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Maio 2008 Flash 133 Almoço de Aniversário do Clube Galp Energia Capa Próximas Realizações Capa Fim de Semana Dourado 3 Memórias ... 8 Carta de Marinheiro 11 Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste 16 Cirque du Soleil 24 Natalie Choquette é mesmo La Diva 15 Destaques Próximas Realizações 15 Jun 2008 - Passeio no Rio Sado 21 Jun 2008 - Pesca de Mar 22 Jun 2008 - Lisboa Bike Tour 27 Jun 2008 - Ricardo Araújo Pereira 28 Jun 2008 - Pesca de Mar 28 Jun 2008 - Surf e Bodyboard 30 Jun a 04 Jun 2008 - Colónia de Férias do S.L.B. 05 Jul 2008 - 3ª Prova do Campeonato Interno de Pesca Desportiva 30 Jun a 04 Jun 2008 - Colónia de Férias do S.L.B. 05 e 06 Jun 2008 - Fase Final do Campeonato Nacional de Futsal do Clube Galp Energia Desta vez foi o Castanho. Eu explico. Quando, cerca de 6 anos atrás, uns amigos me perguntaram porque não aparecia nos almoços do Clube, informei-os do meu desconhecimento, eles inscreveram-me, fui ao almoço de São Martinho, de que gostei imenso, depois falei para o Clube, passaram a enviar-me toda a informação e agora vou a todos os almoços. Porquê? Não é por ser guloso ou pela qualidade das ementas. É porque, com o terminar da refinaria de Cabo Ruivo, deixei de ver colegas e amigos de trabalho, com quem convivi por mais de trinta anos, só voltando, de longe a longe a ver alguns quando, por motivos de saúde, me deslocava ao posto médico da Rua do Alecrim. Gostava de os ver, com alguns fazíamos uma festa, mas o motivo do encontro, “infelizmente” era porque não estávamos bem de saúde. Com os almoços convívio organizados pelo Clube Galp Energia, não se passa isso. Passei a encontrar não “alguns” colegas, mas “muitos” num ambiente de festa e de franca camaradagem com colegas, familiares e amigos, o que torna estes convívios numa GRANDE festa de família, “A FAMÍLIA GALP ENERGIA”. Pois, desta vez foi o Castanho, trabalhava na Central Termo Eléctrica, já não o via há vinte e sete anos, vinha pela primeira vez, ficou na minha mesa, fizemos uma festa, falamos do posto médico e também ele me disse que passaria a vir a todas. Agora o aniversário. Almoço de Aniversário do Clube Galp Energia www.clubegalpenergia-nucleocentro.com

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Maio 2008 Flash 1

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Almoço de Aniversário do Clube Galp Energia

Capa

Próximas Realizações Capa

Fim de Semana Dourado 3

Memórias ... 8

Carta de Marinheiro 11

Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste

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Cirque du Soleil 24

Natalie Choquette é mesmo La Diva

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Destaques

Próximas Realizações

15 Jun 2008 - Passeio no Rio Sado

21 Jun 2008 - Pesca de Mar

22 Jun 2008 - Lisboa Bike Tour

27 Jun 2008 - Ricardo Araújo Pereira

28 Jun 2008 - Pesca de Mar

28 Jun 2008 - Surf e Bodyboard

30 Jun a 04 Jun 2008 - Colónia de Férias do S.L.B.

05 Jul 2008 - 3ª Prova do Campeonato Interno de Pesca Desportiva

30 Jun a 04 Jun 2008 - Colónia de Férias do S.L.B.

05 e 06 Jun 2008 - Fase Final do Campeonato Nacional de Futsal do Clube Galp Energia

Desta vez foi o Castanho. Eu explico. Quando, cerca de 6 anos atrás, uns amigos me perguntaram porque não aparecia nos almoços do Clube, informei-os do meu desconhecimento, eles inscreveram-me, fui ao almoço de São Martinho, de que gostei imenso, depois falei para o Clube, passaram a enviar-me toda a informação e agora vou a todos os almoços. Porquê? Não é por ser guloso ou pela qualidade das ementas. É porque, com o terminar da refinaria de Cabo Ruivo, deixei de ver colegas e amigos de trabalho, com quem convivi por mais de trinta anos, só voltando, de longe a longe a ver alguns quando, por motivos de saúde, me deslocava ao posto médico da Rua do Alecrim. Gostava de os ver, com alguns fazíamos uma festa, mas o motivo do encontro, “infelizmente” era porque não estávamos bem de saúde. Com os almoços convívio organizados pelo Clube Galp Energia, não se passa isso. Passei a encontrar não “alguns” colegas, mas “muitos” num ambiente de festa e de franca camaradagem com colegas, familiares e amigos, o que torna estes convívios numa GRANDE festa de família, “A FAMÍLIA GALP ENERGIA”. Pois, desta vez foi o Castanho, trabalhava na Central Termo Eléctrica, já não o via há vinte e sete anos, vinha pela primeira vez, ficou na minha mesa, fizemos uma festa, falamos do posto médico e também ele me disse que passaria a vir a todas. Agora o aniversário.

Almoço de Aniversário do Clube Galp Energia

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Almoço de Aniversário (conclusão) Estou certo de que a Direcção do Clube fez questão em que o almoço convívio para comemorar o 30º aniversário ficasse como uma referência. Veja-se: 1º - Conseguirem marcar a Quinta de Santa Teresinha, para muitos o melhor restaurante por onde já passamos. Não deve ter sido tarefa fácil e pelo menos deve ter sido marcado com quase um ano de antecedência. 2º - Reunir cerca de 800 pessoas entre colegas familiares e amigos, de Norte a Sul, é um convívio que “é obra”. 3º - As entradas, servidas num jardim espectacular, com aqueles enchidos assados saborosíssimos, se não me contivesse já não tinha apetite para o almoço. 4º - O Menu, bem escolhido, onde não faltaram os regionais Maranhos, também esteve bem, farto e com um serviço impecável, não se verificando os habituais espaços de tempo entre pratos o que tanto quebra o apetite.

5º - Também, para muitos, cai sempre bem um pé de dança, a pista esteve sempre cheia enquanto o conjunto actuou, a rapariga cantava bem, e via-se a alegria no rosto daqueles que dançavam, e para o fim, até muitos dos que não sabiam dançar juntaram-se aos que sabiam na marcha do “Apitó comboio”, foi uma festa. 6º - Discurso da Direcção, curto para não “chatear”, mas com bolo de aniversário enorme, como convém. 7º - E último, uma prendinha cai sempre bem, já coloquei a caneca na minha secretária, é decorativa e dá muito jeito para colocar os lápis e esferográficas. Continuem, vão no bom caminho. Mendonça Marques

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Fim-de-semana “Dourado” Fim-de-semana “Dourado” ... mas o que é isso de fim-de-semana “dourado” ??? sim... Dourado ! ... dourado, porque tivemos a sorte de ser brindados com três magníficos dias de sol nesta nossa viagem ao Porto e ao Douro, depois de semanas de chuva e vento que nada faziam prever aquele céu azul, aquele calor, mais que de Primavera, de um mini-Verão que parecia ter sido especialmente encomendado para nós; ... dourado, pelo amarelo quente e brilhante das giestas que encontrámos nas veredas dos caminhos e desafiavam o nosso olhar ao longo de estradas e encostas, dourando a paisagem nestes três dias; ... dourado, pelo sol risonho patente nos rostos de todos nós - pequeno Grupo de 21 participantes - e que perdurou como sinal do companheirismo e simpatia presentes do primeiro ao último instante; e ... dourado, ainda e sobretudo (temos que lhe fazer justiça), pelo passeio no nosso belo rio Douro - ouro puro, o cintilar das suas águas e o verde esplendor das suas margens, paisagem que não pode ser apelidada senão “d’ouro” !!! Por isso lhe chamámos fim-de-semana dourado.

