fitosintese n1 out2014 pages

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1 www.anipla.com A revista para quem pensa a agricultura. Edição nº1 Outubro 2014 S Fito_Entrevista: Álvaro Mendonça Diretor-Geral da DGAV Anipla Parceira da Portugal Agro A agricultura deve ser entendida como um sector estratégico para Portugal

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A FitoSíntese é uma publicação que visa divulgar a atividade da ANIPLA, as suas opiniões e posicionamento face a questões relevantes do sector fitofarmacêutico e da Agricultura em geral. A FitoSíntese pretende ainda dar a voz a entidades e/ou personalidades que tal como a ANIPLA Pensam a Agricultura como um sector de futuro.

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Page 1: Fitosintese n1 out2014 pages

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wwwaniplacom

A revista para quem pensa a agricultura

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Fito_EntrevistaAacutelvaro Mendonccedila Diretor-Geral da DGAV

Anipla Parceira da Portugal Agro

A agricultura deve ser entendida como um sector estrateacutegico para Portugal

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Ficha teacutecnica

Propriedade ANIPLA- Associaccedilatildeo Nacional da Induacutestria para a Protecccedilatildeo das PlantasRua General Ferreira Martins Nordm 10 ndash 6ordmA 1495-137 Algeacutes PortugalTel +351 214 139 213 e-mail aniplaaniplacom

Diretor Antoacutenio Lopes Dias

Coordenaccedilatildeo Editorial Moacutenica Onofre e Neacutelia Silva

Projeto Graacutefico e Paginaccedilatildeo Musse Ecodesign

Colaboraram nesta ediccedilatildeo Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica Comissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica Comissatildeo de Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

Estatuto EditorialA FitoSiacutentese eacute uma publicaccedilatildeo que visa divulgar a atividade da ANIPLA as suas opiniotildees e posicionamento face a questotildees relevantes do sector fitofarmacecircutico e da Agricultura em geral A FitoSiacutentese pretende ainda dar a voz a entidades eou personalidades que tal como a ANIPLA Pensam a Agricultura como um sector de futuro

A reproduccedilatildeo total ou parcial dos conteuacutedos publicados eacute expressamente proibida sem a autorizaccedilatildeo escrita da ANIPLA

wwwaniplacom

nordm1

Fito_Notiacutecias

Fito_EntrevistaAacutelvaro MendonccedilaDiretor_Geral DGAV

Fito_TemaA volta a Portugal com a Lei 262013

In_Anipla

Fito_GlobalUma visatildeo para

o futuro da europa

Fito_Agenda

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Apesar de ser uma entidade criada por profis-sionais e para profissionais para aleacutem de repre-sentar um setor de negoacutecio com elevado grau de especializaccedilatildeo a ANIPLA natildeo pode deixar de am-bicionar a chegar perto de todos

Para cumprir com essa ambiccedilatildeo foi criada uma ferramenta de comunicaccedilatildeo a que chamaacutemos FitoSiacutentese Apresenta-se de duas formas Uma desejavelmente jaacute conhecida por muitos chega sem avisar com notiacutecias curtas novas e interes-santes (pelo menos eacute isso que procuramos) Eacute a FlashFitoSiacutentese Outra eacute precisamente esta que tenho o prazer de vos apresentar Com duas apa-riccedilotildees anuais programadas vamos ter oportuni-dade de analisar mais cuidadosamente alguns assuntos dar voz a entrevistados e algo que para noacutes eacute de especial importacircncia teremos ocasiatildeo de mostrar um pouco do que eacute a vida da ANIPLA

EditorialComo eacute que uma organizaccedilatildeo como a nossa eacute ldquopor dentrordquo como nos organizamos quais satildeo as nossas prioridades e preocupaccedilotildees quais satildeo as Comissotildees de Trabalho como se constituem e qual o resultado da sua actividadeQueremos chegar a todos porque todos de uma forma ou de outra temos um qualquer elo com a agricultura Quanto mais natildeo seja enquanto con-sumidores

Esperamos um bom arranque da FitoSiacutentese Com um pouco de sorte vamos merececirc-lo E com os vossos comentaacuterios e sugestotildees que ansiosa-mente esperamos vamos certamente conseguir um crescer de forma sustentaacutevel ou seja fazer cada vez melhor

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Executivo Anipla

dos pesticidas vendidos na UE satildeo ilegais (fonte EPCA)

valor do mercado ilegal de pesticidas agrave escala mundial (fonte Europol)

19 valor da balanccedila comercial agriacutecola da UE em 2013 (= diferencial entre exportaccedilotildees e importaccedilotildees fonte Eurostat)

43005033

exportaccedilotildees portuguesas de produtos alimentares e bebidas em 2013 (fonte INE)

Meurovalor das exportaccedilotildees portuguesas de produtos agriacutecolas e alimentares para a Ruacutessia em 2013 (fonte INE)

Meuro

da populaccedilatildeo portuguesa vive em zonas rurais que ocupam 814 do territoacuterio nacional (fonte GPP)

biliotildees euro

7 1045biliotildees euro

Fito_Factos

A revista para quem pensa a agricultura

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A ANIPLA o Valorfito e a Groquifar participa-ram na Feira Agroglobal 2014 nos dias 10 a 12 de Setembro em Valada do Ribatejo certame bianual jaacute consagrado no panorama agriacutecola nacional Atraveacutes desta presenccedila a Induacutestria quis dar enfase agrave importacircncia do trabalho conjunto e agrave relevacircncia da atividade de cada uma das trecircs entidades na organizaccedilatildeo do setor fitofarmacecircutico e no garante da utili-

Fito_Notiacutecias

A ldquomascoterdquo Anipla na Agroglobal 2014

Anipla nas I Jornadas Teacutecnicas da 5RIOS A Anipla esteve nas I Jornadas Teacutecnicas da 5RIOS ndash Associaccedilatildeo Agriacutecola do Valado dos Frades organizadas a 19 de Setembro no acircmbito das comemoraccedilotildees do 2ordm aniversaacute-rio desta associaccedilatildeo Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla realizou uma comunicaccedilatildeo sobre ldquoUso ilegal de produtos fitofarmacecircuti-cos e os riscos para a sauacutede humana e o am-bienterdquo O evento contou ainda com a presen-ccedila de oradores por parte da DGAV DRAPLVT Valorfito e Agrosanus que realizaram inter-venccedilotildees sobre Uso Sustentaacutevel dos Produtos Fitofarmacecircuticos

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

zaccedilatildeo correta e segura dos produtos fitofarmacecircuticos A Anipla divulgou a sua nova imagem a aacutervore do logo-tipo da Anipla circulou por todo o recinto oferecendo a possibilidade de os visitantes receberem uma pequena oliveira no stand o que levou centenas de agricultores ao espaccedilo da Induacutestria e permitiu esgotar todo o sto-ck de oliveiras que a Anipla tinha disponiacutevel O Valorfito inovou com uma exposiccedilatildeo explicativa do processo de reciclagem de materiais plaacutesticos

O Valorfito levou a Famiacutelia Prudecircncio agrave feira

Anipla Valorfito e Groquifar em stand conjunto na Agroglobal

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A Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimen-tar (EFSA) apresentou recentemente um guiatildeo destinado a cientistas e agrave induacutestria da proteccedilatildeo das plantas com novas orientaccedilotildees sobre me-todologia de avaliaccedilatildeo de estudos que medem a velocidade de degradaccedilatildeo dos produtos fitofarma-cecircuticos no solo

A Anipla e o Valorfito satildeo parceiros da Portugal Agro - Feira Internacional da Agricultura e das Regiotildees que decorre de 20 a 23 de Novembro na FIL - Feira Internacional de Lisboa Trata-se de um projeto transversal a toda a fileira agroali-mentar que visa promover a capacidade produti-va nacional os operadores econoacutemicos da fileira a excelecircncia dos produtos e a tradiccedilatildeo aliada agrave inovaccedilatildeo A Anipla e o Valorfito estaratildeo presentes com um stand no certame durante o qual orga-nizaratildeo um evento dedicado ao setor fitofarma-

cecircutico O Diretor Executivo da Anipla Antoacutenio Lopes Dias assinou o protocolo de colaboraccedilatildeo com a Fundaccedilatildeo AIP (Associaccedilatildeo Industrial Por-tuguesa) na cerimoacutenia de apresentaccedilatildeo puacuteblica da Portugal Agro no passado dia 09 de Julho Neste evento que contou com a presenccedila da Mi-nistra da Agricultura e do Mar Assunccedilatildeo Cris-tas estiveram presentes mais de 45 entidades nacionais ligadas ao setor agriacutecola que em co-laboraccedilatildeo com a AIP iratildeo trabalhar para que a Portugal Agro seja um sucesso

Assinatura do protocolo de colaboraccedilatildeo Assunccedilatildeo Cristas Ministra da Agricultura e do Mar Jorge Rocha de Matos Presidente da AIP Antoacutenio Lopes Dias Diretor Executivo da Anipla

Este novo meacutetodo permite aos especialistas ex-cluir da sua anaacutelise os efeitos da dissipaccedilatildeo outro dos processos que leva os PFs a desaparecer do solo e pode ser aplicado agrave anaacutelise de outros pro-dutos quiacutemicos no solo que natildeo os pesticidas

EFSA publica novas orientaccedilotildees para medir degradaccedilatildeo dos pesticidas no solo

Anipla eacute parceira da AIP na Portugal Agro

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

O uacuteltimo relatoacuterio anual publicado pela Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimentar (EFSA) con-clui que 975 dos produtos alimentares vendidos na Uniatildeo Europeia cumpre os Limites Maacuteximos de Resiacuteduos (LMR) de produtos fitofarmacecircuticos au-torizados na UE O estudo baseou-se num nuacutemero recorde de amostras (total de 79 000) de 600 produ-tos alimentares recolhidas nos 27 paiacuteses-membros da UE na Islacircndia e na Noruega durante o ano de 2011 Dos 900 pesticidas testados apenas 400 che-garam aos niacuteveis de deteccedilatildeo A percentagem de amostras de alimentos importados de paiacuteses de fora da UE que excederam os LMR foi de 63 en-quanto nos alimentos produzidos na UE e na EFTA

Em Portugal foram recolhidas 562 amostras e apenas 12 destas ultrapassaram os LMR

(Suiacuteccedila Liechtenstein Noruega e Islacircndia) foi ape-nas de 15 Segundo o relatoacuterio os produtos que mais excederam os LMR foram espinafres feijatildeo laranjas pepinos arroz cenouras clementinas e peras enquanto os que menos excederam os LMR foram a farinha de trigo e as batataslaquoSatildeo excelentes notiacutecias para os consumidores europeus para os agricultores e para a nossa in-duacutestria O estudo demonstra que os aplicadores de PFs estatildeo hoje mais bem preparados e prova o elevado niacutevel de seguranccedila alimentar existente na Europaraquo disse Jean-Charles Bocquet Diretor Geral da Associaccedilatildeo Europeia da Induacutestria para a Proteccedilatildeo das Plantas (ECPA)

975 dos alimentos vendidos na UE cumpre os LMR

Taxa de amostras que excederam os LMR por paiacutes

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Fito_Entrevista

A agricultura deve ser entendida como um sector estrateacutegico para Portugal

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila assumiu em Maio a lideranccedila da Direccedilatildeo-Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria (DGAV) e elegeu como prioridade do seu ldquomandatordquo a melhoria da resposta agrave sociedade civil e ao Ministeacuterio da Agricultura A braccedilos com a pesada tarefa de reorganizar a DGAV e num cenaacuterio de escassez de recursos tem pela frente entre outros o desafio de implementar a lei 262013 dando cumprimento aos prazos previstos no Plano de Accedilatildeo Nacional

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_Siacutentese Tomou posse em Maio vindo de uma carreira acadeacutemica na Escola Superior Agraacuteria de Braganccedila O que o motivou a aceitar este novo desafio

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila Creio que o que moti-va a generalidade das pessoas Um novo desafio que quebre as rotinas instituiacutedas e a convicccedilatildeo de que tenho algo de diferente a trazer agrave insti-tuiccedilatildeo e ao paiacutes

Qual a decisatildeo mais difiacutecil que teve de tomar nestes primeiros meses

Haacute vaacuterios tipos de decisotildees difiacuteceis segundo se trate de questotildees humanas teacutecnicas cientiacuteficas ou outras Para as uacuteltimas haacute assessorias que tornam as coisas mais faacuteceis para a primeira que envolve emoccedilotildees e a vida de terceiros mui-tas vezes natildeo haacute uma resposta uacutenica

Quais satildeo as suas grandes prioridades na lide-ranccedila da DGAV

Reorganizaccedilatildeo interna continuando a integrar a heranccedila das estruturas regionais numa cultura uacutenica sem perder o que tecircm de bom Integra-ccedilatildeo da aacuterea vegetal nos mesmos moldes que os anteriores respeitando as suas especificidades e prioridades Melhoria na resposta agrave sociedade civil e ao MAM Maior rapidez de resposta para o que a actualizaccedilatildeo da informatizaccedilatildeo eacute uma necessidade premente Haacute vaacuterias outras prio-ridades resultantes destas fruto da sua hierar-quizaccedilatildeo

Falou abertamente da ldquoimensa deficiecircncia fi-nanceira humana e de deslocaccedilatildeordquo com que a DGAV se confronta atualmente Como eacute tutelar um serviccedilo essencial agrave agricultura e alimenta-ccedilatildeo com tal escassez de recursos e em particu-lar como eacute que Portugal vai corresponder com as suas obrigaccedilotildees na nova avaliaccedilatildeo zonal de PFrsquos

A escassez de recursos humanos eacute actualmen-te uma realidade transversal a todas as entida-des puacuteblicas trata-se de uma realidade que nos obriga enquanto dirigentes a repensar a forma de trabalhar e de dar cumprimento agraves nossas funccedilotildees assim como desenvolver sistemas de

gestatildeo facilitadores do trabalho diaacuterio e de parti-lha de informaccedilatildeo De facto a DGAV enquanto Au-toridade Sanitaacuteria e Fitossanitaacuteria e responsaacutevel pela Gestatildeo da Seguranccedila Alimentar desenvolve em todo o paiacutes um vasto conjunto de actividades exigentes e de grande impacto No caso concreto da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos preve-mos criar uma bolsa de peritos que possam co-laborar na avaliaccedilatildeo dos processos sem prejuiacutezo das competecircncias da DGAV nesta mateacuteria Os pe-ritos que vierem a ser nomeados estaratildeo sujeitos ao regime de confidencialidade e natildeo podem ter quaisquer interesses no acircmbito da produccedilatildeo im-portaccedilatildeo exportaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos

A fiscalizaccedilatildeo da seguranccedila alimentar eacute do pelou-ro da DGAV Em mateacuteria de cumprimento de LMR nos alimentos de origem vegetal os indicadores mais recentes da UE satildeo positivos ndash 97 dos pro-dutos produzidos na UE cumprem os LMR ndash mas a preocupaccedilatildeo continua a ser com os produtos importados de paiacuteses terceiros Em sua opiniatildeo a soluccedilatildeo passa por maior fiscalizaccedilatildeo por parte da DGAV e suas homoacutelogas europeias ou a questatildeo tem de ser resolvida a niacutevel poliacutetico e em instacircn-cias extracomunitaacuterias

A DGAV tem responsabilidade sobre dezenas de planos de controlo incluindo o controlo de resiacute-duos de pesticidas em produtos de origem vegetal e que inclui a pesquisa de resiacuteduos em produtos nacionais provenientes do espaccedilo intracomuni-taacuterio mas tambeacutem em produtos importados Dou o exemplo do controlo que iniciaacutemos este ano ao arroz importado de paiacuteses terceiros

A induacutestria europeia para a proteccedilatildeo das plantas lanccedilou recentemente um documento de reflexatildeo e debate sobre a sua Visatildeo para o Futuro da Eu-ropa no qual defende a necessidade de um am-biente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em prol da competitividade da agricultura europeia e por outro lado que as decisotildees sobre mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre pesticidas sejam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo risco-benefiacute-cio Como entidade avaliadora que posiccedilatildeo tem a DGAV nesta mateacuteria

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laquoNo caso da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos prevemos criar uma bolsa de peritos que possam colaborar na avaliaccedilatildeo dos processosraquo

A inovaccedilatildeo tecnoloacutegica e cientifica eacute fundamental para a competividade da agricultura europeia e tambeacutem para um melhor uso dos recursos natu-rais e do ambiente assim como para a seguranccedila alimentar A agricultura deve ser entendida como um sector fundamental e estrateacutegico para Portu-gal e para a Uniatildeo Europeia Defendemos que as decisotildees que regulam esta actividade devem ser sustentadas em avaliaccedilotildees de risco que natildeo ex-cluam o benefiacutecio social e econoacutemico da agricul-tura e que considerem as significativas diferenccedilas existentes entre as vaacuterias regiotildees europeias com realidades muito distintas no que diz respeito agraves pragas das culturas

O Plano de Accedilatildeo Nacional enumera medidas e me-tas para tornar efetiva em Portugal a aplicaccedilatildeo da Lei 262013 que regula as atividades de distribui-ccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircu-ticos Haacute poreacutem da parte da induacutestria e de outros

agentes do setor agriacutecola a convicccedilatildeo de que as condiccedilotildees e os prazos definidos satildeo demasiado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional Qual a sua posiccedilatildeo sobre este tema

