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CURSO EM PDF – ICMS-SP – FINANÇAS PÚBLICAS Professores Mauricio Mariano e Daniel Breuer www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 AULA 04 – Efeitos distributivos dos impostos: incidência econômica dos tributos. Tributação e estruturas de mercado: incidência de impostos em concorrência perfeita e monopólio. Política tributária: como os impostos influem nas decisões de consumo, poupança e gasto. Futuros servidores do ICMS/SP, está na hora de mais uma aula. beatriz cristina silva - 298.998.568-94

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AULA 04 – Efeitos distributivos dos impostos: incidência econômica dos tributos. Tributação e estruturas de mercado: incidência de

impostos em concorrência perfeita e monopólio. Política tributária: como os impostos influem nas decisões de consumo, poupança e

gasto.

Futuros servidores do ICMS/SP, está na hora de mais uma aula.

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Sumário da Aula:

1.Efeitos distributivos dos impostos: incidência econômica dos tributos. 2.Tributação e estruturas de mercado: incidência de impostos em concorrência perfeita e monopólio. 3.Política tributária: como os impostos influem nas decisões de consumo, poupança e gasto. 4. Lista de exercícios. 5. Resolução / comentários aos exercícios.

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1.Efeitos distributivos dos impostos: incidência econômica dos tributos.

O estudo da incidência econômica dos tributos tem como objetivo determinar quem de fato arca com o ônus tributário.

Essa necessidade surge do fato de que nem sempre a incidência legal (nominal) coincide com a incidência econômica (incidência de fato).

Para determinar sobre quem incide de fato o ônus tributário é necessário analisar diversos aspectos como as elasticidades das curvas de demanda e de oferta e a e xistência de concorrência perfeita, oligopólio ou monopólio.

Nesse primeiro item, discutiremos a influência da elasticidade-preço da demanda e da elasticidade-preço da oferta sobre a incidência econômica dos tributos.

Na grande maioria dos casos, o ônus tributário é repartido entre os consumidores e os produtos, sendo essa repartição dependente das elasticidades da demanda e da oferta.

Nos casos em que a curva de demanda tem baixa elasticidade e a curva de oferta tem elasticidade maior, a maior parcela do ônus tributário é repassada aos consumidores.

Já quando a curva de oferta tem baixa elasticidade e a curva de demanda tem elasticidade maior, a m aior parcela do ônus tributário é absorvida pelos produtores.

Na hora da prova, vocês vão lembrar do seguinte macete:

Quem é mais inelástico paga mais. Ou seja, quando a c urva de demanda é mais inelástica (ou menos

elástica) do que a c urva de oferta, os consumidores arcarão com a maior parcela do ônus tributário.

Porém, quando a curva de oferta for mais inelástica do que a curva de demanda, os produtores arcarão com a maior parcela do ônus tributário.

Vamos repetir para vocês não esquecerem:

Quem é mais inelástico paga mais.

Caso a curva de demanda seja perfeitamente inelástica, toda a carga tributária será suportada pelo consumidor.

Caso a curva de oferta seja perfeitamente inelástica, toda a carga tributária será suportada pelos produtores.

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2. Tributação e estruturas de mercado: incidência de impostos em concorrência perfeita e monopólio.

Nessa parte da aula analisaremos a incidência de imposto indireto específico sobre a venda de mercadorias e serviços em concorrência perfeita, a incidência de imposto indireto ad valorem sobre a v enda de mercadorias e serviços em concorrência perfeita, bem como analisaremos a incidência de impostos em monopólio.

Porém, antes precisamos apresentar as definições de concorrência perfeita e de monopólio.

2.1 – Incidência de imposto indireto específico sobre vendas de mercadorias e serviços em concorrência perfeita.

Quando o Estado institui um imposto indireto específico sobre vendas de mercadorias e serviços em um mercado de concorrência perfeita as seguintes conseqüências são esperadas:

1- Aumento nos custos de produção;

2- Redução da oferta. No gráfico de Preço X Quantidade, a curva da oferta se desloca para cima e para a esquerda, paralelamente à curva de oferta sem o imposto indireto específico, conforme gráfico abaixo.