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Fim-de-semana “Dourado” (continuação) Mas, comecemos pelo princípio, como mandam as regras, para que todos fiquem a saber como decorreu o nosso passeio. De Sete Rios, pelas 08h00, bem pela fresquinha mas já com um sol promissor, partiu o nosso autocarro com um alegre grupo – que incluía um magnífico repórter fotográfico, o colega José Piedade, incansável na recolha de imagens - em direcção ao Bairro da Petrogal, para a ele se juntar um outro mais reduzido mas igualmente alegre. Feitas as apresentações, e tendo por nosso guia o Bruno e por condutor o Pedro, ambos de uma simpatia e desempenho exemplares, rolámos auto-estrada fora rumo ao Porto, apenas com uma curta paragem obviamente numa área de serviço Galp. Chegámos à hora do almoço e fomos compensados, nos “Viveiros da Mauritânia”, com um excelente bacalhau “à Zé do Pipo” e umas não menos magníficas batatinhas quentes e, também elas, douradas. Após o almoço, dirigimo-nos à Casa da Música, hoje já um autêntico ícone da cidade do Porto, onde tivemos uma visita guiada. Com linhas verdadeiramente inovadoras, da autoria do arquitecto holandês Rem Koolhaas, “lembra um meteorito, cuja queda ondulou a pedra da praça envolvente”. No seu interior, de destacar a Sala Suggia, de tons predominantemente prateado e dourado, que contrastam com os jogos de luz provenientes do vidro adoptado na concepção da quase totalidade das suas paredes. Ex-libris da Casa da Música, a Sala Suggia, dotada das mais exigentes condições acústicas e técnicas, é o palco por excelência dos grandes acontecimentos musicais na cidade do Porto.

Referimos de seguida a Sala 2, segunda maior sala da Casa da Música, em que sobressai o vermelho e que tem uma função polivalente. Uma outra área, designada por Cybermúsica, está obviamente vocacionada para o desenvolvimento de pesquisa e experimentação da música no âmbito das novas tecnologias de informação. Podemos, ainda, mencionar a Sala VIP, especialmente destinada a acções para pequenos grupos ou cerimónias e onde se destaca reprodução da nossa magnífica azulejaria. A Casa da Música conta ainda com salas para crianças, com tons, iluminação e piso adequados às diversas idades, como por exemplo a Sala Roxa. A finalizar, destacamos o terraço, ampla zona com um tecto de vidro que se abre ao céu, tendo como principal finalidade o apoio a conferências e recepções. Terminada a visita, dirigimo-nos à Fundação Serralves, também aqui para um percurso guiado. Transposto o portão que dá acesso aos vastos jardins da Casa de Serralves e ao Parque de mais de três hectares, fomos logo agradavelmente surpreendidos pela escultura moderna e enorme “A Pá do Jardineiro”, da autoria de Holdenberg, que contrasta profundamente com uma outra, esta do português Alberto Carneiro, intitulada “A Tua Imagem é Árvore e Arte”. Continuando o nosso passeio por este verdejante parque, lado a lado com castanheiros da Índia e liquidambares, carvalhos e bétulas, saboreámos o prazer de uma romântica vista sobre a casa de chá, de onde pendiam aromáticos cortinados de glicínias, faltando apenas a música de um piano de cauda para nos sentirmos verdadeiramente

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Fim-de-semana “Dourado” (continuação) esquecidos do tempo. Chegados à Casa de Serralves - palco das exposições realizadas pela Fundação até à abertura do Museu de Arte Contemporânea em 1999 – tivemos oportunidade de apreciar a arquitectura Art Déco, da autoria do português Marques da Silva, e ainda a concepção de Siza Vieira na remodelação dos sistemas de iluminação escondida, que incluem clarabóias e mesas invertidas, entre outras opções. Seguimos para o Museu de Arte Contemporânea, onde tivemos a sorte de poder admirar obras de dois autores portugueses – Júlio Pomar e Alvess – que ali se encontravam expostas. Sendo o primeiro largamente conhecido de todos, o mesmo não acontece com o segundo, que não deixa de surpreender, sendo parte significativa da sua pintura constituída por quadros-objecto. Sobre Júlio Pomar, tudo o que disséssemos seria sempre pouco, já que a sua obra “é caracterizada por uma enorme diversidade de linguagens pictóricas, processos e materiais. A prática da pintura é para o artista um confronto com o entendimento que dela encontra na sua época, sem qualquer submissão aos seus ditames”. Deixámos Serralves com uma imensa vontade de voltar aos verdes e castanhos das suas árvores imponentes, à frescura das suas fontes, à beleza dos seus edifícios, ao inesgotável sentido e mistério da arte que ali respirámos. A finalizar o dia, um lauto jantar no “Tromba Rija”, na margem do Douro, em Gaia. O segundo dia começou pela ida a Lamego. A caminho da Senhora dos Remédios, cada nova curva revelava a beleza das cerejeiras com os seus ramos já bem cobertos de flores, sugerindo pequenos flocos de neve suaves e fofos, bem diferentes do imenso manto branco que fascinou

quem viu o filme de Luc Jacquet, “A Marcha dos Pinguins”, exibido em simultâneo no interior do autocarro. Visitámos, ainda, a Ponte da Ucanha, a Igreja vizinha de São João Evangelista e o Mosteiro de São João de Tarouca. Qualquer destes monumentos, com as características específicas e riqueza própria de cada um, regalaram os nossos olhos. A descida dos nove lances da longa escadaria da Senhora dos Remédios, com pequenas pausas nos patamares para admirar as estátuas, os obeliscos, as fontes, e até o buxo, ofereceram-nos serenidade e bem-estar até ao regresso ao autocarro que nos levou a Ucanha. Ucanha – aqui a velha Ponte romana, apoiada nas margens do pequeno rio Varosa, onde, num campo recém lavrado, marido e mulher teimosamente semeavam batatas, apesar do forte calor das três da tarde. Logo a seguir, uma esquecida pérola do nosso património arquitectónico: a “pequena” Igreja de São João Evangelista, com tecto de madeira completamente decorado com pinturas, entre outras manifestações de arte inesperadas em tão modesta aldeia, e bem digna de uma maior divulgação nos nossos roteiros turísticos. Ao cair da tarde, visitámos ainda o Mosteiro de S. João de Tarouca (referenciado mais de uma vez pelo Prof. José Hermano Saraiva). Foi com algum espanto, e até comoção para alguns de nós, que deparámos com um “Guia”, profundamente sabedor de toda a longa história do mosteiro, dotado de uma invulgar capacidade de comunicação que nos transportava para os enredos das muitas lendas que relatava, sem cair na tentação de descurar a exactidão das datas

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Fim-de-semana “Dourado” (conclusão) ou dos dados históricos. Não esqueceremos o Senhor Caetano, guia por voluntariado e percorrendo todos os dias alguns quilómetros para divulgar o Mosteiro de S. João de Tarouca, monumento, de facto, repleto de excelentes obras de arte (escultura, pintura, paramentos e arte sacra diversa), algumas delas consideradas mesmo como únicas. O final deste segundo dia levou-nos até ao Peso da Régua, onde as “Varandas da Régua”, alcandoradas lá bem no alto, ofereciam a bela vista do Douro e presentearam o nosso apetite com um saboroso cabrito assado. No terceiro e último dia passámos parte da manhã na Quinta da Gregoça, propriedade de gestão familiar, dedicada à viticultura, criação de cavalos e, também, espaço de lazer. Aí, demos todos “uma voltinha” de charrete, passeámos pela quinta, provámos e comprámos enchidos, vinho, flores campestres. Seguimos, então, para o Cais da Régua, onde finalmente embarcámos para a nossa descida do Douro. O tempo continuava magnífico, o sol quase queimava, mas o verde das águas do rio e a beleza da vegetação das suas margens traziam até nós uma sensação de frescura e de prazer que apetecia prolongar – e assim aconteceu – durante todo o cruzeiro. Começando pelos aperitivos servidos à nossa chegada e pelo almoço a bordo, o tempo na coberta corria suavemente debaixo dos nossos olhos, que não se cansavam, ora de fitar as margens, de onde de repente surgia um ou outro solar, uma ou outra vinha ainda precoce, ora de mergulhar nas fundas águas do Douro, ora ainda de partir em busca de uma nova descoberta no horizonte da próxima curva onde a embarcação se apressava a chegar.

