financas neutras

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Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008 FINANAS E DIREITO FINANCEIRO

ECONOMIA PRIVADA relaes econmicas que so regidas por critrios predominantemente individuais. Em regra; contratuais e de liberdade. Todos ns a fazemos i ( Finanas Privadas )

A economia Privada tem 3 elementos fundamentais: Preos Contratos A propriedade privada dos bens produtivos ou de consumo

ECONOMIA COOPERATIVA trata-se de relaes que so lideradas por instituies no contratualistas de relaes comunitrias, de formao livre e assentes na liberdade - i

ECONOMIA PBLICA - quando h um recurso ao IUS IMPERIUM , isto , autoridade do Estado, com recurso, se necessrio coaco, em nome do interesse geral - i O Estado tem o poder de coagir. ( Finanas Pblicas )

( QUID substncia, natureza )

A ECONOMIA PBLICA TEM TB 3 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS: Sociedade dotada de poder poltico Coaco sob a forma de direco econmica e a apropriao dos bens atravs pela sociedade poltica, atravs dos seus rgos polticos Os rgos de deciso Poltica normalmente funcionam do centro para a periferia, seja qual for o ente pblico.

ECONOMIA cincia que trata de relaes de proteco, de consumo, de repartio e circulao de bens.

DT ECONMICO todas as normas jurdicas que enquadram estas relaes

FINANAS PRIVADAS falamos de trs elementos.: um ente privado que exerce actividade econmica atravs do qual afecta bens satisfao das suas necessidades individuais e de satisfao activa

Activa porque se no formos procurar os bens, eles no vm ter connosco

FINANAS PBLICAS falamos de: um ente pblico que exerce uma autoridade pblica originria ou dinmica atravs da qual afecta bens s necessidades colectivas e de satisfao passiva

SENTIDO ORGNICO o Estado a Administrao Central

O PODER POLTICO E A ECONOMIA: Poder de Coordenao, Poder de Interveno e Poder de Actuao Econmica do Estado

Poder de COORDENAO tem que haver um ordenamento jurdico, um enquadramento jurdico ( toda a legislao est na CRP ).

Poder de INTERVENO O estado intervm, age, coage na Economia

Poder de ACTUAO ECONMICA DO ESTADO o Estado um agente econmico, e como tal tambm actua na economia ( consome, distribu, etc ).

FINANAS PBLICAS NEUTRAS parte do princpio de que a economia privada, atravs do mercado, assegura o mximo de produo e distribuio do rendimento.

FINANAS INTERVENCIONISTAS trs momentos, que se apresentam como momentos histricos das finanas pblicas.: Interveno Mxima abundncia de nacionalizaes, com pouca margem para o sector privado Interveno Moderada no aumenta exageradamente o sector publico, deixando uma grande margem para o sector privado. MOMENTOS.: Em 1929/33 uma fase de grande depresso. As economias entraram em grande depresso, e o Estado teve que intervir, havendo assim vrias tcnicas de interveno do Estado. Na 2 Grande Guerra ( ps guerra ) o Estado teve que intervir e passa a ser cada vez mais intervencionista. Ainda hoje intervm.

FINANAS FUNCIONAIS vrios elementos tambm.: Temos uma viso justa da distribuio dos rendimentos O Estado preocupa-se com estas finanas e tambm .: Com a estabilidade Econmica Com o nvel de Emprego Com os preos de curto prazo - ( as estruturas econmicas, no tm tempo para mudar ). Com as Finanas o Estado, visa tambm.: O Desenvolvimento Econmico

A cincia das Finanas estuda a actividade financeira, isto , uma actividade que se exprime em receitas e despesas. Mas, como o Estado cobra receitas e faz despesas para atingir certas finalidades, claro que a actividade financeira s pode ser devidamente compreendida, e portanto, devidamente estruturada quando postas as receitas e as despesas em relao com as finalidades que o Estado pretende atingir.

O estudo das Finanas desdobra-se assim, no estudo do que , da aco desenvolvida pelo Estado para a satisfao das necessidades colectivas, e no estudo do que convm ser, da aco mais adequada para a satisfao de tais necessidades.

FINANAS POSITIVAS ( O estudo do que ) so finanas que fazem a teoria da realidade, observando e explicando as uniformidades do comportamento do Estado. FINANAS NORMATIVAS ( O Estudo do que convm ser ) so finanas que enunciam as regras, as normas, a que o Estado deve subordinar-se para o melhor conseguimento dos fins. Estas regras ou normas, constituem a Poltica Financeira. EX: Quais so as necessidades da educao ? Finanas Normativas

ACTIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO RECEITAS E DESPESAS JUS IMPERIUM Poder de autoridade Estatal

ACTIVIDADE FINANCEIRA a actividade econmica de um ente pblico tendente afectao de bens, para responder s necessidades colectivas, tem que processar-se atravs de receitas, com possibilidade de coaco EX IURE IMPERIUM - a partir do poder pblico.

AS RECEITAS ASSENTAM EM.: TAXAS ( abaixo dos custos de produo ) IMPOSTOS RECURSOS AO CRDITO PREOS

( i ) - LIMITAES DA ECONOMIA DE MERCADO ( Economia Privada )

O mercado tende a optimizar a afectao dos recursos gerando um melhor nvel de satisfao geral de todos e de cada um, mas tem limitaes.: Desigualdade na distribuio da riqueza Instabilidade em determinados sectores ( Calado. Txtil, Construo ) Situaes Monopolistas Actividades econmicas que por reflexo, beneficiam ou prejudicam outros - [ Externalidades ] = com a minha aco, beneficiam outros. Proviso inadequada de bens pblicos, nomeadamente colectivos M distribuio de recursos

EXTERNALIDADE- segundo o Professor.: 1 - POSITIVA h Externalidade ou efeito externo, quando os bens propiciam utilidades, no s por quem os produz, mas tambm para outras pessoas, a quem se no pode exigir uma compensao. 2 - NEGATIVA quando se gere desutilidades para os outros, que no podem pedir indemnizao.

A economia de mercado revela muita incapacidade relativamente aos bens colectivos, porque, no mercado h uma satisfao activa de necessidades individuais, ao passo que as necessidades colectivas so de satisfao passiva.

Os bens colectivos so bens no exclusivos, isto , so bens utilizados por todos.

Alm disso, os bens colectivos so bens no emulativos, ou seja, sem rivalidade, onde no h concorrncia.

CONCLUSO.: Estes bens colectivos no so oferecidos em mercado por um particular; s por algum desinteressado ou dotado de autoridade, que possa cobrar coactivamente o pagamento.

