fisiologia do sistema respiratório (aula 8)

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Fisiologia do Fisiologia do Sistema Sistema Respiratório Respiratório Prof. Ms. Allan Cristian Prof. Ms. Allan Cristian Gonçalves Gonçalves

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Fisiologia Do Sistema Respiratório (Aula 8)

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  • Fisiologia do Sistema Respiratrio

    Prof. Ms. Allan Cristian Gonalves

  • RespiraoO processo respiratrio tem como finalidade o fornecimento de oxignio, necessrio todas as clulas do organismo, e a remoo do excesso de dixido de carbono, que liberado para a atmosfera.

  • RespiraoRespirao:

    (1) Respirao Pulmonar: refere-se ventilao (ciclo inspirao/expirao) e troca (permuta) de gases (O2 e CO2).

    (2) Respirao celular: refere-se ao metabolismo oxidativo envolvendo o consumo de oxignio e a produo de gs carbnico (Bioenergtica).

  • Conchas AreasGloteLaringe, VocalisTraquiaAlvolosEpigloteFaringeEsfagoArtrias PulmonaresVeias Pulmonares

  • Condicionamento do ArAo passar pelas cavidades nasais, o ar passa por 3 tratamentos distintos:

    aquecido;

    Umidificado e;

    parcialmente filtrado.

  • VentilaoEntende-se por ventilao (V), o volume de ar que flui pelo sistema alveolar pulmonar na unidade de tempo.

  • A PleuraA pleura uma membrana que envolve ambos os pulmes e se dobra sobre si mesma formando um espao preenchido por lquido (lquido intrapleural), se subdivide em pleura parietal (em contato com o gradil costal) e pleura visceral (em contato com os pulmes.Torna independentes os movimentos do trax e dos pulmes e, dos pulmes de cada lado do hemitrax.

  • CostelaLquidoIntrapleuralPleuraVisceralPleuraParietalDiafragma

  • Propriedades PulmonaresOs pulmes so formados por um tipo de tecido que se caracteriza por possuir grande elasticidade.

    A elasticidade uma propriedade da matria atravs da qual um corpo pode retornar sua forma original aps a retirada da fora que o deformava.

    As foras elsticas do trax e dos pulmes se opem. O pulmo tende a colabar e o trax tende a se expandir.

  • Propriedades PulmonaresDevido s tendncias de retrao e expanso dos pulmes e do trax respectivamente, gera-se uma presso subatmosfrica negativa no espao pleural.

    Devido a este fato, a presso pleural comumente negativa durante o ciclo respiratrio. A presso negativa contribui para a aproximao de trax e pulmes.

  • PressoAtmosfrica(760 mmHg)RepousoInspiraoPressoIntrapulmonar(760 mmHg)PressoIntrapleural(756 mmHg)757 mmHg754mmHgExpirao763mmHg757mmHgDiafragma

  • EsternocleidomastideoEscalenosIntercostaisExternosIntercostais ParaesternaisDiafragmaIntercostaisInternosAbdominalOblquo ExternoAbdominal OblquoInternoTransverso do AbdmenReto AbdominalMsculos InspiratriosMsculos Expiratrios

  • Ciclo RespiratrioO diafragma um msculo esqueltico. o msculo respiratrio o nico considerado essencial vida. Possui forma de cpula, e se insere nas costelas inferiores.

    Inspirao: Quando o diafragma se contrai, Sua parte interna (abbada) fora o contedo abdominal para baixo e para frente. Paralelamente, e com auxlio de msculos acessrios, as costelas so elevadas para fora, fazendo com que haja expanso dos pulmes. A presso intrapulmonar ento, cai abaixo da atmosfrica, o ar se move por diferena de presso para o interior dos pulmes.

    Expirao: Em repouso, as expirao passiva (se deve somente ao relaxamento do diafragma).

  • InspiraoExpirao

  • BronquolosRespiratriosBronquolosTerminaisBronquolosVnulaPulmonarArterolaPulmonarFluxoSangneoRede de capilaresNa superfcie dosAlvolosVnulaPulmonarArterolaPulmonarDuctoAlveolarSacosAlveolaresAlvolos

  • O movimento dos msculos respiratrios (com expanso e retrao dos pulmes), faz com que o ar se movimente para dentro e para fora das vias areas. Nos alvolos pulmonares, vo acontecer as trocas entre o ar alveolar e o sangue (hematose).Permuta de Gases

  • Espao IntersticialMembrana Basal do CapilarEndotlio CapilarHemciaDifusoDifusoOxignioGs CarbnicoCamada de Fluidoe SurfactanteEpitlioAlveolarMembranaBasal doEpitlio

  • Transporte de Oxignio e Gs Carbnico no SangueCerca de 99% do oxignio transportado no sangue, se encontra quimicamente ligado hemoglobina. A hemoglobina uma protena encontrada nos glbulos vermelhos (hemceas). Cada molcula de hemoglobina pode transportar quatro molculas de oxignio.

    O stio de ligao oxignio-hemoglobina composto por ferro, o que torna muito importante o aporte adequado desse mineral.

    A ligao da primeira molcula de oxignio com o primeiro stio da hemoglobina aumenta a afinidade dos outros stios que vo se ligando progressivamente at que todos estejam ligados, quando ento, diz-se que a hemoglobina se encontra saturada.

  • Transporte de Oxignio e Gs Carbnico no SangueQuando todos os stios de ligao da hemoglobina esto ligados ao O2, ela chamada oxiemoglobina.

    Ao passar pelos tecidos, a presso parcial de oxignio (PO2) cai e leva a hemoglobina a liberar o O2 ligado a ela. A primeira molcula de O2 se desprende, o que diminui a afinidade dos outros stios pelo mesmo que, ento, progressivamente liberado.

    Como a presso parcial de gs carbnico (PCO2) maior nos tecidos, esse se liga hemoglobina obedecendo os mesmos princpios observados para o O2, no entanto, a hemoglobina possui maior afinidade pelo CO2 que pelo O2.

    Quando a hemoglobina se encontra saturada pelo CO2, ela passa a ser chamada de carboxiemoglobina.

  • Curva de Dissociao da HemoglobinaPara compreender o significado do transporte de O2 para os tecidos, devemos compreender quais os fatores que interferem neste processo.

    Para tanto devemos estudar a curva de dissociao da hemoglobina.

  • Curva de Dissociao da HemoglobinaQualquer fator que interfira na curva da dissociao da hemoglobina levando-a a liberar molculas de O2, direcionando a curva para baixo e para a direita interfere no metabolismo aerbio.

    Dentre os fatores provocam queda na curva de dissociao da hemoglobina, destacam-se:

    A PO2. A PCO2. pH. Aumento da temperatura. Concentrao de 2,3 bifosfoglicerato.

  • Curva de Dissociao da Hemoglobina

  • Curva de Dissociao da HemoglobinaUma PO2 baixa reduz a afinidade da hemoglobina pelo O2 movendo a curva para baixo e para a direita, o mesmo verificado para uma elevada PCO2. o que acontece em lugares que se situam muito acima do nvel do mar (altitude), onde o ar rarefeito e a PO2 no sangue tende a diminuir.

    A fora da ligao entre o O2 e a hemoglobina enfraquecida por uma reduo do pH sangneo (logo, com uma elevao da acidez), o que representa um aumento da liberao de O2 para os tecidos o que determinado efeito Bohr.

  • Curva de Dissociao da HemoglobinaEm um pH constante, a afinidade da hemoglobina pelo O2 inversamente proporcional temperatura. Uma elevao na temperatura do sangue reduz a afinidade da hemoglobina pelo O2.

    Os glbulos vermelhos no possuem mitocndrias, o que torna o seu metabolismo dependente da gliclise anaerbica. Tal adaptao os tornam mais eficientes no transporte de O2. Um subproduto da degradao de glicose nos glbulos vermelhos, o 2,3 bifosfoglicerato, no entanto, pode se combinar com a hemoglobina e reduzir sua afinidade pelo O2.

  • O Surfactante PulmonarA tenso superficial um fenmeno que ocorre em todas as interfaces gs lquido, sendo decorrente das foras de atrao, ou de coeso, estabelecidas entre tomos e molculas situados no limite dessa interface.

    Essas foras agem no sentido de evitar a ruptura da pelcula lquida superficial. Como resultado da tenso superficial, a superfcie da interface tende a atingir o menor volume possvel, diminuindo a relao superfcie volume.

  • O Surfactante PulmonarO surfactante pulmonar uma lipoprotena complexa, rica em fosfolipdeos. Trata-se de uma fina pelcula que reveste o interior dos alvolos influenciando a retrao induzida pela tenso superficial dos mesmos.