As palavras são pobres para descrever o encanto da descida do Rio Douro, da Régua a Gaia, sem esquecer a observação das interessantes manobras e velocidade de descida do nível das águas nas duas eclusas – Crestuma/Lever e Carrapatelo - por que passámos. Regressámos a Lisboa, também apenas com uma curta paragem numa obviamente A.S. Galp, tendo chegado em boa hora, boa companhia e cheios de boas recordações. Para quem ainda não fez este passeio, recomenda-mo-lo vivamente. Ana Ferreira Abril 2008

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Campeonato Nacional de Pesca Desportiva Deu-se início, nos passados dias 26 e 27 de Abril, ao campeonato nacional de clubes de pesca desportiva de aguas interiores, campeonato esse que conta com a participação do nosso Clube Galp Energia, que após a conquista do titulo do campeonato regional - época 2007 - subiu a este patamar da competição nacional, onde estão representadas outras 13 equipas, algumas do top nacional desta modalidade. Na primeira manga que se disputou no dia 26 Abril, Sábado, debaixo de um calor tórrido, a nossa equipa não se conseguiu impor aos demais adversários, uns porque os peixes não quiseram responder à chamada, outros por serem de grande porte e não estavam para facilitar a vida ao pescador, não dando assim qualquer hipótese aos nossos atletas. Já na segunda prova realizada no domingo dia 27, realizada também debaixo de intenso calor como é norma nas belas vilas alentejana, tivemos dois atletas nossos em grande destaque, e logo pai e filho, que brilharam naquela excelente pista de pesca e na não menos magnífica vila de Cabeção, onde conquistaram dois magníficos segundos lugares nos respectivos sectores, tendo o Filipe Bertelo cedido o 1º lugar por apenas 80 gramas de peso, e após ter sido

forçado a devolver dois bons exemplares à água. Isto devido ao atleta que se encontrava à sua esquerda em nada ter facilitado o nosso atleta, que a braços com tais exemplares teve muita dificuldade em os controlar dentro do seu reduto de pesca, tendo sido forçado a devolve-los à água conforme está previsto em regulamento, atitude que mereceu da parte do nosso Capitão de equipa um vivo protesto por tal atitude, visto que esta não é a postura do nosso Clube para com os nossos adversários, em nenhuma modalidade. Partimos para as 3ª e 4ª provas não tão bem classificados quanto desejaríamos, mas convictos que vamos conseguir muito melhor, vamos lutar pelo lugar que nos é devido, que é o topo da classificação. Não queríamos de forma alguma deixar de agradecer todo o apoio que nos foi dado por toda a Direcção do Clube Galp Energia, e prometermos que nos vamos empenhar ainda mais no sentido de dignificarmos a camisola que envergamos, e assim, elevarmos bem alto o nome do nosso Clube que bastante honramos.

Por todos os atletas.

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Memórias de Fim de Semana Do Aqueduto ao Palácio Marquês da Fronteira

Uma manhã bem passada Estava uma bela manhã de Abril e como vai sendo hábito, o nosso passeio começou em Sete Rios e de autocarro… mesmo sendo um passeio a pé.

Começou realmente depois de um pequeno percurso até Campolide, num dos extremos do Aqueduto, e de ouvirmos algumas explicações sobre esta obra do séc. XVIII. A construção deste Aqueduto era uma necessidade há muito sentida de levar água à cidade, uma vez que por volta de 1730 a população de Lisboa rondava os 250.000 habitantes e apenas dispunha de três chafarizes de água potável e mal distribuídos pela cidade, estando o negócio da distribuição entregue a particulares, que a entregavam bastas vezes em más condições de salubridade. Para resolver a situação, havia que trazer a água para a cidade de nascentes que existiam a pequena distância da cidade. O projecto foi pago com o produto de uma taxa sobre a carne, o vinho, o azeite e outros comestíveis. Apesar de só ter sido terminado no século XIX, em 1748 já fornecia água à cidade. A conduta principal mede 19 km, embora o comprimento total seja de 58 km. A sua parte mais conhecida é a dos 35 arcos sobre o vale, medindo o mais alto 65 metros de altura. Actualmente, o abastecimento de água da cidade não é feito desta forma, uma vez que a população aumentou muito e as necessidades são bem maiores que as daquela época. Assim, hoje o abastecimento é feito a partir de três rios: o Tejo, o Alviela e o Zêzere, que além da cidade de Lisboa, abastecem cerca de 24 concelhos circundantes. O Zêzere nasce na Serra da Estrela, junto ao Covão da Ametade e vai sendo alimentado por vários afluentes ao longo do caminho que o leva até ao Tejo, junto à vila de Constância. O Zêzere é um rio com um caudal muito grande, o que tornou possível a construção de várias barragens. A última delas, a do Castelo do Bode, fornece actualmente a maior parte da água que é consumida em Lisboa. Portanto, a água que bebemos em Lisboa vem quase toda da Serra da Estrela!

Já com mais alguns conhecimentos, seguimos pelo passeio do Aqueduto, que atravessámos calmamente, para apreciar a paisagem. É uma vista fantástica de Lisboa, e que raramente temos oportunidade de ver; o que estamos habituados é à paisagem contrária, quando passamos numa das muitas vias circundantes ao Aqueduto e olhamos para os seus arcos imponentes e cheios de história.

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Memórias de Fim de Semana Esta passagem, denominada “Passeio dos Arcos” permitiu durante anos a passagem de pessoas e animais entre as colinas das Amoreiras (Campolide) e do actual Monsanto (Bairro da Serafina). No entanto, esta passagem teve que ser encerrada ao público em 1852, por não ser um local de passagem seguro, sobretudo à noite. Conta-se que Diogo Alves atacava as vítimas no longo e estreito passeio ao ar livre sobre a Ribeira de Alcântara e que depois de lhes roubar a bolsa as atirava para o vazio. A meio do Verão de 1837 o número de mortos chegava aos 76. Foi apanhado em 1840 e enforcado a 19 de Fevereiro de 1841, tendo sido o último condenado à morte da história portuguesa.

Já do outro lado, e depois de uma última olhadela ao Aqueduto e ao seu vale, seguimos pela bela paisagem do Monsanto, onde se juntavam desportistas, cachorros e os seus donos, famílias e alguns turistas. Mais adiante encontrámos uns companheiros de viagem muito especiais à nossa espera, tirados dos séculos passados.

Com eles, uns reconfortantes queijinhos, enchidos e pão saloio, não esquecendo as frutas, o vinho e refrescos, que nos prepararam para a distância que ainda nos separava do almoço. A nossa pausa refrescante e conversa animada decorreu sob a supervisão da Eliana, nossa acompanhante sempre atenta…

Continuámos o nosso caminho, com a promessa de voltarmos a encontrar mais adiante o simpático casal da merenda. Percorremos mais uns caminhos cheios de verde e flores, saímos do parque e depois de andarmos mais um pouco, encontrámos o Palácio do Marquês de Fronteira… Bonito palácio, ainda hoje habitado pela última geração dos titulares.

Por esta razão, visitámos só os jardins do Palácio, mas que merecem sem dúvida uma visita detalhada. Reunimos à sombra para ouvirmos mais umas explicações protegidos do sol, que a esta hora batia forte.

O Palácio do Marquês de Fronteira, também conhecido por Palácio Fronteira, foi construído em 1640 como pavilhão de caça para D. João de Mascarenhas, o primeiro marquês de Fronteira. Situado no Largo de S. Domingos de Benfica, este palácio revela três fases distintas na sua edificação, sendo a mais recente as destruições provocadas pelo terramoto que assolou Lisboa em 1755, embora tivessem sido apenas obras de pouca monta.

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Memórias de Fim de Semana A capela de finais do século XVI a parte mais antiga. A fachada está adornada com pedras, conchas, vidros partidos e restos de porcelanas. Diz-se que essas peças foram usadas na inauguração do palácio e partidas para que ninguém mais as utilizasse.

Embora o Palácio ainda seja ocupado pelo 12º marquês, algumas das salas, a biblioteca e o jardim podem ser visitados. A Sala das Batalhas tem belos painéis com cenas da Guerra da Restauração e um pormenor de João de Fronteira que combate um general espanhol. Foi a sua lealdade a D. Pedro II durante esse conflito, que o fez ganhar o título de marquês.

O jardim do Palácio possui uma área de 5,5 hectares. A partir do terraço da capela, há nichos de azulejos decorados com figuras que personificam as artes e figuras mitológicas. As sebes do jardim estão aparadas em formas que representam as estações do ano.. De um dos lados, vêem-se grandes painéis de azulejos barrocos azuis e brancos, que exibem cavaleiros antepassados da família, reflectindo-se nas águas de um grande espelho d’ água.

Várias estátuas, evocativas da mitologia greco-romana, povoam o lago artificial e as suas grutas, bem como a balaustrada que corre ao longo do terraço superior, a que se acede pelas escadarias de cada lado deste, leva a um terraço onde os nichos decorativos contêm bustos dos reis portugueses.

Azulejos de parede azuis e amarelos decoram a parte superior do terraço, harmonizando-se com os bustos de vários reis portugueses - desde o conde D. Henrique até D. Pedro II. Notável pela sua decoração de painéis de azulejaria dos séculos XVII e XVIII, o palácio apresenta ainda uma segunda galeria exterior decorada por azulejos barrocos figurados, em tons de azul e branco. Estátuas alegóricas às artes e às ciências, bem assim como figuras mitológicas em mármore, preenchem os vãos das arcadas desta alameda, pela qual se alcança a proporcionada e harmoniosa capela renascentista.

Uma curiosidade desta visita: passámos pela deusa da Fortuna, colocada num ponto bem alto, simbolizada por uma mulher com o cabelo puxado para a frente com o vento, com asas nos pés e uma navalha na mão.

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Memórias de Fim de Semana (conclusão) Segundo nos explicaram, a deusa da Fortuna simboliza o lema da Casa de Fronteira, e a forma como chegaram até ao séc. XXI: a Fortuna corre rápido e pode ser agressiva. Há que ter o cuidado de não a deixar passar, pois pode não se conseguir voltar a alcançar… Que tal como lema de Vida? Fiquei a pensar nisto, enquanto almoçava com o grupo no restaurante Valenciana, onde terminou o nosso passeio… Se quer saber mais, procure em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aqueduto_das_%C3%81guas_Livres http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_Fronteira

Cris, turista profissional Abril/2008

Curso para obtenção de Carta de Marinheiro Mais uma vez o Clube Galp Energia está de parabéns pela iniciativa de proporcionar aos sócios a aprendizagem da arte de “bem navegar”. O curso de marinheiro decorreu de forma muito profissional, os formadores são oficiais da Marinha Portuguesa, prestaram um excelente serviço aos aprendizes de marinheiro, conseguiram despertar o entusiasmo de todos os que frequentaram o curso, a adesão às aulas rondou os 100%, foi necessário estudar muito ..., não se registou nenhum naufrágio, o examinador do IPTM é considerado o mais exigente, mas foram todos aprovados (26). Tudo se passou num ambiente muito saudável, com muita alegria e espírito de equipa, estando previsto para breve um encontro destes marinheiros e formadores. Bom, há mais mar e marés e quem sabe, os “bons ventos” proporcionados pela equipa do Clube Galp Energia - Núcleo Centro para continuar este processo de aprendizagem.

Depoimento do Associado João Tomás

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Viagem à Indochina Não é fácil descrever, por palavras ou com imagens, a grande viagem à Indochina, porque em muito do que visitamos é tão forte a impressão de novidade e exotismo que só pode ser verdadeiramente transmitida através de vivência directa com todos os cinco sentidos. Foi uma experiência inesquecível, partilhada por um grupo de pessoas relativamente pequeno, em que rápida e facilmente se instalou uma dinâmica de descontraída boa disposição, plena de cordialidade, solidariedade e cumplicidade, na apreciação da variedade de surpresas que cada dia nos reservava. O primeiro dia em Bangkok, após a longa viagem, ficou especialmente marcado pela visita ao Grand Palace, magnificamente restaurado nas suas imensas áreas de talha dourada, e que nada fica a dever à famosa Cidade Proibida em Peking. Assinaláveis também foram os templos do Buda Esmeralda (após uma longa história de deambulação pela região) e do Wat Po, com a enorme imagem de Buda reclinado em Nirvana.

A descrição não ficaria completa sem especial referência a um dos impressionantes mercados abertos da cidade, onde os participantes tiveram a oportunidade dum surpreendente primeiro contacto com o extraordinário (!) comércio local. Os dois dias seguintes foram passados em Luang Prabang, antiga capital do Laos, uma pequena cidade envolvida por montanhas e suspensa no tempo, classificada como Património Mundial, cujos inúmeros templos de arquitectura clássica foram poupados à destruição da última guerra, com as suas numerosas imagens de Buda, relíquias e urnas da família real, além de curiosas figuras mitológicas utilizadas em festividades populares. No segundo dia fizemos um passeio em barco tradicional pelo rio Mekong, que nasce no Tibete e atravessa a Birmânia, o Laos, o Camboja, a Tailândia e o Vietnam, onde desagua no mar. Pelo caminho visitamos as grutas de Pak Ou, abertas a meio duma elevada falésia sobre o rio, um interessante local de peregrinação com numerosas estátuas de Buda; e uma pitoresca aldeia típica, onde observamos o fabrico artesanal de aguardente de arroz, a que se

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Viagem à Indochina seguiu o almoço num restaurante da margem do rio, como sempre incluindo os mais exóticos pratos de legumes, mariscos, peixe e carne. À noite assistimos a um espectáculo oficial de danças tradicionais, plenas de míticos simbolismos lendários e de movimentos rituais de graciosas bailarinas, e passeamos pelo verdadeiramente espectacular mercado nocturno das sedas, ao longo de toda a avenida principal da cidade. Na alvorada da manhã seguinte tomamos parte na ritual oferta diária de comida aos monges budistas, intensamente participada pela devota população, e tivemos tempo livre para conhecer o mercado aberto local, com toda a sua variedade de oferta de artesanato em todos os materiais (até marfim!) e dos mais diversos produtos alimentares numa multiplicidade de cores, texturas, aromas e sabores, onde pudemos também apreciar por contacto directo a grande simpatia e cordialidade dos habitantes, apesar das severas dificuldades económicas e sociais do país. Ainda visitámos o Museu Nacional de cultura do Laos, no antigo Palácio Real. No dia seguinte, já em Hanoi, fizemos a visita da cidade, com destaque para o Ho Chi Minh Mausoleum, os pagodes da Praça Nacional e de Quoc, o Templo da Literatura e o Museu de História. O dia ficou marcado pela experiência inesquecível dum passeio em rickshaws pelos bairros mais antigos e movimentados, a elevar ao máximo os níveis de adrenalina, e pelo espectáculo único do teatro de marionetas de água. Mas foi no 2.º dia que se atingiu um dos pontos mais altos da viagem, durante o cruzeiro na

Halong Bay, Património da Humanidade, com as suas fabulosas ilhas alinhadas na neblina com nitidez decrescente (também é lindo com sol, a avaliar pelos postais) e a visita a uma das suas muitas grutas, excelentemente iluminada, seguida de excelente almoço de marisco a bordo. No dia seguinte visitámos uma unidade de produção de seda em Van Phuc, antes da partida de avião para Hue, cidade real das dinastias Nguyen. Aqui foi impressionante a visita da Cidadela Imperial, monumentos e templos da Cidade Púrpura. Seguiu-se a visita dos túmulos reais, a inevitável tentação (cada vez mais viciante) do mercado de Dong Ba, e, já no caminho para Danang e Hoi An, as Montanhas de Mármore e a fabulosa indústria estatuária que lhe está associada. Hoi An foi um centro comercial importante no século XVI, com grande influência chinesa, de ruas estreitas e casas de ricos mercadores em madeiras exóticas, muito elaboradas e adornadas com painéis lacados no seu interior. No dia seguinte foi a chegada a Ho Chi Minh, ainda mais conhecida por Saigon, onde iniciámos a visita aos locais mais representativos, designadamente a rua Dong Khoi, a Casa da Ópera, a Câmara Municipal, a Catedral de Notre Dame, um Pagode muito antigo e, é claro (!), o mercado de Ben Thanth. O 2.º dia ficou marcado pela visita a Cu Chi, a região mais fustigada pela última guerra, com o seu impressionante complexo de túneis e estruturas subterrâneas, testemunhos duma resistência inabalável (e eficaz) contra os invasores estrangeiros. À tarde visitámos o bairro chinês de Saigon, o

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Viagem à Indochina

templo da lendária Senhora Chinesa, para terminar em beleza com um magnífico jantar em cruzeiro pelo rio Saigão, com música ambiente e espectacular vista nocturna da cidade vista do rio. Depois foi a visita ao Palácio Presidencial, ao Museu da Guerra e a um notável centro de artesanato de produtos lacados e sedas, antes da partida para a capital do Camboja, Phnom Penh. Foram marcantes as visitas ao Palácio Real e ao Pagode de Prata, ao Monumento da Vitória e Museu Nacional, e ao templo de Wat Phnom Penh, testemunhos vivos da história e avançada cultura Khmer. Mas foi nos dias seguintes que se atingiu mais um dos pontos altos da viagem, em Siem Reap, com a visita às ruínas (muito bem conservadas e em restauração) da magnífica cidade de Angkor. É uma estrutura enorme, em que se destaca o templo de Angkor Wat, mas que inclui inúmeras outras estruturas espectaculares pela sua beleza e grandiosidade.

Nem vale a pena tentar descrever aquela maravilha duma civilização antiga para quem não viu, excepto na referência especial ao espectáculo único que consiste em apreciar o nascer do sol por trás das ruínas do Angkor Wat (que até inspirou uma das nossas participantes a liderar uma ode ao sol, muito apreciada e aplaudida…). O dia seguinte ainda foi parcialmente ocupado com a visita a outras estruturas de Angkor. Uma particularidade interessante é a que respeita à interacção das ruínas com a flora local, especialmente as árvores, que contrariamente ao que acontece noutros locais tropicais (p. e. México), não desmantelam as construções, antes parecem abraçá-las para as proteger. Só a queda de árvores provocou alguma inevitável destruição. Em Phnom Penh, por amabilidade do Clube Galp Energia e extra programa, visitámos também um testemunho horrível da época hoje conhecida por pesadelo do regime de Pol Pot, que causou indescritível morticínio, destruição e sofrimento

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Viagem à Indochina (conclusão) gratuitos a todo o país. Muito interessantes foram também a visita de barco a uma aldeia (cidade?) flutuante, em que se puderam observar, além das habitações, lojas de todos os géneros, oficinas, restaurantes, unidades de piscicultura, escolas, hospitais, ...., e, é claro, a já viciante (para quase todos) marcação de ponto no Old Market, com as suas espectaculares contrafacções das melhores marcas mundiais. Finalmente, e para a despedida antes do regresso, ainda tivemos oportunidade de almoçar e assistir, no Rose Garden Resort, a um espectáculo muito diversificado da vida, arte e cultura tailandesa. Nota final: O usufruto das famosas massagens tailandesas, ainda que tenha sido objecto de grande curiosidade, é matéria reservada que não cabe nesta crónica, muito embora possa ter sido algo

Natalie Choquette é mesmo La Diva! Foi com alguma expectativa que assisti, no passado dia 18 de Abril, ao espectáculo de Ópera, com uma vertente humorística, com a cantora Natalie Choquette, La Diva, no Casino de Lisboa. O espectáculo foi mágico! La Diva é na verdade uma mulher de múltiplos talentos. Dança, faz ginástica, pino incluído, come e faz muitas mais actividades sempre cantando maravilhosamente e introduzindo a componente humorística de crítica social subtil e inteligente, gerando um ambiente de grande cumplicidade e intimidade com o público, e interagindo em particular com o público masculino, que vai escolhendo muito bem, diga-se em abono da verdade. Creio que, no espírito de todos os que tiveram o privilégio de assistir a este espectáculo, ficou a ideia de que esta mulher extraordinária assumiu como missão da sua vida fazer da Ópera um espaço de entretenimento. Para tal, contribui, seguramente o facto de ser uma artista de grande talento e multifacetada e com uma capacidade de entrega fora do comum. No final, fiquei com a forte convicção que Natalie Choquette nos seus espectáculos se diverte muito mais que qualquer um dos espectadores! Não posso deixar de agradecer ao Clube Galp Energia o facto me ter desafiado para este fantástico espectáculo, que de outra forma, como tantos outros, me teria passado ao lado, o que me deixaria seguramente mais pobre culturalmente. Muito obrigada! Texto da Associada Deolinda Pires

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Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste Desde já começo por saudar quem está a ler, caso tenha ido ao passeio de certo sabe quem eu sou e espero não ficar aquém das suas expectativas, caso as tenham em relação ao meu ‘relatório’. Gosto mais de lhe chamar comentário, pois é disso que se trata, vou comentar a viagem que se deu entre os dias 24 de Abril e 1 de Maio de 2008 (1º grupo), a Praga, Bratislava e Budapeste. Não vou fazer um relato histórico exacto, penso que será de melhor agrado focar-me na viagem em si e será engraçado rever alguns dos episódios mais engraçados, um dos quais me envolveu a mim… Partimos de Lisboa dia 24 de Abril num voo da Lufthansa, acompanhados pela Carla e pelo Bruno, os nossos acompanhantes de Portugal. Mudamos de avião em Frankfurt e chegamos a Praga ao início da noite (mesmo a tempo do jantar), onde um autocarro nos esperava com o ‘nosso querido’ Pedro, como ficou conhecido o nosso guia, que sem dúvida é uma pessoa fora de série e a quem espero dar o devido ênfase pois foi uma presença muito querida por todos.

Divertido, óptimo contador de histórias e da própria História, falo por mim que aprendi bastante sobre os países onde estivemos e principalmente sobre o que se tem passado nas últimas décadas. Não nos podemos também esquecer do nosso amável motorista, muito simpático e prestável, Carlos, que apesar de não falar português ficou a conhecer algumas palavritas assim como nós, na sua língua. Mas o Pedro deveras nos espantou e encantou com a sua sabedoria, conhecimento geral, parecendo mais português que muitos portugueses pois além de falar muito bem, com boa pronúncia tem um conhecimento fenomenal do nosso país, já para não falar nos pratos, termos populares, história, terras, provérbios…tudo do que se possam lembrar e mais. Começo por falar um pouco de Praga . Cidade banhada pelo rio Moldava, tem as suas duas margens unidas por 17 pontes, sendo a mais conhecida a histórica Ponte D. Carlos de 520 metros, com 30 estátuas quase todas barrocas.

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Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste (continuação) Na margem esquerda e abaixo da zona do castelo encontra-se o Bairro Pequeno (Malá Strana), e, na margem direita do rio, a Cidade Velha (Staré Mesto) que é o bairro mais antigo da cidade. É uma cidade extremamente limpa a cheia de flores impecáveis com as quais nos maravilhamos. Na 1ª noite, o jantar realizou-se na Cervejaria “Plzenska”, localizada na Casa Municipal, situada junto da Torre da Pólvora da ex-muralha que separava a parte nova da velha e é a única que resta. A Casa Municipal é um dos mais belos exemplos de Art Nouveau da Europa do início do século XX, com uma sala de concertos monumental denominada Sala Smetana, onde se realizam os mais importantes concertos em Praga, sendo ainda uma galeria da arte plástica espaçosa. Foi uma primeira impressão muito boa de Praga onde em minha opinião, bebemos as melhores cervejas de toda a viagem, tanto normal como preta. Sempre muito curiosa, fiquei nessa mesma noite a saber que cerveja preta se pronuncia - ‘tcherni pivô’, à nossa saúde – ‘Ná zdrá-vi!’. Posteriormente aprendi também obrigado(a) – ‘Djê-ku-iu’ e café (como o conhecemos) – ‘Espresso Piccolo’. No 2º dia (dia 25) conhecemos a ‘Ipka’ (de certo não é assim que se escreve por isso peço desculpa), nossa guia também, que nos acompanhou até ao nosso último dia em Praga. Muito calma e serenamente, lá nos foi apresentando a cidade. Visitamos o bairro Judeu que tem apenas 100 anos, e que antes era a terra dos pobres, sendo que agora é das zonas mais caras de Praga. Houve grandes epidemias e as casas foram destruídas por motivos de higiene. O Velho

Cemitério Judeu é o cemitério judaico mais antigo no mundo, foi fundado na primeira metade do século XV. Na área de 1 hectare há 12 000 túmulos e lápides da época gótica tardia, renascença, barroca e rococó. Digamos que foi o cemitério mais bonito, sereno, se não o mais fascinante devido às suas gravuras, lápides envoltas em mistério. Na Praça da Cidade Velha, onde fomos a seguir, situa-se o relógio astronómico da Cidade Velha do século XV que é um dos monumentos mais famosos e preciosos da cidade de Praga (na torre gótica da Câmara Municipal de Praga). O relógio astronómico bate todas as horas, entre 9.00 e 21.00, ao mesmo tempo que aparecem os doze apóstolos. Dos lados do relógio movem-se as figuras do Esqueleto, Turco, Avarento e Vaidoso. Depois do desfile dos apóstolos ouve-se o canto do Galo e o relógio põe-se a bater. O relógio astronómico indica quatro tipos de tempo: 1. Tempo da Europa Central (tempo antigo alemão) – indicado por números romanos na berma da esfera, apontado pelo ponteiro solar. 2. Antigo tempo boémio – o novo dia começa com o deitar do sol. Indicado pelos números góticos dourados situados no anel exterior da esfera, gerido pelo aparelho independente. 3. Tempo babilónico (variável) – um dia demora desde aurora até o deitar do sol, devido que as horas do Verão demoram mais que as horas do Inverno. O relógio astronómico de Praga é o único relógio do mundo capaz de medir esse tempo. 4. Tempo astral – indicado pelos números romanos. Na parte inferior da fachada há o mostrador do calendário que indica o dia, sua posição na semana, mês e ano. Após o almoço na Cervejaria “Zlaté”, tivemos um cruzeiro de uma hora no Rio Vlatva (Moldava).

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Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste (continuação)

O jantar foi no restaurante francês muito requintado, na Casa Municipal, ao som do piano ao vivo. O 3º dia (26) foi passado na cidade termal de Karlovy Vary, a cerca de 140 km da capital. Estando esta cidade perto da fronteira com a Alemanha, guarda a sua história ancestral no imperador Carlos IV, que ao caçar na zona reparou no seu rio de água quente. A localidade depressa prosperou passando mais tarde para o poder da Alemanha, que lhe deu o nome de Karlsbad, tendo depois voltado a pertencer à República Checa com o nome actual de Karlovy Vary. Está num vale rodeado de montanhas de densa vegetação, cujas casas se prolongam nas margens do rio Telpá, intercalando edifícios com jardins deleitosos e as 12 fontes termais onde podemos saciar-nos com a água rica em minerais que garantiram a Karlovy Vary a sua conceituada reputação. Mas, para beber a água aconselha-se o uso de uma caneca feita especialmente para evitar que a água, tão rica em minerais danifique os dentes pois leva-a directamente à garganta. Devo confessar que ‘saciar’ não é propriamente o termo que usaria pois a água tem um sabor tão estranho e peculiar nada agradável.

O almoço teve lugar no Restaurante do Hotel Pupp, o hotel mais tradicional da cidade, onde foi filmada uma parte do filme ‘Casino Royal’ do James Bond. Depois, corremos às lojas para uma última tentativa de encontrar pequenas canecas e quase acabamos com o stock das bolachas tradicionais. O jantar decorreu na Cervejaria “U Fleku”, a mais antiga de Praga (séc. XV). Como quase sempre dissemos ‘Ná zdrá-vi!” com o Bruno que não se esquecia de brindar connosco. Um grupo dos nuestros hermanos fez uma ‘festa’ invejável ao som dos músicos mas também ‘demos uns toques’. Foi tocado p.e. o Fado de Coimbra, para o qual não se batem palmas, apenas se bate na mesa com uma mesa, coisa que aprendi com o Sr. Raúl. Após o jantar, partimos em eléctrico nostálgico até ao Teatro onde assistimos a um espectáculo de Teatro Negro, onde através das sombras conseguiram transmitir um fervilhar de sensações. De certo será um espectáculo que ficará na memória de todos os presentes.

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Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste (continuação) No 4º dia (27) visitamos o Castelo de Praga, a Catedral de S. Vito, a Capela do Loreto, a Igreja do Menino Jesus e o Mosteiro Stahof – Biblioteca (onde foi filmada uma cena do filme ‘A Liga dos Cavalheiros Extraordinários’). O Castelo de Praga (Prazky Hrad), que conjuga em si o Palácio Real (antiga residência dos príncipes boémios, onde ocorreu a segunda defenestração de Praga e local da tomada de posse de Vaclav Havel, em 1989), a Catedral gótica de S. Vito, cuja construção demorou 7 séculos a ser concluída e onde se pode observar a porta dourada, antigo pórtico de entrada, que retrata cenas do Juízo Final; o santuário barroco do Loretto. A biblioteca feita em estilo barroco, alberga colecções de 200 000 tomos (fascículos), manuscritos e primeiras impressões dos livros. Achei tão peculiar que não posso deixar de mencionar a biblioteca dendrológica ou xilofílica. Cada tomo do total de 68 livros fabricados em 1825 apresenta um tipo de madeira. A capa do livro é feita da madeira da respectiva árvore, a lombada é da casca e de

fetos, no interior há raízes, ramos, folhas, flores e frutos. O almoço foi no restaurante “Novomestski Pivovar”. Depois do almoço começou o nosso passeio pelo Castelo, com vários pátios, a Catedral de S. Vitus, Venceslau e Adalberto ( Katedrála Sv. Víta, Václava a Vojtecha), a igreja mais notável de Praga e o símbolo do espírito da nação checa. A catedral gótica actualmente existente no lugar é já a terceira construção religiosa ali construída – primeiro houve uma rotunda românica, depois a basílica de três naves. Em 1344, por ordem do Rei Carlos IV foi iniciada a construção da catedral gótica. A construção da catedral demorou cerca de 600 anos até o ano 1929 quando foi consagrada Mausoléu Real. O centro cerimonioso e mais respeitado da catedral é na Capela do S. Venceslau que além da decoração fascinante contém a tumba do S. Venceslau – o padroeiro nacional. Além das missas, a igreja costumava servir de lugar das coroações dos reis e rainhas dos países checos.

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Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste (continuação) Aqui é depositado o conjunto das jóias de coroação real, fabricadas em ouro e decoradas pelas pedras preciosas e pérolas – a Coroa de S. Venceslau (1346), o Cetro real e Orbe Imperial (do século XVI). Passamos depois pelas casas dos guardas da altura, tão minúsculas que me senti claustrofóbica mas ao mesmo tempo maravilhada pois senti-me em casa de bonecas e projectei o momento para um conto de fadas, imaginando pequenos seres nos seus afazeres do dia-a-dia. Despedimo-nos da nossa guia ‘Ipka’, Děkuji ‘Ipka’, ou seja [Djê-ku-iu.] - Obrigado. Ora, nesta noite fomos para o restaurante de cabelos ao vento, em automóveis antigos. Fixei em particular o divertimento da D. Conceição Barradinhas ao chegarmos. Assim como esta senhora também eu e a minha avó, Emília nos rimos imenso com o cabelo desgrenhado e os olhares curiosos. O restaurante Mylnec, situado na margem do Rio Vlatva, cujo wc não posso deixar de mencionar, nunca tal tinha visto. No 5º dia (28) partimos para Bratislava, capital da República Eslovaca (antigamente capital de toda a Hungria), tendo as histórias do Pedro como distracção, a viagem fez-se a correr pois, e acho que posso falar em geral, teria ficado a tarde toda a ouvi-lo, foi simplesmente fascinante, assim como todas as vezes. Depois de contemplar o Danúbio, dirigimo-nos para o Restaurante Reduta. Até este ponto da viagem o ponto fulcral nas refeições tinha sito o pato, a partir daqui seriam as sopas com natas.

Após uma rápida passagem por alguns pontos de Bratislava, partimos rumo a Budapeste, terra do ‘nosso querido Pedro’, que captou a nossa atenção novamente ao contar a sua aventura à boleia até Portugal. Budapeste, capital e principal cidade da Hungria, consiste de uma comunidade chamada Buda, na margem oeste do Danúbio e da comunidade de Peste, na margem leste. A primeira face, Buda, a Colina do Castelo, erguida sobre as colinas ao lado do Danúbio, possui castelos, igrejas e palácios; o verso da moeda, Peste, mais moderna e numa superfície plana, é a zona comercial e de entretenimento. Até 1873, as duas eram duas vilas separadas. A dividi-las, Danúbio, que de azul não tem nada, atravessado por diversas pontes, com destaque para a Ponte das Correntes, a primeira ligação permanente construída sobre o rio, a Ponte Elisabeth, baptizada em honra da rainha de Inglaterra; a Ponte da Liberdade; e a Ponte Margit, que liga a ilha do mesmo nome às margens do Danúbio. Considerada o pulmão da cidade, a Ilha Margit é o resultado da fusão de três ilhas mais pequenas (Spa, Pictor e Coelhos) que existiam há dois séculos no meio do rio. Podem alugar-se bicicletas, fazer percursos pedestres ou relaxar nos banhos públicos ao ar livre do Palatinus Lido ou na piscina Alfred Hajós. É também uma cidade limpa a tal como Praga, cheia da flores e aos poucos vai ganhando vida pois agora estão a prestar mais atenção às suas cores. O que antes ou que ainda é cinzento, está aos poucos a transformar-se em imponência novamente. Fomos ao miradouro do Monte de S. Gerardo, contemplar a cidade à noite, lindíssima e seguidamente dirigimo-nos para o restaurante “Kárpatia”, antigo mosteiro, ao lado da Rua

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Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste (continuação) pedonal Vaci. Jantámos ao som de 5 instrumentos, foram tocadas músicas como, ‘casa portuguesa’ e ‘cheira bem, cheira a Lisboa’ para nosso deleite. O 6º dia (29) foi preenchido com visitas magníficas de ambos os lados da cidade, começando pela Praça dos Heróis (Hösök Tere) onde se ergue o obelisco de 36 metros de altura dedicado à glória. No seu topo está a arcanjo Gabriel e em baixo os sete Manjares húngaros (de há 1000 anos). Frente a ela situam-se a Sala de Exposições e o Museu das Belas Artes. A nossa próxima paragem, o Parlamento, é um edifício colossal construído para uma Hungria muito maior do que a actual, Neo-gótico, que foi construído apenas com materiais húngaros, pelo que demorou algum tempo para a sua conclusão, à excepção de 8 colunas em granito que foram oferecidas. Quase todos os vitrais são originais pois antes do bombardeamento da cidade, estes foram guardados em areia nas profundas caves. Na sala dos deputados até pouco tempo funcionava um sistema de refrigeração num fosso com gelo. O ar passa e arrefece mas agora funciona como filtro de ar e impurezas. No exterior do Parlamento estão três símbolos da Revolução, uma bandeira húngara com buraco (sem o escudo), que equivale ao cravo vermelho em Portugal, a chama eterna e as balas de bronze (vítimas da 5ª feira Sangrenta). O almoço realizou-se no restaurante “Fortuna”, no Castelo de Buda (cidade medieval), onde me pediram explicitamente para dar ênfase ao serviço. Fomos maravilhosamente servidos, o pessoal de uma simpatia e amabilidade tremendas e o espaço levou-nos a tempos remotos. Mas houve um membro do pessoal que ficou-me particularmente na memória e aposto

que algumas pessoas sabem a quem me estou a referir. Após o almoço, muito perto, entrámos na Igreja de Matias e contemplámos o Bastião dos Pescadores do séc. XIV com uma vista maravilhosa sobre a cidade. Seguimos para a Ópera, extraordinária, linda onde para meu espanto se pode ter lugar por apenas 1 euro, mas em contra partida, vê-se mal e os bilhetes esgotam meses antes do espectáculo, mas ouve-se bem e para estes lugares no topo não é preciso gala. Próxima paragem, Mercado Central da cidade, ou Nagy Vasarcsarnok, uma imensa estrutura metálica com 150 metros de extensão com dezenas de bancas, oferecendo produtos alimentares, lembranças, roupas, artesanato, etc. Fica na rua Vamhaz Korut, margem leste do Danúbio, próximo às suas margens. Este jantar memorável foi um Jantar medieval no Restaurante Lancelot, numa autêntica recriação da época, onde comemos à MÃO! Sim e com babetes, há fotografias a comprová-lo, mas foi sem dúvida uma experiência única e diferente com fogo, luta de espadas, dança do ventre (entre o nosso grupo também), malabarismo e equilibrismo, sem esquecer a personagem à entrada do restaurante com quem fiz questão de registar o momento. Muitas rizadas nos fizeram dar o Sr. Aníbal e a D. Conceição Barradinhas com a sua versão da dança do ventre e passo a citar ‘com melhor jogo de ancas’ que a dançarina do restaurante. Para mim foi uma das noites mais marcantes e divertidas por tudo, desde ao ambiente que nos leva realmente à época Medieval, ao espectáculo tanto deles como ao nosso. Nos despedimos do restaurante com muita pena minha, e fomos ver um dos dois pavilhões que