PIB = Investimento + Consumo

RECEITAS = Consumo + Poupana ( Investimento )

H uma relao mt estreita entre a economia e as finanas

ECONOMIA DE BEM ESTAR

O QUE O BEM ESTAR ? bem estar Econmico + Fsico + Mental + Social

A Teoria do bem Estar assenta em dois aspectos base.: Aspecto Psicolgico - que o bem estar individual debrua-se sobre o indivduo e o comportamento individual. e Aspecto Sociolgico preocupa-se com o bem estar Social tem o Princpio Psicolgico.

TEORIAS: 1 Teoria Atomtica = Mecanicista ---> TEORIA CLSSICA at meados do Sec XIX. Segundo esta teoria prevalece o bem estar individual, se este cresce, tambm cresce o bem estar social. A sociedade o somatrio dos indivduos. Quanto mais cresce a Sociedade, mais cresce esta teoria.

So teorias quantitativas.

No podemos ver o bem estar como o somatrio dos indivduos. Um indivduo isolado no tem o mesmo comportamento que um indivduo inserido num grupo, pois aqui sofre uma presso do prprio grupo.

Esta ideia de bem estar no cientfica.

2 TEORIA DO BEM ESTAR SEGUNDO PIGOU ( Mecanicista ) Para PIGOU aumento de bem estar, quando a utilidade de um, excede as desutilidades de outros. Se o saldo for positivo, temos um aumento de bem estar.

3 Teoria de PTIMO PARETO ( a mais conhecida ) Muito Subjectiva ptimo de Bem Estar de Pareto aquela situao em que se no pode ser melhor , a mais eficiente.

Crticas: - O ptimo para um pode no ser o ptimo para outro

Quando atingimos o ptimo ? 4 TEORIA DO NVEL PTIMO de RAWLS Para Rawls, define o nvel ptimo de bem estar, pela melhor situao possvel para os menos favorecidos.

5 TEORIA DO VOTO normalmente esta a Teoria que se segue nas democracias. As utilidades que aumentam o bem estar, correspondem preferncia da maoiria.

Nota: para os clssicos ( as teorias mecanicistas ) a soma do bem estar dos indivduos.

A PROBLEMTICA DAS EXTERNALIDADES ( ideia s ); So benefcios ou malefcios para os outros. Ex.: dar passagem frente da casa; a fbrica.

EXTERNALIDADEs so efeitos externos da interdependncia social; as decises de um produtor ou consumidor reflectem-se positiva ou negativamente sobre outras pessoas, que nada tm a ver com isso. Ora, so utilidades externas BENEFCIOS; Ora so desutilidades externas - CUSTOS.

As externalidades podem ser TECNOLGICAS quando a produo ou consumo de um agente econmico, se reflecte na produo ou consumo de outro agente.

As externalidades tambm podem ser PECUNIRIAS se houver um reflexo nos preos.

O ESTADO NO PODE INTERVIR NESTE PROBLEMA, NOS MALEFCIOS ? O respeito pela liberdade e diversidade humana, impossibilita uma regulamentao minuciosa da problemtica das externalidades, porque so mltiplas e, por vezes invisveis estas relaes externas de benefcios e custos, ou seja, de utilidades e desutilidades.

Mas o Estado pode impedir, como o caso do Dt Civil a regular situaes de vizinhana, ou com tributaes impostas aos beneficirios das utilidades. Ex: o caso da defesa do ambiente ( depsitos de combustvel perto de casas )

Este problema das externalidades difcil de regulamentar, pois a liberdade concorrente.

BENS PBLICOS, SEMI-PBLICOS E BENS PRIVADOS

( ideia s ); Bens Pblicos so aqueles que satisfazem as necessidades colectivas.

Bens Semi-Pblicos satisfazem necessidades colectivas e individuais.

Bens Privados so aqueles que satisfazem necessidades privadas.

Bens de Mrito Definio de RICHARD MUSGRAVE - so os bens privados, destinados utilizao individual e oferecidos por entidades pblicas, devido ao elevado consumo que preciso potenciar. Ex: A Educao

MEIOS DE FINANCIAMENTO DO ESTADO ( i ) Importante Distinguimos; RECEITAS VOLUNTRIAS; Preos ( pela venda dos seus produtos, bens ) Emprstimos ( recurso ao Credito ) BENS SEMI-PBLICOS; Taxas Impostos

Nas Taxas, h uma relao Sinalagmtica, relao de reciprocidade, um d e o outro tambm, individualmente h um benefcio. Ex: o estado presta um servio, mediante uma Taxa a apagar pelo destinatrio.

Diz-se que o Estado tem IUS IMPERIUM Poder de Autoridade

FINANAS POSITIVAS E FINANAS NORMATIVAS

FINANAS POSITIVAS So aquelas que esto sintonizadas com a realidade econmica de um pas. As receitas coactivas tm que estar tm que estar de acordo com essa realidade econmica do pas.

FINANAS NORMATIVAS - So aquelas que tm subjacente uma filosofia.

Assim, no Socialismo h uma regulamentao do Estado, muito apertada da economia, e tambm muitas nacionalizaes ( deixa pouco espao para a economia privada ). Ao contrrio no Liberalismo, h uma mais abundante desregulamentao e muitas privatizaes.

ONDE QUE DEVE SITUAR-SE A LINHA INTERMDIA ENTRE ECONOMIA PBLICA E ECONOMIA PRIVADA ? Aqui que est a Filosofia Normativa. Porque as finanas positivas so aquelas que esto de acordo com a totalidade da economia, e as finanas normativas no, procuram mexer na realidade. Depende da filosofia de cada um.

a filosofia moderada ( Social ) do sector pblico, adequada necessidade de social.

Se o Estado tambm oprime o sector privado com Taxas e Impostos, o sector privado perde a liberdade e a dinmica.

O Mercado orienta a produo com eficincia, mas no distribui a riqueza com justia.

Cabe ao estado fazer uma justa distribuio da riqueza. Ex: IRS FUNES DO SISTEMA FINANCEIRO Funes Financeiras e Funes Extra-Financeiras

FUNES FINANCEIRAS so as referentes satisfao de necessidades, resultantes da incapacidade do mercado.

