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Fique por Dentro Eleições 2006

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Fique por DentroEleições 2006

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Fique por dentro - Eleições 2006/Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.Fortaleza: TRE-CE, 2006. p. 138

ISBN: 85-98136-06-9

1.Eleições 2006 - Brasil 2. Resoluções do TSE

CDD: 341.28091

Tiragem: 5.000 exemplares

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Fique por DentroEleições 2006

Poder JudiciárioTribunal Regional Eleitoral do Ceará

Fortaleza

2006

ISBN: 85-98136-06-9

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© 2006, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARÁRua Jaime Benévolo, 21- Centro60.050-080 Fortaleza - CeFONE: (85) 4012-3500Página na Internet: www.tre-ce.gov.br

É autorizada a reprodução parcial ou total desde que indicada a fonte.

SECRETARIA JUDICIÁRIASECRETARIA JUDICIÁRIA

Sandra Mara Vale MoreiraCOORDENADORIA DE JURISPRUDÊNCIA E DOCUMENTAÇÃO

Ana Lílian Bastos Santana da CunhaSEÇÃO DE LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA

José Gildemar Macedo Júnior

ESCOLA JUDICIÁRIA ELEITORALDra. Sérgia Maria Mendonça Miranda - JUÍZA DIRETORA

José Humberto Mota Cavalcanti - COORDENADOR

Ana Izabel Nóbrega Amaral - EDITORAÇÃO GRÁFICA

Nágila Maria de Melo Angelim - EDITORAÇÃO GRÁFICA

José Ricardo da Cruz Bezerra - CAPA

Júlio Sérgio Soares Lima, Reg. 731 - CRB 3 - NORMALIZAÇÃO

BIBLIOGRÁFICA

REDAÇÃO

José Gildemar Macedo JuniorJosé Humberto Mota CavalcantiJosé Vasconcelos Arruda FilhoMárcia Bastos da SilvaRejane Monteiro Augusto GonçalvesRúbia Helena Gomes dos Santos

REVISÃO

Harley Silva Lopes

Ivone Mary Andrade de OliveiraRejane Monteiro Augusto Gonçalves

COLABORAÇÃO

Ana Lílian Bastos Santana da CunhaFrancisco Aurélio de Andrade TimbóEdna Fernandes SabóiaJorge Hélder SchrammRaimundo Augusto de Oliveira Lima

ILUSTRAÇÃO

Rúbia Helena Gomes dos Santos

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COMPOSIÇÃO DO PLENO

Des.ª Huguette BraquehaisPRESIDENTE

Des. Rômulo Moreira de DeusVICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR

Dr. Celso Albuquerque MacedoDr. José Walker Almeida Cabral

Dra. Maria Nailde Pinheiro NogueiraDr. Augustino Lima Chaves

Dr. Anastácio Jorge Matos de Sousa MarinhoJUÍZES

Dr. Oscar Costa FilhoPROCURADOR REGIONAL ELEITORAL

Dr. Joaquim Boaventura Furtado BonfimDIRETOR-GERAL

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SUMÁRIO

1Eleições 2006 ............................................................. 11

2Pesquisas Eleitorais ................................................... 15

3Escolha e Registro de Candidatos ............................. 19

4Arrecadação, Aplicação de Recursos e Prestação de

Contas nas Campanhas Eleitorais ............................. 33

5Propaganda Eleitoral .................................................. 55

6Atos Preparatórios ..................................................... 73

7Dia da Eleição ............................................................ 81

8Transporte de Eleitores no Dia da Eleição ................ 96

9Disque-Eleições - perguntas mais freqüentes.............101

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APRESENTAÇÃO

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará apresenta àsociedade o livro Fique por Dentro - Eleições 2006. A receptividadede seu lançamento nas eleições municipais de 2004 serviu deincentivo para a elaboração desta edição, já tão esperada pelo públicoleitor.

Distinta dentre as demais publicações desta Casa, constituium encontro do Tribunal com o eleitor, estabelecendo um diálogoprofícuo e se consolidando como instrumento de pesquisa útil eprático. Revestido de recursos didáticos, como pergunta e resposta,apresenta-se agradável no formato e na arte para ampliar suacompetência no atendimento ao público interessado.

Importante no conteúdo, o Fique por Dentro encerra umaseleção de normas, reunidas nas Resoluções específicas para aseleições gerais de 2006, destacando-se os temas pesquisas eleitorais,

escolha e registro de candidatos, arrecadação e aplicação de

recursos e prestação de contas nas campanhas eleitorais,

propaganda eleitoral, atos preparatórios, dia da eleição, transporte

de eleitores, que se constituem nos mais polêmicos do processoeleitoral.

Como inovação neste número, aponta-se o registro dasdúvidas mais comuns manifestadas pelo eleitorado em pleitospassados, relacionadas pelo serviço disque-eleição, que se encaixamnos respectivos temas ao longo dos capítulos, enfeixando-se asdemais em capítulo específico.

Assim, o livro Fique por Dentro - Eleições 2006, traduzindoo trabalho dedicado do servidor da Justiça Eleitoral, que tem comoobjetivo maior servir a sociedade e zelar pela democracia, vem aoencontro do cidadão interessado em esclarecer suas dúvidas quantoàs normas que regem o processo eleitoral, situando-o como agentetransformador da sociedade pelo voto consciente e pela capacidadede reivindicação de seus direitos junto aos representantes do povo.É a esse eleitor, também aos partidos políticos, jornalistas,estudantes, enfim, a todos direta ou indiretamente envolvidos noprocesso eleitoral do País, que este manual se destina no intuito desubsidiar suas pesquisas.

Des.ª Huguette BraquehaisPresidente do TRE-CE

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Eleições 2006Eleições 2006Eleições 2006Eleições 2006Eleições 2006

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1. ELEIÇÕES 2006

IMPORTANTE

O VOTO, instrumento de construçãoda democracia, é:

OBRIGATÓRIO:

• para os maiores de dezoito anos e

• os menores de setenta anos.

FACULTATIVO:

• para os analfabetos;

• para os maiores de setenta anos;

• para os maiores de dezesseis e menoresde dezoito anos (ver Constituição Federal, art. 14,§ 1º).

No primeiro domingo de outubro do ano da eleição -1º de outubro de 2006 - em todo o país, serão realizadas,simultaneamente, eleições para presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governadorde estado e do Distrito Federal, senador e respectivossuplentes, deputado federal, deputado estadual oudeputado distrital (ver Lei n.º 9.504/97, art. 1º, caput, Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 1º).

DA ELEIÇÃO MAJORITÁRIASe nenhum candidato a presidente da República e a

governador alcançar maioria absoluta na primeiravotação, far-se-á nova eleição, no último domingo deoutubro do ano da eleição - 29 de outubro de 2006 -concorrendo os dois candidatos mais votados econsiderando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos

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válidos. A eleição do presidente e do governadorimportará a do candidato a vice (ver Lei n.º 9.504/97, art. 2º,§ 1º, Res. TSE n.º 22.124/05 e Res. TSE n.º 22.154/06, art.2º,

parágrafo único).

Na eleição para senador, a representação de cadaestado e do Distrito Federal será renovada por um terço.Estará eleito o senador que obtiver maioria simples dosvotos, assim como os suplentes com ele registrados;ocorrendo empate, qualificar-se-á o mais idoso (ver Res.TSE n.º 22.156/06, art. 1º, parágrafo único, e Res. TSE

n.º 22.154/06, art. 160).

DA ELEIÇÃO PROPORCIONALNas eleições de 1º de outubro de 2006, o Estado do

Ceará disporá de vinte e duas vagas para o cargo dedeputado federal e quarenta e seis vagas para o cargode deputado estadual. Estarão eleitos pelo sistemaproporcional, para a Câmara dos Deputados eassembléias legislativas, os candidatos mais votadosde cada partido político ou coligação, na ordem davotação nominal, tantos quantos indicarem osquocientes partidários e o cálculo da distribuição dassobras (ver Res. TSE n.º 22.144/06 e Res. TSE n.º 22.154/06,art. 161).

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PPPPPesquisas Eleitoraisesquisas Eleitoraisesquisas Eleitoraisesquisas Eleitoraisesquisas Eleitorais

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2. PESQUISAS ELEITORAIS

Resolução nº 22.143/2006

A partir de 1º de janeiro do ano da eleição,as entidades e empresas que realizarempesquisas de opinião pública relativas aopleito ou aos candidatos, para

conhecimento público, são obrigadas, para cadapesquisa, a registrar, até cinco dias antes da divulgação,as seguintes informações:

- quem contratou a pesquisa;- valor e origem dos recursos despendidos no

trabalho;- metodologia e período de realização da pesquisa;- plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade,

grau de instrução e nível econômico do respondente eárea física de realização do trabalho, intervalo deconfiança e margem de erro;

- sistema interno de controle e verificação,conferência e fiscalização da coleta de dados e dotrabalho de campo;

- questionário completo, aplicado ou a ser aplicado;- nome de quem pagou pela realização do trabalho;- contrato social com a qualificação completa dos

responsáveis legais, bem como com o endereço, onúmero de fac-símile ou o endereço de correio eletrônicoem que receberão notificações e comunicados daJustiça Eleitoral;

- nome do estatístico responsável pela pesquisa eo número de seu registro no Conselho Regional deEstatística;

- número do registro em associação de classe quecongregue empresas de pesquisa a que se encontramfiliadas, caso o tenham;

- número do registro da empresa responsável pelapesquisa no Conselho Regional de Estatística, caso otenham (ver Res. nº 22.143/06, art. 1º).

É BOM SABER!

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A QUEM DEVE SER FEITO O PEDIDO DE REGISTRODE PESQUISA?

• O pedido de registro de pesquisa deverá dirigir-se:- ao Tribunal Superior Eleitoral, na eleição

presidencial;- aos tribunais regionais eleitorais, nas eleições

federais e estaduais (ver Res. nº 22.143/06, art. 4º).

DIVULGAÇÃO• A divulgação de pesquisa sem o prévio registro

das informações sujeita os responsáveis à multa no valorde R$53.205,00 (cinqüenta e três mil duzentos e cincoreais) a R$106.410,00 (cento e seis mil quatrocentos edez reais) (ver Res. nº 22.143/06, art. 7º).

• Na hipótese de contrato com cláusula de não-divulgação, as entidades ou empresas de pesquisaserão responsabilizadas se comprovada suaparticipação (ver Res. nº 22.143/06, art. 7º, parágrafo único).

• A divulgação de pesquisa fraudulenta constituicrime, punível com detenção de seis meses a um ano emulta no valor de R$53.205,00 (cinqüenta e três milduzentos e cinco reais) a R$106.410,00 (cento e seismil quatrocentos e dez reais) (ver Res. nº 22.143/06, art. 8º).

DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS NO DIA DAS ELEIÇÕES• As pesquisas eleitorais poderão ser divulgadas a

qualquer tempo, inclusive no dia das eleições (ver

Res. nº 22.143/06, art. 13).

• As pesquisas realizadas no dia da eleição somentepoderão ser divulgadas nas unidades federativas emque a votação já houver encerrado (ver Res. nº 22.143/06,art. 14).

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Escolha e REscolha e REscolha e REscolha e REscolha e Registroegistroegistroegistroegistro

de Candidatosde Candidatosde Candidatosde Candidatosde Candidatos

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3. ESCOLHA E REGISTRO DE CANDIDATOS

Resolução nº 22.156/2006

PARTIDOS POLÍTICOS E COLIGAÇÕES• É facultado aos partidos políticos,

dentro da mesma circunscrição, celebrarcoligações para eleição majoritária, para

proporcional, ou para ambas, podendo, neste últimocaso, formar-se mais de uma coligação para a eleiçãoproporcional entre os partidos políticos que integram acoligação para o pleito majoritário (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 3º).

• Os partidos políticos que lançarem, isoladamenteou em coligação, candidato à eleição de presidente daRepública não poderão formar coligações para eleiçãode governador de estado ou do Distrito Federal, senador,deputado federal e deputado estadual ou distrital compartido político que tenha, isoladamente ou em aliançadiversa, lançado candidato à eleição presidencial (ver

Res. TSE n.º 22.156/06, art. 3º, § 1º).

• Um mesmo partido político não poderá integrarcoligações diversas para a eleição de governador e ade senador; porém, a coligação poderá se limitar àeleição de um desses cargos, podendo os partidospolíticos que a compuserem indicar, isoladamente,candidato a outro cargo (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 3º,

§ 2º).

• Poderá o partido político integrante de coligaçãomajoritária, compondo-se com outro ou outros, dessamesma aliança, para eleição proporcional, constituir listaprópria de candidatos à Câmara dos Deputados,Assembléia ou Câmara Legislativa (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 3º, § 3º).

• É vedada a inclusão de partido político estranho àcoligação majoritária, para formar com integrante do

É BOM SABER!

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referido bloco partidário aliança diversa destinada adisputar a eleição proporcional (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 3º, § 4º).

CONVENÇÕES• As convenções destinadas a deliberar sobre

escolha dos candidatos e das coligações serãorealizadas no período de 10 a 30 de junho do ano daeleição, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto erubricado pela Justiça Eleitoral, podendo ser utilizadosos já existentes (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 7º).

NÚMERO DAS LEGENDAS PARTIDÁRIAS E DOSCANDIDATOS

• Aos partidos políticos ficará assegurado o direitode manter os números atribuídos à sua legenda naeleição anterior, e aos candidatos, nessa hipótese, odireito de manter os números que lhes foram atribuídosna eleição anterior para o mesmo cargo (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 16).

• Os candidatos de coligações, nas eleiçõesmajoritárias, serão registrados com o número da legendado respectivo partido e, nas eleições proporcionais, como número da legenda do respectivo partido, acrescidodo número que lhes couber (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 16, § 2º).

• A identificação numérica dos candidatos dar-se-ámediante a observação dos seguintes critérios:

I – os candidatos aos cargos de presidente daRepública e governador concorrerão com o númeroidentificador do partido político ao qual estiverem filiados;

II – os candidatos ao cargo de senador concorrerãocom o número identificador do partido político ao qualestiverem filiados, seguido de um algarismo à direita;

III – os candidatos ao cargo de deputado federalconcorrerão com o número identificador do partidopolítico ao qual estiverem filiados, acrescido de doisalgarismos à direita;

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IV – os candidatos aos cargos de deputado estadualou distrital concorrerão com o número identificador dopartido político ao qual estiverem filiados, acrescido detrês algarismos à direita (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 17).

IMPUGNAÇÕES• Caberá a qualquer candidato, a partido político, a

coligação ou ao Ministério Público, no prazo de cincodias, contados da publicação, na imprensa oficial, doedital relativo ao pedido de registro, impugná-lo empetição fundamentada (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 34).

• Qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticospoderá, no mesmo prazo previsto no artigo 34, mediantepetição fundamentada, dar notícia de inelegibilidade,sobre a qual, após a audiência do candidato, semanifestará o Ministério Público Eleitoral no prazo dedois dias (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 35).

JULGAMENTO DOS PEDIDOS DE REGISTRO• O registro de candidato inelegível ou que não

atenda às condições de elegibilidade será indeferido,ainda que não tenha havido impugnação (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 40).

• Todos os pedidos de registro, inclusive osimpugnados, deverão estar julgados e as respectivasdecisões publicadas até o dia 23 de agosto do ano daeleição (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 44).

JULGAMENTO DOS RECURSOS NO TRIBUNALSUPERIOR ELEITORAL

• Todos os recursos sobre pedido de registro decandidatos apresentados ao TSE deverão estar julgadose publicadas as respectivas decisões até o dia 20 desetembro do ano da eleição (ver Res. TSE n.º 22.156/06,

art. 49).

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O que é eleição majoritária?No caso específico das

eleições de 2006, considera-seeleição majoritária a eleição paraos cargos de presidente daRepública, governador e senador.

E eleição proporcional?Também no caso específico das eleições de 2006,

eleição proporcional é a eleição para os cargos dedeputado federal e deputado estadual.

CANDIDATOSQuem pode se candidatar para as eleições de 2006?

Podem se candidatar os que cumprirem as seguintescondições de elegibilidade, na forma da lei (Constituição

Federal, art. 14, § 3º, I a VI):

I – a nacionalidade brasileira;II – o pleno exercício dos direitos políticos;III – o alistamento eleitoral;IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;V – a filiação partidária;VI – a idade mínima de: trinta e cinco anos para

presidente e vice-presidente da República e senador;trinta anos para governador e vice-governador de estadoe do Distrito Federal; e vinte e um anos para deputadofederal, deputado estadual ou distrital (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 10, § 1º).

A idade mínimacons t i tuc iona lmenteestabelecida como

condição de elegibilidade é verificadatendo por referência a data da posse (ver

Res. TSE n.º 22.156/06, art. 10, § 2º).

É permitido se candidatar para mais de um cargo?Não é permitido registro de um mesmo candidato paramais de um cargo (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 18).

RESPONDENDOSUAS

PERGUNTAS!

Atenção

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DOMICÍLIO ELEITORALQual o tempo de domicílio eleitoral exigido docandidato?

Para concorrer às eleições, o candidato deverápossuir domicílio eleitoral na respectiva circunscriçãodesde um ano antes da eleição e estar com a filiaçãodeferida pelo partido na mesma data, desde que oestatuto partidário não estabeleça prazo superior (ver

Res. TSE n.º 22.156/06, art. 11).

MILITARESOs militares podem concorrer?

O militar alistável é elegível, atendidas as seguintescondições: I – se contar menos de dez anos de serviço, deveráafastar-se da atividade; II – se contar mais de dez anos de serviço, seráagregado pela autoridade superior e, se eleito, passaráautomaticamente, no ato da diplomação, para ainatividade (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 12).

MAGISTRADOSE os magistrados, que procedimentos devem adotarcaso queiram se candidatar?

Os magistrados, os membros dos tribunais de contase os do Ministério Público devem filiar-se a partidopolítico e afastar-se definitivamente de suas funções atéseis meses antes das eleições (ver Res. TSE n.º 22.156/06,

art. 13).

INELEGIBILIDADEQuem não pode se candidatar para as eleições de2006?

Não podem se candidatar os que se enquadraremem uma das seguintes condições de inelegibilidade:

I – os inalistáveis e os analfabetos;II – no território de jurisdição do titular, o cônjuge

e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo

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grau ou por adoção, do presidente da República, degovernador de estado, de território, ou do DistritoFederal, de prefeito ou de quem os haja substituídodentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se játitular de mandato eletivo e candidato à reeleição;

III – os que se enquadrarem nas hipótesesprevistas na Lei Complementar n.º 64/90 (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 14).

O cônjuge e osparentes consangüíneos

ou afins, até o segundo grau ou poradoção, do presidente da República, degovernador de estado, de território, oudo Distrito Federal são inelegíveis parasua sucessão, salvo se este, não tendosido reeleito, se desincompatibilizar seismeses antes do pleito (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 14, § 2º).

São inelegíveis a cargo diverso nomesmo município o cônjuge e osparentes consangüíneos ou afins, até osegundo grau ou por adoção, dopresidente da República, de governadorde estado, de território, ou do DistritoFederal já reeleito, salvo se esterenunciar até seis meses antes daseleições (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 14, § 3º).

REELEIÇÃOQuem pode concorrer à reeleição?

O presidente da República, os governadores deestado e do Distrito Federal e quem os houver sucedidoou substituído no curso dos mandatos poderão concorrerà reeleição para um único período subseqüente (ver

Res. TSE n.º 22.156/06, art. 15, caput).

Atenção

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O presidente da República e os governadores deestado e do Distrito Federal reeleitos não poderãocandidatar-se ao mesmo cargo, nem ao cargo de vice,para mandato consecutivo na mesma circunscrição (verRes. TSE n.º 22.156/06, art. 15, § 2º).

