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Projeto Ferro Carajás S11D Um novo impulso ao desenvolvimento sustentável do Brasil

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Projeto Ferro Carajás S11D

Um novo impulso ao desenvolvimento sustentável do Brasil

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Projeto Ferro Carajás S11DUm novo impulso ao desenvolvimento sustentável do Brasil

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5

Esta publicação da Vale tem o objetivo de apresentar à sociedade

o projeto Ferro Carajás S11D.

O projeto representa a expansão da atividade de extração e beneficiamento

de minério de ferro no Complexo Minerador de Carajás, em operação

desde 1985. Desde então, além de produzir o melhor minério de ferro do

mundo, abastecendo o mercado nacional e internacional, a atuação da Vale

nos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará,

proporcionou à região Norte do Brasil um forte ciclo de desenvolvimento

econômico e social, com benefícios igualmente importantes para a preservação

do meio ambiente.

Por meio das experiências vividas em Carajás, e de projeções sobre a expansão

do complexo minerador, a Vale pretende compartilhar com a sociedade, nesta

publicação, a importância do projeto S11D para a existência de mais um ciclo de

desenvolvimento sustentável nos estados do Pará e do Maranhão – onde se situa

o Terminal Portuário de Ponta da Madeira – e para a continuidade da inserção

do Brasil como um agente importante no mercado mundial de minério de ferro.

Os dados quantitativos do projeto S11D aqui informados são estimativas

e devem ser considerados como tal.

Junho de 2012

Apresentação

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7

O Complexo Minerador de Carajás

O projeto Ferro Carajás S11D

Desenvolvimento econômico

Preservação ambiental

Benefícios sociais

Inovação e tecnologia

Índice 081018263442

Agê

ncia

Val

e

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8

Parauapebas

Açailândia

Santa Inês

São Luís

Marabá

CarajásS11D

Canaã dos Carajás

O Complexo Minerador de Carajás

Futuras instalações doComplexo Mina/Usina

Instalações de apoio

Expansão da Estradade Ferro Carajás

Remodelação de linhas existentes

504 Km

226 Km

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9

Complexo Minerador de Carajás

S11D

Estrada de Ferro Carajás

Rodovia

Construção do RamalFerroviário Sudeste do Pará

101 Km

Expansão do Terminal Portuário de Ponta da Madeira

Construção da Rodovia do Município de Canaã dos Carajás

Agê

ncia

Val

e

Salv

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11

O projeto Ferro Carajás S11D

Maria do Socorro / Agência Vale

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12

Um empreendimento de dimensões superlativas, que

representará o maior volume de investimento privado

no Brasil nesta década, promete dar um novo impulso

ao desenvolvimento econômico e social nos estados

do Pará e do Maranhão, contribuindo, ainda, para a

preservação ambiental no bioma amazônico. Esse

é o projeto Ferro Carajás S11D, que a partir de 2016,

uma vez obtida a Licença de Operação e confirmado

o cronograma de implantação, aumentará a

quantidade de minério de ferro extraída do Complexo

Minerador de Carajás, no sudeste paraense.

A Vale chegou por lá no início da década de 1980, quando

a ideia de extrair riquezas do solo de uma área florestal

parecia inusitada. Ao longo dessas três décadas de atuação,

a operação se mostrou um sucesso, contribuindo

para a melhoria da vida da população dos arredores,

fortalecendo a economia brasileira e contendo

a expansão da pecuária predatória.

Daquela “aventura” já longínqua, iniciada com a produção

anual de um milhão de toneladas de minério de ferro e

uma usina de beneficiamento semi-industrial, até 2011,

quando se obteve um novo recorde de 109,8 milhões

de toneladas produzidas, a Vale viveu uma trajetória

de desafios e muito aprendizado na região.

Em primeiro lugar, aprendeu a gerir os impactos sociais

que um empreendimento desse vulto representa para

os municípios envolvidos. Ao mesmo tempo que aumenta

exponencialmente as ofertas de trabalho e o nível de renda

das pessoas, induz a ocorrência de fluxos migratórios

Benefícios econômicos, sociais e ambientais apresentados em Carajás desde 1985 atestam o potencial transformador do projeto da Vale

Um novo ciclo de desenvolvimento

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13

que podem levar problemas para uma área despreparada.

Por isso, a empresa investe no relacionamento com

as comunidades e iniciativas de cunho social, por

meio da Fundação Vale (ver detalhes na página 36);

desenvolve programas de qualificação de mão de obra,

de empreendedorismo local, e investe em infraestrutura.

Na área ambiental, todo o cuidado é pouco quando

se está operando em meio a riquezas naturais de valor

inestimável para o Brasil e o mundo. O compromisso

da Vale com o respeito ao meio ambiente motivou

investimentos diretos em áreas próprias e públicas,

contribuindo atualmente para a preservação de mais de

8 mil km², metade deles na Floresta Nacional de Carajás,

que cedeu apenas 3% de sua área para o complexo

minerador (ver detalhes na página 28).

Por sua vez, a experiência da empresa em Carajás

permitiu o desenvolvimento de tecnologias produtivas

e logísticas que diminuirão muito o impacto ambiental

do futuro empreendimento, em termos de recursos

naturais utilizados e emissão de poluentes. Quando

estiverem operacionais, a mina e a usina do projeto S11D

produzirão com economia de 93% no consumo de água,

77% no uso de combustível e 50% de redução na emissão

de gases de efeito estufa, se comparadas aos métodos

convencionais. A nova área de extração também será

mais eficiente no consumo de energia elétrica (ver

detalhes na página 44).

Simulações do projeto Ferro Carajás S11D

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14

Carajás representou também uma mudança de patamar para

a economia do sudeste do Pará. Parauapebas, por exemplo, se

tornou o primeiro município em exportações no Brasil, com o

aumento na arrecadação tributária decorrente das atividades

econômicas geradas a partir da mineração, e no número de

empregos qualificados. Movimento semelhante, embora em

menor escala, ocorreu ao longo da Estrada de Ferro Carajás e

em São Luís do Maranhão, por onde a produção de minério é

embarcada para o exterior. O projeto S11D promete um novo

ciclo de desenvolvimento, gerando 30.000 empregos nos

estados do Pará e Maranhão - esse número congrega todos

os trabalhadores necessários desde a implantação da usina,

passando pela expansão da ferrovia e do Terminal Portuário

de Ponta da Madeira (ver detalhes na página 17).