Funes Extra-Financeiras so funes que se prendem com outros fins pblicos gerais conectados com a actividade financeira. Ex.: A Inflao

NOES DE;

Dt Financeiro, Dt Tributrio e Dt Fiscal

DT FINANCEIRO conjunto de normas que enquadram as finanas pblicas. Dentro do Dt Financeiro temos o Dt Tributrio e do Dt Fiscal.:

DT TRIBUTRIO conjunto de normas que regulam as receitas coactivas Ex.: Taxas e Impostos

DT FISCAL conjunto de normas que regulam a incidncia, lanamento e cobrana de impostos. Ex.: Impostos

FONTES DO DT FINANCEIRO

FONTES ORGNICA rgo do qual emanam os actos legislativos. Onde esto as Leis ? Em livros; instrumento de apoio ( ... )

FONTES DE DIREITO NO SENTIDO TECNICO-JURDICO ( Hierarquicamente )

1 - CONSTITUIO FORMAL tanto no domnio das normas de organizao, como das normas perceptivas ( s por si vinculam ), e programticas ou orientadoras.

A constituio material a conscincia colectiva do povo, enquanto que a constituio formal o livro . Esta constituio formal a fonte fundamental, est no topo da hierarquia.

Dentro da CRP temos; Art 9 d) 80; 84; 90 Ttulo IV Sistema Financeiro e Fiscal da CRP:

Arts 108 Oramento 106-107 Impostos 164 i) Emprstimos 110-216 controlo financeiro ( TC ) 254 e 240 autonomias financeiras autrquicas 225 e ss regies autnomas

TRATADOS INTERNACIONAIS E ACRDOS INTERNACIONAIS Art 8 da CRP

A LEI E O DEC LEI principais Fontes do Direito A Lei Formal ( propriamente dita ) reserva Constituio determinadas matrias, como por Ex.: A criao de Impostos Definio dos seus elementos essenciais autorizao de emprstimos; aprovao do oramento de Estado; definio das inspeces fiscais e financeiras e respectivas sanes.

Normalmente esta reserva de competncia relativa, admitindo autorizaes legislativas e iniciativa indistinta do Governo ou dos Deputados. Nos casos do oramento e da autorizao de emprstimos, e outras operaes de crdito, a iniciativa do Governo exclusiva, e a reserva absoluta, no se admitindo delegaes no Governo.

( i ) - Todavia, o Governo tem avanado muito nesta linha de fronteira, com o Parlamento, interpretando muito extensivamente as suas competncias.

O Dec-Legislativo Regional tambm um acto legislativo Art 115 da CRP

JURISPRUDNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES ( Fonte Indirecta ) A Jurisprudncia muito importante, tem muito peso nas decises dos Tribunais Superiores. O Tribunal Constitucional um Tribunal muito importante.

OS REGULAMENTOS com eficcia subordinada Lei e Dec-Lei nos termos do seu mbito ( Fonte Indirecta Subordinada ). Regulamentos Financeiros; Autnomos Independentes Os Regulamentos Financeiros podem ter eficcia em formas diferentes. - Dec regulamentar - Resoluo do Conselho de Ministros - Portarias - Despachos Ministeriais - Despachos ou Instrues dos Responsveis Administrativos e ainda; - Deliberaes das Entidades Autnomas e rgos locais que tenham caracter genrico.

A DOUTRINA ( Fonte Indirecta ) No vincula directamente, uma cincia jurdica, muito esclarecedora. So as opinies, pareceres de jurisconsultos

Hierarquia:

CONSTITUIO1 VINCULAM L E I E D E C - L E I 2 DIRECTAMENTE REGU L A M E N T O S 3

VINCULAM D O U T R I N A 4 INDIRECTAMENTE J U R I S P R U D N C I A 5

INTERPRETAO E APLICAO DAS NORMAS FINANCEIRAS

A interpretao aplica-se-lhe o previsto nos Art 9 a 11 CC. Parece que a definio de infraces financeiras se devem aplicar aos limites gerais do Dt. Punitivo, expressas no Art 18 do Cdigo Penal.

Aplica-se-lhe no Tempo, o previsto nos Arts 12 e 13 do CC, e no Espao, vigora o Princpio da Territoraliedade. Ope-se-lhe o Princpio da Personalidade ( princpio que se aplica s pessoas que estejam ou no no territrio )

As duas ltimas regras ( aplicao do TEMPO e TERRITORIO ), tm sido objecto de discusso, sobretudo no campo do Dt Fiscal, na rea do Dt de Crdito Pblico e tambm no Dt Financeiro Internacional.

Apoio:.

RELAO ENTRE ESTADO E ECONOMIA

Perodo do MERCANTILISMO Secs XVI XIII o Estado tudo o indivduo nada. No funciona aqui a Economia de Mercado. Absolutismo econmico, o Estado gere tudo. Monetarismo ( quanto mais moeda melhor ) quanto mais industria mais riqueza. Ex.: Frana era Industrializada. Quem pesa na Economia o Estado, sendo este Monopolista da Economia.

A seguir ao Mercantilismo, surge o FISIOCRATISMO - em termos econmicos: defende a liberdade econmica e havia uma mo invisvel que geria tudo. Riqueza agrcola natureza agrcola. SEC XVIII

Ao seguir ao Sec XVIII, XIX, temos o LIBERALISMO individualismo, os indivduos que devem gerir, o Estado no deve intervir, mas se intervir deve faz-lo como deve. Nas finanas neutras igual, o Estado assiste, mas no est vocacionado para intervir.

BREVES NOES SOBRE SECTOR PBLICO E SUA ESTRUTURA

Lei do enquadramento do oramento ( LEO ) fornece princpios gerais para os oramentos do Estado, Locais, Servios Autnomos, Municpios etc.

Lei Geral Tributria ( LGT )

Lei da Finanas Locais ( LFL )

A Segurana Social desde 1984 que integra a Lei do Oramento do Estado, mas do modo diferenciado porque tem a sua especificidade.

NOES E FORMAS DE AUTONOMIA FINANCEIRA

Poder Vinculado s um caminho Poder Discricionrio vrios caminhos

Autonomia a medida da capacidade e liberdade dos poderes financeiros das entidades pblicas. Cada autonomia tem que ser caracterizada em concreto e decorrente da Lei que a configura. A autonomia mede a relao entre o Estado e a entidade autnoma.

( i ) No entanto se houver autonomia, quebra-se a relao hierrquica e ao Estado pertence apenas a Tutela, isto , o poder de orientao geral, aprovao ou autorizao dos seus actos, fiscalizao etc.

Vejamos agora 4 tipos de Autonomia.: AUTONOMIA PATRIMONIAL pressupe personalidade jurdica, pois o poder de ter patrimnio e de tomar decises sobre ele, no mbito da Lei. AUTONOMIA ORAMENTAL poder de ter oramento prprio, gerindo as respectivas receitas e despesas. Desoramentao: independncia oramental, margem do Oramento do Estado andar fora do oramento. AUTONOMIA DE TESOURARIA o poder de gerir autonomamente os recursos monetrios prprios em execuo ou no do oramento. AUTONOMIA CREDITCIA poder de contrair dvidas recorrendo a operaes financeiras de crdito.