De facto a Lei 262013 veio introduzir um vasto conjunto de medidas e de prazos que tecircm que ser cumpridos quer pela induacutestria quer pelos utiliza-dores profissionais de produtos fitofarmacecircuti-cos A DGAV estaacute empenhada em conjunto com as vaacuterias entidades oficiais e privadas envolvidas em dar cumprimento agraves medidas e corresponden-tes prazos mas reconhecemos o imenso desafio natildeo apenas para a induacutestria e agricultores mas tambeacutem para os serviccedilos oficiais pelas inuacutemeras responsabilidades que lhes estatildeo acometidas O acompanhamento da implementaccedilatildeo da Lei 262013 estaacute ser feito e avaliadas as vaacuterias verten-tes no sentido de se encontrar a melhor forma de atingirmos em conjunto os objectivos propostos

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

FOTO

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 2: Fitosintese n1 out2014 pages

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Ficha teacutecnica

Propriedade ANIPLA- Associaccedilatildeo Nacional da Induacutestria para a Protecccedilatildeo das PlantasRua General Ferreira Martins Nordm 10 ndash 6ordmA 1495-137 Algeacutes PortugalTel +351 214 139 213 e-mail aniplaaniplacom

Diretor Antoacutenio Lopes Dias

Coordenaccedilatildeo Editorial Moacutenica Onofre e Neacutelia Silva

Projeto Graacutefico e Paginaccedilatildeo Musse Ecodesign

Colaboraram nesta ediccedilatildeo Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica Comissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica Comissatildeo de Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

Estatuto EditorialA FitoSiacutentese eacute uma publicaccedilatildeo que visa divulgar a atividade da ANIPLA as suas opiniotildees e posicionamento face a questotildees relevantes do sector fitofarmacecircutico e da Agricultura em geral A FitoSiacutentese pretende ainda dar a voz a entidades eou personalidades que tal como a ANIPLA Pensam a Agricultura como um sector de futuro

A reproduccedilatildeo total ou parcial dos conteuacutedos publicados eacute expressamente proibida sem a autorizaccedilatildeo escrita da ANIPLA

wwwaniplacom

nordm1

Fito_Notiacutecias

Fito_EntrevistaAacutelvaro MendonccedilaDiretor_Geral DGAV

Fito_TemaA volta a Portugal com a Lei 262013

In_Anipla

Fito_GlobalUma visatildeo para

o futuro da europa

Fito_Agenda

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Apesar de ser uma entidade criada por profis-sionais e para profissionais para aleacutem de repre-sentar um setor de negoacutecio com elevado grau de especializaccedilatildeo a ANIPLA natildeo pode deixar de am-bicionar a chegar perto de todos

Para cumprir com essa ambiccedilatildeo foi criada uma ferramenta de comunicaccedilatildeo a que chamaacutemos FitoSiacutentese Apresenta-se de duas formas Uma desejavelmente jaacute conhecida por muitos chega sem avisar com notiacutecias curtas novas e interes-santes (pelo menos eacute isso que procuramos) Eacute a FlashFitoSiacutentese Outra eacute precisamente esta que tenho o prazer de vos apresentar Com duas apa-riccedilotildees anuais programadas vamos ter oportuni-dade de analisar mais cuidadosamente alguns assuntos dar voz a entrevistados e algo que para noacutes eacute de especial importacircncia teremos ocasiatildeo de mostrar um pouco do que eacute a vida da ANIPLA

EditorialComo eacute que uma organizaccedilatildeo como a nossa eacute ldquopor dentrordquo como nos organizamos quais satildeo as nossas prioridades e preocupaccedilotildees quais satildeo as Comissotildees de Trabalho como se constituem e qual o resultado da sua actividadeQueremos chegar a todos porque todos de uma forma ou de outra temos um qualquer elo com a agricultura Quanto mais natildeo seja enquanto con-sumidores

Esperamos um bom arranque da FitoSiacutentese Com um pouco de sorte vamos merececirc-lo E com os vossos comentaacuterios e sugestotildees que ansiosa-mente esperamos vamos certamente conseguir um crescer de forma sustentaacutevel ou seja fazer cada vez melhor

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Executivo Anipla

dos pesticidas vendidos na UE satildeo ilegais (fonte EPCA)

valor do mercado ilegal de pesticidas agrave escala mundial (fonte Europol)

19 valor da balanccedila comercial agriacutecola da UE em 2013 (= diferencial entre exportaccedilotildees e importaccedilotildees fonte Eurostat)

43005033

exportaccedilotildees portuguesas de produtos alimentares e bebidas em 2013 (fonte INE)

Meurovalor das exportaccedilotildees portuguesas de produtos agriacutecolas e alimentares para a Ruacutessia em 2013 (fonte INE)

Meuro

da populaccedilatildeo portuguesa vive em zonas rurais que ocupam 814 do territoacuterio nacional (fonte GPP)

biliotildees euro

7 1045biliotildees euro

Fito_Factos

A revista para quem pensa a agricultura

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A ANIPLA o Valorfito e a Groquifar participa-ram na Feira Agroglobal 2014 nos dias 10 a 12 de Setembro em Valada do Ribatejo certame bianual jaacute consagrado no panorama agriacutecola nacional Atraveacutes desta presenccedila a Induacutestria quis dar enfase agrave importacircncia do trabalho conjunto e agrave relevacircncia da atividade de cada uma das trecircs entidades na organizaccedilatildeo do setor fitofarmacecircutico e no garante da utili-

Fito_Notiacutecias

A ldquomascoterdquo Anipla na Agroglobal 2014

Anipla nas I Jornadas Teacutecnicas da 5RIOS A Anipla esteve nas I Jornadas Teacutecnicas da 5RIOS ndash Associaccedilatildeo Agriacutecola do Valado dos Frades organizadas a 19 de Setembro no acircmbito das comemoraccedilotildees do 2ordm aniversaacute-rio desta associaccedilatildeo Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla realizou uma comunicaccedilatildeo sobre ldquoUso ilegal de produtos fitofarmacecircuti-cos e os riscos para a sauacutede humana e o am-bienterdquo O evento contou ainda com a presen-ccedila de oradores por parte da DGAV DRAPLVT Valorfito e Agrosanus que realizaram inter-venccedilotildees sobre Uso Sustentaacutevel dos Produtos Fitofarmacecircuticos

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

zaccedilatildeo correta e segura dos produtos fitofarmacecircuticos A Anipla divulgou a sua nova imagem a aacutervore do logo-tipo da Anipla circulou por todo o recinto oferecendo a possibilidade de os visitantes receberem uma pequena oliveira no stand o que levou centenas de agricultores ao espaccedilo da Induacutestria e permitiu esgotar todo o sto-ck de oliveiras que a Anipla tinha disponiacutevel O Valorfito inovou com uma exposiccedilatildeo explicativa do processo de reciclagem de materiais plaacutesticos

O Valorfito levou a Famiacutelia Prudecircncio agrave feira

Anipla Valorfito e Groquifar em stand conjunto na Agroglobal

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A Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimen-tar (EFSA) apresentou recentemente um guiatildeo destinado a cientistas e agrave induacutestria da proteccedilatildeo das plantas com novas orientaccedilotildees sobre me-todologia de avaliaccedilatildeo de estudos que medem a velocidade de degradaccedilatildeo dos produtos fitofarma-cecircuticos no solo

A Anipla e o Valorfito satildeo parceiros da Portugal Agro - Feira Internacional da Agricultura e das Regiotildees que decorre de 20 a 23 de Novembro na FIL - Feira Internacional de Lisboa Trata-se de um projeto transversal a toda a fileira agroali-mentar que visa promover a capacidade produti-va nacional os operadores econoacutemicos da fileira a excelecircncia dos produtos e a tradiccedilatildeo aliada agrave inovaccedilatildeo A Anipla e o Valorfito estaratildeo presentes com um stand no certame durante o qual orga-nizaratildeo um evento dedicado ao setor fitofarma-

cecircutico O Diretor Executivo da Anipla Antoacutenio Lopes Dias assinou o protocolo de colaboraccedilatildeo com a Fundaccedilatildeo AIP (Associaccedilatildeo Industrial Por-tuguesa) na cerimoacutenia de apresentaccedilatildeo puacuteblica da Portugal Agro no passado dia 09 de Julho Neste evento que contou com a presenccedila da Mi-nistra da Agricultura e do Mar Assunccedilatildeo Cris-tas estiveram presentes mais de 45 entidades nacionais ligadas ao setor agriacutecola que em co-laboraccedilatildeo com a AIP iratildeo trabalhar para que a Portugal Agro seja um sucesso

Assinatura do protocolo de colaboraccedilatildeo Assunccedilatildeo Cristas Ministra da Agricultura e do Mar Jorge Rocha de Matos Presidente da AIP Antoacutenio Lopes Dias Diretor Executivo da Anipla

Este novo meacutetodo permite aos especialistas ex-cluir da sua anaacutelise os efeitos da dissipaccedilatildeo outro dos processos que leva os PFs a desaparecer do solo e pode ser aplicado agrave anaacutelise de outros pro-dutos quiacutemicos no solo que natildeo os pesticidas

EFSA publica novas orientaccedilotildees para medir degradaccedilatildeo dos pesticidas no solo

Anipla eacute parceira da AIP na Portugal Agro

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

O uacuteltimo relatoacuterio anual publicado pela Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimentar (EFSA) con-clui que 975 dos produtos alimentares vendidos na Uniatildeo Europeia cumpre os Limites Maacuteximos de Resiacuteduos (LMR) de produtos fitofarmacecircuticos au-torizados na UE O estudo baseou-se num nuacutemero recorde de amostras (total de 79 000) de 600 produ-tos alimentares recolhidas nos 27 paiacuteses-membros da UE na Islacircndia e na Noruega durante o ano de 2011 Dos 900 pesticidas testados apenas 400 che-garam aos niacuteveis de deteccedilatildeo A percentagem de amostras de alimentos importados de paiacuteses de fora da UE que excederam os LMR foi de 63 en-quanto nos alimentos produzidos na UE e na EFTA

Em Portugal foram recolhidas 562 amostras e apenas 12 destas ultrapassaram os LMR

(Suiacuteccedila Liechtenstein Noruega e Islacircndia) foi ape-nas de 15 Segundo o relatoacuterio os produtos que mais excederam os LMR foram espinafres feijatildeo laranjas pepinos arroz cenouras clementinas e peras enquanto os que menos excederam os LMR foram a farinha de trigo e as batataslaquoSatildeo excelentes notiacutecias para os consumidores europeus para os agricultores e para a nossa in-duacutestria O estudo demonstra que os aplicadores de PFs estatildeo hoje mais bem preparados e prova o elevado niacutevel de seguranccedila alimentar existente na Europaraquo disse Jean-Charles Bocquet Diretor Geral da Associaccedilatildeo Europeia da Induacutestria para a Proteccedilatildeo das Plantas (ECPA)

975 dos alimentos vendidos na UE cumpre os LMR

Taxa de amostras que excederam os LMR por paiacutes

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Fito_Entrevista

A agricultura deve ser entendida como um sector estrateacutegico para Portugal

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila assumiu em Maio a lideranccedila da Direccedilatildeo-Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria (DGAV) e elegeu como prioridade do seu ldquomandatordquo a melhoria da resposta agrave sociedade civil e ao Ministeacuterio da Agricultura A braccedilos com a pesada tarefa de reorganizar a DGAV e num cenaacuterio de escassez de recursos tem pela frente entre outros o desafio de implementar a lei 262013 dando cumprimento aos prazos previstos no Plano de Accedilatildeo Nacional

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_Siacutentese Tomou posse em Maio vindo de uma carreira acadeacutemica na Escola Superior Agraacuteria de Braganccedila O que o motivou a aceitar este novo desafio

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila Creio que o que moti-va a generalidade das pessoas Um novo desafio que quebre as rotinas instituiacutedas e a convicccedilatildeo de que tenho algo de diferente a trazer agrave insti-tuiccedilatildeo e ao paiacutes

Qual a decisatildeo mais difiacutecil que teve de tomar nestes primeiros meses

Haacute vaacuterios tipos de decisotildees difiacuteceis segundo se trate de questotildees humanas teacutecnicas cientiacuteficas ou outras Para as uacuteltimas haacute assessorias que tornam as coisas mais faacuteceis para a primeira que envolve emoccedilotildees e a vida de terceiros mui-tas vezes natildeo haacute uma resposta uacutenica

Quais satildeo as suas grandes prioridades na lide-ranccedila da DGAV

Reorganizaccedilatildeo interna continuando a integrar a heranccedila das estruturas regionais numa cultura uacutenica sem perder o que tecircm de bom Integra-ccedilatildeo da aacuterea vegetal nos mesmos moldes que os anteriores respeitando as suas especificidades e prioridades Melhoria na resposta agrave sociedade civil e ao MAM Maior rapidez de resposta para o que a actualizaccedilatildeo da informatizaccedilatildeo eacute uma necessidade premente Haacute vaacuterias outras prio-ridades resultantes destas fruto da sua hierar-quizaccedilatildeo

Falou abertamente da ldquoimensa deficiecircncia fi-nanceira humana e de deslocaccedilatildeordquo com que a DGAV se confronta atualmente Como eacute tutelar um serviccedilo essencial agrave agricultura e alimenta-ccedilatildeo com tal escassez de recursos e em particu-lar como eacute que Portugal vai corresponder com as suas obrigaccedilotildees na nova avaliaccedilatildeo zonal de PFrsquos

A escassez de recursos humanos eacute actualmen-te uma realidade transversal a todas as entida-des puacuteblicas trata-se de uma realidade que nos obriga enquanto dirigentes a repensar a forma de trabalhar e de dar cumprimento agraves nossas funccedilotildees assim como desenvolver sistemas de

gestatildeo facilitadores do trabalho diaacuterio e de parti-lha de informaccedilatildeo De facto a DGAV enquanto Au-toridade Sanitaacuteria e Fitossanitaacuteria e responsaacutevel pela Gestatildeo da Seguranccedila Alimentar desenvolve em todo o paiacutes um vasto conjunto de actividades exigentes e de grande impacto No caso concreto da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos preve-mos criar uma bolsa de peritos que possam co-laborar na avaliaccedilatildeo dos processos sem prejuiacutezo das competecircncias da DGAV nesta mateacuteria Os pe-ritos que vierem a ser nomeados estaratildeo sujeitos ao regime de confidencialidade e natildeo podem ter quaisquer interesses no acircmbito da produccedilatildeo im-portaccedilatildeo exportaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos

A fiscalizaccedilatildeo da seguranccedila alimentar eacute do pelou-ro da DGAV Em mateacuteria de cumprimento de LMR nos alimentos de origem vegetal os indicadores mais recentes da UE satildeo positivos ndash 97 dos pro-dutos produzidos na UE cumprem os LMR ndash mas a preocupaccedilatildeo continua a ser com os produtos importados de paiacuteses terceiros Em sua opiniatildeo a soluccedilatildeo passa por maior fiscalizaccedilatildeo por parte da DGAV e suas homoacutelogas europeias ou a questatildeo tem de ser resolvida a niacutevel poliacutetico e em instacircn-cias extracomunitaacuterias

A DGAV tem responsabilidade sobre dezenas de planos de controlo incluindo o controlo de resiacute-duos de pesticidas em produtos de origem vegetal e que inclui a pesquisa de resiacuteduos em produtos nacionais provenientes do espaccedilo intracomuni-taacuterio mas tambeacutem em produtos importados Dou o exemplo do controlo que iniciaacutemos este ano ao arroz importado de paiacuteses terceiros

A induacutestria europeia para a proteccedilatildeo das plantas lanccedilou recentemente um documento de reflexatildeo e debate sobre a sua Visatildeo para o Futuro da Eu-ropa no qual defende a necessidade de um am-biente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em prol da competitividade da agricultura europeia e por outro lado que as decisotildees sobre mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre pesticidas sejam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo risco-benefiacute-cio Como entidade avaliadora que posiccedilatildeo tem a DGAV nesta mateacuteria

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laquoNo caso da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos prevemos criar uma bolsa de peritos que possam colaborar na avaliaccedilatildeo dos processosraquo

A inovaccedilatildeo tecnoloacutegica e cientifica eacute fundamental para a competividade da agricultura europeia e tambeacutem para um melhor uso dos recursos natu-rais e do ambiente assim como para a seguranccedila alimentar A agricultura deve ser entendida como um sector fundamental e estrateacutegico para Portu-gal e para a Uniatildeo Europeia Defendemos que as decisotildees que regulam esta actividade devem ser sustentadas em avaliaccedilotildees de risco que natildeo ex-cluam o benefiacutecio social e econoacutemico da agricul-tura e que considerem as significativas diferenccedilas existentes entre as vaacuterias regiotildees europeias com realidades muito distintas no que diz respeito agraves pragas das culturas

O Plano de Accedilatildeo Nacional enumera medidas e me-tas para tornar efetiva em Portugal a aplicaccedilatildeo da Lei 262013 que regula as atividades de distribui-ccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircu-ticos Haacute poreacutem da parte da induacutestria e de outros

agentes do setor agriacutecola a convicccedilatildeo de que as condiccedilotildees e os prazos definidos satildeo demasiado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional Qual a sua posiccedilatildeo sobre este tema

