09 30,45 37,02 (Nees) Kosterm. Outono/98 Inverno/98
41,05 10,52 42,48 8,47
18,09 30,45 37,02
LAURACEAE Canela-amarela Primavera/97 43,14 10,68 Nectandra grandiflora Verão/98 39,00 12,52
18,18 26,09 31,44 Nees & Mart, ex Nees Outono/98 Inverno/98
42,33 12,01 41,17 11,53
18,18 26,09 31,44
LAURACEAE Imbuia Primavera/97 43,93 12,82 Ocotea porosa Verão/98 39,71 13,68
18,06 34,25 40,49 (Mez) L. Barroso Outono/98 Inverno/98
43,39 13,77 46,52 12,93
18,06 34,25 40,49
LAURACEAE Canela-guaicá Primavera/97 33,33 16,24 Ocotea puberula
Nees Verão/98
Outono/98 Inverno/98
26,82 18,52 30,74 15,10 37,53 14,38
21,92 35,52 49,22
LAURACEAE Canela-coqueiro Primavera/97 30,82 10,81 Ocotea sp. Verão/98 38,36 10,55
15,32 24,48 29,79 Aubl. Outono/98 Inverno/98
33,20 12,87 40,44 9,30
15,32 24,48 29,79
MYRSINACEAE Capororoca-miúda Primavera/97 32,01 11,87 Myrsine ferruginea
Spreng. Verão/98
Outono/98 Inverno/98
26,06 12,20 31,76 10,70 31,92 11,54
21,64 40,45 48,46
MYRTACEAE Solta-capote Primavera/97 26,00 14,46 Campomanesia guazumaefolia Verão/98 46,46 12,15
14,13 21,19 26,25 Blume Outono/98 Inverno/98
45,55 11,25 46,37 9,53
14,13 21,19 26,25
MYRTACEAE Guabiroba Primavera/97 31,60 11,32 Campomanesia xanthocarpa
Berg Verão/98
Outono/98 Inverno/98
40,65 8,34 44,45 9,48 43,35 8,81
13,20 24,77 32,14
MYRTACEAE Cerejeira Primavera/97 23,27 11,03 Eugenia involucrata
DC. Verão/98
Outono/98 Inverno/98
36,14 9,63 39,70 9,40 39,19 9,31
22,75 28,80 46,05
MYRTACEAE Pitanga Primavera/97 41,12 8,29 Eugenia uniflora
Linn. Verão/98
Outono/98 Inverno/98
42,10 9,10 48,63 8,88 52,69 8,92
22,26 31,40 43,12
MYRTACEAE Guabiju Primavera/97 39,54 10,32 Myrciaria sp.
Berg Verão/98
Outono/98 Inverno/98
44,03 12,69 46,95 11,81 48,25 11,55
19,44 26,75 31,23
Continua
106
TABELA 3.3 - Continuação
NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO %MSTA %PB %DEGRADAB. Oh 24h 48h
MYRTACEAE Guamirim-preto Primavera/97 36,16 12,24 Myrtaceae 1 Verão/98
Outono/98 Inverno/98
37,29 12,44 43,82 10,73 45,26 10,82
19,28 29,20 39,36
MYRTACEAE Murteira Primavera/97 32,22 14,06 Myrtaceae 4 Verão/98
Outono/98 Inverno/98
30,90 19,50 35,56 17,00 42,51 16,79
17,60 27,27 37,50
MYRTACEAE Araçá Primavera/97 41,87 5,43 Psidium sp.