O que define em concreto a Autonomia a Lei que a configura

INDEPENDNCIA ORAMENTAL o caso mais amplo de desoramentao, ou seja, actividade oramental margem do oramento de Estado, mas com respeito pelo Princpio da Legalidade. Ex: Oramento das Regies Autnomas ( tm o seu oramento prprio ).

ECONOMIA PRIVADA o ente econmico privado, e afecta bens s necessidade individuais. H um Agente Privado, quando atravs de uma actividade econmica afecta bens sua necessidade individual. o agente econmico que tem que os procurar.

ECONOMIA PBLICA o ente pblico dispe de autoridade, e pode recorrer dela, na afectao de necessidade para satisfazer necessidades colectivas. Normalmente no visam o lucro.

NAS FINANAS LIDA-SE COM RECEITAS E DESPESAS E NA ECONOMIA LIDA-SE COM PRODUO E VINCULAO E CONSUMO DE BENS - H UMA RELAO MUITO ESTREITA ENTRE FINANAS E ECONOMIA

Na Economia Cooperativa tem como base a associao de entes econmicos privados, de produo ou consumo, com funo social assente na solidariedade.

Sem finanas no pode haver produo e logo, sem finanas no pode haver Investimento.

PODER POLTICO e a Economia: - o poder poltico reside no Estado e depende do elemento democrtico (eleies livres). o O Estado tem autoridade de actuar como agente econmico o O Estado tem a misso de regular a economia e a diminuir as desigualdades atravs dos impostos ( distribuio de riqueza ) (i) PODER DE COORDENAO tem que haver um ordenamento, um enquadramento jurdico ( toda a legislao est na CRP ). PODER DE INTERVENO O estado intervm, age, coage na Economia

PODER DE ACTUAO ECONMICA DO ESTADO o Estado um agente econmico, e como tal tambm actua na economia.

FINANAS PBLICAS NEUTRAS parte do princpio de que a economia privada, atravs do mercado, assegura o mximo de produo e distribuio do rendimento. FINANAS INTERVENCIONISTAS trs momentos, que se apresentam como momentos histricos das finanas pblicas.: Interveno Mxima abundncia de nacionalizaes, com pouca margem para o sector privado Interveno Moderada no aumenta exageradamente o sector publico, deixando uma grande margem para o sector privado. Momentos.: Em 1929/33 de grande depresso. As economias entraram em grande depresso, e o Estado teve que intervir, havendo assim vrias tcnicas de interveno do Estado. Na 2 Grande Guerra ( ps guerra ) o Estado teve que intervir e passa a ser cada vez mais intervencionista. Ainda hoje intervm.

( i ) - LIMITAES DA ECONOMIA DE MERCADO ( ECONOMIA PRIVADA ) O mercado tende a optimizar a afectao dos recursos gerando um melhor nvel de satisfao geral de todos e de cada um.

MAS TEM LIMITAES.: Desigualdade na distribuio da riqueza Instabilidade em determinados sectores Situaes Monopolistas Actividades econmicas que por reflexo, beneficiam ou prejudicam outro. Externalidades = com a minha aco, so para outros um benefcio. Proviso inadequada de bens pblicos, nomeadamente colectivos M distribuio de recursos

EXTERNALIDADE- segundo o Prof.: 1 - Positiva h Externalidade ou efeito externo, quando os bens propiciam utilidades, no s por quem os produz, mas tambm para outras pessoas a quem no se pode exigir uma compensao. 2 - Negativa quando se gere desutilidades para os outros, que no podem pedir indemnizao.

A economia de mercado revela muita incapacidade relativamente aos bens colectivos, porque, no mercado h uma satisfao activa de necessidades individuais, ao passo que as necessidades colectivas so de satisfao passiva.

Os bens colectivos so bens no exclusivos, isto , so bens utilizados por todos. Alm disso, os bens colectivos so bens no emulativos, sem rivalidade, onde no h concorrncia. Concluso.: estes bens colectivos no so oferecidos em mercado por um particular; s por algum desinteressado ou dotado de autoridade, que possa cobrar colectivamente o pagamento.

ECONOMIA DE BEM ESTAR;

O QUE O BEM ESTAR ? bem estar Econmico + Fsico + Mental + Social A Teoria do bem Estar assenta em dois aspectos base.: Aspecto Psicolgico - que o bem estar individual debrua-se sobre o indivduo e o comportamento individual. e Aspecto Sociolgico preocupa-se com o bem estar Social tem o Princpio Psicolgico.

TEORIAS: 1 TEORIA ATOMTICA = Mecanicista ---> Teoria Clssica at meados do Sec XIX.

Segundo esta teoria prevalece o bem estar individual, se este cresce, tambm cresce o bem estar social. A sociedade o somatrio dos indivduos. Quanto mais cresce a Sociedade, mais cresce esta teoria. So teorias quantitativas. No podemos ver o bem estar como o somatrio dos indivduos. Um indivduo isolado no tem o mesmo comportamento que um indivduo inserido num grupo, pois aqui sofre uma presso do prprio grupo. Esta ideia de bem estar no cientfica.

2 TEORIA DO BEM ESTAR segundo PIGOU ( Mecanicista ) Para PIGOU aumento de bem estar, quando a utilidade de um, excede as desutilidades de outros. Se o saldo for positivo, temos um aumento de bem estar.

3 Teoria de PTIMO PARETO ( a mais conhecida ) Muito Subjectiva ptimo de Bem Estar de Pareto aquela situao em que se no pode ser melhor , a mais eficiente. Crticas: - O ptimo para um pode no ser o ptimo para outro

Quando atingimos o ptimo ? 4 Teoria do Nvel ptimo de RAWLS Para Rawls, define o nvel ptimo de bem estar, pela melhor situao possvel para os menos favorecidos.

5 TEORIA DO VOTO normalmente esta a Teoria que se segue nas democracias. As utilidades que aumentam o bem estar, correspondem preferncia da maoiria.

Nota: para os clssicos ( as teorias mecanicistas ) a soma do bem estar dos indivduos.

AS EXTERNALDIADES;

EXTERNALIDADES so efeitos externos da interdependncia social; as decises de um produtor ou consumidor reflectem-se positiva ou negativamente sobre outras pessoas, que nada tm a ver com isso. Ora, so utilidades externas BENEFCIOS; Ora so desutilidades externas - CUSTOS. As externalidades podem ser Tecnolgicas quando a produo ou consumo de um agente econmico, se reflecte na produo ou consumo de outro agente. As externalidades tambm podem ser Pecunirias se houver um reflexo nos preos.