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Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste ficaram da Expo (96), devido ao seu enorme sucesso. Este pavilhão – o Castelo de Vajdahunyad, ficou conhecido como o Castelo do Drácula, o conde húngaro da Transilvânia que lutava contra os turcos. Em frente uma pequena Igreja e ao lado, o Museu da Agricultura. No 7º dia (30) partidos logo de manhã para Gödölö onde se encontra o castelo Húngaro da Princesa Sissi (Elisabeth), que ao contrário do que muitas pessoas pensam era morena, cujos cabelos chegavam ao chão mas muito bonito pois só para a pentear eram 2 horas. Mas a Imperatriz Sissi foi uma ‘desgraçada’, para quem tiver curiosidade em conhecer a sua vida vai com certeza simpatizar com esta personagem que sofreu a perda dos seus filhos, o mau tratamento por parte da sogra, a visão avançada para o seu tempo, nada bem vista, como cavalgar como um homem tendo sido assassinada em 1898. Visitámos o Castelo, lindo, simples, harmonioso, não exageradamente grande, acolhedor até, onde Sissi se refugiou tantas vezes (cerca de 2000 noites) para fugir às ‘garras’ da sua sogra. Dirigimo-nos depois para a Quinta de dois irmãos premiados onde assistimos a um espectáculo de cavalos, com vacas e até um burro à mistura, que de burro não tem nada. Foram feitas pequenas amostras de como se deslocavam e lutavam aos marajás, alguns com chicotes enormes com os quais convidaram dois membros da plateia, um masculino e um feminino para derrubar uma garrafa. Ora o membro feminino não foi mais nem menos que um corajoso membro do nosso grupo que levou uma garrafita para casa. Enquanto dávamos uma volta de carroça, os cerca de 30 actores preparavam-se para nos dar as boas vindas com a simulação de um casamento húngaro, muito típico que é

realizado ainda hoje por opção. De braço dado lá fomos para o restaurante da quinta, e antes de se começar a comer, presentearam-nos com dança, acompanhados por músicos, primeiro as mulheres, depois os homens com um jogo de paus. Um porta-voz falou, o Pedro resumidamente traduziu e então a sopa foi servida. Mal acabámos, alguns de nós foram puxados a dançar – minha nossa! Resumindo entre cada prato houve dança e antes da cada prato houve discurso e não faltou o pato! Mais um discurso, mais uma dança. Para nossa surpresa, houve jogo da cadeira e um jogo de chapéus, ambos o Sr. Aníbal ganhou mas foi bastante renhido, mas para mim é impossível explicar. Será que alguém filmou? Esperemos que sim. Mesmo a tempo da sobremesa, tivemos o ‘comboio’ em que praticamente todos entramos e foi deveras divertido. Para grande tristeza tudo o que é bom acaba depressa e lá nos acompanharam novamente de braço dado até ao autocarro (desta vez arranjei acompanhante).

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Viagem a Praga, Bratislava e Budapeste (conclusão) Antes do jantar visitámos o mais famoso café de Budapeste, que também é hotel, o Café New York onde brindámos com champanhe (ou sumo). Num edifício do séc. XIX, em estilo Arte Nouveau, foi outrora frequentado por muitos escritores que aqui encontravam refúgio do frio, papel e tinta grátis, pagando muitas vezes com poemas seus. O último jantar realizou-se no Restaurante Belcanto, onde para mim foi uma experiência única e espectacular, uma noite inesperada e mágica que contou com vários cantores de ópera e com os próprios empregados de mesa que cantam para os clientes durante a refeição. O consagrado violinista Alexandor consagrou-nos com o som maravilhoso do seu violino, acompanhado por um pianista, outro violinista e um violoncelista. Como o Pedro afirmou, ‘o Alexandor faz o que quer do público’ e assim foi, desde o primeiro momento ficamos presos à sua presença de 2 metros e 10 mais coisa menos coisa. Presenteou-nos com uma música de sua autoria, absolutamente fenomenal e para meu grande espanto dedicou-me duas músicas. A meio da noite fui completamente surpreendida com um pedido de casamento por parte do ilustre Alexandor que me deixou absolutamente de queixo caído, se houvesse um buraquinho ali perto, teria sido o meu destino.

Claro que foi tudo uma brincadeira mas foi tão engraçado e original que fez desta noite uma experiência que jamais esquecerei, desde o fervilhar de emoções ao privilégio de estar tão perto de artistas formidáveis. Muitos de nós trouxeram para casa um CD autografado. Por fim, no 8º dia (1 Maio) fomos ao Mercado de Santo André. Santo André é uma cidade nos arredores da Budapeste que fica a cerca de meia hora desta. Efectuamos a últimas compras. Almoçamos a bordo de um Cruzeiro no Danúbio, com buffet livre, efectuando um último olhar sobre a cidade, partimos para o aeroporto. Já com saudade nos despedimos do Pedro e do Carlos, como a Carla nos pediu, Köszönöm Pedro e Carlos! ou seja, [Có-so-nome] - Obrigado. Regressámos a Lisboa. Assim me despeço dos companheiros de viagem, esperando tornar a vê-los, sempre muito pontuais como a Carla não deixou de acentuar, ficam com certeza na minha memória e no meu coração. Agradeço especialmente ao Sr. Luís (um dos) a foto que me tirou com o Alexandor, e agradeço também aos nossos acompanhantes de Lisboa

Sorteio Cirque du Soleil Poucos dias após a passagem, pela segunda vez, em Lisboa da Companhia Cirque du Soleil vem a Direcção do Clube Galp Energia - Núcleo Centro proceder ao sorteio de cinco exemplares de uma colectânea de 12 DVD’s cada, dos principais espectáculos levados à cena por estes extraordinários artistas. As inscrições neste sorteio podem ser efectuadas, até ao final do dia 04 de Julho próximo, através do telefone 21 724 05 31 (extensão interna 10 531) ou do endereço de email interno “Clube Galp Energia- Secretaria”.

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Cirque du Soleil - Quidam Não gosto muito de circo! Fiquei portanto admirada quando em Novembro passado me ofereceram bilhetes para o “circo”. Logo me explicaram que não era um circo ao estilo tradicional, daqueles que estamos habituados a ver por cá, era Delirium, um dos espectáculos da grande companhia Cirque do Soleil. Confesso que, embora já tivesse ouvido falar, não sabia exactamente em que consistia o espectáculo…e a palavra circo continuava a travar as minhas expectativas. Lá fui, para ver o que dava! Ao fim dos primeiros dez minutos, estava completamente rendida, surpreendida e apaixonada. Era um verdadeiro espectáculo de movimento, luz e som. No fim da actuação tive a certeza que me tinha tornado grande adepta. Quando o Clube Galp Energia anunciou que se tinha associado à segunda passagem por Lisboa do Cirque do Soleil, fui da primeiras a entrar na corrida aos bilhetes. No dia marcado, lá fui, rumo ao Grand Chapiteau, cheia de expectativa e curiosidade para saber que grandes habilidades nos reservava Quidam. Mais uma vez repeti a sensação que já tinha tido no primeiro espectáculo, faziam-me falta pelo menos mais um par de olhos para puder desfrutar em pleno de tudo o que nos é oferecido em palco. Uma combinação perfeita do trabalho e empenho de dezenas de bailarinos, músicos, acrobatas, contorcionistas e outros artistas, fazem as nossas delícias. Todas as músicas são tocadas e cantadas ao vivo, por uma voz capaz de fazer a ligação perfeita entre tudo o que acontece em palco e que ao mesmo tempo envolve completamente o público no espírito do espectáculo. Fico assim ansiosamente à espera pela próxima passagem deste “Circo “ pela cidade!

Texto da Associada Ana Parreira Almeida

A DIRECÇÃO