Linn. Verão/98
Outono/98 Inverno/98
40,32 6,60 48,01 6,05 48,28 5,71
16,82 43,01 55,47
ROSACEAE Pessegueiro-bravo- Primavera/97 37,52 12,35 Prunus brasiliensis
Schott ex Spreng. graúdo Verão/98
Outono/98 Inverno/98
34,04 11,18 41,00 13,09 41,73 13,59
27,49 49,57 60,92
RUTACEAE Juvevê-amarelo Primavera/97 24,52 18,96 Zanthoxylum rhoifolium
Lam. Verão/98 Outono/98 Inverno/98
29,59 16,62 37,80 15,59 41,16 14,02
21,82 60,59 66,67
SAPINDACEAE Vacum Primavera/97 26,84 7,20 Allophylus edulis Verão/98 36,33 14,00
23,21 37,77 45,76 Radlk. ex Warm. Outono/98 Inverno/98
39,76 14,65 47,62 12,23
23,21 37,77 45,76
SOLANACEAE Tabaco Primavera/97 23,79 17,68 Solanum erianthum
D.Don Verão/98
Outono/98 Inverno/98
21,35 27,71 20,61 34,24 26,89 22,02
27,64 66,67 70,85
STYRACACEAE Maria-mole-graúda Primavera/97 32,65 8,90 Styrax leprosus Verão/98 40,85 8,86
19,40 36,63 45,59 Hook. & Arn. Outono/98 Inverno/98
41,25 7,71 40,53 8,36
19,40 36,63 45,59
SYMPLOCACEAE Maria-mole-branca Primavera/97 24,87 12,49 Symplocos celastrina
Mart. Verão/98
Outono/98 Inverno/98
26,49 14,19 26,68 12,58 28,87 12,87
23,11 46,91 51,24
SYMPLOCACEAE Maria-moie-miúda Primavera/97 32,71 11,42 Symplocos niedenzuiana Verão/98
Outono/98 Inverno/98
31,20 12,32 31,80 13,03 36,22 10,86
12,62 38,01 52,17
WINTERACEAE Cataia Primavera/97 31,46 7,66 Drimys brasiliensis
Miers Verão/98 Outono/98 Inverno/98
28,49 9,72 29,12 9,82 30,90 9,03
25,67 53,16 61,36
Continua
107
TABELA 3.3 - Continuação
NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO _ %DEGRADAB. %MSTA % P B — — — — — —
Oh 24 h 48h NI Embira-do-mato Primavera/97 31,18 14,34
NI Verão/98 29% S o 2 3 ° ' 6 7 6 5 ' 1 4 6 5 ' 6 3 Outono/98 29% S o 2 3 ° ' 6 7 6 5 ' 1 4 6 5 ' 6 3
Inverno/98 32,47 15,42 EUPHORBIACEAE Leiteiro Primavera/97 18,84 20,61
Sapium glandulatum Verão/98 24,98 18,98 26,48 65,96 74,33 Pax. Outono/98 28,63 15,51
EUPHORBIACEAE Branquinho-miúdo Primavera/97 33,30 14,49 Sebastiania brasiliensis Verão/98 38,91 13,40 24,23 52,07 57,80
Spreng. Outono/98 41,90 14,58 LAURACEAE Canela-imbuia Primavera/97 37,84 18,61
Nectandra sp. Verão/98 36,00 19,78 17,87 26,70 30,65 Roland, ex Rottb. Outono/98 37,31 18,52
LAURACEAE Pau-andrade Primavera/97 37,42 9,12 Persea sp. Verão/98 31,03 11,26 5,76 32,46 38,36
Mill. Outono/98 37,28 10,46 MELIACEAE Cedro Primavera/97 20,22 18,00
Cedrela fissilis Verão/98 33,53 15,26 27,15 40,18 46,07 Veil. Outono/98 36,95 11,10
MIMOSACEAE Cuvitinga Primavera/97 22,73 30,25 Albizia sp. Verão/98 31,26 27,23 25,24 40,59 47,66
Auct. Outono/98 37,49 20,12 SAPINDACEAE Farinha-seca-graúda Primavera/97 22,35 16,29
Allophylus sp. Verão/98 31,90 13,99 24,17 41,15 44,91 Gleditsch Outono/98 38,35 13,04
108
5 CONCLUSÕES
1. Há heterogeneidade pedológica entre as quatro parcelas, com cinco classes de
solos diferentes e com melhoria crescente, em relação aos aspectos físicos, na
seqüência: parcela 02 => parcela 07A => parcela 18 => parcela 27.
2. Das 197 amostras analisadas, através de folhas e galhos finos, estas encontraram-
se distribuídas em 51 espécies, 37 gêneros, 26 famílias e 1 NI.
3. Das 51 espécies analisadas, como consumo exclusivo pelos animais (teores de
proteína bruta > 10,00% e degradabilidade "in vivo" > 40,00%), 26 espécies
apresentaram potencial para uso forrageiro, como Ilex paraguariensis,
Jacaranda puberula, Ocotea porosa, Syagrus romanzoffiana e Prunus
brasiliensis.