De facto a Lei 262013 veio introduzir um vasto conjunto de medidas e de prazos que tecircm que ser cumpridos quer pela induacutestria quer pelos utiliza-dores profissionais de produtos fitofarmacecircuti-cos A DGAV estaacute empenhada em conjunto com as vaacuterias entidades oficiais e privadas envolvidas em dar cumprimento agraves medidas e corresponden-tes prazos mas reconhecemos o imenso desafio natildeo apenas para a induacutestria e agricultores mas tambeacutem para os serviccedilos oficiais pelas inuacutemeras responsabilidades que lhes estatildeo acometidas O acompanhamento da implementaccedilatildeo da Lei 262013 estaacute ser feito e avaliadas as vaacuterias verten-tes no sentido de se encontrar a melhor forma de atingirmos em conjunto os objectivos propostos

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

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Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

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Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 3: Fitosintese n1 out2014 pages

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Apesar de ser uma entidade criada por profis-sionais e para profissionais para aleacutem de repre-sentar um setor de negoacutecio com elevado grau de especializaccedilatildeo a ANIPLA natildeo pode deixar de am-bicionar a chegar perto de todos

Para cumprir com essa ambiccedilatildeo foi criada uma ferramenta de comunicaccedilatildeo a que chamaacutemos FitoSiacutentese Apresenta-se de duas formas Uma desejavelmente jaacute conhecida por muitos chega sem avisar com notiacutecias curtas novas e interes-santes (pelo menos eacute isso que procuramos) Eacute a FlashFitoSiacutentese Outra eacute precisamente esta que tenho o prazer de vos apresentar Com duas apa-riccedilotildees anuais programadas vamos ter oportuni-dade de analisar mais cuidadosamente alguns assuntos dar voz a entrevistados e algo que para noacutes eacute de especial importacircncia teremos ocasiatildeo de mostrar um pouco do que eacute a vida da ANIPLA

EditorialComo eacute que uma organizaccedilatildeo como a nossa eacute ldquopor dentrordquo como nos organizamos quais satildeo as nossas prioridades e preocupaccedilotildees quais satildeo as Comissotildees de Trabalho como se constituem e qual o resultado da sua actividadeQueremos chegar a todos porque todos de uma forma ou de outra temos um qualquer elo com a agricultura Quanto mais natildeo seja enquanto con-sumidores

Esperamos um bom arranque da FitoSiacutentese Com um pouco de sorte vamos merececirc-lo E com os vossos comentaacuterios e sugestotildees que ansiosa-mente esperamos vamos certamente conseguir um crescer de forma sustentaacutevel ou seja fazer cada vez melhor

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Executivo Anipla

dos pesticidas vendidos na UE satildeo ilegais (fonte EPCA)

valor do mercado ilegal de pesticidas agrave escala mundial (fonte Europol)

19 valor da balanccedila comercial agriacutecola da UE em 2013 (= diferencial entre exportaccedilotildees e importaccedilotildees fonte Eurostat)

43005033

exportaccedilotildees portuguesas de produtos alimentares e bebidas em 2013 (fonte INE)

Meurovalor das exportaccedilotildees portuguesas de produtos agriacutecolas e alimentares para a Ruacutessia em 2013 (fonte INE)

Meuro

da populaccedilatildeo portuguesa vive em zonas rurais que ocupam 814 do territoacuterio nacional (fonte GPP)

biliotildees euro

7 1045biliotildees euro

Fito_Factos

A revista para quem pensa a agricultura

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A ANIPLA o Valorfito e a Groquifar participa-ram na Feira Agroglobal 2014 nos dias 10 a 12 de Setembro em Valada do Ribatejo certame bianual jaacute consagrado no panorama agriacutecola nacional Atraveacutes desta presenccedila a Induacutestria quis dar enfase agrave importacircncia do trabalho conjunto e agrave relevacircncia da atividade de cada uma das trecircs entidades na organizaccedilatildeo do setor fitofarmacecircutico e no garante da utili-

Fito_Notiacutecias

A ldquomascoterdquo Anipla na Agroglobal 2014

Anipla nas I Jornadas Teacutecnicas da 5RIOS A Anipla esteve nas I Jornadas Teacutecnicas da 5RIOS ndash Associaccedilatildeo Agriacutecola do Valado dos Frades organizadas a 19 de Setembro no acircmbito das comemoraccedilotildees do 2ordm aniversaacute-rio desta associaccedilatildeo Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla realizou uma comunicaccedilatildeo sobre ldquoUso ilegal de produtos fitofarmacecircuti-cos e os riscos para a sauacutede humana e o am-bienterdquo O evento contou ainda com a presen-ccedila de oradores por parte da DGAV DRAPLVT Valorfito e Agrosanus que realizaram inter-venccedilotildees sobre Uso Sustentaacutevel dos Produtos Fitofarmacecircuticos

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

zaccedilatildeo correta e segura dos produtos fitofarmacecircuticos A Anipla divulgou a sua nova imagem a aacutervore do logo-tipo da Anipla circulou por todo o recinto oferecendo a possibilidade de os visitantes receberem uma pequena oliveira no stand o que levou centenas de agricultores ao espaccedilo da Induacutestria e permitiu esgotar todo o sto-ck de oliveiras que a Anipla tinha disponiacutevel O Valorfito inovou com uma exposiccedilatildeo explicativa do processo de reciclagem de materiais plaacutesticos

O Valorfito levou a Famiacutelia Prudecircncio agrave feira

Anipla Valorfito e Groquifar em stand conjunto na Agroglobal

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A Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimen-tar (EFSA) apresentou recentemente um guiatildeo destinado a cientistas e agrave induacutestria da proteccedilatildeo das plantas com novas orientaccedilotildees sobre me-todologia de avaliaccedilatildeo de estudos que medem a velocidade de degradaccedilatildeo dos produtos fitofarma-cecircuticos no solo

A Anipla e o Valorfito satildeo parceiros da Portugal Agro - Feira Internacional da Agricultura e das Regiotildees que decorre de 20 a 23 de Novembro na FIL - Feira Internacional de Lisboa Trata-se de um projeto transversal a toda a fileira agroali-mentar que visa promover a capacidade produti-va nacional os operadores econoacutemicos da fileira a excelecircncia dos produtos e a tradiccedilatildeo aliada agrave inovaccedilatildeo A Anipla e o Valorfito estaratildeo presentes com um stand no certame durante o qual orga-nizaratildeo um evento dedicado ao setor fitofarma-

cecircutico O Diretor Executivo da Anipla Antoacutenio Lopes Dias assinou o protocolo de colaboraccedilatildeo com a Fundaccedilatildeo AIP (Associaccedilatildeo Industrial Por-tuguesa) na cerimoacutenia de apresentaccedilatildeo puacuteblica da Portugal Agro no passado dia 09 de Julho Neste evento que contou com a presenccedila da Mi-nistra da Agricultura e do Mar Assunccedilatildeo Cris-tas estiveram presentes mais de 45 entidades nacionais ligadas ao setor agriacutecola que em co-laboraccedilatildeo com a AIP iratildeo trabalhar para que a Portugal Agro seja um sucesso

Assinatura do protocolo de colaboraccedilatildeo Assunccedilatildeo Cristas Ministra da Agricultura e do Mar Jorge Rocha de Matos Presidente da AIP Antoacutenio Lopes Dias Diretor Executivo da Anipla

Este novo meacutetodo permite aos especialistas ex-cluir da sua anaacutelise os efeitos da dissipaccedilatildeo outro dos processos que leva os PFs a desaparecer do solo e pode ser aplicado agrave anaacutelise de outros pro-dutos quiacutemicos no solo que natildeo os pesticidas

EFSA publica novas orientaccedilotildees para medir degradaccedilatildeo dos pesticidas no solo

Anipla eacute parceira da AIP na Portugal Agro

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

O uacuteltimo relatoacuterio anual publicado pela Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimentar (EFSA) con-clui que 975 dos produtos alimentares vendidos na Uniatildeo Europeia cumpre os Limites Maacuteximos de Resiacuteduos (LMR) de produtos fitofarmacecircuticos au-torizados na UE O estudo baseou-se num nuacutemero recorde de amostras (total de 79 000) de 600 produ-tos alimentares recolhidas nos 27 paiacuteses-membros da UE na Islacircndia e na Noruega durante o ano de 2011 Dos 900 pesticidas testados apenas 400 che-garam aos niacuteveis de deteccedilatildeo A percentagem de amostras de alimentos importados de paiacuteses de fora da UE que excederam os LMR foi de 63 en-quanto nos alimentos produzidos na UE e na EFTA

Em Portugal foram recolhidas 562 amostras e apenas 12 destas ultrapassaram os LMR

(Suiacuteccedila Liechtenstein Noruega e Islacircndia) foi ape-nas de 15 Segundo o relatoacuterio os produtos que mais excederam os LMR foram espinafres feijatildeo laranjas pepinos arroz cenouras clementinas e peras enquanto os que menos excederam os LMR foram a farinha de trigo e as batataslaquoSatildeo excelentes notiacutecias para os consumidores europeus para os agricultores e para a nossa in-duacutestria O estudo demonstra que os aplicadores de PFs estatildeo hoje mais bem preparados e prova o elevado niacutevel de seguranccedila alimentar existente na Europaraquo disse Jean-Charles Bocquet Diretor Geral da Associaccedilatildeo Europeia da Induacutestria para a Proteccedilatildeo das Plantas (ECPA)

975 dos alimentos vendidos na UE cumpre os LMR

Taxa de amostras que excederam os LMR por paiacutes

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Fito_Entrevista

A agricultura deve ser entendida como um sector estrateacutegico para Portugal

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila assumiu em Maio a lideranccedila da Direccedilatildeo-Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria (DGAV) e elegeu como prioridade do seu ldquomandatordquo a melhoria da resposta agrave sociedade civil e ao Ministeacuterio da Agricultura A braccedilos com a pesada tarefa de reorganizar a DGAV e num cenaacuterio de escassez de recursos tem pela frente entre outros o desafio de implementar a lei 262013 dando cumprimento aos prazos previstos no Plano de Accedilatildeo Nacional

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_Siacutentese Tomou posse em Maio vindo de uma carreira acadeacutemica na Escola Superior Agraacuteria de Braganccedila O que o motivou a aceitar este novo desafio

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila Creio que o que moti-va a generalidade das pessoas Um novo desafio que quebre as rotinas instituiacutedas e a convicccedilatildeo de que tenho algo de diferente a trazer agrave insti-tuiccedilatildeo e ao paiacutes

Qual a decisatildeo mais difiacutecil que teve de tomar nestes primeiros meses

Haacute vaacuterios tipos de decisotildees difiacuteceis segundo se trate de questotildees humanas teacutecnicas cientiacuteficas ou outras Para as uacuteltimas haacute assessorias que tornam as coisas mais faacuteceis para a primeira que envolve emoccedilotildees e a vida de terceiros mui-tas vezes natildeo haacute uma resposta uacutenica

Quais satildeo as suas grandes prioridades na lide-ranccedila da DGAV

Reorganizaccedilatildeo interna continuando a integrar a heranccedila das estruturas regionais numa cultura uacutenica sem perder o que tecircm de bom Integra-ccedilatildeo da aacuterea vegetal nos mesmos moldes que os anteriores respeitando as suas especificidades e prioridades Melhoria na resposta agrave sociedade civil e ao MAM Maior rapidez de resposta para o que a actualizaccedilatildeo da informatizaccedilatildeo eacute uma necessidade premente Haacute vaacuterias outras prio-ridades resultantes destas fruto da sua hierar-quizaccedilatildeo

Falou abertamente da ldquoimensa deficiecircncia fi-nanceira humana e de deslocaccedilatildeordquo com que a DGAV se confronta atualmente Como eacute tutelar um serviccedilo essencial agrave agricultura e alimenta-ccedilatildeo com tal escassez de recursos e em particu-lar como eacute que Portugal vai corresponder com as suas obrigaccedilotildees na nova avaliaccedilatildeo zonal de PFrsquos

A escassez de recursos humanos eacute actualmen-te uma realidade transversal a todas as entida-des puacuteblicas trata-se de uma realidade que nos obriga enquanto dirigentes a repensar a forma de trabalhar e de dar cumprimento agraves nossas funccedilotildees assim como desenvolver sistemas de

gestatildeo facilitadores do trabalho diaacuterio e de parti-lha de informaccedilatildeo De facto a DGAV enquanto Au-toridade Sanitaacuteria e Fitossanitaacuteria e responsaacutevel pela Gestatildeo da Seguranccedila Alimentar desenvolve em todo o paiacutes um vasto conjunto de actividades exigentes e de grande impacto No caso concreto da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos preve-mos criar uma bolsa de peritos que possam co-laborar na avaliaccedilatildeo dos processos sem prejuiacutezo das competecircncias da DGAV nesta mateacuteria Os pe-ritos que vierem a ser nomeados estaratildeo sujeitos ao regime de confidencialidade e natildeo podem ter quaisquer interesses no acircmbito da produccedilatildeo im-portaccedilatildeo exportaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos

A fiscalizaccedilatildeo da seguranccedila alimentar eacute do pelou-ro da DGAV Em mateacuteria de cumprimento de LMR nos alimentos de origem vegetal os indicadores mais recentes da UE satildeo positivos ndash 97 dos pro-dutos produzidos na UE cumprem os LMR ndash mas a preocupaccedilatildeo continua a ser com os produtos importados de paiacuteses terceiros Em sua opiniatildeo a soluccedilatildeo passa por maior fiscalizaccedilatildeo por parte da DGAV e suas homoacutelogas europeias ou a questatildeo tem de ser resolvida a niacutevel poliacutetico e em instacircn-cias extracomunitaacuterias

A DGAV tem responsabilidade sobre dezenas de planos de controlo incluindo o controlo de resiacute-duos de pesticidas em produtos de origem vegetal e que inclui a pesquisa de resiacuteduos em produtos nacionais provenientes do espaccedilo intracomuni-taacuterio mas tambeacutem em produtos importados Dou o exemplo do controlo que iniciaacutemos este ano ao arroz importado de paiacuteses terceiros

A induacutestria europeia para a proteccedilatildeo das plantas lanccedilou recentemente um documento de reflexatildeo e debate sobre a sua Visatildeo para o Futuro da Eu-ropa no qual defende a necessidade de um am-biente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em prol da competitividade da agricultura europeia e por outro lado que as decisotildees sobre mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre pesticidas sejam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo risco-benefiacute-cio Como entidade avaliadora que posiccedilatildeo tem a DGAV nesta mateacuteria

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laquoNo caso da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos prevemos criar uma bolsa de peritos que possam colaborar na avaliaccedilatildeo dos processosraquo

A inovaccedilatildeo tecnoloacutegica e cientifica eacute fundamental para a competividade da agricultura europeia e tambeacutem para um melhor uso dos recursos natu-rais e do ambiente assim como para a seguranccedila alimentar A agricultura deve ser entendida como um sector fundamental e estrateacutegico para Portu-gal e para a Uniatildeo Europeia Defendemos que as decisotildees que regulam esta actividade devem ser sustentadas em avaliaccedilotildees de risco que natildeo ex-cluam o benefiacutecio social e econoacutemico da agricul-tura e que considerem as significativas diferenccedilas existentes entre as vaacuterias regiotildees europeias com realidades muito distintas no que diz respeito agraves pragas das culturas

O Plano de Accedilatildeo Nacional enumera medidas e me-tas para tornar efetiva em Portugal a aplicaccedilatildeo da Lei 262013 que regula as atividades de distribui-ccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircu-ticos Haacute poreacutem da parte da induacutestria e de outros

agentes do setor agriacutecola a convicccedilatildeo de que as condiccedilotildees e os prazos definidos satildeo demasiado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional Qual a sua posiccedilatildeo sobre este tema

De facto a Lei 262013 veio introduzir um vasto conjunto de medidas e de prazos que tecircm que ser cumpridos quer pela induacutestria quer pelos utiliza-dores profissionais de produtos fitofarmacecircuti-cos A DGAV estaacute empenhada em conjunto com as vaacuterias entidades oficiais e privadas envolvidas em dar cumprimento agraves medidas e corresponden-tes prazos mas reconhecemos o imenso desafio natildeo apenas para a induacutestria e agricultores mas tambeacutem para os serviccedilos oficiais pelas inuacutemeras responsabilidades que lhes estatildeo acometidas O acompanhamento da implementaccedilatildeo da Lei 262013 estaacute ser feito e avaliadas as vaacuterias verten-tes no sentido de se encontrar a melhor forma de atingirmos em conjunto os objectivos propostos

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

FOTO

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 4: Fitosintese n1 out2014 pages

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A ANIPLA o Valorfito e a Groquifar participa-ram na Feira Agroglobal 2014 nos dias 10 a 12 de Setembro em Valada do Ribatejo certame bianual jaacute consagrado no panorama agriacutecola nacional Atraveacutes desta presenccedila a Induacutestria quis dar enfase agrave importacircncia do trabalho conjunto e agrave relevacircncia da atividade de cada uma das trecircs entidades na organizaccedilatildeo do setor fitofarmacecircutico e no garante da utili-

Fito_Notiacutecias

A ldquomascoterdquo Anipla na Agroglobal 2014

Anipla nas I Jornadas Teacutecnicas da 5RIOS A Anipla esteve nas I Jornadas Teacutecnicas da 5RIOS ndash Associaccedilatildeo Agriacutecola do Valado dos Frades organizadas a 19 de Setembro no acircmbito das comemoraccedilotildees do 2ordm aniversaacute-rio desta associaccedilatildeo Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla realizou uma comunicaccedilatildeo sobre ldquoUso ilegal de produtos fitofarmacecircuti-cos e os riscos para a sauacutede humana e o am-bienterdquo O evento contou ainda com a presen-ccedila de oradores por parte da DGAV DRAPLVT Valorfito e Agrosanus que realizaram inter-venccedilotildees sobre Uso Sustentaacutevel dos Produtos Fitofarmacecircuticos

