florianÓpolis, 26 de fevereiro de 1998 nÚmero · francisco küster 1º vice-presidente vanderlei...

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13ª Legislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 4ª Sessão Legislativa PALÁCIO BARRIGA-VERDE ANO XLVII FLORIANÓPOLIS, 26 DE FEVEREIRO DE 1998 NÚMERO 4.520 13ª Legislatura 4ª Sessão Legislativa COMISSÕES PERMANENTES MESA DIRETORA Neodi Saretta PRESIDENTE Francisco Küster 1º VICE-PRESIDENTE Vanderlei Olívio Rosso 2º VICE-PRESIDENTE Odacir Zonta 1º SECRETÁRIO Gervásio José Maciel 2º SECRETÁRIO Afonso Spaniol 3º SECRETÁRIO Adelor Francisco Vieira 4º SECRETÁRIO LIDERANÇA DO GOVERNO Romildo Titon PARTIDOS POLÍTICOS (Lideranças) PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO Líder: Sérgio de Souza Silva PARTIDO PROGRESSISTA BRASILEIRO Líder: Eni José Voltolini PARTIDO DA FRENTE LIBERAL Líder: Wilson Wan-Dall PARTIDO DOS TRABALHADORES Líder: Carlito Merss PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA Líder: Jorginho Mello PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA Líder: CONSTITUIÇÃO , JUSTIÇA E REDAÇÃO DE LEIS Ivan Ranzolin – Presidente Carlito Merss – Vice-Presidente Gilson dos Santos Olices Santini Jaime Aldo Mantelli Herneus de Nadal João Henrique Blasi Júlio Vânio Celso Teixeira Norberto Stroisch Filho FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Gilmar Knaesel – Presidente Onofre Santo Agostini – Vice-Presidente Gilson dos Santos Pedro Uczai Leodegar Tiscoski Jorginho Mello Vanderlei Rosso Ivo Konell Wilson Rogério Wan-Dall AGRICULTURA, COOPERATIVISMO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ECONOMIA Idelvino Furlanetto – Presidente Manoel Mota – Vice-Presidente Olices Santini Eni José Voltolini Jorginho Mello Narcizo Parisotto Onofre Santo Agostini DIREITOS HUMANOS E DEFESA DO CONSUMIDOR João Henrique Blasi – Presidente Udo Wagner – Vice-Presidente Carlito Merss Ivan Ranzolin Romildo Luiz Titon Wilson Rogério Wan-Dall Júlio Vânio Celso Teixeira TRANSPORTES, DESENVOLVIMENTO URBANOE RURAL E TURISMO Reno Luiz Caramori – Presidente Leodegar Tiscoski – Vice-Presidente Volnei Morastoni Jaime Aldo Mantelli Manoel Mota Norberto Stroisch Filho Hans Fritsche EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Vanderlei Rosso- Presidente Ideli Salvatti – Vice-Presidente Udo Wagner Lício Mauro da Silveira Paulo Vidal Wilson Rogério Wan-Dall Onofre Santo Agostini SAÚDE E MEIO AMBIENTE Ciro Marcial Roza – Presidente Volnei José Morastoni – Vice-Presidente Udo Wagner Ivo Konell Sérgio de Souza Silva Jorginho Mello Júlio Vânio Celso Teixeira TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E DE SERVIÇO PÚBLICO Pedro Bittencourt Neto – Presidente Gilson dos Santos – Vice-Presidente Ideli Salvatti Gilmar Knaesel Paulo Vidal Sérgio de Souza Silva Cesar Antônio de Souza FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E EFICÁCIA LEGISLATIVA Jaime Aldo Mantelli – Presidente Pedro Uczai – Vice-Presidente Lício Mauro da Silveira Reno Luiz Caramori Paulo Vidal Hans Fritsche Norberto Stroisch Filho

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Page 1: FLORIANÓPOLIS, 26 DE FEVEREIRO DE 1998 NÚMERO · Francisco Küster 1º VICE-PRESIDENTE Vanderlei Olívio Rosso 2º VICE-PRESIDENTE Odacir Zonta ... Pedro Uczai Leodegar Tiscoski

13ªLegislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 4ª Sessão

Legislativa

PALÁCIO BARRIGA-VERDE

ANO XLVII FLORIANÓPOLIS, 26 DE FEVEREIRO DE 1998 NÚMERO 4.520

13ª Legislatura4ª Sessão Legislativa

COMISSÕES PERMANENTES

MESA DIRETORA

Neodi SarettaPRESIDENTE

Francisco Küster1º VICE-PRESIDENTE

Vanderlei Olívio Rosso

2º VICE-PRESIDENTE

Odacir Zonta1º SECRETÁRIO

Gervásio José Maciel2º SECRETÁRIO

Afonso Spaniol3º SECRETÁRIO

Adelor Francisco Vieira4º SECRETÁRIO

LIDERANÇA DO GOVERNORomildo Titon

PARTIDOS POLÍTICOS(Lideranças)

PARTIDO DO MOVIMENTODEMOCRÁTICO BRASILEIROLíder: Sérgio de Souza Silva

PARTIDO PROGRESSISTABRASILEIRO

Líder: Eni José Voltolini

PARTIDO DA FRENTE LIBERALLíder: Wilson Wan-Dall

PARTIDO DOS TRABALHADORESLíder: Carlito Merss

PARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA

Líder: Jorginho MelloPARTIDO DEMOCRÁTICO

TRABALHISTALíder:

CONSTITUIÇÃO , JUSTIÇA EREDAÇÃO DE LEISIvan Ranzolin – PresidenteCarlito Merss – Vice-PresidenteGilson dos SantosOlices SantiniJaime Aldo MantelliHerneus de NadalJoão Henrique BlasiJúlio Vânio Celso TeixeiraNorberto Stroisch Filho

FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOGilmar Knaesel – PresidenteOnofre Santo Agostini – Vice-PresidenteGilson dos SantosPedro UczaiLeodegar TiscoskiJorginho MelloVanderlei RossoIvo KonellWilson Rogério Wan-Dall

AGRICULTURA, COOPERATIVISMO,CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ECONOMIAIdelvino Furlanetto – PresidenteManoel Mota – Vice-PresidenteOlices SantiniEni José VoltoliniJorginho MelloNarcizo ParisottoOnofre Santo Agostini

DIREITOS HUMANOS E DEFESA DOCONSUMIDORJoão Henrique Blasi – PresidenteUdo Wagner – Vice-PresidenteCarlito MerssIvan RanzolinRomildo Luiz TitonWilson Rogério Wan-DallJúlio Vânio Celso Teixeira

TRANSPORTES, DESENVOLVIMENTO URBANOE RURAL E TURISMO

Reno Luiz Caramori – PresidenteLeodegar Tiscoski – Vice-Presidente

Volnei MorastoniJaime Aldo Mantelli

Manoel MotaNorberto Stroisch Filho

Hans Fritsche

EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOVanderlei Rosso- Presidente

Ideli Salvatti – Vice-PresidenteUdo Wagner

Lício Mauro da SilveiraPaulo Vidal

Wilson Rogério Wan-DallOnofre Santo Agostini

SAÚDE E MEIO AMBIENTECiro Marcial Roza – Presidente

Volnei José Morastoni – Vice-PresidenteUdo Wagner

Ivo KonellSérgio de Souza Silva

Jorginho MelloJúlio Vânio Celso Teixeira

TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E DESERVIÇO PÚBLICO

Pedro Bittencourt Neto – PresidenteGilson dos Santos – Vice-Presidente

Ideli SalvattiGilmar Knaesel

Paulo VidalSérgio de Souza Silva

Cesar Antônio de Souza

FISCALIZAÇÃO, CONTROLEE EFICÁCIA LEGISLATIVA

Jaime Aldo Mantelli – PresidentePedro Uczai – Vice-Presidente

Lício Mauro da SilveiraReno Luiz Caramori

Paulo VidalHans Fritsche

Norberto Stroisch Filho

Page 2: FLORIANÓPOLIS, 26 DE FEVEREIRO DE 1998 NÚMERO · Francisco Küster 1º VICE-PRESIDENTE Vanderlei Olívio Rosso 2º VICE-PRESIDENTE Odacir Zonta ... Pedro Uczai Leodegar Tiscoski

PÁGINA PÁGINA 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

DEPARTAMENTOPARLAMENTAR

Divisão de Anais:responsável pela digitação e/ourevisão dos Atos da Mesa Diretora ePublicações Diversas, diagramação,editoração eletrônica, montagem edistribuição.Diretor: Valter Clementino Pereira

Divisão de Taquigrafia:responsável pela digitação e revisãodas Atas das Sessões.Diretora: Iwana Lúcia Lentz Gomes

Divisão de Divulgação eServiços Gráficos:

responsável pela impressão.Diretor: Vanoir Guarezi Zacaron

DIÁRIO DA ASSEMBLÉIAEXPEDIENTE

Assembléia Legislativa do Estado de Santa CatarinaPalácio Barriga-Verde - Centro Cívico Tancredo Neves

Rua Jorge Luiz Fontes, nº 310 - Florianópolis - SCCEP 88020-900 - Telefone (PABX) (048) 221-2500

Internet: www.alesc.sc.gov.br

IMPRESSÃO PRÓPRIAANO VII - NÚMERO 914

1ª EDIÇÃO - 110 EXEMPLARESEDIÇÃO DE HOJE: 24 PÁGINAS

ÍNDICE

PlenárioAta da 005ª Sessão Ordináriarealizada em 26/02/1998........... 2

Atos da Mesa DiretoraResoluções ............................. 10

Publicações DiversasMensagens Governamentais ...................................................... 11Projetos de Lei ........................ 16Redação Final......................... 21Requerimento ......................... 24

P L E N Á R I O

ATA DA 005ª SESSÃO ORDINÁRIA4ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 13ª LEGISLATURA

EM 26 DE FEVEREIRO DE 1998PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO NEODI SARETTA

Às nove horas, achavam-sepresentes os seguintes SenhoresDeputados: Adelor Vieira - Afonso Spaniol -Carlito Merss - Ciro Roza - Eni Voltolini -Francisco Küster - Gilmar Knaesel - Gilsondos Santos - Herneus de Nadal - IdelvinoFurlanetto - Ivo Konell - Jaime Mantelli - JoãoHenrique Blasi - Jorginho Mello - JúlioTeixeira - Leodegar Tiscoski - Lício Silveira -Luiz Herbst - Narcizo Parisotto - NeodiSaretta - Odacir Zonta - Olices Santini -Onofre Santo Agostini - Paulo Vidal - PedroBittencourt - Reno Caramori - Romildo LuizTiton - Wilson Wan-Dall.

PROJETOS DE LEI: Fazenda, com a entidade social e Municípiosque mencionam.- de autoria do senhor Deputado Reno

Caramori, que declara de utilidade pública oConselho Comunitário Bairro Vereda dosTrevos, com sede e foro no Município eComarca de Caçador;

Era o que constava do expediente,senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OdacirZonta) – Terminada a leitura do Expediente,passaremos às Breves Comunicações.- de autoria do senhor Deputado Reno

Caramori, que declara de utilidade pública aApae de Timbó Grande, com sede no Municípiode Timbó Grande e foro na Comarca de SantaCecília;

Inscrito para falar o senhorDeputado Gilmar Knaesel, por dez minutos.

O SR. DEPUTADO GILMAR KNAESEL– Senhor Presidente e senhores Deputados, eugostaria de trazer ao conhecimento dos senho-res Deputados um assunto que me veioatravés do Sindicato da Transportadora deBlumenau, denunciando o grave problema queestá ocorrendo em nosso País relativo aoassalto a veículos de carga.

- de autoria do senhor Deputado RenoCaramori, que declara de utilidade pública aAssociação de Moradores do Bairro Bello, comsede e foro no Município e Comarca deCaçador;O SR. PRESIDENTE (Deputado Neodi

Saretta) - Havendo quórum regimental e invo-cando a proteção de Deus, declaro aberta apresente sessão.

- de autoria do senhor Deputado PedroBittencourt Neto, que dispõe sobre a pesca ar-tesanal no Estado de Santa Catarina e dá ou-tras providências;

Trata-se, sem dúvida nenhuma, deum crime organizado e que precisa por parte,principalmente, do Ministério da Justiça e daprópria Presidência da República, medidasenérgicas e urgentes para procurar amenizareste problema que está se tornando a cadadia que passa mais grave.

Solicito ao senhor Secretário,Deputado Luiz Herbst, que proceda à leiturada ata da sessão anterior.

- de autoria do senhor Deputado Olices Santini,que fixa normas relativas às condições defuncionamento de estabelecimentos veteri-nários e dá outras providências.

(É lida e aprovada a ata.)Solicito ao senhor Secretário,

Deputado Luiz Herbst, que proceda à leiturado expediente.

MENSAGENS DO SENHOR GOVERNADOR DOESTADO NºS:

Esses assaltos ocorremprincipalmente no eixo São Paulo/Rio deJaneiro/Minas Gerais e tem, pelolevantamento do Sindicato Nacional dasTransportadoras, origem já preestabelecida. Ascargas que são assaltadas são escolhidas

- 3232 e 3233, encaminhando terceiros eprimeiros termos de aditivos a convêniosfirmados pelo Governo do Estado, através dasSecretarias de Estado de Governo e da

O SR. SECRETÁRIO (Deputado LuizHerbst) - O expediente consta do seguinte,senhor Presidente:

D I V I S Ã O D E A N A I S - Editoração Eletrônica

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 33

anteriormente, e na estatística dos últimosdados que foram obtidos, a preferência dessesassaltos recai em produtos têxteis, emsegundo lugar em produtos alimentícios e emterceiro lugar em eletrodomésticos.

O SR. PRESIDENTE (Deputado AdelorVieira) – O próximo orador inscrito é o senhorDeputado Odacir Zonta, a quem concedemos apalavra por até dez minutos.

Não bastasse já, Deputado JoãoHenrique Blasi, a situação calamitosa dosMunicípios quanto às suas receitas, ao Fundode Estabilização Fiscal, ao Fundão daEducação, ao salário-educação, ainda vem aadversidade climática tornar a situação aindamais calamitosa, ocasionando prejuízos irrepa-ráveis às comunidades e tendo o Municípiocomo primeira porta de socorro que a popula-ção vai buscar nesses momentosemergenciais. Os Prefeitos não sabem mais oque fazer e a quem recorrer.

O SR. DEPUTADO ODACIR ZONTA –Senhor Presidente, senhores Deputados, visi-tantes, funcionários e funcionárias da Casa,assomo à tribuna para trazer à discussão fatosextraordinários que estão ocorrendo em nossoEstado, fruto das adversidades climáticas quetêm assolado todas as regiões do Estado, masespecialmente nas últimas semanas o Oestede Santa Catarina.

A estatística mostra claramente deque se trata de crime organizado. As informa-ções que os assaltantes têm das cargas játêm uma origem, mas existe a outra ponta: osreceptadores dessas mercadorias. E com issoa cada dia que passa existem profissionaisque estão abandonando a profissão com medodo assalto porque as suas vidas correm risco,inclusive de morte e seqüestro. Temos casosdenunciados pelo nosso sindicato deBlumenau não resolvidos.

Por isso estamos tomando a liber-dade de encaminhar à apreciação destePlenário um requerimento pedindoprovidências urgentes, urgentíssimas desocorro aos Municípios, esses quemencionamos e outros que estão decretandoestado de calamidade e de emergência, queestão pedindo socorro para medidas urgentes,urgentíssimas e não pela demora burocrática.

Ainda no curso do mês de janeiroocorreram chuvas excessivas, verdadeirastrombas d’água, que causaram gravíssimosprejuízos, deixando em estado emergencial ede calamidade Seara, Ipumirim, Arabutã,Lindóia do Sul, Quilombo, São Carlos e outrosMunicípios, devido aos ventos e chuvas.

Tanto é verdade que só umatransportadora do Médio Vale do Itajaí foiassaltada entre dezembro, janeiro e fevereiroseis vezes, no eixo compreendido entre SãoPaulo e Rio de Janeiro, tendo prejuízos naordem de um milhão de dólares e as própriasseguradoras não estão querendo renovar osseguros. E quando renovam pedem hoje novastaxas de adesão, aumentando as despesas emuitas vezes tornando muito mais caro osserviços prestados.

Agora, ao início desta semana,Deputado Júlio Teixeira, os Municípios dePalmito, São Carlos e outros daquela região fo-ram assolados, massacrados com chuvas tor-renciais, causando prejuízos vultosos, querpessoais, quer da infra-estrutura urbana, masespecialmente no nosso meio rural.

Nós temos situações, em queMunicípios como Quilombo e São Carlos foramatingidos há mais de oito meses e até agoranenhum sinal de apoio, nenhumamanifestação, nem do Governo do Estado enem do Governo Federal. As burocraciasimperam as ações. E nesse momento aburocracia tem que ser superada, as açõestêm que ser priorizadas para socorrer osMunicípios e as vítimas.

Por isso eu faço esta denúncia naAssembléia Legislativa para dar conhecimentoaos senhores Deputados e estamos encami-nhando requerimento ao Presidente daRepública e ao Ministro da Justiça para queeste assunto realmente seja tratado como umassunto de segurança nacional.

Só para termos uma idéia, as chuvas- e como conseqüência a enchente ocorrida naúltima segunda-feira em Palmitos - trouxeramtantos efeitos danosos que somente aCooperativa Arco-Íris teve mais deR$500.000,00 de prejuízos na sua infra-estru-tura.

É isso que estamos a pedir e natu-ralmente contando com o apoio de todos osnobres Pares nesta Casa, para que possamosenviar esses documentos às autoridades, querdo Governo do Estado, da Defesa CivilNacional, aos Ministérios competentes e aopróprio Presidente da República, para que elepossa determinar providências que venhamalcançar os meios de recuperação erestauração da infra-estrutura rural, urbana,habitacional, comercial e industrial deprestação de serviço que trouxe e estáacumulando prejuízos vultosos à populaçãocatarinense e especialmente aos Municípiosatingidos. Eu novamente me refiro aqui àsituação de Concórdia, de Seara.

As polícias estaduais, tanto a civilcomo a militar, não estão conseguindo resolveressa questão. No meu ponto de vista precisa-mos envolver o exército nesta questão, porqueela está se tornando a cada dia que passamais grave, inclusive pessoas correndo riscode vida, pois esses assaltos estão ocorrendoem plena luz do dia e não mais de madrugadacomo era no início, quando bloqueavamestradas em qualquer ponto. Agora não, aténos postos de gasolina, quando o veículoestaciona para abastecimento ou para oalmoço e retornam, existem assaltantesesperando dentro do próprio veículo, levando acarga e às vezes o motorista ao seqüestro, àsvezes à morte quando o motorista reage.

Não bastasse isso, ontem repetiram-se as chuvas naquela região. O Prefeito de SãoCarlos dizia-me há poucos minutos que foi ina-creditável e indescritível o que ocorreu nova-mente ontem em São Carlos, levando emborapontes, pontilhões - como já havia ocorrido emSeara, Ipumirim e em outros Municípios -, resi-dências inteiras, aviários, criando um prejuízocuja soma ainda é incalculável.

Ainda ontem, no final da tarde, osmeios urbanos e rurais de Concórdia foramdrasticamente atingidos pelas chuvas excessi-vas, ocasionando inundações vistas somenteem 1983. Foram inundações que invadiramruas, residências, estabelecimentosindustriais, comerciais e de prestação deserviços, desabrigando famílias e criandoprejuízos sérios à comunidade concordiense.

Só para se ter uma idéia, DeputadoEni Voltolini, no Município de Seara as chuvasde janeiro levaram cinqüenta e seis pontes epontilhões das sessenta e quatro queexistiam; no Município de Ipumirim, que tinhaquarenta e seis pontes e pontilhões, as chuvaslevaram trinta e quatro pontes e pontilhões.

Santa Catarina é um Estado exporta-dor de mercadorias, tanto na área industrialcomo na agricultura, e essas mercadorias sãolevadas através de caminhões de cargas, inclu-sive aqui existem grandes transportadoras es-tabelecidas, mas estão amedrontadas. As pró-prias transportadas temendo a reação não pro-curam a imprensa para divulgar os assaltosporque têm medo de retaliação, pois, como fri-sei, trata de crime organizado.

Fica aqui o registro da grave, emer-gente e calamitosa situação de Municípioscomo Concórdia, Seara, Ipumirim, Arabutã,Lindóia do Sul, Quilombo, São Carlos ePalmitos, sem contar outros que não tivemosconhecimento, que não teve nenhum registro eque vivem o drama forte, Deputado EniVoltolini, parecendo que se repete aí ofenômeno El Niño. Repetem-se os prejuízosocorridos em 1983, que a história registracomo os mais fortes ocorridos no territóriocatarinense.

Além das estradas, outras obras, re-sidências e estabelecimentos comerciais e in-dustriais, de ensino e de saúde foram destruí-dos.

O prejuízo na agricultura é incalculá-vel. Em São Carlos, os estabelecimentos deengorda, cria e recria de animais,especialmente de suínos e aves, foramdestruídos.

Então, ele sabe muito bem a origemdas cargas, quem está transportando, o queestá dentro do caminhão, porque existe umarede de informações e a AssembléiaLegislativa do Estado de Santa Catarinaprecisa então procurar dar a sua parceria aeste segmento tão importante, tanto dastransportadoras como dos profissionais queescolheram esta profissão tão difícil que é ade ser caminhoneiro.

Este é o momento de estendermos amão, sermos solidários e pressionarmos oGoverno Estadual e o Governo Federal paraque se alcance medidas emergenciais.

