fisioterapia em pacientes asmáticos

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ENSAIOS E CIÊNCIA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS AGRÁRIAS E DA SAÚDE Kênia Aparecida da Silva Acadêmico do curso de Fisioterapia [email protected] Rhaíssa Fernandes Silva Acadêmico do curso de Fisioterapia [email protected] Susan Subihie Tawil Acadêmico do curso de Fisioterapia [email protected] 1 Marina Oliveira Lopes Bittar Professora Especialista do curso de Fisioterapia Orientadora [email protected] om

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Trabalho sobre fisioterapia em portares de asma

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2TTULO DO TRABALHO TODAS EM MAISCULAS ESTILO

Ensaios e CinciaCincias Biolgicas

Agrrias e da SadeKnia Aparecida da SilvaAcadmico do curso de [email protected] Fernandes SilvaAcadmico do curso de [email protected] Subihie Tawil Acadmico do curso de [email protected] DOCPROPERTY AESA_Autor3 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Afiliacao3 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Email3 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Autor4 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Afiliacao4 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Email4 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Autor5 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Afiliacao5 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Email5 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Autor6 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Afiliacao6 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Email6 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Autor7 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Afiliacao7 \* MERGEFORMAT DOCPROPERTY AESA_Email7 \* MERGEFORMAT

O perfil do paciente asmtico em um servio de atendimento pblico do municpio de Anpolis ResuMO O objetivo do estudo foi o de traar o perfil dos pacientes asmticos, quanto aos aspectos socioeconmicos, intensidade e gravidade da asma, atendidos em uma Unidade de Sade Pblica no municpio de Anpolis GO. Tratou-se de um estudo com delineamento quantitativo e descritivo, onde foram entrevistados 36 pacientes, de julho/2012 a Setembro/2012. Dos pacientes amostrados 53,3 % tem intensidade da crise de moderada a leve na gravidade da asma, 40% tinha a forma de persistente/moderada e 26,7% grave, esses valores so iguais aos encontrados em outras pesquisas j realizadas, mostrando que no existem muitas diferenas entre os pacientes de asma no Brasil. Conclui-se que se faz necessrio a melhoria do acesso dos pacientes as Unidade Bsicas de Sade, proceder ao encaminhamento dos pacientes com crise leve para as sesses de fisioterapia pulmonar. Palavras-Chave: Asma; Perfil; Unidade de Sade Pblica, Anpolis. abstract The aim of the study was to outline the profile of asthmatics, as the socioeconomic aspects, intensity and severity of asthma treated at a Public Health Unit in the city of Anpolis - GO. This was a study with quantitative and descriptive design, 36 patients were interviewed from July 2012 to September/2012. 53.3% of patients sampled intensity of the crisis has moderate to mild in severity of asthma, 40% was in the form of persistent / moderate and 26.7% severe, these values are equal to those found in other previous studies, showing that there are many differen.ces between the patients with asthma in Brazil. We conclude that it is necessary to improve patient access to Basic Health Unit, proceed to referral of patients with acute mild to pulmonary physiotherapy sessionsKeywords: Asthma Profile; Public Health Unit, Anpolis. IntroduoA palavra asma vem do verbo grego aazein, ou seja, arquejar, expirar com a boca aberta, ou respirao forte. Na Ilada, um poema pico grego onde se descreve o cerco de Tria, a expresso asma apareceu pela primeira vez (BRYAN, 2005). O Corpus Hippocraticum, escrito por Hipcrates, o mais antigo texto em que a palavra asma encontrado como um termo mdico. No se tem certeza se Hipcrates descreveu a asma como uma entidade clnica ou simplesmente como um sintoma. Hipcrates disse que espasmos associados asma eram mais provveis de ocorrer entre os pescadores, alfaiates e metalrgicos (FANTA; CRISTIANO; HAVER, 2004).A asma caracterizada por obstruo varivel das vias areas e uma exagerada resposta bronco-constritora a uma variedade de estmulos (HORNE et al., 2007). Como as alteraes no calibre das vias areas podem ser rpidas, uma ateno especial tem sido focada nas anormalidades do msculo liso das vias areas, mas hipersecreo de muco e inflamao da mucosa podem tambm contribuir para o estreitamento das vias areas (HOLGATE e al. 2008). At que o incio deste sculo a asma foi atribuda irritabilidade excessiva das vias areas devido a uma anomalia em mecanismos de controle do Sistema Nervoso Simptico. Estudos fisiolgicos demonstram que a estimulao eltrica do nervo vago causa bronco-constrio e que a estimulao da mucosa nasal produz bronco-constrio (HOLGATE et al., 2010)