Concorrência perfeita é a estrutura de mercado na qual existe um grande número de pequenos compradores e vendedores, ou seja, o mercado é atomizado, sendo que nenhum desses agentes é substancialmente relevante.

Além disso, há livre entrada e saída de empresas no mercado e transparência nas informações.

Monopólio é a estrutura de mercado na qual há apenas um vendedor.

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3- Redução na quanti dade de mão-de-obra utilizada, com uma conseqüente redução nos salários.

4- Os consumidores e produtores arcarão com o ônus tributário de acordo com a elasticidade-preço da demanda e a elasticidade-preço da oferta. Notem que no gráfico acima há dois retângulos e um triângulo (3-2-1). O triângulo representa o peso morto do tributo. O retângulo superior representa o imposto pago pelo consumidor, já o retângulo inferior representa o imposto pago pelo produtor. Agora vamos ver um exemplo numérico:

Vamos supor que, em um mercado de concorrência perfeita, sem o imposto indireto específico, as curvas de demanda e oferta são definidas pelas funções abaixo:

Qd = 200 – P (demanda)

Qo = -8 + P (oferta)

Para determinarmos o preço de equilíbrio (Pe), devemos igualar as curvas de demanda e oferta.

Qd = Qo

200 – Pe = -8+Pe Pe = 104

Agora, para ac harmos a quant idade de equilíbrio (Qe), inserimos o valor de Pe em qualquer uma das duas funções.

Qe = 200-Pe

Qe = 200 – 104 Qe = 96

Logo o ponto de equilíbrio, sem a pre sença do imposto indireto específico é (Pe=104; Qe=96).

Agora, vamos supor que o Governo crie um imposto indireto específico no valor de R$ 10,00 para cada unidade vendida.

Com isso, a c urva de oferta para a s er representada da seguinte forma:

Qo’ = -8 + (P-t)

Qo’ = -8 + (P – 10)

Qo’ = -18 + P

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Agora vamos igualar a curva de oferta e a curva de demanda para acharmos o Pe’ (preço de equilíbrio após a instituição do imposto indireto específico):

Qo’ = Qd

-18 + Pe’ = 200 – Pe’

Pe’ = 109

Para finalizarmos, acharemos a Qe’ colocando o valor de Pe’ na curva de demanda ou na nova curva de oferta:

Qd = 200 – P

Qe’ = 200 – 109

Qe’ = 91

Com isso, o ponto de equilíbrio após a instituição do imposto indireto específico passa a ser (Pe’ = 109; Qe’ = 91).

2.2 - Incidência de imposto indireto Ad Valorem sobre vendas de mercadorias e serviços em concorrência perfeita.

Em um mercado de concorrência perfeita, a criação de um imposto indireto ad valorem sobre a venda de mercadorias e serviços implica as seguintes conseqüências:

1- Aumento nos custos de produção;

2- Redução da oferta. No gráfico de Preço X Quantidade, a curva da oferta se desloca para cima e para a e squerda, porém a nova curva de oferta não é paralela à curva de oferta sem o imposto indireto ad valorem.

3- Redução na quanti dade de mão-de-obra utilizada, com uma conseqüente redução nos salários.

4- Os consumidores e produtores arcarão com o ônus tributário de acordo com a elasticidade-preço da demanda e a elasticidade-preço da oferta.

Um aspecto importante a ser mencionado é o fato de que o imposto ad valorem pode ser calculado “por dentro” ou “por fora”.

Para ficar clara a diferença, vamos ver um exemplo numérico, com uma alíquota de 10%:

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1- Imposto Ad Valorem por dentro:

Preço de venda com imposto R$ 200,00

(-) Imposto Ad valorem por dentro (R$ 20,00)

Preço de Venda sem o imposto R$ 180,00

2- Imposto Ad valorem por fora:

Preço de venda sem o imposto R$ 200,00

+ Imposto Ad valorem por fora R$ 20,00 Preço de venda com imposto R$ 220,00

Agora vamos analisar as mudanças nas quantidades e preços de equilíbrio que a adoção de um imposto indireto ad valorem causa, tanto quando é calculado por dentro como quando é calculado pro fora.