O ESTADO NO PODE INTERVIR NESTE PROBLEMA, NOS MALEFCIOS ? O respeito pela liberdade e diversidade humana, impossibilita uma regulamentao minuciosa da problemtica das externalidades, porque so mltiplas e, por vezes invisveis estas relaes externas de benefcios e custos, ou seja, de utilidades e desutilidades. Mas o Estado pode impedir, como o caso do Dt Civil a regular situaes de vizinhana, ou com tributaes impostas aos beneficirios das utilidades. Ex: o caso da defesa do ambiente ( depsitos de combustvel perto de casas ) Este problema das externalidades difcil de regulamentar, pois a liberdade concorrente.

BENS DE MRITO Definio de RICHARD MUSGRAVE - so os bens privados, destinados utilizao individual e oferecidos por entidades pblicas, devido ao elevado consumo que preciso potenciar. Ex: A Educao

FINANAS POSITIVAS So aquelas que esto sintonizadas com a realidade econmica de um pas. As receitas coactivas tm que estar tm que estar de acordo com essa realidade econmica do pas.

FINANAS NORMATIVAS - So aquelas que tm subjacente uma filosofia. Assim, no Socialismo h uma regulamentao do Estado, muito apertada da economia, e tambm muitas nacionalizaes ( deixa pouco espao para a economia privada ).

Ao contrrio no Liberalismo, h uma mais abundante desregulamentao e muitas privatizaes.

FUNES DO SISTEMA FINANCEIRO;

FUNES FINANCEIRAS so as referentes satisfao de necessidades, resultantes da incapacidade do mercado. FUNES EXTRA-FINANCEIRAS so funes que se prendem com outros fins pblicos gerais conectados com a actividade financeira. Ex.: A Inflao

( i ) DIREITO FINANCEIRO, TRIBUTRIO E FISCAL;

DT FINANCEIRO conjunto de normas que enquadram as finanas pblicas. Dentro do Dt Financeiro temos o Dt Tributrio e do Dt Fiscal.:

DT TRIBUTRIO conjunto de normas que regulam as receitas coactivas Ex.: Taxas e Impostos

DT FISCAL conjunto de normas que regulam a incidncia, lanamento e cobrana de impostos. Ex.: Impostos

( i ) - SECTOR PBLICO Sector Empresarial Pblico

ADMINISTRAO CENTRAL; Servios Integrados Servios Autnomos

Segurana Social Regies Autnomas Administrao Local ( Freguesias, Municpios e Regies Autnomas )

Matria ( i )

Noo Oramento Geral do Estado um documento onde so previstas e computadas ( contadas ) RECEITAS e DESPESAS anuais, competentemente autorizadas, bem como as estimativas das receitas cessantes em virtude de benefcios tributrios ( Art 12 da Lei do Oramento ).

Falta nesta definio um elemento que devemos acrescentar que vem no Art 12 da Lei do Enquadramento Oramental: ... bem como as estimativas das receitas cessantes em virtude de benefcios tributrios...

Noo da Histria dos Oramentos No antigo regime, antes de 1789 Frana e 1820 em Portugal, havia um poder absoluto, o povo no era consultado, e no se sabia muito bem quem cobrava os impostos e para onde iam essas receitas. Com o Marqus de Pombal, foi criado o herrio legis era uma centralizao das finanas todos os impostos ( receitas ) vinham para um stio e as despesas todas tambm dali saam. A 1 reaco do povo foi em 1689 em Inglaterra, Com o BILL O A 1 reaco do povo foi em 1689 em Inglaterra, Com o BILL OF RIGHTS pag 51. O poder passou do monarca para o povo, que governa atravs dos seus representantes; atravs do Princpio da Separao dos Poderes - por Montesquieu

medida que avanvamos do Absolutismo para o Estado Democrtico, o povo ganha poder. Antes o Estado Liberal no tinha fora para intervir na Finanas, por isso so importantes as datas: 1789 Frana 1820-Portugal.

Com a CRP de 1822, tivemos a Constituio mais revolucionria, passou a pertencer s Cortes a fixao anual dos impostos e das despesas pblicas.

At 1933 o ano fiscal comeava a 01/07 at 30/06 de cada ano.

Hoje o ano fiscal coincide com o ano civil, sendo o princpio a 1 de Janeiro e termina a 31 de Dezembro isto s depois daquele ano 1933.

LEI DO ENQUADRAMENTO ORAMENTAL ( ver fotocpias ): [ Tem 6 ttulos ]

A Lei do Oramento do Estado Cap II Ttulo III uma coisa diferente da Lei do Enquadramento Oramental.

O QUE A LEI DO ORAMENTO DE ESTADO ? Noo No o prprio oramento, pois dela constam fundamentalmente o articulado e os mapas oramentais. Devemos ler o Art 27 e ss da Lei do Enquadramento Oramental.

H DOIS TIPOS DE ORAMENTO: Oramento de Exerccio prev o montante das receitas e das despesas, sito , conjunto de crditos e dvidas recebidos num determinado perodo. Oramento de Gerncia Saldo real so montantes de facto, cobranas efectuadas, isto montante das receitas cobradas e despesas efectuadas, estas ltimas, nunca podem ser superiores s despesas do exerccio, no entanto podem ser inferiores.

Nota: na definio de oramento esto contemplados estes dois oramentos, previstas e computadas.

O de Exerccio sempre superior ao de Gerncia - REGRA GERAL No h coincidncia entre os dois oramentos.

No oramento das despesas de gerncia, h despesas que surgem durante o ano em curso, como aquelas dvidas a pagar surgidas nos anos anteriores.

Tratando-se de pagamentos Plurianuais ( passam para vrios anos ), inserem-se no oramento apenas nos pagamentos a fazer no ano em curso.

Os prazos de apresentao do Oramento at dia 01/10 e efectuado pelo Governo em Exerccio. ( i ) - Os 4 elementos que so votados na especialidade pelo plenrio so.: - Impostos e o seu regime de incidncia - Taxas - Isenes ( benefcios fiscais ) - Garantias dos Contribuintes

LEI DO ENQADRAMENTO ORAMENTAL Art 35 Prazos de apresentao Art 36 Discusso e votao

Das CONTAS - pag 56 Ttulo IV da Lei do Oramento Enquanto o Oramento uma previso, a Conta uma efectivao. O Oramento diz respeito ao futuro, a Conta diz respeito ao passado.