A asma uma doena de conduo das vias areas, a qual se contrai muito facilmente e de forma espontnea e em resposta a uma vasta gama de estmulos exgenos e endgenos. Esta hiper-responsividade das vias areas acompanhada por avanada irritabilidade sensorial das vias areas e aumento da secreo de muco (BARNES, 1983). As diferentes expresses clnicas da asma envolvem diferentes fatores ambientais que interagem com as vias areas para causar inflamao aguda e crnica, e os sintomas variam de contrao muscular suave, edema e remodelao do formato dos elementos das vias areas. A heterogeneidade da asma tambm se refere s respostas diferentes para as terapias (HOLGATE, 2008).

O tratamento da asma tem progredido junto com a evoluo do conceito de asma (MAKINO, 2005). Em meados do sculo 20 a asma era conceituada com uma afeco de sintomas complexos e que se caracterizava por dispneia paroxstica com bronconstrio reversvel, e acreditava-se que o espasmo da musculatura lisa brnquica era o principal mecanismo do estreitamento das vias reas (SOLOMON, 1967). Assim, broncodilatadores como epinefrina, isoproterenol e teofilinas eram os principais frmacos para tratar crises de asma. Em 1960 a asma era definida como a doena da hiper-responsividade das vias reas (AMERICAN THORACIC SOCIETY, 1962; ACCP-ATS, 1975).

Em 1980 a inflamao das vias respiratrias foi relacionada com a hiper-responsividade das vias reas e os sintomas da asma. Os eosinfilos so encontrados por causar ou contribuir para as alteraes histolgicas e funcionais das vias areas de pacientes com asma, incluindo a descamao do epitlio bronquial e a hiper-responsividade das vias areas (BERMAN; WELLER, 1992; KOLLER et. al., 1995, SAEED et al., 2002).

Anti-inflamatrios incluindo corticosteroides, agentes alergnicos, teofilinas, foram usados para suprimir a eosinofilia nas vias reas e se mostraram eficazes (CHURCH; MAKINO, 2006; MAKINO, 2006), pesquisas mais atuais sobre a fisiopatologia da asma mostrou que muitas clulas e citosinas tm um papel fundamental na inflamao das vias areas dos pacientes com asma (BARNES, 2008).

Para Sarmento (2010), a decorrente inflamao das vias areas causa hipertrofia e estimulao de glndulas mucosas, levando hipersecreo, conformao de tampes mucosos. de suma importncia o reconhecimento do papel da inflamao na asma aguda grave e da necessidade da administrao precoce de corticosterides para suprimir o processo inflamatrio de base; os broncodilatadores podem chegar a salvar a vida de um paciente asmtico por aliviarem a bronconstrio, sobretudo no combatem o problema primrio subjacente inflamao.

Saeed et al. (2002) relata que a obstruo das vias areas na asma aguda devido contrao da musculatura lisa brnquica, espessamento da parede das vias areas, muco intraluminal e detritos. O espessamento da parede caracterizado por edema na submucosa, vasodilatao, com infiltrados celulares, predominantemente de linfcitos e eosinfilos.

Segundo Norzila et al. (2000) o lmen contm tampes de muco, epitlio e cristais de Charcot-Leyden (eosinfilos cristalizados). Bipsias broncoscopias mostram a presena de eosinfilos significativamente mais ativos na submucosa de asmticos em crises graves. Os linfcitos T tambm esto presentes em nmeros aumentados. A inflamao das vias areas est presente durante uma crise aguda de asma, e caracterizada por infiltrao e ativao dos eosinfilos e neutrfilos.

Para BRINKE et al., (2005), entre os fatores clnicos que podem desencadear a asma esto a exposio a alergnicos, certas drogas ou sensibilizantes ocupacionais, grave doena do seio nasal, refluxo gastresofgico, infeces do trato respiratrio, deficincia relativa de imunoglobulina, hipertireoidismo, apneia obstrutiva do sono, influncias hormonais e disfuno psicolgica. Estes no so a causa da doena subjacente, mas refletem a maneira pela qual as vias areas de asmticos respondem a uma variedade de estmulos.

Fatores associados com o incio ou o desenvolvimento de asma incluem alergias pr-existentes, histria familiar de asma ou alergia, a exposio fumaa do tabaco, infeces respiratrias virais, estreitamento das vias areas no nascimento e no incio da vida, sedentarismo durante a infncia, sexo masculino e baixo peso ao nascer (BACHARIER et al., 2008). Aps o incio da asma, exacerbaes agudas podem ocorrer aps a exposio a gatilhos comumente encontrados em ambientes internos e externos (KUO; CRAIG, 2001; RITZ et al., 2006).

Gatilhos podem ser infeces do trato respiratrio superior, alergnicos, fumaa de tabaco no ambiente, substncias irritantes produzidas por querosene e madeira queimada em foges a lenha, poluentes do ar, exerccio vigoroso, exposio ao ar frio ou mudana brusca de temperatura, alm da excitao ou stress ((GALN et al., 2003; NAEPP, 2002).

Alergnicos comuns incluem plen, esporos de fungos, mofo, pelos de animais, penas, caros, baratas, lquidos de limpeza, perfumes, e certos alimentos, especialmente aqueles que contm sulfitos (PEARCE; DOUWES; BEASLEY, 2000). Poluentes do ar exterior associados com as exacerbaes da asma incluem ozonio, o dixido de enxofre, dixido de azoto, e partculas com um dimetro de menos de 10 micrmetros. No entanto, as associaes entre as exacerbaes da asma e a exposio a cada poluente do ar no foram formam consenso entre os pesquisadores (PLAZA et al, 2002).

Os sinais e sintomas clssicos da asma incluem: sibilos, dispnia e tosse. Descrevendo cada um desses sintomas podemos caracterizar os sibilos na fase inspiratria e expiratria da respirao, podendo sendo audvel sem o auxilio de um estetoscpio. A dispnia ou respirao difcil, esta associada a uma taquipnia, compensando-a a obstruo expiratria. (IRWIN; TECKLIN, 2003).

Outro fator que muito comum de ocorrer so as crises asmticas e para traar um tratamento adequado necessrio identificar e remover a causa. Por exemplo, um paciente pode evitar certos alimentos e a umidade. O ambiente domstico deve ser limpo regularmente, cobertores aspirados com frequncia e fibras sintticas usadas em lugar de penas para os travesseiros e acolchoados entre outros fatores que desencadeiam a crise, como cigarro, stress e fatores emocionais. (PORTER, 2005).

Em contraste com as preocupaes para os pacientes individuais que caracteriza a clnica mdica, a epidemiologia lida com os processos da doena que ocorrem na comunidade em geral. As relaes de uma variedade de fatores so consideradas ao tentar determinar a frequncia e a distribuio da doena entre a populao e sua histria natural. Estudos sobre a epidemiologia da asma no so novos. Em 1837, Armstrong em seu tratado A Prtica da Medicina Inglesa, observou que a asma ocorreu mais frequentemente em homens do que mulheres, com ataques que aparecem com mais frequncia durante o calor do vero e no inverno, quando nevoeiro forte e os ventos frios prevaleceram em Londres.

Em 2007 a OMS divulgou um relatrio mundial, contendo uma estimativa conservadora, calculou-se que 300 milhes de pessoas em todo o mundo de todas as idades e etnias sofram de asma. Atualmente dois grandes estudos multinacionais avaliaram a prevalncia de asma em todo o mundo, o Estudo sobre a Sade Respiratria da Comunidade Europeia em adultos e o Estudo Internacional sobre Asma e Alergias na Infncia em crianas (WHO, 2007).

No Brasil acontecem em torno de 350.000 internaes hospitalares por crise asmtica anualmente, sendo a quarta causa de hospitalizao pelo SUS (Sistema nico de Sade), 2,3% do total, e a terceira causa de internao entre crianas e adultos jovens (BRASIL, 2005; LIPWORTH et al., 2005).

Pacientes com asma devem evitar os alergnicos a que so sensveis, e nas exposies devem incluir a reduo dos alergnicos descritos na literatura (BECKER et al., 2005). Alm disso, pacientes que sofrem de rinite e sinusite deve procurar tratamento, e os pacientes com asma crnica devem ser vacinados contra a gripe (ARSHAD; BATEMAN; MATTHEWS, 2003).

Pacientes asmticos com sintomas persistentes que requerem medicao diria devem consultar seu mdico para identificar a sensibilidade aso alergnicos especficos (KULL et al, 2002). Identificao de sensibilidades a alergnicos inclui a utilizao do histrico do paciente para avaliar a sensibilidade aos alergnicos sazonais e testes cutneos ou testes in vitro para avaliar a sensibilidade a alergnicos perenes. Os mdicos devem avaliar a importncia dos testes positivos pela histria mdica do paciente para tomar as decises referentes ao tratamento. Pacientes com asma deve evitar esforo fsico quando os nveis de poluio do ar esto altos (HABY et al., 2001; WRIGHT et al., 2001).

No Brasil acontecem em torno de 350.000 internaes hospitalares por crise asmtica anualmente, sendo a quarta causa de hospitalizao pelo SUS (Sistema nico de Sade), 2,3% do total, e a terceira causa de internao entre crianas e adultos jovens (BRASIL, 2005; LIPWORTH et al., 2005).

A asma baseada na gravidade se classifica em grave persistente, moderada persistente, leve persistente, intermitente. A grave persistente tem como caractersticas clnicas: sintomas contnuos; exacerbaes freqentes; sintomas noturnos e sintomas que limitam a atividade. Na moderada persistente os sintomas se modificam com presena de sintomas dirios; as exacerbaes afetam a atividade e o sono; ocorrem sintomas noturnos mais do que uma vez por semana, observa-se uso dirio de 2 agonistas de ao curta. Na gravidade leve persistente os sintomas ocorrem uma vez ou mais por semana, mas menos do que uma vez por dia; as exacerbaes podem afetar a atividade ou o sono; com presena de sintomas noturnos mais do que duas vezes por ms. J na intermitente observam-se sintomas intermitentes menos do que uma vez por semana; as noturnas duas vezes ou menos por ms e assintomtico e com funo pulmonar normal entre as exacerbaes. (SCANLAN; WILKINS; STOLLER, 2000).

O tratamento medicamentoso da asma requer uma terapia antiinflamatria de longo prazo para o controle adequado. Drogas antiinflamatrias, como o caso dos corticosterides e cromoglicato, suprimem o processo patolgico primrio e a resultante hiper-reatividade das vias areas. Os broncodilatadores, como os 2 agonistas adrenrgicos, os anticolinrgicos e a teofilina aliviam os sintomas da asma. Sendo ela uma doena das vias areas, prefervel a inaloterapia terapia por via oral ou sistmica. (SCANLAN; WILKINS; STOLLER, 2000).