Vamos considerar as mesmas curvas de oferta e demanda vistas quando analisamos a adoção de um imposto indireto específico.

Ou seja, em um mercado de concorrência perfeita e sem imposto indireto ad valorem, as curvas de demanda e oferta são dadas pelas funções abaixo:

Qd = 200 – P (demanda) Qo = -8 + P (oferta)

Como foi visto anteriormente, o ponto de equilíbrio sem impostos é Pe=104 e Qe=96.

Agora vamos supor a criação de um imposto indireto ad v alorem calculado por fora com alíquota de 10%.

Com isso, a curva de oferta passa a ser dada pela função abaixo.

Qo’ = - 8 + [ P / ( 1 + t)]

Como t= 0,1, temos que a nova curva de oferta é:

Qo’ = -8 + (P/1,1)

Para acharmos o Pe’ devemos igualar as curvas de oferta e demanda.

-8 + (Pe’/1,1) = 200 – Pe’

Pe’ = 108,95

Agora para acharmos a quantidade de equilíbrio (Qe’), devemos substituir o P por Pe’ na curva de demanda ou na nova curva de oferta.

Qe’ = 200 – Pe’

Qe’ = 91,05

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Ou seja, com a adoção de um imposto indireto ad valorem calculado por fora, o novo ponto de equilíbrio passa a ser (Pe’ = 108,95; Qe’ = 91,05).

Agora, para finalizarmos esse item, vamos ver as alterações no equilíbrio causadas por um imposto indireto ad valorem calculado por dentro.

Caso o imposto ad valorem seja calculado por dentro, a curva de oferta passa a ser dada pela seguinte função:

Qo’’ = - 8 + p(1-t).

Mantendo a al íquota em 10%, temos que a c urva de oferta é assim representada:

Qo’’ = -8 + 0,9p

Para acharmos o preço de equilíbrio após o imposto ad v alorem por dentro (Pe’’), devemos igualar a nova curva de oferta e a curva de demanda.

Qo’’ = Qd

-8 + 0,9Pe’’ = 200 – Pe’’

Pe’’ = 109,47

Agora para acharmos a Qe’’ devemos substituir P por Pe’’ na curva da demanda ou na nova curva da oferta.

Qe’’ = 200 – Pe’’

Qe’’ = 200 – 109,47

Qe’’ = 90,53

Ou seja, com a adoção de um imposto indireto ad valorem calculado por dentro, o novo ponto de equilíbrio passa a s er (Pe’’ = 1 09,47; Qe’’ = 90,53).

2.3- Incidência de impostos em monopólio. Inicialmente, poderíamos imaginar que em um monopólio, por haver

apenas um produtor, o ônus tributário seria totalmente repassado aos consumidores.

Entretanto, isso só ocorre em bens perfeitamente inelásticos, pois os consumidores não têm outra alternativa a não ser comprar o bem independentemente do valor.

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Já em bens elásticos, os consumidores podem optar por deixar de comprar os bens, motivo pelo qual nessa situação não haverá um repasse total do ônus tributário para os consumidores.

Além disso, o governo, como forma de coibir o abuso de preços, pode tributar mais pesadamente os lucros considerados excessivos.

3. Política tributária: como os impostos influem nas decisões de consumo, poupança e gasto.

Na análise da tributação sobre o consumo, devemos, no primeiro momento, separar os bens inelásticos dos bens elásticos.

No caso dos itens inelásticos, a tributação pouco influencia no consumo, visto que um aumento de preços diminui pouco a demanda pelo item.

Como exemplo, temos o sal, que é um bem inelástico. Imagine que ocorra um aumento da tri butação sobre o sal, a

quantidade demandada pouco será afetada por isso, já que é um bem essencial e sem bens substitutos.

Por outro lado, um aumento da tributação de um item elástico influenciará mais fortemente o consumo desse item.

Pensem no caso de perfumes importados, vejam que um aumento da tributação diminuirá muito o consumo desse bem, assim como uma redução no imposto aumentará o consumo desse bem.