E para concorrer a outros cargos, qual oprocedimento a ser adotado?

Para concorrerem a outros cargos, o presidente daRepública, os governadores de estado e do DistritoFederal e os prefeitos devem renunciar aos respectivosmandatos até seis meses antes do pleito (ver Res. TSEn.º 22.156/06, art. 15, § 1º).

REGISTRO DOS CANDIDATOSQuantos candidatos cada partido ou coligaçãopoderá registrar?

Cada partido político ou coligação poderá requererregistro de um candidato a presidente da República, deum candidato a governador em cada estado e no DistritoFederal, com seus respectivos vices, e de um candidatopara o Senado Federal em cada unidade da Federação,estes com dois suplentes cada um (ver Res. TSEn.º 22.156/06, art. 19).

Cada partido político poderá requerer o registro decandidatos para a Câmara dos Deputados e para asCâmara e Assembléias Legislativas até cento ecinqüenta por cento do número de lugares a preencher(ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 20).

No caso de coligação para as eleições proporcionais,independentemente do número de partidos políticos quea integrem, poderão ser registrados candidatos até odobro do número de lugares a preencher (ver Res. TSEn.º 22.156/06, art. 20, § 1º).

Do número devagas previstas, cadapartido político ou

coligação deverá reservar o mínimo detrinta por cento e respeitar o máximo desetenta por cento para candidaturas decada sexo (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 20, § 4º).

Atenção

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PEDIDO DE REGISTROQual o prazo para o pedido de registro?

Os partidos políticos e as coligações solicitarão àJustiça Eleitoral o registro de seus candidatos até asdezenove horas do dia 5 de julho do ano da eleição (ver

Res.TSE n.º 22.156/06, art. 21).

Onde e como deverá ser feito o registro?Os candidatos a presidente e vice-presidente da

República serão registrados no Tribunal SuperiorEleitoral; os candidatos a governador e vice-governador,senador e respectivos suplentes, e a deputado federal,estadual ou distrital serão registrados nos tribunaisregionais eleitorais (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 22, caput).

O pedido de registro deverá ser apresentado pelospartidos políticos e coligações por meio dos formuláriosDemonstrativo de Regularidade de Atos Partidários(DRAP) e Requerimento de Registro de Candidatura(RRC), acompanhados de via impressa assinada pelorequerente (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 23, caput).

Os formulários deverão ser apresentados em meiomagnético e gerados pelo programa desenvolvido peloTribunal Superior Eleitoral (ver Res. TSE n.º 22.156/06,

art. 23, § 1º).

O programa poderá ser obtido na página do TribunalSuperior Eleitoral (www.tse.gov.br), na dos tribunaisregionais eleitorais ou fornecido pela Secretaria dosTribunais, desde que providenciadas pelos interessadosas mídias para gravação (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 23,§ 2º).

O que fazer caso o partido ou coligação não tenharequerido o registro do candidato?

Na hipótese de o partido político ou a coligação nãorequerer o registro de seus candidatos, estes poderãofazê-lo perante o Tribunal Eleitoral competente até asdezenove horas do dia 7 de julho do ano da eleição,apresentando o formulário Demonstrativo de

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Regularidade de Atos Partidários (DRAP) e o formulárioRequerimento de Registro de Candidatura Individual(RRCI) (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 24, caput).

Caso o partido político ou a coligação já tenharequerido o registro de algum de seus candidatos,apresentando o Demonstrativo de Regularidade de AtosPartidários (DRAP), os candidatos cujos registros nãoforam solicitados deverão apresentar somente osRequerimentos de Registro de Candidatura Individual(RRCI) (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 24, parágrafo único).

Quais os documentos necessários para o registro?O pedido de registro deverá ser instruído com os

seguintes documentos:I - declaração de bens do candidato atualizada e

por ele assinada;II - certidões criminais fornecidas pela Justiça

Federal e Estadual com jurisdição no domicílio eleitoraldo candidato e pelos tribunais competentes quando oscandidatos gozarem de foro especial;

III-fotografia recente do candidato,preferencialmente em preto e branco, observado oseguinte:

a) dimensões: 5 x 7cm, sem moldura;b) papel fotográfico: fosco ou brilhante;c) cor de fundo: uniforme, preferencialmente

branca;d) características: frontal (busto), trajes adequados

para fotografia oficial e sem adornos que tenhamconotação de propaganda eleitoral, que induzam oudificultem o reconhecimento pelo eleitor;

IV – comprovante de escolaridade;V – prova de desincompatibilização, quando for o

caso (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 25).

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As certidões criminaisexigíveis para a instrução dosPedidos de Registro de

Candidato nas eleições de 2006 são as adianteespecificadas:

I – A inexistência de crimes eleitorais será aferidacom base nas informações constantes dos bancosde dados da Justiça Eleitoral, sendo dispensada aapresentação dos documentos comprobatóriospelos requerentes ;

II – as certidões criminais no âmbito da JustiçaFederal, de 1º Grau, serão obtidas junto aos órgãosde distribuição da Justiça Federal de 1ª Instância,nesta Capital, bem como através do site da referidainstituição na internet (www.jfce.gov.br);

III – certidão criminal emitida pelo órgão dedistribuição da Justiça Estadual de 1ª instância, noMunicípio em que o requerente possua domicílioeleitoral;

IV – declaração assinada pelo candidato, sob aspenas legais, de que não goza de prerrogativa deforo, quando for o caso, e que não possuicondenação transitada em julgado em InstânciaSuperior, em virtude de co-autoria ou participaçãoem crime praticado por pessoa sujeita ao aludidoforo (modelo anexo);

V – em se tratando de candidato que goza deprerrogativa de foro, será exigível certidão fornecidapelo juízo competente para julgá-lo criminalmente(ver Res/TRE n.º 284/06, art. 1º).

IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATOComo será feita a identificação do candidato?

O candidato será identificado pelo nome e númeroindicados no pedido de registro (ver Res. TSE n.º 22.156/06,

art. 29).

Atenção

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O nome indicado, que será também utilizado na urnaeletrônica, terá no máximo trinta caracteres, incluindo-se o espaço entre os nomes, podendo ser o prenome,sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nomepelo qual o candidato é mais conhecido, desde que nãose estabeleça dúvida quanto à sua identidade, nãoatente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente(ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 30).

REGISTRO INDEFERIDOO candidato que tiver seu registro indeferido poderárecorrer da decisão?

O candidato que tiver seu registro indeferido poderárecorrer da decisão e, enquanto estiver sub judice,prosseguir em sua campanha e ter seu nome mantidona urna eletrônica (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 58).

Transitada em julgado a decisão que declarar ainelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado o registro,ou cancelado, se já tiver sido feito, ou declarado nulo odiploma, se já expedido (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 59).

CANCELAMENTO DE REGISTRO DE CANDIDATOO partido político poderá requerer o cancelamentodo registro de candidato?

O partido político poderá requerer, até a data daeleição, o cancelamento do registro do candidato quedele for expulso, em processo no qual seja asseguradaampla defesa e sejam observadas as normasestatutárias (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 50).

SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOSÉ permitido substituir candidatos?

Será facultado ao partido político ou à coligaçãosubstituir candidato que for considerado inelegível,renunciar ou falecer após o termo final do prazo doregistro ou, ainda, tiver seu registro cassado, indeferidoou cancelado (ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 51).

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Quais os procedimentos para a substituição decandidatos?

Nas eleições majoritárias, a substituição poderá serrequerida até vinte e quatro horas antes da eleição,desde que observado o prazo de dez dias contados dofato ou da decisão judicial que deu origem à substituição(ver Res. TSE n.º 22.156/06, art. 52).

Nas eleições proporcionais, a substituição só seefetivará se o novo pedido, com a observância de todasas formalidades exigidas para o registro, for apresentadoaté dez dias contados do fato ou da decisão judicial quedeu origem à substituição, observado o limite legal desessenta dias antes do pleito (ver Res. TSE n.º 22.156/06,

art. 53).

Os prazos a que se referemestas instruções serãoperemptórios e contínuos e

não se suspendem aos sábados, domingos e feriados,entre 5 de julho do ano da eleição e a proclamaçãodos eleitos, inclusive em segundo turno. (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 61).

Atenção

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Arrecadação, aplicação deArrecadação, aplicação deArrecadação, aplicação deArrecadação, aplicação deArrecadação, aplicação de

recursos e prestação de contasrecursos e prestação de contasrecursos e prestação de contasrecursos e prestação de contasrecursos e prestação de contas

nas campanhas eleitoraisnas campanhas eleitoraisnas campanhas eleitoraisnas campanhas eleitoraisnas campanhas eleitorais

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4. ARRECADAÇÃO, APLICAÇÃO DE RECURSOSE PRESTAÇÃO DE CONTAS NAS CAMPANHASELEITORAIS

Resolução TSE n.º 22.160/2006; InstruçãoNormativa Conjunta SRF/TSE n.º 609/2006

A arrecadação de recursos e a realização degastos por candidatos e por comitês financeiros sópoderão ocorrer após observados os seguintesrequisitos, sob pena de desaprovação das contas:

•solicitação do registro do candidato;

•solicitação do registro do comitê financeiro;

• inscrição no Cadastro Nacional da PessoaJurídica (CNPJ);

•abertura de conta bancária específica para todaa movimentação financeira de campanha, salvo paraos candidatos a vice e a suplente;

•obtenção dos recibos eleitorais (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 1º).

LIMITE DE GASTOComo será informado à JustiçaEleitoral o limite de gasto doscandidatos?

Por ocasião do pedido deregistro de seus candidatos, ospartidos políticos comunicarão à

Justiça Eleitoral os valores máximos de gastos porcandidatura em cada eleição em que concorrerem (ver

Res.TSE n.º 22.250/06, art. 2°, caput).

E em se tratando de coligação?Em se tratando de coligação, cada partido político

que a integra fixará para seus candidatos o valor máximode gastos (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 2°, § 2º).

RESPONDENDOSUAS

PERGUNTAS!

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Como será informado o limite de gasto do candidatoa vice ou suplente?

Os valores máximos de gastos relativos àcandidatura de vice ou de suplente serão incluídosnaqueles pertinentes à candidatura do titular e serãoinformados pelo partido político a que forem filiados oscandidatos a presidente da República, governador ousenador (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 2°, § 1º)

Há aplicação de penalidade no caso de se gastaralém do limite fixado?

Sim. Gastar recursos além dos valores declaradospelo partido sujeitará o responsável ao pagamento demulta no valor de cinco a dez vezes a quantia emexcesso, a ser recolhida no prazo de cinco dias úteis acontar da intimação do candidato. O candidato poderá,ainda, responder por abuso do poder econômico, nostermos do art. 22 da LC 64/90 (ver Res. TSE n.º 22.250/06,

art.2º § 3º).

COMITÊ FINANCEIROQuais as atribuições do comitê financeiro?

O comitê financeiro tem as seguintes atribuições:• arrecadar e aplicar recursos de campanha;• distribuir aos candidatos os recibos eleitorais;• fornecer aos candidatos orientação sobre os

procedimentos de arrecadação e de aplicação derecursos e sobre as respectivas prestações de contas;

• encaminhar à Justiça Eleitoral a prestação decontas dos candidatos às eleições majoritárias, queabrangerá a de seus vices e suplentes;

• encaminhar à Justiça Eleitoral a prestação decontas dos candidatos às eleições proporcionais, casoestes não o façam diretamente (ver Res. TSE n.º 22.250/06,

art. 7º).

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Qual o prazo para constituição dos comitêsfinanceiros?

Os comitês financeiros serão constituídos pelospartidos políticos até dez dias úteis após a escolha deseus candidatos em convenção (ver Res. TSE n.º 22.250/06,

art. 6º, caput).

Como será constituído o comitê?Na constituição do comitê o partido poderá optar pela

criação de:I – um único comitê que compreenda todas as

eleições de determinada circunscrição; ouII – um comitê para cada eleição em que o partido

apresente candidato próprio, na forma descrita a seguir:a) comitê financeiro nacional para presidente daRepública;b) comitê financeiro estadual ou distrital paragovernador;c) comitê financeiro estadual ou distrital parasenador;d) comitê financeiro estadual ou distrital paradeputado federal;e) comitê financeiro estadual ou distrital paradeputado estadual ou distrital (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 6º, incisos I e II).

Não será permitidaa constituição decomitê financeiro de

coligação partidária (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 6º, §4º).

Qual a composição do comitê financeiro?Os comitês financeiros serão constituídos por tantos

membros quantos forem indicados pelo partido, sendoobrigatória a designação de, no mínimo, um presidentee um tesoureiro (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 6º, § 2º).

Atenção

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Qual o prazo para registro dos comitês financeiros?Os comitês financeiros deverão ser registrados até

cinco dias após sua constituição, perante o tribunaleleitoral responsável pelo registro dos candidatos (ver

Res. TSE n.º 22.250/06, art. 8º).

Quais são os documentos que instruem o pedidode registro do comitê financeiro?

I - Cópia da ata da reunião lavrada pelo partido, naqual foi deliberada sua constituição, com a data desta eespecificação do tipo de comitê;

II – relação nominal de seus membros, com suasfunções, os números de identificação no Cadastro dePessoa Física(CPF) e respectivas assinaturas;

III – endereço, número do fac-símile ou endereço docorreio eletrônico por meio dos quais receberáintimações e comunicados da Justiça Eleitoral (ver

Res. n.º 22.250/06, art. 9º, incisos I a III).

CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA - CNPJOs candidatos a cargos eletivos e comitêsfinanceiros dos partidos políticos estão obrigadosà inscrição no Cadastro Nacional da PessoaJurídica–CNPJ?

Sim. Os candidatos a cargos eletivos e comitêsfinanceiros dos partidos políticos estão obrigados àinscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (ver

IN SRF/TSE 609/06, art. 1º).

Qual a finalidade da inscrição no CNPJ?A inscrição no CNPJ destina-se exclusivamente à

abertura de contas bancárias para captação emovimentação de recursos financeiros destinados aofinanciamento da campanha eleitoral (ver IN SRF/TSE

609/06, art. 1º, § 1º).

Como obter o número de inscrição no CNPJ?Os números de inscrição no CNPJ serão divulgados

nas páginas da SRF e do TSE, na Internet, nos

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endereços www.receita.fazenda.gov.br ewww.tse.gov.br, respectivamente (ver IN SRF/TSE 609/06,

art. 4º).

O número do cadastrode pessoa física (CPF) é

essencial para obtenção do CNPJ, portanto,não esqueça de informá-lo corretamente porocasião do pedido de registro decandidatura.

CONTA BANCÁRIAA abertura de conta bancária é obrigatória?

Sim. É obrigatória a abertura de conta bancáriaespecífica em nome do candidato e do comitê financeiro,para registro de todo o movimento financeiro dacampanha, inclusive dos recursos próprios doscandidatos e daqueles decorrentes da comercializaçãode produtos e realização de eventos, não sendopermitida a utilização de conta bancária já existente (ver

Res. TSE n.º 22.250/06, art. 10, caput).

• A abertura de contabancária independe de ocandidato ou comitê

disporem de recursos financeiros (ver Res. TSE

n.º 22.250, art. 10, § 1º).

• Os bancos não poderão condicionar aabertura de conta bancária a depósitomínimo (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art.10,

§ 5º).

• Pagar despesa com recursos que nãoprovenham da conta bancária implicará adesaprovação da prestação de contas.Comprovado abuso do poder econômico,será cancelado o registro da candidatura oucassado o diploma, se já houver sidooutorgado (ver Res. TSE nº 22.250/06, art. 10,

§ 6º).

Importante!

Atenção

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Há casos de dispensa de abertura de contabancária?

Sim. Os candidatos a vice e os suplentes não serãoobrigados a abrir conta bancária específica, mas, se ofizerem, os documentos respectivos deverão compor aprestação de contas dos titulares (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 10, § 2º).

Quais são os documentos necessários para aberturade conta bancária?

A conta bancária deve ser aberta mediante aapresentação dos seguintes documentos:

• Requerimento de Abertura de Conta Eleitoral(RACE);

• Comprovante de inscrição no CNPJ para aseleições (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 11).

ORIGENS DOS RECURSOSComo podem ser os recursos destinados àscampanhas eleitorais?

Os recursos destinados às campanhas eleitoraissão os seguintes:

• recursos próprios;

• doações de pessoas físicas;

• doações de pessoas jurídicas;

• doações de comitês financeiros ou partidos;

• repasse de recursos provenientes do FundoPartidário;

• receita decorrente da comercialização de bens ouda realização de eventos (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 12).

O que se entende por recursos fornecidos pelopróprio candidato?

Chamados também de recursos próprios, sãorecursos pertencentes ao patrimônio pessoal do

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candidato, utilizados em sua campanha, os quaisdeverão estar declarados na prestação de contas.

Exemplificando:Para o candidato aplicar, em dinheiro, R$ 100,00,

do seu próprio bolso, na sua campanha, ele deverá emitiro recibo eleitoral para ele mesmo, depositar em contabancária e declarar este valor na sua prestação decontas.

A movimentaçãobancária de qualquer

natureza será feita por meio decheque nominal ou transferência bancária(ver Res. TSE n.º 22.250/06 art. 10, § 4º).

NÃO É PERMITIDO

É vedado ao candidato e ao comitê financeiroreceber, direta ou indiretamente, doação em dinheiroou estimável em dinheiro, inclusive por meio depublicidade de qualquer espécie, procedente de:

• entidade ou governo estrangeiro;• órgão da administração pública direta e indireta ou

fundação mantida com recursos provenientes do poderpúblico;

• concessionário ou permissionário de serviçopúblico;

• entidade de direito privado que receba, na condiçãode beneficiária, contribuição compulsória em virtude dedisposição legal;

• entidade de utilidade pública;• entidade de classe ou sindical;• pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba

recursos do exterior;

Importante!

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• entidades beneficentes e religiosas;

• entidades esportivas que recebam recursospúblicos;

• organizações não-governamentais que recebamrecursos públicos;

• organizações da sociedade civil de interessepúblico (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 13).

• A utilização derecursos recebidos

de fontes vedadas constitui irregularidadeinsanável e causa para rejeição dascontas, ainda que o valor seja restituído(ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 13, parágrafo

único).

• Recursos arrecadados que nãotenham identificação de origem nãopoderão ser utilizados pelos candidatosou pelos comitês financeiros. (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 23, caput).

• A falta de identificação do doadore/ou da informação de números deidentificação inválidos no CPF ou noCNPJ caracteriza o recurso como deorigem não identificada (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 23, § 1º).

DOAÇÕESEm caso de doação, é obrigatória a emissão derecibo eleitoral?

Sim. Toda doação a candidato ou a comitê financeiro,inclusive recursos próprios aplicados na campanha,deverá fazer-se mediante recibo eleitoral (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 14, § 1º).

Atenção

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Recibos eleitorais são documentosoficiais que viabilizam e tornam legítimaa arrecadação de recursos para acampanha, sendo imprescindíveis sejaqual for a natureza do recurso, ainda quedo próprio candidato, não se eximindodesta obrigação aquele que, por qualquermotivo, não disponha dos recibos (ver

Res. TSE n.º 22.250/06, art.3°).

O candidato que nãoreceber os recibos

eleitorais deverá retirá-los no respectivocomitê financeiro, antes do início daarrecadação (ver Res. TSE n.º 22.250/06,

art. 4º, § 3º).

Quais os limites impostos às doações para ascampanhas eleitorais?

