fitoterapia (2)
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Fitoterapia
Sumário
O que é fitoterapia? ........................................................................................................4
Vantagens e riscos .........................................................................................................4
Exemplos de plantas medicinais ....................................................................................5
Utilização na saúde pública ............................................................................................5
Etapas de desenvolvimento ...........................................................................................7
Conclusão ......................................................................................................................8
Bibliografia ……………………………………………………………………………………..8
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O que é fitoterapia?
O termo fitoterapia tem origem grega, no qual fito significa “vegetal” e terapia
quer dizer “tratamento”. A fitoterapia é a utilização das plantas para tratamento de
doenças e recuperação da saúde.
Podemos considerar “medicamento fitoterápico” quando o vegetal é usado em
preparações farmacêuticas (extratos, pomadas, tinturas e cápsulas) utilizando como
matéria-prima partes das plantas como folhas, caules, raízes, flores e sementes.
É usado para ajudar em tratamento de doenças, manutenção e recuperação da
saúde. O uso de plantas medicinais na fitoterapia vai desde as formas mais empíricas
e tradicionais até as científicas.
Vantagens e riscos
Existe uma grande quantidade de plantas medicinais em todas as partes do
mundo, são usadas há milhares de anos para tratamentos de diversas doenças,
através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses
mecanismos e o isolamento do princípio ativo (substância que deverá exercer efeito
farmacológico) da planta é uma das principais prioridades da farmacologia.
Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são usadas de
forma caseira, principalmente como chás, ultradiluições, ou de forma industrializada,
com extrato homogêneo da planta.
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de
risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode ter outras substâncias
tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode causar uma reação
alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e interação
com outras medicações, levando a problemas na saúde e até predisposição para o
câncer.
Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de
quantidade - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. A
variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando
praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em algumas plantas
aonde essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de contaminações
pode diminuir através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a
variação na concentração do princípio ativo em cápsulas pode variar até em 100%.
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Nas ultradiluições, como na homeopatia, aonde não há virtualmente o princípio ativo
na apresentação final, não há nenhum desses riscos anteriores, mas ainda nao foi
provado a eficácia desse tratamento.
À medida que os princípios ativos são descobertos, eles são isolados e refinados
de modo que alimine agentes tóxicos e as contaminações. As doses terapêutica e
tóxica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa a faixa
terapêutica e as interações desse fármaco com os demais.
No entanto, o isolamento e refino de princípios ativos também não é isento de
riscos, 1º porque pretende substituir o conhecimento popular tradicional e livre, testado
há milênios, por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas que
muitas vezes são antagônicas. 2º porque a simples idéia de extrair princípios ativos
despreza os muitos outros elementos existentes na planta que, em estado natural,
mantêm suas exatas proporções. Então, o uso de fitoterápicos de laboratório poderia
introduzir novos efeitos colaterais ou efeitos inesperados, devidos à ausência de
sinergismo ou antagonismo parcial entre mais de um princípio ativo que apenas
seriam encontrados na planta.
Exemplos de plantas medicinais
Pinhão-doce, Pitangueira, Sinamomo , Uvaia, Monjoleiro, Mamão do Mato,
Guapuruvu, Jaborandi, Ariticum, Amora, Abacateiro, Babosa (uma das mais
conhecidas), Bugreiro, Cambará, Carobinha, Garra do Diabo, Cataia, Cocão, Erva
Mate, Cidreira Brava, Cuvitinga, Isoflavona da Soja, Espinheira Santa, Espirradeira,
Guabiju, Ipê-roxo, Jaborandi, Leiteirinho, Paineira, Araçá, entre outras
Utilização na saúde pública
No Brasil, o Ministério da Saúde torna disponível a utilização de medicamentos
fitoterápicos na saúde pública. Desde 2007, as prefeituras brasileiras podem adquirir
espinheira santa, utilizada no tratamento de úlceras e gastrites e guaco para sintomas
da gripe, como a tosse, os dois foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. No final de 2009, foram adicionados à lista de fitoterápicos utilizados pelo
SUS a alcachofra, aroeira, cáscara sagrada, garra do diabo, isoflavona da soja e unha
de gato.
Através da Portaria interministerial, assinada pelo Ministério da Saúde do Brasil
e outros nove ministérios (Casa Civil; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cultura;
Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
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Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior; Integração Nacional; Meio Ambiente;
e Ciência e Tecnologia) foi criado o Programa Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos com objetivo de ampliar a utilização deste tipo de medicamento pelo
SUS.
Em janeiro de 2009, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou uma lista com 71
plantas que podem ser utilizadas como medicamento fitoterápico.
Exemplos:
Achillea millefolium: conhecida como mil-folhas ou dipirona, seu uso é para combater
úlceras, feridas, analgésica.
Chenopodium ambrosioides: conhecida como mastruz, erva de santa maria,
ambrosia, erva-de-bicho, mastruço e menstrus, seu uso é para corrimentos vaginais e
antisséptico local.
Glycine Max: conhecida como soja, seu uso é para Sintomas da menopausa e
oesteoporose.
Lippia sidoides: conhecida como estrepa cavalo, alecrim e alecrim-pimenta.
Passiflora spp (P. alata, P. edulis ou P. incarnata): conhecida como maracujá, seu
uso é para Calmante.
Psidium guajava: conhecida como goiaba, seu uso é para leucorreia, aftas, úlcera e
irritação vaginal.
Solidago microglossa: conhecida como arnica, seu uso é para contusões.
Copaifera spp: conhecida como copaíba, seu uso é para anti-inflamatório.
Anacardium occidentale: conhecida como caju, seu uso é para antisséptico e
cicatrizante.
Bidens pilosa: conhecida como picão, seu uso é para combater úlceras.
Etapas de desenvolvimento:
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Etapa botânica: A etapa botânica refere-se à identificação do material vegetal. Esta
etapa é a mais importante, pois diferentes espécies podem ter também efeitos
diferentes. Também é avaliado a atividade do vegetal, concentração de seus princípios
ativos em diferentes épocas e locais de colheita. Obs: um vegetal pode ser confundido
com outro muito facilmente.
Etapa farmacêutica: Determina-se e identifica-se as substâncias de valor no
vegetal. Assim é criado a forma de preparo, garantindo a estabilidade das amostras.
Etapa de ensaios biológicos: O possível medicamento é testado em ensaios
farmacodinâmicos, farmacocinéticos e toxicológicos em animais de laboratório.
Etapa clínica: Esta fase é dividida em quatro partes: na primeira etapa o
medicamento é usado em poucas pessoas e e assim avaliam suas farmacocinética,
farmacodinâmica, dosagem e local de aplicação, a segunda etapa testa o
medicamento em doentes e a terceira etapa prolonga-se o tempo de uso e na última
etapa utiliza-se um número maior de pacientes para confirmar as etapas anteriores.
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Conclusão
A fitoterápia é um grande avanço na ciência, e principalmente, na vida humana,
porque com os vegetais conseguimos curar doenças com o uso de plantas, e nao de
remédios.
Acaba facilitando a recuperação, é mais fácil de achar, e com certeza, sairá mais
barato do que os remédios. Como temos uma grande biodiversidade, acaba sendo
mais facil encontrar os vegetais necessários, mas infelizmente, para descobrirem os
remédios, os fitoterapicos precisam da ajuda do governo, do incentivo da população e
principalmente de verba, mas quase nunca é possível.
Bibliografia
FERRO, Degmar. Fitoterapia 129 Conceitos Clínicos, 1ª Ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
<www.fitoterapia.com.br> Acessado em 11 de Junho de 2010
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