fisiologia do sistema respiratorio

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Fisiologia do Sistema Respiratório FUNÇÕES: Ventilação pulmonar; Difusão de oxigênio de dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue; Transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos corporais e suas trocas com as células de todos os tecidos do corpo; Regulação da ventilação e outros aspectos da respiração; Reserva sanguínea; Imunológica; Produção da enzima conversora de angiotensina. REVISÃO ANATÔMICA: O sistema respiratório consiste no nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. A pleura visceral cobre a superfície dos pulmões. A pleura parietal cobre o mediastino, o diafragma e parede torácica. Os pulmões contêm a árvore brônquica, as ramificações das vias aéreas dos brônquios primários até os bronquíolos terminais. Pulmões com propriedades de elastância (elasticidade) e complacência (distensão); Nariz e boca Orofaringe Laringe Traqueia Brônquio Principal D e E Brônquio D lobar (sup, med e inf) Zona de Condução Brônquio E lobar (sup, inf e língula) Brônquios segmentares Bronquíolo terminal Bronquíolo resp. 1º, 2º e 3º Ducto alveolar Zona de Respiração Saco alveolar Alvéolo

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Breve resumo Sistema Respiratorio

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Fisiologia do Sistema RespiratrioFUNES: Ventilao pulmonar; Difuso de oxignio de dixido de carbono entre os alvolos e o sangue; Transporte de oxignio e dixido de carbono no sangue e nos lquidos corporais e suas trocas com as clulas de todos os tecidos do corpo; Regulao da ventilao e outros aspectos da respirao; Reserva sangunea; Imunolgica; Produo da enzima conversora de angiotensina.

REVISO ANATMICA: O sistema respiratrio consiste no nariz, faringe, laringe, traqueia, brnquios e pulmes. A pleura visceral cobre a superfcie dos pulmes. A pleura parietal cobre o mediastino, o diafragma e parede torcica. Os pulmes contm a rvore brnquica, as ramificaes das vias areas dos brnquios primrios at os bronquolos terminais. Pulmes com propriedades de elastncia (elasticidade) e complacncia (distenso);

Nariz e boca Orofaringe Laringe Traqueia Brnquio Principal D e E Brnquio D lobar (sup, med e inf) Zona de Conduo Brnquio E lobar (sup, inf e lngula) Brnquios segmentares Bronquolo terminal Bronquolo resp. 1, 2 e 3 Ducto alveolar Zona de Respirao Saco alveolar Alvolo