Esses Municípios e a populaçãopedem socorro. Eles estão encaminhandoseus relatórios, o pedido de socorro aoGoverno do Estado, principalmente à DefesaCivil, ao Governador, às Secretarias doTransporte e da Agricultura, cujos setoresforam mais atingidos. Também estão a pedirsocorro ao Governo Federal, nos Ministériosque tratam da defesa civil, da agricultura edo planejamento, e ao trabalho conjunto dosórgãos catarinenses, da representaçãoparlamentar no Congresso Nacional.

Portanto, estamos colocando orequerimento para apreciação dos nobresPares nesta sessão de hoje.

Por isso estamos fazendo esse en-caminhamento esperando contar com o apoiodos senhores Parlamentares pois, como frisei,este não é um problema somente do MédioVale do Itajaí, do Sul, do Norte, do Oeste doEstado. Acho que todos precisamos nos irma-nar sobre este assunto para que sejam toma-das medidas enérgicas para pelo menos ser di-rimida uma questão que mais uma vezenvergonha o nosso País.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Adelor Vieira) – O próximo orador inscrito é osenhor Deputado Romildo Titon, a quemconcedemos a palavra por até dez minutos.

O SR. DEPUTADO ROMILDO TITON –Senhor Presidente e senhores Deputados, as-somo à tribuna no dia de hoje para fazer meuprimeiro pronunciamento como Líder doGoverno.

Esta Casa não pode ficar alheia, poissempre esteve solidária, sempre esteve e estáatenta a esses momentos difíceis que vivem apopulação, as comunidades e os Municípioscatarinenses.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)

Editoração Eletrônica - D I V I S Ã O D E A N A I S

Page 4: FLORIANÓPOLIS, 26 DE FEVEREIRO DE 1998 NÚMERO · Francisco Küster 1º VICE-PRESIDENTE Vanderlei Olívio Rosso 2º VICE-PRESIDENTE Odacir Zonta ... Pedro Uczai Leodegar Tiscoski

PÁGINA PÁGINA 44 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

É uma satisfação liderar aqui naAssembléia Legislativa parte do Governo doEstado. Nunca almejei tal cargo, nunca sonheiem ser Líder do Governo, pelo menos nesta le-gislatura, mas fiquei muito honrado com o con-vite do Governador, que é meu amigo pessoal,a quem sempre fui leal, portanto, não poderiadeclinar do convite de representá-lo aqui naAssembléia Legislativa.

função de Líder, fazer um agradecimentoespecial ao Deputado Herneus de Nadal, quefez um grande trabalho aqui como Líder doGoverno, como disse anteriormente, emmomentos difíceis, em momentos bastanteconturbados que a Assembléia Legislativaviveu, mas o nobre Deputado teve grandehabilidade para conduzir os trabalhos daLiderança do Governo aqui nesta Casa.

certeza, fé inabalável, será empreendedora, ecertamente renderá frutos tanto ao Governocomo ao povo de Santa Catarina.

Muito Obrigado!O SR. DEPUTADO ROMILDO TITON –

Agradeço, Deputado Herneus de Nadal, etenho absoluta certeza que nós aprendemosmuito com V.Exa. nesses três anos àLiderança do Governo.

Sei que é uma difícil tarefa substituiro Deputado Herneus de Nadal, Deputado muitoexperiente, de grandes diálogos, que provou asua capacidade de articulação, de conversaçãoaqui na Assembléia legislativa por um períodode três anos consecutivos. É difícil substituí-lo,fazer um trabalho igual, já que S.Exa., nos mo-mentos mais críticos, soube conduzir aLiderança com muita serenidade, com muitaseriedade, com muita lealdade.

A ele, faço os meus agradecimentos,em nome do Governador, pelo grande serviçoprestado ao Governo do Estado, a esteParlamento e ao PMDB, acima de tudo, o qualnós representamos.

Quero também agradecer aspalavras do Deputado Eni Voltolini, e mais umavez quero dizer a todos os Parlamentares,principalmente aos Líderes de Bancada, quenós vamos procurar fazer o melhor, dialogarpara que nós possamos também desempenhara nossa função.

O Sr. Deputado Eni Voltolini – V.Exa.me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO ROMILDO TITON –Pois não!

Da mesma forma, quero fazer umagradecimento especial ao Deputado LuizHerbst pelo grande trabalho que prestou emnome da nossa Bancada, representando naMesa, e que certamente também nós aprende-mos muito com ele, com a sua forma simplesde agir, sua forma humilde, mas querealmente fez um grande trabalho na Mesa. Eda mesma forma ao Deputado Sergio Silva,que deixa a Liderança da Bancada, queprestou um grande serviço ao nosso PMDBnum momento também bastante...

O Sr. Deputado Eni Voltolini –Agradeço, Deputado Romildo Titon, peloaparte, e até eu me socorria do DeputadoLeodegar Tiscoski para me ajudar a lembrar onome daquela ponte que V.Exa. defendia, queera a de Peperiguaçu.

Vou me esforçar para representarbem o Governo aqui nesta Casa, mas da minhaforma, do meu jeito, já disse isso aoGovernador quando aceitei assumir esta fun-ção, e queria dizer a todos os Parlamentaresque vou procurar fazer o melhor, procurar o diá-logo, a conversação, para que possamos enca-minhar da melhor forma possível.

O SR. DEPUTADO ROMILDO TITON –Ponte sobre o Rio Uruguai, na BR-470.

O Sr. Deputado Eni Voltolini – Isso,Deputado! E isso me faz associar ao momentode hoje. Parece que a missão de V.Exa. é cons-truir pontes, ligações, elos e esta missão é aque lhe cabe mais agora. É construir de fatouma ponte entre o Poder Legislativo e o PoderExecutivo.

Nunca fui um Deputado de tribuna,de grandes e bonitos discursos. Optei por umoutro tipo de trabalho, respeitando o trabalhode cada Parlamentar, mas optei pelo trabalhoda ação, de fazer com que as coisasaconteçam, principalmente na região a qualrepresento, o Meio-Oeste catarinense; fazercom que na prática a sociedade pudesse ter oseu representante, o seu porta-voz junto aoGoverno do Estado, junto aos órgãos públicos,e posso dizer com uma certa tranqüilidadeque, com a minha participação e de outrostambém - isto quero reconhecer - fiz o que foipossível e a minha região foi bastantecontemplada, foi bastante premiada comrecursos, com obras, com investimentos porparte do Governo do Estado, fato que nós nãovíamos há muitos anos.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental)

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Adelor

Vieira) (Faz soar a campainha) – Infelizmente oseu tempo está esgotado. E nós temos mais oDeputado Olices Santini inscrito, ao qual nósqueremos conceder os três minutos restantes,para que faça uso da palavra.

V.Exa. sabe que todos nós aqui te-mos defendido, e V.Exa. também, a identidadedo Poder Legislativo e ela vai ter que ser pre-servada sempre. Mas a figura do Líder deGoverno que V.Exa. assume, sucedendo oDeputado Herneus de Nadal, visa preservarisso, mas, ao mesmo tempo, criar um eloentre estes dois Poderes, respeitando-os, mascriando um elo.

O Sr. Deputado Eni Voltolini – Peço apalavra pela ordem, senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado AdelorVieira) – Com a palavra, pela ordem, oDeputado Eni Voltolini.

É uma missão que certamente não éfácil, mas espero que V.Exa., preocupadocomo sempre com o Poder Legislativo e com obom relacionamento com o Poder Executivo,possa levar a bom contento essa tarefa. E quea gente possa aqui na Assembléia Legislativa,onde se repercute a maioria dos anseios docidadão catarinense, fazer com que o PoderExecutivo seja cada vez mais sensível a essesapelos e a esses anseios.

O Sr. Deputado Eni Voltolini – SenhorPresidente, se V.Exa. me permitir, já gostariaentão de inscrever o Deputado Olices Santinicomo primeiro ocupante do horário dosPartidos Políticos, para que ele pudessediscorrer melhor sobre o assunto que ele...

Há muitos anos nós não víamos apresença do Governo do Estado na nossa regi-ão, e agora podemos dizer que foi marcanteesta passagem do Governador Paulo Afonso,onde eu tive a satisfação e o prazer de ser ointermediário, de fazer esta ponte de ligaçãoentre os Municípios e o Governo do Estado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado AdelorVieira) – Só que aí, Deputado Eni Voltolini, euprecisaria consultar o PT, que é o da ordem deinscrição, o PSDB e o PPB.

Quero me colocar à disposição de to-dos os Parlamentares, dos Líderes dasBancadas para que possamos, da melhorforma possível, fazer esta ponte de ligação;que possamos fazer um trabalho em harmonia,conversando, dialogando.

Desejo a V.Exa. sucesso em nomeda Bancada do PPB.

O Sr. Deputado Eni Voltolini – Não,Presidente, no momento adequado.

Muito obrigado! O SR. PRESIDENTE (Deputado AdelorVieira) – Tudo bem.O SR. DEPUTADO ROMILDO TITON –

Muito obrigado, Deputado Eni Voltolini. O Sr. Deputado Olices Santini – Peçoa palavra pela ordem, senhor Presidente.O Sr. Deputado Herneus de Nadal –

V.Exa. me concede um aparte?Não sou homem de trazer à tribunaaquilo que não conheço, aquilo que eu não sei.Vou procurar fazer da minha forma, da minhamaneira, como sempre agi, procurando corres-ponder com a responsabilidade que me foi de-legada pelo senhor Governador do Estado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado AdelorVieira) – Com a palavra, pela ordem, oDeputado Olices Santini.

O SR. DEPUTADO ROMILDO TITON –Pois não!

O Sr. Deputado Herneus de Nadal –Caro e nobre colega, Deputado Romildo Titon.Eu cumprimento e felicito V.Exa., sei da suacapacidade, do espírito lutador, combatível, dacompetência política, e tenho a convicção, acerteza de que o Governo do PMDB estará bemrepresentado nesta Casa pelo nobre Colega,que certamente vai ter um desempenho extra-ordinário.

O Sr. Deputado Olices Santini –Conforme a sugestão, senhor Presidente, donosso Líder, eu poderia dissertar sobre o as-sunto que eu pretendia apresentar hoje no ho-rário do Partido. Então, eu cedo, com muitoprazer, estes três minutos ao PT, que está ins-crito.

Ontem, já como minha primeiraação, fui conversar com o Presidente daAssembléia, colocando-me à disposição paraque eu possa desempenhar o meu papel comoLíder do Governo também junto à Presidênciadesta Casa, com o Deputado Neodi Saretta, aquem tenho um grande apreço, uma grandeamizade.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoAdelor Vieira) – Eu creio que o DeputadoOlices Santini não entendeu. É possívelentão V.Exa. declinar desses três minutos, enós adentraremos já no horário destinadoaos Partidos Políticos.

De minha parte, procurei na minhamodéstia, nas minhas condições intelectuais,pessoais limitadas, desenvolver um trabalhoque pudesse viabilizar a aprovação dos proje-tos. E devo aqui registrar a compreensão, o en-tendimento da Bancada de sustentação en-quanto juntos estivemos. E também sempre oalto espírito que norteou todos os entendimen-tos, visando o bem do povo de Santa Catarina,com todas as siglas neste Parlamento.

Vou procurar, da melhor forma possí-vel, fazer com que o meu trabalho seja corres-pondido e possa, ao meu ver, corresponderaos meus colegas Parlamentares, com quem játivemos uma convivência de três anos e vamoscontinuar tendo ainda durante este ano de 98.

Assim entendido, passaremos aohorário reservado aos Partidos Políticos.Hoje, quinta-feira, os primeiros minutos sãodestinados ao Partido dos Trabalhadores.Será um grande prazer poder estar

agora, como Líder do Governo, representandoo Governo nesta Casa e desempenhando omeu papel. E quero, neste instante, já na

Inscrito o senhor Deputado CarlitoMerss, a quem concedemos a palavra por aténove minutos.

Por isso eu desejo a V.Exa. sucesso,êxito nesta empreitada que, tenho convicção,

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 55

O SR. DEPUTADO CARLITO MERSS– Senhor Presidente e senhores Deputados,aproveitamos o horário reservado aosPartidos Políticos, em nome da Bancada doPT, para fazer algumas reflexões a respeitoda questão das privatizações, DeputadoJoão Henrique Blasi, que, tenho certeza,será objeto de muitas discussões nestaCasa a partir de agora.

todas as pequenas cidades dos rincões deSanta Catarina, pois que nem um outrobanco privado irá abrir agências nessaslocalidades, que é a função dos bancosestaduais e dos bancos regionais.

sacrifício, seja literalmente destruído emmeses por um Governo que hoje perdeucompletamente o rumo, porque nós, naverdade, a única coisa que podemos é fazercom que esses dez meses e alguns diaspassem rapidamente para que possamos, apartir de 99, com a Frente Popular, aqui emSanta Catarina, iniciar um novo modo de gover-nar, um modo em que a população possa parti-cipar e que tenha principalmente noOrçamento regionalizado a marca fundamentaldo início da transparência com o dinheiropúblico.

Fico imaginando a Celesc, a Casan emesmo a Telesc, fato que foi mencionado nasemana passada, pelo Deputado JoãoHenrique Blasi, em relação à divisão que foifeita com a questão da Telesc Celular, nem osdirigentes mais são catarinenses, como se nósnão tivéssemos técnicos e pessoascompetentes para administrar nossasempresas.

Estava lendo hoje o texto, e aindanão o terminei de ler, do jornalista MoacirPereira, que tem o título “Casan, a vendacomplicada”. Sendo que o primeiro trechodiz o seguinte:

Temos clareza de que contaremoscom a maioria dos Deputados aqui para nãopermitir, pelo menos em nível de Assembléia,que essa verdadeira entrega do patrimônio pú-blico de Santa Catarina se efetue. Tenho certe-za de que neste sentido, apesar das divergên-cias, temos ainda uma maioria que pensa nopovo catarinense, porque é dele que dependeo bom funcionamento de uma Celesc, de umaCasan, de um Besc, para que possamos ter re-almente uma população sendo bem atendida.

Hoje, até segunda ordem, DeputadoJoão Henrique Blasi, pelo que eu tenho de in-formações, o coordenador ou gerente daTelesc Celular é um senhor do Mato Grosso doSul. Quer dizer, esta forma de utilização dasestatais em alguns momentos, infelizmente,para nós do PT, acaba dando razão àpopulação quando não agüenta mais aingerência política das nossas empresas.

“O Secretário da Fazenda, NelsonWedekin, garantiu, no ano passado, duranteexposição na Assembléia, que a aprovaçãoda rolagem da dívida viabilizaria opagamento dos vencimentos dos servidorespúblicos e também do 13º antes do Natal.”

Não aconteceu uma coisa nemoutra. Por isso o Deputado Ivan Ranzolinanunciou uma posição política mais rigorosaem relação às finanças estaduais neste ano.

Por isso, acaba se passando ocenso comum de que tudo que é público nãopresta, e infelizmente as pessoas nãoconseguem analisar que as nossas empresaspúblicas estatais estão sendo governadasnesses anos todos pelos interessesparticulares dos grupos que se mantêm nopoder.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)

Nós temos levantado questõessobre finanças estaduais desde o início de95, até pela função que exercíamos, naépoca, como Membro da Comissão deFinanças.

O SR. PRESIDENTE (Deputado AdelorVieira) – Ainda dentro do horário reservado aosPartidos Políticos, os próximos minutos sãodestinados ao PSDB.

Com a palavra o Deputado JorginhoMello, por seis minutos.Dizíamos que o Governo Estadual, o

Governo Paulo Afonso, pelo menos desde maiode 95, tinha entrado num caminho sem voltacaso não tomasse, naquela época, algumasposições em relação à questão das finanças. Eaí, no nosso entendimento, resultaria quasenuma imposição das privatizações das nossasestatais. Sendo que, desde essa época, temosfeito inúmeras manifestações, resgatando in-clusive a qualidade das nossas empresas esta-tais, como, por exemplo, o Besc, que agora meparece que vai mudar de gerente. Pelo menosé o que a imprensa tem noticiado desdeontem. E parece que o Deputado Jorginho nãomais gerenciará o Banco, que, segundo oDeputado Lício Silveira, já está na hora.

Mesmo assim muitas dessasestatais resistem. Isto é quase inacreditável.Inclusive - palavras até do Deputado LícioSilveira numa conversa que tivemos noPlenário - muitos hoje dos cargos de chefia, degerência dessas estatais já absorveram odiscurso liberal de que tem que privatizarmesmo, mas com certeza serão os primeiros aperder o emprego, até porque, se foremcompetentes e técnicos, certamente, terãoque fazer, sim, o jogo do empresário que querlucro e não tem interesse social nenhum.

O SR. DEPUTADO JORGINHO MELLO– Senhor Presidente e senhores Deputados,venho à tribuna nesta manhã para fazeralgumas reflexões.

Quero deixar a minha manifestaçãoaqui até naquilo que o Deputado Carlito Merssacabava de dizer com relação ao Banco doEstado de Santa Catarina.

Tenho orgulho de ter vinte anos decarreira no Besc. Considero-me um homem quetem o apoio e o entendimento dos funcionáriosque fazem parte daquela Casa, que são emtorno de 5.500 pessoas.

Penso que o exemplo da Light, hoje,é o mais simbólico nessa questão dasprivatizações, e vejam que a grande mídiasilencia em relação à vergonha que estamosacompanhando no Estado do Rio pelo menoshá três ou quatro meses, com quase em todosos dias a falta de energia, o que tem trazidoproblemas sérios à população carioca.

Eu faço a defesa da instituição, por-que considero uma instituição sagrada paraSanta Catarina. Temos 120 Municípios ondesó existe o Banco do Estado de Santa Catarinapara atender o pequeno produtor, para atendero pequeno empresário, para atender o aposen-tado; ele está onde nenhum outro bancocoloca o seu capital.

Na verdade, eu fico imaginandocomo este Banco seria lucrativo e que carátersocial teria, se nesses últimos anos nãotivesse sido explorado politicamente, aliás, seele não tivesse sido arrebentado, como o foipelo senhor Esperidião Amin, que agora ousafalar em moralidade pública e que quer ser opaladino da moralidade em termos públicos.

É importante verificar que a Light, noRio de Janeiro, no seu balanço de 97, deu umlucro de R$170.000.000,00, que, lógico, foidistribuído aos seus acionistas, os quaisestão, todos, felizes e devem ter usado boaparte desse dinheiro, agora, no carnaval e nasviagens. Mas a população está com os seusequipamentos elétricos sendo queimados, comproblemas gravíssimos, que essa falta de inte-resse social, que essa falta de motivaçãosocial acaba trazendo nessa lógica privatista.

Então, o Besc para mim é umainstituição sagrada e fico preocupadoquando setores da imprensa tratam o Banconão da forma que deveriam tratar. Se têmalguma diferença pessoal quanto aoDeputado Jorginho Mello, é uma coisa,agora, o Banco do Estado de Santa Catarinamerece respeito de todo o povo de SantaCatarina, o meu respeito, o respeito dosfuncionários do Banco, o respeito de cadaDeputado que está aqui neste Parlamento, orespeito da sociedade, porque é umpatrimônio, eu sempre disse e não vou mecansar de dizer, que Santa Catarina nuncapoderá abrir mão, porque gera riquezas,gera desenvolvimento, faz a parte socialcomo ninguém faz.

Foi o senhor Amin que arrebentou oBesc no final de 96. Lembro bem, quando osaudoso Governador Pedro Ivo assumiu o go-verno, das dificuldades que ele teve, inclusivecom uma intervenção federal no Besc durantealguns meses que, praticamente, inviabilizouas finanças do Estado.

Então, eu fico pensando o que seriadesse Banco, se não houvesse essa politica-gem toda, essa utilização do dinheiro públicoem favor de políticos fracassados.

Eu espero e tenho certeza de quecontaremos com o apoio de mais Deputadosdesta vez aqui, inclusive da Bancada do PMDB,no sentido de que não se permita esse massa-cre, essa entrega do patrimônio catarinense atroco de banana, que é o que se avizinha emrelação à Casan e à Celesc.

Sei, por intermédio de gerentes debancos regionais do Besc, de inúmerosempréstimos feitos em épocas eleitorais paracandidatos perdedores que nunca mais forampagos, que entraram na famosa dívida ativa, equem acabou pagando isso foi a sociedade.

Sabemos, Deputado Lício Silveira,que parte daquelas debêntures, que tantoquestionamos em 95, vencerão neste ano, apartir de julho; sabemos que o Governo nãotem caixa para resgatar esses papéis esabemos que os compradores dessasdebêntures se utilizarão do laço das ações daTelesc para garantir o seu investimento, éóbvio.

Fico entristecido, senhoresDeputados, quando parte da imprensa,repito, ataca o Banco do Estado de SantaCatarina como se fosse algo tão comum,tão simples. Fico preocupado em saber oque tem por trás disso, qual o interesseverdadeiro que tem.

Mesmo tendo uma posição oficialdo Banco Central, do Governo Federal, deeliminar, de acabar com os bancosestaduais, hoje o Besc é um dos bancos,em nível dos bancos de outros Estados, quetem perfeita condição de continuarexistindo, porque tem na sua função umcaráter social, de financiamentos do peque-no e microempresário, de ter agências em

Teremos que ficar alerta e nãopermitir que o patrimônio catarinense,construído com tanto suor, com tanto

Em um momento complicado emque se vive, estamos trabalhando para oaumento de capital para a perenidade desse

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Banco. E disse na imprensa muitas vezesque foi uma atitude inteligente doGovernador em escolher aquelesfuncionários que lá estão, dando prova dasua competência. O Banco apresentou noano que passou o maior lucro de toda a suahistória.

Gostaria aqui, Deputado OdacirZonta, de complementar as informações deV.Exa. e deixar um apelo ao DeputadoRomildo Titon, que agora representa nestaCasa a Liderança do Governo, e aoDeputado João Henrique Blasi, que é o Líderdo PMDB, para que nós possamos,Deputado João Henrique Blasi, através dorequerimento do Deputado Odacir Zonta ede uma indicação feita por este Deputado,acionar a área do Governo para que preste adevida assistência aos nossos irmãos dosMunicípios atingidos.

acontecem e que não têm nenhuma relaçãocom as atitudes que o Governo teria que terem termos de socorrer a populaçãocatarinense.

