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Revista Estudos Feministas

ISSN: 0104-026X

[email protected]

Universidade Federal de Santa Catarina

Brasil

Tavares da Costa Rocha, Cristina; Grossi, Miriam Pillar

Filosofia, gênero e ciência: entrevista com Eulalia Pérez Sedeño

Revista Estudos Feministas, vol. 17, núm. 1, enero-abril, 2009, pp. 191-205

Universidade Federal de Santa Catarina

Santa Catarina, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=38114360010

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Estudos Feministas, Florianópolis, 17(1): 296, janeiro-abril/2009 191

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Cristina Tavares da Costa RochaUniversidade Federal de Santa Catarina

Miriam Pillar GrossiUniversidade Federal de Santa Catarina

Copyright 2008 by Revista Estudos Feministas1 O CSIC participa ativamente na política científica de todas as comunidadesautônomas da Espanha, através de seus diversos centros agregados por oito áreastecnocientíficas.

Pioneira nos Estudos de História e Filosofia da Ciência eGênero, com trajetória acadêmico-científica de destaque,destreza no raciocínio, capacidade singular de atenção aoutrem, visão de vanguarda no conhecimento, além desimpatia contagiante, Eulalia Pérez Sedeño reúne caracte-rísticas únicas para estar na gênese, e ser uma das principaisarticuladoras ibero-americanas, do campo interdisciplinar dosEstudos de Gênero, Ciência e Tecnologia. A partir de sua inicia-tiva, foi criado o Congreso de Ciencia, Tecnología y Gênero,que se realiza alternadamente em países da América Latina ena Espanha, sendo que a próxima edição acontecerá em 2010em Curitiba (Brasil).

Eulalia é catedrática de Lógica e Filosofia da Ciência epesquisadora no Departamento de Ciência, Tecnologia eSociedade do Instituto de Filosofia do Conselho Superior deInvestigações Científicas (CSIC), o principal organismo públicode pesquisa na Espanha.1

Seu currículo é extenso e qualificado. Foi diretora daFundação Espanhola para a Ciência e Tecnologia (FECYT,2006-2008) e integra o Conselho Assessor da Rede Cátedra deMulheres, Ciência e Tecnologia na América Latina desdeoutubro de 2005. Foi vice-presidente da Associação dasMulheres Investigadoras e Tecnólogas (AMIT) e presidente daSociedade de Lógica, Metodologia e Filosofia da Ciência na

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CRISTINA TAVARES DA COSTA ROCHA E MIRIAM PILLAR GROSSI

192 Estudos Feministas, Florianópolis, 16(2): 613-629, maio-agosto/2008

Espanha. Pertence ao Conselho Editorial da Fundação Carolina.Organiza mensalmente o seminário aberto ao publico “LasMujeres también Investigan” (FECYT e Biblioteca Nacional daEspanha), com participação de cientistas e personalidadesde reconhecido prestígio em seu âmbito profissional, daEspanha e de outros países.

Atuou em vários órgãos governamentais, como aAgência Nacional de Avaliação e Prospectiva (ANEP), Ministérioda Educação e Ciência (MEC), Fundação Européia de Ciência(ESF), Secretaria de Estado de Igualdade do Ministério doTrabalho e Assuntos Sociais, e pertence a comitês editoriais derevistas espanholas e internacionais. Foi professora epesquisadora nas Universidades de Barcelona, Complutensede Madrid, Cambridge (Inglaterra), Califórnia, em Berkeley (USA),Universidade de São Paulo, dentre outras.

Autora e editora ou coeditora de diversos livros, publicoumais de 70 artigos científicos na área, dentre outros: “Igualdady equidad en ciencia y tecnología: el caso iberoamericano”,Arbor, v. CLXXXIV, n. 733, 2008; e “Sexos, géneros y otras especies:diferencias sin desigualdades”, en El segundo escalón.Equilibrios y desequilibrios de género en ciencia y tecnología,Sevilla: ArCiBel, 2006.

Esta entrevista foi realizada por ocasião do 10.ºCongresso Internacional Interdisciplinar Mundos de Mulheres(Women´s World 08), ocorrido na Universidad Complutense deMadrid, na Espanha, de 3 a 9 de julho de 2008, em seu atuallocal de trabalho, o CSIC.

Eulalia, nascida no Marrocos, de pais espanhóis, temquatro irmãs; está casada com um filósofo da linguagem, comquem teve dois filhos. Nesta entrevista ela narra sobre suatrajetória no campo acadêmico-científico, sua posiçãoinstitucional no campo da filosofia espanhola e no topo dahierarquia da FECYT. Por ter sido uma das poucas mulheres desua geração a ter rompido o “teto de vidro”, suas pesquisasrefletem uma instigante visão sobre as conquistas e as lacunasno campo dos estudos de gênero.

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FILOSOFIA, GÊNERO E CIÊNCIA: ENTREVISTA COM EULALIA PÉREZ SEDEÑO

Revista Estudos FeministasRevista Estudos FeministasRevista Estudos FeministasRevista Estudos FeministasRevista Estudos Feministas: Hable sobre su trayectoriaintelectual de filósofa feminista.2

Eulalia Pérez SedeñoEulalia Pérez SedeñoEulalia Pérez SedeñoEulalia Pérez SedeñoEulalia Pérez Sedeño: Siempre me he considerado feminista.Pero me dediqué, en un inicio, a la Filosofía, y dentro de Filosofíame especialicé en el campo de la Lógica y de la Filosofía de laCiencia. Y en una época en la que todavía no creíamos quelos valores intervienen en la ciencia y en la tecnología. Hice mitesis de licenciatura sobre un sistema lógico-matemático, librede supuestos existenciales.

REFREFREFREFREF: ¿En qué universidad lo hizo?EPSEPSEPSEPSEPS: Fue en la Universidad Autónoma de Madrid (UAM). Luegopor varios motivos personales fundamentalmente – es que mimentor y maestro, Alfredo Deaño, murió,3 y además porque penséque aquello ya no me daba mucho más – me pasé a la Historiade la Ciencia. Debo decir que en principio, siempre me interesóla Historia de la Ciencia, porque a mí me gustó siempre muchola Historia. Y en la Historia de la Ciencia tuve un profesor excelenteen la Licenciatura, que dejó la universidad por motivos políticos.Cuando yo acabé la carrera de Filosofía en la UniversidadAutónoma de Madrid, a través de Alfredo Deaño se me ofrecieronun puesto como profesora contratada ayudante en laUniversidad de Barcelona. Es así que yo ya era entoncesprofesora de Lógica y Filosofía de la Ciencia en la Universidadde Barcelona.

REFREFREFREFREF: ¿En qué año fue eso?EPSEPSEPSEPSEPS: Acabé mis estudios en el año de 1976 y en 1977 me fue atrabajar en la Universidad de Barcelona donde estuve hasta1983. Salí para hacer la tesis doctoral que iba a ser, en principio,un análisis lógico de una teoría científica, en concreto de laastronomía copernicana. Pero fui retrocediendo y, al final, acabéhaciendo una tesis sobre la Historia de la Astronomía Antigua, osea, sobre el papel de la teoría, de la experiencia y de laobservación en la Astronomía Antigua. Lo que yo planteabaera: lo que nos ha llegado de la Astronomía Antigua es latradición de los modelos cosmológicos desde Anaximandro,Anaxímenes, Tales, Platón, Eudoxo, Leucipo, Aristóteles, Ptolomeo.Pero cuando estudias Ptolomeo, te das cuenta de que has tenidoque haber un trabajo de observación muy importante. Pues yolo que hice fue estudiar toda una tradición que no se conocemucho, que es más observacional, de los parapegmatistas,4

que son los astrónomos que hacen observaciones paraestablecer ciclos lunares y solares precisos. (…) Hay ahí todauna tradición que surge en el siglo VIII a.n.e. Ya aparece en laobra de Hesiodo “Los trabajos y los días”, donde hay una partemuy bonita donde se va diciendo qué trabajos hay que hacer,en qué momento del año y con qué momentos astronómicoscoinciden.Y luego sigue con Anaximandro, pero también con

2 Las notas de pié de página,tanto las que hacen referenciasa las personas mencionadas porla entrevistada, cuanto as quese refieren a conceptos, son deresponsabilidad de las entrevis-tadoras.

3 El 26 de Enero de 1978; sumuerte prematura, a los 34 añosde edad, sorprendió a todos/as.Autor del libro Introducción a lalógica formal, muy utilizadocomo libro texto por estudiantesde Filosofía; responsable delárea de Filosofía y Teoría de laCiencia en la Alianza Editorial yRevista de Occidente, eratambién colaborador de lasesión de cultura del periódico ElPaís.

4 Hacen pronóstico meteorológicopor medio de las posiciones delos planetas y las estrellas.

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CRISTINA TAVARES DA COSTA ROCHA E MIRIAM PILLAR GROSSI

Eudoxo, con Calipo hasta llegar, claro, a Ptolomeo. Esa fue mitesis.

REFREFREFREFREF: ¿En la UAM?EPSEPSEPSEPSEPS: Sí. En la Universidad Autónoma de Madrid, no sé si fue en1984 o 1985. Un poco antes, en 1983, me ofrecieron un trabajoen la Universidad Complutense de Madrid (UCM) y me volvícomo profesora a la UCM, donde luego saqué una plazadefinitiva. Y cuando la saqué, en el año de 1986, yo ya tenía unhijo de 5 años.Pero siempre me había querido ir fuera. Bueno, primero la tesisde mi marido, nuestro hijo, la tesis mía, la oposición… Cuandoya estábamos todos más o menos tranquilos decidimos ir fuerade España. Me puse en contacto con un profesor, Sir GeoffreyLloyd,5 de la Universidad de Cambridge, una autoridad en losestudios clásicos. Él me acogió con los brazos abiertos y mepuso en contacto con otro profesor, un historiador de laAstronomía. No obstante, mi idea al irme a Cambridge era quedespués de haber estudiado la Astronomía Antigua, tenía queestudiar Medicina, porque pensaba – y tengo escrito algunacosa sobre eso – que, aunque son disciplinas diferentes, hayproblemas y métodos similares pero también distintos, y meinteresaba hacer una comparación entre ellas. Estuve enCambridge en 1988.Al empezar a trabajar sobre la Medicina, y como yo hablabamucho sobre los derechos de las mujeres con Geoffrey y sumujer,6 que es una mujer estupenda, un día me planteé unproblema muy bonito e interesante con respecto a laantigüedad y a las mujeres, que da origen a mis estudios degénero. He creído que interesa a la cuestión feminista. Elproblema es que, por razones del pudor, los médicos no puedenexplorar a las mujeres. Pero, políticamente, legalmente, lasmujeres son menores legales; carecen de autoridad. Por lo tanto,el médico tiene que fiarse de la autoridad de la pacientecuando ésta le cuenta lo que tiene. Pero a la vez, hay toda unaserie de mujeres que intermedian entre el médico y la paciente,como son parteras, curanderas etc. Yo me planté esa cuestión yempecé a trabajar sobre ella.La puntilla fue cuando, de vuelta a España, Celia Amorós medijo que quería hacer una reunión sobre género o feminismo yantigüedad y me pidió que hiciera algo.7 Como yo habíaempezado a pensar sobre eso, dije: “Conozco muy bien laAstronomía tolemaica, pero sobre género y astronomía tolemaica… a ver”.

REFREFREFREFREF: ¿En qué año ocurrió su vuelta a España y su contacto conCelia Amorós?EPSEPSEPSEPSEPS: Volví a España a finales del 1988 y tuve mi segundo hijo en1989. También en ese año tuve contacto con Celia Amorós. Yo

5 Sir Geoffrey Ernest RichardLloyd,,,,, historiador británico,nació en Swansea (Gales) en elaño 1933. Uno de sus diversoslibros es: Ancient Worlds, ModernReflections: PhilosophicalPerspectives on Greek andChinese Science and Culture.New York: Oxford Univ. Press,2004. En 1997 se le concedió eltítulo de “Sir” en reconocimientoa su contribución en la “historiadel pensamiento”. Este es uno delos autores que ha estudiado lasideas sobre la biología de lamujer, por ejemplo su libroScience, Folklore and Ideology:Studies in the Life Sciences inAncient Greece. Cambridge:CUP, 1983. Se casó con JanetLloyd, que ha trabajado comotraductora para Shell y con quientuvo 3 hijos. Actualmente, vivegran parte del año en suresidencia en España, donde sededica a la escritura.6 Janet Lloyd es traductora de60-70 libros; ganó el premio Scott-Moncrieff por dos veces, en 1978y 1997. Uno de varios libros queha traducido: Arms and theWoman: Just Warriors andGreeck Feminist Identity.7 De ese encuentro nace la obraConceptualización de lofemenino en la filosofía antigua,con coordinación de EulaliaPérez Sedeño y presentación deCelia Amorós, publicado en1994, por Siglo XXI de EspañaEditores, S.A. En ese libro hay uncapítulo de Eulalia Pérez Sedeñocon el título: “Masculino yfemenino en la cosmología dePtolomeo” (p. 91-111).

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FILOSOFIA, GÊNERO E CIÊNCIA: ENTREVISTA COM EULALIA PÉREZ SEDEÑO

ya la conocía, porque éramos colegas. Luego en seguida,publiqué el famoso número de Arbor. Creo que es el primeroque se edita en la España (en español también) sobre género yciencia, que es un número especial que está agotadísimo; salióen el año de 1993, pero lo preparamos antes. Llámase: Mujer yCiencia.8 Fue ahí que todo empezó. En el año siguiente, debe-ríamos otra vez salir y esta vez eligió mi marido a dónde ir. El esprofesor en la Universidad Nacional de Educación a Distancia.Es filósofo del lenguaje. Él eligió Berkeley porque quería trabajarsobre metáfora. A mí me pareció muy bien porque allí estabaEvelyn Fox Keller.9 Pero cuando llegué allí ella ya se había ido.No la llegué a conocer entonces. En 2007, ella estuvo aquí enCSIC porque la invitamos a dar un seminario.10 Yo se la comenté:“¡Yo me fui a Berkeley para estar contigo pero tú te habías idocuando llegué!” Y así íbamos construyendo nuestro camino.

REFREFREFREFREF: ¿Cuando ha llegado usted a la ciencia moderna?EPSEPSEPSEPSEPS: Me gustaba mucho hacer recuperación de la historia demujeres científicas. Escribí algunos artículos sobre astrónomas,sobre matemáticas, tengo alguna cosa sobre mujer y medicinaen la clase médica. Empecé con eso y luego llegué al que esconocido hoy como estudios de la ciencia, tecnología y género.Cuando yo volví de Berkeley en octubre de 1995, una cosaimportante, creo, fue que a mí se me ocurrió la idea de loscongresos de ciencia, tecnología y género, porque yo habíaestado haciendo muchas cosas e igual que yo había quehaber más gente en España haciendo algo sobre ciencia ygénero. Yo, aún estando en Berkeley, vine a un congreso enBarcelona. Allí conocí algunas personas que hacían algo deciencia y género y que estaban empezando en esos momentos.Pensé: “¿por qué no organizamos algo para reunirnos todas?”Entonces lanzamos ese 1.er congreso, que fue realizado en laUniversidad Complutense de Madrid. Tuvimos ayuda delMinisterio de Asuntos Sociales por medio del Instituto de la Mujer.Lo divertido fue que yo quería hacer un congreso español, perose convirtió en nivel iberoamericano porque aparecieron unasmexicanas y unas argentinas. Estas últimas eran Diana Maffía,11

Silvia Cochen12 y Ana Franchi13 y dijeron: “Esto es genial. Elpróximo lo organizamos nosotras.” Y así empieza todo eso. Elsiguiente fue en Buenos Aires, en 1998. De una manera muyinformal acordamos hacerlo cada dos años, y que cada vezfuera a un lado del Atlántico. En 2000, fue en Panamá, porquehabía una panameña en Buenos Aires que nos convenció deque seria bueno para posicionar sus estudios en Panamá yademás era el año en que se les devolvía el Canal. En el añosiguiente volvió a ser en Madrid; lo organizamos con MartaGonzález, Concha Roldán y con más personas. En 2004 fue enMéxico. En 2006 en Zaragoza. En 2008 en Cuba, Habana. Y2010 será en Curitiba/Brasil.14

8 ARBOR: Ciencia, Pensamientoy Cultura, Madrid, tomo CXLIV,n. 565, enero 1993. Númeroespecial Mujer y Ciencia. Comp.Eulalia Pérez Sedeño.9 Evelyn Fox Keller es catedráticade Historia y Filosofía de laCiencia en el MassachussetsInstitute of Technology (MIT); esuna de las investigadoras másconocidas dentro del movimientoCTS (ciencia, tecnología ysociedad) por sus estudios sobregénero y ciencia.10 El 16 de mayo de 2007, EvelynFox Keller fue la protagonista delciclo “Las mujeres tambiéninvestigan” que organizan laFECYT y la Biblioteca Nacional deEspaña.11 Filósofa, docente en laUniversidad de Buenos Aires (UBA)y en la Universidad de Rosario.Ha defendido su tesis: “Género,subjetividad y conocimiento”. Esinvestigadora en el InstitutoInterdisciplinar de Estudios deGénero en la UBA. Es directoraacadémica del Instituto HannahArendt. De entre sus libros, hay:Sexualidades migrantes: géneroy transgénero (Feminaria Editora)y Sexualidad represora,presentado en la Feria del Librode 2008, en Argentina. Ha sidoelegida diputada en BuenosAires, de 2007 a 2011.12 Profesora Adjunta de laCátedra de Neurología de laFacultad de Medicina de la UBAy directora del Centro deEpilepsia, que funciona en laDivisión de Neurología delhospital Ramos Mejía. Ademáses investigadora del ConsejoNacional de InvestigacionesCientíficas y Técnicas (Conicet)sobre Clínica y Diagnóstico dela Epilepsia.13 Catedrática de Medicina enla UBA. Ha publicado diversostextos en el área.14 Será en la UniversidadTecnológica Federal del Paraná(UTFPR), bajo la coordinación deMarilia Gomes de Carvalho.

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CRISTINA TAVARES DA COSTA ROCHA E MIRIAM PILLAR GROSSI

Entremedia lo que pasó fue que en 1999 saqué la cátedra deLógica y Filosofía de la Ciencia en la Universidad del País Vasco.Debo decir que fue una cátedra estupenda.

REFREFREFREFREF: ¿Cómo se dio ese proceso?EPSEPSEPSEPSEPS: Es algo completamente extraño. Es muy raro. Seguramente,el 99% de las personas que son, en España, profesores de launiversidad o investigadores del Consejo Superior deInvestigaciones Científicas han pasado como máximo por dosinstituciones, no por más. Al menos eso es lo normal. Pues yoestaba en la Universidad Complutense de Madrid. Y había algomuy extraño. Es que no había ninguna catedrática de Lógica yFilosofía de la Ciencia. Entonces, se convocó una plaza paracubrir una cátedra de Lógica y Filosofía de la Ciencia en laUniversidad de País Vasco. Las cátedras tienen lo que se llamadenominación de área, pero luego llevaban un perfil en elcaso de la cátedra del País Vasco. Ese perfil era muy divertidoporque ponía que había que tener docencia e investigaciónen: Lógica, Historia de la Ciencia y Filosofía de la Ciencia. Creoque en esos momentos la única persona en el país que teníalas 3 áreas era yo. Había hecho mi tesina sobre Lógica e Historiade la Ciencia; además, mi tesis sobre la Ciencia y mi docenciay publicaciones y los proyectos de investigación que habíadirigido abarcaban la lógica, la historia y la filosofía de laciencia. Antes las cátedras las juzgaba un tribunal, donde habíados personas propuestas por la propia universidad y trespersonas que se sorteaban entre todos los catedráticos.Pensé: “¡Pues me voy a presentar!”, porque no podía desanimarmucha gente, sobretodo las mujeres; aquellas de mi área y demi entorno me decían que yo tenía que presentarme porqueera una vergüenza que no hubiera mujeres catedráticas en elárea y que si había alguien que tenía esa posibilidad, esa erayo. Pues como soy un poco lanzada para esas cosas… Nodecidí presentarme hasta que no vi el tribunal. Pero cuando viel tribunal que salió por sorteo pensé que tenía posibilidad.

REFREFREFREFREF: ¿Cómo es eso? ¿Se presenta un conjunto de trabajos o hayuna prueba?EPSEPSEPSEPSEPS: Hay dos ejercicios. Hay una primera parte donde sepresenta el curriculum y un plan docente-investigador. En estaparte no tienes tiempo límite y te pueden preguntar todo lo quese quiera del área. El segundo ejercicio lo que se hace espresentar un trabajo de investigación que puede ser propio opuede ser del grupo de investigación al que se pertenece. Peroya eso ha cambiado. Pero pensaba que no la sacaría. Medaba igual. Así mismo, pensé en darme un gustazo de presentarsobre lo que yo estaba trabajando entonces, mi investigaciónsobre Ciencia y Género que era sobre los valores de género en

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FILOSOFIA, GÊNERO E CIÊNCIA: ENTREVISTA COM EULALIA PÉREZ SEDEÑO

la investigación científica. Pues, sorprendentemente, la saqué.Tuve que ir al País Vasco. Dejé a mi familia en Madrid. A los 3años fue cuando el presente Consejo Superior de InvestigacionesCientíficas (CSIC) contactó conmigo sobre una serie decuestiones sobre la situación de las mujeres en el CSIC y el casoes que me ofreció venir al Consejo en Comisión de Servicios.Esto significa que sigues manteniendo tu plaza en mi caso, lacátedra en el País Vasco, pero la institución que te acoge tepaga el sueldo para que tú estés trabajando para dichainstitución. Entonces, me vine al CSIC, donde el Instituto deFilosofía me acogió con los brazos abiertos, y después de estar3 años en comisión de servicio pues decidieron solicitar que sesacara una plaza para mí. Entonces, yo salí…Cuando hubo la posibilidad de sacar una plaza de profesorde investigación, que equivale a una de catedrático en elConsejo, estuvimos discutiendo también con qué denominaciónse sacaba la plaza. Si en Filosofía de la Ciencia, si en Historia yFilosofía de la Ciencia. Por supuesto toda la gente, amigas,colegas, que me conocían, decían: “¿Ciencia, tecnología ygénero? Pero no van a querer eso, y tal…” Y ahí mi marido meayudó mucho porque me dijo que me diera el gustazo desacarla como “ciencia, tecnología y género”. Además ahí hayque decir que el Presidente del Consejo, que era quien teníaque decidir, pues optó por algo nuevo e innovador, comociencia, tecnología y género, al revés de algo más clásicocomo era el de Filosofía de la Ciencia. Entonces, soy ahoraprofesora de investigación en Ciencia, Tecnología y Género.

REFREFREFREFREF: ¿En qué año fue eso?EPSEPSEPSEPSEPS: Llegué en Comisión de Servicio en noviembre de 2002. Ennoviembre de 2005 hice la oposición, porque también tuveque volver a hacer la oposición para ingresar aquí [en CSIC],para tener la plaza definitiva. Pero en realidad tomé posiciónen junio de 2006. En octubre de 2006 me nombraran directorageneral de la FECYT (Fundation Española de Ciência YTecnología).

REFREFREFREFREF: ¿Cómo es esa nominación?EPSEPSEPSEPSEPS: Esa nominación es puramente política. O sea, el Secretariode Estado que es el Presidente del Patronato de la Fundación,nombra a alguien de su confianza para desarrollar las políticasque a él le parecía que tenía que hacer la Fundación. Él a míme llamó y me dijo: “Quiero que la Fundación se convierta en elorganismo que desarrolle la cultura científica en España”. Y meeligió para la dirección general. Yo era la que tenía un poco dereparo, pero la gracia es que me dijo que tenía la posibilidadde llevar a la práctica muchas de las cosas que en teoría yoestaba diciendo, porque claro yo trabajo sobre ciencia,tecnología y género pero eso está en la ciencia, tecnología y

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sociedad. Se trataba de incrementar las relaciones entreciencia, tecnología y sociedad y con dinero para hacerlo.Cuando llegué a la Fundación tenía 12.500.000 • (docemillones y medio) de euros de presupuesto y cuando me he idola he dejado con 24.500.000 (veinte y cuatro millones y medio)de euros, sin contar el presupuesto destinado a los contratospostdoctorales que también gestiona FECYT. LA FECYT, es unaFundación pública, porque todo el dinero viene de lospresupuestos generales del Estado.

REFREFREFREFREF: ¿Cuánto tiempo se quedó usted? ¿Cómo fue suexperiencia?EPSEPSEPSEPSEPS: Casi dos años. Creo que ha sido una experiencia muybuena, muy enriquecedora. Primero, porque he aprendidomuchísimo, de muchas cosas muy diferentes, porque laFundación es bastante compleja. No tiene sólo la parte de lacultura científica. