filósofo da contracultura

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Filósofo da Contracultura Herbert Marcuse

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Apresentado na Disciplina de Mídia e Psicologia do Mestrado de Mídia e Conhecimento do EGC - Programa de Engenharia e Gestão do Conhecimento da UFSC.

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Page 1: Filósofo Da Contracultura

Filósofo da Contracultura

Herbert Marcuse

Page 2: Filósofo Da Contracultura
Page 3: Filósofo Da Contracultura

Herbert Marcuse é um dos mais

importantes filósofos da chamada

Escola de Frankfurt. E também um

dos que mais se distanciaram do

pensamento apocalíptico que

caracterizou essa escola.

- QUASE QUE UM IDEAL HELÊNICO

.

Page 4: Filósofo Da Contracultura
Page 5: Filósofo Da Contracultura

A influência de Marcuse na

década de 60 era tão grande que

se dizia que a juventude seguia

três Ms: Marx, Mao, Marcuse.

Page 6: Filósofo Da Contracultura

A crítica à racionalidade

técnica irá direcionar toda a

sua obra. Para ele, a

instrumentalidade das coisas

tornava-se a instrumentalidade

dos indivíduos.

- PULVERIZAÇÃO DO INDIVÍDUO

Page 7: Filósofo Da Contracultura

Ao invés do homem dominar a

máquina e tecnologia, como

previa a utopia iluminista, era

o homem que estava sendo

dominado pela máquina e pela

tecnologia.

- FORDISMO

Page 8: Filósofo Da Contracultura

Marcuse denunciou a criação do

chamado homem unidimensional: um

indivíduo que consegue ver

apenas a aparência das coisas,

nunca indo até a sua essência.

- Alma / Condenado

Page 9: Filósofo Da Contracultura

O homem unidimensional é

conformista, consumista e

acrítico. Ele se acha feliz

porque a mídia lhe diz que ele é

feliz e, quando se sente triste,

vai ao shopping, fazer compras.

Page 10: Filósofo Da Contracultura

Para Marcuse, as mudanças só

ocorreriam se houvesse a

liberação de uma nova dimensão

humana. Um princípio básico

deveria permear essa nova

revolução: a liberdade.

Page 11: Filósofo Da Contracultura

A nova sociedade, que surgiria

das ruínas da sociedade

consumista, deveria ter uma

dimensão estético-erótica e, no

lugar do consumismo, do

conformismo, da competição,

surgiriam os valores da

felicidade, da paz e da beleza.

Page 12: Filósofo Da Contracultura

À pergunta de Adorno "É possível

fazer poesia depois de

Auschwitz?", Marcuse vai

responder positivamente. A arte

ainda é possível, desde que seja

uma arte revolucionária, que

denuncie a sociedade

unidimensional e leve aos

receptores os novos valores.

- Fellini / Nietzche

Page 13: Filósofo Da Contracultura

Curiosamente, Marcuse vai

encontrar justamente em um

produto da Indústria Cultural,

tanto criticada pela Escola de

Frankfurt, um exemplo dessa arte

revolucionária: as músicas de

Bob Dylan

Page 14: Filósofo Da Contracultura

Segundo o filósofo, "A arte só

pode cumprir sua função

revolucionária se ela não fizer

parte de nenhum sistema,

inclusive o sistema

revolucionário".

Page 15: Filósofo Da Contracultura

O artista deve não consolar, mas

instigar o seu público e fazê-lo

rever seus valores. A trajetória

de Bob Dylan demonstra bem isso.

Quando achou que seu público

estava acostumado com suas

músicas políticas, ele lançou um

disco não político.

Page 16: Filósofo Da Contracultura

No campo dos quadrinhos, o

melhor exemplo talvez seja o

roteirista britânico Alan Moore.

Suas histórias sempre

apresentaram uma dimensão

crítica, seja do sistema (em V

de Vingança), seja da

potencialidade destrutiva da

ciência, representada pela bomba

atômica (em Watchmen e

Miracleman).

Page 17: Filósofo Da Contracultura

Quando seus fãs se acostumaram

com seu trabalho mais

intelectualizado, ele passou a

fazer histórias de super-heróis

para a editora Image.

Page 18: Filósofo Da Contracultura

Esse pensamento influenciou o

movimento da contracultura, com

seus fanzines, revistas

alternativas e rádios livres.

Outra conseqüência foi a anti-

arte, um movimento que, em sua

versão mais branda, procura

demonstrar o equívoco da arte

como ornamento, como peça de

museu.

Page 19: Filósofo Da Contracultura

Assim, para Marcuse, a nova arte

não seria uma peça de museu, mas

algo vivo, a expressão de um

novo tipo de homem. Em alguns

momentos, a recusa da obra de

arte poderia ser uma forma de

fazer arte.

Page 20: Filósofo Da Contracultura

Um exemplo disso foi o barquinho

pirata colocado pelo estudante

de jornalismo Cleiton Campos no

meio de obras famosas durante a

última Bienal. O quadro de

Cleiton não tinha qualquer valor

artístico, mas valor de atitude.

Colocar em dúvida o aspecto

sacramental da arte pode,

também, ser um tipo de arte.

Page 21: Filósofo Da Contracultura