Então, fazemos esse registro como nosso apelo de que a Secretaria daAgricultura, a Defesa Civil, a Secretaria dosTransportes e Obras atendam no mínimo àsnecessidades emergentes decorrentes dacalamidade das chuvas que ocorreram emtoda a nossa região do Oeste.

Então, os funcionários que lá estão,estão tecnicamente demonstrando que elestêm competência para administrar o seuBanco.

Fico entristecido, Deputado CarlitoMerss, porque o Banco do Estado precisa éde apoio, vive de credibilidade. Notíciascomo essas que ontem a imprensa noticiou,não ajudam. O Banco do Estado precisa doapoio, do entendimento, da grandeza decada cidadão de Santa Catarina.

É um desespero da nossapopulação exatamente num período decolheita e pré-colheita, Deputado IdelvinoFurlanetto, em que vamos precisar demelhores estradas para o escoamento daprodução. Tem chovido demais, todos osPrefeitos estão em dificuldades, como nóstemos conhecimento, com queda de receita,demanda maior por parte da comunidade. Eagora, sem dúvida nenhuma, terão as suassituações agravadas por mais esseproblema que ocorreu.

Recebi hoje pela manhã doistelefonemas: um, do Município de SãoCarlos, Deputado Odacir Zonta, de que achuva voltou a se repetir nessa madrugada.O Município está sem luz e essa, de acordocom as informações que me foramrepassadas pelo Prefeito Municipal, osenhor Doutor Cláudio Campos, foi a maiorenchente dos últimos setenta anos edestruiu tanto a cidade como o interior doMunicípio.

Reafirmo que tenho oreconhecimento de vinte anos de trabalhojunto ao Banco e não aceito setores daimprensa com tendências para fazer esse tipode nota que ontem circulou na imprensa.

Entendo que vivemos um momentode decisões políticas em Santa Catarina,onde os grandes Partidos desejam aparticipação do PSDB, e isso nosengrandece, porque o PSDB tem crescidocom trabalho, com dedicação. Eu faço partede uma comissão que coordena essascoligações, se tiver coligação.

Queria aqui fazer uma referênciaao que falou o Deputado Carlito Merss sobreo Besc. Eu estava dizendo a ele que euainda me lembro que no Governo EsperidiãoAmin todo o lucro do Banco do Estado deSanta Catarina foi aplicado em benefício dapequena propriedade agrícola. Todos osprogramas ligados à agricultura foram, nomínimo de forma parcial, financiados peloBesc, principalmente com o lucro obtidoanualmente por aquela instituição.

A mesma coisa aconteceu noMunicípio de Itapiranga, com quem tivecontato, ainda hoje, com o PrefeitoMunicipal; em Águas de Chapecó; em Caibi,Município do Deputado Herneus de Nadal;em Palmitos, que foi amplamente divulgadopela imprensa, inclusive com prejuízos muitograndes para a cooperativa local, enfim,todo o Oeste catarinense foi atingido.

Agora, reafirmo: se alguém temalguma coisa contra o Deputado JorginhoMello, eu assimilo, administro, porque soupolítico, sei como funciona isso, mas o quenão aceito é falar em nome da instituição.

Quanto à agricultura, DeputadoIdelvino Furlanetto, de acordo com asinformações que me foram dadas, sepercorremos hoje uma linha do interior dequalquer um daqueles Municípios,encontraremos agricultores sentados àmargem da estrada, desanimados, porque -além de todo o problema que estamosenfrentando em torno da comercialização,do preço, da ausência de uma políticaagrícola (e algumas até para prejudicarainda mais o pequeno agricultor) - agorateremos, também, essa questão dasenchentes, que sem dúvida nenhumaprejudica, em muito, a produção eprincipalmente as vias de acesso ao interiordos Municípios.

Eu estava conversando também comalguns Companheiros da nossa Bancada nosentido de que deveremos resgatar o relatóriodo Banco Central para ver exatamente a que ní-vel as acusações que estão sendo feitas aoBesc, notadamente quando da administraçãodo Senador Esperidião Amin, têm osfundamentos que estão sendo levantados aquinesta Casa, porque, particularmente, pelo quepude acompanhar na imprensa, sei quenenhum dos administradores da época foiculpado, ou condenado, ou consideradoirresponsável na administração do Banco doEstado de Santa Catarina.

Portanto, quero reafirmar aqui, se-nhores Deputados, que o Deputado JorginhoMello está preocupado com a perenidade doBanco do Estado de Santa Catarina, com queele continue forte, com que continue prestandoo trabalho que presta há muitos anos emSanta Catarina e com que possadefinitivamente ser administrado por técnicose pessoas que tenham o compromissoefetivamente com esse Banco.

Não abro mão em nenhum momentode que o Besc continue sendo um Banco públi-co, um Banco em que o Governo tenha a maio-ria das suas ações, que aumente aparticipação acionária dos funcionários, porqueos seus funcionários já deram prova da suacompetência nos momentos mais difíceis porque o Banco passou. Portanto, não aceito, edeixo aqui registrado desta tribuna, setores daimprensa tendenciosos fazendocomplicadores, fazendo algo que não constróinada e que prejudica o Banco que é meu e queé de todo o povo de Santa Catarina.

Mas gostaria de fazer essalembrança de quanto no Governo doSenador Esperidião Amin o Besc serviu deinstrumento de apoio e de amparo àagricultura. E nessa hora em que nósvivemos a pior crise da agricultura catari-nense, talvez o Banco do Estado pudessedestinar um pouco dos R$26.000.000,00,que o Deputado Jorginho Mello se referiu hápouco, do lucro do ano passado para nóssocorrermos a pequena propriedade.

Então, senhores Deputados,gostaria de fazer esse registro e pedir queaprovemos hoje as duas moções queexistem nesta Casa, para que o Governo doEstado agilize os seus instrumentos, paraver se podemos ajudar os Municípiosatingidos.

Muito obrigado! É praxe se observar no Governoque os Prefeitos declaram calamidadepública ou situação de emergência eencaminham a documentação para a DefesaCivil. Eu, particularmente, já tenhoacompanhado alguns Prefeitos em contatocom a Defesa Civil, e a coisa vai rolando,protelando e não se resolve.

(SEM REVISÃO DO ORADOR) Gostaria, senhores Deputados, defazer esse registro com referênciaprincipalmente à calamidade que ocorreu noOeste catarinense com relação às chuvas.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoAdelor Vieira) – Ainda dentro do horáriodestinado aos Partidos Políticos, o próximoespaço está destinado ao PPB. Acho que este Governo, Deputado

Reno Caramori, deve e tem a obrigação deprocurar no mínimo socorrer os pequenosMunicípios que agora se encontram emestado de calamidade.

Com a palavra o senhor DeputadoOlices Santini, por até dezoito minutos.

O SR. DEPUTADO OLICES SANTINE –Senhor Presidente, senhores Deputados,quero me referir às calamidades, em termosde chuvas, que ocorreram no final da semanapassada e novamente no dia de ontem, naregião do Meio-Oeste, do Oeste e do ExtremoOeste catarinense.

Tenho ainda bem vivo nalembrança que por três vezes acompanhei oPrefeito de Pinhalzinho em audiência com oCoronel De Pizolati, da Defesa Civil,relativamente à enchente ocorrida emjaneiro de 1997. E até agora nóscontinuamos apenas na documentação, noencaminhamento das questões que, na-turalmente, foram encaminhadas a Brasília.E os Prefeitos não têm nenhum tipo deauxílio do Governo. Parece que as coisas

Faço referência especial aosMunicípios com os quais tive contato: SãoCarlos, Água de Chapecó, Caibi, Palmitos eItapiranga, que estão realmente numasituação muito difícil, e os Prefeitos não têmcondições, com recursos próprios dasPrefeituras Municipais, de atender asnecessidades municipais, agora agravadascom essas questões da enchente.

Tive a oportunidade de conversar,ainda hoje, nesta tribuna, rapidamente, com oDeputado Odacir Zonta, que também fez men-ção a esse problema que estão enfrentando osnossos irmão do Oeste.

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 77

O Sr. Deputado Reno Caramori –V.Exa. nos concede um aparte?

cidades pequenas, mas é obrigação doGoverno socorrer os Municípios pequenostambém.

imprensa. Consultando os Prefeitos daregião, a questão que levantei foi se elestinham comunicado a imprensa, se teriamdivulgado a extensão do problema queocorreu naqueles Municípios. E disseram-meque lamentavelmente saíram duas pequenasnotícias: no rodapé de uma página do jornalA Notícia e uma pequena reportagem, quetive oportunidade de ler, no DiárioCatarinense.

O SR. DEPUTADO OLICES SANTINI– Pois não! Em São Carlos, pelas notícias que

recebi, nunca se viu uma enchente tãogrande, atingindo a agricultura eprincipalmente a cidade. Conheço algunslocais que foram inundados que jamaisimaginei que pudessem ser atingidos edestruídos, como casas comerciais e re-partições públicas.

O Sr. Deputado Reno Caramori –Deputado Olices Santini, em boa hora V.Exa.lembra que o Banco deve olhar para essagente. Se bem que é uma má hora, pelasituação em que se encontram aquelesMunicípios, lamentavelmente.

Nós também mantivemos contatohoje pela manhã com Palmitos e com SãoCarlos. Pelas informações que nósrecebemos por telefone, preocupa-nosmuito, Deputado Olices Santini. V.Exa.conhece bem aquela região e sabe que éuma região essencialmente agrícola,formada por pequenas propriedades.

Então, realmente para sensibilizare até para comprometer o Governo, aimprensa deve auxiliar as comunidadesquando se encontram questõessemelhantes a essa que estão ocorrendo noOeste catarinense, para que nós nãocaiamos naquela questão burocrática deencaminhar o decreto de emergência para aDefesa Civil, e a Defesa Civil manda paraBrasília e fica o dito pelo não dito e acomunidade absolutamente desassistida.

Então, precisamos, aqui naAssembléia, fazer com que o Governo tomea posição que deve assumir. Que tome aposição de socorro que deve dar a essesMunicípios atingidos.

O Sr. Deputado Eni Voltolini – V.Exa.me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO OLICES SANTINI –Pois não!

As famílias que criaram Palmitos,Águas de Chapecó e São Carlos foramimigrantes alemães e italianos, vindos detantos pontos do Rio Grande do Sul. Elesainda mantêm as famílias na roça, napequena propriedade, mas os seus filhos,os seus descendentes estão indo para acidade. Ainda temos famílias, com os maisidosos, permanecendo na terra.

O Sr. Deputado Eni Voltolini –Deputado Olices Santini, atrevi-me a vir aeste microfone para dizer que V.Exa. tocouno ponto que considero essencial, pelo fatoque, infelizmente, aqueles Municípios quenós chamamos de menores – menoresapenas pela sua população e não pela suaimportância – não têm o sistema dedivulgação próprio como têm os Municípiosgrandes, que possuem um canal detelevisão ali instalado, um jornal de grandecirculação, ou rádios também.

Gostaria de cumprimentar V.Exa.por ter lembrado uma questão queconsidero fundamental até para sensibilizaros catarinenses e principalmente paraacordar o Governo, em termos de socorroàqueles Municípios.

É lamentável o que tem ocorrido lá. O Sr. Deputado Idelvino Furlanetto– V.Exa. me concede um aparte?Agora, realmente, o Banco do

Estado - que tanto temos defendido, quetanto temos dito que não somos favoráveisà sua privatização, porque tem que ter ocunho social, e para que isso aconteça temque ter o dedo do Estado, não doGovernador, mas do Governo, da máquinado Governo do Estado, do Poder Executivoamparado pelo Poder Legislativo, para querealmente exerça a função social, princi-palmente nessas horas de calamidade -precisa dar uma mão ao pequeno produtor,ao pequeno empresário, ao médioempresário e, por que não dizer, às pessoasfísicas que mantêm conta no Besc. O Bancoprecisa dar uma ajuda – não é de graça -para que possam ter alguma coisa na mãoem termos de Real para reconstruir suascasas e reconquistar novamente asobrevivência das famílias.

O SR. DEPUTADO OLICES SANTINI– Pois não!

O Sr. Deputado Idelvino Furlanetto– Deputado Olices Santini, cumprimentoV.Exa. também pelo fato de chamar aatenção diante da preocupação que V.Exa.coloca, a qual é também a nossapreocupação.

Esses Municípios são duplamentepenalizados, porque eles têm, proporcional-mente, a incidência de calamidade públicamuito maior do que nos Municípios onde às ve-zes se dá a divulgação. E, no entanto, quasepassam despercebidos.

Até como uma sugestão, acho quenós, Parlamentares, deveríamos convidar,para hoje à tarde, o Secretário daAgricultura, a própria estrutura do Governodo Estado e dirigirmo-nos com umaComissão Parlamentar para a região, porqueé um fato que nos chama a atenção.

V.Exa. e os demais que jáassomaram esta tribuna para falar dissoestão fazendo muito bem! Tomara que aimprensa, sempre tão generosa com asquestões importantes de Santa Catarina,possa também, neste momento, repercutirisso, porque se ela não fizer esse papel,pouco vão adiantar os pronunciamentos dosquarenta Deputados aqui na AssembléiaLegislativa, porque não irão repercutir.

Existem vários instrumentos que jáse aprovou aqui, na Assembléia, emdebates, e não se valorizou, como aquestão do seguro agrícola. Não existeseguro agrícola. A maioria dos agricultores,100% deles, tem financiamento. Essa regiãovai ficar arrebentada, sucateada pelacatástrofe.

Apenas vamos ter a impressão queaconteceu um pouco de chuva a mais emSão Carlos ou na região do quenormalmente acontece. E vamos arranjarjustificativas, vão falar da incidência dofenômeno El Niño e pronto, vai ficar por aí.

Portanto, quero cumprimentá-lopelo seu pronunciamento, pela sua visão emmostrar que é nesta hora que o Banco deveatuar, que o Banco deve dar a suaparticipação na área social. Como sugestão, Deputado Olices

Santini, deveríamos consultar o DeputadoGelson Sorgato, no sentido de quepudéssemos pegar um avião do Governo ecom uma Comissão de Parlamentares nosdirigir à região. E a partir daí, dentro dolevantamento, dar um apoio logístico doParlamento catarinense nesse momento decatástrofe, nesse momento desseacontecimento inesperado.

O SR. DEPUTADO OLICES SANTINI– Agradeço pelo seu aparte, Deputado RenoCaramori, e incorporo-o ao meu modestopronunciamento.

A comunidade que já tem umadificuldade muito grande, financeiramentefalando, que não tem uma arrecadação tãosubstancial que permita a recuperação, écapaz de se afundar num caosadministrativo, porque ninguém irá lhesocorrer.

Gostaria, para encerrar, de colocarque as questões das chuvas nos pequenosMunicípios talvez não tenha a repercussãona imprensa e nem a atenção do Governopor tratar-se de Municípios pequenos!

Não será feita nenhuma campanhaestadual para ajudar. O Governo do Estadovai estar preocupado com os Municípiosmaiores, que normalmente exercem umapressão política maior, e aquelascomunidades que são importantíssimas irãotalvez naufragar dentro desse sistema decalamidade pública instalado.

O que ocorreu no último fim de se-mana e nessa madrugada em São Carlos foimuito pior - em termos de prejuízo e deatingimento na comunidade, foi muito maiordo que em Blumenau, em 1983.

Então, eu acho que é possível nosdirigir à região, porque está gerando umdesconforto inexplicável a questão do êxodorural. E com um fato desse o abandono e atristeza tomam conta da família.

De acordo com as informaçõesque obtive hoje pela manhã, não só aagricultura, mas o comércio foi amplamenteatingido, assim como a população nas suasresidências.

O SR. DEPUTADO OLICES SANTINI– Muito obrigado, Deputado IdelvinoFurlanetto, acho que a sua sugestão é muitooportuna.

V.Exa. tem que continuar a fazerisso, como todos os demais têm que fazer. Evolto a insistir, a imprensa tem que divulgarisso, tem que mostrar a proporção do desastreque se acometeu naquela região.

Só gostaria de colocar que esteDeputado está se deslocando para a região.Devo visitar Caibi, São Carlos e Palmitosnesse final de semana. Eu trarei maioresinformações.

Então, eu faço esse registro paraque se tenha consciência de que o Governonão pode se omitir. Talvez não tenha umarepercussão tão grande, por tratar-se de

O SR. DEPUTADO OLICES SANTINI– Deputado, V.Exa. falou com muitapropriedade com relação à divulgação pela

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Agora, eu acho que se for possível,através da Mesa Diretora da Casa ou daprópria Comissão de Agricultura, até elogio econcordo com a sugestão de V.Exa., e noque for possível me incorporarei a esseprocesso de visitarmos os Municípios, ouser o porta-voz dos Municípios, em nível deAssembléia Legislativa, junto ao Governo,para que se encaminhe alguma solução emtermos de apoio às comunidades atingidas.

Presidente Cláudio Ávila da Silva, de tantaimportância para Santa Catarina.

Por isso, e mais o que é doconhecimento público, é que apelamos aV.Exa. para pedir seja remitido ao senhorGovernador do Estado expediente no sentidode solicitar ao poderoso bom senso daquelaautoridade o atendimento imediato dasreivindicações dos servidores públicos dasaúde, concernentes sobretudo as previstasem lei.”

A Eletrosul também viabilizouentendimentos e parcerias com a iniciativaprivada, o que permitiu que ela pudessecolocar em operação obras de fundamentalimportância, em especial as hidroelétricasde Machadinho e Itá.

Assim, senhor Presidente, querodeixar este registro de cumprimento, emnome da direção partidária, a esses doiscompanheiros que presidem a Eletrosul e aTelesc, bem como aos outros companheirosda diretoria dessas empresas, e dizer dasatisfação e da alegria em ver que dentre osquadros do nosso Partido há elementos comcapacidade para bem desempenhar essasmissões públicas.

É lamentável, senhor Presidente esenhores Deputados, que os servidorespúblicos de Santa Catarina, e agoraespecificamente os lotados no HospitalRegional de Joinville e na Maternidade DarcyVargas, tenham que partir para uma decisãode greve a fim de que possam resgatar osseus direitos, os seus haveres.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Adelor Vieira) – Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, ospróximos minutos pertencem ao PFL.

Com a palavra o Deputado PedroBittencourt.

O SR. DEPUTADO PEDROBITTENCOURT – Senhor Deputado AdelorVieira, Presidente em exercício desta sessãoplenária, a minha primeira manifestação éum apelo aos Membros da Mesa Diretorapara estarem presentes nesta sessão, a fimde permitir que V.Exa. possa usar da tribunano horário do nosso Partido, que é do seudesejo.

Eu queria, portanto, fazer um apeloao eminente Líder do Governo, que recémassumiu o cargo, Deputado Romildo Titon,trazendo aqui a preocupação de umacategoria importantíssima, a dos servidoresda saúde, que não pode parar.

Concluído este período inicial dotempo destinado ao PFL, de cinco minutos,deixo a tribuna para que o Deputado AdelorVieira, já secretariando a Mesa, agorapresidida pelo Deputado Odacir Zonta,possa ocupar o restante do tempo e fazer asua manifestação, conforme é do seuinteresse.

O Hospital Regional de Joinvilleatende as regiões Norte e Nordestecatarinense, a Maternidade Darcy Vargas éuma maternidade de referência nacional, foipremiada pela Unicef e reconhecida por estaCasa recentemente pelos excelentestrabalhos prestados, portanto não podemprescindir de receber o que lhes é de direito.

Eu aqui estou ocupando o horáriodo PFL para permitir que eles possamretornar, e eu sei que outros Membros daMesa Diretora já se fizeram presentes,obviamente que deverão estar agora nosseus gabinetes com os compromissosnormais da vida parlamentar, mas que,então, possam também comparecer maisuma vez ao Plenário, a fim de permitir queV.Exa. utilize do tempo destinado ao nossoPartido.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Odacir Zonta) – Ainda dentro do horáriodestinado ao PFL, com a palavra o senhorDeputado Adelor Vieira, por até cincominutos.

Felizmente, embora tenham feitoameaça de greve para tentar receber, estãoainda aguardando, não deflagraram oprocesso de greve, porque acreditam nobom senso deste Governo no sentido deregularizar essa situação.

O SR. DEPUTADO ADELOR VIEIRA –Senhor Presidente e senhores Deputados,quero inicialmente agradecer ao DeputadoPedro Bittencourt por entender o meuinteresse em fazer uma manifestação natribuna desta Casa.

Senhor Presidente e senhoresDeputados, eu quero fazer aqui algumasconsiderações a respeito de ações que onosso Partido tem desenvolvido em SantaCatarina, muito especialmente nas áreasafetas ao PFL que compõem aadministração federal e em especial àquelasque estão sendo desenvolvidas pelosnossos companheiros na Eletrosul e naTelesc, respectivamente presididas porCláudio Ávila da Silva, Deputado nesta Casana Legislatura de 82 a 86, depois DeputadoFederal, e Victor Konder Reis, que tambémtem conhecimento da vida pública eadministrativa de Santa Catarina.

O Sr. Deputado Reno Caramori –V.Exa. me concede um aparte?

Senhores Deputados, recebi recen-temente um expediente do Sindicato dosTrabalhadores em Saúde dosestabelecimentos públicos e privados deJoinville e região, o qual nos preocupamuito. O expediente vem assinado pelo seuPresidente, senhor Valério Rodrigues, e temo seguinte teor:

O SR. DEPUTADO ADELOR VIEIRA –Pois não!

O Sr. Deputado Reno Caramori – ODiário Catarinense de hoje, na página 7, trazuma entrevista com o Governador onde ele dizque a folha está razoavelmente sob controle.Ele diz que o Estado está numa situação muitoboa e que a folha de pagamento está em dia.É possível isso?!

(Passa a ler) O SR. DEPUTADO ADELOR VIEIRA – Érazoável aceitar isso, não é, Deputado? Poressa razão, nós estamos fazendo mais umapelo aqui, bem como estamos tentando fazerchegar à apreciação e aprovação umexpediente para o Governador, ao qualesperamos que toda esta Casa se empenhe,para que esse movimento de paralisação dasaúde, que é um setor vital e da maiorimportância, não se estenda às demaisregiões do Estado e para que se possa, deuma vez por todas, pelo menos liqüidar comessa parcela do 13º que ainda está pendente.

“Com nossos cumprimentos,vimos a presença de V.Exa. para expor esolicitar o que segue:

O 13º salário do servidor públicoestadual referente a l997 ainda não foipago, sem contar com o costumeiro atrasono pagamento salarial; o ‘engavetamento’do PCCS da saúde; o não-fornecimento dovale-transporte regularmente e outrasatitudes praticadas fora da lei pelo Governodo nosso Estado, em total prejuízo aosservidores públicos e aos catarinenses.

Na condição de Presidente do PFLem nosso Estado, eu aqui quero fazerpequenas considerações sobre odesempenho desses nossos doiscompanheiros.

A Telesc tem sido elogiada aolongo dessa administração pela qualidadedos serviços que vem prestando àpopulação de Santa Catarina, pelasinovações que tem colocado à disposição dosetor em Santa Catarina e pela condição emque chega neste instante para essa novaetapa, ou seja, a privatização, que deveráocorrer ainda durante o ano de 1998,conforme programação que vem sendoexecutada pelo Governo Federal à frente doMinistério das Comunicações, com aintenção do senhor Presidente da República,Fernando Henrique Cardoso.

Então, apelo aos senhoresDeputados para que aprovem o pedido queestamos fazendo ao Governador, ao Secretárioda Saúde e ao Secretário da Fazenda, a fim deque se sensibilizem e dêem um jeitinho debuscar esse dinheiro para fazer o pagamentodos nossos servidores, principalmente os dasaúde, que estão ameaçando uma greve paraos próximos dias.

Este Sindicato, juntamente com asdemais entidades classistas representantesdos servidores públicos, não tem medidoesforços no sentido de buscar negociaçãojunto ao Governo acerca especialmente documprimento da lei relativamente àsquestões salariais. Todavia, sem sucesso, enem mesmo as decisões judiciais vêmsendo cumpridas. Muito obrigado!

(SEM REVISÃO DO ORADOR)Angustiados e sem alternativa, osservidores estaduais da saúde,representados pelo Sindicato supratimbrado, lotados nos Hospitais Regional eMaternidade Darcy Vargas de Joinville,deliberaram por greve a partir de l6 defevereiro próximo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OdacirZonta) – Ainda dentro do horário reservado aosPartidos Políticos, os próximos minutos sãodestinados ao PMDB.

A Eletrosul concluiu várias etapasde obras em Santa Catarina e de formamuito especial, inclusive aqui já fiz umregistro sobre a Usina Jorge Lacerda, emTubarão, concluída no mandato do

Com a palavra o Deputado JoãoHenrique Blasi, por até treze minutos.

D I V I S Ã O D E A N A I S - Editoração Eletrônica

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 99

O SR. DEPUTADO JOÃO HENRIQUEBLASI – Senhor Presidente e senhoresDeputados, inicialmente gostaria de registraro voto de regozijo da Bancada do PMDB aoaniversário natalício, transcorrido ontem, doPrefeito Municipal de Joinville, Luiz Henriqueda Silveira, que foi Deputado Estadual, foiDeputado Federal, é Prefeito pela segundavez da Manchester catarinense, éPresidente Regional e Nacional do PMDB eé, sem favor, uma das maiores figuras danossa agremiação em todo o País.

social que exige custos humanos e naturaispara sua produção. No modelo proposto peloGoverno FHC, o Estado não ficará de fora. Pelocontrário, o dinheiro público é que garantirá osinvestimentos de longo prazo no sistema quenão forem do interesse do capital privado.

Catarina para esta campanha, que é, comodisse, de caráter internacional.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O Sr. Deputado Reno Caramori –

Peço a palavra, pela ordem, senhorPresidente.Ao contrário do que muitos

pensam, as empresas públicas deeletricidade são referências até nos EstadosUnidos, país-pólo do neoliberalismo emodelo para nossas elites. Na Europa é amesma coisa. Lá, a preocupação é com oaprimoramento desse tipo de empresa, querepresenta um avanço qualitativo, e nãocom a liquidação indiscriminada dopatrimônio público.”

O SR. PRESIDENTE (DeputadoNeodi Saretta) – Com a palavra, pela ordem,o senhor Deputado Reno Caramori.

O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI– Senhor Presidente, gostaria de fazer oregistro de um requerimento de minhaautoria. Segundo as formalidades legais, elenão poderá ser apreciado pelo Plenário, maspara que fique registrada talvez pela décimavez essa minha observação nesta Casa,lerei este requerimento, que apresentarei àMesa Diretora oportunamente.

O Deputado Carlito Merss abordouhá pouco um assunto que é efetivamentemomentoso, um assunto que está aí aocupar largos espaços na imprensa, que é arespeito do processo crescente deprivatização de empresas estatais.

Penso que essas breves anotaçõesnos induzem a refletir sobre esse processo,que parece desenfreado e irreversível, maspara o qual nós deveremos concorrer, nomínimo, com a posição crítica, para que nãovenhamos a ser acusados de omissão por estegrande equívoco que está sendo cometido eque mais cedo ou mais tarde terá que serrevertido.

Muito a propósito, parece-me atéque por coincidência o jornal A Notíciaveicula no dia de hoje um artigo muito bemfundamentado do engenheiro Luiz CézareVieira, representante dos empregados noConselho de Administração da Celesc, oqual traz afirmações que devem, no mínimo,nos remeter a uma profunda reflexão arespeito da matéria.

(Passa a ler)“Excelentíssimo senhor Deputado

Neodi SarettaPresidente da Assembléia Legislativa

do Estado de Santa CatarinaO Deputado que este subscreve,

com amparo no Regimento Interno, submeteao Plenário desta Casa proposição endereçadaao excelentíssimo senhor Presidente da Casano sentido de requerer a ampliação para doisveículos, por Deputado, o espaço na garagemexistente da Assembléia Legislativa. Comapenas um box cada Deputado, torna-se difícilo transporte de pessoas e os serviços dosrespectivos gabinetes.”

Aliás, hoje pela manhã, assistindoao Bom Dia Brasil, ouvi uma referência que,a despeito de todas as privatizações queforam feitas por inúmeros Estados daFederação, isso não contribuiu em nenhumcentavo sequer para o abatimento dasdívidas públicas desses Estados, o quesignifica dizer que o dinheiro recebido – e évultosa a quantia adveniente dasprivatizações – não foi utilizado para o fimem princípio destinado, que é, em primeirolugar, até pela receita do Governo Federal, oabatimento das dívidas desses Estados paracom a União Federal.

Eu vou aproveitar o ensejo paraproceder à leitura de alguns trechos que meparecem relevantes para a discussão damatéria.

(Passa a ler)“O caos está instalado no Rio de

Janeiro. Mas desta vez não se trata daviolência organizada, do pânico, do medo deassaltos ou de balas perdidas. A populaçãocarioca desta vez sofre do extremodesconforto da falta sistemática de energiaelétrica.

Senhores Deputados, a cadaPresidente que assume eu faço esta solicita-ção. Busquei junto a um Presidente, numa oca-sião, a retirada dos vasos de flores para au-mentar a capacidade de estacionamento paraos senhores Deputados. Os vasos foram retira-dos, mas foram colocados outros veículos.Sugeri que fosse feita a ampliação do estacio-namento, o que foi feito, mas da mesma formanão foram oferecidas vagas para os senhoresDeputados.

De sorte que fica essa matéria, quevai voltar certamente muitas outras vezes a serobjeto de discussão nesta Casa Legislativa.

Os jornais e a TV têm cumprido opapel de caixa de ressonância, mostrandoao País o drama carioca. Representantesdas concessionárias e integrantes dasociedade civil e política trocam farpas,opiniões e acusações sobre as causas dosblecautes. Aumento da temperatura,redução do pessoal, tecnologia de equi-pamentos, insuficiência de investimentos,transferência exagerada de lucros aosacionistas são algumas das causasapuradas para explicar os fatos.

Por último, eu quero me referir aoevento que acontecerá amanhã, sexta-feira,nesta Casa, quando ela se integrará efetiva-mente ao Fórum Estadual pela Erradicaçãodo Trabalho Infantil e pela Proteção doAdolescente no Trabalho. É um evento deintegração à marcha contra o trabalhoinfantil no Estado de Santa Catarina.

Portanto, senhor Presidente, solicitoque V.Exa. tome uma atitude, pois voltarei dia-riamente a esta tribuna para solicitar maisuma vaga para os senhores Deputados. Seexiste Deputado que não quer mais uma vaga,eu quero a minha!

O SR. PRESIDENTE (Deputado NeodiSaretta) – Senhor Deputado, vamos determinarà assessoria que providencie a redistribuiçãodas vagas nas garagens, possibilitando o au-mento de vagas aos senhores Deputados, masinfelizmente subtraindo de outras pessoas queestão ocupando aquelas vagas.

Estão saindo de diversaslocalidades do País marchas que vãopercorrer outros países da América do Sulno sentido de marcar a união dos paísescontrários ao trabalho infantil, não setolerando que qualquer criança com menosde 14 anos, cujo lugar correto é na escola,possa estar sendo explorada, possa estartendo o seu tempo primoroso da infância,que deveria ser dedicado ao estudo, aolazer e ao crescimento, utilizado naexploração para o recebimento de umsubsalário e para prestação de um trabalhoquase escravizante.

Não se deve descartar a influênciade nenhuma delas, mas as causasprimeiras são as decisões políticas doGoverno em relação ao setor elétricobrasileiro. As açodadas privatizações emcurso têm como único objetivo a‘sinalização’ para o capital especulativo deque o País vem cumprindo corretamente acartilha do FMI e Bird, e a voracidade deGovernadores em ‘fazer dinheiro’ para ascampanhas políticas do corrente ano. É issoque explica, por exemplo, o absurdo detransferir esse importante serviço públicopara monopólios privados, sem a criaçãoprévia de um forte instrumento regulador.

Passaremos à Ordem do Dia.Esta Presidência comunica a

justificativa de ausência dos DeputadosGervásio Maciel, Manoel Mota e VolneiMorastoni.

Sobre a mesa requerimento de auto-ria do Deputado Carlito Merss e outros, que re-quer regime de urgência ao Projeto de DecretoLegislativo 1/98, que susta a Resolução55/97, do Conselho Estadual de Educação.

É uma marcha global, e nestesentido se trata de uma globalizaçãobenfaseja, porque se trata da articulação dosEstados, da articulação de diversos paísespara buscar a conscientização de seus povos epara buscar instrumentos concretos e eficazespara barrar de uma vez por todas a exploraçãodo trabalho infantil.

O Sr. Deputado Júlio Teixeira – Pelaordem, senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado NeodiSaretta) – Com a palavra, pela ordem, oDeputado Júlio Teixeira.

O lamentável é que apenas com adesgraça da população carioca o debate sobreo futuro do setor elétrico entre na pauta dasgrandes discussões nacionais. Mas nenhumEstado da Federação está livre de repetir acurto e médio prazo o que vem ocorrendo noRio de Janeiro.

O SR. DEPUTADO JÚLIO TEIXEIRA –Senhor presidente, eu peço a autorização doAutor da matéria para subscrevê-la.

Em Santa Catarina, amanhã pela ma-nhã, o evento será realizado das 9h30min às12h. Vamos nos engajar nesta campanha, va-mos mostrar que nós aqui também estamosatentos para o problema e que queremos con-tribuir, dar o contributo do Estado de Santa

O SR. PRESIDENTE (Deputado NeodiSaretta) – Com a aquiescência do Autor, subs-creverá também o requerimento o DeputadoJúlio Teixeira.

Afinal, a eletricidade não é uma mer-cadoria qualquer que se compra em cesta nosupermercado. Pelo contrário, é um valor

Editoração Eletrônica - D I V I S Ã O D E A N A I S

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PÁGINA PÁGINA 1010 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

Em discussão. Indicação de autoria do DeputadoAdelor Vieira, a ser enviada ao Governador doEstado, com cópia ao Secretário de Estado doDesenvolvimento Social e da Família,sugerindo providências no sentido de efetuar orepasse de verbas aos ConselhosComunitários, pagamento mês 12/97, bemcomo a parcela do mês 1/98 do novo convênioexercício/98, que já está com atraso.

Civil ainda ontem por volta das 24h. Por issojustifica-se amplamente os presentesrequerimentos.

(Pausa)Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão. Em discussão.Em votação. (Pausa)Os senhores Deputados que o apro-

vam permaneçam como se encontram.Não havendo quem os queira

discutir, encerramos a sua discussão.Aprovado. Em votação.Requerimento de autoria do

Deputado Reno Caramori, que solicita o enviode mensagem telegráfica ao SuperintendenteRegional do Incra, requerendo novo local paraassentamentos em Campos Novos.

Os senhores Deputados que os apro-vam permaneçam como se encontram.Em discussão.

(Pausa) Aprovados.Não havendo quem a queira discutir,

encerramos a sua discussão.Terminada a Ordem do Dia, passare-

mos à Explicação Pessoal.Em discussão. Em votação. Não havendo oradores inscritos, livre

a palavra a todos os senhores Deputados.Com a palavra o Autor. Os senhores Deputados que a apro-vam permaneçam como se encontram.O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI –

Senhor Presidente e senhores Deputados, nóstemos conhecimento de que em CamposNovos, um Município essencialmente agrícolae com uma das maiores extensão em SantaCatarina, existem proprietários que queremvender os seus terrenos, terrenos hojeimprodutivos até, e o Incra não toma nenhumaatitude.

(Pausa)Aprovada. Não havendo quem queira fazer uso

da palavra, esta Presidência anuncia a pautada Ordem Dia de 02/03/98:

Indicação de autoria do DeputadoOlices Santini, a ser enviada ao Governador doEstado, solicitando providências no sentido desocorrer os Municípios do Oeste e ExtremoOeste atingidos pelas enchentes.

Requerimentos nº s: 14, de autoriado Deputado Gilmar Knaesel, ao Presidente daRepública e ao Ministro da Justiça, solicitandoprovidências para coibir roubo de cargas e as-salto de motoristas transportadores; 16, deautoria do Deputado Odacir Zonta, aoGovernador do Estado, ao Secretário daAgricultura e ao Secretário de Obras,solicitando crédito emergencial aos Municípiosdo Oeste atingidos pelas fortes chuvas; 17, deautoria do Deputado Odacir Zonta, aoDeputado Valdir Colatto, aos Senadorescatarinenses e ao Ministro da Defesa Civil nomesmo sentido;

Em discussão.(Pausa)

A invasão lá, que foi comandadapelo ex-Deputado Vilson Santin, foi numa áreaque é produtiva, a qual o proprietário não temo menor interesse em se desfazer, até porqueestá produzindo.

Não havendo quem a queira discutir,encerramos a sua discussão.

Em votação.Os senhores Deputados que a apro-

vam permaneçam como se encontram.Então, a nossa sugestão é que o

Incra verifique outras áreas com interesse deserem comercializadas e que lá, definitivamen-te, sejam assentadas as famílias que queremtrabalhar a terra, e aqueles que querem sim-plesmente usar temporariamente a terra nãodeverão ser assentados, ou reassentados.

Aprovada.Requerimentos de autoria do

Deputado Odacir Zonta e deste Deputado, quesolicitam o envio de mensagem telegráfica aoGovernador do Estado, ao Secretário dosTransportes, ao Secretário do DesenvolvimentoRural e da Agricultura, ao Coordenador doFórum Parlamentar Catarinense em Brasília,aos três Senadores catarinenses e ao Ministroda Defesa Civil, requerendo, tendo em vista asituação de calamidade pública e emergênciaem vários Municípios do Oeste, tais como SãoCarlos, Palmitos, Seara, Concórdia, Ipumirim,Arabutã, Lindóia do Sul e outros, ocasionadapelas chuvas e ventos excessivos, provocandoperdas irreparáveis, atenção e providências ur-gentes no socorro aos Municípios e às vítimas,com crédito emergencial, para que possam fa-zer frente à situação calamitosa.

Pedidos de informação de autoriados Deputados: Leodegar Tiscoski, aoPresidente da Celesc, solicitando informaçõesacerca do convênio entre a Celesc e aPrefeitura de Tubarão, que autoriza a cobrançada taxa de coleta de lixo através da fatura deenergia elétrica; Eni Voltolini, ao Governadordo Estado, solicitando informações acerca dosconvênios firmados entre o Governo do Estadoe as Prefeituras referentes a 1995 a 1997; eao Governador do Estado, solicitandoinformações acerca dos problemas defornecimento de água do Condomínio CristinaVillage, na Trindade, Florianópolis.

Então, que aqueles que realmenteseguem o conselho do Deputado IdelvinoFurlanetto, que tem lutado tanto para que o co-lono, que sabe trabalhar a terra, possa ser es-tabelecido em lugar definitivo, tenham suafamília assentada e possam produzir. Por issoeste nosso requerimento.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Neodi

Saretta) – Continua em discussão.(Pausa) Esta Presidência, antes de encerrar

a presente sessão, convoca outra, ordinária,para segunda-feira, à hora regimental, com aseguinte Ordem do dia: matérias em condiçõesregimentais de serem apreciadas peloPlenário.

Não havendo mais quem o queiradiscutir, encerramos a sua discussão.

Senhores Deputados, gostaria ape-nas de reforçar o registro já feitoanteriormente pelo Deputado Odacir Zonta, dacalamidade acontecida na noite de ontem emConcórdia, reportada em conversa com oPresidente da Comissão Estadual de Defesa

Em votação.Os senhores Deputados que o apro-

vam permaneçam como se encontram.Aprovado. Está encerrada a sessão.

A T O S D A M E S A D I R E T O R A

RESOLUÇÕES RESOLUÇÃO Nº 130/98A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SANTA

CATARINA, no uso de suas atribuições,RESOLUÇÃO Nº 090/98 RESOLVE: nos termos dos artigos 9º e 11, da Lei nº

6.745, de 28/12/85,A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SANTACATARINA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o que constado Processo nº 2420/97,

NOMEAR DACI VERONEZE, para exercer, emcomissão, o cargo de Chefe de Gabinete da Presidência, CódigoPL/DAT-2, do Quadro do Pessoal da Assembléia Legislativa, apartir de 18/02/98.

RESOLVE:CONCEDER ELEVAÇÃO DE ADICIONAL, por tempo de

serviço, ao Pensionista JOÃO ALIPIO JACOBUS, matrícula nº 22837, nopercentual de 72% (setenta e dois por cento), retroagindo seus efeitosa partir de 30/10/97.

PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em 17/02/98.Deputado Neodi Saretta - PresidenteDeputado Odacir Zonta - SecretárioPalácio Barriga-Verde, em 05/02/98.Deputado Gervásio Maciel - SecretárioDeputado Francisco Küster - Presidente

(Republicada por incorreção)Deputado Odacir Zonta - SecretárioDeputado Gervásio Maciel - Secretário *** X X X ***

(Republicada por incorreção)*** X X X ***

D I V I S Ã O D E A N A I S - Editoração Eletrônica

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 1111

P U B L I C A Ç Õ E S D I V E R S A S

MENSAGENS GOVERNAMENTAISOS FATOS:A Assembléia Legislativa do Estado aprovou autógrafo, que

dispõe sobre a Habilitação nas licitações e contratos da administraçãoestadual. O autógrafo advém do Projeto de Lei 190/95, do deputadoNeodi Saretta e foi objeto do Parecer nº 006/95 desta Diretoria.GABINETE DO GOVERNADOR

MENSAGEM Nº 2997/98 Trata-se de exigir dos interessados em contratar com aAdministração Pública Estadual a apresentação de documentaçãorelativa ao cumprimento das normas referentes à saúde e segurança notrabalho de seus empregados.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE E DEMAIS MEMBROSDA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVANo uso da competência privativa que me é outorgada pelo §

1º do art. 54 da Constituição Estadual, comunico a esse Colendo PoderLegislativo que decidi vetar integralmente o projeto de lei que “Dispõesobre licitações e contratos da administração estadual e adota outrasprovidências”, por ser inconstitucional.

A fundamentação jurídica apresentada à época do Projeto deLei era no sentido de que “a Lei 8666 (...), além das normas gerais delicitação e contratos administrativos, específicos da União, deixa emaberto a competência das Unidades da Federação para editar normaspeculiares para disciplinar seus processos licitatórios e para acelebração de contratos administrativos.”

Os pareceres nºs 002/97 da Secretaria de Estado daAdministração e 097/97 da Procuradoria Geral do Estado, que acatointegralmente e permito-me incluir como partes integrantes destamensagem, fornecem os elementos justificadores do veto.

DA ANÁLISE:Preliminarmente, urge que analisemos o caráter de norma

geral atribuído à Lei Federal 8.666/93 e as normas complementaresque podem ser de competência dos estados membros.

Palácio Barriga-Verde, 16 de dezembro de 1997.PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRAGovernador do Estado Segundo o Professor José Cretella Júnior, em sua obra “Das

Licitações Públicas (Comentários à Nova Lei Federal nº 8.666, de 21de junho de 1993)”, 5ª edição, Ed. Forense, Rio de Janeiro, 1994:

Lido no ExpedienteSessão de 17/02/98

Dispõe sobre licitações e contratos daadministração estadual e adota outrasprovidências.

“Normas gerais são as leis federais que o legisladorentender como tais, discricionariamente, desde que as-sim rotuladas taxativamente pela Constituição e, em es-pecial, sobre as matérias do art. 22, incisos XXI aXXVII.”

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina Decreta:Art. 1º Para a habitação nas licitações que ovbjetivem a

realização de obras, serviços e vendas para o Estado exigir-se-á dosinteressados documentção relativa ao cumprimento das normasreferentes à saúde e segurança no trabalho de seus empregados.

Já o emérito Professor Celso Antônio Bandeira de Mello, emsua obra “Curso de Direito Administrativo”, 5ª edição, MalheirosEditores, S. Paulo, 1994, pag. 269, ensina que as normas geraisveiculam:

Art. 2º Constitui motivo para rescisão do contrato o nãocumprimento, pela empresa contratada, das normas relativas à saúde eà segurança no trabalho de seus empregados, previstas na legislaçãofederal, estadual ou municipal, ou dispositivos relativos à matéria,constantes de acordos, convenções ou dissídios coletivos.

“preceitos que podem ser aplicados uniformemente emtodo o País, por se adscreverem a aspectos nacional-mente indiferençados, de tal sorte que repercutem comneutralidade, indiferentemente, em quaisquer de suasregiões ou localidades.”

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

Como sabemos, a Lei Federal 8666/93 em seu artigo 1º,dispõe que ela irá tratar das normas gerais de licitações. Logo,podemos concluir que aos estados resta disciplinar aquilo que nela nãoestá previsto ou proibido e que seja condição peculiar do estado-membro.

PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em 25 de novembro de 1997.Deputado Francisco Küster - PresidenteDeputado Odacir Zonta - 1º SecretárioDeputado Gervásio Maciel - 2º Secretário

SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃOO Prof. José Cretella Júnior, em sua obra citada, pag. 11, diz:OFÍCIO/GABSEA S/Nº

“Por outro lado, as normas especiais paralelas,editadas pelos Estados, na esteira da norma geral, sãoconstitucionais, se preencherem vazios da lei padrãoou fundamental, federal, mas se a lei local contradizas regras editadas pelo legislador central, se forposterior, está viciada de inconstitucionalidade; se foranterior, está revogada ou derrogada.”

Florianópolis, 09 de novembro de 1997.Excelentíssimo SenhorDr. JUSTINIANO PEDROSODD. Secretário de Estado da Casa CivilNESTASenhor Secretário:Cumprimentando-o cordialmente, em atendimento ao seu Ofício nº1534/CC-DIAL, vimos lhe remeter o Parecer nº 002/97, exarado pelaDiretoria de Administração de Materiais e Serviços, órgão central delicitações e contratos do Poder Executivo, acerca do Autógrafo aprovadopela Assembléia Legislativa do Estado que “Dispõe sobre licitações econtratos da administração estadual e adota outras providências”.

(grifamos)E, exatamente o que propõe o nobre Deputado contraria a

Norma Geral, Federal, Hierarquicamente superior, visto que dispõesobre uma nova forma de se habilitar licitantes.

A ilegalidade está colocada também, pelo fato de que osdocumentos a setrem exigidos são de caráter federal, ou seja,expedidos em todo o território nacional, e não se tratam dedocumentos específicos de nosso Estado, criados por legislaçãoCatarinense.

O Parecer 002/97, cujo teor concordo, é a posição desta Secretariaacerca do Autógrafo, visto que, além dos fundamentos ali expostos, aobrigatoriedade da exigência daqueles documentos em habilitação naslicitações, tornará os processos ainda mais formalistas, prejudicando aampla participação de concorrentes. O legislador federal poderia - e só ele poderia - ter previsto tal

exigência na Lei Federal, porém o que ele estabeleceu sobre ahabilitação das empresas é apenas o que dispõe a Lei 8.666/93,artigo 27:

Atenciosamente,HEBE T. NOGARASscretária de Estado da Administração

“Art. 27 - Para habilitação nas licitações exigir-se-á dosinteressados, exclusivamente, documentação relativaa:

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E SERVIÇOSASSUNTO: AUTÓGRAFO APROVADO PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA,

QUE TEM POR OBJETIVO ACRESCENTAR EXIGÊNCIA DEDOCUMENTOS RELATIVOS À HABILITAÇÃO NASLICITAÇÕES PROMOVIDAS PELO ESTADO DE SANTACATARINA.

I - habilitação jurídica;II - qualificação técnica;III - qualificação econômico-financeira;IV - regularidade fiscal.” (grifo nosso)PARECER Nº: 002/97

A documentação “relativa ao cumprimento das normasreferentes à saúde e segurança no trabalho” não enquadra-se comohabilitação jurídica ou fiscal e, tampouco refere-se à qualificaçãotécnica ou econômico-financeira das licitantes.

EMENTA: AUTÓGRAFO APROVADO PELA ASSEMBLÉIALEGISLATIVA QUE ALTERA DISPOSITIVO DA LEI FEDERAL8666/93, ACRESCENTANDO EXIGÊNCIA DEDOCUMENTAÇÃO NÃO PREVISTA NAQUELE DIPLOMALEGAL. FLAGRANTE CONTRADIÇÃO COM A NORMASUPERIOR. ILEGALIDADE.

Como a Lei é exaustiva no art. 27, e por estar claro que oprojeto refere-se a documentos de amplitude federal e não estadual,claro está que a proposta é inconstitucional e, se aprovada, deverá ter

Editoração Eletrônica - D I V I S Ã O D E A N A I S

Page 12: FLORIANÓPOLIS, 26 DE FEVEREIRO DE 1998 NÚMERO · Francisco Küster 1º VICE-PRESIDENTE Vanderlei Olívio Rosso 2º VICE-PRESIDENTE Odacir Zonta ... Pedro Uczai Leodegar Tiscoski

PÁGINA PÁGINA 1212 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

sua vigiência constestada. GABINETE DO PROCURADOR GERALCONCLUSÃO: PROCESSO PPGE 3777/979Pelo exposto, considerando que aos Estados não compete

legislar sobre a matéria, pela flagrange inconstitucionalidade, a nãoaprovação do projeto.

DESPACHOAcolho, na íntegra, por seus jurídicos fundamentos, o parecer

exarado pelo ilustre Procurador do Estado, Dr. Naldi Otávio Teixeira.Este é o nosso parecer. Encaminhe-se os autos à Secretaria de Estado da Casa Civil.Florianópolis, em 09 de novembro de 1997. PGE, 11 de dezembro de 1997PEDRO MANOEL RAMOS MANOEL CORDEIRO JUNIORDiretor de Administração de Materiais e serviços Procurador-Geral Adjunto

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO (art. 7º, I, Dec. 1873/97)PARECER 097/97 *** X X X ***Processo PPGE 3777/979 GABINETE DO GOVERNADORInteressado: Secretaria de Estado da Casa Civil MENSAGEM Nº 3020/98Assunto: Análise dos autógrafos aprovados pela Assembléia

Legislativa.EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE E DEMAIS MEMBROSDA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

I - DOS FATOS No uso da competência privativa que me é outorgada pelo §1º do art. 54 da Constituição Estadual, comunico a esse Colendo PoderLegislativo que decidi vetar integralmente o projeto de lei que “Altera aredação do artigo 2º, da Lei nº 7.756/89, que isenta as Associaçõesde Pais e Professores e os Conselhos Comunitários das taxas eemolumentos, e adota outras providências”, por ser contrário aointeresse público.

1. Trata-se de cópias dos autógrafos aprovados pela augusta CasaLegislativa do Estado de Santa Catarina, de origem parlamentar, queversa sobre licitações e contratos da Administração PúblicaEstadual.

2. Consta do primeiro artigo que na fase de habilitação do processolicitatório, sob qualquer modalide, será exigido documentosinerentes ao cumprimento das normas referentes à saúde e àsegurança no trabalho dos empregados dos interessados nocertame.

O Parecer Técnico nº 001/PROJUR/97 da ProcuradoriaJurídica da Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina, com encami-nhamento dado pelo OF. DG nº 077/97 do seu Diretor-Geral e peloOfício GAB/SEA nº 4.682/97 da Secretaria de Estado daAdministração, que acato integralmente e permito-me incluir como parteintegrante desta mensagem, fornece os elementos justificadores doveto.

3. No artigo seguinte consta que: “Constitui motivo para rescisão docontrato o não cumprimento, pela empresa contratada, das normasrelativas à saúde e à segurança no trabalho de seus empregados,previstas na legislação federal, estadual ou municipal, oudispositivos relativos à matéria, constantes de acordos, convençõesou dissídios coletivos”.

Palácio Santa Catarina, 19 de dezembro de 1997PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRA

II - DO DIREITO Governador do Estado1. A Carta Magna, em seu artigo 37, inciso XXI, diz, in verbis: Lido no Expediente

“Ressalvados os casos especificados na legislação,as obras, serviços, compras e alienações serão contratadosmediante processo de licitação pública que assegure igual-dade de condições a todos os correntes, com cláusulas queestabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condi-ções efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somentepermitirá as exigências de qualifcação técnica e econômicaindispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Sessão de 17/02/98IOESC - IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE SANTA CATARINAOF. DG. Nº 077/97Florianópolis, 15 de dezembro de 1997Excelentíssima SenhoraDra. Hebe Terezinha NogaraSecretária de Estado da AdministraçãoNestaSenhora Secretária,2. Por obvio, não será a exigência de documento que comprove o

cumprimento das normas de segurança no trabalho à garantia doscumprimentos das obrigações.

Com nossos cordiais cumprimentos, temos a honra deencaminhar manifestação da Procuradoria Jurídica da Imprensa Oficialdo Estado, relativa ao ofício nº 1554/CC-DIAL, do dia 11 deste mês,remetido a Vossa Excelência pelo Excelentíssimo Senhor Secretário deEstado da Casa Civil.

3. Marçal Justen Filho ao tecer comentários sobre o inciso XXI do art.37 da Constituição Federal, deixou assente que, “a titularidade e aeficácia do direito de licitar não podem ser frustadas através defixação excessivas ou abusivas. As condições do direito de licitarestão delimitadas legalmente... A vontade constitucional, portanto, édiversa. Deve-se interpretar o art. 37, XXI, no sentido de que, quantoàs exigências de qualificação técnica e econômica, somente serãoadmissíveis aquelas indispensáveis à garantia do cumprimento dasobrigações... A imposição de exigências e a definição das condiçõesde licitar nunca poderão ultrapassar o limite da necessidade.Qualquer exigência desproporcional ao conteúdo da contrataçãocaracterizará meio indireto de restrição à participação - vale dizer,indevida restrição ao direito de licitar... Serão inválida, depois, ascondições não adequadas, o que se verifica quando a exigência quenão se relacione com o objeto da licitação. São exigênciasimpertinentes ou defeituosas, pois a comprovação de seupreenchimento não acarreta presunção de que o sujeito estariahabilitado a executar satisfatoriamente o contrato” (in Comentáriosà Lei e Licitações e Contratos Administrativos, págs. 181/182, Aide,4ª ed.)

Atenciosamente,Nery Clito VieiraDiretor-Geral

Parecer Técnico nº 001/PROJUR/97Florianópolis, 15 de dezembro de 1997Senhor Diretor-Geral,

Atendendo a solicitação constante do vosso despacho nocorpo do ofício nº 1.154/CC-DIAL, datado de 11 do corrente mês,do Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Casa Civil àExcelentíssima Senhora Secretária de Estado da Administração,cópia anexa, manifestamo-nos da forma que abaixo segue.

O Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da CasaCivil, no ofício referido, solicita parecer técnico da matériaconstante do autógrafo da Assembléia Legislativa, cópia anexa,referente ao processo legislativo que trata da alteração do artigo 2ºda Lei nº 7.756, de 28 de setembro de 1989.

Ao examinarmos a matéria chamou-nos a atenção a seme-lhança do texto do autógrafo aprovado pela Assembléia Legislativa,já referido, com o da Lei nº 10.548, de 06 de outubro do correnteano, publicada no Diário Oficial do Estado, na mesma data, (cópiaanexa).

III - CONCLUSÃO4. Portanto, em preliminar, a exigência pretendida, inserta nos autógra-

fos, reclama a ausência de competência por parte do Estado, para afiscalização do cumprimento das normas de segurança no trabalho,mormente atribuída ao Ministério do Trabalho.

5. Por outro lado, os autógrafos visando o cumprimento das normas desegurança reprime o caráter competitivo do certame, com restriçãoao direito de licitar ao inserir exigência dispensável, contrariando aparte final do inciso XXI do art. 37 da Constituição Federal, pois nãoserá tal exigência que vai garantir o cumprimento das obrigaçõescontratuais e, ainda, em nada se relaciona, em geral, com o objetoda licitação, contribuindo somente para a morosidade do processode licitação.

A exceção na semelhança somente ocorre quando amatéria do autógrafo omite que a gratuidade nas publicações noDOE de “Estatutos Sociais, Balanços, Balancetes, Atas, Editais eoutros documentos afins”, sejam concedidas à “entidades queefetivamente atendam à população carente” (grifamos).

Há que se considerar o fato de a Imprensa Oficial doEstado pagar a folha de pessoal dos seus funcionários ativos einativos e manter o seu parque gráfico com sua própria receita.É o que me parece, contudo, submeto o presente parecer a

consideração do douto Procurador-Geral do Estado. Se a gratuidade de publicações dos estatutos, balanços,balancetes, atas, editais e outros documentos afins, abranger àsentidades que não assistam ou prestam serviços à população

Florianópolis, 08 de dezembro de 1997.Naldi Otávio TeixeiraProcurador do Estado

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 1313

carente estará a IOESC prejudicada, seriamente, na suamanutenção.

providências.A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina Decreta:

Art. 1º O artigo 2º, da Lei nº 7.756, de 28 de setembro de1989, passa a vigorar com a seguinte redação:

É nosso entendimento que a matéria do autógrafo é“contrária ao interesse público”, e conforme o parágrafo 1º do artigo 54da Constituição do Estado poderá receber veto governamental. “Art. 2º A isenção prevista nesta Lei abrange as taxas e

emolumentos cartorais e as despesas decorrentes da publicação dosEstatutos, Balanços, Balancetes, Atas e Editais no Diário Oficial doEstado.”

É o nosso parecer.Atenciosamente,VÍLSON EMERIM

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Procurador JurídicoArt. 3º Revogam-se as disposições em contrário.LEI Nº 7.756, de 28 de setembro de 1989

PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em 08 de dezembro de 1997.Isenta as Associações de Pais eProfessores e os ConselhosComunitários das taxas e emolumentosque menciona.

Deputado Francisco Küster - PresidenteDeputado Odacir Zonta - 1º SecretárioDeputado Adelor Vieira - 4º Secretário

*** X X X ***O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,GABINETE DO GOVERNADORFaço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: MENSAGEM Nº 3021/98EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE E DEMAIS MEMBROSDA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Art. 1º - Ficam as Associações de Pais e Professores (APPs) eos Conselhos Comunitários do Estado de Santa Catarina, criados apartir da vigência desta Lei, isentos do pagamento das taxas, emolu-mentos e demais despesas decorrentes do registro de seus estatutos.

No uso da competência privativa que me é outorgada pelo §1º do art. 54 da Constituição Estadual, comunico a esse Colendo PoderLegislativo que decidi vetar integralmente o projeto de lei que “Altera aTabela da Lei nº 7.541, de 30 de dezembro de 1988, com a redaçãodada pela Lei nº 10.298, de 26 de dezembro de 1996”, por sercontrário ao interesse público.

Art. 2º - A isenção prevista nesta Lei abrange as taxas e emo-lumentos cartorais e as despesas decorrentes da publicação dosEstatutos no Diário Oficial do Estado.

Art. 3º - Não serão abrangidos pela isenção prevista nesta Leias taxas, emolumentos e demais despesas decorrentes de registrosposteriores aos que se referirem ao começo da existência das pessoasjurídicas objeto desta Lei.

O ofício nº 1.468/97 da Secretaria de Estado da Fazenda,que acato integralmente e permito-me incluir como parte integrantedesta mensagem, fornece os elementos justificadores do veto.Palácio Santa Catarina, 19 de dezembro de 1997Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRAArt. 5º - Revogam-se as disposições em contrário.Governador do EstadoFlorianópolis, 28 de setembro de 1989

Lido no ExpedientePEDRO IVO FIGUEIREDO DE CAMPOSSessão de 17/02/98Governador do EstadoSECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDALEI Nº 10.548, de 06 de outubro de 1997GABINETE DO SECRETÁRIOAltera dispositivo da Lei nº 7.756, de

28 de setembro de 1989 que isentouas Associações de Pais e Professorese os Conselhos Comunitários das taxase emolumentos que menciona.

Florianópolis, 12 de dezembro de 1997Ofício SEF/GABS/Nº 1.468/97Ao Excelentíssimo SenhorJustiniano Pedroso

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, Secretário de Estado da Casa CivilFaço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: NestaSenhor SecretárioArt. 1º O art. 2º da Lei nº 7.756, de 28 de setembro de

1989, alterada pelas Leis nºs 8.621, de 22 de maio de 1992 e 9.817,de 29 de dezembro de 1994, passa a vigorar com seguinte redação:

Em atenção ao seu ofício nº 1541/CC-DIAL, que solicita parecer técnicodo autógrafo aprovado pela Assembléia Legislativa, de origem parla-mentar, alterando valor de taxas previstas na Lei nº 7.541, de 30 dedezembro de 1988, que dispõe sobre as taxas estaduais informamos:

“Art. 1º As entidades relacionadas no artigo anterior, que efe-tivamente atendam gratuitamente à população carente, estão dispen-sadas do pagamento de despesas com a publicação no Diário Oficial doEstado de seus Estatutos Sociais, Balanços, Balancetes, Atas eEditais, bem como de outros documentos afins”.

O autógrafo altera valores do item 13 - Documentos fiscais fornecidospela Fazenda Pública da Tabela I - Atos da Administração Geral, anexa àLei 7.541/88, na redação da Lei nº 10.298, de 26 de dezembro de1996.Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.A alteração reduz o valor da taxa cobrada pela Fazenda Pública nofornecimento de Nota Fiscal de Produtor, reduzindo os valores:

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Florianópolis, 06 de outubro de 1997

a) jogo isolado de 1,0 para 0,10 UFIR;PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRAb) bloco com 5 jogos de 2,0 para 1,0 UFIR;Governador do Estadoc) bloco com 10 jogos de 4,0 para 1,0 UFIR.(PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL - SC - Nº 15.775, de 06/10/1997)A taxa destina-se ao pagamento do serviço prestado ao contribuinte,devendo seu valor cobrir o custo da prestação. O fornecimento da notafiscal de produtor envolve custos de impressão, transporte, cadastro,administração, arrecadação, etc. Entre os custos perfeitamentedimensionados está o da impressão do jogo com 5 notas fiscais deprodutor com o custo médio de R$ 0,38.

SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃOGABINETE DA SECRETÁRIAOFÍCIO/GAB/SEA Nº 4682/97Florianópolis, 15 de dezembro de 1997Excelentíssimo SenhorJUSTINIANO PEDROSO Para cobrir os custos fixos que envolvem a arrecadação das taxas o §

3º do art. 3º da Lei 7.541/88, com a redação dada pela Lei nº10.298/96, fixou o valor da taxa mínima em 4 UFIR.

Secretário de Estado da Casa CivilNESTA

Atenciosamente,Senhor SecretárioNelson WedekinEncaminho a Vossa Excelência manifestação da Procuradoria Jurídica

da Imprensa Oficial do Estado, em resposta dos termos do seu Ofícionº 1554/97, que acompanhou Decreto aprovado pela AssembléiaLegislativa alterando o artigo 2º da Lei nº 7.856/89.

Secretário de Estado

Altera Tabela da Lei n. 7.541, de 30 dedezembro de 1988, com a redaçãodada pela Lei n. 10.298, de 26 dedezembro de 1996.

A sua consideração e posterior decisão de Sua Excelência, o SenhorGovernador.Com os meus cumprimentos

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina Decreta:CordialmenteArt. 1º Os subitens II, III e IV do item 13, da Tabela I - “Atos

da Administração Geral”, a que se refere o parágrafo único do artigo 4ºda Lei nº 7.541, de 30 de dezembro de 1988, alterada pela Lei nº10.298, de 26 de dezembro de 1996, passam a vigorar com asseguintes redações:

HEBE T. NOGARASecretária de Estado da Administração

Altera a redação do artigo 2º, da Lei nº7.756/89, que isenta as Associaçõesde Pais e Professores e os ConselhosComunitários das taxas eemolumentos, e adota outras

TABELA I

Item 13 - Documentos fiscais fornecidos pela fazenda pública

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Page 14: FLORIANÓPOLIS, 26 DE FEVEREIRO DE 1998 NÚMERO · Francisco Küster 1º VICE-PRESIDENTE Vanderlei Olívio Rosso 2º VICE-PRESIDENTE Odacir Zonta ... Pedro Uczai Leodegar Tiscoski

PÁGINA PÁGINA 1414 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

UFIR Art. 2º Revoga-se a alínea “b”, do inciso III do art. 19 da Leinº 10.297, de 26 de dezembro de 1996.II - Nota Fiscal do Produtor - jogo isolado......................................0,10

III - Nota Fiscal do Produtor - com 5 (cinco) jogos ........................0,50IV - Nota Fiscal de Produtor - bloco com 10 (dez) jogos ...............1,00

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em 28 de novembro de 1997.

Deputado Francisco Küster - PresidenteDeputado Odacir Zonta - 1º SecretárioArt. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Deputado Adelor Vieira - 4º SecretárioArt. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

*** X X X ***PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em 28 de novembro de 1997.GABINETE DO GOVERNADORDeputado Francisco Küster - Presidente

Deputado Odacir Zonta - 1º Secretário MENSAGEM Nº 3023/98Deputado Adelor Vieira - 4º Secretário EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE E DEMAIS

MEMBROS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA*** X X X ***GABINETE DO GOVERNADOR No uso da competência privativa que me é outorgada pelo § 1º

do art. 54 da Constituição Estadual, comunico a Vossas Excelências quesancionei o projeto de lei complementar que “Dispõe sobre a classificaçãodas comarcas e a compactação e reclassificação das entrâncias, nacarreira da magistratura de primeiro grau e adota outras providências”,opondo, entretanto, veto à parte final do art. 4º - “bem como aosmagistrados que vierem a ser promovidos para a aludida entrância” -, ao §3º do art. 5º, por inconstitucionalidade, e ao § 3º do art. 2º por contrariar ointeresse público.

MENSAGEM Nº 3022/98EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE E DEMAIS MEMBROSDA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVANo uso da competência privativa que me é outorgada pelo §

1º do art. 54 da Constituição Estadual, comunico a esse Colendo PoderLegislativo que decidi vetar integralmente o projeto de lei que “Alteradispositivo da Lei nº 10.297, de 26 de dezembro de 1996 e estabeleceprovidências correlatas”, por ser inconstitucional.

O ofício nº 1.467/97 da Secretaria de Estado da Fazenda,que acato integralmente e permito-me incluir como parte integrantedesta mensagem, fornece os elementos justificadores do veto.

Preliminarmente, ressalto que, em função da rigorosa obser-vância da técnica adotada no processo legislativo, os vetos se destinamprincipalmente a atender os superiores interesses do Poder Judiciário,após manifestação do Tribunal de Justiça.

Palácio Santa Catarina, 19 de dezembro de 1997PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRAGovernador do Estado

Neste contexto, o veto de parte do art. 4º se impõe porquecontraria o disposto no inciso II do art. 78 da Constituição Estadual, quedispõe: “O acesso ao Tribunal de Justiça se fará alternadamente porantigüidade e merecimento, apurados na última entrância,observados os critérios do inciso II”. Ora, última entrância é aespecial da Capital conforme estabelece o item 3 do parágrafo único doart. 1º. A possibilidade dos magistrados que vierem a ser promovidos deterem assegurado o direito de promoção ao Tribunal de Justiça implica noaumento da última entrância. Em outras palavras, o acesso ao Tribunal deJustiça deve ser garantido somente aos atuais ocupantes de cargo na 4ªentrância, sem a dilatação do universo aos que vierem a compô-la.

Lido no ExpedienteSessão de 17/02/98SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDAGABINETE DO SECRETÁRIOFlorianópolis, 12 de dezembro de 1997Ofício SEF/GABS/Nº 1.467/97Ao Excelentíssimo SenhorJustiniano PedrosoSecretário de Estado da Casa CivilNestaSenhor SecretárioEm atenção ao seu ofício nº 1540/CC-DIAL, que solicita parecer técnicodo autógrafo aprovado pela Assembléia Legislativa, de origem parla-mentar, alterando dispositivos da Lei nº 10.297, de 26 de dezembro de1996, que dispõe sobre o ICMS, informamos:

Em relação ao § 3º do art. 5º, constata-se que inserção desteparágrafo significou a modificação da estrutura do Poder Judiciário, emfranco desrespeito aos arts. 78 e 83 da Constituição Estadual:

“Art. 78. A Lei de Organização Judiciária, de iniciativa doTribunal de Justiça, disporá sobre a estrutura e funcionamento do PoderJudiciário e a carreira da magistratura, observados os seguintesprincípios...

O autógrafo revoga a alínea “b” do inciso III do art. 19 e acrescenta aomesmo artigo o § 2º, renumerando seu parágrafo único para § 1º.As alterações efetuadas tratam do imposto incidente nas operaçõescom energia elétrica destinada a produtor rural e cooperativas ruraisredistribuídas, na parte que não exceder a 500 kwh mensais porprodutor rural, produzindo os seguintes efeitos:

“Art. 83. Compete privativamente ao Tribunal de Justiça:“(...)“IV propor à Assembléia Legislativa, observado o disposto no

art. 118:a) Revoga a alíquota de 12% incidente nas referidas operações;b) Dispensa a “cobrança das alíquotas” do imposto previstas no art.19, o que equivale a isenção do imposto. (...)Sem adentrar no mérito das alterações propostas devem ser levadosem consideração os aspectos de ordem institucional que tratam daconcessão de isenção do ICMS pelos Estados-membros.

“d) alteração da organização e da divisão judiciárias;”No mesmo sentido, ou seja, de que a iniciativa privada para

alteração do Código de Divisão e Organização Judiciárias do Estado deSanta Catarina é do Poder Judiciário, dispõe o art. 96, inciso II, alínea “d”,da Constituição Federal:

A teor do disposto na Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, “g”, e daConstituição Estadual, art. 131, XII, “g”, as isenções, incentivos ebenefícios fiscais, relativos ao ICMS, serão concedidos e revogadosmediante convênios celebrados entre os Estados-membros e o DistritoFederal, na forma prevista na Lei Complementar nº 24, de 07 de janeirode 1975, recepcionada pelo novo ordenamento constitucional.

“Art. 96. Compete privativamente:(...)“II Ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e

aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo,observado o disposto no art. 169:

Padece de vício de inconstitucionalidade qualquer lei estadual queconceda benefícios fiscais unilateralmente, não autorizados porconvênio do CONFAZ. (...)Atenciosamente, “d) a alteração da Organização e da divisão judiciárias;”Nelson Wedekin Segundo o magistério de Manoel Gonçalves Ferreira Filho:

“Chama-se iniciativa o poder de propor a doação de uma lei como tambéma apresentação do projeto junto ao órgão competente”. (Do ProcessoLegislativo, Saraiva, 1995, pág. 71).

Secretário de Estado

Altera dispositivo da Lei nº 10.297, de26 de dezembro de 1996 e estabeleceprovidências. Não se pode olvidar que o Poder Legislativo possui o atributo

Constitucional de apreciar e aprovar as leis, podendo, no exercício desteencargo, modificar a proposta submetida à apreciação pelo PoderJudiciário, respeitada, entretanto, a pertinência temática. Defeso, assim,sob o pálio do exercício de seu Poder, introduzir, sponte sua, norma cujainiciativa de modificação depende de iniciativa do poder privativo. Emoutras palavras não pode o Poder Legislativo modificar toda lei deorganização judiciária através da remessa de projeto específico, sob penade transbordar os limites da iniciativa de tornar letra morta o dispositivoconstitucional da fixação de iniciativas legislativas.

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina Decreta:Art. 1º Fica inserido no art. 19 da Lei nº 10.297, de 26 de

dezembro de 1996 o parágrafo segundo, renumerando-se o parágrafoúnico para primeiro, conforme segue:

“Art. 19 ............................................................................§ 1º ..................................................................................§ 2º Nas operações com energia elétrica destinada a

produtor rural e cooperativas redistribuidoras, será dispensada acobrança das alíquotas previstas neste artigo, na parte que nãoexceder a 500 kwh (quinhentos quilowats hora) mensais por produtorrural.” O voto do eminente Min. Néri da Silveira, proferido na Adin. nº

1.051-SC, é esclarecedor:

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 1515

“Ora, no caso concreto, o dispositivo foi inserido em um projetode iniciativa do Tribunal de Justiça, mas que dispunha sobre matériainteiramente diversa. O poder de emendar projetos de lei, de iniciativaprivada de órgão judiciário, que se reconhece ao Poder Legislativo, fica,entretanto, limitado à matéria objeto de projeto de lei de iniciativa doJudiciário. Na espécie, em realidade, há esse vício de iniciativa queinviabiliza a retribuição conferida, por invalidade da norma criadora”.

§ 3º Para fins de remuneração é mantida aproporcionalidade prevista na Lei nº 6.741, de 18 de dezembro de1985, resguardadas as situações pessoais.

Art. 3º Enquanto não consolidada a situação funcionaldecorrente da presente Lei, terão sempre preferência para promoçãoe remoção os magistrados que nesta data satisfazem os requisitospotenciais ao respectivo acesso.

De sorte que a emenda legislativa, na espécie, importou naconfiguração de vício de origem, porquanto somente o Tribunal de Justiça- em caráter absoluto - pode requerer a modificação do Código de Divisãoe Organização Judiciárias do Estado de Santa Catarina, cabendo aoPoder Legislativo, a discussão e aprovação do projeto e eventuaisemendas, obedecendo, repita-se a pertinência temática.

Art. 4º É assegurado o direito à promoção ao cargo deDesembargador, respeitada, para fins da primeira quinta parte, arespectiva lista nominativa de antigüidade, aos atuais magistrados de4ª entrância, classificados na entrância especial, nos termos do art.1º, parágrafo único, item 4, desta Lei, bem como aos magistradosque vierem a ser promovidos para a aludida entrância.Por fim, não é demais relembrar que recentemente o Supremo

Tribunal Federal suspendeu, através de medida liminar, a eficácia de duasleis impugnadas mediante o controle concentrado de constitucionalidadedeste Estado (Adin. 1.682-SC, rel. Min. Otávio Galloti e Adin. 1.681-SC,rel. Min. Maurício Corrêa - Informativo do STF nº 86, pág. 2). A máculalastreadora das ações era o vício formal, consistente na ausência departicipação nascedoura do Poder Judiciário, único titular da iniciativalegislativa.

Art. 5º Para remoção ou promoção, o magistradoconservará a mesma ordem de colocação constante na listanominativa de antigüidade, na entrância que integre à data devigência desta Lei, sendo-lhe assegurados todos os direitos jáconsolidados, inclusive o de promoção ao Tribunal de Justiça.

§ 1º Para os mesmos fins, o magistrado de entrânciainferior, que passe a compor as entrâncias inicial e intermediária,somente terá deferida sua inscrição se não houver candidato inscrito,de entrância superior.

No que diz respeito ao § 3º do art. 2º, o veto não se fundamentaem qualquer tipo de vício, mas se justifica por estar repetido, porcompleto, no § 2º do art. 5º, o que contraria a técnica legislativa e, porconseguinte, também o interesse público.

§ 2º Para fim de remuneração, fica mantida aproporcionalidade estabelecida na Lei n. 6.741, de 18 de dezembrode 1985, resguardadas as situações pessoais.Estas ponderações, Senhores Deputados, contém fundamen-

talmente as razões de veto que, por certo, serão acolhidas por VossasExcelências.

§ 3º Para efeito de promoção ao Tribunal de Justiça,equiparam-se as comarcas de entrância final, inclusive com a daCapital.Palácio Santa Catarina, 19 de dezembro de 1997.

PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRA Art. 6º Os parágrafos 2º e 6º, do art. 185, da Lei n. 5.624,de 09 de novembro de 1979, passam a ter nova redação, acrescidodo parágrafo 7º:

Governador do EstadoLido no ExpedienteSessão de 17/02/98

“Art. 185.....................................................................................Dispõe sobre a classificação dascomarcas e a compactação ereclassificação das entrâncias, nacarreira da magistratura de primeiro graue adota outras providências.

...................................................................................................................§ 2º Nos casos de remoção, promoção ou permuta, o prazo

para entrada em exercício será de quinze (15) dias, prorrogável por igualprazo, excepcionalmente, a critério do Presidente do Tribunal.

.........................................................................................A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina Decreta:§ 6º O Conselho da Magistratura disciplinará a

movimentação dos magistrados promovidos ou removidos, fixando,para tanto, preferencialmente os meses de julho e dezembro,observado o disposto no § 5º, para que o trânsito não se dê emépoca prejudicial ao serviço forense.

Art. 1º Para efeito de organização e divisão judiciárias doEstado, as comarcas ficam classificadas e transformadas em comarcasde entrância inicial, intermediária, final e especial.

Parágrafo único. Para o efeito deste artigo:1) as comarcas de 1ª e 2ª entrâncias, compactadas, classifi-

cam-se na entrância inicial; ...................................................................................................§ 7º O período de trânsito não gozado na época oportuna, não

poderá ser usufruído em data posterior, sendo vedada a cumulação na hi-pótese de promoção imediatamente subseqüente.”

2) as comarcas de 3ª e 4ª entrâncias, classificam-se nasentrâncias intermediária e final, respectivamente, salvo o disposto no itemseguinte;

Art. 7º O parágrafo 1º, do art. 192, da Lei n. 5.624, de 09 denovembro de 1979, passa a ter nova redação:

3) a comarca da Capital, de 4ª entrância, constitui entrânciaespecial;

“Art. 192.....................................................................................4) os atuais magistrados de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª entrâncias, ficamclassificados, automática e respectivamente, nas entrâncias inicial,intermediária, final e especial, mantidas transitoriamente as corresponden-tes lotações.

§ 1º Para a remoção, atendido no que couber o art. 81, § 1º, daLei Orgânica da Magistratura Nacional, é necessário o interstício de maisde dois anos na entrância.

Art. 8º Na hipótese de permuta não será devida a ajuda decusto fixa, de que trata o art. 290, da Lei n. 5.624, de 09 denovembro de 1979.

Art. 2º Os magistrados que à data da vigência desta Leicompõem as listas nominativas de antigüidade:

1) de 2ª e 3ª entrância, para efeito de promoção e remoção,passam a compor as listas nominativas das entrâncias intermediáriae final, respectivamente;

Art. 9º O art. 3º da Lei Complementar nº 122, de 11 dejulho de 1994, passa a ter a seguinte redação:

“Art. 3º Compete ao Juiz de Direito Substituto de 2º Grau:2) de 4ª entrância, para fins de remoção e acesso aoTribunal, passam a integrar as listas nominativas da entrânciaespecial.

I - substituir desembargador, nas suas faltas,impedimentos, afastamentos, licenças, férias e na vacância do cargo;

II - cooperar em Câmaras isoladas, por designação doPresidente do Tribunal;

§ 1º É ressalvado o direito à remoção:a) aos atuais magistrados de 2ª entrância, ora classificados

na entrância inicial, para comarcas das entrâncias inicial eintermediária;

III - integrar Câmara Especial e de Férias, na forma definidapelo Regimento Interno do Tribunal;

IV - dar plantão nos feriados e finais de semana, paraatendimento das medidas urgentes, conforme resolução do Conselhoda Magistratura;

b) aos atuais magistrados de 3ª entrância, para comarcasdas entrâncias intermediária e final;

c) aos atuais magistrados de 4ª entrância, para comarcasdas entrâncias final e especial. V - assessorar os órgãos diretivos do Tribunal, assim como

as comissões, por designação do Presidente do Tribunal;§ 2º A promoção e remoção dos magistrados que, na datadesta Lei, exercem cargos de Juiz de Direito Substituto e de Juiz deDireito de 1ª entrância, será feita observada a nova classificação dasentrâncias.

VI - exercer outras atribuições a serem definidas peloConselho da Magistratura.”

Art. 10. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de suapublicação.

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PÁGINA PÁGINA 1616 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

Art. 11. Revogam-se as disposições em contrário. 14 - São Francisco do Sul;PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em 08 de dezembro de 1997. 15 - São Joaquim;

16 - São José;Deputado Francisco Küster - Presidente17 - São Miguel d’ Oeste;Deputado Odacir Zonta - 1º Secretário18 - Tijucas;Deputado Adelor Vieira - 4º Secretário19 - Timbó;ANEXO ÚNICO20 - Videira; eI - Entrância Inicial:21 - Xanxerê.1 - Abelardo Luz;III - Entrância Final:2 - Anchieta;1 - Blumenau;3 - Anita Garibaldi;2 - Brusque;4 - Barra Velha;3 - Chapecó;5 - Bom Retiro;4 - Concórdia;6 - Braço do Norte;5 - Criciúma;7 - Campo Erê;6 - Curitibanos;8 - Capinzal;7 - Itajaí;9 - Coronel Freitas;8 - Joaçaba;10 - Correia Pinto;9 - Joinville;11 - Cunha Porâ;10 - Lages;12 - Descanso;11 - Rio do Sul; e13 - Dionísio Cerqueira;12 - Tubarão.14 - Fraiburgo;IV - Entrância Especial:15 - Gaspar;1 - Capital.16 - Guaramirim;

*** X X X ***17 - Ibirama;18 - Içara;

PROJETOS DE LEI19 - Imaruí;20 - Imbituba;21 - Itaiópolis;

PROJETO DE LEI Nº 001/9822 - Itapiranga;GABINETE DO GOVERNADOR23 - Ituporanga;MENSAGEM Nº 323024 - Jaguaruna;

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE E DEMAIS MEMBROSDA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

25 - Otacílio Costa;26 - Lauro Müller; Nos termos do artigo 50 da Constituição Estadual, submeto à

elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de exposi-ção de motivos da Secretaria de Estado da Administração, o projeto delei que “Autoriza a permissão de uso de imóvel no Município deFlorianópolis”.

27 - Lebon Régis;28 - Maravilha;29 - Mondaí;30 - Orleans;31 - Palmitos; Palácio Santa Catarina, 12 de fevereiro de 1998.32 - Papanduva; PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRA

Governador do Estado33 - Piçarras;SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO34 - Pinhalzinho;GABINETE DA SECRETÁRIA35 - Pomerode;Florianópolis, 09 de dezembro de 1997.36 - Ponte Serrada;Da Secretária de Estado da Administração37 - Quilombo;Dra. HEBE T. NOGARA38 - Rio Negrinho;Ao Governador do Estado

39 - Santa Cecília; Dr. Paulo Afonso Evangelista Vieira40 - Santo Amaro da Imperatriz; Exposição de Motivos nº 246/9741 - São Carlos; 1. Apresentação42 - São Domingos; Tenho a honra de submeter à consideração de Vossa Excelência o

apenso projeto de lei acerca da permissão de uso de parte do imóvelde propriedade do Instituto de Previdência do Estado de SantaCatarina - IPESC, matriculado sob o nº 3.200 no Cartório do 2º Ofíciodo Registro de Imóveis de Florianópolis.

43 - São João Batista;44 - São José do Cedro;45 - São Lourenço do Oeste;46 - Seara;

2. Análise47 - Sombrio;A permissão de uso está prevista para durar 20 (vinte) anos e incidesobre uma área de aproximadamente 10.356,00m² (dez mil, trezen-tos e cinqüenta e seis metros quadrados), de uma porção maiorlocalizada às margens da SC-404 (atual rodovia Admar Gonzaga),nesta capital, no bairro Itacorubi.

48 - Taió;49 - Tangará;50 - Turvo;51 - Trombudo Central;52 - Urubici; A beneficiária da permissão é a M.R. grande Loja de Santa Catarina,

instituição maçônica sem fins lucrativos, que pretende construir umprédio para abrigar sua sede.

53 - Urussanga; e54 - Xaxim.II - Entrância Intermediária: 3. Parecer1 - Araranguá; Isto posto e havendo concordância de Vossa Excelência é

perfeitamente possível encaminhar o incluso projeto de lei àAssembléia Legislativa, com fulcro no artigo 12º, § 1º e artigo39, IX, da Constituição do Estado.

2 - Balneário Camboriú;3 - Biguaçu;4 - Caçador;5 - Campos Novos; Respeitosamente,6 - Canoinhas; HEBE T. NOGARA7 - Indaial; Secretária de Estado da Administração8 - Jaraguá do Sul; PROJETO DE LEI Nº 001/989 - Laguna; Autoriza a permissão de uso de imóvel

no Município de Florianópolis.10 - Mafra;11 - Palhoça; O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,12 - Porto União; Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:13 - São Bento do Sul;

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 1717

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a permitir o usogratuito de parte do imóvel matriculado sob o nº 3.200 no Cartório do2º Ofício do Registro de Imóveis da Comarca de Florianópolis ecadastrado sob o nº 00358 na Secretaria de Estado da Administração.

Município de Três Barras.”Palácio Santa Catarina, 12 de fevereiro de 1998.

PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRAGovernador do Estado

Parágrafo único. O imóvel referido nesta Lei é constituído porum terreno, sem benfeitorias, com as seguintes medidas e confronta-ções: frente, ao sudoeste, para a SC 404, rodovia Admar Gonzaga,onde mede 72,42 m (setenta e dois metros e quarenta e dois centíme-tros); fundos, ao nordeste, confronta com terras remanescentes doInstituto de Previdência do Estado de Santa Catarina - IPESC, medindocerca de 72,42 m (setenta e dois metros e quarenta e dois centíme-tros); lateral, ao suleste, na extensão de 143,00 m (cento e quarenta etrês metros) extrema com terras remanescentes do IPESC, cujo uso foiconcedido à Fundação de Apoio ao Hemosc e ao CEPON - FAHECE; naoutra lateral, ao noroeste, confronta com diversos proprietários,Atacadista Baía Norte, Marcelo Fachine e Auto Elétrica Possenti, ondemede cerca de 127,00 m (cento e vinte e sete metros), perfazendo aárea aproximada de 10.356,00 m² (dez mil, trezentos e cinqüenta eseis metros quadrados).

SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃOFlorianópolis, 04 de novembro de 1997.Da Secretária de Estado da AdministraçãoDra. HEBE T. NOGARAAo Governador do EstadoDr. PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRAExposição de Motivos nº 223/971. Apresentação

Tenho a honra de submeter à consideração de Vossa Excelênciao apenso projeto de lei acerca da doação de um terreno erespectivas benfeitorias, com área superficial de 2.000,00 m²(dois mil metros quadrados), ao Município de Três Barras, nesteEstado.

2. AnáliseArt. 2º A permissão de uso prevista nesta Lei se destina àconstrução de um prédio para abrigar a sede da M.R. Grande Loja deSanta Catarina, instituição maçônica, sem fins lucrativos, dotada depersonalidade jurídica de direito privado, regularmente constituído, decaráter científico-filosófico, adogmática, filantrópica e apartidária, comjurisdição no Estado de Santa Catarina.

O imóvel está registrado sob o nº 11.281 no Cartório do Registrode Imóveis da Comarca de Canoinhas, em nome da extintaFundação Catarinense do Bem Estar do Menor - FUCABEM, que outilizava para as finalidades básicas daquela entidade.Desde outubro de 1985 o mesmo teve o uso cedido aoMunicípio, através de contrato. A partir de então, amunicipalidade vem dispondo da área nas suas atividades,sendo que atualmente é utilizado como sede da IntendênciaDistrital de São Cristóvão.

Art. 3º O Poder Executivo poderá revogar unilateralmente apermissão autorizada por esta Lei, independente de notificação judicialou extrajudicial, quando o uso se tornar incompatível com a afetação doimóvel ou se revelar contrário ao interesse público.

Art. 4º A permissionária fica proibida de transferir a terceiros,gratuita ou onerosamente, quaisquer direitos adquiridos com apresente permissão.

O ato autorizativo da cessão de uso está com prazo vencido.Tendo em vista que o imóvel é de extrema importância àconsecução dos objetivos administrativos locais, de possuirlocalização privilegiada e de já estar cedido por longos anos, oExmo. Senhor Prefeito pleiteia a incorporação definitiva de talimóvel ao patrimônio da municipalidade, através de doação.

Art. 5º É vedado à permissionária oferecer o imóvel comogarantia de dívida ou obrigação de qualquer natureza.

Art. 6º O desvio de finalidade ou a inobservância de qualquerdispositivo desta Lei resultará na retomada imediata do imóvel.

Para tanto encaminhou a esta Secretaria de Estado o Of. GAB.294/97, que deu origem ao Processo SEAP nº 10.314/970.

Art. 7º A permissionária responderá pelos encargos civis,administrativos, tributários e demais despesas ordinárias decorrentesdo uso do imóvel. 3. Parecer

Art. 8º O prazo da permissão de uso autorizada por esta Lei éfixado em 20 (vinte) anos, podendo ser prorrogado por igual períodomediante acordo entre as partes.

Isto posto e havendo concordância de Vossa Excelência, éperfeitamente legal encaminhar o incluso projeto de lei à análiseda Assembléia Legislativa, a teor dos artigos 12, § 1º e 39, IX,da Constituição do Estado.Parágrafo único. Findas as razões da permissão de uso antes

do término do prazo previsto no “caput” deste artigo o imóvel serárestituído ao IPESC.

Respeitosamente,HEBE T. NOGARA

Art. 9º As partes poderão firmar acordo subsidiário a esta Leipara regulamentar a permissão, sem afastar o seu caráter precário.

Secretária de Estado da AdministraçãoPROJETO DE LEI Nº 002/98Art. 10. A paralisação das atividades da permissionária por

tempo superior a 6 (seis) meses, a sua extinção ou suspensão dassuas finalidades básicas implicará no direito à retomada do imóvel.

Autoriza a doação de imóvel no Municípiode Três Barras.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Art. 11. A conservação, zelo e segurança do imóvel constituiobrigação permanente da permissionária, inclusive é admitido o segurocontra riscos de qualquer natureza, enquanto durar a permissão.

Faço saber a todos os habitantes deste Estado que aAssembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a doar aoMunicípio de Três Barras o imóvel, terreno e benfeitorias,matriculado sob o nº 11.281 no Livro nº 2 - Registro Geral doCartório do Registro de Imóveis da Comarca de Três Barras ecadastrado sob o nº 00806 na Secretaria de Estado daAdministração.

Art. 12. A permissionária poderá intentar as ações necessá-rias a salvaguardar a propriedade do IPESC para defender a posse doimóvel contra eventual turbação, esbulho ou outra ameaça.

Art. 13. A presente permissão de uso não afasta a obrigato-riedade dos procedimentos previstos pela Lei federal nº 8.666, de 21de junho de 1993, se exigidos.

Art. 14. O IPESC será representado no ato pelo titular daSecretaria de Estado da Administração ou por quem estiver legalmenteconstituído.

Art. 2º No imóvel mencionado no artigo anterior encontra-se instalada a sede da Intendência Distrital de São Cristóvão.

Art. 3º O Município não poderá, sob pena de reversão:Art. 15. Nenhuma despesa decorrente desta permissão de

uso será suportada pelo IPESC ou pelo Estado. I - desviar a finalidade ou transferir a terceiros o direito dadoação;Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

II - hipotecar, vender, permutar ou ceder a terceiros, totalou parcialmente, o imóvel.

Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário.Florianópolis,

Art. 4º A retomada do imóvel por descumprimento destaLei se fará independente de notificação judicial ou extrajudicial, semindenização por benfeitorias eventualmente construídas.

PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRAGovernador do Estado

Lido no ExpedienteSessão de 17/02/98 Art. 5º Todos os encargos da doação deverão constar da

escritura pública, caso contrário o ato jurídico será nulo.*** X X X ***PROJETO DE LEI Nº 002/98 Art. 6º As despesas com a execução desta Lei correrão

por conta do donatário, vedado ao Estado assumir quaisquer ônusa ela relacionado.

GABINETE DO GOVERNADORMENSAGEM Nº 3231

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE E DEMAISMEMBROS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Art. 7º O Estado será representado no ato da transmissãoda propriedade pelo titular da Secretaria de Estado daAdministração ou por quem for legalmente constituído.Nos termos do artigo 50 da Constituição Estadual,

submeto à elevada deliberação de Vossas Excelências,acompanhado de exposição de motivos da Secretaria de Estado daAdministração, o projeto de Lei que “Autoriza a doação de imóvel no

Art. 8º A Secretaria de Estado da Administração fará oslançamentos necessários ao controle do patrimônio estadual.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Editoração Eletrônica - D I V I S Ã O D E A N A I S

Page 18: FLORIANÓPOLIS, 26 DE FEVEREIRO DE 1998 NÚMERO · Francisco Küster 1º VICE-PRESIDENTE Vanderlei Olívio Rosso 2º VICE-PRESIDENTE Odacir Zonta ... Pedro Uczai Leodegar Tiscoski

PÁGINA PÁGINA 1818 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

Art. 10 Revogam-se as disposições em contrário. da liquidação do contrato de operação de crédito;III - concessão de empréstimos para custeio e investimento

para agricultores individuais e coletivos, conforme determina o artigo7º;

Florianópolis,PAULO AFONSO EVANGELISTA VIEIRAGovernador do Estado

IV - participação em empreendimentos agropecuários e agro-industriais, realizados por coletivos de agricultores familiares.

Lido no ExpedienteSessão de 17/02/98

Art. 7º Entende-se por coletivos de agricultores familiares osbeneficiários que atuem sob o regime de economia familiar, de formaassociativa, obedecidos os seguintes critérios:

*** X X X ***PROJETO DE LEI Nº 003/98

Institui o Fundo Público de Apoio aoDesenvolvimento da AgriculturaFamiliar do Estado de Santa Catarina -FUNDAF, e dá outras providências.

I - Organizações Associativas do Tipo I - Condomínios,Associações, Cooperativas e outras organizações associativas, taiscomo grupos de mulheres e jovens agricultores, cujo quadro social sejacomposto exclusivamente por agricultores(as) que trabalham em regimede economia familiar;Art. 1º Fica instituído o Fundo Público de Apoio ao

Desenvolvimento da Agricultura Familiar do Estado de SantaCatarina, denominado FUNDAF, vinculado à Secretaria de Estado doDesenvolvimento Rural e da Agricultura.

II - Organizações Associativas do Tipo II - Associações eCooperativas cujo quadro social seja composto de, no mínimo, 60%(sessenta por cento) de agricultores familiares, sendo o repasse derecurso exclusivo para projetos dos agricultores familiares associados;Art. 2º O FUNDAF destina-se à viabilização e ao desenvolvi-

mento econômico, social e ambientalmente sustentável daagricultura familiar catarinense, nos termos do artigo 136 daConstituição Estadual.

III - a aplicação de recursos nas alíneas a e b deste artigo,obedecerão aos parâmetros do Inciso V do artigo 7º.

Art. 8º A concessão de financiamentos com recursos doFUNDAF obedecerá os seguintes parâmetros:Art. 3º O Fundo Público de Apoio ao Desenvolvimento da

Agricultura Familiar do Estado de Santa Catarina tem por objetivo: I - para custeio;a) prazo máximo de carência de 06 (seis) meses;I - assegurar recursos a serem destinados ao

financiamento de crédito de custeio e investimento;b) prazo máximo para amortização de 12 (doze) meses;II - para investimentos;

II - assegurar recursos destinados à concessão de avalpara contratos de crédito rural;

a) prazo máximo de carência de 01 (um) ano;b) prazo máximo de amortização de 03 (três) anos.

III - assegurar recursos necessários à equalização detaxas de juros e preços, de produtos cujos contratos foremrealizados pelo sistema de equivalência produto, a partir da vigênciadesta Lei.

§ 1º - Para a tomada de novo empréstimo o beneficiáriodeverá ter pago, pelo menos 50% (cinqüenta por cento) do financia-mento anterior.

III - valor máximo de R$ 3.000,00 (três mil reais) para custeioe R$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos reais) para investimento, porbeneficiário individual;

Art. 4º Serão beneficiários destes financiamentos ospescadores, os agricultores familiares que exploram a terra sob oregime de ocupante, proprietários, posseiro, arrendatário ouparceiro, desde que atendam simultaneamente aos seguintesrequisitos:

IV - no caso de beneficiário coletivo, o valor considerado seráo múltiplo do número de sócios pelo valor máximo individual até o limitede R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para custeio e de R$ 75.000,00(setenta e cinco mil reais) para investimento.

I - utilizar o trabalho direto seu e de sua família, sem acontratação de empregado permanente, sendo permitido a ajuda deterceiros quando a natureza sazonal da atividade agrícola exigir;

§ 2º - A liberação do incentivo obedecerá ao cronogramaespecificado em cada projeto.

§ 3º - A amortização será feita pelo valor nominal contratado,observando os prazos de fruição e carência prevista no inciso I e IIdeste artigo, sob a forma de equivalência produto.

II - não deter, a qualquer título, área de terra superior a 02módulos fiscais, quantificados na legislação, em vigor;

III - Ter no mínimo 80% da renda familiar proveniente daexploração agropecuária, pesquisa ou extrativa;

Art. 9º O FUNDAF contará, na sua operacionalização, comapoio especial da EPAGRI e dos demais órgãos vinculados à Secretariade Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura.IV - possuir renda bruta anual nunca superior ao

equivalente a 3.000 (três mil) sacas de milho, considerado pelopreço médio, vigente no ano anterior, levantado pela Secretaria deEstado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura;

Parágrafo único - Os recursos financeiros do FUNDAF serãodepositados e movimentados em conta especial no Banco do Estado deSanta Catarina - BESC, ou outra instituição financeira do Estado.

Art. 10. O FUNDAF terá como órgão de administração umconselho deliberativo denominado Conselho Público de Gestão -CPG, que será composto de forma paritária entre Governo doEstado e entidades representativas dos beneficiários, abaixoespecificadas:

V - possuir declaração de aptidão fornecida pelo Sindicatode Trabalhadores Rurais do respectivo município do beneficiário.

Parágrafo único - A receita bruta anual, para o enquadra-mento de atividades que geram margem líquida menor que a do milho,tais como suínos, aves de corte e outras, poderá ser maior até o limiteem que gerar renda líquida igual à referida quantidade de milho. I - pelo Secretário de Estado da Agricultura e

Abastecimento;Art. 5º Constituem recursos do Fundo Público de Apoio aoDesenvolvimento da Agricultura Familiar do Estado de SantaCatarina, FUNDAF:

II - pelo Secretário de Estado da Fazenda;III - por um representante efetivo e um suplente da

Assembléia Legislativa;I - dotação orçamentária anual igual ou superior a 2% dovalor bruto da produção agropecuária catarinense, apurados no anoimediatamente anterior;

IV - por um representante e um suplente da Federação dosTrabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina - FETAESC;

V - por um representante e um suplente da Federação dosTrabalhadores na Agricultura Familiar FETRAFESC;

II - 15% do total de recursos do Fundo Estadual deDesenvolvimento Rural-FDR;

VI - por um representante e um suplente das Organizaçõesnão Governamentais, ONGs, com atuação no setor da agriculturafamiliar do Estado de Santa Catarina.

III - amortizações de empréstimos concedidos do FUNDAF;IV - juros provenientes de movimentação financeira de

recursos do fundo; V - recursos provenientes de acordos e convêniosfirmados com Instituições, Agências, e Organizações nacionais einternacionais, para execução de programas de Fomento da AgriculturaFamiliar catarinense;

§ 1º - O CPG terá um Presidente e um SecretárioExecutivo, que serão eleitos pelo conjunto dos Conselheiros paraum mandato de 02 (dois) anos, com atribuições eresponsabilidades definidas pelo Conselho.VI - empréstimos contratados por antecipação de receitas do

fundo; § 2º - Os representantes das entidades que compõem oConselho serão indicados pelas mesmas juntamente com seussuplentes, e nomeados por ato do Poder Executivo.

VII - taxas decorrentes de prestação de serviços;VIII - contribuições de fundos municipais de apoio ao desen-

volvimento da agricultura familiar;§ 3º - A participação no Conselho Deliberativo do FUNDAF

constitui função pública relevante, ficando vedada qualquerremuneração.

X - outras fontes de recursos definidas em lei.Art. 6º Os recursos do FUNDAF serão aplicados exclusivamen-

te, nas seguintes operações:Art. 11. Compete ao Conselho Público de Gestão CPG:I - amortização e juros de empréstimos garantidos com

recursos do fundo, quando o beneficiário não cumprir com suasobrigações;

I - eleger o Presidente e o Secretário Executivo doConselho, em conformidade com o parágrafo 1º do art. 9º;

II - equalização da taxa de juros e preços, apuradas à época

D I V I S Ã O D E A N A I S - Editoração Eletrônica

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 1919

II - normatizar o uso e a operacionalização do Fundo; I - utilizar o trabalho direto seu e de sua família, sem acontratação de empregado permanente, sendo permitido a ajuda deterceiros quando a natureza sazonal da atividade agrícola exigir;

III - indicar servidores do Estado para, mediantedesignação do Poder Executivo, desempenhar funções operacionaisatribuindo-lhes responsabilidades; II - não deter, a qualquer título, área de terra superior a 01

módulos fiscais, quantificados na legislação, em vigor;IV - prestar informações oficiais sobre a administração egerência do Fundo; III - ter no mínimo 80% da renda familiar proveniente da

exploração agropecuária, pesqueira ou extrativa;V - aprovar e fiscalizar planos e programas de aplicação derecursos do Fundo; IV - possuir renda bruta anual nunca superior ao

equivalente a 2.000 (dois mil) sacas de milho, considerado pelopreço médio, vigente ao ano anterior, levantado pela Secretaria deEstado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura;

VI - responder, na forma da legislação em vigor, por todosos atos praticados pelo Fundo.

Art. 12. O Conselho Público de Gestão - CPG,encaminhará, semestralmente, à Assembléia Legislativa do Estadode Santa Catarina relatório especificando as operações realizadas,o volume de recursos utilizados e demonstrativo dos saldosexistentes.

V - possuir declaração de aptidão fornecida pelo Sindicatode Trabalhadores Rurais do respectivo município do beneficiário.

Parágrafo primeiro - A receita bruta anual, para oenquadramento de atividades que geram margem líquida menor quea do milho, tais como suínos, aves de corte e outras, poderá sermaior até o limite em que gerar renda líquida igual à referidaquantidade de milho.

Art. 13. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir, aqualquer tempo, no Orçamento Anual do Estado, créditos adicionaisnecessários para atender as despesas decorrentes desta Lei.

Art. 14. O Poder Executivo regulamentará esta Lei noPrazo de 60 (sessenta) dias.

Parágrafo segundo - Será concedido aval para contratosde crédito rural a agricultores familiares que não possuemcondições de fornecer, às agências financeiras, garantias porinsuficiência de capital, terra ou renda.

Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data da suapublicação, revogando-se as disposições em contrário.

Florianópolis, em 16 de fevereiro de 1998. Parágrafo terceiro - Será concedido aval para contratos decrédito rural até o limite de 2.000 (dois mil).DEPUTADO IDELVINO FURLANETTO

Lido no Expediente Art. 4º. Constituem recursos do Fundo de Aval ParaOperações de Crédito Rural do Estado de Santa Catarina:Sessão de 17/02/98

*** X X X *** I - dotação orçamentária anual igual ou superior a 0,5%do valor bruto da produção agropecuária catarinense, apuradosno ano imediatamente anterior;

PROJETO DE LEI Nº 004/98Declara de Utilidade Pública aASSOCIAÇÃO CULTURAL AUSTRÍACASCHUHPLATTER de Treze Tílias. II - 10% do total de recursos do Fundo Estadual de

Desenvolvimento Rural-FDR;Art. 1º - Fica Declara de Utilidade Pública a ASSOCIAÇÃOCULTURAL AUSTRÍACA SCHUHPLATTER, com sede em Treze Tíliase foro na Comarca de Joaçaba.

III - juros provenientes de movimentação financeira derecursos do fundo;

IV - recursos provenientes de acordos e convêniosfirmados com Instituições, Agências, e Organizações nacionaise internacionais, para execução de programas de Fomento daAgricultura Familiar catarinense;

Art. 2º - À entidade de que trata o artigo anterior, ficamassegurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º - Esta Lei entrará em vigor na data da suapublicação.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário. V - empréstimos contratados por antecipação dereceitas do fundo;SALA DAS SESSÕES, em 10 de fevereiro de 1998.

DEPUTADO RENO CARAMORI VI - outras fontes de recursos definidas em lei.Lido no Expediente Art. 5º. O Fundo contará, na sua operacionalização, com

apoio especial da EPAGRI e demais órgãos vinculados à Secretariade Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura.

Sessão de 17/02/98JUSTIFICATIVA

Submeto a apreciação dos nobres pares deste Poder, oProjeto de Lei que almeja Declarar de Utilidade Pública aASSOCIAÇÃO CULTURAL AUSTRÍACA SCHUHPLATTER de TrezeTílias.

Art. 6º. O Fundo terá como órgão de administraçãoConselho de Desenvolvimento Rural (CeDeRural).

Art. 7º. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir, aqualquer tempo, no Orçamento Anual do Estado, créditos adicionaisnecessários para atender as despesas decorrentes desta Lei.Os objetivos da entidade encontram-se fundamentados

nos Estatutos em anexo, tendo como princípio básico a promoção,difusão, e a manutenção da cultura austríaca no âmbito estadual.

Art. 8º. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazode 60 (sessenta) dias.

Pela importância de seus objetivos, os quais são voltadospara a consolidação de uma cultura, que trouxe para o nossoEstado inúmeros conhecimentos, solicito à Vossas Excelências aaprovação desta proposição, para permitir-lhe o alcance dos seusdireitos, de forma justa e igualitária, a todos que contribuem para ocrescimento desta nossa nação.

Art. 9º. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação,revogando-se as disposições em contrário.

Florianópolis,DEPUTADO IDELVINO FURLANETO

Lido no ExpedienteSessão de 18/02/98

*** X X X *** *** X X X ***PROJETO DE LEI Nº 005/98 PROJETO DE LEI Nº 006/98

Institui o Fundo de Aval ParaOperações de Crédito Rural doEstado de Santa Catarina, e dáoutras providências.

“Modifica o art. 10, incisos eParágrafo Único, da Lei nº 7.543, de30 de dezembro de 1998 - IPVA.”

Art. 1º O artigo 10 da Lei nº 7.543, de 30 de dezembrode 1998, passa a ter a seguinte redação:Art. 1º. Fica instituído o Fundo de Aval Para Operações de

Crédito Rural do Estado de Santa Catarina, vinculado à Secretariade Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura.

Art. 10. O recolhimento do IPVA fora do prazoregulamentar será efetuado com o acréscimo de multa, calculadasobre o valor corrigido do imposto, nas seguintes proporções:Art. 2º. O Fundo de Aval Para Operações de Crédito Rural

do Estado de Santa Catarina destina-se a prestar garantias àsoperações de crédito celebradas por agricultores familiares doEstado de Santa Catarina, junto as agências financeiras, no âmbitodo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura - PRONAF.

I - 2% (dois por cento), no caso de recolhimento até otrigésimo dia após o vencimento;II - 5% (cinco por cento), quando o recolhimento ocorrerapós o trigésimo dia do vencimento e até o sexagésimodia;Art. 3º. Serão beneficiários destes recursos os

agricultores familiares que exploram a terra sob o regime deocupante, proprietário, posseiro, arrendatário ou parceiro, desdeque atendam simultaneamente aos seguintes requisitos:

III - 10% (dez por cento) quando o recolhimento ocorrerapós o exagésimo dia do vencimento e até o nonagésimodia;

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PÁGINA PÁGINA 2020 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

IV - 20% (vinte por cento) quando o recolhimento ocorrerapós o nonagésimo dia do vencimento.

providências.Art. 1º A pesca artesanal no Estado de Santa Catarina reger-

se-á por esta Lei.V - 25% (vinte e cinco por cento), no caso de exigência deofício, respeitado o disposto nos incisos anteriores desteartigo, se a exigência de ofício ocorrer dentro dosinterregnos ali previstos, não sendo cumulativos.

Parágrafo único - Pesca artesanal, para os efeitos desta Lei,é toda atividade econômica exercida por pescador profissional,individualmente ou em regime de economia familiar, utilizando-se ounão embarcação pesqueira, desde que sem vínculo empregatício comindústria, tendente a capturar ou extrair animais ou vegetais quetenham como “habitat” natural as águas litorâneas e interiores, paraseu sustento e de sua família.