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

zaccedilatildeo correta e segura dos produtos fitofarmacecircuticos A Anipla divulgou a sua nova imagem a aacutervore do logo-tipo da Anipla circulou por todo o recinto oferecendo a possibilidade de os visitantes receberem uma pequena oliveira no stand o que levou centenas de agricultores ao espaccedilo da Induacutestria e permitiu esgotar todo o sto-ck de oliveiras que a Anipla tinha disponiacutevel O Valorfito inovou com uma exposiccedilatildeo explicativa do processo de reciclagem de materiais plaacutesticos

O Valorfito levou a Famiacutelia Prudecircncio agrave feira

Anipla Valorfito e Groquifar em stand conjunto na Agroglobal

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A Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimen-tar (EFSA) apresentou recentemente um guiatildeo destinado a cientistas e agrave induacutestria da proteccedilatildeo das plantas com novas orientaccedilotildees sobre me-todologia de avaliaccedilatildeo de estudos que medem a velocidade de degradaccedilatildeo dos produtos fitofarma-cecircuticos no solo

A Anipla e o Valorfito satildeo parceiros da Portugal Agro - Feira Internacional da Agricultura e das Regiotildees que decorre de 20 a 23 de Novembro na FIL - Feira Internacional de Lisboa Trata-se de um projeto transversal a toda a fileira agroali-mentar que visa promover a capacidade produti-va nacional os operadores econoacutemicos da fileira a excelecircncia dos produtos e a tradiccedilatildeo aliada agrave inovaccedilatildeo A Anipla e o Valorfito estaratildeo presentes com um stand no certame durante o qual orga-nizaratildeo um evento dedicado ao setor fitofarma-

cecircutico O Diretor Executivo da Anipla Antoacutenio Lopes Dias assinou o protocolo de colaboraccedilatildeo com a Fundaccedilatildeo AIP (Associaccedilatildeo Industrial Por-tuguesa) na cerimoacutenia de apresentaccedilatildeo puacuteblica da Portugal Agro no passado dia 09 de Julho Neste evento que contou com a presenccedila da Mi-nistra da Agricultura e do Mar Assunccedilatildeo Cris-tas estiveram presentes mais de 45 entidades nacionais ligadas ao setor agriacutecola que em co-laboraccedilatildeo com a AIP iratildeo trabalhar para que a Portugal Agro seja um sucesso

Assinatura do protocolo de colaboraccedilatildeo Assunccedilatildeo Cristas Ministra da Agricultura e do Mar Jorge Rocha de Matos Presidente da AIP Antoacutenio Lopes Dias Diretor Executivo da Anipla

Este novo meacutetodo permite aos especialistas ex-cluir da sua anaacutelise os efeitos da dissipaccedilatildeo outro dos processos que leva os PFs a desaparecer do solo e pode ser aplicado agrave anaacutelise de outros pro-dutos quiacutemicos no solo que natildeo os pesticidas

EFSA publica novas orientaccedilotildees para medir degradaccedilatildeo dos pesticidas no solo

Anipla eacute parceira da AIP na Portugal Agro

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

O uacuteltimo relatoacuterio anual publicado pela Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimentar (EFSA) con-clui que 975 dos produtos alimentares vendidos na Uniatildeo Europeia cumpre os Limites Maacuteximos de Resiacuteduos (LMR) de produtos fitofarmacecircuticos au-torizados na UE O estudo baseou-se num nuacutemero recorde de amostras (total de 79 000) de 600 produ-tos alimentares recolhidas nos 27 paiacuteses-membros da UE na Islacircndia e na Noruega durante o ano de 2011 Dos 900 pesticidas testados apenas 400 che-garam aos niacuteveis de deteccedilatildeo A percentagem de amostras de alimentos importados de paiacuteses de fora da UE que excederam os LMR foi de 63 en-quanto nos alimentos produzidos na UE e na EFTA

Em Portugal foram recolhidas 562 amostras e apenas 12 destas ultrapassaram os LMR

(Suiacuteccedila Liechtenstein Noruega e Islacircndia) foi ape-nas de 15 Segundo o relatoacuterio os produtos que mais excederam os LMR foram espinafres feijatildeo laranjas pepinos arroz cenouras clementinas e peras enquanto os que menos excederam os LMR foram a farinha de trigo e as batataslaquoSatildeo excelentes notiacutecias para os consumidores europeus para os agricultores e para a nossa in-duacutestria O estudo demonstra que os aplicadores de PFs estatildeo hoje mais bem preparados e prova o elevado niacutevel de seguranccedila alimentar existente na Europaraquo disse Jean-Charles Bocquet Diretor Geral da Associaccedilatildeo Europeia da Induacutestria para a Proteccedilatildeo das Plantas (ECPA)

975 dos alimentos vendidos na UE cumpre os LMR

Taxa de amostras que excederam os LMR por paiacutes

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Fito_Entrevista

A agricultura deve ser entendida como um sector estrateacutegico para Portugal

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila assumiu em Maio a lideranccedila da Direccedilatildeo-Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria (DGAV) e elegeu como prioridade do seu ldquomandatordquo a melhoria da resposta agrave sociedade civil e ao Ministeacuterio da Agricultura A braccedilos com a pesada tarefa de reorganizar a DGAV e num cenaacuterio de escassez de recursos tem pela frente entre outros o desafio de implementar a lei 262013 dando cumprimento aos prazos previstos no Plano de Accedilatildeo Nacional

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_Siacutentese Tomou posse em Maio vindo de uma carreira acadeacutemica na Escola Superior Agraacuteria de Braganccedila O que o motivou a aceitar este novo desafio

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila Creio que o que moti-va a generalidade das pessoas Um novo desafio que quebre as rotinas instituiacutedas e a convicccedilatildeo de que tenho algo de diferente a trazer agrave insti-tuiccedilatildeo e ao paiacutes

Qual a decisatildeo mais difiacutecil que teve de tomar nestes primeiros meses

Haacute vaacuterios tipos de decisotildees difiacuteceis segundo se trate de questotildees humanas teacutecnicas cientiacuteficas ou outras Para as uacuteltimas haacute assessorias que tornam as coisas mais faacuteceis para a primeira que envolve emoccedilotildees e a vida de terceiros mui-tas vezes natildeo haacute uma resposta uacutenica

Quais satildeo as suas grandes prioridades na lide-ranccedila da DGAV

Reorganizaccedilatildeo interna continuando a integrar a heranccedila das estruturas regionais numa cultura uacutenica sem perder o que tecircm de bom Integra-ccedilatildeo da aacuterea vegetal nos mesmos moldes que os anteriores respeitando as suas especificidades e prioridades Melhoria na resposta agrave sociedade civil e ao MAM Maior rapidez de resposta para o que a actualizaccedilatildeo da informatizaccedilatildeo eacute uma necessidade premente Haacute vaacuterias outras prio-ridades resultantes destas fruto da sua hierar-quizaccedilatildeo

Falou abertamente da ldquoimensa deficiecircncia fi-nanceira humana e de deslocaccedilatildeordquo com que a DGAV se confronta atualmente Como eacute tutelar um serviccedilo essencial agrave agricultura e alimenta-ccedilatildeo com tal escassez de recursos e em particu-lar como eacute que Portugal vai corresponder com as suas obrigaccedilotildees na nova avaliaccedilatildeo zonal de PFrsquos

A escassez de recursos humanos eacute actualmen-te uma realidade transversal a todas as entida-des puacuteblicas trata-se de uma realidade que nos obriga enquanto dirigentes a repensar a forma de trabalhar e de dar cumprimento agraves nossas funccedilotildees assim como desenvolver sistemas de

gestatildeo facilitadores do trabalho diaacuterio e de parti-lha de informaccedilatildeo De facto a DGAV enquanto Au-toridade Sanitaacuteria e Fitossanitaacuteria e responsaacutevel pela Gestatildeo da Seguranccedila Alimentar desenvolve em todo o paiacutes um vasto conjunto de actividades exigentes e de grande impacto No caso concreto da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos preve-mos criar uma bolsa de peritos que possam co-laborar na avaliaccedilatildeo dos processos sem prejuiacutezo das competecircncias da DGAV nesta mateacuteria Os pe-ritos que vierem a ser nomeados estaratildeo sujeitos ao regime de confidencialidade e natildeo podem ter quaisquer interesses no acircmbito da produccedilatildeo im-portaccedilatildeo exportaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos

A fiscalizaccedilatildeo da seguranccedila alimentar eacute do pelou-ro da DGAV Em mateacuteria de cumprimento de LMR nos alimentos de origem vegetal os indicadores mais recentes da UE satildeo positivos ndash 97 dos pro-dutos produzidos na UE cumprem os LMR ndash mas a preocupaccedilatildeo continua a ser com os produtos importados de paiacuteses terceiros Em sua opiniatildeo a soluccedilatildeo passa por maior fiscalizaccedilatildeo por parte da DGAV e suas homoacutelogas europeias ou a questatildeo tem de ser resolvida a niacutevel poliacutetico e em instacircn-cias extracomunitaacuterias

A DGAV tem responsabilidade sobre dezenas de planos de controlo incluindo o controlo de resiacute-duos de pesticidas em produtos de origem vegetal e que inclui a pesquisa de resiacuteduos em produtos nacionais provenientes do espaccedilo intracomuni-taacuterio mas tambeacutem em produtos importados Dou o exemplo do controlo que iniciaacutemos este ano ao arroz importado de paiacuteses terceiros

A induacutestria europeia para a proteccedilatildeo das plantas lanccedilou recentemente um documento de reflexatildeo e debate sobre a sua Visatildeo para o Futuro da Eu-ropa no qual defende a necessidade de um am-biente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em prol da competitividade da agricultura europeia e por outro lado que as decisotildees sobre mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre pesticidas sejam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo risco-benefiacute-cio Como entidade avaliadora que posiccedilatildeo tem a DGAV nesta mateacuteria

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laquoNo caso da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos prevemos criar uma bolsa de peritos que possam colaborar na avaliaccedilatildeo dos processosraquo

A inovaccedilatildeo tecnoloacutegica e cientifica eacute fundamental para a competividade da agricultura europeia e tambeacutem para um melhor uso dos recursos natu-rais e do ambiente assim como para a seguranccedila alimentar A agricultura deve ser entendida como um sector fundamental e estrateacutegico para Portu-gal e para a Uniatildeo Europeia Defendemos que as decisotildees que regulam esta actividade devem ser sustentadas em avaliaccedilotildees de risco que natildeo ex-cluam o benefiacutecio social e econoacutemico da agricul-tura e que considerem as significativas diferenccedilas existentes entre as vaacuterias regiotildees europeias com realidades muito distintas no que diz respeito agraves pragas das culturas

O Plano de Accedilatildeo Nacional enumera medidas e me-tas para tornar efetiva em Portugal a aplicaccedilatildeo da Lei 262013 que regula as atividades de distribui-ccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircu-ticos Haacute poreacutem da parte da induacutestria e de outros

agentes do setor agriacutecola a convicccedilatildeo de que as condiccedilotildees e os prazos definidos satildeo demasiado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional Qual a sua posiccedilatildeo sobre este tema

De facto a Lei 262013 veio introduzir um vasto conjunto de medidas e de prazos que tecircm que ser cumpridos quer pela induacutestria quer pelos utiliza-dores profissionais de produtos fitofarmacecircuti-cos A DGAV estaacute empenhada em conjunto com as vaacuterias entidades oficiais e privadas envolvidas em dar cumprimento agraves medidas e corresponden-tes prazos mas reconhecemos o imenso desafio natildeo apenas para a induacutestria e agricultores mas tambeacutem para os serviccedilos oficiais pelas inuacutemeras responsabilidades que lhes estatildeo acometidas O acompanhamento da implementaccedilatildeo da Lei 262013 estaacute ser feito e avaliadas as vaacuterias verten-tes no sentido de se encontrar a melhor forma de atingirmos em conjunto os objectivos propostos

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

FOTO

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 5: Fitosintese n1 out2014 pages

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A Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimen-tar (EFSA) apresentou recentemente um guiatildeo destinado a cientistas e agrave induacutestria da proteccedilatildeo das plantas com novas orientaccedilotildees sobre me-todologia de avaliaccedilatildeo de estudos que medem a velocidade de degradaccedilatildeo dos produtos fitofarma-cecircuticos no solo

A Anipla e o Valorfito satildeo parceiros da Portugal Agro - Feira Internacional da Agricultura e das Regiotildees que decorre de 20 a 23 de Novembro na FIL - Feira Internacional de Lisboa Trata-se de um projeto transversal a toda a fileira agroali-mentar que visa promover a capacidade produti-va nacional os operadores econoacutemicos da fileira a excelecircncia dos produtos e a tradiccedilatildeo aliada agrave inovaccedilatildeo A Anipla e o Valorfito estaratildeo presentes com um stand no certame durante o qual orga-nizaratildeo um evento dedicado ao setor fitofarma-

cecircutico O Diretor Executivo da Anipla Antoacutenio Lopes Dias assinou o protocolo de colaboraccedilatildeo com a Fundaccedilatildeo AIP (Associaccedilatildeo Industrial Por-tuguesa) na cerimoacutenia de apresentaccedilatildeo puacuteblica da Portugal Agro no passado dia 09 de Julho Neste evento que contou com a presenccedila da Mi-nistra da Agricultura e do Mar Assunccedilatildeo Cris-tas estiveram presentes mais de 45 entidades nacionais ligadas ao setor agriacutecola que em co-laboraccedilatildeo com a AIP iratildeo trabalhar para que a Portugal Agro seja um sucesso

Assinatura do protocolo de colaboraccedilatildeo Assunccedilatildeo Cristas Ministra da Agricultura e do Mar Jorge Rocha de Matos Presidente da AIP Antoacutenio Lopes Dias Diretor Executivo da Anipla

Este novo meacutetodo permite aos especialistas ex-cluir da sua anaacutelise os efeitos da dissipaccedilatildeo outro dos processos que leva os PFs a desaparecer do solo e pode ser aplicado agrave anaacutelise de outros pro-dutos quiacutemicos no solo que natildeo os pesticidas

EFSA publica novas orientaccedilotildees para medir degradaccedilatildeo dos pesticidas no solo

Anipla eacute parceira da AIP na Portugal Agro

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

O uacuteltimo relatoacuterio anual publicado pela Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimentar (EFSA) con-clui que 975 dos produtos alimentares vendidos na Uniatildeo Europeia cumpre os Limites Maacuteximos de Resiacuteduos (LMR) de produtos fitofarmacecircuticos au-torizados na UE O estudo baseou-se num nuacutemero recorde de amostras (total de 79 000) de 600 produ-tos alimentares recolhidas nos 27 paiacuteses-membros da UE na Islacircndia e na Noruega durante o ano de 2011 Dos 900 pesticidas testados apenas 400 che-garam aos niacuteveis de deteccedilatildeo A percentagem de amostras de alimentos importados de paiacuteses de fora da UE que excederam os LMR foi de 63 en-quanto nos alimentos produzidos na UE e na EFTA

Em Portugal foram recolhidas 562 amostras e apenas 12 destas ultrapassaram os LMR

(Suiacuteccedila Liechtenstein Noruega e Islacircndia) foi ape-nas de 15 Segundo o relatoacuterio os produtos que mais excederam os LMR foram espinafres feijatildeo laranjas pepinos arroz cenouras clementinas e peras enquanto os que menos excederam os LMR foram a farinha de trigo e as batataslaquoSatildeo excelentes notiacutecias para os consumidores europeus para os agricultores e para a nossa in-duacutestria O estudo demonstra que os aplicadores de PFs estatildeo hoje mais bem preparados e prova o elevado niacutevel de seguranccedila alimentar existente na Europaraquo disse Jean-Charles Bocquet Diretor Geral da Associaccedilatildeo Europeia da Induacutestria para a Proteccedilatildeo das Plantas (ECPA)

975 dos alimentos vendidos na UE cumpre os LMR

Taxa de amostras que excederam os LMR por paiacutes

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Fito_Entrevista

A agricultura deve ser entendida como um sector estrateacutegico para Portugal

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila assumiu em Maio a lideranccedila da Direccedilatildeo-Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria (DGAV) e elegeu como prioridade do seu ldquomandatordquo a melhoria da resposta agrave sociedade civil e ao Ministeacuterio da Agricultura A braccedilos com a pesada tarefa de reorganizar a DGAV e num cenaacuterio de escassez de recursos tem pela frente entre outros o desafio de implementar a lei 262013 dando cumprimento aos prazos previstos no Plano de Accedilatildeo Nacional

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_Siacutentese Tomou posse em Maio vindo de uma carreira acadeacutemica na Escola Superior Agraacuteria de Braganccedila O que o motivou a aceitar este novo desafio

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila Creio que o que moti-va a generalidade das pessoas Um novo desafio que quebre as rotinas instituiacutedas e a convicccedilatildeo de que tenho algo de diferente a trazer agrave insti-tuiccedilatildeo e ao paiacutes