Projeto estratégico para a Vale e o Brasil

Atualmente, a Vale realiza, em Carajás, a operação simultânea

de quatro minas de ferro a céu aberto, e tem outra em fase

de abertura. O complexo é o maior produtor de minério de

ferro no planeta, além de possuir um produto com alto teor

de ferro (cerca de 66%) e baixa concentração de impurezas.

O S11D fornecerá 90 milhões de toneladas métricas

de minério de ferro por ano. Quando estiver em plena

capacidade, a produção total de minério da Vale no Pará

deverá alcançar 230 milhões de toneladas por ano.

A produção atenderá a demanda mundial aquecida pelos

crescentes investimentos em construção civil, máquinas,

equipamentos, aviões, celulares e outros elementos essenciais

no dia a dia que têm o minério de ferro como ingrediente.

A nova produção paraense de minério de ferro, em conjunto

com os demais empreendimentos previstos para a região,

posicionará o sudeste do Pará em patamar de importância

equivalente à do Quadrilátero Ferrífero, localizado em Minas

Gerais. O projeto S11D permitirá que a Vale mantenha sua

posição de líder mundial no fornecimento de minério de ferro.

O projeto recebeu esse nome em referência à sua localização

(corpo S11, Bloco D). O potencial mineral do corpo S11

é de 10 bilhões de toneladas de minério de ferro, sendo

que o bloco D, isoladamente, possui 2,78 bilhões de

toneladas de reserva a ser minerada pela Vale.

Produção de minério de ferro no Complexo Minerador de Carajás (em milhões de toneladas)

* projeção incluindo a produção estimada do S11D, de 90 milhões de toneladas por ano

Operação de S11D a plena capacidade

0

230

110

1985

1

230 *

2011

109,8

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15

Resultado de cinco anos de estudos ambientais e de

engenharia, com equipes técnicas de Brasil, Canadá e Austrália

envolvidas no seu desenvolvimento, o projeto S11D reúne

todo o aprendizado da Vale na mineração em Carajás, além

de seguir a Política de Desenvolvimento Sustentável da

empresa, que está alinhada a iniciativas globais como o Pacto

das Nações Unidas, o Conselho Internacional de Mineração

e Metais (ICMM) e o Fórum Global da Sustentabilidade da

Indústria da Mineração. Um dos desdobramentos dessas

diretrizes foi a definição pela implantação da planta de

processamento e de todas as instalações industriais em

áreas de pastagem, fora da Floresta Nacional de Carajás.

Simulação do projeto Ferro Carajás S11D

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Cronograma do projeto S11D (expectativa)

Período Status Atividades

Junho de 2012 Obtenção da Licença Prévia

Execução de obras de infraestrutura básica e compra de equipamentos

Primeiro semestre de 2013

Obtenção da Licença de Instalação

Início das obras de construção da usina

Segundo semestre de 2016

Conclusão das obras

Início das operações da mina e da usina S11D

Serão cerca de US$ 20 bilhões em investimentos, sendo

US$ 8 bilhões na instalação da nova mina e da usina de

beneficiamento, e o restante destinado à infraestrutura logística.

Perfil dos investimentos do projeto S11D

Mina e usina US$ 8,04 bilhões

Infraestrutura logística US$ 11,45 bilhões

Total US$ 19,49 bilhões

Salv

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S11D Empregos gerados (estimativa)

Fase de implantação

Pico de obras Fase de operação

5.200*

30.000**

2.600***

* empregos diretos / ** inclui temporários / *** empregos permanentes

O minério lavrado a céu aberto será transportado até a usina

por meio de correias. O beneficiamento usará a umidade

natural, eliminando o uso de água nessa etapa. O produto

será então levado até a Estrada de Ferro Carajás (EFC)

por um novo ramal ferroviário, de 101 quilômetros. A EFC,

por sua vez, ganhará expansão de mais de 504 quilômetros,

transportando o minério até o Terminal Portuário de Ponta da

Madeira, que também está tendo sua capacidade ampliada.

Até junho de 2012, atingimos 30% de avanço físico no

empreendimento, com investimento realizado de US$ 1,2

bilhão na construção de infraestrutura básica, como estradas

de acesso e instalações para os empregados, compras de

equipamentos e estruturas metálicas. A partir da emissão

da Licença de Instalação (LI), o empreendimento prevê um

prazo de três anos para a sua implantação, durante a qual,

no pico de obras, serão contratados 30 mil trabalhadores,

nos estados do Pará e Maranhão - esse número congrega

todos os trabalhadores necessários desde a implantação

da usina, passando pela expansão da ferrovia e do Terminal

Portuário de Ponta da Madeira. A previsão é de que S11D

entre em operação em 2016, o que resultará na criação de

mais 2.600 postos permanentes de trabalho na região.

A previsão é de que S11D entre em operação em 2016, o que resultará na criação de mais 2.600 postos permanentes de trabalho na região

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18Estação Conhecimento, Tucumã, Pará

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19

Desenvolvimento econômico

Christian Knepper / Agência Vale

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20

O Ferro Carajás S11D vai injetar na economia US$ 19,49

bilhões em investimentos, além de gerar mais de

30 mil empregos diretos durante a fase de implantação

e reforçar as exportações brasileiras. Regionalmente,

o empreendimento impulsionará um novo ciclo de

desenvolvimento, ao contribuir para a expansão da cadeia

produtiva dos estados do Pará e do Maranhão, com efeitos

multiplicadores sobre a renda, o mercado de trabalho, a

arrecadação tributária e o ambiente de negócios em geral.

A confiança do sucesso da iniciativa tem como base

o aprendizado de mais de 30 anos de atuação da empresa

na região Norte.