PARÁGRAFO ÚNICO - Cumulativamente à multa previstaneste artigo serão exigidos juros moratórios de 1% (um por cento)ao mês, “pro rata tempore”.

Sala das Sessões, em 17 de fevereiro de 1998. Art. 2º A pesca é permitida somente quando os períodosregionais comportarem tal atividade.DEPUTADO UDO WAGNER

Lido no Expediente Parágrafo único - A pesca artesanal poderá ser permitidafora dos períodos de proibição de atividade pesqueira quando fordestinada à preservação das espécies, devidamente autorizadapelos órgãos federal e/ou estadual responsáveis pela fiscalizaçãodo meio ambiente.

Sessão de 18/02/98JUSTIFICATIVA

Com o advento da estabilidade monetária, não sejustifica mais a cobrança de multas da ordem de 20% (vinte porcento) sobre o débito vencido, ainda mais se considerarmosque na atual situação esse percentual é cobrado mesmo porapenas um dia de atraso.

Art. 3º A execução das normatizações sobre pescaartesanal expedidas pelo poder público federal, serão fiscalizadaspelo órgão estadual responsável pela política de meio ambiente, emconjunto com órgão federal.Seguindo procedimentos adotados pelo comércio,

entende este Parlamentar que a multa deve ser fixada em 2%(dois por cento) do valor devido, para o caso de atraso na sualiquidação, quando esta ocorrer até o trigésimo dia subseqüenteao do vencimento.

Art. 4º Fica instituída a Carteira de Identidade dePescador Artesanal, que será documento hábil para o exercício dapesca artesanal no Estado de Santa Catarina.

§ 1º Caberá à Federação das Colônias de Pescadores doEstado de Santa Catarina, a responsabilidade e a coordenação pelocadastramento dos pescadores e a expedição da carteira deidentidade do pescador artesanal, devendo informar ao órgãoestadual responsável pela fiscalização do meio ambiente asalterações ocorridas no cadastro da categoria profissional.

Visando não estimular atrasos intencionais, o meu projetoprevê a elevação gradativa dos percentuais, até o percentual devinte por cento (20%).

Também reduzindo de 50% para 25% a multa, no caso dotributo ser exigido de ofício pela Fazenda Pública, respeitado ospercentuais fixados para os interregnos previstos nos incisos I, II,III, não podendo haver cumulação.

§ 2º A Carteira de Identidade de Pescador Artesanal terávalidade de 01 (um) ano, podendo ser renovada por igual período.

Art. 5º O Poder Executivo regulamentará no prazo de até60 (sessenta) dias a presente Lei.Já quanto ao Parágrafo Único, ao invés dos juros serem

cobrados 1% a.m, inclusive por fração de dias, modificamos para“pro rata tempore”, isto é, dividindo-se o 1% por dia e o produtomultiplicado pelos dias de atraso e então incidindo sobre o débitomonetariamente atualizado.

Parágrafo único - A regulamentação, dentre outroscritérios, definirá:

I - A forma de cadastramento dos pescadores e o modeloda carteira de identidade do pescador artesanal;

Cremos que com a presente iniciativa, a lei se adapte aosdias atuais.

II - os períodos de proibição das atividades pesqueirasvisando à preservação das espécies;

*** X X X *** III - normas e critérios de fiscalização para a pesca emépoca de defeso;

PROJETO DE LEI Nº 007/98Declara de Utilidade Pública aFraternidade Cristã de Doentes eDeficientes, com sede e foro noMunicípio de Xanxerê.

IV - as penalidades aos infratores desta e demais normaslegais referente à atividade pesqueira, sem prejuízo das sançõescivis e penais cabíveis.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 1º - Fica Declarada de Utilidade Pública a FraternidadeCristã de Doentes e Deficientes, com sede e foro no município eComarca de Xanxerê.

Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.Sala das Sessões,

Art. 2º - À entidade referida no artigo anterior ficam assegu-rados os direitos e prerrogativas legais.

DEPUTADO PEDRO BITTENCOURTLido no ExpedienteSessão de 26/02/98Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVASala das Sessões,DEPUTADO PAULO ROBERTO VIDAL Apresento à deliberação dos demais Pares desta Casa

Legislativa, Projeto de Lei que tem como objetivo instituir normaspara o exercício da pesca artesanal no Estado de Santa Catarina.

Lido no ExpedienteSessão de 18/02/98

JUSTIFICATIVA A proposta é fundamentada no art. 24, VI, da ConstituiçãoFederal, no art. 145, da Carta Magna Catarinense e nos artigos 12,13 e 14 da Lei nº 8.676, de 17 de junho de 1992, que dispõesobre a política agrícola e pesqueira estadual.

A entidade em que trata o presente Projeto de Lei, AFRATERNIDADE CRISTÃ DE DOENTES E DEFICIENTES, do municípiode Xanxerê, tem como objetivos promover a luta contra as causasque geram as Doenças e Deficiências, buscar a habilitação,treinamento, formação profissional, educação e saúde integral,assistência e promoção humana, possibilitando assim a integraçãono contexto social.

Esta normatização busca a definição da atividade depesca artesanal, visando à preservação dos mananciais pesqueiro,de cuja preservação depende a sobrevivência econômica de cercade 30.000 pescadores catarinenses.

Diante do exposto e preenchendo os requisitos legalmente exigidospara a declaração de utilidade pública, está apta a concessão, confor-me comprovam os documentos que se apensam à presente proposição.

Desta forma solicito a colaboração dos outros integrantesdeste Poder para o aprimoramento desta proposição, se for o caso,e por fim peço sua aprovação.

*** X X X *** *** X X X ***PROJETO DE LEI Nº 008/98Dispõe sobre a pesca artesanal noEstado de Santa Catarina e dá outras

REDAÇÃO FINALA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA DECRETA:

DISPOSIÇÃO PRELIMINARArt. 1º Esta Lei estima a receita e fixa a despesa do

Estado para o exercício financeiro de 1998, no valor global de R$4.115.643.020,00 (quatro bilhões, cento e quinze milhões, seis-centos e quarenta e três mil e vinte reais), compreendendo:

PROJETO DE LEI Nº 313/97Estima a receita e fixa a despesa doEstado para o exercício financeiro de1998. I - o Orçamento Fiscal;

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 2121

II - o Orçamento da Seguridade Social;SEÇÃO IIII - o Orçamento de Investimento das Empresas.

DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIALArt. 2º A receita total dos Orçamentos Fiscal e da

Seguridade Social para o exercício financeiro de 1998 é estimadaem R$ 3.491.699.507,00 (três bilhões, quatrocentos e noventa eum milhões, seiscentos e noventa e nove mil, quinhentos e seteReais).

Parágrafo único. Incluem-se no total mencionado neste ar-tigo as receitas do Tesouro e as de outras fontes de entidades daAdministração Indireta, inclusive de Fundos.

Art. 3º A receita será arrecadada nos termos da legislaçãovigente e das especificações constantes do Anexo desta Lei, obser-vado o seguinte desdobramento:

RECEITA POR CATEGORIA ECONÔMICA(Recursos de Todas as Fontes)

Em R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO RECEITA DOTESOURO

RECEITA DE OUTRASFONTES

TOTAL

1. RECEITAS CORRENTES 2.790.037.988 489.081.430 3.279.119.418Receita Tributária 2.104.000.000 49.335.096 2.153.335.096Receita de Contribuições 195.170.000 195.170.000Receita Patrimonial 1.000.000 6.157.798 7.157.798Receita Agropecuária 636.250 636.250Receita Industrial 5.105.916 5.105.916Receita de Serviços 180.456.976 180.456.976Transferências Correntes 613.508.988 13.275.000 626.783.988Outras Receitas Correntes 71.529.000 38.944.394 110.473.394

2. RECEITAS DE CAPITAL 139.160.666 73.419.423 212.580.089Operações de Crédito 48.054.060 48.054.060Alienação de Bens 681.166 681.166Amortização de Empréstimos 26.522.500 26.522.500Transferências de Capital 91.106.606 11.786.757 102.893.363Outras Receitas de Capital 34.429.000 34.429.000

TOTAL 2.929.198.654 562.500.853 3.491.699.507Art. 4º A despesa total dos Orçamentos Fiscal e da

Seguridade Social para o exercício financeiro de 1998 é fixada em R$3.491.699.507,00 (três bilhões, quatrocentos e noventa e um milhões,seiscentos e noventa e nove mil. quinhentos e sete Reais), contem-plando:

mil e quinhentos e sete reais)II - o Orçamento da Seguridade Social em R$

338.263.000,00 (trezentos e trinta e oito milhões, duzentos esessenta e três mil reais)

Art. 5º A despesa fixada, observada a programação constantedo Anexo desta Lei, apresenta o seguinte desdobramento:I - o Orçamento Fiscal em R$ 3.153.436.507,00 (três bi-

lhões, cento e cinqüenta e três milhões, quatrocentos e trinta e seisI - DESPESA POR CATEGORIA ECONÔMICA

(Recursos de Todas as Fontes)Em R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO RECURSOS DOTESOURO

RECURSOS DEOUTRAS FONTES

TOTAL

Despesas Correntes 2.490.791421 421.296.787 3.199.700.222Despesas de Capital 437.907.233 141.204.066 566.213.935Reserva de Contingência 500.000 2.000.000TOTAL 2.929.198.654 562.500.853 3.491.699.507

II - DESPESA POR ÓRGÃO(Recursos de Todas as Fontes)

Em R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO RECURSOS DOTESOURO

RECURSOS DEOUTRAS FONTES

TOTAL

1 - ADMINISTRAÇÃO DIRETAAssembléia Legislativa doEstado 73.440.000 73.440.000Tribunal de Contas do Estado 24.480.000 24.480.000Tribunal de Justiça do Estado 151.194.000 151.194.000Ministério Público 40.799.000 40.799.000

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PÁGINA PÁGINA 2222 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

Gabinete do Governador doEstado 6.993.196 6.993.196Procuradoria Geral do Estado 15.712.391 15.712.391Gabinete do Vice-Governador doEstado 819.929 819.929Procuradoria Geral da Fazenda Junto ao Tribunal de Contas 3.765.760 3.765.760Secretaria de Estado do Desen-volvimento Rural e da Agricultura 122.305.084 122.305.084Secretaria de Estado daEducação e do Desporto 564.221.911 564.221.911Secretaria de Estado doDesenvolvimento Social e da Família 56.745.150 56.745.150Secretaria de Estado daAdministração 8.431.770 8.431.770Secretaria de Estado da Saúde 116.654.306 116.654.306Secretaria de Estado daSegurança Pública 50.471.505 50.471.505Secretaria de Estado da Fazenda 133.706.535 133.706.535Secretaria de Estado dosTransportes e Obras 27.335.910 27.335.910Secretaria de Estado doDesenvolvimento Urbano e doMeio Ambiente 8.673.943 8.673.943Secretaria de Estado da Justiçae Cidadania 25.121.673 25.121.673Polícia Militar 178.101.000 178.101.000Secretaria de Estado de Governo 3.826.766 3.826.766Secretaria de Estado doDesenvolvimento Econômico eIntegração ao Mercosul 12.990.653 12.990.653Encargos Gerais do Estado 293.864.424 293.864.424Transferências a Municípios 596.926.000 596.926.000

2 - AUTARQUIASAdministração do Porto de São Francisco do Sul 42.970.000 42.970.000Departamento de Estradas de Rodagem 162.425.122 25.064.800 187.489.922Departamento de Transportes e Terminais 8.730.200 8.730.200Departamento de Edificações e Obras Hidráulicas 7.502.273 160.000 7.662.273Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina 9.831.000 9.831.000Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina 207.913.000 207.913.000Junta Comercial do Estado de Santa Catarina 4.790.000 4.790.000

3 - FUNDAÇÕESFundação de Ciência eTecnologia 21.360.000 20.000 21.380.000Fundação Catarinense deEducação Especial 3.362.457 280.000 3.642.457Fundação Universidade doEstado de Santa Catarina 41.280.000 8.516.000 49.796.000Fundação Catarinense deDesportos 2.179.666 1.270.500 3.450.166Fundação Catarinense de Cultura 3.075.069 400.000 3.475.069Fundação do Meio Ambiente 4.005.169 2.657.000 6.662.169

4 - FUNDOSFundo de Reaparelhamento da Justiça 18.400.000 18.400.000Fundo para Reconstituição de Bens Lesados 1.000 100.000 101.000Fundo Especial de Estudos Jurídicos e de Reaparelhamento 702.000 702.000Fundo Estadual de Defesa Civil 96 96

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DATA 26/02/98DATA 26/02/98 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 PÁGINA PÁGINA 2323

Fundo de Terras do Estado de Santa Catarina 200.000 612.500 812.500Fundo Rotativo de Estímulo à Pesquisa Agropecuária doEstado de Santa Catarina 20.400.000 100.000 20.500.000Fundo Estadual de Desenvolvimento Rural 19.077.817 17.765.000 36.842.817Fundo Estadual de Habitação Popular 21.000.000 21.000.000Fundo para a Infância e Adolescência 2.383.529 350.000 2.733.529Fundo Estadual de Assistência Social 31.600.797 31.600.797Fundo Rotativo de Material 10.000 25.000.000 25.010.000Fundo Estadual de Saúde 63.727.753 130.000.000 193.727.753Fundo para Melhoria daSegurança Pública 2.550.000 23.723.673 26.273.673Fundo de Apoio aoDesenvolvimento Empresarial deSanta Catarina 1.000 1.000Fundo Estadual de Transportes 45.000 2.000.000 2.045.000Fundo Especial de Proteção ao Meio Ambiente 1.000 1.000.000 1.001.000Fundo Rotativo da Penitenciária deCuritibanos 500.000 500.000Fundo Rotativo da Penitenciária deFlorianópolis 320.000 320.000Fundo Rotativo da Penitenciária deChapecó 500.000 500.000Fundo Penitenciário do Estado deSanta Catarina 5.930.000 7.115.264 13.045.264Fundo de Melhoria da Polícia Militar 21.709.916 21.709.916

5 - Reserva de Contingência 500.000 500.000TOTAL 2.929.198.654 562.500.853 3.491.699.507

Parágrafo único. Integram o Orçamento Fiscal asdotações orçamentárias à conta do Tesouro do Estado,transferidas às empresas a título de subscrição de ações e desubvenção econômica.

SEÇÃO IIDO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS

Art. 6º O Orçamento de Investimento das Empresas,observada a programação constante do Anexo desta Lei é fixadoem R$ 633.600.153,00 (seiscentos e trinta e três milhões,seiscentos mil e cento e cinqüenta e três reais), conforme odesdobramento a seguir:

DEMONSTRATIVO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS POR ÓRGÃO(Recursos de Todas as Fontes)

Em R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃORECURSOS PARA AUMENTO

DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO GERAÇÃOPRÓPRIA

OPERAÇÃO DE CRÉDITO RECURSOSDE OUTRAS

TOTAL

DO TESOURO DEMAIS INTERNA EXTERNA FONTES1.GABINETE DO

GOVERNADOR DO ESTADO 3.000 46.124.656 224.772.060 193.895.882 20.537.000 19.380.620 504.713.218Banco do Estado de SantaCatarina S.A. 1.000 80.236.782 80.237.782Centrais Elétricas deSanta Catarina S.A. 1.000 46.124.656 206.398.060 60.626.100 19.380.620 332.530.436Companhia Catarinense deÁguas e Saneamento S.A. 1.000 18.374.000 53.033.000 20.537.000 91.945.000

2.SECRETARIA DEESTADO DODESENVOLVIMENTORURAL E DAAGRICULTURA 2.651.640 2.966.795 2.457.500 8.075.935Companhia Integrada deDesenvolvimento Agrícolade Santa Catarina S.A. 2.650.640 2.866.795 1.457.500 6.974.935Empresa de PesquisaAgropecuária e ExtensãoRural de Santa CatarinaS.A. 1.000 100.000 1.000.000 1.101.000

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Page 24: FLORIANÓPOLIS, 26 DE FEVEREIRO DE 1998 NÚMERO · Francisco Küster 1º VICE-PRESIDENTE Vanderlei Olívio Rosso 2º VICE-PRESIDENTE Odacir Zonta ... Pedro Uczai Leodegar Tiscoski

PÁGINA PÁGINA 2424 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.520 DATA 26/02/98DATA 26/02/98

3.SECRETARIA DE ESTADODO DESENVOLVIMENTOSOCIAL E DA FAMÍLIA 4.000.000 79.000.000 83.000.000Companhia de Habitação doEstado de Santa CatarinaS.A. 4.000.000 79.000.000 83.000.000

4.SECRETARIA DE ESTADODO DESENVOLVIMENTOECONÔMICO E INTEGRAÇÃOAO MERCOSUL 3.000.000 1.000 40.000 26.984.000 30.025.000Companhia de Gás deSanta Catarina S.A. 3.000.000 26.984.000 29.984.000Santa Catarina Turismo S.A. 40.000 40.000 80.000Imbituba Administradora daZona de Processamento deExportação S.A. 1.000 1.000

5.SECRETARIA DE ESTADODA FAZENDA 2.000 1.001.000 6.783.000 7.786.000Centro de Informática eAutomação do Estado deSanta Catarina S.A. 6.782.000 6.782.000Companhia deDesenvolvimento do Estadode Santa Catarina S.A. 2.000 1.000 3.000Banco de Desenvolvimentodo Estado de SantaCatarina S.A. 1.001.000 1.001.000

TOTAL 9.696.640 47.126.656 234.561.855 272.895.882 20.537.000 48.822.120 633.640.153SEÇÃO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

DA AUTORIZAÇÃO PARA ABERTURA DE CRÉDITOSSUPLEMENTARES

Art. 10. O Chefe do Poder Executivo, no prazo de 30(trinta) dias, promoverá as adequações necessárias conseqüentesas alterações numéricas e de redação efetivas no Anexo Único e noProjeto de Lei que instituiu a Proposta Orçamentária, aprovadas econstantes desta Lei.

Art. 7 º Fica o Poder Executivo autorizado a:I - abrir, durante o exercício financeiro, créditos

suplementares até o limite de um quarto das dotacõesorçamentárias a que se refere o artigo 120, § 8º, inciso I, daConstituição Estadual, observado o disposto no artigo 43, § 1º,incisos I, e II, da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de1964;

Art. 11. Para os efeitos desta Lei, consideram-se própriosdos Fundos com escrituração contábil exclusiva e individualizada esujeitos a prestação de contas à Secretaria de Estado da Fazenda eao Tribunal de Contas do Estado os recursos ou créditos relativos aprogramas de governo que, por legislação específica, deles sejamobjeto, a eles sejam destinados ou que por eles sejamgerenciados.

II - abrir créditos suplementares até o limiteconsignado sob a denominação de Reserva de Contingência, emconformidade com o disposto no artigo 1º do decreto-lei nº1.763, de 16 de janeiro de 1980.

Art. 12. Fica o Poder Executivo autorizado a tomar durantea execução orçamentária as medidas necessárias para ajustar aprogramação das despesas autorizadas ao efetivo ingresso dasreceitas, dentro dos limites constitucionais e legais.

§ 1º Ficam excluídos do limite a que se refere o incisoI do “caput” deste artigo os créditos suplementares paraatender: Art. 13. Esta Lei entra em vigor em 1º de janeiro de 1998.

Art. 14. Revogam-se as disposições em contrário.I - despesa com pessoal ativo e inativo, encargos sociais,serviços da dívida e débitos constantes de precatórios judiciais; Sala das Sessões, em 17 de dezembro de 1997.

Deputado Gilma Knaesel - Presidente da Comissão deFinanças e Tributação

II - despesas programadas a conta de receitas vinculadas;III - despesas relativas à transferências constitucionais

aos Municípios; Deputado Leodegar Tiscoski - MembroDeputado Gilson dos Santos - MembroIV - despesas programadas à conta de receitas próprias

de entidades da administração indireta, inclusive de fundos. *** X X X ***§ 2º As dotações referentes a despesas com pessoal

e encargos sociais, serviços da dívida e débitos constantes deprecatórios judiciais não poderão ser anuladas para serviremcomo fonte de recursos às suplementações previstas no incisoI do “caput” deste artigo.

REQUERIMENTO

GABINETE DA DEPUTADA IDELI SALVATTI - PTExcelentíssimo Senhor Deputado Neodi SarettaArt. 8º O Chefe do Poder Executivo, mediante prévia

autorização legislativa, poderá reduzir total ou parcialmente ossaldos de dotações consignadas e não comprometidas nosúltimos 3 (três) meses do exercício financeiro de 1998, parasuplementar, exclusivamente, despesas com pessoal eencargos sociais, inclusive as decorrentes de exercíciosanteriores, serviços da dívida e precatórios judiciais.

DD. Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de SCREQUERIMENTO Nº 13/98

Os Deputados que abaixo subscrevem, com amparo noinciso XIII, do art. 124, combinado com Inciso III, do art. 148 eInciso II, do art. 149 do Regimento Interno desta Casa, REQUEREM,Regime de Urgência ao Projeto de Decreto Legislativo nº 001/98,que “Susta a resolução nº 55/97, do Conselho Estadual deEducação, e o Decreto nº 2.646/98, do Governador do Estado,que, em afronta ao princípio da legalidade, exorbitam do poderregulamentar o ensino público”.

SEÇÃO IVDAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO

Art. 9º Fica o Poder Executivo autorizado a:I - realizar operações de crédito, por antecipação da

receita, até o limite de 1/12 (um doze avos) da receita líquidadisponível estimada para o exercício financeiro de 1998;

Sala das Sessões, em 25 de fevereiro de 1998.Deputada Ideli SalvattiDeputado Carlito MerssDeputado Eni VoltoliniII - refinanciar, previamente autorizado por lei, o

montante da dívida existente através de operações de créditojunto ao Sistema Financeiro Nacional.

Deputado Júlio TeixeiraAprovado em Sessão de 26/02/98

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