As doações e contribuições ficam limitadas:• no caso de pessoa física, a 10% dos rendimentos

brutos auferidos no ano anterior à eleição;• no caso de pessoa jurídica, a 2% do faturamento

bruto do ano anterior à eleição;• no caso de o candidato utilizar recursos próprios,

ao valor máximo do limite de gastos estabelecido pelopartido e informado à Justiça Eleitoral (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art.14).

VALE INFORMAR!

Atenção

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• A doação dequantia acima doslimites fixadossujeita o infrator ao

pagamento de multa no valor de cinco adez vezes a quantia em excesso, semprejuízo de responder o candidato porabuso do poder econômico (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 14, § 2º).

• Sem prejuízo de aplicação de multa, apessoa jurídica que ultrapassar o limitede doação de 2% do faturamento brutodo ano anterior à eleição, estará sujeitaà proibição de participar de licitaçõespúblicas e de celebrar contratos com opoder público pelo período de cinco anos,por determinação da Justiça Eleitoral, emprocesso no qual seja assegurada ampladefesa (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 14,

§ 3º).

• Ficam vedadas quaisquer doações emdinheiro, bem como de troféus, prêmios,ajudas de qualquer espécie feitas porcandidato, entre o registro e a eleição, apessoas físicas ou jurídicas (ver Res. TSE

nº 22.250/06, art. 17).

COMERCIALIZAÇÃO DE BENS E REALIZAÇÃO DEEVENTOSComo deverá proceder o comitê financeiro oucandidato para a comercialização de bens ou apromoção de eventos que se destinem a arrecadarrecursos para campanha eleitoral?

Para a comercialização de bens ou a promoção deeventos de campanha eleitoral, o comitê financeiro oucandidato deverá:

FIQUE ATENTO!

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• comunicar sua realização, formalmente e com

antecedência mínima de cinco dias, ao tribunal eleitoral,

que poderá determinar sua fiscalização;

• comprovar a sua realização na prestação de contas,

apresentando todos os documentos a ela pertinentes,

inclusive os de natureza fiscal (ver Res. TSE n.º 22.250/06,

art. 18, caput, incisos I e II).

Os recursos arrecadados com a comercialização de

bens e com a realização de eventos são

considerados doações?

Sim. Estes recursos são considerados doação e

estão sujeitos aos limites legais e à emissão de recibos

eleitorais (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 18 § 1º).

Os recursos financeiros arrecadados deverão ser

depositados em conta bancária?

Sim. Os recursos financeiros arrecadados com a

comercialização de bens e com a realização de eventos

deverão, antes de sua utilização, ser depositados em

conta bancária específica, no montante bruto arrecadado

(ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 18, § 2º).

Qual é a data limite para a arrecadação de recursos?

Os candidatos e comitês financeiros poderão

arrecadar recursos e contrair obrigações até o dia da

eleição, à exceção da arrecadação necessária para o

pagamento das despesas já contraídas e não pagas até

essa data, as quais deverão estar integralmente quitadas

até a data da entrega da prestação de contas à Justiça

Eleitoral (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 19, caput e § 1º).

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As despesas jácontraídas e não

pagas até a data a que se refere o caputdeste artigo deverão ser comprovadaspor documento fiscal emitido na data desua realização (ver Res. TSE n.º 22.160/06,

art. 18, § 2º).

De que forma deverá ocorrer a comprovação dasreceitas arrecadadas?

A comprovação das receitas arrecadadas dar-se-ápelos canhotos dos recibos eleitorais emitidos e extratosbancários, juntamente com a apresentação dos reciboseleitorais não utilizados (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 30).

De que forma deverá ser comprovada a arrecadaçãode bens e serviços estimáveis em dinheiro?

Neste caso, a comprovação das receitas dar-se-ápela apresentação dos canhotos dos recibos eleitoraisemitidos e dos seguintes documentos:

I – nota fiscal de doação de bens ou serviços, quandoo doador for pessoa jurídica;

II – documentos fiscais emitidos em nome do doadorou termo de doação por ele firmado, quando se tratarde bens ou serviços doados por pessoa física;

III – termo de cessão, ou documento equivalente,quando se tratar de bens pertencentes ao doador,pessoa física ou jurídica, cedidos temporariamente aocandidato ou ao comitê (ver Res. n.º 22.250/06, art. 30,

parágrafo único, incisos I a III).

GASTOS ELEITORAISAté quando podem ser realizados os gastoseleitorais?

Os gastos eleitorais podem ser realizados até o diada eleição (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 19, caput).

Atenção

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O que são considerados gastos eleitorais?São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro

e aos limites legais as despesas referentes a:• confecção de material impresso de qualquer

natureza e tamanho;• propaganda e publicidade direta ou indireta, por

qualquer meio de divulgação, destinada a conquistarvotos;

• aluguel de locais para a promoção de atos decampanha eleitoral;

• transporte ou deslocamento de candidato e depessoal a serviço das candidaturas;

• correspondências e remessas postais;

• instalação, organização e funcionamento decomitês e serviços necessários às eleições;

• remuneração ou gratificação de qualquer espécie,paga a quem preste serviços às candidaturas ou aoscomitês eleitorais;

• montagem e operação de carros de som, depropaganda e de assemelhados;

• realização de comícios ou eventos destinados àpromoção de candidatura;

• produção de programas de rádio, televisão ou vídeo,inclusive os destinados à propaganda gratuita;

• realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;

• aluguel de bens particulares para veiculação, porqualquer meio, de propaganda eleitoral;

• criação e inclusão de páginas na Internet;• multas aplicadas, até as eleições, aos partidos ou

aos candidatos por infração do disposto na legislaçãoeleitoral;

• doações para outros candidatos ou comitêsfinanceiros;

• produção de jingles, vinhetas e slogans parapropaganda eleitoral (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 20, caput).

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O material impressodeve conter o número deinscrição no CNPJ daempresa que o

confeccionou (ver Res. TSE n.º 22.250/06,

art. 20, § 1º).

É vedada a confecção,utilização ou distribuição de camisetas,chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestasbásicas ou quaisquer outros bens ou materiaisque possam proporcionar vantagem ao eleitor(ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 21).

De que forma deverão ser comprovados os gastoseleitorais?

A documentação fiscal relacionada aos gastoseleitorais realizados pelos candidatos ou comitêsfinanceiros deverá ser emitida em nome destes,observada a exigência de apresentação, em original oucópia autenticada, da correspondente nota fiscal ourecibo, este último apenas nas hipóteses permitidas pelalegislação fiscal (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 31).

PRESTAÇÃO DE CONTASQuem está obrigado a prestar contas?

Deverão prestar contas à Justiça Eleitoral:• os candidatos;• os comitês financeiros de partidos políticos (ver

Res. TSE n.º 22.250/06, art. 26, caput).

VALE INFORMAR!

Atenção

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Como deverá ser elaborada a prestação de contas?A prestação de contas deverá ser elaborada por meio

do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais(SPCE),instituído pelo Tribunal Superior Eleitoral (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 32).

Quais os documentos que deverão compor aprestação de contas?

A prestação de contas deverá ser instruída com osseguintes documentos, ainda que não hajamovimentação de recursos financeiros ou estimáveisem dinheiro:

I - Ficha de Qualificação do Candidato ou do ComitêFinanceiro, conforme o caso;

II - Demonstrativo dos Recibos Eleitorais Recebidos;III - Demonstrativo dos Recibos Eleitorais

Distribuídos, no caso de prestação de contas de comitêfinanceiro;

IV - Demonstrativo dos Recursos Arrecadados;V - Demonstrativo das Despesas Pagas após a

Eleição;VI - Demonstrativo de Receitas e Despesas;VII - Demonstrativo do Resultado da Comercialização

de Bens e da Realização de Eventos;VIII - Conciliação Bancária;IX - Termo de Entrega à Justiça Eleitoral dos recibos

eleitorais não utilizados, acompanhado dos respectivosrecibos;

X - Relatório de Despesas Efetuadas;XI - Demonstrativo de Doações Efetuadas a

Candidatos ou a Comitês Financeiros;XII - Extratos da conta bancária aberta em nome do

candidato ou do comitê financeiro, conforme o caso,demonstrando a movimentação ou a ausência demovimentação financeira ocorrida no período decampanha;

XIII - Canhotos dos recibos eleitorais utilizados emcampanha (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 29, incisos I a XIII).

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Qual o procedimento adotado para encaminhamentodas contas dos candidatos às eleições majoritárias?

Os candidatos às eleições majoritárias elaborarão aprestação de contas abrangendo as de seus vices ousuplentes e encaminharão à Justiça Eleitoral porintermédio do comitê financeiro (ver Res. TSE n.º 22.250/06,

art. 26, § 3º).

Qual o procedimento adotado para encaminhamentodas contas dos candidatos às eleiçõesproporcionais?

Os candidatos às eleições proporcionais elaborarãoa prestação de contas, que será encaminhada à JustiçaEleitoral, diretamente por eles ou por intermédio docomitê financeiro (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 26, § 4º).

• A falta demovimentaçãode recursos de

campanha, financeirosou não, não isenta o

candidato ou o comitê financeiro do deverde prestar contas na forma legal,devendo, ainda, apresentar a prova dareferida ausência mediante os extratosbancários sem movimentação (ver

Res. TSE n.º 22.250/06, art. 26, § 5º).

• Os documentos integrantes daprestação de contas deverão serassinados pelo candidato e respectivoadministrador financeiro de campanha,caso exista, ou, no caso de comitêfinanceiro, pelo seu presidente e pelotesoureiro (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 29,

§ 8º).

É BOM SABER!

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Qual o prazo para entrega da prestação de contas?As contas de candidatos e de comitês financeiros

deverão ser apresentadas à Justiça Eleitoral até otrigésimo dia após a eleição. Já o que disputar o segundoturno deverá apresentar as contas referentes aos doisturnos até o trigésimo dia após sua realização (ver

Res. TSE n.º 22.250/06, art. 25, caput e § 1º).

Atenção,NÃO perca esses prazos!

Como se dará a divulgação das arrecadações egastos durante a campanha?

Os partidos políticos, as coligações e os candidatossão obrigados, durante a campanha eleitoral, a divulgar,pela rede mundial de computadores (Internet), nos dias6 de agosto e 6 de setembro, relatório discriminando osrecursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro quetenham recebido para financiamento da campanhaeleitoral e os gastos que realizarem, em sítio criado pelaJustiça Eleitoral para esse fim, exigindo-se a indicaçãodos nomes dos doadores e os respectivos valoresdoados somente na prestação de contas final de quetratam os incisos III e IV do art. 29 da Lei nº 9.504/97(ver Res. nº 22.250/06, art. 46, caput)

SOBRA DE CAMPANHAO que são sobras de campanha?

Constituem sobras de campanha:• a diferença positiva entre os recursos arrecadados

e as despesas realizadas em campanha;• os recursos de origem não identificada (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 28).

Se, ao final da campanha, ocorrer sobra derecursos financeiros?

Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursosfinanceiros, em qualquer montante, essa deverá ser

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declarada na prestação de contas e, após julgados todosos recursos, transferida ao partido político ou coligação,neste caso, para divisão entre os partidos políticos quea compõem (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 27).

O que deverão fazer os partidos políticos com assobras de recursos financeiros de campanha?

Deverão aplicar, de forma integral e exclusiva, nacriação e manutenção de instituto ou fundação depesquisa e de doutrinação e educação política (ver

Res. TSE n.º 22.250/06, art. 27, parágrafo único).

Nenhum candidatopoderá ser diplomado

até que suas contas tenham sidojulgadas (ver Res. TSE n.º 22.250/06, art. 41).

Qual o prazo para a guarda e conservação de todosos documentos relativos às contas de campanhas?

Os candidatos e os partidos políticos deverão manterà disposição da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 180 dias,contados da decisão final que tiver julgado as contas,todos os documentos a elas concernentes, inclusive osrelativos à movimentação de recursos (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 43)

A Justiça Eleitoraldivulgará os nomes dos

candidatos que não apresentaram ascontas referentes às suas campanhas eencaminhará cópia da relaçãoao Ministério Público (ver Res. TSE

n.º 22.250/06, art. 42).

Atenção

FIQUE ATENTO!

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E mais:

A não-apresentação de contas de campanha impedea obtenção de certidão de quitação eleitoral no cursodo mandato ao qual o interessado concorreu (ver

Res. TSE n.º 22.250/06, art. 42, § 1º).

Qualquer partido político ou coligação poderá pedirabertura de investigação judicial para apurar condutasem desacordo com as normas referentes à arrecadaçãoe gasto de campanha eleitoral. Se comprovadoscaptações ou gastos ilícitos durante a campanha, seránegado diploma ao candidato, ou cassado, se já houversido outorgado (ver Res. 22.250/06, art. 47).

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PPPPPropaganda Eleitoralropaganda Eleitoralropaganda Eleitoralropaganda Eleitoralropaganda Eleitoral

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5. PROPAGANDA ELEITORAL

Res. TSE n.º 22.261/2006, Res. TSE n.º 22.156/2006e Res. TSE n.º 22.142/06

Somente a partir de 6 de julho de 2006 é permitidaa propaganda eleitoral (ver Res. TSE n.º 22.261/06,

art. 1º, caput).

EMISSORAS DE RÁDIO E/OUTELEVISÃOO que é proibido às emissorasde rádio e televisão, dentro desua programação normal e nonoticiário, a partir do dia 1º dejulho de 2006?

A partir do dia 1º de julho de 2006, dentro daprogramação normal e no noticiário das emissoras derádio e televisão, é proibido:

• transmitir, ainda que sob a forma de entrevistajornalística, imagens de realização de pesquisa ouqualquer outro tipo de consulta popular de naturezaeleitoral em que seja possível identificar o entrevistadoou em que haja manipulação de dados;

• usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudioou vídeo que, de qualquer forma, degradem ouridicularizem candidato, partido político ou coligação,bem como veicular programa com esse efeito;

• veicular propaganda política ou difundir opiniãofavorável ou contrária a candidato, partido político oucoligação e a seus órgãos ou representantes;

• dar tratamento privilegiado a candidato, partidopolítico ou coligação;

• veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ouqualquer outro programa com alusão ou crítica a

RESPONDENDOSUAS

PERGUNTAS!

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candidato ou partido político, mesmo quedissimuladamente, exceto programas jornalísticos oudebates políticos;

• divulgar nome de programa que se refira acandidato escolhido em convenção, ainda quandopreexistente, inclusive se coincidente com o nome docandidato ou o nome por ele indicado para uso na urnaeletrônica, e, sendo o nome do programa o mesmo queo do candidato, fica proibida a sua divulgação, sob penade cancelamento do respectivo registro (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 15, I a VI).

A partir de quando é proibido às emissoras transmitirprograma apresentado ou comentado por candidatoescolhido em convenção?

A partir do resultado da convenção (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 16).

DEBATESAs emissoras de rádio e televisão poderão transmitirdebates com candidatos às eleições majoritárias ouproporcionais?

Sim, além da propaganda eleitoral gratuita, essesdebates poderão ser realizados. Porém, antes de realizá-los, é necessário estabelecer as regras do debateatravés de acordo a ser firmado entre as emissoras eos partidos políticos, e submetê-las à homologação daJustiça Eleitoral. Inexistindo acordo, o debate, inclusiveos realizados na Internet, ou em qualquer outro meioeletrônico de comunicação, seguirá as regrasestabelecidas no artigo 18 da Resolução (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, arts. 17 e 18).

HORÁRIO ELEITORAL GRATUITODurante a campanha eleitoral, qual o tipo depropaganda que pode ser veiculada no rádio e natelevisão?

No rádio e na televisão, só é permitida a propagandaeleitoral gratuita (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 20, caput).

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Qual o período destinado ao horário eleitoral gratuitonas emissoras de rádio e televisão?

O período de quarenta e cinco dias anteriores àantevéspera das eleições, segundo as regrasestabelecidas no artigo 21 da Resolução (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 21, caput).

Os partidos políticos ou coligações poderão fazerpropaganda de candidatos proporcionais no horáriodestinado à propaganda de candidaturasmajoritárias?

Não. Será vedado aos partidos políticos e coligaçõesincluir, no horário destinado aos candidatosproporcionais, propaganda das candidaturasmajoritárias, ou vice-versa, ressalvada a utilização,durante a exibição do programa, de legendas eacessórios com referência a candidatos majoritários, ou,ao fundo, cartazes ou fotografias desses candidatos (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 23).

Qual a punição para quem fizer propaganda ofensivaa algum candidato?

Sujeita-se o partido político ou a coligação infratoresà perda do direito à veiculação de propaganda no horárioeleitoral gratuito do dia seguinte ao da decisão, umavez que é proibido veicular propaganda que possadegradar ou ridicularizar candidatos (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 30, § 1º).

Qualquer cidadão poderá participar de programa departido político e/ou coligação durante o horárioeleitoral gratuito?

Sim, desde que sua participação não sejaremunerada e que ele(a) não esteja filiado(a) a outropartido político ou a partido que integre outra coligação(ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 31, caput).

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A quem compete distribuir os horários entre oscandidatos?

Compete ao Tribunal Superior Eleitoral e aostribunais regionais eleitorais distribuir os horáriosreservados à propaganda de cada eleição entre ospartidos políticos e as coligações que tenhamcandidatos, segundo os critérios estabelecidos no artigo22 da Resolução (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 22).

É permitida a propaganda de marca ou produtocomercial no horário eleitoral?

No horário reservado para a propaganda eleitoral,não se permitirá utilização comercial, ou seja,propaganda realizada com a intenção, ainda quedisfarçada, ou subliminar, de promover marca ou produto(ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 62).

Na propaganda eleitoral nohorário gratuito são aplicáveis ao

partido político, coligação oucandidato as seguintes vedações:

• transmitir, ainda que sob a forma deentrevista jornalística, imagens de

realização de pesquisa ou qualquer outrotipo de consulta popular de natureza eleitoral

em que seja possível identificar o entrevistadoou em que haja manipulação de dados;

• usar trucagem, montagem ou outro recurso deáudio ou vídeo que, de alguma forma, degradem ouridicularizem candidato, partido político ou coligação,ou produzir ou veicular programa com esse efeito(ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 32, caput, I e II).

Saiba mais

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PROIBIÇÕES

Dentre outrasproibições, não é

permitida propaganda:• que implique oferecimento, promessa ou

solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ouvantagem de qualquer natureza;

• que perturbe o sossego público, com algazarraou abuso de instrumentos sonoros ou sinaisacústicos;

• que prejudique a higiene e a estética da cidade;• que calunie, difame ou injurie qualquer pessoa,

bem como atinja órgãos ou entidades que exerçamautoridade pública;

• que desrespeite os símbolos nacionais (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 6º, V, VI, VIII, IX e X).

ALTO-FALANTES OU AMPLIFICADORES DE VOZSão vedados a instalação e o uso de alto-falantes

ou amplificadores de som em distância inferior aduzentos metros:

• das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo daUnião, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,das sedes dos órgãos judiciais, dos quartéis e de outrosestabelecimentos militares;

• dos hospitais e casas de saúde;• das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros,

quando em funcionamento (ver Res. TSE n.º 22.261/06,

art. 8º, § 1º, I a III).

É proibido o uso de alto-falantes e amplificadores desom no dia da eleição (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 39, I).

O QUE ÉPERMITIDOE O QUE ÉPROIBIDO!

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BENS PÚBLICOS E DE USO COMUMÉ proibida a veiculação de propaganda de qualquer

natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixaçãode placas, estandartes, faixas e assemelhados nos bens:1) que dependam de cessão ou permissão do poderpúblico para serem usados; 2) que pertençam ao poderpúblico; 3) nos de uso comum; 4) e nos postes deiluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos,passarelas, pontes, paradas de ônibus e outrosequipamentos urbanos.