Com a implantação do projeto S11D, a Vale terá reforçada

sua posição de líder global no mercado de mineração. O

empreendimento determinará a melhoria da infraestrutura

ferroviária e portuária regional, com repercussões positivas

para a eficiência logística e a competitividade do sistema

produtivo nacional. Quando entrar em operação plena,

a partir de 2016, o empreendimento produzirá 90 milhões

de toneladas de minério de ferro por ano, volume pouco

menor que a produção atual da mina de Carajás, atingida

após três décadas de operação.

O impacto no comércio exterior é, de fato, uma boa

medida da importância do S11D para a economia do Brasil.

O minério de ferro representou, em 2011, 95% das vendas

de minério brasileiras, atingindo um valor de US$ 41,8

bilhões, nada menos que 16,33% do total das exportações

brasileiras. A Vale foi responsável por cerca de 80% dessas

vendas. A região Norte, isoladamente, participou com

29,5% nas exportações do produto no ano passado.

Novo empreendimento da Vale em Carajás induzirá o desenvolvimento regional no Pará e no Maranhão, além de contribuir para o equilíbrio da balança comercial brasileira

Mais riquezas para compartilhar

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21

A contratação de fornecedores locais é uma

estratégia da Vale para estimular a dinamização

da economia nas regiões em que atua e também

para qualificar e desenvolver empresas

parceiras alinhadas com seus conceitos de

negócios sustentáveis.

No S11D não será diferente. O empreendimento

vai incorporar os programas de qualificação

e treinamento de fornecedores adotados pela

Vale em parceria com a sociedade e a governança

dos municípios, por meio da capacitação,

disponibilização de linhas de crédito, incentivo

à realização de negócios e extensão de

condições mais favoráveis para a aquisição

de produtos e serviços.

Uma das principais iniciativas nesse sentido é o

Programa de Desenvolvimento de Fornecedores

(PDF), que tem como objetivo a capacitação da

cadeia produtiva regional para o fornecimento de

insumos e serviços de acordo com as necessidades

técnicas do empreendimento.

O PDF permite o desenvolvimento da economia na

área de influência do projeto, criando condições

de competitividade, adequando e fortalecendo as

empresas, além de gerar emprego e renda para

a população local.

Já o Programa de Formação de Mão de Obra visa

atender um dos mais importantes compromissos da

Vale, que é a priorização de mão de obra local, tanto

na fase de implantação como na operação

do empreendimento.

Por meio desse programa, a Vale treina, em parceria

com instituições especializadas, como o Serviço

Social da Indústria (SESI), fornecedores locais de

insumos e serviços, gerando trabalho e renda para

a comunidade no entorno.

Estima-se em mais de 200 o número total de novas

oportunidades de negócios no S11D, a partir dos

programas de estímulo a compras locais que a

Vale já consagrou em suas operações em todo o

mundo. O projeto deverá criar um novo campo de

oportunidades de negócios para micro e pequenos

empresários do Pará e do Maranhão, promovendo

um aquecimento na economia em virtude das

compras locais resultantes dos efeitos multiplicadores

– a forma como o empreendimento movimenta a

economia e toda sua cadeia de fornecedores para

atender às demandas por produtos e serviços.

Desenvolvimento de fornecedores locais é estratégico

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22

Investimentos diversificados

A região de Carajás é uma das maiores províncias minerais

do mundo, contendo grandes depósitos de minério de

ferro, manganês, cobre, níquel e ouro. A dinamização da

economia regional é um dos principais e mais visíveis

impactos positivos do projeto S11D, tanto na área em

que serão instaladas a mina e a usina, no estado do Pará,

como no porto que embarcará o minério para o exterior,

localizado no Maranhão, e ao longo do trecho da Estrada

de Ferro Carajás, que atravessa esses dois estados.

Dos US$ 19,49 bilhões orçados em investimentos, a maior

parte (US$ 11,45 bilhões) será aplicada na logística (ferrovia

e porto), sendo o restante destinado à mina e à usina. Até

junho de 2012, US$ 1,2 bilhão já havia sido efetivamente

investido na construção de infraestrutura básica, como

estradas de acesso e instalações para empregados –

atividade paralela ao processo de licenciamento.

Para que o S11D entre em operação, além dos

investimentos na mina e na usina, a Vale ainda construirá

uma infraestrutura associada dedicada ao escoamento da

produção. Essa infraestrutura inclui a construção de uma

nova rodovia, de um ramal ferroviário no sudeste do Pará,

ligando a usina de beneficiamento do minério à Estrada de

Ferro Carajás, além da expansão da própria ferrovia e do

Terminal Portuário de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).

Dario Zalis / Agência Vale

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23

R$ 228 milhões

R$ 1,6 bilhão

R$ 3 bilhões

Alguns números do projeto S11D

foram desembolsados, até o final de 2011, com a contratação de serviços como manutenção elétrica, manutenção preditiva, informática e oficina para transportadores de correias.

valor estimado das despesas com terceirização até 2016.

será o valor gasto com compras até 2016.

Lucas Lenci / Agência Vale

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24

Os valores aplicados em logística e tecnologia vão garantir

mais do que eficiência, crescimento e sustentabilidade

das operações: vão melhorar a competitividade do país

como um todo.

Oportunidades em cadeia

A implantação e a operação do projeto Ferro Carajás

S11D vão criar muitas oportunidades em toda sua cadeia

produtiva. Essas oportunidades começam na expansão da

renda (a massa de salários e a riqueza gerada pelas compras

diretas, indiretas e induzidas) e do emprego local, chegando

à arrecadação de tributos.

As novas atividades e a produção resultante dos efeitos

em cadeia sobre a economia local vão promover uma

expansão na economia regional. Um exemplo é o estímulo

ao empreendedorismo para fornecimento de produtos

e serviços visando ao atendimento do consumo da Vale,

de seus trabalhadores, fornecedores e clientes.