De fato e conforme Duncan, Schimidt e Giugliani (2004), para obter o sucesso no tratamento da asma necessrio que os objetivos sejam alcanados, e isso depende de vrios fatores: conduta do clnico, da educao do paciente sobre a doena, da adeso ao tratamento e do acompanhamento do paciente. Porm resultados satisfatrios nem sempre so almejados devido falta de adeso ao tratamento e ao custo dos medicamentos. No Brasil, os planos de sade geralmente no cobrem essas despesas e grandes partes da populao empregam os antiasmticos disponibilizados pelo sistema nico de sade.1. material e mtodos Tratou-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa do tipo descritiva exploratria com delineamento transversal. Os participantes da pesquisa foram entrevistados na Unidade de Sade Dr. Ileon Fleury (OSEGO) em Anpolis GO. Foram selecionados portadores de asma sem distino de faixa etria desde que atendidos na unidade de sade utilizada como cenrio do estudo. O critrio de incluso foi o de ser portador de asma e ser atendido nessa unidade. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas utilizando-se questionrios desenvolvidos para esse estudo. Foram entrevistados 36 pacientes atravs do questionrio com 20 questes divididas em perfil socioeconmico e aspectos clnicos da doena. Os dados foram digitados em um banco de dados do programa Excel verso 2010 e os resultados foram expostos atravs de estatstica descritiva apresentados sob a forma de grficos e tabelas, em que foram identificados valores relativos (%) e absolutos dos resultados.2. resultados Verificou-se que a faixa etria mais frequente foi de 21 a 40 anos, com 67,8% e o restante distribudo nas outras faixas. Quanto ao sexo dos entrevistados, 62% eram do feminino e 38% do masculino. Quanto renda familiar 86% declararam uma de at um salrio mnimo e 14% declararam uma renda de dois ou mais salrios mnimos. Em relao idade do diagnstico da asma 78% declararam que obtiveram a confirmao na primeira dcada de vida. O uso do cigarro esteve presente em 9,2% dos entrevistados e 45% declararam pessoas da famlia fazem uso do cigarro, 97,5% dos entrevistados residem na zona urbana e 2,5% na zona rural.Sobre a influncia do clima no surgimento da crise, 83% disseram que as mudanas no tempo causadas pelos dias frios e secos do outono e do inverno aumentam o aparecimento das crises, 15% falaram que a sentem mais no clima seco, e 2% relataram que no h distino climtica para o aparecimento das crises.

Grfico 3: Distribuio quanto as variaes climticas, USIF 2012.

Fonte: Silva; Silva; Tawil, 2012

Ao relacionarem as substncias que mais comumente disparam as crises de asma, os entrevistados apontaram diferentes agentes, isto porque est condio muito individual. Como o questionamento aceitava mais de uma resposta, 80% apontaram a poeira, 65% a fumaa, 63% os vapores das tintas, inalantes foram 23% e as infeces respiratrias foram responsveis por 18%.Grfico 4: Os agentes apontados como causadores das crises de asma, USIF 2012.

Fonte: Silva; Silva; Tawil, 2012

Grfico 4: Os agentes apontados como causadores das crises de asma.

Em relao em que perodo do dia que as crises ocorrem com maior frequncia, mostrou que os sintomas da asma no escolhem hora nem local. Devida a ocorrncia de fatores ambientais ou falha na medicao, a asma pode surgir a qualquer momento. A maioria queixou-se que a asma ataca mais noite, enquanto dormem. Grfico 4: Perodo do dia de maior ocorrncia das crises asmticas.

Fonte: Silva; Silva; Tawil, 2012

Sobre a presena de animais de estimao nas residncias, 45% disseram terem ces em casa, 22% gatos, 18% aves e 15 % responderam que no mantem animais na residncia.Grfico 5: Tipo de animal de animal encontrado na residncia, USIF 2012.