Bens de uso comum, para finseleitorais, são aqueles assim

definidos pelo Código Civil e também aqueles a quea população em geral tem acesso, tais comocinemas, clubes, lojas, centros comerciais, igrejas,ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada(ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 9º, caput e § 2º).

Aqueles que desobedecerem a essas normasestarão sujeitos, após a notificação e comprovação,à restauração do bem e, caso não cumprida noprazo, ao pagamento de multa (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 9º, § 1º).

SHOWMÍCIOÉ proibida a realização de showmício e de evento

assemelhado para promoção de candidatos, bem comoa apresentação remunerada ou não, de artistas com afinalidade de animar comício e reunião eleitoral (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 8º, § 3º).

CONFECÇÃO DE BRINDESÉ proibida na campanha eleitoral a confecção,

utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com asua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés,

Atenção

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canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outrosbens ou materiais que possam proporcionar vantagemao eleitor (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 8º, § 4º).

OUTDOORS

É proibida a propaganda eleitoral mediante outdoors(ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 13, caput).

Em caso dedescumprimento, a

empresa responsável, os partidos, coligações ecandidatos estarão sujeitos à imediata retirada dapropaganda irregular e ao pagamento de multa (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 13, caput).

DIA DA ELEIÇÃOÉ proibido aos servidores da Justiça Eleitoral, aos

mesários e aos escrutinadores, no local das seçõeseleitorais e juntas apuradoras, o uso de vestuário ouobjeto que contenha qualquer propaganda de partidopolítico, coligação ou candidato (ver Res. TSE n.º 22.261/06,

art. 67, § 2º).

É proibida a veiculação de qualquer propagandapolítica na Internet ou mediante rádio ou televisão –incluídos, entre outros, as rádios comunitárias e oscanais de televisão VHF, UHF e por assinatura, e, ainda,a realização de comícios ou reuniões públicas.

Esta proibição vai desde 48 horasantes até 24 horas depois da eleição(ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 2º).

É proibida a promoção de comício ou carreata (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 39, I).

Atenção

NOTE BEM

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É proibida a arregimentação de eleitor ou apropaganda de boca de urna (ver Res. TSE n.º 22.261/06,

art. 39, II).

É proibida a divulgação de qualquer espécie depropaganda de partidos políticos ou de seus candidatos,mediante publicações, cartazes, camisas, bonés,broches ou dísticos em vestuário (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 39, III).

PERMISSÕES

ALTO-FALANTES OU AMPLIFICADORES DE VOZÉ permitido aos partidos políticos e às coligações,

sem necessidade de licença da autoridade pública e depagamento de qualquer contribuição, e semprerespeitando a legislação comum:

• instalar e fazer funcionar alto-falantes ouamplificadores de voz, nas suas sedes e dependências,assim como em veículos seus ou à sua disposição.

Esta permissão tem querespeitar:• o horário compreendido entre

as 8 horas e 22 horas;• e o período compreendido entre o início dapropaganda eleitoral e a véspera da eleição (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art.8º, caput e inciso II).

MATERIAL DE DIVULGAÇÃO INSTITUCIONALÉ permitida a comercialização de material de

divulgação institucional, desde que não contenha nomee número de candidato, bem como cargo em disputa(ver Res. TSE nº 22.261/06, art. 8º, III).

BENS PÚBLICOS E DE USO COMUMÉ permitida a colocação de bonecos e de cartazes

não fixos ao longo das vias públicas, desde que nãodificulte o bom andamento do trânsito (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art.9º, § 4º).

Atenção

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IMPRENSA ESCRITAÉ permitida a propaganda eleitoral paga, na imprensa

escrita, até a antevéspera das eleições (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 14, caput).

É permitida a divulgação de opinião favorável acandidato, a partido político ou a coligação, pelaimprensa escrita, desde que não seja matéria paga, poisnão se caracteriza propaganda eleitoral (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 14, § 3º).

Os abusos e os excessosserão apurados e punidos (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 14, § 3º).

DIA DA ELEIÇÃOÉ permitida a manifestação individual e silenciosa

da preferência do cidadão por partido político, coligaçãoou candidato, incluída a que se contenha no própriovestuário ou que se expresse no porte de bandeira oude flâmula ou pela utilização de adesivos em veículosou objetos de que tenha posse (ver Res. TSE n.º 22.261/06,

art. 67, caput).

É permitido aos fiscais partidários, nos trabalhos devotação, usar em suas vestes utilizadas, o nome e asigla do partido político ou coligação a que sirvam (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 69, § 3º).

PROPAGANDA INTRAPARTIDÁRIAAos que querem se candidatar a

cargo eletivo, será permitida apropaganda dentro do próprio partido,na quinzena anterior à escolha de

seus candidatos.

Esta propaganda não pode ser feita através derádio, televisão, outdoor e Internet. No entanto,podem ser colocadas faixas e cartazes em localpróximo da convenção, com mensagem aosconvencionais (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 1º, § 1º).

Atenção

É BOM SABER!

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COMÍCIOA realização de qualquer ato de propaganda

partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, nãodependerá de licença da polícia.

• a autoridade policial deve sercomunicada da realização do ato

com, no mínimo, vinte e quatro horas deantecedência, a fim de garantir a prioridade de usodo local, respeitando-se a ordem de chegada doscomunicados;• cabe, ainda, à autoridade policial tomar asprovidências necessárias à garantia da realizaçãodo ato e ao funcionamento do tráfego e dos serviçospúblicos que o evento possa afetar;• e, finalmente, cabe aos juízes eleitorais tomarprovidências sobre a distribuição eqüitativa doslocais aos partidos políticos e às coligações, alémde julgar as reclamações sobre a localização doscomícios (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 7º, caput e §§ 1, 2ºe 3º).

Os comícios e a utilização de aparelhagem desonorização fixa só poderão ser realizados no horáriocompreendido entre 8 e 24 horas (ver Res. TSEn.º 22.261/06, art. 8º, § 2º).

BENS PARTICULARESA fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou

inscrições em bens particulares independerá deobtenção de licença municipal e de autorização daJustiça Eleitoral, desde que não desobedeçam alegislação.

• necessita da autorização doproprietário;• e se o proprietário não houver

autorizado a propaganda, ele poderá pedirindenização. O pedido é feito à Justiça Comum (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 10, caput e § 2º).

Atenção

Atenção

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DIREITO DE RESPOSTAA partir da escolha de candidatos em convenção,

será assegurado o exercício do direito de resposta aocandidato, ao partido político ou à coligação atingidos,ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ouafirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ousabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículode comunicação social (ver Res. n.º 22.142/06, art. 14);

Quando for atingida uma pessoa física ou entejurídico que não seja candidato, partido político oucoligação:

• os pedidos de resposta em relação ao quefoi veiculado no horário eleitoral gratuito serãoexaminados pela Justiça Eleitoral;

• e quando for veiculado durante aprogramação normal das emissoras de rádio ede televisão ou veiculada por órgão da imprensaescrita, deverá observar os procedimentosprevistos na Lei de Imprensa, Lei nº 5.250/67 (ver

Res. n.º 22.142/06, art. 16, parágrafo único).

CONSTITUI CRIME• O uso, na propaganda

eleitoral, de símbolos, frases ouimagens, associadas ousemelhantes às empregadas por

órgão de governo, empresa pública ou sociedade deeconomia mista (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 40).

• Divulgar, na propaganda, fatos que se sabeminverídicos, em relação a partidos ou a candidatos,capazes de exercerem influência perante o eleitorado(ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 41, caput).

• Caluniar alguém, na propaganda eleitoral ouvisando a fins de propaganda, imputando-lhe falsamentefato definido como crime (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 42, caput).

VALE INFORMAR!

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• Difamar alguém, na propaganda eleitoral ou visandoa fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo a suareputação (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 43, caput).

• Injuriar alguém, na propaganda eleitoral ou visandoa fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou odecoro (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 44, caput).

O ofendido por calúnia, difamaçãoou injúria, sem prejuízo eindependentemente da ação penalcompetente, poderá demandar, nojuízo cível, a reparação do dano

moral, respondendo por este o ofensor e,solidariamente, o partido político deste, quandoresponsável por ação ou omissão, e quem quer que,favorecido pelo crime, haja de qualquer modocontribuído para ele (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 6º,

parágrafo único).

• Inutilizar, alterar ou perturbar meio de propagandadevidamente empregado (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 46).

• Impedir o exercício de propaganda (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 47).

• Utilizar organização comercial de vendas,distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios parapropaganda ou aliciamento de eleitores (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 48).

• Fazer propaganda, qualquer que seja a sua forma,em língua estrangeira (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 49,

caput).

• Participar o estrangeiro ou brasileiro que nãoestiver no gozo dos seus direitos políticos de atividadespartidárias, inclusive comícios e atos de propaganda emrecintos fechados ou abertos (ver Res. TSE n.º 22.261/06,

art. 51).

Saiba

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• Todo cidadão que tiverconhecimento de infração penal

prevista na legislação eleitoral deverácomunicá-la ao juiz da zona eleitoral

onde ela se verificou (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 55, caput).

• São designados os Drs. Clécio Aguiarde Magalhães, Juiz Eleitoral da 117ª Zona, JoséEliezer Pinto, Juiz Eleitoral da 83ª Zona, e ManuelCefas Fonteles Tomaz, Juiz Eleitoral da 94ª Zona,para no Município de Fortaleza e sob a coordenaçãodo primeiro, exercerem o Poder de Polícia sobre apropaganda eleitoral e demais atribuiçõesespecificadas na Res. TSE nº 22.158/06 e Res. TRE-CE nº 281/06 (ver Res. TRE n.º 282/06, art. 1º).

• São designados os juízes eleitorais abaixorelacionados para exercerem, nos respectivosmunicípios, o poder de polícia sobre a propagandaeleitoral e demais atribuições especificadas na Res.TSE nº 22.158/06 e TRE-CE nº 281/06:

• I – Caucaia – Dr. Francisco Biserril Azevedode Queiroz, Juiz eleitoral da 37ª Zona;

• II – Juazeiro do Norte – Drª. Maria Lúcia Vieira,Juíza eleitoral da 28ª Zona;

• III – Maracanaú – Dr. João Everardo MatosBiermann, Juiz eleitoral da 104ª Zona;

• IV – Sobral – Draª. Joyce Sampaio BezerrilFontenelle, Juíza eleitoral da 24ª Zona (ver Res. TRE

n.º 283/06, art. 1º).

• São designados os Drs. Jorge Luís GirãoBarreto, Maria Vilauba Fausto Lopes e Sérgia MariaMendonça Miranda, juízes substitutos deste

Saiba mais

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Regional, para atuarem como juízes auxiliares (ver

Res. TRE n.º 279/06, art. 1º).

• Compete ao juízes auxiliares processar e

apreciar monocraticamente as reclamações ou

representações relativas ao descumprimento da Leinº 9.504/97 e das correspondentes Instruções doTribunal Superior Eleitoral, bem como dos pedidosde resposta referentes às eleições de 2006,cabendo-lhes, ainda, as atribuições constantes dosartigos 47, § 2º, 50 e 52 da Lei nº 9.504/97 (verRes. TRE n.º 279/06, art. 2º).

• São permitidos, navéspera do dia da eleição,

caminhada, carreata, passeataou carro de som que transite pela cidadedivulgando jingles ou mensagens de candidatos,desde que os microfones não sejam usados paratransformar o ato em comício (ver Res. TSE n.º 22.261/

06, art.66).• O serviço de qualquer repartição federal,

estadual ou municipal, autarquia, fundação estadual,sociedade de economia mista, entidade mantida ousubvencionada pelo poder público, ou que realizecontrato com este, inclusive o respectivo prédio esuas dependências, não poderá ser utilizado parabeneficiar partido ou coligação (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 76, caput).

Importante!

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INFORMAÇÕES GERAIS

DIREITO DO AUTORA propaganda eleitoral deverá respeitar o direito do

autor, o que significa dizer que, ao se utilizar de música,poesia, letra, ou qualquer outro fruto da criaçãointelectual, é necessária a autorização de seu autor outitular (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 63, caput);

DIVULGAÇÃO DO NOME DE EMPRESANão caracterizam propaganda eleitoral o uso e a

divulgação regulares do nome comercial de empresa,ou grupo de empresas, no qual se inclui o nome pessoalde seu dono, ou presidente, desde que feitoshabitualmente e não apenas no período que antecedeàs eleições (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 73);

RETIRADA DE PROPAGANDA ELEITORALOs candidatos, os partidos políticos e as coligações

deverão remover a propaganda eleitoral, com arestauração do bem em que foi fixada, quando fornecessário restaurar, no prazo de até trinta dias após opleito (ver Res. TSE n.º 22.261/06, art. 80).

DISTRIBUIÇÃO DE FOLHETOS E VOLANTESOs candidatos não necessitam pedir licença

municipal ou autorização da Justiça Eleitoral paradistribuir folhetos, volantes ou outros impressos compropaganda de sua candidatura. Esses meios depropaganda devem ser editados sob a responsabilidadedo partido político, da coligação ou do candidato (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 11, caput).

Mas atenção:Todo material impresso deverá conter o número de

inscrição no CNPJ da empresa que o confeccionou (ver

Res. TSE n.º 22.261/06, art. 11, parágrafo único).

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CANDIDATO SUB JUDICEO candidato cujo registro estiver sub judice poderá

efetuar todos os atos relativos à sua campanha eleitoral,inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito para suapropaganda, no rádio e na televisão (ver Res. TSE

n.º 22.261/06, art. 12).

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AAAAAtos Ptos Ptos Ptos Ptos Preparatóriosreparatóriosreparatóriosreparatóriosreparatórios

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6. ATOS PREPARATÓRIOS

Código Eleitoral; Resolução TSE n.º 22.154/2006;

Resolução TSE n.º 22.142/2006

LUGARES DE VOTAÇÃO

As mesas receptoras de votos funcionarão noslugares designados pelos juízes eleitorais (ver

Código Eleitoral, art. 135).

•Será dada preferência aos edifícios públicos,recorrendo-se aos particulares se faltarem aqueles emnúmero e condições adequadas (ver Código Eleitoral, art.135,

§ 2º).

• A propriedade particular será obrigatória egratuitamente cedida para esse fim (ver Código Eleitoral,

art.135, § 3º).

• Até dez dias antes da eleição, os juízes eleitoraiscomunicarão aos chefes das repartições públicas e aosproprietários, arrendatários ou administradores daspropriedades particulares a resolução de que serão osrespectivos edifícios, ou parte deles, utilizados para ofuncionamento das mesas receptoras (ver Código Eleitoral,

art.137, caput).

• É expressamente vedado o uso de propriedadepertencente a candidato, membro de diretório de partidopolítico, delegado de partido ou de coligação, autoridadepolicial, bem como dos respectivos cônjuges e parentes,consangüíneos ou afins, até o segundo grau, inclusive(ver Código Eleitoral, art.135, § 4º).

• Não poderão ser localizadas seções eleitorais emfazenda, sítio ou qualquer propriedade rural privada,mesmo existindo no local prédio público (ver Código

Eleitoral, art.135, § 5º).

É BOM SABER!

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Qualquer partidopolítico ou coligaçãopoderá reclamar ao

juiz eleitoral da designação dos lugaresde votação, dentro de três dias, a contarda publicação, devendo a decisão serproferida dentro de quarenta e oitohoras. Da decisão do juiz eleitoral caberárecurso ao Tribunal Regional Eleitoral,interposto dentro de três dias, devendono mesmo prazo ser resolvido.Esgotados os prazos mencionados, nãomais poderá ser alegada, no processoeleitoral, a proibição referente àlocalização de seções eleitorais emfazenda, sítio ou propriedade ruralprivada (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 15,

§§ 1º e 2º).

• Deverão ser criadas seções nas vilas e povoados,assim como nos estabelecimentos de internaçãocoletiva, onde haja, pelo menos, cinqüenta eleitores (ver

Res. TSE n.º 22.154/06, art. 16, caput).

• Os juizes eleitorais, sob a coordenação dostribunais regionais eleitorais, poderão criar seçõeseleitorais especiais em penitenciárias a fim de que ospresos provisórios tenham assegurado o direito de voto,sendo permitida, nesta hipótese, a presença de forçapolicial e de agente penitenciário a menos de cem metrosdo local de votação (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 17, caput,

e § 1º).

Quais as providências parafacilitar o voto do eleitor comnecessidades especiais?

Os juízes eleitorais, sob acoordenação dos tribunais

Atenção

RESPONDENDOSUAS

PERGUNTAS!

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regionais eleitorais, deverão criar seções eleitoraisespeciais destinadas a eleitores com necessidadesespeciais (ver Res. TSE n.º 21.633/04, art. 32, caput).

Como deverão proceder os eleitores comnecessidades especiais que desejarem votar nasseções com instalações adequadas?

Até trinta dias antes das eleições, os eleitores comnecessidades especiais que desejarem votar nas seçõescom instalações adequadas comunicarão ao juiz eleitoralsuas restrições e necessidades, a fim de que a JustiçaEleitoral, se possível, providencie os meios e recursosdestinados a facilitar-lhes o exercício do voto (ver

Res. TSE n.º 22.154/06, art. 19, caput).

Como isso será providenciado nos municípios emque não for possível a criação de seção unicamentepara esse fim?

Nos municípios em que não for possível a criaçãode seção unicamente para esse fim, o juiz eleitoraldeverá designar uma das seções existentes paratambém funcionar como seção especial para eleitorescom necessidades especiais (ver Res. TSE n.º 21.633/04,

art. 32, § 1º).

O eleitor, portador de necessidades especiais, paravotar, poderá contar com o auxílio de pessoa de suaconfiança?

O eleitor portador de necessidades especiais, paravotar, poderá contar com o auxílio de pessoa de suaconfiança, ainda que não o tenha requeridoantecipadamente ao juiz eleitoral. O presidente de mesareceptora de votos, verificando ser indispensável oauxílio dessa pessoa para exercer o direito do voto,autorizará o seu ingresso, junto com o eleitor, na cabina,podendo ela, inclusive, digitar os números na urna (ver

Res. TSE n.º 22.154/06, art. 52, caput, e § 1º).

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A pessoa que ajudará oeleitor portador denecessidades especiais, noentanto, não poderá estar a

serviço da Justiça Eleitoral, de partidopolítico ou de coligação. (ver Res. TSE

n.º 22.154/06, art. 52, § 2º).

É obrigatório ou é facultativo o voto para portadoresde deficiência grave ?

O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios paratodas as pessoas portadoras de deficiência. No entanto,não estará sujeita a pena a pessoa portadora dedeficiência cujo alistamento e exercício do voto se torneimpossível ou seja demasiadamente oneroso para ocumprimento das obrigações eleitorais. Nesse caso, ojuiz eleitoral poderá expedir, em favor do interessado,mediante requerimento desse cidadão ou de seurepresentante legal, acompanhado de documentaçãocomprobatória da deficiência, certidão de quitação comprazo de validade indeterminado (ver Res. TSE

n.º 21.920/04, art. 1º, caput, parágrafo único e art. 2º, caput).

MESAS RECEPTORASA cada seção eleitoral corresponde uma mesa

receptora de votos, salvo na hipótese de agregação (ver

Res. TSE n.º 22.154/06, art. 8º).

Como são constituídas as mesas receptoras devotos e de justificativas?

As mesas receptoras de votos e de justificativas sãoconstituídas de um presidente, um primeiro e umsegundo mesários, dois secretários e um suplente,convocados e nomeados pelo juiz eleitoral, até sessentadias antes da eleição, ficando facultada aos tribunaisregionais eleitorais a dispensa do segundo secretário edo suplente (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 10, § 1º).

NOTE BEM

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O TRE-CE,através da Resolução

n.º 246/2004, dispensou o segundosecretário e o suplente nas seçõeseleitorais do Estado do Ceará.