Para facilitar a agenda positiva em torno das

oportunidades de desenvolvimento que o S11D pode

trazer à região e manter uma relação de confiança com os

empreendedores locais, já está sendo desenvolvido um

programa denominado Sala de Negócios. Trata-se de um

espaço organizado pela Vale onde são apresentadas as

oportunidades de novos negócios e de fortalecimento da

economia local, incluindo a capacitação dos empresários

e apoio para a regularização dos seus empreendimentos.

O projeto Ferro Carajás S11D alia a experiência da Vale na

produção eficiente de minério com os mais modernos

conceitos tecnológicos do século XXI, de modo a garantir o

equilíbrio entre os resultados econômicos, sociais e ambientais.

O perfil dos investimentos da ValeInvestimentos por Tipo (US$ bilhões)

2010 2011 2012

12,7

18,0

21,4*

* Valor de investimento orçado estimado

Manutenção das operações existentesPesquisa e Desenvolvimento (P&D)Execução de projetos

26%

25%

29%

9%

10%11%

65%65% 60%

Ant

onio

de

Jesu

s do

Nas

cim

ento

/ A

gênc

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25

O empreendimento S11D materializará o

aprendizado de mais de 30 anos de contribuição

da Vale para o desenvolvimento da região Norte,

apostando alto em seu potencial minerador.

No município de Parauapebas, no Pará, está

localizada a Província Mineral de Carajás, a maior

produtora de minério de ferro em operação do

planeta. Carajás engloba a operação simultânea

de quatro minas da Vale a céu aberto: N4E, N4W,

N5E e N5W, além de uma em fase de abertura,

que é a N5Sul.

Também sai do Pará a maior linha férrea

de passageiros do Brasil, a Estrada de Ferro

Carajás, com 892 km de extensão, passando

por 25 municípios até chegar a São Luís do

Maranhão. O trem de passageiros transporta

cerca de 1.100 pessoas por viagem entre os dois

estados. Pelo mesmo trajeto, segue o maior trem

de carga do mundo, com 330 vagões, que, além

do minério de ferro, transporta manganês,

ferro gusa, cobre e outros tipos de carga,

como soja e combustível.

As operações da Vale no Pará garantem ainda

muitos postos de trabalho na região. Considerando

empregados próprios, terceirizados permanentes e

terceirizados em projetos, 19% das 187,7 mil pessoas

empregadas pela Vale em 2011 estavam no estado.

Se somados os que trabalham no Maranhão, são

mais 18% da força de trabalho do estado ou 33,8

mil pessoas. Isso sem contar outras nove mil vagas

em projetos em fase de implantação na região e as

oportunidades de emprego que os empreendimentos

da empresa geram de forma indireta.

As atividades da Vale colocaram Parauapebas

(PA) em primeiro lugar no ranking dos municípios

exportadores. Segundo estatísticas oficiais do

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior (MDIC), Parauapebas exportou,

em 2011, US$ 11,728 bilhões, seguida de Angra

dos Reis (RJ), com US$ 10,877 bilhões; Nova Lima

(MG), US$ 4,579 bilhões; Anchieta (ES), US$ 4,158

bilhões, e Santos (SP), com US$ 3,519 bilhões.

Juntos, esses municípios somaram um saldo

de US$ 34,861 bilhões, mais que o superávit

comercial do país no ano (US$ 29,790 bilhões).

Transformação em mais de três décadas de atuação da Vale na região

Page 26: Final Book s11d Port

26Eduardo Perini / Agência Vale

Page 27: Final Book s11d Port

27

Preservação ambiental

Page 28: Final Book s11d Port

28

Ao contrário do que muitos pensam, a mineração pode

contribuir para a preservação ambiental. Isso é o que

demonstra a atuação da Vale no sudeste do Pará. Desde que

iniciou a extração de minério de ferro na região, em 1985,

a empresa ajuda a conservar a Floresta Nacional de Carajás

e outras áreas do bioma amazônico, em parceria com o

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

(ICMBio). Ano a ano, a Vale também evoluiu no

desenvolvimento de tecnologias e sistemas de gestão que

a levaram a possuir, hoje, uma operação de menor impacto.

E toda essa experiência de mais de 30 anos está reunida

no projeto S11D, um empreendimento cuidadosamente

planejado para atingir a excelência operacional.

A Floresta Nacional de Carajás (Flona), que abriga minas

da Vale de ferro, manganês e cobre e abrigará também

a S11D, é uma Unidade de Conservação criada em 1998

por decreto presidencial, e prevê, entre outros objetivos,

a “exploração sustentável dos recursos naturais”, como a

extração mineral. As operações da Vale na Flona ocupam

somente 3% da área da floresta, de aproximadamente

4.120 km2. Além disso, o apoio da Vale foi fundamental

para evitar que a pecuária e a atividade de madeireiras

avançassem sobre a cobertura vegetal. As imagens aéreas

mostram um cenário dominado por pastagens e áreas

desmatadas fora dos limites do Mosaico de Unidades

de Conservação da Região de Carajás

Outras quatro áreas adjacentes, que totalizam

4.559,5 km2, compõem junto com a Flona

o Mosaico de Unidades de Conservação da Região

de Carajás (ver tabela na página 32). Esse mosaico

é protegido pela parceria entre Vale e ICMBio,

que realiza atividades de fiscalização, pesquisa,

prevenção e combate a incêndios (ver quadro

na página 33) e educação ambiental.

Passado, presente e futuro

A experiência de mais de 30 anos está reunida no projeto S11D, um empreendimento cuidadosamente planejado para atingir a excelência operacional

Page 29: Final Book s11d Port

29

Imagens de satélite do Mosaico de Unidades de Conservação da região de Carajás

1985

2010

INPE - Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisSatélite Landsat 5

Satélite Landsat 5INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Reserva Biológica do Tapirapé

Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri

Floresta Nacional de Carajás

A área marcada em amarelo

no mapa mostra os 8.679 Km²

do Mosaico das Unidades

de Conservação da região

de Carajás. As atividades da

Vale ocupam apenas 3% da

área da Floresta Nacional

de Carajás. A Vale ajuda a

proteger as unidades que

compõem o Mosaico em

parceria com o ICMBio.