BALANO - Noo o confronto entre o activo e o passivo de um patrimnio em determinado momento.

O ACTIVO - Noo Abrange o que se possui e que se tem a receber

O PASSIVO - Noo Abrange o que se tem a pagar

FUNES DO ORAMENTO - Pag 57 - SO 3.:

1 - RELACIONAMENTO DAS RECEITAS COM AS DESPESAS pura previso

2 - FIXAO DAS DESPESAS, isto , do total das despesas de todos os Servios do Estado, pois a cada um dos servios, so atribudas verbas de despesas, ou seja, autorizao de gastos que se chamam crditos.

Enquanto que o montante das receitas uma estimativa + / -, no assim quanto s despesas; os servios no podero fazer despesas de montante superior aos dos crditos oramentais, mas podem gastar menos. Quanto s despesas previso de gastos que os servios no podero ultrapassar. 3 - O ORAMENTO REPRESENTA O PROGRAMA FINANCEIRO Pois concretiza o plano da Administrao. Atravs do oramento fica-se a saber quanto o Estado se prope a gastar com os vrios servios e, qual vai ser o contributo de cada um dos meios de financiamento.

REGRAS DA ORGANIZAO DO PRAMENTO pag 59 Ttulo II da Lei Enq Or. Dizem-se clssicas porque so regras j estabelecidas de longa data, e que se consideravam necessrias para atingir os fins a que o oramento se destina. Desde que h oramento que h estas regras. So as regras clssicas. Chamam-se clssicas porque tm classe, qualidade. A saber.: 1 - Regra da UNIDADE as receitas e as despesas do Estado, devem ser inscritas num nico documento ver Art 5 da L.E.O.

2 - Regra da ANUALIDADE Os oramentos dos organismos do sector pblico administrativo so anuais ver Art 4 da L.E.O; Art 2 ( sector pblico Adm. ) n 2 m servio que integrado no tem oramento prprio, no tem autonomia adm.a) e financeira b); no natureza e forma de empresa a) Tm que ter receitas prprias Art 70

Tambm so chamados este oramentos prprios dos autnomos ao oramento de Estado, isto no viola a regra a anualidade para ver atravs das receitas e despesas o que se passa nestes Autnomos ( regies autnomas ou cmaras municipais ) para haver controlo.

Apesar do OE se anual, ele no se pode desligar da Poltica do estado, nem do ano anterior, nem do ano posterior ver Art 4 n 2 o oramento j vem do ano anterior. H aqui uma perspectiva Plurianual Art 4 n 3 ou Territorial, mas tambm h no OE, uma perspectiva Espacial fer o Art 14 vinculaes externas. Ex. essas disposies obrigatrias a), j vm ( podem vir ) do ano anterior, podem ser por ex. multas do tribunal Europeu, so logo vinculaes externas, como a alnea b), tambm. A plurianualidade prevista na alnea c) do mesmo Art 14 traduz um percurso a fazer, que j vem de trs., a perspectiva temporal ou plurianual Art 4 n 3. N 4 A regra da Anualidade N 5 - O Oramento pode arrastar-se para o ano seguinte.

Portanto a Anualidade Sim o ano financeiro coincide com o ano civil, mas h sempre a perspectiva temporal ou plurianual. Esta perspectiva no uma violao da regra, mas sim um seu complemento. Ex: Antes de 1933 1 Jul / 30 Jun Depois d 1933 1 Jan / 31 Dezembro

3 - A Regra da NO COMPENSAO todas as receitas e despesas ( sem descontos ) Art 6.

As receitas devem ser as RECEITAS ILIQUIDAS, sem descontos.

RECEITAS EFECTIVAS so aquelas que aumentam o efectivo do Estado e so.: o Patrimoniais o Taxas o Impostos o Contribues Especiais So coactivas

Estas 4 receitas tributrias so ilquidas ( receitas ), no h descontos, n 1; n 2 e n 3 do Art 6.

4 - A regra da UNIVERSALIDADE todas as receitas e despesas devem ser oramentadas.

5 - Regra da NO CONSIGNAO Art 7 em princpio as receitas so para todas as despesas, em geral. Regra a no consignao, o n 1 no vamos afectar determinada receita a determinada despesa. Mas comporta muitas excepes n 2 todas as alneas.

Mas as receitas dos servios autnomos, como so para cobrir as sus despesas, tm Receitas Consignadas. No respeitam esta regra de no consignao.

( i ) DUPLO CABIMENTO: A receita que aparece tem que ter cabimento, na despesa. A despesa tem que caber na receita consignada e caber no oramento, da o duplo cabimento.. Quer dizer, que a despesa consignada tem que caber na receita consignada e no oramento. Uma despesa ( receita ) consignada uma despesa ( receita ) protegida; prioritria.

QUAL O PAPEL DA CONSIGNAO ? A regra a No Consignao, mas h despesas consignadas, logo afectam-se receitas para essas despesas. Todos os servios com autonomia financeira tm despesas consignadas.

Art 81 n 1, 2, 3, 4 - Princpio da Solidariedade Recproca n 3

6 - A regra da ESPECIFICAO Art 8 da Lei do Oramento as receitas e as despesas devem ser previstas especificamente, isto , cada uma das diversas espcies de Receitas e cada uma das diversas espcies de Despesas ver Art 81 n 1 da Lei. N 1 as receitas previstas devem ser suficientemente especificadas, N 6 e as despesas tambm

Art 9 n 1 Equilbrio: - Art 20 Equilbrio das Receitas e Despesas dos Servios Integrados - Art 22 Equilbrio do Oramento dos Servios Autnomos aqui j fala do oramento porque autnomo e prprio ( tem as suas receitas e despesas ), tem ento um duplo cabimento, tem que caber as receitas no seu oramento e no oramento do Estado. - Art 25 Equilbrio das Receitas do Oramento da Segurana Social tm autonomia, pois tem oramento prprio.

NOO DE SECTOR PBLICO ADMINISTRATIVO ART 2 N 2 QUAIS OS SERVIOS QUE TM AUTONOMIA FINANCEIRA ? E QUAIS OS QUE NO TM ?

Art 2 n 3 c) conjugado com o Art 90 ( i ) Os oramentos a regra da anualidade A questo da plurianualidade antes e depois Art 4

Art 82 Conselho de Coordenao Finanas Sector Pblico Administrativo. Art 29 Art 6 n 2 Receitas Tributrias Art 3 da LGT

Noo de ORAMENTO Regra do Equilbrio Oramental Tipos de Oramento

O QUE SO AS DESPESAS ORDINRIAS ? So as que presumivelmente se repetem todos os anos ( previsveis )

O QUE SO DAS DESPESAS EXTRA-ORDINRIAS ? So aquelas que no so possveis prever ( no previsveis ) O QUE SO RECEITAS ORDINRIAS ? So receitas cobradas todos os anos, ex. impostos, taxas, receitas patrimoniais.