Zona Condutora formada pela boca, vias nasais, faringe, laringe, brnquios e bronquolos que em conjunto conectam a zona respiratria dos pulmes ao ar atmosfrico. Nela no ocorrem trocas gasosas.Oxignio e gs carbnico passam entre alvolos e capilares pulmonares por difuso, atravs da membrana respiratria (fina).Por no existir troca respiratria na zona condutora, conhecido como espao morto anatmico.Zona Respiratria formada pelos bronquolos respiratrios, ductos alveolares e alvolos que coletivamente representam a zona do pulmo onde se processam as trocas gasosas.VENTILAO X PERFUSO:A ventilao pode equacionar-se como o volume de gs disponvel para trocas, ou em equao:Ventilao = frequncia X profundidade dos movimentos respiratriosA eficcia das trocas pode avaliar-se pelas diferenas de concentraes de O2 e CO2 entre ar inspirado e expirado.O fluxo sanguneo pulmonar um fator to importante como a ventilao para a eficcia das trocas gasosas. A perfuso corresponde ao fluxo sanguneo pulmonar. Mais uma vez, em equao:Perfuso = frequncia cardaca X volume de ejeco do VD.A eficcia das trocas avalivel pelas diferenas de concentrao dos gases entre o sangue das artrias e veias pulmonares.No global, a eficcia das trocas respiratrias algo mais que o mero somatrio das anteriores: depende de um acoplamento entre os dois fatores em cada zona do pulmo.A regulao feita atravs de mecanismos complexos centrais e locais. Os sistemas que modulam a eficcia da ventilao, perfuso e acoplamento de ambas podem ser subdivididos em mecanismos externos (neurohumorais) e internos (distensibilidade das unidades respiratrias terminais, resistncia aos fluxos areo e sanguneo).MOVIMENTOS VENTILATRIOS: Inspirao: Contrao do diafragma e msculos intercostais externos superfcie inferior dos pulmes para baixo; Elevao da caixa torcica ao dos msculos inspiratrios; Diminuio da presso no espao pleural -> Expanso pulmonar -> Diminuio da presso nos espaos areos terminais = fora para a entrada de arNuma inspirao forada, so recrutados msculos acessrios (esternocleidomastoideu e escalenos).Expirao: Movimento do ar para fora dos pulmes; Relaxamento do diafragma; Depresso da caixa torcica ao dos msculos expiratrios (reto abdominal e intercostais internos); Compresso dos pulmes; Presso dos pulmes maior do que na atmosfera Volume diminudo da cavidade torcica devido ao relaxamento do diafragma e retorno das costelas posio de descansoO padro rtmico de inspirao e expirao est sob o controle do centro respiratrio da medula oblonga (bulbo).A inspirao ocupa uma menor poro do ciclo respiratrio, cerca de 2 segundos, e a expirao cerca de 3 segundos, para uma frequncia de 12/min.As costelas podem deslocar-se num movimento em brao de bomba, fazendo variar o dimetro anteroposterior do trax, mas muito pouco o dimetro transverso. A grade costal impede, pela sua rigidez, qualquer movimento paradoxal, suscitado por presses negativas intratorcicas.Os folhetos pleurais visceral e parietal esto aderentes por intermdio de uma pelcula de 20m de espessura de lquido, que permite o deslizamento dos pulmes sob a caixa torcica com atrito mnimo. A aderncia deve-se a presses negativas, no espao pleural. Deste modo, a relao entre o pulmo e a caixa torcica semelhante de dois vidros molhados que deslizam um sobre o outro.Membrana Respiratria = membrana dos alvolos + membrana capilar + membrana das clulas (glbulo vermelho)PRESSES QUE CAUSAM O MOVIMENTO DO AR PARA DENTRO E PARA FORA DOS PULMES: Presso pleural: presso do lquido entre a pleura visceral e a parietal; Normal = - 5 cm de gua; aumento de 0,5 litro do volume Inspirao normal = - 7,5 cm de gua; pulmonar

Presso Alveolar: presso no interior dos alvolos pulmonares; Glote aberta e sem fluxo de ar = presso atm = 0 cmH2O) Inspirao: -1 cmH2O variao de 0,5 litro do volume pulmonar Expirao: + 1cmH2O

Presso Transpulmonar: diferena entre a presso alveolar e a presso pleural; a diferena de presso entre os alvolos e as superfcies externas dos pulmes, sendo medida das foras elsticas nos pulmes que tendem a colaps-los a cada instante da respirao, a chamada presso de retrao. Quanto maior a presso transpulmonar maior ser a entrada de ar nos pulmes.

COMPLACNCIA PULMONAR: o grau de extenso dos pulmes por cada unidade de aumento da presso transpulmonar. A complacncia total , em mdia, 200 mililitros de ar por centmetro de presso de gua. Ou seja, sempre que a presso pulmonar aumentar 1 cm de gua, o volume pulmonar expandir 200 mililitros (aps 10 a 20 segundos). Curva de complacncia inspiratria e expiratria; Foras elsticas dos pulmes: Fora elstica do tecido pulmonar 1/3 da elasticidade total; Foras elsticas causadas pela tenso superficial do lquido que reveste as paredes internas dos alvolos e outros espaos areos pulmonares 2/3.

TENSO SUPERFICIAL: exerce uma fora com tendncia ao fechamento do alvolo e expulso do ar contido em seu interior.A superfcie da gua tenta se contrair, nos alvolos, isso resulta numa tentativa de forar o ar para fora do alvolo, pelo brnquio, e, ao fazer isso, induz o colapso do alvolo. O efeito global o de causar fora contrtil elstica de todo o pulmo que referida como fora elstica da tenso superficial. SURFACTANTE: Reduz a tenso superficial da gua; Secretado por pneumcitos do tipo II; Mistura complexa de vrios fosfolipdios, protenas e ons -> no vo se dissolver uniformemente; A tenso superficial inversamente proporcional a 4 potncia do raio do alvolo: quanto maior o raio alveolar menor sua tenso superficial, isto , sua tendncia ao colabamento e quanto menor o alvolo, maior a presso alveolar. Portanto, um alvolo pequeno tem maior tendncia ao colabamento do que um alvolo grande, j a eficincia na troca gasosa maior para o alvolo de menor raio. Problema para o recm-nascido prematuro > Sndrome de angstia respiratria do recm-nascido.VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES: avaliado pelo mtodo da espirometriaVolumes Pulmonares: somados = volume mximo que o pulmo pode expandir Volume Corrente (Vc): volume de ar inspirado ou expirado, em cada respirao NORMAL; Volume de Reserva Inspiratrio (VRI): volume extra de ar que pode ser inspirado, alm do volume corrente normal, quando a pessoa inspira com fora total; Volume de Reserva Expiratrio (VRE): mximo de volume extra de ar que pode ser expirado na expirao forada, aps o final de expirao corrente normal; Volume Residual (VR): volume de ar que fica nos pulmes, aps a expirao mais forada.Capacidades Pulmonares: combinao dos volumes Capacidade Inspiratria (CI): Vc + VRI; quantidade de ar que a pessoa pode respirar, comeando a partir do nvel expiratrio normal e distendendo os pulmes at seu mximo. Capacidade Residual Funcional (CRF): VRE + VR; quantidade de ar que permanece nos pulmes, ao final da expirao normal. Capacidade Vital (CV): VRI + VC + VRE; quantidade mxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmes. Capacidade Pulmonar Total (CPT): CV + VR; volume mximo a que os pulmes podem ser expandidos com o maior esforo.VENTILAO ALVEOLAR:Velocidade/intensidade que o ar novo alcana os alvolos, sacos alveolares, ductos alveolares e bronquolos respiratrios. AR DO ESPAO MORTO:Parte do ar que a pessoa respira e nunca alcana as reas de trocas gasosas. Ex: ar no nariz, faringe e traqueia.CONTROLE NEURAL E LOCAL DA MUSCULATURA BRONQUILAR: Dilatao Simptica dos bronquolos: Controle direto fraco; Exposio adrenalina e noradrenalina (epinefrina e norepinefrina) -> estimulao dos receptores betadrenrgicos; Constrio Parassimptica dos bronquolos: Acetilcolina -> constrio leve a moderada; Contrio bronquiolar por secretores locais; Histamina; Cigarro, poeira, CO2...DEFESAS FISIOLGICAS Revestimento de muco e movimento ciliar das V.A. Reflexo de tosse - ar expelido a 120-160 km/h Reflexo de espirro esfncter velo-farngeo e redirecionamento do fluxo areo pelo palato mole para o nariz.CIRCULAO PULMONAR:Circulao de alta presso e fluxo baixo artrias brnquicasCirculao de baixa presso e fluxo elevado artria pulmonar.ANATOMIA FISIOLGICA DO SISTEMA CIRCULATRIO PULMONAR: Os vasos pulmonares realizam troca gasosa (hematose); Recebem o sangue do ventrculo direito em presses menores comparado a circulao sistmica. Por todo o pulmo existe vasos linfticos (drenagem) evitando um edema pulmonar.Obs. Sstole: Aorta = 120mmHg Pulmonar = 25mmHgEste gradiente devido principalmente estrutura histolgica destes vasos. A importncia dessa menor presso na artria pulmonar relacionada ao tempo de troca gasosa que nos pulmes devem ser os maiores possveis. O pulmo considerado um reservatrio de sangue j que em hemorragias h desvio do sangue pulmonar para o sistema.Obs. Insuficincia Mitral (trio esquerdo) faz com que haja um aumento da presso nos vasos pulmonares.