A comparação das

imagens de satélite de

1985 e 2010 mostra a

importância do trabalho

de proteção na região de

Carajás para a preservação

da Floresta Amazônica.

Floresta Nacional do Itacaiúnas

Área de Proteção Ambiental do Igarapé-Gelado

área de floresta

área antropizada/desmatada

Page 30: Final Book s11d Port

30

Há, ainda, os projetos do Fundo Vale para o

Desenvolvimento Sustentável, um fundo de cooperação

que atua em parceria com instituições públicas e

organizações do terceiro setor, que contribuíram para a

redução de 40% na taxa de desmatamento na Amazônia

Legal, entre 2009 e 2011.

Essa participação da Vale na preservação do bioma

amazônico é apenas uma amostra do que a empresa faz

globalmente, pois está presente em diversas regiões do

mundo com significativas reservas de florestas naturais.

A empresa protege ou colabora com a proteção de uma

área 3,5 vezes maior do que a ocupada por suas operações

globais, totalizando 13,7 mil km2 de áreas naturais.

Em 2011, a Vale investiu US$ 1,030 bilhão em controle

e proteção ambiental, representando um acréscimo

de 40% em relação ao ano anterior.

Soluções inovadoras

No projeto S11D, a preocupação em diminuir os impactos

ambientais começa na localização escolhida para a usina

Lucas Pupo/Agência Vale

Page 31: Final Book s11d Port

31

de beneficiamento do minério de ferro. Será em uma área

já antropizada (com interferência do ser humano) e fora da

Floresta Nacional de Carajás, evitando o desmatamento.

Com o mesmo objetivo, de minimizar o impacto na floresta,

70% do ramal ferroviário que levará a produção até a

Estrada de Ferro Carajás também serão construídos em

área de pastagem. No trecho que passa dentro dos limites

da unidade de conservação, serão construídos um túnel e

uma ponte para evitar impactos diretos na vegetação e na

fauna, com investimento adicional de R$ 200 milhões.

Uma vez em operação, o projeto S11D seguirá

diversos procedimentos que visam minimizar seus

impactos ambientais.

Seguindo um compromisso estratégico corporativo de

“reduzir a demanda de água nova nas operações, por

meio de tecnologias novas ou correntes”, o processo de

beneficiamento usará a umidade natural, possibilitando

a redução de 93% do consumo de água em relação ao

processo convencional, que requer uso intensivo do

recurso. Além disso, 86% da água captada nas instalações

da Vale serão reutilizados.

Outro compromisso global com desdobramentos

no projeto é o de reduzir em 5% as emissões de

gases de efeito estufa projetadas para 2020. Três

medidas contribuirão para a meta. A de maior

impacto é a adoção do sistema Truckless no transporte

do minério da mina para a usina. No lugar de

caminhões, 37 quilômetros de correias transportadoras

cumprirão essa função. A substituição, além de

77%

3%5,2 milhões de toneladas

18 mil MW

Redução do impacto ambiental

de redução no uso de combustível*

da Floresta Nacional de Carajás é ocupada pelo complexo minerador

de ultrafinos de minério de ferro

já foram reaproveitados por um

sistema desenvolvido pela Vale

*comparação com o modelo convencional de mina e usina

de eletricidade são economizados,

por ano, em Carajás, com a

aplicação de nova tecnologia

de beneficiamento de minério*

Page 32: Final Book s11d Port

32

UnidadeÁrea

(km2)

Floresta Nacional de Carajás 4.119,5

Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri 1.900,0

Floresta Nacional do Itacaiúnas 1.414,0

Reserva Biológica do Tapirapé 1.030,0

Área de Proteção Ambiental do Igarapé do Gelado

216,0

Total 8.679,5

diminuir a quantidade de resíduos, como pneus,

filtros e lubrificantes, permitirá a redução de 77%

do consumo de diesel.

Se comparados aos sistemas convencionais, o Truckless

e o beneficiamento do minério a umidade natural

possibilitarão reduzir em 50% as emissões de gases

de efeito estufa (GEE) ou 118 mil toneladas de CO2

equivalentes por ano.

Por sua vez, os principais equipamentos do S11D serão

movidos a energia elétrica. Somente tratores de esteiras,

motoniveladoras e outras máquinas auxiliares continuarão

consumindo diesel.

Mosaico de Unidades de Conservação da Região de Carajás - composição

Dario Zalis / Agência Vale

Page 33: Final Book s11d Port

33

Desde 2007, a Vale e o o Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio) previnem a

ocorrência de queimadas no Mosaico de Unidades

de Conservação da Região de Carajás. O Sistema

de Detecção de Incêndios (SDI) se diferencia de

outros sistemas de monitoramento semelhantes por

reclassificar as informações fornecidas pelo Instituto

Espacial de Pesquisas Espaciais (INPE), cruzando-

as com informações de uso e ocupação do solo,

cobertura vegetal e relevo e dados climáticos (como

temperatura, velocidade do vento e umidade do

ar). Com essas informações sobrepostas, o sistema

produz o Mapa Dinâmico de Suscetibilidade a

Incêndios, que indica se o foco está em uma área

de baixa, média ou alta sensibilidade ambiental.

Além do monitoramento de focos de calor, o SDI

permite produzir mapas de apoio à logística das

operações de campo e relatórios estatísticos, o que

agiliza o trabalho dos bombeiros e brigadistas, já

que também é capaz de localizar as vias de acesso,

como rodovias e estradas vicinais, próximas ao foco

de incêndio identificado.

No período seco, entre junho e novembro,

a Vale e o ICMBio realizam a Campanha de

Prevenção e Combate a Incêndios Florestais.

A ação inclui palestras educativas e de prevenção,

uso de outdoors e distribuição de material

informativo nas comunidades próximas a áreas

de preservação ambiental.