Como se dá o recebimento das justificativas?Os tribunais regionais eleitorais determinarão o

recebimento das justificativas, no dia da eleição, pormesas receptoras de votos, por mesas receptoras dejustificativas, ou por ambas (ver Res. TSE n.º 22.154/06,

art. 9º, caput).

Justificativa do votosignifica que, no dia da eleição,o eleitor que se encontrar forado município em que vota,deverá comparecer a qualquer

seção eleitoral do município em que seencontra para justificar e assim ficar quitecom a Justiça Eleitoral.

Quem não poderá ser nomeado para compor a mesareceptora de votos?

Não poderão ser nomeados para compor a mesa:• os candidatos e seus parentes, ainda que porafinidade, até o segundo grau, inclusive, bem assimo cônjuge;• os membros de diretórios de partidos políticos,desde que exerçam função executiva;• as autoridades e agentes policiais, bem como osfuncionários no desempenho de cargos deconfiança do Executivo;• os que pertencerem ao serviço eleitoral;• os eleitores menores de dezoito anos (ver Res.

TSE n.º 22.154/06, art. 10, § 2º).

Atenção

Saiba

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Qualquer partidopolítico ou coligação

poderá reclamar ao juizeleitoral da nomeação da mesa

receptora de votos ou dejustificativas, no prazo de 5 (cinco)dias de sua divulgação, devendoa decisão ser proferida em 48

(quarenta e oito) horas. Caberá recursopara o Tribunal Regional Eleitoral dadecisão do Juiz Eleitoral, interpostodentro de 3 (três) dias, devendo, em igualprazo, ser resolvido (ver Res. TSE

sn.º 22.154/06, art. 11, § 1º).

Se o partido político ou a coligação não reclamar,dentro do prazo, contra a composição da mesareceptora?

Se não houver reclamação, dentro do prazo, nãopoderá o partido político ou a coligação alegar, sob essefundamento, a nulidade da seção respectiva (ver Res. TSE

n.º 22.154/06, art. 11, § 4º).

Os tribunais regionaiseleitorais, a partir do décimo dia

anterior à data da eleição, informarão por telefone,Internet ou outro meio, o número do título do eleitor,zona eleitoral, seção e endereço de locais devotação, sendo proibida a prestação de tal serviçopor terceiros (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 238).

Saiba mais

Atenção

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Dia da EleiçãoDia da EleiçãoDia da EleiçãoDia da EleiçãoDia da Eleição

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7. DIA DA ELEIÇÃO

Código Eleitoral, Resolução TSE nº 22.154/2006,Resolução TSE nº 22.156/2006 e

Resolução TSE nº 22.261/2006

Nas eleições de 2006, quemiremos escolher?

Nestas eleições, votaremospara presidente e vice-presidenteda República, governador e vice-governador de estado ou doDistrito Federal, senador e

respectivos suplentes, deputado federal, deputadoestadual ou deputado distrital (ver Res. TSE n.º 22.156/2006,

art. 1º, caput).

Poderá haver 2º turno nas eleições de 2006?Sim, se nenhum candidato a presidente da República

ou a governador alcançar maioria absoluta dos votos.Neste caso, será feita nova eleição no dia 29 de outubrode 2006, com os dois mais votados, e será consideradoeleito o que obtiver a maioria dos votos válidos (ver

Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 2º, parágrafo único, c/c o art. 159,

§ 1º).

O eleitor que não votou nem justificou nas últimaseleições (pleitos passados) poderá votar este ano ?

Pode, desde que seu título esteja em situaçãoregular. Caso o título esteja suspenso ou cancelado,ele não poderá votar. O prazo para regularização dasituação do eleitor, para a eleição deste ano, terminouem 3/5/2006.

Quem não votou no primeiro turno pode votar nosegundo?

Sim. O eleitor que não votou no primeiro turno podevotar no segundo (ver Res. TSE n.º 21.261/02).

RESPONDENDOSUAS

PERGUNTAS!

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O comércio pode abrir no dia da eleição?O dia da eleição é considerado feriado nacional.

Nesse dia, não é permitida a abertura do comércio emgeral, excetuando-se os estabelecimentos ligados àsaúde, transportes, alimentação e entretenimento, desdeque sejam garantidos aos seus empregados tempo econdições para exercício do voto (ver Res. TSE

n.º 21.269/2002 e art.103 da Res. TSE nº 21.633/2004 ).

MEMBROS DAS MESAS RECEPTORASQuais os direitos dos eleitores nomeados paracompor as mesas receptoras de votos ou dejustificativas e as Juntas Eleitorais, e dosrequisitados para ajudar nesse trabalho?

Mediante declaração expedida pelo juiz eleitoral, oseleitores que trabalharam nas mesas receptoras devotos ou de justificativas, nas Juntas Eleitorais e osrequisitados para auxiliar os seus trabalhos serãodispensados do serviço, sem prejuízo do salário,vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dosdias de convocação (ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 234).

Qual a punição prevista para o eleitor que, emboranomeado, não atenda à convocação da JustiçaEleitoral?

O membro da mesa receptora de votos ou dejustificativas que não atender à convocação da JustiçaEleitoral, sem apresentar justa causa ao juiz eleitoralaté 30 (trinta) dias após a realização da eleição, pagarámulta (ver Código Eleitoral, art. 124 e Res. TSE n.º 22.154/2006,

art. 13, caput).

E se o faltoso for servidor público ou autárquico?Neste caso, a pena será de suspensão de até 15

(quinze) dias (ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 13, § 2º).

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FISCALIZAÇÃO PERANTE AS MESAS RECEPTORASA quem é permitido fiscalizar a votação?

Os candidatos registrados, seus advogados, osdelegados e os fiscais de partido político ou de coligaçãoserão admitidos pelas mesas receptoras a fiscalizar avotação. Eles também podem formular protestos e fazerimpugnações, inclusive sobre a identidade do eleitor (ver

Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 77).

Membro de mesa receptora ou menor de dezoitoanos poderá ser nomeado fiscal?

Não, os partidos políticos ou coligações não poderãonomeá-los para fiscal ou delegado (ver Res. TSE

n.º 22.154/2006, art. 76, § 3º).

Durante os trabalhos de fiscalização, os fiscaispoderão ter em suas vestes alguma identificaçãopartidária?

Sim. No dia da eleição, os fiscais dos partidospolíticos e coligações poderão portar, em suas vestesou crachás, o nome e a sigla do partido político oucoligação para os quais estejam trabalhando.

É proibida qualquerinscrição que caracterizepedido de voto (ver Res. TSE

n.º 22.154/2006, art. 78).

POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAISA quem caberá a polícia dos trabalhos eleitorais?

Ao juiz eleitoral e ao presidente da mesa receptora(ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 79).

Quem poderá permanecer no recinto da mesareceptora?

Somente os seus membros, um fiscal de cada partidopolítico ou coligação e, durante o tempo necessário àvotação, o eleitor (ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 80, caput).

Atenção

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Quem é responsável pela manutenção da ordem nolocal onde funciona a seção eleitoral?

O presidente da mesa receptora, que é, durante ostrabalhos, a autoridade superior, fará retirar do recintoou do edifício aqueles que não guardarem a ordem ecompostura devidas e estiverem praticando qualquerato prejudicial à liberdade eleitoral.

Nenhuma autoridade estranha àmesa receptora poderá intervir emseu funcionamento, com exceção doJuiz Eleitoral e dos técnicos porele designados (ver Res. TSE

n.º 22.154/2006, art. 80, §§ 1º e 2º).

Qual a determinação legal a ser cumprida pela forçaarmada em serviço no local de votação?

A força armada deve conservar-se a cem metros daseção eleitoral, não podendo aproximar-se do lugar davotação, ou nele penetrar, sem ordem do presidente damesa receptora, com exceção das seções eleitoraisinstaladas em penitenciárias (ver Res. TSE n.º 22.154/2006,

art. 81).

CRIME NO DIA DA ELEIÇÃOO que é considerado crime no dia da eleição?

Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis comdetenção de seis meses a um ano, com a alternativa deprestação de serviços à comunidade pelo mesmoperíodo, e multa no valor de R$ 5.320,50 (cinco miltrezentos e vinte reais e cinqüenta centavos) aR$ 15.961,50 (quinze mil novecentos e sessenta e umreais e cinqüenta centavos):

I – o uso de alto-falantes e amplificadores de som oua promoção de comício ou carreata;

II – a arregimentação de eleitor ou a propaganda deboca de urna;

NOTE BEM

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III – a divulgação de qualquer espécie de propagandade partidos políticos ou de seus candidatos, mediantepublicações, cartazes, camisas, bonés, broches oudísticos em vestuário (ver Res. TSE n.º 22.261/2006, art. 39, I,

II e III).

Que tipo de propaganda eleitoral é permitida no diada eleição?

Não caracteriza crime a manifestação individual esilenciosa da preferência do cidadão por partido político,coligação ou candidato, incluída a que se contenha nopróprio vestuário ou que se expresse no porte debandeira ou de flâmula ou pela utilização de adesivosem veículos ou objetos de que tenha posse (ver Res. TSE

n.º 22.261/2006, art. 67, caput).

Será vedada,durante todo o dia davotação e em qualquer

local público ou aberto ao público, aaglomeração de pessoas portando osinstrumentos de propaganda referidos,de modo a caracterizar manifestaçãocoletiva, com ou sem utilização deveículos (ver Res. TSE n.º 22.261/2006, art. 67,

§ 1º).

• É assegurado aos partidose coligações comercializar material

de divulgação institucional, desde que nãocontenha nome e número de candidato, bem como cargoem disputa (ver Res. TSE n.º 22.261/2006, art. 8º, III).

• É vedada na campanha eleitoral a confecção,utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com asua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés,canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outrosbens ou materiais que possam proporcionar vantagemao eleitor (ver Res. TSE n.º 22.261/2006, art. 8º, § 4º).

Atenção

Importante!

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No recinto das seçõeseleitorais e juntasapuradoras, será proibidoaos servidores da JustiçaEleitoral, aos mesários e

aos escrutinadores o uso de vestuárioou objeto que contenha qualquerpropaganda de partido político,coligação ou candidato (ver Res. TSE

n.º 22.261/2006, art. 67, § 2º).

JUSTIFICATIVA ELEITORAL

•O eleitor que estiver ausente de seudomicílio eleitoral (município em quevota), no dia da eleição, poderá justificar

a sua ausência, comparecendo aos locais destinadosao recebimento de justificativas do município onde seencontra, com o formulário Requerimento de JustificativaEleitoral previamente preenchido e munido de seu títuloeleitoral (ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 73, caput).

• Do dia 21 de setembro até o encerramento davotação do segundo turno, o formulário Requerimentode Justificativa Eleitoral será fornecido gratuitamente aoseleitores interessados nos cartórios eleitorais, na Internete em outros locais previamente autorizados pelo juizeleitoral.

No dia da eleição, osformulários estarãodisponíveis, também, nos

locais de votação ou de justificativa.

• No dia da eleição, as justificativas serão recebidaspelas próprias seções eleitorais, pelas mesas receptorasde justificativa ou pelas duas (ver Res. TSE n.º 22.154/2006,

art. 9º).

NOTE BEM

É BOM SABER!

Atenção

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• As mesas receptoras de justificativa funcionarãodas 8 horas às 17 horas do dia da eleição (ver Res. TSE

n.º 22.154/2006, art.71 c/c o art.46).

ELEITOR FALTOSO• O eleitor que deixar de votar por se encontrar

ausente de seu domicílio eleitoral e não justificar a faltano dia da eleição poderá fazê-lo no prazo de 60(sessenta dias), por meio de requerimento dirigido aojuiz da zona eleitoral em que é inscrito (ver Res. TSEn.º 22.154/2006, art. 75).

Mesmo tendo votado no2º turno, o eleitor que não votou no1º turno está obrigado a se justificardentro do prazo acima estabelecido.

• O eleitor que deixar de votar e não se justificarperante o juiz eleitoral até 60 (sessenta) dias após arealização da eleição pagará multa (ver Res. TSE n.º 21.538,

art. 80).

• O eleitor que se encontrar no exterior na data dopleito terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados do seuretorno ao país, para se justificar (ver Res. TSE n.º 21.538,

art. 80, §1º).

• Sem a prova de que votou na última eleição ou deque se justificou devidamente ou pagou multa, nãopoderá o eleitor:

n inscrever-se em concurso ou prova para cargoou função pública, investir-se ou tomar posseneles;n receber vencimentos, remuneração, salário ouproventos de função ou emprego público,autárquico ou paraestatal, bem como fundaçõesgovernamentais, empresas, institutos esociedades de qualquer natureza, mantidas ou

NOTE BEM

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subvencionadas pelo governo ou que exerçamserviço público delegado;n participar de concorrência pública ouadministrativa da União, dos Estados, dosTerritórios, do Distrito Federal ou dos Municípios,ou das respectivas autarquias;n obter empréstimos nas autarquias, sociedadesde economia mista, caixas econômicas federaisou estaduais, nos institutos e caixas deprevidência social, bem como em qualquerestabelecimento de crédito mantido pelo governo,ou de cuja administração este participe, e aindafazer contratos com essas entidades;n obter passaporte ou carteira de identidade;n renovar matrícula em estabelecimento deensino oficial ou fiscalizado pelo governo;n praticar qualquer ato para o qual se exijaquitação do serviço militar ou imposto de renda(ver Código Eleitoral, art. 7º, § 1º).

GARANTIAS ELEITORAIS• Desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e

oito) horas depois do encerramento da eleição, nenhumaautoridade poderá prender ou deter qualquer eleitor,salvo em flagrante delito ou em virtude de sentençacriminal condenatória por crime inafiançável ou, ainda,por desrespeito a salvo-conduto (ver Código Eleitoral,

art. 236, caput).

• Os membros das Mesas Receptoras e os fiscaisde partido político ou coligação não poderão ser detidosou presos, durante o exercício de suas funções, salvo ocaso de flagrante delito (ver Código Eleitoral, art. 236, § 1º).

• Desde 15 (quinze) dias antes da eleição, oscandidatos não poderão ser detidos ou presos, salvo ocaso de flagrante delito (ver Código Eleitoral, art. 236, § 1º).

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• O Juiz Eleitoral ou o presidente da Mesa

Receptora pode expedir salvo-conduto, com a

cominação de prisão por desobediência até cinco dias,

em favor do eleitor que sofrer violência, moral ou física,

na sua liberdade de votar, ou pelo fato de haver votado

(ver Código Eleitoral, art. 235, caput).

• O salvo-conduto será válido para o período

compreendido entre 72 (setenta e duas) horas antes

até 48 (quarenta e oito) horas depois do pleito (ver Código

Eleitoral, art. 235, parágrafo único).

TRABALHOS DE VOTAÇÃO• Antes de iniciar a votação, a

urna eletrônica, destinada arecolher os votos, emitirá o

relatório denominado zerésima. A zerésima é odocumento que comprova a ausência de votos na urnaeletrônica. Somente a partir daí, pode ser iniciada avotação (ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 38).

• O recebimento dos votos começará às oito horas eterminará às dezessete horas, desde que não hajaeleitores presentes para votar (ver Res. TSE n.º 22.154/2006,

art. 46, caput, c/c o art. 47).

• A votação eletrônica será feita no número docandidato ou da legenda partidária, devendo o nome ea fotografia do candidato, assim como a sigla do partidopolítico, aparecerem no painel da urna, com o respectivocargo disputado (ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 54, caput).

• A urna eletrônica exibirá ao eleitor os painéisreferentes aos cargos a serem votados, na seguinteordem: deputado federal, deputado estadual, senador,governador de estado e presidente da República.

VALE INFORMAR!

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Os painéis referentes aoscandidatos a presidente daRepública e governador de estadoexibirão, também, os nomes dosrespectivos candidatos a vice (ver

Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 54, §§ 1º e 2º).

• Terão preferência para votar:n os candidatos;n os juízes, seus auxiliares e servidores da

Justiça Eleitoral;n os promotores eleitorais em serviço;n os policiais militares em serviço;n os eleitores maiores de 60 anos;n os enfermos;n os portadores de necessidades especiais en as mulheres grávidas e lactantes (ver Res. TSE

n.º 22.154/2006, art. 46, § 2º).

Os membros da mesareceptora de votos e osfiscais dos partidospolíticos e coligações,munidos da respectivacredencial, deverão votardepois dos eleitores que já

se encontravam presentes no momentoda abertura dos trabalhos, ou noencerramento da votação (ver Res. TSE

n.º 22.154/2006, art. 46, § 1º).

• O eleitor, mesmo sem a apresentação do título,poderá votar, desde que:

n exiba documento oficial com foto que comprove sua identidade;

n e seu nome esteja:√ no caderno de votação e√ no cadastro de eleitores da urna

eletrônica da sua seção.

NOTE BEM

NOTE BEM

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O eleitor cujo nome não

apareça no caderno de

votação poderá votar, desde

que os seus dados constem no

cadastro de eleitores da urna

(ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 48,

caput, §§ 1º e 6º).

• Os documentos considerados válidos para

comprovar a identidade do eleitor são:

n carteira de identidade ou documento de valor

legal equivalente (identidades funcionais);

n certificado de reservista;

n carteira de trabalho;

n carteira nacional de habilitação, com foto.

Não será admitida a

Certidão de Nascimento

ou Certidão de

Casamento como prova de identidade do

eleitor no momento da votação (ver

Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 48, §§ 3º e 4º).

•Será permitido ao eleitor analfabeto usar

instrumentos que o ajudem a votar. A Justiça Eleitoral,

no entanto, não é obrigada a fornecê-los (ver Res. TSE

nº 22.154/2006, art. 51).

• O eleitor portador de necessidades especiais, para

votar, poderá contar com o auxílio de pessoa de sua

confiança, ainda que não o tenha requerido

antecipadamente ao juiz eleitoral.

NOTE BEM

Atenção

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O presidente de mesa receptorade votos, verificando serimprescindível que o eleitor portadorde necessidades especiais contecom o auxílio de pessoa de sua

confiança para exercer o direito de voto,autorizará o ingresso dessa segundapessoa, junto com o eleitor, na cabina,podendo ela, inclusive, digitar osnúmeros na urna.

A pessoa que ajudará oeleitor portador de necessidadesespeciais não poderá estar a

serviço da Justiça Eleitoral, de partido político oude coligação (ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 52).

Até trinta diasantes das eleições,os eleitoresportadores den e c e s s i d a d e sespeciais que

desejarem votar em seções cominstalações adequadas comunicarão aojuiz eleitoral suas restrições enecessidades, a fim de que a JustiçaEleitoral, se possível, providencie osmeios e recursos destinados a facilitar-lhes o exercício do voto (ver Res. TSE

n.º 22.154/2006, art. 19).

• Para o exercício do voto, ao eleitor portador denecessidade especial de caráter visual será assegurado:

n a utilização do alfabeto comum ou do sistemabraille para assinar o caderno de votação eassinalar as cédulas;

NOTE BEM

Atenção

VALE INFORMAR!

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n o uso de qualquer instrumento mecânico queportar ou lhe for fornecido pela mesa receptorade votos;

n o uso do sistema de áudio, quando disponívelna urna, sem prejuízo do sigilo do sufrágio;

n o uso da marca de identificação da teclanúmero 5 da urna (ver Res. TSE n.º 22.154/2006,

art. 53).

• A fim de garantir o sigilo do voto, o eleitor não poderáfazer uso de telefone celular no recinto da mesareceptora de votos sob nenhuma hipótese, bem comonão poderá proceder à votação portando equipamentode radiocomunicação ou outro de qualquer espécie quevenha a comprometer o sigilo (ver Res. TSE n.º 22.154/2006,

art. 50, VIII).