Quando a Pco2 cai a nveis abaixo do normal, os vasos locais entram em constrio Esse efeito oposto ao que se observa por todo o organismo; como objetivo: desviar o sangue para locais ricos em oxignio. O sistema nervoso autnomo pouco influi na frequncia respiratria.DIFERENA DE PRESSESDevido a presso hidrosttica (gravidade) a poro basal do pulmo mais irrigada do que a poro apical.Zonas de West:Os alvolos so rodeados por capilares. Estes capilares possuem uma presso sangunea que: 1. quando menor em relao a presso alveolar = no h fluxo; 2. possuem fluxo intermitente s haver fluxo durante as sstoles (picos de presso); 3. possuem fluxo contnuo sempre a presso sangunea ser maior que a alveolar.EDEMA PULMONAR aumento da presso do lquido intersticial pulmonarPoder ser causado por alguns dos fatores listados abaixo: 1. Se a presso alveolar deixar de ser negativa; 2. Aumento da presso capilar pulmonar (insuficincia cardaca esquerda); 3. Leses das membranas capilares: pneumonias, inalao de gases txicos.Ocorrer primeiro um edema intersticial para depois ocorrer um edema alveolar.Obs. Os vasos linfticos em afeces crnicas aumentam seu calibre, dificultando assim a instalao de um quadro edematoso.LQUIDOS NA CAVIDADE PLEURAL Sempre h uma presso negativa deste lquido: evita colapso pulmonar. Drenagem linftica a mantm negativada. Derrame pleural: quadro patolgico onde haver acmulo de lquido no espao pleural (virtual).PATOLOGIAS PULMONARES 1. Grandes Altitudes: haver vasoconstrio pulmonar, logo uma menor rea para hematose e aumento da presso capilar pulmonar = Edema Pulmonar. 2. Enfisema Pulmonar: destruio de tecido alveolar (muitos alvolos pequenos so destrudos) = menor rea de troca gasosa = maior complacncia pulmonar e menor tenso superficial. 3. Fibrose Pulmonar: menor complacncia pulmonar com formao de tecido fibroso (conjuntivo). 4. Asma: hipersensibilidade dos brnquios a agentes estranhos, observa-se dispneia na expirao. 5. Pneumonia: condio inflamatria dos pulmes. Alvolos afetados (infectados) ficam mais cheios de lquidos (secrees) e clulas sanguneas de defesa. Progressivamente os pulmes vo se esburacando (restos celulares). 6. Tuberculose: bactria forma cavernas nos pulmes em regies espaadas. H aparecimento de muitas reas fibrosadas dispersas destruio alveolar.PRINCPIOS FSICOS DAS TROCAS GASOSAS/DIFUSO DE GASES:O processo de difuso simplesmente o movimento aleatrio de molculas em todas as direes, atravs da membrana respiratria e dos lquidos adjacentes. A difuso ocorre da rea de alta concentrao do gs para a rea de baixa concentrao; A presso diretamente proporcional concentrao das molculas de gs; O gs vai do local de maior presso para o de menor presso; A intensidade de difuso de cada gs diretamente proporcional presso causada por somente esse gs -> presso parcial do gs. Ex: ar = 79% N2 e 21% O2 presso total de 760 mmHg PN2 = 0,79 x 760 = 600 mmHg PO2 = 0,21 x 760 = 160 mmHg O CO2 20 vezes mais solvel que o O2 -> a presso parcial do CO2 menos de 1/20 da exercida pelo oxignio; Difuso de Gases entre a Fase Gasosa nos Alvolos e a Fase Dissolvida no Sangue Pulmonar:A presso parcial de cada gs na mistura dos gases respiratrios alveolares tende a forar as molculas do gs para a soluo no sangue dos capilares alveolares. Mas em qual direo ocorrer a difuso efetiva do gs?A resposta que a difuso efetiva determinada pela diferena entre as duas presses parciais. Se a presso parcial for maior na fase gasosa nos alvolos, como normalmente verdadeiro no caso do oxignio, ento mais molculas se difundiro para o sangue do que na outra direo. Por outro lado, se a presso parcial do gs for maior no estado dissolvido no sangue, o que normalmente verdadeiro no caso do dixido de carbono, ento a difuso efetiva ocorrer para a fase gasosa nos alvolos.Quando a presso parcial do gs nos alvolos maior do que a presso do gs no sangue, como o caso do oxignio, ocorre difuso efetiva dos alvolos para o sangue; quando a presso do gs no sangue maior do que a presso parcial nos alvolos, como o caso do dixido de carbono, ocorre difuso do sangue para os alvolos.