4. Do total de famílias analisadas (26 mais 1 NI), 76,92% apresentaram pelo menos
uma espécie com potencial para uso forrageiro. A família Myrtaceae, com oito
espécies analisadas, não apresentou potencial forrageiro, quando analisada pelos
critérios adotados conjuntamente.
109
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
CONCLUSÕES GERAIS
1. Quanto ao mapeamento dos solos, cinco parcelas têm predominância de
Latossolos (parcelas: 06, 14, 16, 27 e 28), sendo predominante os Latossolos
Vermelho-Escuros, ocorrendo associação com Podzólicos Vermelho-Amarelos
ou Cambissolos. Duas parcelas são constituídas por Cambissolos (parcelas: 07A
e 18) e uma por Solos Litólicos (parcela 02).
2. A área é composta predominantemente por solos profundos, ácidos com textura
muito argilosa e argilosa, horizonte A moderado com espessura média de
47,00cm, ocorrendo em relevo suave ondulado. Dos 34 pontos amostrados, 21
apresentaram caráter álico no horizonte A e 30 no horizonte B.
3. Nas quatro parcelas estudadas quanto à composição florística, foram
identificadas 69 espécies distribuídas entre 44 gêneros e 29 famílias e 1 NI, com
estrutura predominante das espécies Araucaria angustifolia, Matayba
elaeagnoides, Ocotea porosa, Nectandra grandiflora, Nectandra sp. e
Campomanesia xanthocarpa e das famílias Lauraceae, Araucariaceae,
Sapindaceae, Myrtaceae e Aquifoliaceae.
4. Nas quatro parcelas estudadas quanto à distribuição diamétrica, obteve-se uma
amplitude diamétrica entre 10,00 a 140,90cm, com média 23,78cm e mediana
18,53cm para 1997.
110
5. O incremento corrente anual médio em diâmetro para a Floresta Ombrófila Mista
foi de 0,34cm e por área basal foi de 0,7050m /ha. Araucaria angustifolia
apresentou incremento médio de 0,42cm/ano.
6. Através do ingresso e mortalidade, a "floresta" obteve um ganho de 1,41% em
relação à densidade inicial e uma área basal de 0,0192m2/ha.
7. Nas quatro parcelas estudadas quanto à análise protéica, 26 espécies
apresentaram potencial para uso forrageiro, com proteína bruta > 10,00% e
degradabilidade "in vivo" da matéria seca > 40,00%. As espécies da família
Myrtaceae não apresentaram potencial forrageiro, quando analisada como
consumo exclusivo pelos animais, com os dois critérios adotados conjuntamente.
RECOMENDAÇÕES
1. Efetuar a identificação dendrológica de todos os indivíduos até o nível de
espécie, com preparo de exsicata e registro em herbário.
2. Avaliar a estrutura vertical e associar com a estrutura horizontal, com obtenção
do estágio sucessional em que se encontra a comunidade.
3. Avaliar a estrutura diamétrica anualmente, até a minimização dos erros
operacionais, para observar a dinâmica da floresta (ingresso, crescimento e
mortalidade) e comparar com outras áreas de Floresta Ombrófila Mista.
4. Avaliar a interação entre os aspectos climáticos, pedológicos e fitossociológicos
a fim de se ter uma maior compreensão do ecossistema florestal.
5. Efetuar a avaliação hipsométrica para ajustar um modelo matemático para a
floresta e sua estratificação.
6. Obter conhecimento do potencial secundário da floresta, visando sua
conservação com rendimento econômico.
I l l
7. Avaliar as espécies florestais com finalidade para uso forrageiro, além dos teores
de proteína e degradabilidade "in vivo" da matéria seca, também quanto aos
níveis de energia, cálcio, fósforo, taninos, fatores antinutricionais e toxinas e
correlacioná-los com a silvicultura da espécie, através de consumo exclusivo ou
suplementação alimentar, principalmente para as épocas críticas do ano (seca
e/ou inverno).
8. Identificar as espécies nativas e avaliar a produção da biomassa destas em
condições naturais, para selecionar árvores e arbustos com potencial forrageiro.
ANEXO
113
ANEXO 1 - Classificação dos solos das amostras coletadas nas parcelas 02, 06, 07A, 14, 16, 27 e 28.