Qual a decisatildeo mais difiacutecil que teve de tomar nestes primeiros meses

Haacute vaacuterios tipos de decisotildees difiacuteceis segundo se trate de questotildees humanas teacutecnicas cientiacuteficas ou outras Para as uacuteltimas haacute assessorias que tornam as coisas mais faacuteceis para a primeira que envolve emoccedilotildees e a vida de terceiros mui-tas vezes natildeo haacute uma resposta uacutenica

Quais satildeo as suas grandes prioridades na lide-ranccedila da DGAV

Reorganizaccedilatildeo interna continuando a integrar a heranccedila das estruturas regionais numa cultura uacutenica sem perder o que tecircm de bom Integra-ccedilatildeo da aacuterea vegetal nos mesmos moldes que os anteriores respeitando as suas especificidades e prioridades Melhoria na resposta agrave sociedade civil e ao MAM Maior rapidez de resposta para o que a actualizaccedilatildeo da informatizaccedilatildeo eacute uma necessidade premente Haacute vaacuterias outras prio-ridades resultantes destas fruto da sua hierar-quizaccedilatildeo

Falou abertamente da ldquoimensa deficiecircncia fi-nanceira humana e de deslocaccedilatildeordquo com que a DGAV se confronta atualmente Como eacute tutelar um serviccedilo essencial agrave agricultura e alimenta-ccedilatildeo com tal escassez de recursos e em particu-lar como eacute que Portugal vai corresponder com as suas obrigaccedilotildees na nova avaliaccedilatildeo zonal de PFrsquos

A escassez de recursos humanos eacute actualmen-te uma realidade transversal a todas as entida-des puacuteblicas trata-se de uma realidade que nos obriga enquanto dirigentes a repensar a forma de trabalhar e de dar cumprimento agraves nossas funccedilotildees assim como desenvolver sistemas de

gestatildeo facilitadores do trabalho diaacuterio e de parti-lha de informaccedilatildeo De facto a DGAV enquanto Au-toridade Sanitaacuteria e Fitossanitaacuteria e responsaacutevel pela Gestatildeo da Seguranccedila Alimentar desenvolve em todo o paiacutes um vasto conjunto de actividades exigentes e de grande impacto No caso concreto da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos preve-mos criar uma bolsa de peritos que possam co-laborar na avaliaccedilatildeo dos processos sem prejuiacutezo das competecircncias da DGAV nesta mateacuteria Os pe-ritos que vierem a ser nomeados estaratildeo sujeitos ao regime de confidencialidade e natildeo podem ter quaisquer interesses no acircmbito da produccedilatildeo im-portaccedilatildeo exportaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos

A fiscalizaccedilatildeo da seguranccedila alimentar eacute do pelou-ro da DGAV Em mateacuteria de cumprimento de LMR nos alimentos de origem vegetal os indicadores mais recentes da UE satildeo positivos ndash 97 dos pro-dutos produzidos na UE cumprem os LMR ndash mas a preocupaccedilatildeo continua a ser com os produtos importados de paiacuteses terceiros Em sua opiniatildeo a soluccedilatildeo passa por maior fiscalizaccedilatildeo por parte da DGAV e suas homoacutelogas europeias ou a questatildeo tem de ser resolvida a niacutevel poliacutetico e em instacircn-cias extracomunitaacuterias

A DGAV tem responsabilidade sobre dezenas de planos de controlo incluindo o controlo de resiacute-duos de pesticidas em produtos de origem vegetal e que inclui a pesquisa de resiacuteduos em produtos nacionais provenientes do espaccedilo intracomuni-taacuterio mas tambeacutem em produtos importados Dou o exemplo do controlo que iniciaacutemos este ano ao arroz importado de paiacuteses terceiros

A induacutestria europeia para a proteccedilatildeo das plantas lanccedilou recentemente um documento de reflexatildeo e debate sobre a sua Visatildeo para o Futuro da Eu-ropa no qual defende a necessidade de um am-biente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em prol da competitividade da agricultura europeia e por outro lado que as decisotildees sobre mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre pesticidas sejam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo risco-benefiacute-cio Como entidade avaliadora que posiccedilatildeo tem a DGAV nesta mateacuteria

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laquoNo caso da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos prevemos criar uma bolsa de peritos que possam colaborar na avaliaccedilatildeo dos processosraquo

A inovaccedilatildeo tecnoloacutegica e cientifica eacute fundamental para a competividade da agricultura europeia e tambeacutem para um melhor uso dos recursos natu-rais e do ambiente assim como para a seguranccedila alimentar A agricultura deve ser entendida como um sector fundamental e estrateacutegico para Portu-gal e para a Uniatildeo Europeia Defendemos que as decisotildees que regulam esta actividade devem ser sustentadas em avaliaccedilotildees de risco que natildeo ex-cluam o benefiacutecio social e econoacutemico da agricul-tura e que considerem as significativas diferenccedilas existentes entre as vaacuterias regiotildees europeias com realidades muito distintas no que diz respeito agraves pragas das culturas

O Plano de Accedilatildeo Nacional enumera medidas e me-tas para tornar efetiva em Portugal a aplicaccedilatildeo da Lei 262013 que regula as atividades de distribui-ccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircu-ticos Haacute poreacutem da parte da induacutestria e de outros

agentes do setor agriacutecola a convicccedilatildeo de que as condiccedilotildees e os prazos definidos satildeo demasiado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional Qual a sua posiccedilatildeo sobre este tema

De facto a Lei 262013 veio introduzir um vasto conjunto de medidas e de prazos que tecircm que ser cumpridos quer pela induacutestria quer pelos utiliza-dores profissionais de produtos fitofarmacecircuti-cos A DGAV estaacute empenhada em conjunto com as vaacuterias entidades oficiais e privadas envolvidas em dar cumprimento agraves medidas e corresponden-tes prazos mas reconhecemos o imenso desafio natildeo apenas para a induacutestria e agricultores mas tambeacutem para os serviccedilos oficiais pelas inuacutemeras responsabilidades que lhes estatildeo acometidas O acompanhamento da implementaccedilatildeo da Lei 262013 estaacute ser feito e avaliadas as vaacuterias verten-tes no sentido de se encontrar a melhor forma de atingirmos em conjunto os objectivos propostos

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

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Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

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Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 6: Fitosintese n1 out2014 pages

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

O uacuteltimo relatoacuterio anual publicado pela Autoridade Europeia para a Seguranccedila Alimentar (EFSA) con-clui que 975 dos produtos alimentares vendidos na Uniatildeo Europeia cumpre os Limites Maacuteximos de Resiacuteduos (LMR) de produtos fitofarmacecircuticos au-torizados na UE O estudo baseou-se num nuacutemero recorde de amostras (total de 79 000) de 600 produ-tos alimentares recolhidas nos 27 paiacuteses-membros da UE na Islacircndia e na Noruega durante o ano de 2011 Dos 900 pesticidas testados apenas 400 che-garam aos niacuteveis de deteccedilatildeo A percentagem de amostras de alimentos importados de paiacuteses de fora da UE que excederam os LMR foi de 63 en-quanto nos alimentos produzidos na UE e na EFTA

Em Portugal foram recolhidas 562 amostras e apenas 12 destas ultrapassaram os LMR

(Suiacuteccedila Liechtenstein Noruega e Islacircndia) foi ape-nas de 15 Segundo o relatoacuterio os produtos que mais excederam os LMR foram espinafres feijatildeo laranjas pepinos arroz cenouras clementinas e peras enquanto os que menos excederam os LMR foram a farinha de trigo e as batataslaquoSatildeo excelentes notiacutecias para os consumidores europeus para os agricultores e para a nossa in-duacutestria O estudo demonstra que os aplicadores de PFs estatildeo hoje mais bem preparados e prova o elevado niacutevel de seguranccedila alimentar existente na Europaraquo disse Jean-Charles Bocquet Diretor Geral da Associaccedilatildeo Europeia da Induacutestria para a Proteccedilatildeo das Plantas (ECPA)

975 dos alimentos vendidos na UE cumpre os LMR

Taxa de amostras que excederam os LMR por paiacutes

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Fito_Entrevista

A agricultura deve ser entendida como um sector estrateacutegico para Portugal

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila assumiu em Maio a lideranccedila da Direccedilatildeo-Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria (DGAV) e elegeu como prioridade do seu ldquomandatordquo a melhoria da resposta agrave sociedade civil e ao Ministeacuterio da Agricultura A braccedilos com a pesada tarefa de reorganizar a DGAV e num cenaacuterio de escassez de recursos tem pela frente entre outros o desafio de implementar a lei 262013 dando cumprimento aos prazos previstos no Plano de Accedilatildeo Nacional

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_Siacutentese Tomou posse em Maio vindo de uma carreira acadeacutemica na Escola Superior Agraacuteria de Braganccedila O que o motivou a aceitar este novo desafio

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila Creio que o que moti-va a generalidade das pessoas Um novo desafio que quebre as rotinas instituiacutedas e a convicccedilatildeo de que tenho algo de diferente a trazer agrave insti-tuiccedilatildeo e ao paiacutes

Qual a decisatildeo mais difiacutecil que teve de tomar nestes primeiros meses

Haacute vaacuterios tipos de decisotildees difiacuteceis segundo se trate de questotildees humanas teacutecnicas cientiacuteficas ou outras Para as uacuteltimas haacute assessorias que tornam as coisas mais faacuteceis para a primeira que envolve emoccedilotildees e a vida de terceiros mui-tas vezes natildeo haacute uma resposta uacutenica

Quais satildeo as suas grandes prioridades na lide-ranccedila da DGAV

Reorganizaccedilatildeo interna continuando a integrar a heranccedila das estruturas regionais numa cultura uacutenica sem perder o que tecircm de bom Integra-ccedilatildeo da aacuterea vegetal nos mesmos moldes que os anteriores respeitando as suas especificidades e prioridades Melhoria na resposta agrave sociedade civil e ao MAM Maior rapidez de resposta para o que a actualizaccedilatildeo da informatizaccedilatildeo eacute uma necessidade premente Haacute vaacuterias outras prio-ridades resultantes destas fruto da sua hierar-quizaccedilatildeo

Falou abertamente da ldquoimensa deficiecircncia fi-nanceira humana e de deslocaccedilatildeordquo com que a DGAV se confronta atualmente Como eacute tutelar um serviccedilo essencial agrave agricultura e alimenta-ccedilatildeo com tal escassez de recursos e em particu-lar como eacute que Portugal vai corresponder com as suas obrigaccedilotildees na nova avaliaccedilatildeo zonal de PFrsquos

A escassez de recursos humanos eacute actualmen-te uma realidade transversal a todas as entida-des puacuteblicas trata-se de uma realidade que nos obriga enquanto dirigentes a repensar a forma de trabalhar e de dar cumprimento agraves nossas funccedilotildees assim como desenvolver sistemas de

gestatildeo facilitadores do trabalho diaacuterio e de parti-lha de informaccedilatildeo De facto a DGAV enquanto Au-toridade Sanitaacuteria e Fitossanitaacuteria e responsaacutevel pela Gestatildeo da Seguranccedila Alimentar desenvolve em todo o paiacutes um vasto conjunto de actividades exigentes e de grande impacto No caso concreto da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos preve-mos criar uma bolsa de peritos que possam co-laborar na avaliaccedilatildeo dos processos sem prejuiacutezo das competecircncias da DGAV nesta mateacuteria Os pe-ritos que vierem a ser nomeados estaratildeo sujeitos ao regime de confidencialidade e natildeo podem ter quaisquer interesses no acircmbito da produccedilatildeo im-portaccedilatildeo exportaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos

A fiscalizaccedilatildeo da seguranccedila alimentar eacute do pelou-ro da DGAV Em mateacuteria de cumprimento de LMR nos alimentos de origem vegetal os indicadores mais recentes da UE satildeo positivos ndash 97 dos pro-dutos produzidos na UE cumprem os LMR ndash mas a preocupaccedilatildeo continua a ser com os produtos importados de paiacuteses terceiros Em sua opiniatildeo a soluccedilatildeo passa por maior fiscalizaccedilatildeo por parte da DGAV e suas homoacutelogas europeias ou a questatildeo tem de ser resolvida a niacutevel poliacutetico e em instacircn-cias extracomunitaacuterias

A DGAV tem responsabilidade sobre dezenas de planos de controlo incluindo o controlo de resiacute-duos de pesticidas em produtos de origem vegetal e que inclui a pesquisa de resiacuteduos em produtos nacionais provenientes do espaccedilo intracomuni-taacuterio mas tambeacutem em produtos importados Dou o exemplo do controlo que iniciaacutemos este ano ao arroz importado de paiacuteses terceiros

A induacutestria europeia para a proteccedilatildeo das plantas lanccedilou recentemente um documento de reflexatildeo e debate sobre a sua Visatildeo para o Futuro da Eu-ropa no qual defende a necessidade de um am-biente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em prol da competitividade da agricultura europeia e por outro lado que as decisotildees sobre mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre pesticidas sejam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo risco-benefiacute-cio Como entidade avaliadora que posiccedilatildeo tem a DGAV nesta mateacuteria

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laquoNo caso da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos prevemos criar uma bolsa de peritos que possam colaborar na avaliaccedilatildeo dos processosraquo

A inovaccedilatildeo tecnoloacutegica e cientifica eacute fundamental para a competividade da agricultura europeia e tambeacutem para um melhor uso dos recursos natu-rais e do ambiente assim como para a seguranccedila alimentar A agricultura deve ser entendida como um sector fundamental e estrateacutegico para Portu-gal e para a Uniatildeo Europeia Defendemos que as decisotildees que regulam esta actividade devem ser sustentadas em avaliaccedilotildees de risco que natildeo ex-cluam o benefiacutecio social e econoacutemico da agricul-tura e que considerem as significativas diferenccedilas existentes entre as vaacuterias regiotildees europeias com realidades muito distintas no que diz respeito agraves pragas das culturas

O Plano de Accedilatildeo Nacional enumera medidas e me-tas para tornar efetiva em Portugal a aplicaccedilatildeo da Lei 262013 que regula as atividades de distribui-ccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircu-ticos Haacute poreacutem da parte da induacutestria e de outros

agentes do setor agriacutecola a convicccedilatildeo de que as condiccedilotildees e os prazos definidos satildeo demasiado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional Qual a sua posiccedilatildeo sobre este tema

De facto a Lei 262013 veio introduzir um vasto conjunto de medidas e de prazos que tecircm que ser cumpridos quer pela induacutestria quer pelos utiliza-dores profissionais de produtos fitofarmacecircuti-cos A DGAV estaacute empenhada em conjunto com as vaacuterias entidades oficiais e privadas envolvidas em dar cumprimento agraves medidas e corresponden-tes prazos mas reconhecemos o imenso desafio natildeo apenas para a induacutestria e agricultores mas tambeacutem para os serviccedilos oficiais pelas inuacutemeras responsabilidades que lhes estatildeo acometidas O acompanhamento da implementaccedilatildeo da Lei 262013 estaacute ser feito e avaliadas as vaacuterias verten-tes no sentido de se encontrar a melhor forma de atingirmos em conjunto os objectivos propostos

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

FOTO

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 7: Fitosintese n1 out2014 pages

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Fito_Entrevista

A agricultura deve ser entendida como um sector estrateacutegico para Portugal

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila assumiu em Maio a lideranccedila da Direccedilatildeo-Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria (DGAV) e elegeu como prioridade do seu ldquomandatordquo a melhoria da resposta agrave sociedade civil e ao Ministeacuterio da Agricultura A braccedilos com a pesada tarefa de reorganizar a DGAV e num cenaacuterio de escassez de recursos tem pela frente entre outros o desafio de implementar a lei 262013 dando cumprimento aos prazos previstos no Plano de Accedilatildeo Nacional

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_Siacutentese Tomou posse em Maio vindo de uma carreira acadeacutemica na Escola Superior Agraacuteria de Braganccedila O que o motivou a aceitar este novo desafio

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila Creio que o que moti-va a generalidade das pessoas Um novo desafio que quebre as rotinas instituiacutedas e a convicccedilatildeo de que tenho algo de diferente a trazer agrave insti-tuiccedilatildeo e ao paiacutes

Qual a decisatildeo mais difiacutecil que teve de tomar nestes primeiros meses

Haacute vaacuterios tipos de decisotildees difiacuteceis segundo se trate de questotildees humanas teacutecnicas cientiacuteficas ou outras Para as uacuteltimas haacute assessorias que tornam as coisas mais faacuteceis para a primeira que envolve emoccedilotildees e a vida de terceiros mui-tas vezes natildeo haacute uma resposta uacutenica

Quais satildeo as suas grandes prioridades na lide-ranccedila da DGAV

Reorganizaccedilatildeo interna continuando a integrar a heranccedila das estruturas regionais numa cultura uacutenica sem perder o que tecircm de bom Integra-ccedilatildeo da aacuterea vegetal nos mesmos moldes que os anteriores respeitando as suas especificidades e prioridades Melhoria na resposta agrave sociedade civil e ao MAM Maior rapidez de resposta para o que a actualizaccedilatildeo da informatizaccedilatildeo eacute uma necessidade premente Haacute vaacuterias outras prio-ridades resultantes destas fruto da sua hierar-quizaccedilatildeo