Intensidade com que o Ar Alveolar Renovado pelo Ar Atmosfrico:O volume de ar alveolar substitudo por ar atmosfrico novo a cada respirao de apenas um stimo do total, de maneira que so necessrias mltiplas respiraes para ocorrer a troca da maior parte do ar alveolar. Isso ocorre para evitar mudanas repentinas nas concentraes de gases no sangue. -> controle respiratrio mais estvel.Concentrao de Oxignio de CO2 e presso parcial nos alvolos:A concentrao de oxignio nos alvolos e tambm sua presso parcial so controladas pela intensidade de absoro de oxignio pelo sangue e pela intensidade de entrada de novo oxignio nos pulmes pelo processo ventilatrio.A presso parcial do CO2 alveolar aumenta diretamente na mesma proporo que a excreo de CO2 e diminui na proporo inversa da ventilao alveolar. DIFUSO DE GASES ATRAVS DA MEMBRANA RESPIRATRIA:Depende: Espessura da membrana; rea superficial da membrana; Coeficiente de difuso do gs depende da solubilidade do gs; Diferena de presso parcial.TRANSPORTE DE O2 E CO2 NO SANGUE E NOS LQUIDOS TECIDUAIS:Quando o O2 se difunde dos alvolos para o sangue pulmonar, ele transportado para os capilares dos tecidos perifricos, quase totalmente em combinao com a hemoglobina. A presena de hemoglobina nas hemcias permite que o sangue transporte 30 a 100 vezes mais oxignio do que seria transportado dissolvido na gua do sangue. Nas clulas dos tecidos corporais, o oxignio reage com diversos nutrientes, formando grande quantidade de CO2. Esse CO2 penetra nos capilares dos tecidos e transportado de volta aos pulmes. O CO2, assim como o O2, tambm se combina com substncias qumicas no sangue, que aumentam o transporte do CO2 por 15 a 20 vezes.O oxignio se difunde dos alvolos para o sangue dos capilares pulmonares porque a PO2 nos alvolos maior do que a PO2 no sangue capilar pulmonar. Nos outros tecidos do corpo, a PO2 maior no sangue capilar do que nos tecidos, isso faz com que o oxignio se difunda para as clulas adjacentes.Por outro lado, quando o oxignio metabolizado pelas clulas formando CO2, a presso intracelular do CO2 aumenta, o que faz com que o CO2 se difunda para os capilares teciduais. Depois que o sangue flui para os pulmes, o dixido de carbono se difunde para fora do sangue at os alvolos porque a PCO2, no sangue capilar, maior do que nos alvolos. Existe enorme diferena da presso inicial que faz com que o oxignio se difunda rapidamente do sangue capilar para os tecidos.Devido a Pco2 elevada nas clulas teciduais, o CO2 se difunde das clulas para os capilares teciduais e , ento, transportado pelo sangue para os pulmes. Nos pulmes, ele se difunde dos capilares pulmonares para os alvolos, onde expirado. O CO2 consegue se difundir cerca de 20 vezes mais rpido que o O2. Portanto, as diferenas de presso necessrias para causar a difuso do CO2 so bem menores.O PAPEL DA HEMOGLOBINA NO TRANSPORTE DE OXIGNIO: 97% do O2 transportado em combinao qumica com a hemoglobina nas hemcias; 3% dissolvidos na gua do plasma e clulas sanguneas;Efeito Tampo da Hemoglobina na Po2 Tecidual: a hemoglobina no sangue basicamente responsvel por estabilizar a presso do oxignio nos tecidos.Combinao de hemoglobina com CO deslocamento do O2: O CO pode deslocar o O2 da hemoglobina; O CO se liga cerca de 250 vezes mais facilmente que o O2; A presso de CO de apenas 0,6 mmHg pode ser fatal; Tratamento: administrao de O2 puro e 5% de CO2.TRANSPORTE DE CO2 NO SANGUE: H2CO3 7%; Hb + CO2 23%; HCO3- - 70%.Nas hemcias: H2O + CO2 -> H2CO3 -> H+ + HCO3- (regulador da respirao)REGULAO DA RESPIRAO: Grupos de neurnios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral; Grupo respiratrio dorsal: axnios inervando os msculos inspiratrios ativa e desativa; quando respiramos normalmente so os nicos ligados; Grupo respiratrio ventral: axnios inervando os msculos expiratrios; Centro pneumotxico: controle da frequncia e da amplitude