Parcela 07A 01. Cambissolo gleico Ta Álico Epidistrófico A moderado textura argilosa relevo
suave ondulado. 02. Cambissolo Ta Álico A proeminente textura argilosa relevo suave ondulado. 03. Cambissolo Ta Álico Epidistrófico A moderado textura argilosa relevo suave
ondulado. 04. Cambissolo Ta Álico A moderado textura argilosa relevo suave ondulado.
Parcela 18 05. Cambissolo pouco profundo Ta Álico A proeminente textura argilosa relevo
ondulado. 06. Cambissolo pouco profundo Ta Álico A proeminente textura argilosa relevo
suave ondulado. 07. Cambissolo pouco profundo Ta Álico A moderado textura argilosa relevo suave
ondulado.
Parcela 27 08. Podzólico Vermelho-Amarelo câmbico Tb Álico A moderado textura
argilosa/muito argilosa relevo suave ondulado. 09. Latossolo Vermelho-Escuro Álico Epidistrófico A moderado textura muito
argilosa relevo suave ondulado. 10. Latossolo Vermelho-Escuro Álico Epidistrófico A moderado textura muito
argilosa relevo suave ondulado. 11. Latossolo Vermelho-Escuro Álico Epidistrófico A moderado textura argilosa
relevo suave ondulado. 12. Podzólico Vermelho-Amarelo Ta Álico A moderado textura média/argilosa
relevo ondulado. 13. Cambissolo Tb Álico A moderado textura argilosa relevo ondulado.
Parcela 02 14. Solo Litólico contato litoide Ta Distrófico A proeminente textura argilosa relevo
ondulado. 15. Solo Litólico contato litoide Ta Álico A proeminente textura argilosa relevo
ondulado. 16. Solo Litólico contato litoide Ta Álico A moderado textura muito argilosa relevo
ondulado. 17. Cambissolo pouco profundo Ta Álico A moderado textura muito argilosa relevo
ondulado.
114
18. Solo Litólico contato litoide Ta Álico A moderado textura muito argilosa relevo ondulado.
Parcela 28 19. Podzólico Vermelho-Escuro pouco profundo Tb Álico Epieutrófico A moderado
textura argilosa/muito argilosa relevo suave ondulado. 20. Latossolo Vermelho-Escuro Álico Epieutrófico A moderado textura muito
argilosa relevo suave ondulado. 21. Latossolo Vermelho-Escuro Álico Epidistrófico A moderado textura muito
argilosa relevo suave ondulado. 22. Podzólico Vermelho-Amarelo câmbico pouco profundo Tb Distrófico
Epieutrófico A moderado textura argilosa/muito argilosa relevo suave ondulado.
Parcela 14 23. Latossolo Vermelho-Escuro Álico A moderado textura muito argilosa relevo
suave ondulado. 24: Podzólico Vermelho-Amarelo câmbico pouco profundo Tb Distrófíco
Epieutrófico A moderado textura argilosa/muito argilosa relevo suave ondulado. 25. Latossolo Vermelho-Escuro Álico Epidistrófico A moderado textura muito
argilosa relevo suave ondulado. 26. Podzólico Vermelho-Amarelo câmbico pouco profundo Tb Álico Epidistrófico
A moderado textura argilosa/muito argilosa relevo suave ondulado.
Parcela 16 27. Latossolo Vermelho-Amarelo Álico A moderado textura muito argilosa relevo
suave ondulado. 28. Latossolo Vermelho-Amarelo Álico Epidistrófico A moderado textura muito
argilosa relevo suave ondulado. 29. Latossolo Vermelho-Amarelo Álico A moderado textura muito argilosa relevo
suave ondulado. 30. Latossolo Vermelho-Amarelo Álico A moderado textura muito argilosa relevo
suave ondulado.
Parcela 06 31. Cambissolo Tb Álico A moderado textura muito argilosa relevo suave ondulado. 32. Latossolo Vermelho-Escuro Álico A moderado textura muito argilosa relevo
suave ondulado. 33. Solo Litólico Ta Álico A moderado textura muito argilosa relevo suave
ondulado. 34. Latossolo Vermelho-Escuro Álico A moderado textura muito argilosa relevo
suave ondulado.
115
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