Temos que mencionar que em alguns casos o governo usa a tributação para diminuir o consumo de determinados bens, como, por exemplo, o cigarro.

Agora que sabemos os efeitos da tri butação sobre o consumo, estudaremos os efeitos da tributação sobre a poupança.

Caso ocorra um aumento da tr ibutação da po upança, os indivíduos desviarão parcela da renda que antes era direcionada para a poupança para um consumo maior.

Ou seja, haverá uma redução no volume das poupanças individuais e um aumento do consumo (os indivíduos poupam menos e consomem mais).

A incidência de impostos sobre a poupança desestimula os indivíduos a poupar.

Agora para finalizarmos a parte teórica da aula, veremos a influência da tributação sobre os gastos.

Pessoal, um aumento da tributação restringe a capacidade de gastos, tanto das famílias como das empresas.

O motivo é que parcela da renda das famílias e das empresas é direcionada para o pagamento de impostos, não podendo ser direcionada para outras finalidades.

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4. Lista de exercícios. 1.(FCC/Agente de Segurança Penitenciária/2008)

Quando um governo decide criar um tributo novo ou elevar a alíquota de um tributo já existente, os agentes públicos precisam conhecer seus efeitos sobre os preços dos produtos afetados. Supondo a existência de mercados competitivos, o nível de repasse do ônus tributário do produtor para os preços e, portanto, para os consumidores, dependerá da elasticidade das curvas de demanda e oferta dos produtos. Considere as afirmações abaixo. I. Quanto maior a elasticidade da curva de demanda e menor a elasticidade da curva de oferta de um produto em relação à variação de preços, menor poderá ser o repasse do ônus tributário aos consumidores. II. Quanto menor a elasticidade da curva de demanda e maior a elasticidade da curva de oferta de um produto em relação à variação de preços, menor poderá ser o repasse do ônus tributário aos consumidores. III. Quanto menor a e lasticidade da curva de demanda e maior a elasticidade da curva de oferta de um produto em relação à variação de preços, maior poderá ser o repasse do ônus tributário aos consumidores. IV. Quando as curvas de demanda e de oferta são inelásticas em relação à variação de preços, não há repasse do ônus tributário aos consumidores. V. Quanto maior a elasticidade da curva de demanda e menor a elasticidade da curva de oferta de um produto em relação à variação de preços, maior poderá ser o repasse do ônus tributário aos consumidores. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) I b) III c) IV d) I e III e) II e V 2. (FCC/AFR/SEFAZ-SP/2006) Com relação à incidência de um imposto sobre vendas de um bem X num mercado em concorrência perfeita, é correto afirmar que A) o imposto é regressivo, porque tende a onerar mais fortemente os consumidores mais ricos.

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B)o ônus do imposto recai mais fortemente sobre os vendedores ou consumidores dependendo do valor das respectivas elasticidades-preço. C) as elasticidades-preço da oferta e da demanda do bem no mercado não determinam o ônus do contribuinte de fato. D) o imposto desloca a c urva de demanda para baixo em montante maior ao do imposto. E) um imposto com alíquotas variáveis, em princípio, atende melhor ao princípio da neutralidade do que um imposto com alíquotas fixas. 3.(FCC/Analista Judiciário/TJ-PA/2009) O governo, num mercado em concorrência perfeita, lança um imposto sobre a venda de determinada mercadoria. S egundo a t eoria convencional das finanças públicas, pode-se afirmar que A) o preço de equilíbrio desse mercado, após a introdução do imposto, será o preço de equilíbrio anterior mais o valor do imposto, independentemente do poder de barganha dos produtores e consumidores. B) se a demanda for mais elástica que a o ferta ao preço corrente de mercado sem imposto, a maior parte do imposto incidirá sobre os consumidores. C) se a oferta for mais elástica que a oferta ao preço corrente de mercado sem imposto, a maior parte do imposto incidirá sobre os produtores. D) a introdução desse imposto provocará uma perda da eficiência alocativa do mercado, denominada peso morto da tributação. E) se as elasticidades da oferta e da demanda ao preço corrente de mercado forem iguais em valor absoluto, o preço de equilíbrio de mercado após o imposto não sofrerá alteração. 4. (ESAF/AFTN/1998) – Ao analisar os efeitos da tributação sobre os bens e fatores sob as condições do mercado perfeito, é necessário avaliar os efeitos da aplicação do imposto unitário e do ad valorem sobre as diversas indústrias no mercado competitivo. Marque a afirmativa falsa. a) Os efeitos da aplicação do imposto unitário podem afetar tanto o consumidor, quanto o produtor. b) Os tributos ad valorem incidem sobre o valor da operação. c) A elasticidade não afeta a distribuição do ônus tributário entre o consumidor e o produtor, no caso da aplicação do imposto unitário.