respiratria. Exerccio -> aumenta a concentrao de H+ -> estimula a rea quimiossensvel -> estimula o grupo respiratrio dorsal -> liga o grupo respiratrio ventral (expirao) devido ao esforo fsico; Sistema quimiorreceptor perifrico = Quimiorreceptores de O2 so ativados a medida que diminui a concentrao de O2 -> estimula o tronco enceflico -> aumenta a frequncia respiratria; Quimiorreceptores encontrados nos corpos carotdeos e nos corpos articos; A rea quimiossensvel muito sensvel s variaes sanguneas da Pco2 ou da concentrao dos ons hidrognio.FUNO DOS RECEPTORES J PULMONARES: So terminaes nervosas sensoriais nas paredes alveolares; So estimulados em casos de congesto dos capilares pulmonares ou de ocorrncia de edema pulmonar; Sua excitao pode gerar a sensao de dispneia.FISIOPATOLOGIAS DE ANORMALIDADES PULMONARES ESPECFICAS:ENFISEMA PULMONAR CRNICO: processo obstrutivo complexo e destrutivo dos pulmes Infeco crnica; Obstruo crnica de muitas das pequenas vias areas -> torna difcil a expirao -> hiperdistenso -> destruio das paredes alveolares -> diminui a capacidade de difuso pulmonar; Proporo ventilao-perfuso muito anormais -> aerao insuficiente do sangue; A perda de grande parte das paredes alveolares tambm diminui o nmero de capilares pulmonares pelos quais o sangue pode passar -> hipertenso pulmonar.PNEUMONIA: qualquer condio inflamatria pulmonar em que alguns ou todos os alvolos so preenchidos com lquido e hemcias Bacteriana (pneumococos) mais comum ou viral; Infeco alveolar -> alvolos cheios de lquido e clulas; Reduo da rea de superfcie total disponvel da membrana respiratria e diminuio da proporo ventilao-perfuso -> hipoxemia e hipercapnia. Aumento da espessura da membrana respiratria e diminuio da rea da membrana respiratriaATELECTASIA: colapso alveolar Obstruo total das vias areas -> oclui os alvolos -> aumenta a resistncia ao fluxo sanguneo; Perda de surfactante nos lquidos que revestem os alvolos Sndrome da Angstia Respiratria.ASMA: contrao espstica da musculatura lisa dos bronquolos -> obstruo parcial Hipersensibilidade contrtil bronquiolar em resposta a substncias estranhas no ar; Edema nas paredes dos pequenos bronquolos; Secreo de muco espesso; Espasmo da musculatura lisa bronquiolar; Dificuldade para expirar.TUBERCULOSE: reao tecidual peculiar nos pulmes pelos bacilos Invaso do tecido afetado por macrfagos; Encarceramento da leso por tecido fibroso;HIPXIA E TERAPIA COM OXIGNIO:1. Oxigenao inadequada do sangue nos pulmes por causa de razes extrnsecas:a. Deficincia de oxignio na atmosfera;b. Hipoventilao;2. Doena pulmonar:3. Desvios arteriovenosos4. Inadequao do transporte sanguneo de oxignio aos tecidosa. Anemia;b. Deficincia circulatria generalizada ou localizada;c. Edema tecidual;5. Inadequao da capacidade tecidual de usar o oxignio:a. Envenenamento das enzimas de oxidao celular por cianeto ou no beribri (falta de vitamina B), por exemplo;b. Diminuio da capacidade metablica celular de usar oxignio por causa da toxidade, deficincia vitamnica ou outros fatores.EFEITOS DA HIPXIA NO CORPO: Morte celular; Depresso da atividade mental; Reduo da capacidade de trabalho muscular.TIPOS DE HIPXIA: Hipxia hipxica falta de O2 suficiente no pulmo; altitude Hipxia anmica (falta de carreador) falta de Hb ou hemcia; anemia, envenenamento por CO, perda sangunea e tabagismo excessivo; Hipxia estagnante por falta de circulao (fraca), espasmo arterial, ocluso de um vaso sanguneo ou longos perodos de respirao por presso positiva; Hipxia histotxica tecido com problema; impedimento da utilizao de O2 pela clula; envenenamento por cianeto e CO, ingesto de lcool e narcticosTERAPIA:Oferta de oxignio como medida primria para todos os tipos, prevenindo a consequncia, em seguida, tratar a causa. A partir de 82 84% de saturao de oxignio indicado ofertar O2 100% -> aumenta a diferena de presso -> aumenta a difuso dos gases.

1. Hipxia atmosfrica (hipxica) terapia 100% O2 efetiva;2. Hipxia de Hipoventilao (hipxica) terapia 100% O2 efetiva;3. Hipxia causada pela difuso prejudicada da membrana alveolar (hipxica) - terapia 100% O2 efetiva;4. Hipxia causada por anemia, transporte anormal de O2, deficincia circulatria ou derivao fisiolgica (anmica) terapia com O2 ajuda, mas menos efetiva;5. Hipxia causada pelo uso inadequado de oxignio pelos tecidos (histotxica) no ter qualquer benefcio mensurvel.Cianose = pele com tonalidade azulada, o que causado pela excessiva quantidade de hemoglobina desoxigenada.Dispneia = angstia mental associada incapacidade de ventilar suficientemente para satisfazer a demanda de ar. Fome de ar. ZONAS 1, 2 E 3 DO FLUXO SANGUNEO PULMONAR:ZONA 1 Ausncia de fluxo sanguneo durante qualquer parte do ciclo cardaco, visto que a presso capilar alveolar, nessa rea, nunca aumenta acima da presso do ar alveolar durante qualquer parte do ciclo cardaco.ZONA 2 Fluxo sanguneo intermitente, dependendo das presses sistlica e diastlica.ZONA 3 Fluxo sanguneo contnuo, visto que a presso capilar alveolar permanece superior presso alveolar durante todo o ciclo cardacoNormalmente, existem nos pulmes apenas as zonas 2 e 3 zona 2 (fluxo intermitente) nos pices, e a zona 3 (fluxo contnuo) em todas as reas inferiores.