Sistema auxilia na prevenção de queimadas

João Marcos Rosa / Agência Vale

Page 34: Final Book s11d Port

34

Ant

onio

de

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Nas

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gênc

ia V

ale

Page 35: Final Book s11d Port

35

Benefícios sociais

Page 36: Final Book s11d Port

36

Desde que o Complexo Minerador de Carajás começou a

ser implantado, na década de 1980, a região sudeste do

estado do Pará vivenciou um período de forte crescimento

populacional e econômico. A expressiva geração de renda

e emprego atraiu muitos trabalhadores de fora, o que

causou uma pressão sobre os serviços públicos e a oferta

de habitação, entre outros efeitos.

Ciente desses impactos, a Vale vem contribuindo para a

melhoria da infraestrutura e estreitando o relacionamento

com as comunidades, de forma a identificar as

necessidades e o potencial de cada território.

O impacto de grandes projetos de mineração no

desenvolvimento socioeconômico dos municípios que

os recebem é visível nos dados apresentados pelo Índice

Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), um estudo

anual que acompanha a evolução de todos os 5.564

municípios brasileiros em três áreas: emprego e renda,

educação e saúde.

Parauapebas e Ourilândia do Norte, que possuem

operações da Vale, ocupam, respectivamente, o segundo

e o terceiro lugares no ranking IFDM 2011 (ano-base 2009)

relativo ao Estado Pará, atrás apenas da capital Belém.

Nas três áreas consideradas, os índices dos dois municípios

mineradores são superiores à média estadual (ver gráfico

na página 37). A comparação entre os dados de 2000

e 2009 revela que Parauapebas e Ourilândia do Norte

apresentaram evolução rápida em emprego, renda,

educação e saúde.

No quesito educação, em particular, Parauapebas

apresentou uma escalada, na última década, em seu índice

de desenvolvimento. Essa evolução foi atestada, também,

Diálogo com as comunidades, respeito às culturas tradicionais e estudos de diagnóstico formam a base da atuação social da Vale na região de Carajás

Para deixar um legado positivo

Page 37: Final Book s11d Port

37

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o Censo 2010 do órgão, o índice de analfabetismo

no município caiu pela metade em relação ao aferido pelo

Censo 2000, passando de 16,3% a 8,1%.

Considerando apenas a geração de riquezas, é possível

constatar, também, a diferença dos municípios que

abrigam projetos de mineração para os demais. O salário

médio na fase de operação chega a ser cinco vezes

superior ao salário médio que prevalecia na economia

formal. Segundo o Censo 2010, os dois maiores PIB per

capita do Estado, em 2008, eram, respectivamente, Canaã

dos Carajás (R$ 48.639,03) e Parauapebas (R$ 45.225,41).

Com o projeto S11D, a Vale acredita que os benefícios

serão ainda maiores. Parte do contingente de profissionais

previstos para trabalhar nas fases de implantação e

operação do projeto já vem sendo beneficiada pelos

investimentos permanentes da Vale em formação de mão

de obra e capacitação da força produtiva local, que vai

qualificar, até 2013, seis mil trabalhadores. São oferecidos

cursos de ajudante de eletricista, pintor predial, mecânico

0,5065

0,70890,6628

0,7851

Evolução no IFDM

Estado do Pará Parauapebas Ourilândia do Norte

Geral Geral GeralEducação Educação EducaçãoSaúde Saúde SaúdeEmpregoe renda

Empregoe renda

Empregoe renda

0,4

0,35

0,30

0,45

0,40

0,65

0,55

0,75

0,80

0,50

0,70

0,60

0,85

0,5051 0,4957 0,5169

0,42810,3679

0,3945

0,60520,5702

0,7592

0,48190,5492

0,3969

0,5899

0,70380,6132

0,5291 0,6355

0,6291

0,6393

0,6116

0,813

0,6939

0,5966

0,7586

0,6936

0,6033

0,69550,67 0,69090,7953

0,681

+ 0,8 alto desenvolvimento 0,6 - 0,8 desenvolvimento moderado 0,4 - 0,6 desenvolvimento regular - 0,4 baixo desenvolvimento

0,5164

2000 2006 2009

Page 38: Final Book s11d Port

38

montador, armador e ferreiro armador, ajudante de obras,

carpinteiro, pedreiro e outros.

Para acomodar os empregados que trabalharão na

implantação do projeto, além da infraestrutura da rede

de hotelaria existente em Canaã dos Carajás, serão

construídos três grandes alojamentos. Um deles foi

construído nas Instalações de Apoio da Vale no Sudeste

do Pará, a seis quilômetros da cidade de Canaã, com

capacidade para atender até 3.500 empregados. Os outros

dois alojamentos serão construídos próximos à futura

usina do empreendimento, a 40 quilômetros de Canaã,

e poderão ser desmobilizados ao final da implantação.

Também está prevista a construção de outros dois

alojamentos para acomodar os empregados que serão

mobilizados para a fase de operação. Os alojamentos terão

áreas de administração, lavanderia, cozinha, refeitório,

centro comercial, área de lazer e centro ecumênico.

Estudo orienta ações sociais

Em 2006, a Fundação Vale realizou um diagnóstico

socioeconômico da região, atualizado em 2010, que abrangeu

os municípios de Marabá, Eldorado dos Carajás, Curionópolis,

Parauapebas, Canaã dos Carajás, Ourilândia do Norte e

Tucumã. O estudo avaliou vários dados estatísticos e traçou

projeções de impactos provenientes da expansão da empresa,

com base no seu plano de investimento de 2006-2010. Por

fim, foi analisada a capacidade dos governos locais de manter

esses investimentos, a partir da arrecadação de tributos. O

resultado da análise mostrou que o plano de investimento da

Vale representava desenvolvimento humano e econômico

exequível e melhoria das condições locais de vida.

O estudo foi amplamente disseminado e cerca de cem

apresentações sobre seu teor foram realizadas para um

público composto por metade da população local e a outra

Evolução do investimento social da Vale (em US$ milhões)

2009 2010 2011

200,9

398,5

457,2

Programa Escola que Vale, Canaã dos Carajás

Edu Simões / Agência Vale

Page 39: Final Book s11d Port

39

metade por empregados da mineradora. Esse trabalho

gerou planos de ação para direcionar investimentos

em saúde, segurança, educação, geração de renda,

infraestrutura e preservação da diversidade étnica e cultural.