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d) Os tributos unitários e ad valorem podem ser aplicados no caso de monopólio. e) Os tributos unitários incidem sobre cada unidade do produto. 5. (ESAF/AFRF/2003)- Com base na imposição de um imposto, assinale a única opção falsa. a) Quando um imposto é aplicado num mercado, há dois preços de interesse: o que o demandante paga e o que o ofertante recebe. b) O imposto sobre a quantidade vendida é uma taxa cobrada por cada unidade vendida ou comprada do bem. c) O i mposto sobre o valor é uma taxa expressa em unidades percentuais. d) A p arte de um imposto que é repassada aos consumidores independe das inclinações relativas das curvas de oferta e demanda. e) A produção perdida é o custo social do imposto. 6. (ESAF/SUSEP/2002)- Imagine que o governo tenha introduzido um imposto sobre a venda de uma mercadoria transacionada em um mercado concorrencial. A esse respeito, pode-se afirmar: a) A introdução do imposto afeta o preço, mas não a q uantidade de equilíbrio no mercado. b) A parcela do imposto paga pelos consumidores é tanto maior quanto mais elástica for a curva de demanda. c) Todo o imposto será repassado aos consumidores. d) O aumento no custo da mercadoria para os consumidores será o mesmo, independente de a responsabilidade pelo recolhimento do imposto ser dos consumidores ou dos vendedores. e) A introdução do imposto afeta a quantidade de equilíbrio, mas não o preço. 7. (VUNESP/BNDES/2002)- Do ponto de vista da incidência tributária, é disseminada a hipótese de que os tributos indiretos tendem a ser totalmente transferidos pelo contribuinte legal. Essa hipótese é realmente verificada no caso de um imposto sobre a: a)Renda, quando se estabelecem alíquotas diferenciadas por tipo de rendimento. b)Venda de um bem de consumo, quando a demanda por esse bem elasticidade-preço é igual a zero.

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c)Venda de um bem de capital, quando a demanda por esse bem tem elasticidade-preço igual à unidade. d)Renda, quando a demanda por salário tem elasticidade-preço unitária. e)Venda de um bem de consumo, quando a demanda por esse bem tem elasticidade-preço infinita. 8. (ESAF/AFRF/2000) – Diz-se que, conforme o tamanho da carga tributária e o tipo de tributo, a pressão tributária pode exercer efeitos sobre as poupanças dos indivíduos. Identifique qual dos efeitos mencionados é o verdadeiro. a) A parcela da renda que os indivíduos destinam à p oupança é desviada para um menor consumo. b) O volume das poupanças individuais é reduzido e transferido à economia pública. c) A alocação das poupanças de aplicações mais arriscadas e rentáveis é desviada para aplicações menos seguras e mais onerosas. d) Os tributos cobrados sobre os rendimentos das poupanças dos indivíduos não modificam a estrutura de suas aplicações. e) A incidência dos impostos sobre os rendimentos das poupanças estimula os indivíduos a poupar.

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GABARITO

01 – D 02 - B 03 - D 04 - C 05 - D

06 - D 07 - B 08 - B

5. Resolução / comentários aos exercícios.

Questão 1 I)CORRETO. Lembrem-se da regra: quem é mais inelástico paga mais. Quanto mais elástica for a curva de demanda e mais inelástica a curva de oferta, menor será o repasse do ônus tributário para o s consumidores e a parcela maior do ônus será paga pelos produtores.