• Voto parcial: se o eleitor confirmar pelo menos umvoto, deixando de concluir a votação para um ou maiscargos, o presidente da mesa alertá-lo-á para o fato,solicitando que retorne à cabina e conclua a votação.Caso o eleitor se recuse a concluir seu voto, será(ão)considerado(s) nulo(s) o(s) voto(s) que ainda nãohouver(em) sido confirmado(s) e o presidente da mesaentregará ao eleitor o respectivo comprovante devotação (ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 50, § 2º).

• Se o eleitor se recusar a votar após a identificação,o presidente da mesa receptora de votos suspenderá aliberação de votação do eleitor na urna eletrônica e nãolhe entregará o comprovante de votação. O presidentelhe informará, então, que ele poderá retornar para votaraté as 17 horas, quando receberá o comprovante devotação (ver Res. TSE n.º 22.154/2006, art. 50, § 1º).

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TTTTTransporte de Eleitoresransporte de Eleitoresransporte de Eleitoresransporte de Eleitoresransporte de Eleitores

no Dia da Eleição no Dia da Eleição no Dia da Eleição no Dia da Eleição no Dia da Eleição

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8. TRANSPORTE DE ELEITORES NO DIA DAELEIÇÃO

LEI 6.091/74

• Cabe à Justiça Eleitoralrequisitar veículos eembarcações pertencentes à

Administração Pública para o transporte gratuito deeleitores das zonas rurais aos locais de votação, nosdias da eleição. Caso não sejam suficientes, a JustiçaEleitoral poderá ainda requisitar veículos a particulares(vide arts. 1º e 2º).

• Havendo inexistência ou deficiência de transportegratuito para a condução de eleitores, poderão ospartidos políticos ou os candidatos indicar à JustiçaEleitoral onde há veículos disponíveis para requisição(vide art. 6º, parágrafo único).

• O transporte de eleitores somente será feitodentro do Município, e desde que o eleitor esteja pelomenos a dois quilômetros de distância de sua seçãoeleitoral (vide art. 4º, § 1º).

• Desde um dia antes e até um dia depois daeleição, SOMENTE poderão transportar eleitores:

n os veículos e embarcações a serviço da JustiçaEleitoral;n os coletivos de linhas regulares e não fretados;n os transportes de uso individual do proprietário,para o exercício do próprio voto e dos membrosde sua família;n e os transportes de aluguel que estejamrealizando serviço normal, sem finalidade eleitoral(vide art. 5º).

FIQUE ATENTO!

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É PERMITIDO

Aos partidos políticosfiscalizarem os locais ondehouver transporte de eleitores(vide art. 9º).

É PROIBIDO

Aos partidos políticos, candidatos, e a quaisqueroutras pessoas fornecerem transporte aos eleitores dazona urbana (vide art. 10).

A falta de transporte gratuito NÃODISPENSA o eleitor do dever de votar(vide art. 6º).

O QUE ÉPERMITIDOE O QUE ÉPROIBIDO!

Importante!

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Disque-EleiçãoDisque-EleiçãoDisque-EleiçãoDisque-EleiçãoDisque-EleiçãoPPPPPerguntas mais freqüenteserguntas mais freqüenteserguntas mais freqüenteserguntas mais freqüenteserguntas mais freqüentes

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9. DISQUE-ELEIÇÃO

Perguntas mais freqüentes

É possível votar em candidatos de partidos oucoligações diferentes ou sou obrigado a votar emcandidatos do mesmo partido?

O voto não é vinculado, portanto o eleitor não estáobrigado a votar em candidatos do mesmo partido.

Como é que numa eleição proporcional umcandidato com menos votos pode ser eleito, e outrode partido diferente com mais votos, não ?

O quociente eleitoral define os partidos e/oucoligações que têm direito a ocupar as vagas em disputanas eleições proporcionais, quais sejam: eleições paradeputado federal, deputado estadual.

Para a legislatura que se iniciará em 2007, arepresentação do Estado do Ceará na Câmara dosDeputados será de 22 deputados federais e naAssembléia Legislativa, de 46 deputados estaduais.Vejamos, então, como se faz o cálculo do quocienteeleitoral e do quociente partidário para preenchimentode lugares na Câmara dos Deputados. Suponhamos aseguinte votação:

PARTIDO/COLIGAÇÃO Nº DE VOTOS·A ............................................... 3.200

·B ............................................... 100·Coligação (Partido C + D) ........... 500

Votos Válidos ..................................3.800

1. Cálculo do Quociente Eleitoral:

3.800 ÷ 22 = 172,72 = 173

Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de

votos válidos apurados pelo de lugares a preencher, desprezada afração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior (ver

Código Eleitoral, art. 106).

2. Cálculo do Quociente Partidário

·Partido A ......................................... 3.200 ÷ 173 = 18

·Coligação (Partido C + D) .................500 ÷173 = 2

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Determina-se para cada partido ou coligação o quociente

partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos

válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas,

desprezada a fração (ver Código Eleitoral, art. 107).

Dessa forma, o Partido A elege 18(dezoito)deputados federais, a Coligação (C + D) elege 2 (dois)deputados federais, enquanto que o Partido B não elegenenhum, uma vez que não alcançou o quocienteeleitoral, ou seja, obteve apenas 100 votos, quando oquociente eleitoral é de 173 votos.

Atenção: Como se vê, só foram preenchidos20(vinte) dos 22 (vinte e dois) lugares previstosno exemplo, sobrando assim 2 (duas) vagas.

DISTRIBUIÇÃO DAS SOBRAS (ver Código Eleitoral, art. 109)

Os lugares não preenchidos com a aplicação dosquocientes partidários serão distribuídos medianteobservância das seguintes regras:

1º Cálculo: Divide-se o total de votos do partido, assimcomo o da coligação, pelo número de lugares que cadaum obteve mais 1:

· Partido A ....................3.200÷19 (18 lugares + 1) = 168,42

· Coligação (Partido C + D) ..500÷3 (2 lugares + 1) = 166,66

Pelos cálculos, verifica-se que o Partido A apresentamaior média (168,42) que a Coligação C + D (166,66),cabendo, por isso, ao Partido A mais uma vaga. Obtém-se, então, o seguinte resultado:

·Partido A ....................................................... 19 lugares

·Coligação (Partido C + D) ........................... 2 lugares

2º Cálculo: Divide-se o total de votos do partido, assimcomo o da coligação, pelo número de lugares obtidono cálculo anterior, adicionado de uma unidade.

·Partido A ............. . 3.200÷20 (19 lugares + 1) = 160,00

·Coligação (Partido C + D) .. 500÷3 (2 lugares + 1) =166,66

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O resultado obtido pelo Partido A (160) é inferior aoresultado da Coligação C + D (166,66). Por isso, aColigação C + D consegue a última vaga na Câmarados Deputados, do exemplo acima, ficando assim oresultado final:

·Partido A ....................................................... 19 lugares

·Coligação (Partido C + D) ............................ 3 lugares

Observação: Na hipótese de existirem mais vagas adistribuir, vai-se repetindo o cálculo da maneirademonstrada até o preenchimento do último lugar.

• Estarão eleitos tantos candidatos registrados porum partido ou coligação quantos o respectivoquociente partidário indicar, na ordem da votaçãonominal que cada um tenha recebido (ver Código

Eleitoral, art. 108).

• Em caso de empate, haver-se-á por eleito ocandidato mais idoso (ver Código Eleitoral, art. 110).

• Se nenhum partido ou coligação alcançar oquociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, atéserem preenchidos todos os lugares, os candidatosmais votados (ver Código Eleitoral, art. 111).

Há seção em presídios no Ceará?Sim. Há uma seção eleitoral na Penitenciária

Industrial Regional do Cariri (PIRC), Vila Presídio, SítioTorres, s/n, Município de Juazeiro do Norte,circunscrição da 28ª Zona Eleitoral.

Fui votar e meu nome não constava na seção.O que pode ter ocorrido?

Se o mesário digitou o número do título e deu númeroinexistente, pode ter ocorrido uma das seguinteshipóteses: 1) o eleitor se dirigiu à seção errada; 2) houveum redimensionamento, o eleitor passou a pertencer aoutra zona/seção e não sabe. Continua com o títuloantigo constando zona/seção anterior; 3) não possuiinscrição; 4) a inscrição está, por algum motivo,

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cancelada ou suspensa. Em qualquer caso, o eleitordeve ligar ou procurar o TRE ou o cartório eleitoral parase informar.

Existe alguma diferença entre os votos brancos eos nulos ? Eles são computados para alguma coisa?

Inexiste diferença entre voto nulo e em branco, poisnão são votos válidos, ou seja, não são computadospara candidato, partido ou coligação. Assim, em umaeleição majoritária, na qual haja a possibilidade darealização de segundo turno de votação (presidente,governador e prefeito de municípios com mais de200.000 eleitores), os votos nulos e em branco não sãoconsiderados para calcular se algum candidatoalcançou a maioria de votos no primeiro turno. Já naeleição proporcional (vereador, deputado estadual edeputado federal), estes votos ficam de fora do cálculodo quociente eleitoral, que é o número de votos exigidopara que os partidos e coligações elejamrepresentantes. O quociente eleitoral é o resultado dadivisão dos votos válidos do partido ou coligação (votosnominais dados aos candidatos e votos de legenda)pelo número de vagas a serem preenchidas.

O que acontece com o eleitor que violar ou tentarviolar o sigilo do voto?

Ele estará praticando um crime eleitoral sujeito àpena de até 2 (dois) anos de detenção (Código Eleitoral,

art. 312).

É possível comprar ou vender bebida alcoólica navéspera da eleição ( lei seca )?

Esse assunto não é da competência da JustiçaEleitoral, nem está previsto na legislação eleitoral.A proibição da venda e do consumo de bebidasalcoólicas em bares, restaurantes, congêneres e demaislocais abertos ao público, inicia-se no período de 0:00hàs 20:00 horas do dia da eleição. Trata-se de portaria

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baixada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesada Cidadania.

Posso votar em trânsito?Não existe mais a figura do voto em trânsito. Caso

não esteja no seu domicílio eleitoral, no dia da eleição,o eleitor deverá justificar a ausência à votação,comparecendo em qualquer seção eleitoral ou mesade justificativa.

Pode uma criança entrar na cabina e votar junto comum dos pais?

Legalmente, não. Somente o eleitor pode entrar nacabina de votação para manifestar, de forma individuale secreta, sua intenção de voto, a não ser o eleitorportador de necessidades especiais que, para votar,poderá contar com o auxílio de pessoa de sua confiançaainda que não o tenha requerido antecipadamente aojuiz eleitoral (ver Res. 22.154/2006, art. 52).

O comércio onde trabalho vai abrir no dia da eleiçãoe meu patrão não quer me liberar para votar. Isso écerto?

Não. No dia da eleição, até as 17 (dezessete) horas,não é permitida a abertura do comércio em geral,excetuando-se os estabelecimentos ligados à saúde,transportes, alimentação e entretenimento. E mesmonaqueles cujo funcionamento é permitido, o patrão devegarantir aos seus empregados tempo e condições paravotar ou justificar (ver Res. 21.633, 19/2/2004, art. 103).

Vou estar trabalhando no dia da eleição e não tenhocondição de votar. Estou dispensado?

Os trabalhadores de empresas privadas não estãodispensados do exercício do voto, mesmo estando atrabalho. O empregador deverá liberá-los, o temponecessário, para exercerem seu direito de voto (ver

Res. TSE n.º 21.633/04, art. 103).

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Que dados do cadastro eleitoral não podem serfornecidos por telefone?

Informações de caráter personalizado como filiação,data de nascimento, profissão, estado civil,escolaridade, telefone e endereço não podem serfornecidas por telefone (ver Resolução n.º 21.538, art. 29).

Estou com o braço quebrado e engessado,impedido de assinar. Como faço para votar?

O eleitor deverá ser orientado a assinar e votarutilizando o braço sadio. Caso não consiga assinar,deverá ser colhida a impressão digital de seu polegardireito na folha de votação.

Onde devo ir para votar?Se não foi pedida a mudança de endereço e de zona

eleitoral, o eleitor muito provavelmente deve votar nomesmo local onde votou nas últimas eleições.Em casode dúvidas, dirija-se ao Cartório Eleitoral.

O que acontece com o eleitor que votar ou tentarvotar por outra pessoa?

Estará praticando um crime eleitoral sujeito a penade até 3 (três) anos de reclusão (Código Eleitoral, art.309).

Quando o voto não é obrigatório?O voto, assim como o alistamento eleitoral, só é

facultativo para analfabetos, pessoas com idade maiorde 16 (dezesseis) e menor de 18 (dezoito) anos, oumaiores de 70 (setenta) anos (Constituição Federal, art. 14,§ 1º).

Quanto tempo o eleitor pode ficar na cabina devotação?

Não existe limite de tempo. O eleitor pode ficar otempo que for preciso para exercer o seu voto.

O eleitor pode pedir ajuda aos mesários na hora devotar?

Pode, mas apenas quanto aos procedimentos parao voto. Em hipótese alguma o mesário poderá entrarna cabina com o eleitor.

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Como lembrar em quem votar? Posso levar cola?Recomenda-se que o eleitor leve sempre consigo

anotados os números de seus candidatos, a chamada“cola”. Ela é legal e agiliza o processo de votação.

Quem faz 16 anos no dia ou na véspera da eleiçãopode votar?

Pode, desde que tenha tirado seu título de eleitoraté o fim do prazo legal, dia 3 de maio, comprovando játer completado ou estar completando 16 anos até a datadas eleições (inclusive).

Posso acompanhar o resultado das eleições pelainternet?

Além dos telões que serão instalados na sede doTRE, o eleitor poderá acompanhar também pelo acessoaos sites cadastrados para divulgação dos resultados.Para tanto, o cidadão deverá baixar o programadisponível no site do TRE [ www.tre-ce.gov.br ] ou emsites de órgãos de imprensa ou provedores de Internet.

Estava morando no exterior e não voto há váriaseleições. Como regularizo a minha situação?

Para se regularizar e voltar a ficar quite, deverá oeleitor comparecer ao cartório eleitoral, efetuar opagamento das multas referentes às eleições em quenão votou e solicitar, no caso da inscrição estarcancelada, o seu restabelecimento. Quem deixar devotar e não justificar por três eleições consecutivas podeter seu título cancelado (Resolução n.º 21.538, art. 80).

Posso morar no exterior e nunca transferir meutitulo para lá?

Sim. No entanto, eleitores nessa situação devemser orientados a transferir suas inscrições para oexterior, a fim de exercerem seu direito/dever de voto.Caso permaneçam com sua inscrição no Brasil, ficamsujeitos, a cada eleição, à obrigatoriedade dejustificarem sua ausência às urnas (Res. n.º 20.573/2000).

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Moro no exterior e nunca transferi meu titulo paralá. Posso perder minha inscrição?

O eleitor pode ter o título cancelado pela JustiçaEleitoral por algum dos motivos a seguir: I - ausência,sem justificativa, a 3 (três) eleições consecutivas;II - eventual agrupamento em duplicidade/pluralidadede inscrições, uma vez que será notificado no endereçoque consta no cadastro, e onde não mais reside;III - em razão da realização de correições (revisões doeleitorado) no município em que está inscrito comoeleitor. O não comparecimento à revisão ensejará ocancelamento da inscrição (Resolução n.º 20.573/2000).

Como posso conseguir os endereços das seçõeseleitorais/locais de votação?

Na Internet do TRE - www.tre-ce.gov.br (dentro deServiços/Endereços dos Locais de Votação), ou noTRE, através de requerimento para a Seção deEstatísticas.

Qual o percentual de vagas destinadas a cada sexopara as eleições de 2006?

Cada partido político ou coligação deverá reservarum mínimo de 30% e o máximo de 70% paracandidaturas de cada sexo (ver Res. TSE n.º 22.156/06,

art. 20, § 4º).

Os candidatos a presidente e a governador (cargosdo Poder Executivo) podem participar deinaugurações de obras públicas?

Nos três meses que precedem o pleito, essescandidatos estão proibidos de participar deinaugurações de obras públicas (ver Res. TSE

n.º 22.158/06, art. 40, caput).

Quantos candidatos cada partido/coligação poderegistrar para concorrer às eleições de 2006?

Cada partido político poderá requerer o registro decandidatos para a Câmara dos Deputados e para as

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assembléias legislativas até 150 (cento e cinqüenta)por cento do número de lugares a preencher. No casode coligação para as eleições proporcionais,independentemente do número de partidos que aintegrem, poderão ser registrados candidatos até odobro do número de lugares a preencher (ver Res. TSE

n.º 22.156/06, art. 20, caput, e § 1º).

Qual a idade mínima e as condições (pré-requisitos)para ser candidato?

Para presidente, vice-presidente e senador, 35 anos;para governador, vice-governador de estado e doDistrito Federal, 30 anos; e vinte e um anos paradeputado federal, estadual ou distrital. Além da idade,a pessoa deve satisfazer às seguintes condições: I - anacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dosdireitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - odomicílio eleitoral na circunscrição (pelo menos um anoantes da eleição); V - a filiação partidária (pelo menosum ano antes da eleição) (ver Constituição Federal, art. 14, § 3º).

Alguém com menos de 18 anos pode ser nomeadofiscal ou delegado?

Não, os partidos políticos ou coligações não poderãonomear menores de 18 anos para fiscal ou delegado(ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 76, § 3º).

O fiscal poderá acompanhar mais de uma seçãoeleitoral no mesmo local de votação?

Sim, inclusive se for eleitor de outra zona eleitoral,porém só poderá votar na seção eleitoral de suainscrição (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 76, § 1º).

O que é a votação paralela ?É uma auditoria, por amostragem, para verificar o

correto funcionamento das urnas eletrônicas,organizada pelos TRE’s e acompanhada pelosrepresentantes dos partidos políticos. Estas urnas serão

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recolhidas a um local designado pelo TRE e instaladasnum ambiente apropriado para funcionar durante todoo período da votação (8 às 17 horas), recebendovotos anteriormente preparados nas cédulas,preferencialmente, pelos próprios partidos (as cédulasnão poderão ser preenchidas por servidores da JustiçaEleitoral). E no final do dia será feita a apuração e obatimento do que foi digitado e do que consta realmentena urna eletrônica (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 213 e 214).

Posso tirar o título pela Internet, correio ou por outrapessoa com uma procuração?

Não. O título só pode ser solicitado e/ou recebidono cartório eleitoral e pelo próprio eleitor.

Posso escolher o local onde vou votar?Sim. Ao fazer o alistamento, o eleitor manifestará

sua preferência pelo local de votação, observando arelação de todos os locais existentes na zona com seusrespectivos endereços.

Estou precisando tirar o título por algum motivo(CPF, passaporte, concurso, emprego etc) e jáencerrou o prazo do alistamento. Como fazer?