O QUE SO RECEITAS EXTRAORDINRIAS ? So aquelas que no so possveis de prever.

O QUE SO DESPESAS EXTRAORDINRIAS RECORRENTES ? So aquelas que embora extraordinrias, se repetem, e por isso se tornam permanentes.

Oramento CORRENTE e de CAPITAL Para perceber este tema, ter em ateno ao PIB, que a soma do Consumo + Investimento = Poupana - ( com equilbrio )

AS DESPESAS CORRENTES ? So aquelas que o Estado faz em bens consumveis.

AS DESPESAS DE CAPITAL ? So aquelas que o Estado faz em bens duradouros, ex. Escolas, Hospitais, Estradas, ou ento so despesas que contribuem para o aforro, ex. reembolso de emprstimos.

NOO DE RECEITAS CORRENTES ? Provm do rendimento do perodo financeiro ( durante o ano fiscal ), ex. o IRS, o IRC as principais receitas correntes so os Impostos.

NOO DE RECEITAS DE CAPITAL ? So as que provm do aforro, ex. emprstimo ao Estado, vendas de certificados de aforro; aces.

No Oramento corrente e de capital, um tem que equilibrar o outro, sempre. A poupana tem que equilibrar o consumo a poupana o capital e o consumo a despesa corrente.

A CONSIGNAO DAS RECEITAS QUE SEMPRE EXISTIU NOS SERVIOS QUE TM AUTONOMIA FINANCEIRA, UMA VIOLAO DA UNIDADE ORAMENTAL ? Depende da justificao que lhe dada, no entanto considerado um documento nico ( apesar de conter vrios oramentos ), isto , todos os oramentos esto englobados no oramento de Estado, no h violao nenhuma ao Princpio da unidade Oramental.

SER PLURALIDADE ORAMENTAL FALAR-SE DE VRIOS ORAMENTOS, COMO POR EX. ORAMENTO DOS SERVIOS AUTNOMOS, ORAMENTO ORDINRIO E EXTRA-ORDINRIO, E ORAMENTO CORRENTE E DE CAPITAL ?

No h pluralidade oramental, pois um documento nico, isto , a anlise de um todo; no se quebra a unidade oramental.

HAVER RAZES PARA RECEITAS CONSIGNADAS, ISTO , PARA A CONSIGNAO ? H, porque os servios autnomos tm oramento prprio com receitas e despesas prprias, isto , h razes para haver consignaes, pois os servios autnomos tm as suas receitas que tm que ser consignadas s suas despesas, para proteger aquelas despesas.

CONCEITO DE RECEITAS PARA-FISCAL ? So finanas estaduais, com um particular regime, so para-fiscais, porque saiem do regime geral.

Art 15 n 1 TRIPLA CLASSIFICAO DAS RECEITAS OU DESPESAS: - ECONMICA so as receitas correntes e de capital; e as despesas correntes e de capital. - ORGNICA por ex. aquela diz respeito a cada um dos ministrios. - FUNCIONAL tm que atender s necessidades colectivas, tm uma certa funo, ex. receitas que se destinam sade.

SER QUE A CLASSIFICAO FUNCIONAL, DE UMA RECEITA, NO SER UMA CONSIGNAO DA MESMA ? No porque a consignao desce mais ao pormenor, no que concerne atribuio.

ORAMENTO POR PROGRAMAS ( Seco I )

Programa o conjunto de verbas que se destinam realizao de determinado objectivo. Ex.: o programa de combate Droga ( verbas da sade, da Adm. Interna... ), passam por uma das trs classificaes.

DUPLA NOO DE DVIDA PBLICA Dvida Flutuante uma dvida que surge de um emprstimo a curto prazo. Dvida Fundada o emprstimo para a compra de um imvel, numa instituio bancria, ex. a longo prazo ( dvidas a longo prazo ).

EQUILIBRIO ORAMENTAL: EQUILBRIO ENTRE DESPESAS EFECTIVAS E RECEITAS EFECTIVAS

NOO DE DESPESAS EFECTIVAS so as despesas que diminuem o activo do Estado

NOO DE RECEITAS EFECTIVAS so as receitas que aumentam o activo do Estado. J dissemos que estas, so as receitas patrimoniais, mais as Taxas, mais Impostos. Receitas totais = soma dos Impostos.

Este equilbrio um conceito clssico de equilbrio, do tempo de Salazar . Corta-se nas despesas para as receitas ( dos impostos ), este equilbrio joga fundamentalmente no balano entre receitas e despesas, ao fim e ao cabo, uma compensam outras, o equilbrio.

( i ) O equilbrio entre as despesas efectivas e as receitas efectivas so os Impostos.

DESPESAS PBLICAS REPRODUTIVAS so despesas pblicas que se repercutem no Investimento. [ diferentes das despesas de consumo ]

EQUILBRIO ENTRE DESPESAS ORDINRIAS E RECEITAS ORDINRIAS

O equilbrio entre despesas e receitas ordinrias, equivale, em princpio, a benefcios / custos de cada gerao. J as Despesas extraordinrias, so benefcios, tambm para geraes futuras, e por vezes, cobertas com receitas ordinrias. ( i )

Logo, estas despesas em bens duradouros, vo ser cobertas com emprstimos (receitas extraordinrias ), que os emprstimos distribuem os encargos dos juros e amortizaes pela gerao actual e futura.

Como norma as despesas ordinrias so cobertas com os Impostos e as despesas extraordinrias, como regra, so cobertas com os emprstimos. ( i ) Neste conceito, j houve portanto, um ponto novo, o Recurso ao Crdito para pagar as despesas extraordinrias.

EQUILBRIO ENTRE DESPESAS CORRENTES E RECEITAS CORRENTES ( DE CAPITAL )

Ou seja, Despesas de Capital e Receitas de Capital. So as despesas que se concretizam em Aforro ou Investimento. So as receitas de capital. as que provm do aforro.

NOO DE AFORRO LQUIDO quando se deduzem as cotas de amortizao.

O conceito de equilbrio que est limado para a Economia este. A Economia desenvolve-se com o investimento e com o aforro. Do investimento que gera receitas. Se o Estado no investe, entra num crculo negativo. O consumo no incentiva a Economia, s o investimento.