Falou abertamente da ldquoimensa deficiecircncia fi-nanceira humana e de deslocaccedilatildeordquo com que a DGAV se confronta atualmente Como eacute tutelar um serviccedilo essencial agrave agricultura e alimenta-ccedilatildeo com tal escassez de recursos e em particu-lar como eacute que Portugal vai corresponder com as suas obrigaccedilotildees na nova avaliaccedilatildeo zonal de PFrsquos

A escassez de recursos humanos eacute actualmen-te uma realidade transversal a todas as entida-des puacuteblicas trata-se de uma realidade que nos obriga enquanto dirigentes a repensar a forma de trabalhar e de dar cumprimento agraves nossas funccedilotildees assim como desenvolver sistemas de

gestatildeo facilitadores do trabalho diaacuterio e de parti-lha de informaccedilatildeo De facto a DGAV enquanto Au-toridade Sanitaacuteria e Fitossanitaacuteria e responsaacutevel pela Gestatildeo da Seguranccedila Alimentar desenvolve em todo o paiacutes um vasto conjunto de actividades exigentes e de grande impacto No caso concreto da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos preve-mos criar uma bolsa de peritos que possam co-laborar na avaliaccedilatildeo dos processos sem prejuiacutezo das competecircncias da DGAV nesta mateacuteria Os pe-ritos que vierem a ser nomeados estaratildeo sujeitos ao regime de confidencialidade e natildeo podem ter quaisquer interesses no acircmbito da produccedilatildeo im-portaccedilatildeo exportaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos

A fiscalizaccedilatildeo da seguranccedila alimentar eacute do pelou-ro da DGAV Em mateacuteria de cumprimento de LMR nos alimentos de origem vegetal os indicadores mais recentes da UE satildeo positivos ndash 97 dos pro-dutos produzidos na UE cumprem os LMR ndash mas a preocupaccedilatildeo continua a ser com os produtos importados de paiacuteses terceiros Em sua opiniatildeo a soluccedilatildeo passa por maior fiscalizaccedilatildeo por parte da DGAV e suas homoacutelogas europeias ou a questatildeo tem de ser resolvida a niacutevel poliacutetico e em instacircn-cias extracomunitaacuterias

A DGAV tem responsabilidade sobre dezenas de planos de controlo incluindo o controlo de resiacute-duos de pesticidas em produtos de origem vegetal e que inclui a pesquisa de resiacuteduos em produtos nacionais provenientes do espaccedilo intracomuni-taacuterio mas tambeacutem em produtos importados Dou o exemplo do controlo que iniciaacutemos este ano ao arroz importado de paiacuteses terceiros

A induacutestria europeia para a proteccedilatildeo das plantas lanccedilou recentemente um documento de reflexatildeo e debate sobre a sua Visatildeo para o Futuro da Eu-ropa no qual defende a necessidade de um am-biente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em prol da competitividade da agricultura europeia e por outro lado que as decisotildees sobre mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre pesticidas sejam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo risco-benefiacute-cio Como entidade avaliadora que posiccedilatildeo tem a DGAV nesta mateacuteria

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laquoNo caso da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos prevemos criar uma bolsa de peritos que possam colaborar na avaliaccedilatildeo dos processosraquo

A inovaccedilatildeo tecnoloacutegica e cientifica eacute fundamental para a competividade da agricultura europeia e tambeacutem para um melhor uso dos recursos natu-rais e do ambiente assim como para a seguranccedila alimentar A agricultura deve ser entendida como um sector fundamental e estrateacutegico para Portu-gal e para a Uniatildeo Europeia Defendemos que as decisotildees que regulam esta actividade devem ser sustentadas em avaliaccedilotildees de risco que natildeo ex-cluam o benefiacutecio social e econoacutemico da agricul-tura e que considerem as significativas diferenccedilas existentes entre as vaacuterias regiotildees europeias com realidades muito distintas no que diz respeito agraves pragas das culturas

O Plano de Accedilatildeo Nacional enumera medidas e me-tas para tornar efetiva em Portugal a aplicaccedilatildeo da Lei 262013 que regula as atividades de distribui-ccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircu-ticos Haacute poreacutem da parte da induacutestria e de outros

agentes do setor agriacutecola a convicccedilatildeo de que as condiccedilotildees e os prazos definidos satildeo demasiado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional Qual a sua posiccedilatildeo sobre este tema

De facto a Lei 262013 veio introduzir um vasto conjunto de medidas e de prazos que tecircm que ser cumpridos quer pela induacutestria quer pelos utiliza-dores profissionais de produtos fitofarmacecircuti-cos A DGAV estaacute empenhada em conjunto com as vaacuterias entidades oficiais e privadas envolvidas em dar cumprimento agraves medidas e corresponden-tes prazos mas reconhecemos o imenso desafio natildeo apenas para a induacutestria e agricultores mas tambeacutem para os serviccedilos oficiais pelas inuacutemeras responsabilidades que lhes estatildeo acometidas O acompanhamento da implementaccedilatildeo da Lei 262013 estaacute ser feito e avaliadas as vaacuterias verten-tes no sentido de se encontrar a melhor forma de atingirmos em conjunto os objectivos propostos

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

FOTO

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 8: Fitosintese n1 out2014 pages

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_Siacutentese Tomou posse em Maio vindo de uma carreira acadeacutemica na Escola Superior Agraacuteria de Braganccedila O que o motivou a aceitar este novo desafio

Aacutelvaro Pegado Mendonccedila Creio que o que moti-va a generalidade das pessoas Um novo desafio que quebre as rotinas instituiacutedas e a convicccedilatildeo de que tenho algo de diferente a trazer agrave insti-tuiccedilatildeo e ao paiacutes

Qual a decisatildeo mais difiacutecil que teve de tomar nestes primeiros meses

Haacute vaacuterios tipos de decisotildees difiacuteceis segundo se trate de questotildees humanas teacutecnicas cientiacuteficas ou outras Para as uacuteltimas haacute assessorias que tornam as coisas mais faacuteceis para a primeira que envolve emoccedilotildees e a vida de terceiros mui-tas vezes natildeo haacute uma resposta uacutenica

Quais satildeo as suas grandes prioridades na lide-ranccedila da DGAV

Reorganizaccedilatildeo interna continuando a integrar a heranccedila das estruturas regionais numa cultura uacutenica sem perder o que tecircm de bom Integra-ccedilatildeo da aacuterea vegetal nos mesmos moldes que os anteriores respeitando as suas especificidades e prioridades Melhoria na resposta agrave sociedade civil e ao MAM Maior rapidez de resposta para o que a actualizaccedilatildeo da informatizaccedilatildeo eacute uma necessidade premente Haacute vaacuterias outras prio-ridades resultantes destas fruto da sua hierar-quizaccedilatildeo

Falou abertamente da ldquoimensa deficiecircncia fi-nanceira humana e de deslocaccedilatildeordquo com que a DGAV se confronta atualmente Como eacute tutelar um serviccedilo essencial agrave agricultura e alimenta-ccedilatildeo com tal escassez de recursos e em particu-lar como eacute que Portugal vai corresponder com as suas obrigaccedilotildees na nova avaliaccedilatildeo zonal de PFrsquos

A escassez de recursos humanos eacute actualmen-te uma realidade transversal a todas as entida-des puacuteblicas trata-se de uma realidade que nos obriga enquanto dirigentes a repensar a forma de trabalhar e de dar cumprimento agraves nossas funccedilotildees assim como desenvolver sistemas de

gestatildeo facilitadores do trabalho diaacuterio e de parti-lha de informaccedilatildeo De facto a DGAV enquanto Au-toridade Sanitaacuteria e Fitossanitaacuteria e responsaacutevel pela Gestatildeo da Seguranccedila Alimentar desenvolve em todo o paiacutes um vasto conjunto de actividades exigentes e de grande impacto No caso concreto da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos preve-mos criar uma bolsa de peritos que possam co-laborar na avaliaccedilatildeo dos processos sem prejuiacutezo das competecircncias da DGAV nesta mateacuteria Os pe-ritos que vierem a ser nomeados estaratildeo sujeitos ao regime de confidencialidade e natildeo podem ter quaisquer interesses no acircmbito da produccedilatildeo im-portaccedilatildeo exportaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos

A fiscalizaccedilatildeo da seguranccedila alimentar eacute do pelou-ro da DGAV Em mateacuteria de cumprimento de LMR nos alimentos de origem vegetal os indicadores mais recentes da UE satildeo positivos ndash 97 dos pro-dutos produzidos na UE cumprem os LMR ndash mas a preocupaccedilatildeo continua a ser com os produtos importados de paiacuteses terceiros Em sua opiniatildeo a soluccedilatildeo passa por maior fiscalizaccedilatildeo por parte da DGAV e suas homoacutelogas europeias ou a questatildeo tem de ser resolvida a niacutevel poliacutetico e em instacircn-cias extracomunitaacuterias

A DGAV tem responsabilidade sobre dezenas de planos de controlo incluindo o controlo de resiacute-duos de pesticidas em produtos de origem vegetal e que inclui a pesquisa de resiacuteduos em produtos nacionais provenientes do espaccedilo intracomuni-taacuterio mas tambeacutem em produtos importados Dou o exemplo do controlo que iniciaacutemos este ano ao arroz importado de paiacuteses terceiros

A induacutestria europeia para a proteccedilatildeo das plantas lanccedilou recentemente um documento de reflexatildeo e debate sobre a sua Visatildeo para o Futuro da Eu-ropa no qual defende a necessidade de um am-biente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em prol da competitividade da agricultura europeia e por outro lado que as decisotildees sobre mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre pesticidas sejam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo risco-benefiacute-cio Como entidade avaliadora que posiccedilatildeo tem a DGAV nesta mateacuteria

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laquoNo caso da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos prevemos criar uma bolsa de peritos que possam colaborar na avaliaccedilatildeo dos processosraquo

A inovaccedilatildeo tecnoloacutegica e cientifica eacute fundamental para a competividade da agricultura europeia e tambeacutem para um melhor uso dos recursos natu-rais e do ambiente assim como para a seguranccedila alimentar A agricultura deve ser entendida como um sector fundamental e estrateacutegico para Portu-gal e para a Uniatildeo Europeia Defendemos que as decisotildees que regulam esta actividade devem ser sustentadas em avaliaccedilotildees de risco que natildeo ex-cluam o benefiacutecio social e econoacutemico da agricul-tura e que considerem as significativas diferenccedilas existentes entre as vaacuterias regiotildees europeias com realidades muito distintas no que diz respeito agraves pragas das culturas

O Plano de Accedilatildeo Nacional enumera medidas e me-tas para tornar efetiva em Portugal a aplicaccedilatildeo da Lei 262013 que regula as atividades de distribui-ccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircu-ticos Haacute poreacutem da parte da induacutestria e de outros

agentes do setor agriacutecola a convicccedilatildeo de que as condiccedilotildees e os prazos definidos satildeo demasiado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional Qual a sua posiccedilatildeo sobre este tema

De facto a Lei 262013 veio introduzir um vasto conjunto de medidas e de prazos que tecircm que ser cumpridos quer pela induacutestria quer pelos utiliza-dores profissionais de produtos fitofarmacecircuti-cos A DGAV estaacute empenhada em conjunto com as vaacuterias entidades oficiais e privadas envolvidas em dar cumprimento agraves medidas e corresponden-tes prazos mas reconhecemos o imenso desafio natildeo apenas para a induacutestria e agricultores mas tambeacutem para os serviccedilos oficiais pelas inuacutemeras responsabilidades que lhes estatildeo acometidas O acompanhamento da implementaccedilatildeo da Lei 262013 estaacute ser feito e avaliadas as vaacuterias verten-tes no sentido de se encontrar a melhor forma de atingirmos em conjunto os objectivos propostos

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

FOTO

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 9: Fitosintese n1 out2014 pages

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laquoNo caso da avaliaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircuticos prevemos criar uma bolsa de peritos que possam colaborar na avaliaccedilatildeo dos processosraquo

A inovaccedilatildeo tecnoloacutegica e cientifica eacute fundamental para a competividade da agricultura europeia e tambeacutem para um melhor uso dos recursos natu-rais e do ambiente assim como para a seguranccedila alimentar A agricultura deve ser entendida como um sector fundamental e estrateacutegico para Portu-gal e para a Uniatildeo Europeia Defendemos que as decisotildees que regulam esta actividade devem ser sustentadas em avaliaccedilotildees de risco que natildeo ex-cluam o benefiacutecio social e econoacutemico da agricul-tura e que considerem as significativas diferenccedilas existentes entre as vaacuterias regiotildees europeias com realidades muito distintas no que diz respeito agraves pragas das culturas

O Plano de Accedilatildeo Nacional enumera medidas e me-tas para tornar efetiva em Portugal a aplicaccedilatildeo da Lei 262013 que regula as atividades de distribui-ccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produtos fitofarmacecircu-ticos Haacute poreacutem da parte da induacutestria e de outros

agentes do setor agriacutecola a convicccedilatildeo de que as condiccedilotildees e os prazos definidos satildeo demasiado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional Qual a sua posiccedilatildeo sobre este tema

De facto a Lei 262013 veio introduzir um vasto conjunto de medidas e de prazos que tecircm que ser cumpridos quer pela induacutestria quer pelos utiliza-dores profissionais de produtos fitofarmacecircuti-cos A DGAV estaacute empenhada em conjunto com as vaacuterias entidades oficiais e privadas envolvidas em dar cumprimento agraves medidas e corresponden-tes prazos mas reconhecemos o imenso desafio natildeo apenas para a induacutestria e agricultores mas tambeacutem para os serviccedilos oficiais pelas inuacutemeras responsabilidades que lhes estatildeo acometidas O acompanhamento da implementaccedilatildeo da Lei 262013 estaacute ser feito e avaliadas as vaacuterias verten-tes no sentido de se encontrar a melhor forma de atingirmos em conjunto os objectivos propostos

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

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Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Nos seminaacuterios de divulgaccedilatildeo da Lei 262013 rea-lizados por todo o paiacutes o tema da formaccedilatildeo obri-gatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produ-tos fitofarmacecircuticos foi dos mais poleacutemicos Mais uma vez lhe pergunto se os prazos e metas em particular nesta mateacuteria estaratildeo ajustados agraves es-pecificidades dos nossos agricultores

A formaccedilatildeo obrigatoacuteria de todos os agricultores e outros aplicadores de produtores de produtos fi-tofarmacecircuticos ateacute 26 de novembro de 2015 eacute de facto um dos maiores desafios que vamos enfren-tar Estamos preocupados com a baixa percenta-gem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionais Temos realizado vaacuterias sessotildees de divulgaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo em que esta questatildeo eacute reitera-damente exposta Estamos a avaliar com todo o cuidado a situaccedilatildeo e da parte da DGAV existe toda a vontade de em conjunto com as organizaccedilotildees representativas dos agricultores se estudarem formas para cumprimento do prazo estipulado na Lei

Desde 1 de Janeiro de 2014 que eacute obrigatoacuteria a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Inte-grada por todos os utilizadores profissionais Que balanccedilo faz destes primeiros meses atendendo ao facto de que haacute manifesta dificuldade em interpre-tar a lei por parte de muitos dos agricultores

laquoEstamos preocupados com a baixa percentagem de cartotildees de aplicador emitidos ateacute agrave data que estimamos corresponder apenas a cerca de 12-15 do universo de aplicadores profissionaisraquo

Foi aprovado a niacutevel comunitaacuterio que a partir de 1 de janeiro de 2014 seria obrigatoacuterio a aplicaccedilatildeo dos princiacutepios gerais da Proteccedilatildeo Integrada por todos os utilizadores profissionais Trata-se de uma importante decisatildeo poliacutetica europeia e que tambeacutem subscrevemos no entanto reconhece-mos a importacircncia da formaccedilatildeo dos agricultores e do aconselhamento agriacutecola neste domiacutenio Existe ainda muito trabalho a fazer e que estaacute previsto e calendarizado no Plano de Accedilatildeo Nacional para o uso sustentaacutevel dos produtos fitofarmacecircuticos designadamente no que respeita a atualizaccedilatildeo das normas de Proteccedilatildeo Integrada existentes e elabo-raccedilatildeo de normas para novas culturas o retomar de campos de demonstraccedilatildeo etc

Um dos assuntos recorrentes em Portugal eacute a venda de pesticidas ilegais (natildeo homologados) ou por estabelecimentos natildeo autorizados O que estaacute a DGAV a fazer para minimizar estes problemas e que soluccedilotildees aponta no futuro Jaacute existem resul-tados praacuteticos das acccedilotildees levadas a cabo

A venda ilegal de pesticidas deve ser obviamente combatida neste domiacutenio com a colaboraccedilatildeo da GNR- SEPNA foram jaacute desenvolvidas vaacuterias accedilotildees de fiscalizaccedilatildeo que permitiram identificar vaacuterias situaccedilotildees de venda ilegal de pesticidas e que re-sultaram na apreensatildeo das embalagens e na ins-tauraccedilatildeo de processos de contra ordenaccedilatildeo Pre-vemos ainda vir a celebrar um protocolo com as autoridades espanholas nesta aacuterea

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

FOTO

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 11: Fitosintese n1 out2014 pages