Um desses investimentos é a Estação Conhecimento

da Área de Proteção Ambiental do Igarapé-Gelado,

inaugurada em 2010. Construída em um núcleo rural, ela

possui atividades voltadas para o apoio a 120 famílias de

agricultores da região. Foram criados Núcleos de Apoio

Avançado ao Produtor, nos quais as famílias estão sendo

organizadas em grupos de trabalho para desenvolver

formas de manejo da pecuária leiteira, da avicultura e da

produção de hortifrutigranjeiros. Além disso, está sendo

instalada uma indústria de laticínios para processamento

do leite fornecido pelos produtores da região e

comercialização de leite e derivados.

Na Estação, são oferecidos, ainda, cursos

profissionalizantes, como o de carpintaria, e outros

relacionados à construção civil, além de atividades

esportivas e culturais. Por sua vez, crianças da região

passaram a estudar na Escola Municipal Professor Jorge

Amado, que funciona dentro da Estação e reúne cinco

escolas multisseriadas que antes funcionavam distribuídas

em um raio de até 30 km de distância uma da outra.

Estação Conhecimento, Tucumã

Christian Knepper / Agência Vale

Page 40: Final Book s11d Port

40

Duas ações, em 2011, colaboraram para reafirmar

o compromisso da Vale de realizar ações de

sensibilização, promoção e proteção dos direitos

humanos, com especial atenção aos direitos das

crianças e adolescentes.

A primeira delas consistiu na realização de oficinas

e palestras em busca da conscientização dos

trabalhadores e das comunidades próximas do Projeto

Salobo, com o tema da prevenção da exploração

sexual infantil. A iniciativa foi resultado da parceria

firmada com empresas contratadas, a Prefeitura de

Paraupebas (PA) e entidades da sociedade civil.

Outra iniciativa foi o Programa de Educação

Sexual e Promoção da Saúde, no Maranhão. Por

meio de parceria com a ONG Oficina de Imagens,

foram promovidas palestras sobre o tema, com

a participação de cerca de 1.800 pessoas em

cinco municípios maranhenses. Também foram

realizados minicursos mensais nos mesmos

municípios, capacitando 555 pessoas em temas

como Direitos Sexuais e Prevenção à Gravidez

não desejada na adolescência. Além disso, os

participantes também elaboraram um plano de

comunicação e mobilização social para cada um

dos municípios.

Parcerias contra a exploração sexual de crianças e adolescentes

A atuação do Programa Voluntários Vale, por sua vez,

complementa o trabalho social da empresa na região, por

meio de doações de sangue, ações de educação, palestras

sobre drogas, violência, socorro a vitimas de desastres,

campanhas de preservação ambiental, construção

e reformas de casa.

O programa conta com cinco comitês no Pará, que

coordenou 24 ações em 2011. Em Parauapebas, uma

campanha de arrecadação de donativos atendeu

mais de 700 desabrigados pelas chuvas de verão, com

alimentação e vestimenta. No mesmo município, a

Ação Criança proporcionou atendimento ortodôntico,

distribuição de alimentos e brinquedos para três mil

crianças. Já em Canaã dos Carajás, houve um esforço

coletivo para a revitalização da mata ciliar da barragem

da estação de tratamento de água da cidade, que resultou

no plantio de mil mudas.

Page 41: Final Book s11d Port

41

A Vale adota uma lógica de relacionamento

pautada no etnodesenvolvimento e reconhece

a oportunidade de valorizar culturas e preservar

identidades locais. Um exemplo é o diálogo

qualificado e convívio positivo que a empresa

mantém com comunidades indígenas que

vivem em locais próximos ao Complexo

Minerador de Carajás.

Nesse sentido, são desenvolvidas ações para

evitar, mitigar ou compensar possíveis impactos

nessas populações.

Em parceria com a Fundação Nacional do Índio

(Funai) e a Associação Floresta Protegida, a Vale

finalizou as obras da Casa de Apoio ao Índio em

Trânsito de Tucumã (PA), em 2011. A comunidade

depende dos centros urbanos de Ourilândia do

Norte e Tucumã para realização de compras,

recebimento de aposentadorias, e articulação para

acesso ao apoio dos sistemas públicos (educação,

assistência social e saúde), o que explica a

relevância da ação.

Outra ação importante foi a promoção de

treinamentos com seus empregados, incluindo

líderes e gestores de empresas contratadas, com

interface com o Povo Indígena Xikrin do Cateté. O

objetivo foi promover o alinhamento do histórico

de relacionamento da empresa com esse povo

indígena, expondo as ações em andamento e as já

realizadas, assim como os impactos identificados

nos estudos etnoecológicos. A Vale também firmou

parceria com a Prefeitura Municipal de Parauapebas

para reformas das estradas da terra indígena da

comunidade Xikrin do Cateté. Já o microssistema

de abastecimento de água para a aldeia indígena

Oodjã encontra-se em fase final.

Por fim, atendendo pedido das lideranças

indígenas, a Vale apoiou as festas de final de ano

realizadas no período de 15 a 18 de dezembro de

2011, concedendo artigos e materiais esportivos

para as aldeias indígenas Cateté, Djudjêkô e Oodjã.

Em 2011, ações desse tipo beneficiaram, no Brasil,

mais de 10 mil pessoas, de oito etnias diferentes.

Valorização da cultura indígena

Page 42: Final Book s11d Port

42Beneficiamento a umidade natural

Page 43: Final Book s11d Port

43

Inovação e tecnologia

Agência Vale

Page 44: Final Book s11d Port

44

A experiência na atuação de mais de três décadas da Vale

em Carajás, aliada ao uso de tecnologias de ponta e

sistemas produtivos eficientes, fazem do projeto S11D

o que há de mais próximo da excelência operacional

em extração e beneficiamento de minério de ferro. Suas

inovações garantem, ao mesmo tempo, um menor impacto

ao meio ambiente e às comunidades de seu entorno,

e competitividade frente aos concorrentes de mercado.