O Estado tem que incentivar o investimento, porque dos rendimento das pessoas singulares ( IRS ) e das empresas 8 IRC ) que o Estado vai cobrar impostos, para equilibrar o oramento.

Neste oramento Corrente de Capital, o equilbrio resulta da conjugao do oramento corrente, com o oramento de capitais, porque o dficit de um coberto com o superavit de outro.

Neste ltimo equilbrio( 3 ), conta o efeito das Finanas, sobre o consumo e o aforro, de que depende o equilbrio econmico. Os outros dois oramentos so puramente aritmticos, mecnicos ( somam-se as despesas e paga-se com os impostos ). CONCLUSO: Os 3 conceitos de equilbrio apareceram por esta ordem, ao longo do tempo. As 2 primeiras concepes so puramente aritmticas ( a 1 ); a 2 s trouxe de novo, o recurso ao crdito, para pagar as despesas extraordinrias. O terceiro conceito, o que est mais vocacionado para o desenvolvimento da Economia, um oramento no pode ser alheio Economia. Hoje, no h neutralidade do oramento em relao economia.

A emisso de notas pelo Estado para cobrir o Dficit s ser inflacionista se houver pleno emprego ( h + poder de compra, os preos sobem e a inflao sobre tb )

i - A concepo do equilbrio entre as despesas ordinrias e receitas ordinrias ( 2 ), como equilbrio encargos / benefcios de uma gerao, falvel, porque as despesas ordinrias no tm uma utilidade apenas anual, nem os encargos dos emprstimos passam, necessariamente, para as geraes futuras..

i Tambm falha a concepo de equilbrio entre despesas correntes e receitas correntes ( 3 ), porque o pagamento de impostos pode fazer-se no todo ou em parte com aforro existente, e tambm o imposto reduz o aforro e o consumo.

QUAL A CONCEPO QUE EST CONSAGRADA NA NOSSA CRP ?

EQUILBRIO ORAMENTAL, QUE RAZES ? 1 Disciplina Financeira coberturas das despesas com as receitas 2 Efeito psicolgico ligado e estabilidade econmica

A grande inflao de 1916-1924 foi atribuda ao dfice do oramento, os preos foram multiplicados x 24.

QUAL A OPO FEITA PELA NOSSA LEI ?

Apostar no Investimento. Para as despesas em bens duradouros, aceitam-se facilmente emprstimos. Para as despesas em bens consumveis, deviam chagar os impostos cobrados pelas entidades pblicas.

Hoje a Inflao mnima, melhor o equilbrio do oramento corrente, porque favorece o investimento.

Histria Recente do Equilbrio Oramental Portugus 1- o equilbrio oramental extraordinrio, esteve em vigor em Portugal, perto de meio sculo 50 anos ( despesas ordinrias cobertas com receitas ordinrias ) 2- a 1 Lei de enquadramento do oramento ( Lei 64/77 de 26 Agosto ) optou pelo equilbrio do oramento corrente. 3- A 2 Lei de enquadramento oramental ( Lei 40/83 de 26 de Agosto ) continuou a mesma opo pelo equilbrio do Oramento Corrente. 4- A Lei de Enquadramento n 6/91 mudou o conceito de equilbrio oramental, pois o Art 4 n 2 dispunha o seguinte: as receitas efectivas tem que ser pelo menos iguais s despesas efectivas, excluindo os juros da dvida pblica - eram despesas efectivas lquidas dos juros da dvida pblica.

Este conceito de equilbrio chamado o Equilbrio Primrio: mesmo que haja equilbrio haver sempre aumento da dvida pblica pois preciso sempre contrair emprstimos para pagar a dvida pblica. Esta concepo de equilbrio Primrio, a que ainda hoje consta da Lei Oramental n 91/2001.

Princpio da Legalidade Tributria Art 103 da CRP n 2 e 3 ) e conjugado com o Art 165 alnea i) da CRP s os impostos esto subordinados ao Princpio da Legalidade Tributria.

PORQUE SE FALA EM EQUILBRIO ORAMENTAL ? - por causa da disciplina financeira cobertura das despesas com as receitas.

- por causa do efeito psicolgico ligado estabilidade econmica, ex. a grande inflao de 1916 foi atribuda ao dfice do oramento, os preos foram multiplicados por 24.

Para as despesas em bens duradouros aceitam-se facilmente os emprstimos, para as despesas em bens consumveis deviam bastar os impostos.

RESPOSTAS A QUESTES: I 1 Certas actividades de consumo ou produo podem ter efeitos positivos, isto , proporcionarem utilidades externas benefcios resultantes de comportamento alheio ou podem ter efeitos negativos criando desutilidades externas custos resultantes de comportamento alheio. Estes efeitos resultam da interdependncia social e so muitos diversificados no podendo ser restringidos dos Dts de propriedade e Liberdade individual. Ao regulamentar minuciosamente todas as formas de efeito externo, suprimiramos a prpria liberdade e diversidade humana.

2 O mercado tem por objectivo a optimizao da afectao dos recursos, isto , realizar a satisfao geral de todos e cada um com o melhor nvel possvel de utilidade, nas condies e com os bens disponveis. Esta teorizao s possvel e aplicvel em sistema de economia de mercado onde esse sistema tem diversas limitaes: desigualdade na distribuio da riqueza, instabilidade no conjunto da economia e em sectores especficos, custo crescente de servios pblicos, situaes monopolistas abundantes e crescentes, actividades econmicas que por reflexo

beneficiem ou prejudiquem outras, proviso inadequada de bens pblicos e m gesto dos recursos entre presente e futuro.

3 Apesar da similitude vocabular, devido a razes histricas, este mesmo termo, designa realidades distintas.

d) Finanas Privadas, entende-se os aspectos tipicamente monetrios do financiamento de uma economia ou de uma agente econmico, afecta recursos para a satisfao prpria e coloca-os no mercado de forma a obter lucro.

Enquanto que o termo de Finanas Pblicas, designa a actividade econmica de um ente pblico tendente a afectar bens, satisfao de necessidades que lhe esto confiadas.: Falamos de Satisfao Activa Lucro; o indivduo paga e tem que se deslcoar para obter o bem. Falamos de Satisfao Passiva No h concorrncia, o Estado proporciona este bem sem a colaborao do privado.

II 1 Segundo o Art 2 n 2 da LEO n 91/2001 os Servios Integrados so os servios do Estado que no disponham de autonomia administrativa e financeira. Ao contrrio do n 3 deste mesmo Art os Servios Integrados tm que satisfazer os seguintes requisitos: o ter natureza e forma de empresa, fundao ou assoiao pblica o no ter autonomia financeira e administrativa o no dispor de receitas prprias.