II) ERRADO. Quem é mais inelástico paga mais. Pessoal, se a curva de demanda é menos elástica, maior parcela do ônus tributário é repassada para os consumidores.

III)CORRETO. Conforme comentários do item II dessa questão. IV) ERRADO. Em geral, um aumento de tributo é suportado tanto pelos consumidores como pelos produtores em função da elasticidade-preço da demanda e da elasticidade-preço da oferta. V) ERRADO. Quem é mais inelástico paga mais. Nesse item a oferta é mais inelástica, logo o peso maior da tributação será suportado pelos produtores. Gabarito: D Questão 2

Em um mercado de concorrência perfeita, quando um imposto sobre vendas é instituído, em geral, o ônus tributário será suportado pelos consumidores e pelos produtores.

Sendo que o mais inelástico pagará a m aior parcela (quem é mais inelástico paga mais).

Gabarito: B Questão 3 a)ERRADA. Pessoal, nessa aula estudamos um caso de um imposto indireto específico no valor de R$ 10,00. Antes do imposto o preço de equilíbrio era R$ 104,00, após o imposto o preço de equilíbrio foi para R$ 109,00.

Logo, a determinação do preço de equilíbrio após o imposto não é feita simplesmente somando o valor do imposto ao preço de equilíbrio sem o imposto.

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b)ERRADA. Nessa alternativa o mais inelástico é a oferta, logo, pela regra do quem é mais inelástico paga mais, a maior parcela do ônus tributário é paga pelos produtores. c)ERRADA. Caso a oferta seja mais inelástica do que a demanda, a maior parcela do ônus tributário é paga pelos produtores. Quando a demanda é mais inelástica do que a oferta, a maior parcela do ônus tributário é paga pelos consumidores.

d)CORRETA. A introdução de um imposto, salvo o Lump Sum, gera um excesso de carga tributária, ou peso morto.

e)ERRADA. Geralmente, a adoção de um imposto sobre a venda de mercadorias altera tanto o preço de equilíbrio como a quantidade de equilíbrio.

Gabarito: D

Questão 4 A elasticidade afeta a di stribuição do ônus tributário entre os

consumidores e os produtores. Lembrem-se da regra:

Quem é mais inelástico paga mais.

Gabarito: C Questão 5

A elasticidade-preço da demanda e a elasticidade-preço da oferta influenciam na parcela do tributo que é suportada pelos consumidores e pelos produtores. Gabarito: D Questão 6 a)ERRADA. Em geral, a introdução de um imposto sobre venda de mercadorias afeta tanto o preço como a quantidade de equilíbrio.

b)ERRADA. Quanto mais inelástica for a demanda, maior a parcela do tributo será repassada aos consumidores, lembrem-se de que quem é mais inelástico paga mais. c)ERRADA. O imposto somente será repassado integralmente ao consumidor se a curva de demanda for perfeitamente inelástica (anelástica).

d)CORRETA. A incidência econômica (quem arca com o tributo) é diferente da incidência legal (quem tem a obrigação de recolher o tributo). e)ERRADA. Conforme comentários da letra “a” dessa mesma questão. Gabarito: D

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Questão 07 Quando a curva de demanda é perfeitamente inelástica, ou seja,

quando a elasticidade da demanda for zero, todo o ônus tributário será repassado aos consumidores.

Gabarito: B Questão 8. a)ERRADA. Com a tributação, haverá uma tendência dos indivíduos pouparem menos e consumirem mais.

b)CORRETA. Conforme comentários da letra “a” dessa mesma questão. c)ERRADA. Os indivíduos, quando a poupança é tributada, tendem a migrar para aplicações menos onerosas.

d)ERRADA. Conforme explicado na letra “c” dessa questão, a tributação sobre a poupança alterará a estrutura das aplicações dos indivíduos. e)ERRADA. A incidência de impostos sobre a poupança desestimula os indivíduos a poupar.

Gabarito: B Com isso terminamos mais uma aula.

Bons estudos e até a próxima.

Bibliografia

Livros utilizados:

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