Como em outras minas do Complexo Minerador de

Carajás, a S11D usará o sistema de lavra a céu aberto.

Esse sistema apresenta algumas vantagens em relação à

extração subterrânea, como o menor custo de produção,

a facilidade de supervisão, melhores condições de trabalho

e redução de riscos para os traballhadores.

A operação de lavra da mina será realizada por um

sistema que utiliza tecnologia In-Pit Crushing and

Conveying e é conhecido como Truckless. Se o S11D

seguisse a linha de uma mineração convencional,

seriam necessários cerca de 100 caminhões fora-de-

estrada para a operação.

Uma vez extraído do subsolo, o minério de ferro será

coletado por escavadeiras e depositado em britadores

móveis. Na sequência, esses equipamentos alimentam

as correias transportadoras, que levam o produto até a

usina de beneficiamento. No total, serão 37 quilômetros

de correias distribuídas no espaço ocupado pela mina,

incluindo ramais que vão se conectar ao tronco principal,

a ser estendido por 9,5 quilômetros até a usina

de beneficiamento.

Com o uso de correias transportadoras, o sistema

proporcionará significativa redução no consumo de óleo

diesel, na emissão de particulados e na geração de resíduos,

Projeto S11D reúne as principais inovações tecnológicas e processuais desenvolvidas pela Vale nos últimos anos

A busca da excelência operacional

Page 45: Final Book s11d Port

45

como pneus, filtros e lubrificantes. Além disso, permitirá

que a usina de beneficiamento seja construída em uma área

de pastagem, fora da área ocupada por floresta.

O processo de beneficiamento, por sua vez, também

seguirá uma metodologia inovadora desenvolvida pela

Vale, que usa a umidade natural para peneirar o material.

Essa tecnologia, que já é empregada com sucesso,

em menor escala, no Complexo Minerador de Carajás,

permitirá a redução de 93% do consumo de água em

relação ao processo convencional, o equivalente ao

abastecimento anual de uma cidade com mais de 400

mil habitantes (19,7 milhões de m3). Com a adoção da

tecnologia, haverá, ainda, redução no consumo de energia

que atingirá 18 mil MW ao ano. Outro diferencial é a

ausência de barragem de rejeitos, o que minimiza

a intervenção em ambientes nativos.

Se comparados aos sistemas convencionais, o Truckless

e o beneficiamento do minério a umidade natural

possibilitarão reduzir em 50% as emissões de gases

de efeito estufa (GEE) ou 118 mil toneladas de CO2

equivalentes por ano.

Todos os gases de efeito estufa (GEE) incorporados ao

escopo do inventário de emissões foram convertidos

em toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2e) de

acordo com os potenciais de aquecimento global (PAG)

específicos. Os cálculos foram feitos de acordo com

a metodologia do GHG Protocol.

Ganhos ambientais e econômicos com o reaproveitamento de minério

Um projeto pioneiro em escala industrial,

desenvolvido pela Vale, pode mudar o modelo

de exploração dessa atividade no mundo,

aumentando a vida útil das reservas e reduzindo

o impacto ambiental. É o reaproveitamento

de sobras do processo da mineração, antes

depositadas em pilhas de estéril (substâncias

minerais que não têm valor econômico) ou

em barragens de rejeito (lagos artificiais).

A nova tecnologia permite o reprocessamento

desse material, aproveitando o teor de ferro ainda

existente e incorporando-o à produção mineral.

Com isso, a empresa desmistifica a crença de que

só é possível lavrar minério uma vez. Além do

ganho econômico, a técnica diminui o impacto

ao meio ambiente, pois reduz a área destinada

a barragens e pilhas.

Em Carajás, a Vale já reaproveitou 5,2 milhões

de toneladas do chamado minério ultrafino

depositado nas barragens após o processo

de beneficiamento.

Page 46: Final Book s11d Port

46

Mais segurança para os trabalhadores

A construção da usina de beneficiamento, incluindo as

instalações administrativas, será realizada por meio de um

sistema chamado modularização. Esse processo consiste

na montagem do projeto em módulos, que podem ser

construídos simultaneamente e fora do local da obra e, depois,

transportados e integrados na montagem da planta industrial.

A modularização é uma opção mais segura para os

trabalhadores, pois permite a melhor distribuição de pessoal

no tempo e um maior controle do local de montagem. Durante

a construção, os módulos podem ser testados e só então

transportados para o local definitivo, onde serão conectados

e operados. O sistema simplifica, ainda, os requisitos de

fundação e possibilita a redução do tempo de implantação do

empreendimento, já que a montagem dos módulos será feita

simultaneamente aos serviços de terraplanagem e construção

da rodovia do Município de Canaã dos Carajás, que está sendo

construída pela Vale para ligar a zona rural ao centro urbano.

Salviano Machado / Agência ValeSalviano Machado / Agência Vale

Montagem do primeiro módulo do projeto S11D

Page 47: Final Book s11d Port

47

Sistema avançado de controle

A eficiência do empreendimento também estará

presente após o início de suas atividades. Isso porque

o S11D será integrado ao restante do Complexo Minerador

de Carajás, cuja supervisão é centralizada pelo Centro

de Controle Operacional (CCO). Inaugurado em 2007,

o CCO reúne, em um único lugar, o monitoramento

remoto das condições vitais dos equipamentos

(telemetria), e as operações de usinas e expedição, em

tempo real, por meio de satélite.

A partir do CCO, as imagens da operação

nas minas podem ser visualizadas em qualquer

etapa da produção, desde uma informação

abrangente de determinada área até o processo

de carregamento de material em um britador,

por exemplo. Com esse sistema avançado de controle,

é possível otimizar a sinergia entre as operações de

mina, usina, expedição e manutenção, em um

único ambiente.

Olegário Reis Júnior / Agência Vale

Centro de Controle Operacional

Page 48: Final Book s11d Port

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