Durante o período de suspensão de alistamento,poderão ser fornecidos aos eleitores, no atendimentode suas necessidades, documentos eleitorais, nassituações identificadas abaixo:

I – Diante da perda do título de eleitor, o interessadopoderá requerer segunda via do documento emqualquer cartório eleitoral até 10 dias antes da data dopleito ou obter certidão de quitação a qualquer tempo,desde que esteja quite com suas obrigações eleitorais;exercer o voto sem seu título eleitoral, desde quecomprove sua identidade, vedada a utilização decertidão de nascimento ou casamento;

II – Caso tenha o requerente perdido oscomprovantes de votação da última eleição, poderá

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obter certidão de quitação em qualquer cartório do Paísdesde que esteja quite com suas obrigações eleitorais;

III – Na hipótese do cancelamento da inscrição:a) em decorrência de ausência a três eleiçõesconsecutivas, duplicidade de inscrições, falecimento ourevisão do eleitorado, passível de regularização, apóso recolhimento ou a dispensa das multas devidas,poderá o interessado obter certidão circunstanciada,com valor de certidão de quitação e prazo de validade,na qual conste o impedimento legal para imediataregularização de sua situação eleitoral e recomendaçãopara procurar a Justiça Eleitoral após a reabertura docadastro para esse fim; b) por sentença de autoridadejudiciária não poderá ser regularizada e o eleitor deveráaguardar a reabertura do cadastro para requerer novoalistamento, facultando-se a expedição de certidãocircunstanciada com valor de certidão de quitação eprazo de validade, da qual conste o impedimento legalpara requerimento de nova inscrição até a data dereabertura do cadastro;

IV – Atingida a idade de 18 anos no período defechamento do cadastro e não sendo possível orecebimento de pedidos de alistamento, no períodocompreendido entre 4.5.2006 e a data do resultado finaldas eleições (2º turno, se houver), o cartório eleitoraldeverá fornecer ao interessado certidão circunstanciadainformando o impedimento.

Sou obrigado a tirar o título e a votar?Sim, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios

para os maiores de 18 anos e facultativo para osmaiores de 70 anos, os analfabetos e os maiores de 16e menores de 18 anos (ver Constituição Federal, art.14, § 1º ).

Posso tirar uma dia de folga ou faltar ao trabalhopara me alistar na Justiça Eleitoral?

O empregado pode deixar de comparecer ao serviçopara se alistar ou requerer transferência eleitoral sem

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prejuízo do salário e por tempo não superior a dois dias,mas deve comunicar o fato ao empregador com48 horas de antecedência (ver Código Eleitoral, art. 48).

E se eu não tiver comprovante de residência emmeu nome? Se a casa for no nome do(a) esposo(a),for alugada ou eu morar com outras pessoas quenão sejam meus pais? Como faço?

No caso do endereço ser no nome do cônjuge,acompanhar a certidão de casamento. Se for alugada,levar o contrato de locação. Se for no nome de umterceiro, anexar ao comprovante uma declaração dapessoa (com firma reconhecida ou acompanhada dacópia da carteira de identidade), afirmando que orequerente reside no seu endereço. Cada documentodeverá ter uma cópia que ficará no cartório. É facultadoao juiz eleitoral determinar diligência de verificação, emcaso de dúvida fundada quanto à procedência ou localde residência do alistado.

Quais os documentos necessários para se tirar otítulo de eleitor?

O original com uma fotocópia dos seguintesdocumentos: a) carteira de identidade, carteiraprofissional, carteira de trânsito (com foto) ou qualqueroutro documento público que comprove ter o requerentea idade mínima de 16 anos e do qual constem, também,os demais elementos necessários à sua qualificação;b) certificado de quitação do serviço militar obrigatório,só para homens maiores de 18 anos (dispensado aoseleitores que solicitarem o alistamento após o dia31 de dezembro do ano em que completarem 45 anos);c) comprovante atualizado de residência no município(conta de água, luz, telefone etc.) datado de até 3 (três)meses anteriores, em seu próprio nome, ou de seuspais, ou cônjuge.

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Até quando posso solicitar meu título? Qual o prazofinal?

Durante todo o ano civil. Porém, no ano em quehouver eleição, a solicitação para inscrição,transferência e revisão de dados cadastrais deverá serfeita até 150 dias antes da eleição. Para o pleito desteano, a data limite foi o dia 3 de maio de 2006.

Onde solicito e recebo meu título de eleitor nointerior?

No cartório eleitoral do município onde reside. Casonão haja, informe-se qual o município sede de sua zonaeleitoral e procure o cartório lá existente.

Onde solicito e recebo meu título de eleitor emFortaleza?

Em Fortaleza, o eleitor deve se dirigir ao FórumEleitoral Desembargador Péricles Ribeiro, situado naAv. Almirante Barroso, 601 – Praia de Iracema. Todasas zonas da capital funcionam nesse endereço (pontode referência: em frente à Secretaria de Saúde doEstado, próximo à Ponte Metálica. Essa avenida é acontinuação da av. Pessoa Anta, a mesma da CaixaEconômica dos Penhores e do Centro Cultural Dragãodo Mar) .

Pago alguma coisa para tirar o título?A emissão do título de eleitor, quer seja pela primeira

vez, segunda via, transferência ou revisão, é gratuita,desde que o eleitor esteja em dia com suas obrigaçõeseleitorais.

O que acontece com quem não tirar o título notempo certo?

Quem estiver obrigado a tirar o título e a votar e nãoo fizer em tempo hábil ficará sujeito ao pagamento demulta imposta pelo juiz eleitoral, e, enquantopermanecer nessa situação, não poderá: inscrever-se

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em concurso público, nem assumir cargo ou funçãopública; receber vencimentos ou salário de função ouemprego público, autárquico ou de alguma forma ligadoao Governo, correspondentes ao segundo mêssubseqüente ao da eleição; participar de concorrênciaspúblicas ou administrativas do governo; obterpassaporte; retirar ou renovar CPF; renovar matrículaem estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado peloGoverno; obter empréstimo de órgãos do governo oupor ele mantido (Código Eleitoral, art. 7º, § 1º ).

O estrangeiro tem direito ao voto?Não. O voto é privativo das pessoas com

nacionalidade brasileira originária ou adquirida. A únicaexceção diz respeito aos portugueses que fizerem aopção do Estatuto de Igualdade.

Quais os documentos necessários para receber otítulo? Posso mandar pegar por uma pessoa daminha família?

Qualquer documento de identificação com foto eassinatura (RG, carteira de trabalho, carteiraprofissional, carteira de motorista nova) poderá serutilizado para receber o título. Quanto ao recebimentodo documento, apenas o próprio eleitor poderá fazê-lo,pois precisa assiná-lo.

Que pessoas não podem ser eleitores?Os estrangeiros e os conscritos durante o período

do serviço militar obrigatório (ver Constituição Federal,

art. 14, § 2º).

Existe a possibilidade de se localizar algumendereço pelo título eleitoral?

Não. De acordo com a Res. n.º 21.538/03, art. 29,não se fornecerão informações de caráter personalizadoconstantes do cadastro eleitoral, exceto para asautoridades judiciais e Ministério Público.

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Sou militar e vou estar trabalhando no dia da eleição.Estou dispensado de votar e justificar?

Não. Os militares que, por motivo de serviço,estiverem impossibilitados de votar, devem solicitar àcorporação que comunique o fato ao TRE através deofício. Devem ficar atentos e se cientificar da expediçãodo ofício pois, caso contrário, se a corporação não agirdessa forma, podem eles mesmos apresentar ajustificativa perante o juiz de sua zona eleitoral até60 (sessenta) dias após a eleição.

Quantas vezes eu posso justificar o meu voto?Não há limite. Desde que a inscrição se encontre

em situação regular, você pode se justificar quantasvezes for necessário, mas não esqueça que o seu votoé fundamental para a escolha dos representantes donosso País. O ideal, nesse caso, é transferir o títulopara que se possa exercer o direito de voto.

Que garantias tenho de que minha justificativa foifeita (registrada)?

Para certificar-se de que sua justificativa foiprocessada, observe se o mesário realmente a digitoue se foi anotado o código de autenticação no seucomprovante (via do eleitor). No mais, é conveniente eprudente o eleitor guardar o referido comprovante atécertificar-se de que não ocorreu nenhum erro e suajustificativa consta no cadastro.

Meu título é de outro município (interior). Meu patrãoé obrigado a me liberar para viajar e ir votar lá?

Não. Se o empregado possui título em outromunicípio, o patrão não é obrigado a liberá-lo para viajare votar, uma vez que a pessoa deve ter título nomunicípio onde reside.

Sou/estou doente/operado e sem condição de irvotar. O que faço?

Qualquer pessoa que esteja impossibilitada de votar,deve justificar até 60 dias após a eleição na sua zona

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eleitoral. No caso de doença grave ou outro motivo queimpossibilite o próprio eleitor de comparecer ao cartório,outra pessoa poderá levar a documentação (título, RGe atestado médico) para fazer a justificativa.

Existirão urnas eletrônicas no primeiro turno destaeleição apenas para recebimento de justificativas?

No Ceará, no primeiro turno da eleição, asjustificativas serão recebidas nas urnas das própriasseções eleitorais de votação. Em Fortaleza, no entanto,serão criados alguns poucos postos com essafinalidade.

Qual a função/atribuição do presidente?Checar todos os dados do material recebido pela

seção, inclusive dados da urna eletrônica; nomeareleitores para substituir mesários faltosos; verificarcredenciais de fiscais e delegados e identificação decandidatos; adotar procedimentos para emissão dazerésima; iniciar a votação; digitar o número do eleitorno microterminal; autorizar os eleitores a votar; registrarna urna eletrônica o comparecimento dos eleitores quevotaram por cédulas; processar as justificativas; zelarpela preservação das listas de candidatos afixadas norecinto da seção; manter a ordem; comunicar ocorrênciada alçada do juiz; receber impugnações; fiscalizar adistribuição das senhas; encerrar votação e emitir cincovias do boletim de urna (e cópias extras) e uma via doboletim de justificativa; anotar o não comparecimentodos eleitores faltosos; entregar o disquete, a zerésima,3 cópias do boletim de urna, o boletim de justificativa, aata, os requerimentos de justificativa e o caderno defolha de votação à Junta; resolver imediatamente asdificuldades ou esclarecer dúvidas que ocorrerem (ver

Res. TSE n.º 22.154/06, art. 41).

Como o eleitor convocado saberá que tipo detrabalho vai desempenhar?

Os juízes eleitorais deverão instruir os mesáriossobre o processo de eleição em reuniões para esse fim

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(treinamento de mesários), convocadas com anecessária antecedência (ver Res. TSE n.º 22.154/06,

art. 12).

Como e quando é feita a convocação para o trabalhoeleitoral?

Os mesários serão nomeados pelo juiz eleitoral econvocados através de edital até 60 dias antes daseleições. O edital de convocação e nomeação dosmesários deverá ser publicado no jornal oficial, ondehouver, até o dia 2 de agosto (60 dias antes). Nãohavendo, as nomeações serão afixadas em cartório.Até 7 de agosto (55 dias antes) os partidos políticos ouos próprios eleitores convocados poderão reclamar dasnomeações, tendo o juiz eleitoral até o dia 9 de agostopara decidir sobre as recusas e reclamações. O eleitortambém será comunicado da convocação porcorrespondência (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 10, § 7º e

Res. TSE n.º 22.124/05).

Quantos dias de folga no trabalho terei pelo serviçoprestado como mesário no primeiro e no segundoturno?

O eleitor que for mesário terá direito a dois dias defolga no trabalho por cada dia de convocação da JustiçaEleitoral (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 234).

Vou ser remunerado pelo trabalho como mesário ?Quais os direitos dos mesários?

Não. Esse serviço é gratuito, realizado em prol dacomunidade e, portanto, não será remunerado.Os eleitores nomeados para compor as mesasreceptoras ou juntas eleitorais serão dispensados doserviço mediante declaração expedida pela JustiçaEleitoral, sem prejuízo de salário, vencimento ouqualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias deconvocação. O mesário receberá ainda o auxílioalimentação no dia da eleição.

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O que acontece com o mesário convocado que nãocomparecer ao trabalho ou abandonar o serviço damesa?

O membro da mesa receptora que não comparecerao local em dia e hora determinados para a realizaçãoda eleição, sem justa causa apresentada ao juiz eleitoralaté 30 dias após, incorrerá em multa arbitrada pelo juizeleitoral. Se o faltoso for servidor público ou autárquico,a pena será de suspensão de até 15 (quinze) dias.As penas previstas serão aplicadas em dobro se a mesareceptora deixar de funcionar por culpa dos faltosos.Também será aplicada em dobro a pena ao membroda Mesa que abandonar os trabalhos no decurso davotação sem justa causa apresentada ao juiz até 3 diasapós a ocorrência (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art.13, §§ 2º e 3º).

Se eu for mesário, tenho que trabalhar na apuraçãodos votos também?

Não. Outros eleitores, chamados escrutinadores,serão convocados para os trabalhos das juntasapuradoras.

Posso indicar outra pessoa para trabalhar em meulugar ou substituir uma pessoa que foi convocadapara mesário?

Não. A convocação para mesário é pessoal eintransferível. Se, por um motivo justificável, o mesárionão puder trabalhar nas eleições, o próprio cartórioeleitoral fará a substituição por outro mesário constantede seus arquivos.

Não quero ser mesário, mas fui convocado. Tenhoque ir?

A convocação é obrigatória e o não comparecimento,se não for plenamente justificável, constitui crime dedesobediência e ainda sujeita o mesário a uma multa aser arbitrada pelo juiz eleitoral.

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Fui convocado para ser mesário. Como saber ohorário de treinamento?

Na sua convocação, constam o dia e horário emque você deve se apresentar ao cartório eleitoral.Quando se apresentar, assinará a nomeação e receberátodas as informações necessárias, bem como seránotificado do treinamento para os trabalhos da mesareceptora de votos.

Quem não pode ser mesário?Não podem ser nomeados para compor a mesa:

I - os candidatos e seus parentes, ainda que porafinidade, até o segundo grau, inclusive, bem assim ocônjuge; II - os membros de diretórios de partidopolítico, desde que exerçam função executiva; III - asautoridades e agentes policiais, bem como osfuncionários no desempenho de cargos de confiançado Executivo; IV - os que pertencerem ao serviçoeleitoral; V - os eleitores menores de dezoito anos;VI - os que exercerem cargo comissionado nosmunicípios, estados ou União. Não podem sernomeados para compor a mesma Mesa: servidores deuma mesma repartição pública ou empresa privada,excetuando-se aqueles que trabalhem emdependências diferentes na mesma empresa; os quetenham entre si parentesco em qualquer grau (ver

Res. TSE n.º 22.154/06, art. 10, § 2º).

Como posso fazer para ser mesário?Você poderá solicitar junto à sua zona eleitoral a

inclusão do seu nome em uma relação de possíveismesários e, quando houver necessidade, suaconvocação será feita. Poderá ainda fazer sua inscriçãopela Internet, no endereço: www.tre-ce.gov.br.

A convocação vale para o primeiro e o segundoturnos?

Sim. Se houver segundo turno, os eleitoresconvocados para trabalhar no primeiro turno estão

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automaticamente convocados para trabalhar nosegundo turno (ver Res. TSE n.º 21.633, art. 36, § 6º).

Qual a função/atribuição do segundo mesário?Substituir o presidente ou o primeiro mesário quando

esses se ausentarem; desempenhar as mesmasatribuições do primeiro mesário.

Qual a função/atribuição do primeiro mesário?Substituir o presidente quando este se ausentar;

localizar o nome do eleitor no caderno de folhas devotação; colher a assinatura do eleitor ou a impressãodigital do eleitor analfabeto na folha de votaçãorespectiva; juntar o comprovante de votação com osdocumentos do eleitor e entregá-los ao primeirosecretário; devolver ao eleitor, após este ter votado, odocumento apresentado ao chegar à seção, juntamentecom o comprovante de votação; verificar o corretopreenchimento do formulário de justificativa; exerceroutras atribuições determinadas pelo presidente damesa.

O que o mesário que foi convocado faz, se nãopuder ir trabalhar?

Deverá apresentar sua recusa por motivo justo aojuiz eleitoral até 5 (cinco) dias a contar da nomeação.Se o motivo justo surgir após os 5 dias da nomeação, oconvocado também deverá dirigir-se ao juiz eleitoral(ver Res. TSE n.º 22.154/06, art.10, § 8º).

Quais os cargos e quantos mesários compõem umaseção?

Para esta eleição o TRE do Ceará convocará apenasum presidente, um primeiro mesário, um segundomesário e um primeiro secretário.

Qual a função/atribuição do primeiro secretário?Ditar o número do título ao presidente; devolver aos

mesários os documentos apresentados pelo eleitor;

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receber o requerimento de justificativa e informar aopresidente o número do título para digitação; preenchero comprovante de justificativa e devolvê-lo ao eleitor;anotar, durante o período de votação, as eventuaisocorrências na seção; preencher a ata da eleição;exercer outras atribuições determinadas pelo presidenteda mesa.

Qualquer empresa pode divulgar resultados depesquisa eleitoral?

Não. As empresas contratadas para realizaremqualquer tipo de pesquisa de opinião pública relativasàs eleições ou aos candidatos, para conhecimentopúblico, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrarno juízo eleitoral ao qual compete fazer o registro doscandidatos, até cinco dias antes da divulgação, umasérie de informações referentes à pesquisa e à empresarealizadora do evento (ver Res. TSE n.º 22.143/06, art.1º).

O que acontece se eu oferecer dinheiro para alguémvotar no meu candidato?

A pessoa que praticar esse ato, estará cometendoum crime eleitoral, ficando sujeito à pena de reclusãode até 4 anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa (ver

Código Eleitoral, art. 299).

Qualquer emissora de rádio e televisão poderá fazerpropaganda eleitoral gratuita?

Não. Somente aquelas que estão autorizadas pelopoder competente a funcionar. Caso alguma emissora,sem autorização para funcionamento, faça propagandaeleitoral gratuita, esta será considerada irregular ea emissora será punida (ver Res. TSE

n.º 22.158/06 art.22, parágrafo único).

Até que dia posso justificar minha ausência ao2º (segundo) turno?

Até 60 dias após a eleição. Para o 2º turno destaeleição de 2006, o prazo será até o dia 28 de dezembrode 2006 (ver Res. TSE n.º 22.124/06 - Calendário Eleitoral).

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É possível tirar o título eleitoral ou transferi-lo paravotar em segundo turno?

Não. O prazo para tirar ou transferir o título eleitoralfoi até o dia 3 de maio (150 dias antes da eleição).

O eleitor que não votou no 1º (primeiro) turno podevotar no 2º (segundo)?

Pode, desde que o título de eleitor esteja em situaçãoregular, mas para ficar em dia (quite) com a JustiçaEleitoral, vai ter que se justificar até o dia 30 denovembro (60 dias após a eleição - 1º turno) perante ojuiz eleitoral, pois os turnos são eleições distintas.

Quem perder o título eleitoral entre o primeiro e osegundo turnos ainda pode pedir uma segunda viado documento?

Não. O prazo para retirar segunda via é até 10 diasantes da eleição (1º turno). Quem perder o título entreo primeiro e o segundo turno da eleição só poderásolicitar a 2ª via após o encerramento dos trabalhosrelativos às eleições em segundo turno. Em qualquercaso, o eleitor poderá votar apresentando apenas umdocumento de identificação oficial.

O local de votação no segundo turno é o mesmo doprimeiro turno?

Sim. Não há mudança a não ser que ocorra algumimprevisto como por exemplo: o prédio onde funcionavasua seção caiu, pegou fogo etc. Nesse caso a JustiçaEleitoral providenciará um outro local que seráamplamente divulgado nos meios de comunicação.

O eleitor que votou no primeiro turno pode justificarno segundo?

Sim, se no dia da eleição ele se encontrar fora doseu município de votação. Os turnos são eleiçõesdistintas, portanto deverá justificar qualquer turno noqual deixar de votar.

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Não votei e nem justifiquei em várias eleições. Comoregularizo meu título?

Para as eleições deste ano não há maispossibilidade de se regularizar, pois o cadastro estáfechado e não é mais possível fazer alterações. Apósas eleições, porém, o eleitor poderá comparecer aocartório eleitoral, efetuar o pagamento das multasreferentes às eleições em que deixou de votar e solicitaruma revisão, se estiver na zona do município de origem,ou uma transferência, se na zona de outro município,desde que ele não tenha outra inscrição com situaçãoliberada, não-liberada, regular ou suspensa (ver Res. TSE

n.º 21.538, arts. 5º e 6º).