Fonte: Silva; Silva; Tawil, 2012

Em relao a apresentar algum distrbio emocional, 52% responderam que sim e 48% disseram que no. Dos que responderam afirmativamente, 42% citaram a ansiedade, 32% o stress e 26% a depresso. Grfico 6: Distribuio dos distrbios emocionais citados pelos entrevistados, USIF 2012.

Fonte: Silva; Silva; Tawil, 2012

A asma pode ser classificada quanto sua gravidade. Ela pode ser intermitente ou persistente, sendo esta leve, moderada ou grave. De acordo com a frequncia das crises, a distribuio ficou assim:

Tabela 1: Classificao quanto a frequncia das crises, USIF 2012.FrequnciaQuantidade (%)

Intermitente uma ou menos crises por semana37%

Persistente leve mais do que uma vez por semana e menos do que uma vez por dia30%

Persistente moderada crises dirias, mas no contnuas26%

Persistente grave: crises dirias continuas7%

Fonte: Silva; Silva; Tawil, 2012

A fisioterapia respiratria tem um importante papel no acompanhamento do paciente asmtico, 67% por cento responderam que no esto em nenhum programa de reabilitao pulmonar, 33% disseram que frequentam sesses de fisioterapia respiratria.Grfico 7: Entrevistados que participam de sesso de reabilitao pulmonar, USIF 2012.

Fonte: Silva; Silva; Tawil, 2012

Em resposta se na famlia existem mais pessoas que apresentam os mesmos sintomas da asma, 36% responderam que sim e 64% responderam no. Dos que responderam sim, 45% citaram filhos, 22% irmo, 13% me, 10% pai e 8% outros parentes.Grfico 8: Existncia de pessoas da famlia que apresentam os mesmos sintomas da asma, USIF 2012.