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Com 58 anos e natural do concelho de Oeiras Aacutelvaro Pegado Mendonccedila terminou a licenciatura de Medicina Veterinaacuteria em 1982 na Faculdade de Medicina Veterinaacuteria de Lisboa Posteriormente fre-quentou o curso de mestrado em Ciecircncia e Engenharia dos Alimentos na Universidade Teacutecnica de Lisboa no ano letivo de 1989-1990 e concluiu o doutoramento em Ciecircncias Agraacuterias aacuterea de Medicina Veterinaacuteria em 2003 Toda a sua carreira tem sido dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo com trabalhos publicados em aacutereas ligadas agrave sanidade animal seguranccedila alimentar e anaacutelise sensorial Exerceu fun-ccedilotildees de professor-adjunto no Instituto Politeacutecnico de Braganccedila ndash Escola Superior Agraacuteria de Bragan-ccedila desde 1999 e paralelamente assumiu cargos de gestatildeo no conselho cientiacutefico e de coordenaccedilatildeo no Departamento de Zootecnia da ESA de Braganccedila

Uma vida dedicada ao ensino e agrave investigaccedilatildeo

Por fim um tema de atualidade que eacute uma preo-cupaccedilatildeo para a economia da UE - o embargo da Ruacutessia agraves importaccedilotildees de produtos agroalimenta-res Este pode representar 50 milhotildees de euros a menos na balanccedila comercial portuguesa Que re-flexatildeo lhe merece o tema

O embargo da Ruacutessia que abrange alguns dos pro-dutos agroalimentares nacionais e que exportaacuteva-mos para aquele paiacutes estaacute a causar perturbaccedilotildees nos nossos produtores e dou o exemplo da pera cujo mercado russo era um dos mais importan-tes mercados de escoamento da pera nacional Este embargo tem de facto um grande impacto nas nossas exportaccedilotildees Este mau exemplo vem reforccedilar a aposta na internacionalizaccedilatildeo dos nos-sos produtos diversificando mercados A DGAV tem em curso dezenas de processos com vista agrave habilitaccedilatildeo para exportaccedilatildeo de produtos agriacutecolas nacionais posso numerar para as frutas frescas designadamente pera maccedila uva de mesa citri-nos cereja etc processos com 13 paiacuteses Tratam-se de negociaccedilotildees complexas demoradas por ve-zes arrastam-se por vaacuterios anos e que consomem recursos mas que consideramos essenciais para a referida diversificaccedilatildeo que permite aos nossos produtores alternativas de mercados

FOTO

Fito_Entrevista

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 12: Fitosintese n1 out2014 pages

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Fito_TemaDesde que a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) iniciou a realizaccedilatildeo dos seminaacuterios para divulgaccedilatildeo da Lei 262013 e do Plano de Accedilatildeo Nacional em Setembro de 2013 a Anipla tem participado ativamente

em todos eles abordando os temas do uso ilegal de produtos fitofarmacecircuticos e da seguranccedila na utilizaccedilatildeo dos produtos enquadrada no Projeto Cultivar a Seguranccedila

A volta a Portugal com a Lei 262013

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 13: Fitosintese n1 out2014 pages

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Fito_TemaConsiderando os temas apresentados pela ANI-PLA constataacutemos que as questotildees levantadas no debate incidiram essencialmente sobre os temas dos produtos ilegais o destino dos resiacuteduos de embalagens e sobre a utilizaccedilatildeo e destino final do equipamento de proteccedilatildeo individual

A niacutevel geral os temas mais poleacutemicos centra-ram-se na dificuldade de interpretaccedilatildeo da nova lei no que respeita agrave escolha dos produtos para utilizar em Proteccedilatildeo Integrada e na formaccedilatildeo obrigatoacuteria para os agricultoresaplicadores de produtos fitofarmacecircuticos

Nestes eventos a ANIPLA e o Valorfito tiveram a preocupaccedilatildeo de disponibilizar informaccedilatildeo a todos os participantes da qual destacamos a produccedilatildeo de um folheto sobre as principais alteraccedilotildees que resultam da publicaccedilatildeo da Lei 262013 que pode-raacute ser descarregado atraveacutes do website da Anipla ndash wwwaniplacom

A LeiA publicaccedilatildeo da Lei nordm 262013 veio regular as ativi-dades de distribuiccedilatildeo venda e aplicaccedilatildeo de produ-tos fitofarmacecircuticos (PFs) e dos seus adjuvantes Embora grande parte da atividade de comercia-lizaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo destes produtos se encontrar legislada haacute muitos anos atraveacutes do DL 1732005 (agora substituiacutedo pela nova lei) esta nova le-gislaccedilatildeo vem estabelecer regras em aacutereas es-peciacuteficas como a aplicaccedilatildeo aacuterea a aplicaccedilatildeo em zonas urbanas de lazer e em vias de comunica-ccedilatildeo Acrescenta ainda exigecircncias agraves atividades de comercializaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo profissional de PF mais concretamente ao niacutevel da formaccedilatildeo transversal a todas as aacutereas que integram a Lei nordm 262013 assim como a promoccedilatildeo e desenvol-vimento da proteccedilatildeo integrada e de abordagens teacutecnicas alternativas com vista agrave reduccedilatildeo da de-pendecircncia dos PFs

A sua implementaccedilatildeo praacutetica engloba o Plano de Accedilatildeo Nacional (PAN) jaacute publicado o qual define medidas e indicadores nacionais para o cum-primento das metas estabelecidas nas aacutereas de reduccedilatildeo de risco e impacto dos PF na sauacutede humana e no ambiente estabelecendo tambeacutem a forma de monitorizar e divulgar a informaccedilatildeo junto dos utilizadores destes produtos

A ANIPLA considera que a presente legislaccedilatildeo eacute estruturante para a agricultura nacional Contu-do importa realccedilar a necessidade de criar condi-ccedilotildees efetivas para o seu cumprimento pois nal-gumas aacutereas as condiccedilotildees e os prazos definidos para aplicaccedilatildeo das novas exigecircncias satildeo dema-siado curtos para as reais necessidades a niacutevel nacional

Em relaccedilatildeo ao seu impacto para o setor fitofar-macecircutico entendemos que a crescente profis-sionalizaccedilatildeo dos nossos agricultores soacute poderaacute beneficiar o setor e a agricultura nacional sendo no entanto essencial criar condiccedilotildees para a exe-quibilidade das medidas patentes no PANCabe aqui dizer que grande parte das medidas impliacutecitas no novo quadro regulamentar tais como o aumento do conhecimento sobre as boas praacuteticas na utilizaccedilatildeo dos PFs satildeo haacute muito de-senvolvidas pela Induacutestria Sensibilizar o agricul-tor para uma utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos PFs eacute um dos objetivos da Anipla coincidente com alguns objetivos da Lei 262013

A verdade eacute que atualmente os agricultoresaplicadores satildeo cada vez mais profissionais e estatildeo sensibilizados para a necessidade de usar corretamente os produtos Sabem que o seu uso em excesso natildeo lhes garante maior proteccedilatildeo das suas culturas aumenta os seus custos de pro-duccedilatildeo e prejudica a comercializaccedilatildeo dos seus produtos agriacutecolas Em simultacircneo a formaccedilatildeo obrigatoacuteria dos agricultores e a sensibilizaccedilatildeo desenvolvida pela Induacutestria Fitofarmacecircutica tem contribuiacutedo para melhorar o seu grau de co-nhecimento dos produtos

Fito_Tema

Ao longo dos uacuteltimos 12 meses a Anipla percorreu cerca de 9000 km para colaborar com os 15 seminaacuterios jaacute realizados junto de cerca de 2300 participantes

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 14: Fitosintese n1 out2014 pages

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A atividade da ANIPLA e das empresas associadas junto dos agricultores reve-la-se nas suas inuacutemeras accedilotildees de for-maccedilatildeo divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo teacutecnica e promoccedilatildeo de reuniotildees teacutecnicas Nas campanhas de informaccedilatildeo e sensibiliza-ccedilatildeo junto dos agricultores sobre o cum-primento das boas praacuteticas agriacutecolas por vezes desenvolvidas em colaboraccedilatildeo com o Ministeacuterio da Agricultura a ANIPLA tem a preocupaccedilatildeo de passar todo o seu conhecimento teacutecnico e cientifico e dis-ponibilizar as ferramentas necessaacuterias agrave praacutetica de uma agricultura sustentaacutevel e profissional que respeite a sauacutede huma-na e o ambiente

Como exemplo dessa preocupaccedilatildeo des-tacamos o desenvolvimento da campa-nha contra o uso ilegal de produtos fito-farmacecircuticos do Projeto TOPPS que divulga as boas praacuteticas para a proteccedilatildeo da aacutegua (wwwtopps-lifeorg) e do Projeto Cultivar a Seguranccedila (wwwcultivarase-gurancacom) cuja atividade desde 2005 visa aumentar a seguranccedila do Aplicador de PF do Consumidor e do Ambiente promovendo as Boas Praacuteticas Agriacutecolas

Antoacutenio Lopes Dias Diretor Geral do Valorfito

Paulo Cruz Secretaacuterio Geral da Anipla

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 15: Fitosintese n1 out2014 pages

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defendidas pela Induacutestria entre as quais se in-clui o respeito pelos limites maacuteximos de resiacuteduos oficialmente estabelecidos Ainda integrada nesta iniciativa atraveacutes da assinatura de um protoco-lo com o ICNF na aacuterea BusinessampBiodiversity a ANIPLA promove a salvaguarda da Biodiversidade a e divulga a importante relaccedilatildeo entre biodiversi-dade e agricultura

Efetivamente a agricultura tem uma importacircncia fulcral na produccedilatildeo de alimentos e na preser-vaccedilatildeo dos recursos naturais A praacutetica de uma agricultura segura e profissional representa uma mais-valia para a qualidade de vida dos portugue-ses quer no acesso a produtos agriacutecolas frescos de qualidade fundamentais a uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel quer enquanto guardiotildees de um am-biente de qualidade

Ao niacutevel da Distribuiccedilatildeo a Induacutestria participa apoiando sensibilizando e formando os seus distribuidores de forma a atuarem responsavel-mente disponibilizando sempre que possiacutevel as ferramentas necessaacuterias ao cumprimento das exigecircncias nacionais

Destacamos ainda a criaccedilatildeo do Sistema Va-lorfito ndash Sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de embalagens vazias de PF que conta jaacute com mais de 800 Pontos de Retoma cobrindo todo o paiacutes

Ao esforccedilo de garantir a seguranccedila na utili-zaccedilatildeo dos nossos produtos tem necessaria-mente de se aliar a introduccedilatildeo no mercado de novas e inovadoras soluccedilotildees fitofarmacecircuti-cas Cada vez mais a Induacutestria procura res-ponder agraves necessidades de uma agricultura em evoluccedilatildeo e lidera esse processo atraveacutes da pesquisa de novos produtos e novas tec-nologias economicamente viaacuteveis capazes de garantir eficaacutecia em relaccedilatildeo aos inimigos das culturas e que em simultacircneo respeitam o Homem e o Ambiente Eacute portanto necessaacute-rio que as autoridades nacionais a par com a implementaccedilatildeo da Lei nordm 262013 viabilizem novas e avanccediladas soluccedilotildees na proteccedilatildeo das culturas em Portugal permitindo aos nossos agricultores manter a competitividade a niacutevel europeu

Fito_Tema A volta a Portugal com a Lei 262013

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 16: Fitosintese n1 out2014 pages

16

FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

In_Anipla

Alterar mentalidades e formas de agir revela-se quase sempre um processo difiacutecil e demorado Apesar das intensas preocupaccedilotildees e tentativas da Induacutestria em travar a atividade de utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos natildeo autorizados em Portugal a verdade eacute que esta atividade natildeo dimi-nuiu no nosso paiacutes

A Induacutestria Fitofarmacecircutica tem tentado de for-ma constante e insistente alertar os agricultores distribuidores e entidades fiscalizadoras para os perigos da utilizaccedilatildeo ilegal de produtos nomeando situaccedilotildees que podem por em risco a sauacutede huma-na as produccedilotildees agriacutecolas e a confianccedila dos con-sumidores e importadores dos produtos agriacutecolas

Os alertas dados tecircm sido veiculados pela Induacutes-tria atraveacutes dos canais que satildeo por noacutes criados ou disponibilizados por outras entidades Mashellip

concluiacutemos que o fraco efeito que tem na praacutetica nos leva a repensar na melhor forma de transmitir esta mensagem tatildeo importante para a seguranccedila dos nossos agricultores suas culturas e consumi-dores

A decisatildeo impulsiva e pouco cautelosa de utilizar produtos ilegais remete para 2ordm plano o mais im-portante ndash A SEGURANCcedilA

A verdade eacute que as consequecircncias da utilizaccedilatildeo de produtos ilegais tambeacutem por razotildees de rotu-lagem inadequada acarretam riscos em termos de sauacutede humana (quer do aplicador quer do consumidor) e ambiente Muitas vezes pensamos no consumidor como algueacutem exterior ao nosso mundo mais proacuteximo e esquecemos que a nossa famiacutelia direta e noacutes proacuteprios fazemos parte desse grupo Quando se utilizam produtos Ilegais a nos-

Como poderemos acabar com a comercializaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo ilegal de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo de Agricultura Sustentaacutevel

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

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sa famiacutelia enquanto consumidora pode estar estaacute em perigo ndash Seraacute que vale a pena arriscar

Um dado positivo eacute o facto de em 2014 a fiscaliza-ccedilatildeo quer nacional quer europeia estar mais ativa e efetiva na deteccedilatildeo de casos de comeacutercio ilegal de PF nomeadamente em Portugal e Espanha onde tecircm sido veiculadas notiacutecias de casos con-cretos cujos resultados levaram natildeo soacute agrave apreen-satildeo da mercadoria como tambeacutem ao julgamento dos intervenientes criminosos

Para aleacutem da Campanha que temos vindo a de-senvolver em conjunto com a Groquifar e do re-forccedilo dos contactos com as entidades fiscalizado-ras a Induacutestria Fitofarmacecircutica vai utilizar todos os meios ao seu dispor para manter o alerta ex-tremamente importante da necessidade de TRA-VAR A COMERCIALIZACcedilAtildeO E UTILIZACcedilAtildeO ILEGAL DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS PELO BEM DA SAUDE DE TODOS NOacuteS

UM CASO RECENTE

EMPRESA ESPANHOLA PROMOVE VENDA DE PRODUTOS FITOFARMACEcircUTICOS ILEGAIS EM PORTUGAL

No passado mecircs de setembro no recinto exte-rior da Feira Agroglobal uma empresa espanho-la encontrava-se a fazer publicidade agrave venda de produtos fitofarmacecircuticos natildeo homologados em Portugal Esta accedilatildeo encerra uma dupla ilegalida-de natildeo soacute porque a utilizaccedilatildeo destes produtos no nosso territoacuterio eacute ilegal como tambeacutem porque esta empresa natildeo estaacute licenciada para tal ambas disposiccedilotildees contempladas na Lei 262013Ao presenciar tal situaccedilatildeo responsaacuteveis da ANI-PLA contactaram de imediato a DGAV (Direccedilatildeo Geral de Alimentaccedilatildeo e Veterinaacuteria) chamando a atenccedilatildeo para o sucedido e para alertarem a GNR para esta situaccedilatildeo

A ANIPLA reforccedilou a queixa jaacute efetuada tambeacutem junto da ASAE para que esta situaccedilatildeo natildeo seja esquecida e possam ser tomadas as medidas adequadas A Induacutestria Fitofarmacecircutica espera sinceramente que as entidades fiscalizadoras em Portugal ajam de forma ceacutelere e eficaz e que os prevaricadores sejam punidos de forma seacuteria e efetiva

ILEGALNAtildeO

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

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Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

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Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 18: Fitosintese n1 out2014 pages

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

No 1ordm semestre de 2014 as vendas de produtos fito-farmacecircuticos totalizaram 79383 milhotildees de euros representando um acreacutescimo de 65 relativamente ao mesmo periacuteodo do ano anterior

Apesar da climatologia do 1ordm semestre deste ano caracterizada por um Inverno chuvoso seguido duma Primavera igualmente huacutemida as vendas de Fungi-cidas sofreram uma ligeira queda de -06 Os sto-cks elevados que vinham dos dois anos anteriores teratildeo determinado este comportamento Na Vinha registou-se pressatildeo de miacuteldio sobretudo a partir da floraccedilatildeo que exigiu da Viticultura o recurso a trata-mentos que duraram ateacute ao final do ciclo Na Fruticultura tambeacutem ocorreu pressatildeo de pedrado e no Tomate a pressatildeo de miacuteldio foi consideraacutevel e prolongou-se ateacute ao final do ciclo da cultura

Os Inseticidas apresentaram uma subida de 62 As vendas de Inseticidas de solo assim como os produ-tos orientados para o controlo de pragas das pomoacutei-

65

Mercado de fitofarmacecircuticos cresce 65 no 1ordm semestre de 2014

deas e das solanaacuteceas tais como o bichado a Tuta absoluta e o Epitrix similares entre outras foram decisivas para esta subida

A maior subida foi a dos Herbicidas com uma evo-luccedilatildeo de 143 comparativamente ao periacuteodo ho-moacutelogo de 2013 O Inverno chuvoso contribui deci-sivamente para o aumento de consumo de glifosato assim como a subida de preccedilo deste produto A con-juntura favoraacutevel relacionada com a cultura do Milho alavancou a venda de Herbicidas particularmente a dos preacute-emergentes O segmento dos Herbicidas para BatataHortiacutecolas tambeacutem contribuiu de forma relevante para o aumento de vendas desta famiacutelia

O mercado em anaacutelise refere-se agraves vendas efetuadas no canal distribuiccedilatildeo e tem como periacutemetro o con-junto de empresas associadas da ANIPLA que natildeo representam o mercado total nacional de consumo de produtos fitofarmacecircuticos

+

Comissatildeo de Dados e Estatiacutestica

FungicidasInsecticidasHerbicidasDiversosTotal

3203158128732817938

-066214322765

VALORES DE MERCADO (Acumulados a Junho de 2014)

Mercado Segmentos

Valor(milhotildees euros)

Variaccedilatildeo (1)

(1) A variaccedilatildeo refere-se a igual periacuteodo do ano anterior

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

Page 19: Fitosintese n1 out2014 pages

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In_Anipla

Responsabilidade AmbientalA prevenccedilatildeo e a reparaccedilatildeo de danos ambientais devem ser efectuadas mediante a aplicaccedilatildeo do princiacutepio do poluidor-pagador e em consonacircncia com o princiacutepio do desenvolvimento sustentaacutevel Estes aspectos foram traduzidos em legislaccedilatildeo comunitaacuteria atraveacutes da Directiva de Responsabi-lidade Ambiental (Diretiva 200435CE)

O princiacutepio fundamental da presente directiva eacute o da responsabilizaccedilatildeo financeira do operador cuja actividade tenha causado danos ambientais ou a ameaccedila iminente de tais danos a fim de induzir os operadores a tomarem medidas e a desenvol-verem praacuteticas por forma a reduzir os riscos de danos ambientais

AcircmbitoO DecretondashLei nordm 1472008 de 29 de julho (Diplo-ma da Responsabilidade Ambiental) alterado pelo Decreto-Lei nordm 2452009 de 22 de setembro pelo Decreto-Lei nordm 29-A2011 de 1 de marccedilo e pelo Decreto-Lei nordm 602012 de 14 de marccedilo estabe-lece o regime juriacutedico da responsabilidade por da-nos ambientais e transpotildee para a ordem juriacutedica nacional a Diretiva nordm 200435CE do Parlamento

Europeu e do Conselho de 21 de Abril de 2004 que aprovou com base no princiacutepio do poluidor--pagador o regime relativo agrave responsabilidade ambiental aplicaacutevel agrave prevenccedilatildeo e reparaccedilatildeo dos danos ambientais com a alteraccedilatildeo que lhe foi in-troduzida pela Diretiva nordm 200621CE do Parla-mento Europeu e do Conselho relativa agrave gestatildeo de resiacuteduos da induacutestria extrativa e pela Diretiva 200931CE do Parlamento Europeu e do Conse-lho de 23 de Abril relativa ao armazenamento geoloacutegico de dioacutexido de carbono

O regime da responsabilidade ambiental aplica-se a

bull Danos ambientais nos termos do definido na aliacutenea e) do nordm 1 do art 11ordm do diploma

bull Ameaccedilas iminentes desses danos definidas na aliacutenea b) do nordm 1 do art 11ordm do diplomacausados em resultado do exerciacutecio de uma qual-quer atividade desenvolvida no acircmbito de uma atividade econoacutemica independentemente do seu caraacutecter puacuteblico ou privado lucrativo ou natildeo abreviadamente designada atividade ocupacional

Responsabilidade ambientalComissatildeo de Produccedilatildeo e Logiacutestica

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Obrigaccedilotildees dos Operadores Garantias Financeiras

Os operadores abrangidos pelo Anexo III do Di-ploma RA excetuando os que jaacute se encontrem registados no SIRAPA deveratildeo efetuar o preen-chimento da tabela base de dados_actividades ocupacionais disponibilizada no site da Agecircncia Portuguesa do Ambiente e proceder ao seu envio para o endereccedilo de email bd_raapambientept

Deveratildeo adicionalmente constituir garantias fi-nanceiras proacuteprias que lhes permita assumir a responsabilidade ambiental inerente agrave actividade por si desenvolvida (de acordo com artordm 22ordm con-jugado com artordm 35ordm do Diploma RA)

Estas garantias financeiras (hellip) podem constituir-se atraveacutes da subscriccedilatildeo de apoacutelices de seguro da obtenccedilatildeo de garantias bancaacuterias da participa-ccedilatildeo em fundos ambientais ou da constituiccedilatildeo de fundos proacuteprios reservados para o efeito (nordm 2 do artordm 22ordm) obedecendo ao princiacutepio da exclusivida-de (nordm 3 do artordm 22ordm)Neste acircmbito deveratildeo os operadores desenvolver os estudos necessaacuterios que permitam de uma forma fundamentada coincidente com a realidade da sua empresa e com as caracteriacutesticas do meio envolvente efectuar a caracterizaccedilatildeo da situaccedilatildeo de referecircncia e avaliar os riscos ambientais por forma a determinar o tipo de garantia a constituir designadamente mediante a

bull identificaccedilatildeo dos cenaacuterios de risco ambientalbull estimativa dos custos de reparaccedilatildeo associados a cada cenaacuterio de risco e

bull caracterizaccedilatildeo ldquoestado inicialrdquo nas vertentes abrangidas por este regime (aacutegua solo e espeacutecies e habitats protegidos)

Impacto para o sector

A implementaccedilatildeo desta legislaccedilatildeo de caracter obrigatoacuterio tem impacto natildeo soacute pelos respectivos custos de natildeo cumprimento (eventuais coimas sanccedilotildees e penalizaccedilotildees previstas na legislaccedilatildeo) como pelos custos associados da implementaccedilatildeo de uma das medidas mais usuais de cumprimen-to que eacute atraves da subscriccedilatildeo de um ldquoSeguro de Responsabilidade Civil Ambientalrdquo

Salienta-se que apesar de natildeo ter sido publica-da a portaria que define os montantes miacutenimos para efeito das garantias financeiras obrigatoacuterias este facto natildeo desonera os operadores que exer-ccedilam alguma das actividades listadas no anexo III do referido Decreto-Lei da obrigaccedilatildeo de a par-tir de 1 de Janeiro de 2010 constituiacuterem uma ou mais garantias financeiras Este esclarecimento encontra-se publicado na aacuterea de FAQ do site da Agencia Portuguesa do Ambiente

In wwwapambienteptAPA - Instrumentos gt Responsabilidade Ambien-tal (RA)

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

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18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

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A Uniatildeo Europeia decidiu incluir no direito comuni-taacuterio os criteacuterios harmonizados de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos quiacutemicos (GHS) criados no acircmbito da ONU

Esta decisatildeo tomou forma com a publicaccedilatildeo do Re-gulamento (CE) nordm 12722008 de 16 de Dezembro (Regulamento CLP) que se aplica a todos os produ-tos quiacutemicos existentes no mercado incluindo os produtos fitofarmacecircuticos

O Regulamento CLP vem alterar e revogar de forma progressiva a Directiva 67548CEE e a Di-rectiva 199945CE relativas agrave classificaccedilatildeo emba-lagem e rotulagem de substacircncias e preparaccedilotildees perigosas

A nova classificaccedilatildeo e rotulagem resultou tatildeo so-mente de uma boa harmonizaccedilatildeo e nova forma de expressatildeo das caracteriacutesticas jaacute conhecidas Os produtos mantecircm a mesma composiccedilatildeo pro-priedades qualidade e eficaacutecia A correspondecircn-cia entre os dois sistemas de classificaccedilatildeo pode ser consultada no Anexo VII do Regulamento (CE) nordm 12722008

O que vai mudar

As alteraccedilotildees mais visiacuteveis nos roacutetulos seratildeo o aparecimento de novo grafismo e nova nomencla-tura conforme referido de seguida

Novo sistema de classificaccedilatildeo e rotulagem de produtos fitofarmacecircuticos

Comissatildeo Teacutecnica de Homologaccedilatildeo

In_Anipla

Substituiccedilatildeo dos actuais siacutembolos (laranja e preto) definidos na Directiva 67548CEE

Pelos novos pictogramas (fundo branco com rebor-do vermelho)

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

Mais informaccedilotildees em wwwvisionforeuropeeu

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

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Substituiccedilatildeo das Frases de risco (Frases R) por Advertecircncias de perigo (Frases H) e das Frases de seguranccedila (Frase S) por Recomendaccedilotildees de pru-decircncia (Frases P)

Directivas 67548CEE e 199945CE Regulamento (CE) nordm 12722008

Indicaccedilatildeo de perigo (ex NocivoIrritante) Palavra sinal (AtenccedilatildeoPerigo)

Frases de risco - Frases REx R38 Irritante para a pele

Advertecircncia de perigo - Frases HEx H315 Provoca irritaccedilatildeo cutacircnea

Frases de seguranccedila - Frases SEx S46 Em caso de ingestatildeo consultar imediatamente o meacutedico e mostrar-lhe a embalagem ou o roacutetulo

Recomendaccedilatildeo de prudecircncia - Frases PEx P301+P310 EM CASO DE INGESTAtildeO contate imediatamente um CENTRO DE INFORMACcedilAtildeO ANTIVENENOS ou um meacutedico

O conteuacutedo das novas frases apesar de algumas diferenccedilas manteacutem no geral semelhanccedilas com as anteriores

Alguns exemplos das alteraccedilotildees

Quando vai mudar

A partir de 1 de Junho de 2015 todos os produtos fitofarmacecircuticos colocados no mercado deveratildeo obrigatoriamente passar a ser classificados rotu-lados e embalados de acordo com o Regulamento CLP (novos pictogramas e frases) Esta mudanccedila pode no entanto ser feita antes da-quela data

Os produtos fitofarmacecircuticos jaacute colocados no mercado antes de 1 de Junho de 2015 em confor-

midade com a Directiva 199945CE poderatildeo conti-nuar a ser comercializados ateacute 1 de Junho de 2017

Chama-se a atenccedilatildeo para o facto de devido agrave exis-tecircncia deste periacuteodo de transiccedilatildeo poder ser possiacute-vel encontrar no mercado simultaneamente produ-tos (ou o mesmo produto) rotulados de acordo com ambos os sistemas

A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderatildeo existir no mercado produtos rotulados de acordo com o Regulamento (CE) nordm 12722008

Para evitar riscos para os seres humanos e o ambiente respeitar as

instruccedilotildees de utilizaccedilatildeo

Utilize os produtos fitofarmacecircuticos de forma segura Leia sempre o roacutetulo e a informaccedilatildeo relativa ao produto antes

de o utilizar

Siacutembolo Pictograma

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

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18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

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19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

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20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

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Fito_GlobalUma Visatildeo para o Futuro da EuropaInovando hoje podemos enfrentar os desafios de amanhatilde

Um dos maiores desafios da sociedade eacute encontrar soluccedilotildees sustentaacuteveis para o crescimento populacional utilizando da forma mais eficiente os recursos naturais disponiacuteveis A Uniatildeo Europeia tem responsabilidade em ajudar a atingir este objetivo No entanto para a Europa se manter globalmente competitiva criar postos de trabalho e ser liacuteder em inovaccedilatildeo agriacutecola eacute necessaacuterio repensarmos a nossa abordagem na criaccedilatildeo de regulamentaccedilatildeo Precisamos de um ambiente regulamentar que acolha a Inovaccedilatildeo em vez de a desestimular

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FitoSiacutentese A revista para quem pensa a agricultura

A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

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20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

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A induacutestria fitofarmacecircutica estaacute empenhada em ajudar a construir uma Europa mais forte contri-buindo para a sustentabilidade para a eficiecircncia dos recursos e para uma agricultura produtiva e competitiva

Inovando hoje podemos alcanccedilar os desafios de amanhatilde Para tal a Europa necessita de desblo-quear o potencial de inovaccedilatildeo atraveacutes de uma melhor integraccedilatildeo da ciecircncia e da construccedilatildeo de poliacuteticas

A ecircnfase europeia dada agrave legislaccedilatildeo baseada no perigo levou a um decliacutenio significativo da parti-cipaccedilatildeo da Europa no investimento em investiga-ccedilatildeo e desenvolvimento na proteccedilatildeo das plantas limitando a disponibilidade de soluccedilotildees para os agricultores europeus e tornando-os menos com-petitivos Em vez disso deveriacuteamos favorecer as politicas baseadas na ciecircncia soacutelida e numa abor-dagem riscobenefiacutecio

Haacute vaacuterias deacutecadas que os produtos fitofarmacecircu-ticos tecircm melhorado o nosso modo de vida No entanto as razotildees evidentes para a sua utilizaccedilatildeo na agricultura raramente satildeo discutidas assim como os benefiacutecios que nos trazem ndash alimentos saudaacuteveis de elevada qualidade a preccedilos acessiacute-veis estabilidade econoacutemica eficiecircncia de recur-sos melhorias da biodiversidade ndash e que muitas vezes satildeo tidos como garantidos Como um fator-chave da praacutetica da proteccedilatildeo integrada os pro-dutos fitofarmacecircuticos satildeo essenciais para um sistema sustentaacutevel e uma agricultura produtivaAs instituiccedilotildees europeias e nacionais devem con-siderar as preocupaccedilotildees dos consumidores no que respeita agrave forma como os alimentos chegam ateacute agrave nossa mesa e no que isso significa para nossas vi-das e para o ambiente Eacute necessaacuterio trabalharmos em conjunto para garantir que as pessoas conhe-cem os benefiacutecios e riscos da tecnologia agriacutecola e a razatildeo pela qual esta eacute essencial Isto iraacute definir a base para um debate racional e equilibrado so-bre estas questotildees de grande importacircncia para o nosso futuro sustentaacutevel

Vamos trabalhar em conjunto

Num momento em que novos liacutederes europeus to-mam posse - Donald Tusk como novo presidente do Conselho Europeu e Jean Claude Juncker na qualidade de novo presidente da Comissatildeo Euro-

peia a induacutestria fitofarmacecircutica desafia os novos decisores a agir para que a Europa se mantenha como liacuteder mundial no que respeita agrave inovaccedilatildeo agrave criaccedilatildeo de emprego e agrave produccedilatildeo sustentaacutevel A visatildeo da induacutestria para o futuro da Europa as-senta em cinco pilares

InovaccedilatildeoAdotar o Princiacutepio da Inovaccedilatildeo na tomada de de-cisotildees de modo a que a Inovaccedilatildeo seja um fator a ponderar em todas as iniciativas legislativas Soacute atraveacutes do investimento em inovaccedilatildeo poderemos sair da crise criando novos empregos e mais ri-queza na Europa

Ciecircncia Mudanccedilas na legislaccedilatildeo e poliacutetica sobre produtos fitofarmacecircuticos de modo a que as decisotildees se-jam tomadas com base numa avaliaccedilatildeo cabal de riscos e benefiacutecios e numa melhor coordenaccedilatildeo entre os cientistas que estudam os riscos (Auto-ridade Europeia para a Seguranccedila do Alimentos) e os poliacuteticos que tomam as decisotildees (Comissatildeo Europeia e Estados-membros)

Produtividade e Competitividade AgriacutecolaA intensificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute a uacutenica forma de aumentar a produtividade e competitividade da agricultura europeia e de responder ao desafio de alimentar a crescente populaccedilatildeo mundial A Comissatildeo Europeia deve criar um departamento exclusivamente dedicado agrave competitividade e pro-dutividade agriacutecola que seja consultado em todas as decisotildees com impacto na agricultura

Regulamentaccedilatildeo InteligenteA UE deve fazer um check-up agrave pesada regula-mentaccedilatildeo sobre proteccedilatildeo das plantas e quanto agrave sua eficiecircncia e impacto na inovaccedilatildeo Este le-vantamento deve servir de base agrave criaccedilatildeo de um novo quadro regulamentar mais eficaz e ldquoamigordquo da inovaccedilatildeo

Poliacuteticas Consistentes A UE deve assegurar que as suas decisotildees (po-liacuteticas legislaccedilatildeo) satildeo consistentes internamen-te e internacionalmente de modo a garantir um comeacutercio justo e assegurar a competitividade da agricultura e induacutestria europeias

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18 gt 23 OutSIAL-Salatildeo Internacional de Inovaccedilatildeo AgroalimentarParis Nord Villepinte Franccedila Saber mais

20 gt 23 NovPortugal Agro- Feira Internacional da Agricultura e das RegiotildeesFIL - Parque das Naccedilotildees LisboaSaber mais

2 gt 4 DezVinitech SifelFeira Internacional de Equipamentos e Serviccedilos das Fileiras Vitiacutecola Frutiacutecola e HortiacutecolaParque de Exposiccedilotildees de BordeacuteusSaber mais

4 gt 5 DezIII Simpoacutesio Nacional de FruticulturaUTAD Vila RealSaber mais 20153 Fev3ordm Conferecircncia Europeia sobre Regulamentaccedilatildeo de BiocidasSheraton Airport Hotel Brussels

19 gt 23 JulGreenSys2015Simpoacutesio Internacional sobre Tecnologia e Gestatildeo de EstufasUniversidade de EacutevoraSaber mais

24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

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Fito_Agenda15 gt 17 OutFruit AttractionIfema Madrid EspanhaSaber mais

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24 gt 27 AgoCongresso Internacional sobre Proteccedilatildeo das PlantasBerlim AlemanhaSaber mais

16 gt 17 OutI Congresso Nacional GroquifarLisboa Hotel Tivoli OrienteSaber mais

20 gt 21 NovI Simpoacutesio SCAPNovos Desafios na Proteccedilatildeo das PlantasAuditoacuterio do INIAV Quinta do Marquecircs OeirasSaber mais

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