Por quais motivos um título pode ser cancelado?Um título de eleitor pode ser cancelado por:

falecimento (morte) do eleitor; duplicidade/pluralidadede títulos; perda dos direitos políticos; deixar de votar ejustificar em 3 (três) eleições consecutivas; sentençade autoridade judiciária competente e revisão doeleitorado.

Estou com pendências com a Justiça Eleitoral.Como posso regularizar minha situação?

O eleitor deverá comparecer ao cartório eleitoral,com documento de identificação e o título. Lá, seráverificado o tipo de pendência apresentada, e ele seráorientado sobre os procedimentos a serem tomadospara se regularizar.

Como comprovar que estou quite com a JustiçaEleitoral e como conseguir a certidão de quitaçãoeleitoral?

Apresentando os comprovantes de votação ou dejustificativa ou apresentando uma certidão de quitaçãocom suas obrigações eleitorais, que poderá ser retiradaem qualquer cartório eleitoral ou Tribunal RegionalEleitoral ou mesmo pela Internet no endereçowww.tre-ce.gov.br.

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Por quais motivos os direitos políticos podem sersuspensos?

Pelos seguintes motivos: cancelamento danaturalização por sentença transitada em julgado;incapacidade civil absoluta; condenação criminaltransitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;recusa de cumprir obrigação a todos imposta;improbidade administrativa (ver Constituição Federal,

artigo 15, I a V).

Como faço para pagar a multa por não ter votado?Você deve ir, munido de seu título e RG (Identidade),

a qualquer cartório eleitoral, onde será preenchida aguia de recolhimento de multa, que será paga no Bancodo Brasil S/A ou em qualquer outra instituição bancária,se o valor for superior a R$ 30,00 (trinta reais). Se ovalor for inferior a essa quantia, o recolhimento serápago exclusivamente no Banco do Brasil ( ver Res. TSE

n.º 21.975/04, art. 4º).

Não compareci ao recadastramento (correição -revisão do eleitorado). Como me regularizo?

Para as eleições deste ano não há maispossibilidade de se regularizar, pois o cadastro estáfechado e não é mais possível fazer alterações. Apósas eleições, porém, o eleitor poderá se regularizar,solicitando uma revisão, se comparecer na zona domunicípio de origem, ou uma transferência, se na zonade outro município; desde que ele não tenha outrainscrição com situação liberada, não-liberada, regularou suspensa (ver Res. TSE n.º 21.538/03, arts. 5º e 6º).

O que fazer com o título de alguém falecido?Os cartórios de registro civil são obrigados a enviar

aos cartórios eleitorais a relação de óbitos registrados,para que seja providenciado o cancelamento dosrespectivos títulos. No entanto, a própria família podeencaminhar o atestado de óbito ao cartório eleitoral parao referido cancelamento.

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Qual o valor da multa por não comparecer à eleição(deixar de votar)?

Os cartórios eleitorais no Ceará cobram o valor deR$ 3,50 por cada turno que o eleitor deixar de votar ejustificar. Dependendo da condição econômica doeleitor, o juiz eleitoral poderá, quando achar necessário,isentá-lo do pagamento. A multa pelo não-exercício dovoto pode variar entre o mínimo de 3% e o máximo de10% do último valor fixado para UFIR (R$ 1,0641),multiplicado pelo fator 33,02, até que seja aprovadonovo índice. OBS: A UFIR foi extinta pela MedidaProvisória n.º 1.973-67 de 26/10/2000 (Código Eleitoral,

art. 7º e Res. TSE n.º 21.538, art. 85).

Perdi meus comprovantes de votação. Comoconsigo outros?

Não há possibilidade de se obter outro comprovantede votação e/ou justificativa. Você pode, no entanto,solicitar a qualquer cartório eleitoral ou TRE umacertidão de quitação eleitoral, ou mesmo emitir atravésda Internet no endereço www.tre-ce.gov.br.

Posso votar, estando meu título suspenso oucancelado?

Não. Somente eleitores com inscrição em situaçãoregular estão habilitados (aptos) ao voto. Inscriçõessuspensas e canceladas não constam da folha devotação e da urna eletrônica.

A minha inscrição está cancelada por sentençade autoridade judiciária. Como me regularizo?

A inscrição cancelada por esse motivo (Fase 450)não pode ser restabelecida, exceto se tiver sidocancelada por equívoco. A solução, nesse caso, seráo eleitor solicitar uma nova inscrição após cessados osefeitos da sentença (ver Res. TSE n.º 21.538/03, art. 5º, § 2º).

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Recebi o comunicado de que minha inscrição estavaem coincidência (duplicidade ou pluralidade). O quesignifica isso?

Significa que no batimento ou no cruzamento dasinformações constantes do cadastro eleitoral foidetectada, para aquele eleitor, a existência de duas oumais inscrições com dados iguais/parecidos. Dessaforma, o eleitor é chamado a comparecer ao cartóriopara escolher a inscrição com a qual deseja ficar. Casoele não o faça, a coincidência (duplicidade/pluralidade)é analisada pela autoridade judiciária competente (juizeleitoral ou corregedor). A inscrição que for liberadaestará disponível para o exercício do voto, se nãohouver decisão em contrário. Inscrição agrupada emduplicidade ou pluralidade não poderá ser objeto detransferência, revisão ou segunda via (ver Res. TSE

n.º 21.538/03, art. 33 e 38).

O que é uma revisão de dados?É um procedimento que ocorre quando o eleitor

necessitar:1- alterar local de votação no mesmomunicípio, ainda que haja mudança de zona eleitoral;2- retificar(corrigir) dados pessoais, tais como: nome,filiação, data de nascimento e outros; 3- regularizarsituação de inscrição cancelada (ver Res. TSE

n.º 21.538/03, art.6º).

Ainda posso transferir meu título?Não. O prazo legal terminou no dia 3 de maio de

2006 (151 dias antes da eleição) (ver Res. TSE n.º 22.124/06).

Em que situação posso / devo fazer umatransferência do título de eleitor?

A transferência poderá ser feita sempre que o eleitordesejar alterar seu domicílio (mudar de município), emconjunto ou não com eventual retificação de dados (ver

Res. TSE n.º 21.538/03, art.5º).

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Até que dia posso solicitar e receber a segunda viado título?

A qualquer período o eleitor pode solicitar a segundavia do título. Em ano eleitoral, porém, o prazo é de até10 (dez) dias antes da eleição (21 de setembro).O pedido de segunda via poderá ser formulado emqualquer zona, mediante a apresentação da identidadee comprovante de quitação com a Justiça Eleitoral.A 2ª via poderá ser entregue ao eleitor até a vésperada eleição (ver Res. TSE n.º 21.538/06, art. 19, §§ 1º e 2º ).

Quais os requisitos necessários para fazer umatransferência?

São os seguintes os requisitos:1) estar quite com aJustiça Eleitoral; 2) transcurso de pelo menos 1(um)ano do alistamento ou da última transferência;3) residência mínima de três meses no novo domicílio(comprovar com conta de água, luz ou telefone efotocópia); 4) apresentar o original e fotocópia dodocumento de identidade. As exigências do transcursode pelo menos 1(um) ano do alistamento ou da últimatransferência e residência de no mínimo de 3 (três)meses no município não se aplicam às transferênciaseleitorais de servidores públicos civis, militares,autárquicos, ou de membros de suas famílias, pormotivo de remoção ou transferência (ver Res. TSE

n.º 21.538/03, art.18, § 1º).

Quando é que o eleitor está impedido de requerertransferência, 2ª via ou revisão eleitoral?

Quando o eleitor não estiver quite com a JustiçaEleitoral; quando a inscrição estiver cancelada peloFase código 450 (Cancelamento - Sentença deAutoridade Judiciária Competente) ou suspensa.

Mudei de bairro (endereço) e estou morando longede onde votava. Como faço para mudar meu localde votação?

Para votar nesta eleição, o prazo para transferênciajá passou. Após a eleição, dirija-se ao cartório eleitoral,

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levando os originais e fotocópias da identidade e docomprovante de residência e o título, se tiver.

Já que o mesário digita o número do título do eleitorantes da votação, é possível saber quem votou emquem (identificar o voto)?

Não. A urna eletrônica não associa o eleitor ao voto.A UNICAMP e todos os especialistas que analisaramos programas afirmam que esta associação não é feita.A digitação do número do título evita que um mesmoeleitor vote mais de uma vez e ainda automatiza oregistro dos faltosos no Cadastro Eleitoral.

Como voto na urna eletrônica e como ela funciona(procedimentos de votação)?

Usando o teclado da urna, que é similar ao dotelefone, digite o número do candidato de suapreferência. Na tela aparecerão a foto, o número, onome e a sigla do partido do candidato. O eleitor deveconferir e, se tudo estiver correto, deve apertar a teclaverde CONFIRMA. Caso tenha errado, deve apertar atecla laranja CORRIGE e digitar novamente. A cadavoto confirmado, a urna emitirá um rápido sinal sonoro.Após o registro do último voto, a urna emitirá um sinalsonoro mais intenso e prolongado e aparecerá na telaa palavra FIM. Para votar em branco é só apertar atecla BRANCO e depois no CONFIRMA. Para votarNULO é só digitar um número de candidato ou de partidoinexistentes e depois apertar na tecla CONFIRMA.

Meu amigo votou e apareceu a foto de nossocandidato. Quando fui votar não apareceu. Comopode?

Não pode. Se houver um erro de programação ouno arquivo de fotos, este erro aparecerá sempre.Conclusão: não tem cabimento afirmar que para umdeterminado eleitor não aparece a foto ou para outroaparece foto trocada. Se houver erro na programaçãoou no arquivo será para todos, e sempre.

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É possível invadir via Internet as urnas, a rede decomunicação ou o totalizador e alterar o resultadoda eleição?

Não. Durante a eleição a rede da Justiça Eleitoral éfisicamente isolada (não há conexão com a Internet).Há rígida fiscalização ao acesso às salas de totalizacão.Os dados trafegam criptografados pela rede decomunicação de dados. A urna eletrônica é ligadaapenas na tomada elétrica, não possuindo conexãocom o mundo externo via telefone nem dispositivo deconexão via rede elétrica.

Um celular pode fraudar/interferir na urnaeletrônica?

A urna eletrônica é testada em ambiente à prova deradiação no INPE - Instituto Nacional de PesquisasEspaciais. Nesta sala ela é bombardeada por radiaçõesemitidas por antenas em várias freqüências. Testesrigorosos garantem que nenhuma radiação considerávelé emitida pela urna nem tampouco a mesma ésusceptível a emissões externas.

Há segurança na totalização dos votos?SIM. A rede é exclusiva para comunicação de dados.

O Sistema de Totalização só recebe um BU por seçãoeleitoral e faz a conferência da assinatura digital econsistência da seção. Só é aceito BU da urna originalou de urna de contingência e cada urna está associadaa uma seção específica através de um identificador,uma tabela de correspondência que é entregue aospartidos antes da eleição. O arquivo de votação porseção gerado no totalizador é entregue aosinteressados, e é possível conferir o resultado totalizadocom o publicado na seção eleitoral (vários partidos jáfizeram isso em outras eleições). Havendo divergênciaentre o resultado totalizado e o publicado na seçãoeleitoral, o que vale é o da seção eleitoral.

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O que é o voto digital?O voto digital veio substituir o voto impresso. A urna

eletrônica gravará num arquivo a composição dos votosde cada eleitor, sem associar o voto ao eleitor.

Como posso ter certeza de que não há votosanteriormente registrados na urna eletrônica?

Através da zerésima, que é um documento emitidopela urna eletrônica e retirada pelo presidente da mesareceptora de votos, antes do início da votação, napresença dos representantes e fiscais dos partidospolíticos e de coligações que ali estiverem. A zerésimacomprova que não existe nenhum voto registrado namáquina (urna eletrônica).

Posso aprender a usar a urna eletrônica pelaInternet?

Sim. No site do TSE (www.tse.gov.br), clicando nolink ´Eleições->Urna Eletrônica->Simulação deVotação´.

Quem não consegue ou não quer usar a urnaeletrônica vai poder usar a cédula tradicional?

Não. A votação será realizada com a urna eletrônica.Somente no caso de um defeito da urna eletrônica quenão possa ser substituída por outra, é que a votaçãopassará para o sistema manual, com a utilização dacédula tradicional.

Podem ser utilizadas outras máquinas(simuladores) de urna eletrônica pelos candidatospara ensinar os eleitores a votar?

Não. O próprio TRE já faz um amplo programa dedivulgação da urna eletrônica. Fica vedado o uso desimuladores eletrônicos. Aos partidos políticos,coligações e candidatos será vedada a utilização desimulador de urna eletrônica na propaganda eleitoral(ver Res. TSE n.º 22.158/06, art.66).

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Como o sigilo do voto é garantido na urnaeletrônica?

A urna eletrônica contabilizará cada voto,assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, garantindoainda aos partidos políticos, coligações e candidatosampla fiscalização (Lei nº 9.504/97, art. 61). O eleitor,assim como no sistema tradicional, dirige-se sozinho auma cabina indevassável e lá digita seu voto na urnaeletrônica. Não há vinculação alguma daquele votodigitado com o eleitor que o digitou, portanto o sigilo égarantido.

Se a urna eletrônica apresentar problemas na horada votação?

O presidente da mesa, à vista dos candidatos e dosfiscais presentes, deverá desligar e religar a urnaeletrônica com a chave própria. Persistindo a falha, opresidente da mesa solicitará à equipe designada pelojuiz eleitoral para substituição da urna. Não sendopossível a substituição da urna, a votação passará parao processo de votação por cédulas, que deverá sermantido até a conclusão dos trabalhos. Essasocorrências deverão ser registradas em ata (ver Res. TSE

n.º 22.154/06, art.55, parágrafo único).

Em quais casos o voto pode ser anulado?Votos dados a candidatos inelegíveis ou inexistentes

serão considerados nulos. Na urna eletrônica, se oeleitor confirmar um número inexistente de candidatoou partido (ex: 0000 ou 9999), o voto será anulado. Paraevitar esse problema, é só levar anotados os númerosdos seus candidatos e conferir após a digitação de cadacargo o número, o nome e a foto do candidato.

Como fazer para votar em branco?É só apertar a tecla BRANCO durante a votação no

cargo desejado. Em seguida, aperta a tecla VERDEpara CONFIRMAR.

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Os partidos políticos têm acesso às cargas dasurnas eletrônicas?

Sim. É garantida aos fiscais e delegados de partidospolíticos e de coligações a conferência dos dadosconstantes das urnas eletrônicas durante o período decarga e lacração (ver Res. TSE n.º 22.154/06, art. 24, I e II).

Em que ano surgiu a votação através da urnaeletrônica?

O voto na urna eletrônica no Brasil foi implantado apartir de 1996 (eleições municipais) quando, segundoos critérios estabelecidos pelo TSE, apenas osmunicípios com mais de 200 mil eleitores utilizariam aurna eletrônica. Em 1998, no processo de ampliaçãoda votação eletrônica, o critério de eleitorado foialterado, alcançando todos os municípios com mais de40.500 eleitores. Em 2000, as eleições foraminformatizadas em 100% do território nacional.

Quais as principais vantagens do voto eletrônico?1) impedir fraudes, através do acompanhamento que

é permitido aos partidos políticos em todas as etapasque envolvem o processo eleitoral, por meio daimpressão da zerésima e do boletim de urna na seçãobem como pelo bloqueio do número do título do eleitorque já votou; 2) aumentar a rapidez na apuração edivulgação dos resultados; 3) facilitar o voto do eleitoranalfabeto e deficiente visual; 4) dificultar o voto de“cabresto” e eliminar o voto “correntinha” e várias outrasartimanhas utilizadas pelos candidatos e caboseleitorais. O processo de votação é bem mais simplese rápido. Se errar o voto, o eleitor pode cancelar oprocesso e votar novamente quantas vezes fornecessário. A margem de erro cai significativamenteem relação à votação manual e não há possibilidadede fraude.

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Qual a ordem/seqüência de votação na urnaeletrônica para a eleição de 2006?

A urna eletrônica exibirá, primeiramente, os painéisreferentes às eleições proporcionais e, em seguida, osreferentes às eleições majoritárias, na seguinte ordem:I – deputado federal; II – deputado estadual ou distrital;III – senador; IV – governador de estado ou do DistritoFederal; V – presidente da República (ver Res. TSE

n.º 22.154/06, art. 54, § 1º).

O que fazer se o eleitor digitar errado o número deseu candidato?

Se ainda não tiver confirmado, deverá apertar a teclalaranja CORRIGE, digitar novamente o número do seucandidato, conferir os dados e, em seguida, apertar atecla verde CONFIRMA. Caso já tenha confirmado epassado para a próxima tela e próximo cargo, não temmais jeito.

Quantas vias de boletim de urna serão impressas?Concluída a votação, serão impressas 5 vias

obrigatórias do boletim de urna e uma 1 via do boletimde justificativa. Poderão, ainda, facultativamente, seremitidas até 10 cópias extras de boletins de urna, paradistribuição de até oito vias aos fiscais dos partidospolíticos, no mínimo uma ao representante da imprensae uma ao representante do Ministério Público ( ver Res.

TSE n.º 22.154/06, art. 99, § 2º).

Como votar na legenda?O voto de legenda só existe para as eleições

proporcionais. E só digitar o número do partido e depoisapertar a tecla VERDE para CONFIRMAR.

Qual o destino das 5 (cinco ) vias obrigatórias doboletim de urna?

Uma via será afixada pelo presidente da mesa emlocal visível na seção eleitoral; outra será entregue aos

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fiscais dos partidos políticos e coligações presentes, eas três vias restantes serão enviadas, juntamente coma via de justificativa, o disquete e demais documentosdo ato eleitoral, à junta eleitoral.

O que acontece se houver falta de energia elétricadurante a votação?

A urna eletrônica dispõe de bateria interna comautonomia de até doze horas, além disso, é possívelse instalar facilmente uma bateria de automóvel na urnaeletrônica.

Como totalizar os votos de uma seção na qual houveinterrupção da votação pelo sistema eletrônico?

Quando se tratar da apuração de uma seção na qualhouve interrupção da votação pelo sistema eletrônico,o juiz eleitoral determinará a recuperação dos arquivosmagnéticos contendo os votos registrados na urnaeletrônica, os quais serão totalizados pelo sistema deapuração eletrônica, juntamente com o resultado davotação realizada por cédulas, a ser apurado pelosistema do voto cantado (ver Res. TSE n.º 22.154/06,

art. 100).

Como se dá a apuração pelo sistema do votocantado?

Voto CantadoA apuração dos votos das seções eleitorais nas

quais o processo de votação tiver sido por cédulas seráprocessada por intermédio da urna eletrônica com autilização do sistema de apuração eletrônica, tambémconhecido como voto cantado (ver Res. TSE n.º 22. 154/06,

art. 110).

O processo de apuração do voto cantado obedeceaos seguintes procedimentos:

• leitura dos votos em voz alta;

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• digitação do número do candidato ou da legendapartidária no microterminal da urna eletrônica, ou de00 para o voto em branco e 99 para o nulo (ver Res. TSEn.º 22.154/06, art.110).

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Este livro foi composto na fonte Arial, tamanho 10 com detalhes em Bodoni,tamanhos 10 e 11. O miolo foi impresso em papel AP 75g/m2, cor branca, ea capa, em papel alta alvura 180g/m2. Impresso pela Printcolor Gráfica eEditora Ltda e editado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará em agostode 2006.