    Tambm possui em sua constituio, protenas, que so chamadas alveolinas em sua secreo influenciada pelo sistema nervoso autnomo simptico.

  • Controle da RespiraoO bulbo possui grupamentos de neurnios bastante dispersos, tal fato impede a definio de centro respiratrio, e sim um padro gerador central. Alguns neurnios possuem um ritmo inerente, mas no se sabe sua origem.

    A atividade respiratria caracterizada por um sbito incio, seguida por um incremento lento at que seja desligada. A expirao em repouso passiva. A atividade motora expiratria s elevada se a funo pulmonar passar por algum tipo de estresse.

  • Controle da RespiraoA inspirao persiste at que o volume suficiente seja atingido. quando ocorre o desligamento, caracterizando um limiar. Vrios estmulos podem alterar esse limiar, ajustando a freqncia e a profundidade da respirao.

    O aumento das concentraes de CO2 e H+ no sangue, assim como uma reduo na PO2, retardam o desligamento, aumentando o volume corrente. Tambm, receptores de estiramento dos bronquolos, assim como dos fusos musculares dos msculos respiratrios, mais os sinais aferentes vagais, inibem a atividade respiratria (reflexo de Heringer Breuer).

  • rea Pneumotxicarea Apnusticarea da ritmicidadereas Respiratrias do Tronco Enceflico

  • Para Saber Mais: Volumes AreosVolume Corrente (VC) ou Amplitude Respiratria: o volume de gs inspirado ou expirado durante o movimento respiratrio (500 ml);

    Volume de Reserva Inpiratrio (VRI): o mximo de gs que pode ser inspirado em uma inspirao mxima forada, a partir da respirao basal, ou seja, a reserva disponvel para o aumento do volume corrente (3100 ml);

    Volume de Reserva Expiratrio (VRE): volume de gs que pode ser expirado aps uma expirao uma respirao basal. Ela diminui quando o VC aumenta (1200 ml);

  • Para Saber Mais: Volumes AreosVolume Residual (VR): volume de ar que permanece nos pulmes aps uma expirao forada (1200 ml);

    Capacidade Respiratria (CR): refere-se ao somatrio de diversos volumes areos localizados no sistema respiratrio;

    Capacidade Inspiratria (CI): volume mximo de gs que pode ser inspirado aps uma expirao basal (3600 ml) CI = VC + VRI;

    Capacidade Residual Funcional (CRF): corresponde ao volume de gs que permanece nos pulmes aps uma expirao basal (2400 ml) CRF = VRE + VC;

  • Para Saber Mais: Volumes AreosCapacidade Vital (CV): maior volume de gs que pode ser mobilizado at atingir uma expirao mxima, a partir de uma inspirao mxima (4800 ml) CV = VRI + VC + VRE;

    Capacidade Pulmonar Total (CPT): quantidade de gs contido nos pulmes ao final de uma inspirao mxima (maior volume de gs que os pulmes podem conter 6000 ml);

    Espao Morto Anatmico: corresponde rea onde no ocorrem trocas gasosas (cerca de 1/3 do volume corrente basal);

    Espao Morto Fisiolgico: todo volume de ar que no sofre hematose;

    Volume Alveolar: volume corrente que penetra nos alvolos e que sofrem troca gasosa.

  • Volume de ReservaInspiratrioVolume de ReservaExpiratrioVolume ResidualCapacidadeResidualFuncionalCapacidadeInspiratriaCapacidadeVitalCapacidadePulmonar TotalVolumeCorrenteInspiraoExpiraoTempoVolume Pulmonar (ml)

  • FIM

  • ExercciosExplique o papel do diafragma e do gradil costal na expanso e retrao dos pulmes.

    Descreva a mecnica ventilatria.

    Quais so as funes de condicionamento do ar no nariz?

    Explique como a lei de Fick determina o fluxo de ar pelas vias reas, logo, as trocas entre os pulmes e o sangue.

    Descreva o processo de transporte via hemoglobina de oxignio para os tecidos e do gs carbnico destes para os pulmes. Em sua resposta, explique o papel da presso parcial dos gases na afinidade da hemoglobina pelo gs a ser transportado.

  • ExercciosPor que devemos compreender a curva de dissociao da hemoglobina? Quais so os principais fatores que interferem nesta funo?

    Explique o papel do surfactante pulmonar.

    Explique o mecanismo de controle da respirao pelo sistema nervoso.