Fonte: Silva; Silva; Tawil, 2012

3. DISCUSSOA maioria das ocorrncias na faixa etria de 21 a 40 anos e em pessoas do sexo feminino assemelha-se aos resultados encontrados por Freire; Santos-Jnior; Barreto (2011), em pesquisa na cidade de Fortaleza (CE), em que 36,7% estavam na faixa etria de 15 a 44 anos e 70% eram do sexo feminino.Neste estudo no se registrou a ocorrncia da doena em crianas, mas segundo Tarantino et al. (2007), em torno da metade da incidncia de asma na idade adulta tem incio na infncia, e cerca de um tero dos pacientes asmticos tem a doena diagnosticada aps os trinta anos. Lana (2004) relata que a asma pode comear em qualquer momento da vida, mas na maioria das vezes, comea na infncia e pode ou no durar a vida toda.Em relao ao local de residncia, notou-se que na amostra estudada a maioria das pessoas moram na zona urbana (97,5%). Este valor corresponde aproximadamente distribuio da populao da cidade de Anpolis entre a zona urbana e rural, que de 98% e 2% respectivamente. (IBGE, 2012)Em pesquisas anteriores, existem referncias que a prevalncia de asma na populao rural significativamente menor, mas aumenta instantaneamente quando a populao se move para regies urbanas. Ressalta-se que a poluio atmosfrica no o nico fator envolvido e esta diferena pode apenas ser reflexo de um aumento na incidncia da atopia por causa da exposio a outros fatores alergnicos, fator este que parece ocorrer essencialmente nas inverses trmicas (WARTH; TIBRIO; LIN, 2005). Pode-se atribuir maior incidncia de crises de asma em adultos neste estudo a nossa regio, por se tratar de uma regio bastante quente com temperaturas em torno de 32C e pouca umidade, principalmente de agosto a outubro, o que poderia ser considerado um gatilho para as crises.Segundo Dale et al. (1995), importante identificar gatilhos potenciais e implantar medidas de controle para reduzir a quantidade de exposio que os pacientes tm com os agentes disparadores das crises. Gatilhos comuns incluem pelos de animais, caros, fumaa de cigarros, outros tipos de fumaa, perfumes, etc,. Infeces geralmente no o gatilho principal, no entanto, nessa pesquisa 18% dos pacientes apontaram as infeces como um gatilho do seus ataques de asma, o maior gatilho no entanto continua sendo a poeira com 80%, como foi demonstrado no Grfico 4.Vinte e seis por cento dos pacientes em nosso estudo tinha um histrico de depresso, 42% ansiedade e 32% sofrem de stress. Como os problemas psicolgicos podem aumentar o risco de episdios de asma, os profissionais de sade devem avaliar os aspectos psicossocial e emocional da vida do paciente. Esta variveis incluem respirao ofegante com o estresse, o m compreenso dos sintomas da asma, disfuno familiar, separao ou perda, perturbao emocional e conflito entre o mdico e o paciente (STRUNK, 2001).Houve predomnio da classificao da intensidade das crises asmticas em intermedirias e leves e a gravidade da asma em persistente leve e moderada. Na pesquisa de Santos (2007), com pacientes atendidos em uma emergncia na cidade de Recife, a intensidade da crise asmtica foi classificada de moderada a leve em 83,7%, no entanto 57% possuam gravidade da asma persistente leve e moderada.Sessenta e sete por cento dos participantes deste estudo no participam de nenhum programa de reabilitao pulmonar. A fisioterapia definida como uma cincia que estuda, previne e trata os distrbios cinticos funcionais em rgos e sistemas do corpo humano e est imediatamente ligada atividade fsica, seja ela na gua, ou no solo, pois usa do exerccio fsico leve, moderado ou intenso, como um grande aliado em muitos de seus mtodos de tratamento. Em virtude disso, estudos com a aplicao de exerccios fsicos em pessoas asmticas esto sendo desenvolvidos e apresentam resultados bastante satisfatrios pois, como descreve Silva e Saraiva(2004), os exerccios demonstram melhora da performance aerbia, diminuio do lactato sanguneo ao esforo e diminuio da ventilao minuto durante o esforo, aumento na captao mxima de oxignio, reduo do nmero de crises, e reduo do uso de medicao.4. ConclusoApesar do conhecimento considervel no que diz respeito s bases patolgicas da asma, os aumentos contnuos de prevalncia de asma e a subsequente em morbidade e mortalidade, ainda no pode ser explicada. Alm disso, a maioria dos objetivos do tratamento da asma no est sendo alcanado, muitas vezes por um diagnstico inapropriado ou um tratamento inadequado. Uma proporo significativa de pacientes est recebendo apenas cuidados bsicos e no so capazes de se beneficiar de avanos teraputicos. As caractersticas da asma, particularmente a grande variabilidade do estado clnico no mesmo doente ao longo do tempo, favorecem o papel central do doente na gesto da sua doena, o que torna indispensvel o desenvolvimento de uma parceria entre mdico e doente, considerada atualmente o primeiro fator de sucesso no controle da asma. Compete ao portador de asma tomar a medicao corretamente, no a suspender quando se sentir bem, compreender as diferenas entre teraputicas preventivas (anti-inflamatrios como os corticosteroides inalados) e de alvio (bronco dilatadores), evitar os fatores que lhe desencadeiam as crises, monitorar a situao clnica, reconhecer o incio de uma crise aguda o mais cedo possvel e procurar auxlio mdico quando necessrio.Lentamente a fisioterapia vem ocupando seu espao no plano de tratamento de pessoas asmticas, com o objetivo de reintegrar esses pacientes a sociedade, esses esforos devem ser desenvolvidos juntamente com uma equipe multidisciplinar para a melhoria das atividades dirias e para a reabilitao pulmonar dos pacientes asmticos, objetivando reduzir a obstruo da vias areas, prevenir e tratar as complicaes, aliviar os sintomas, interromper o sedentarismo e influenciar positivamente na qualidade de vida desses pacientes. A reabilitao pulmonar mudaria o quadro encontrado neste estudo em que em torno de setenta por cento dos entrevistados no tem acesso a este tipo de tratamento.Referncias

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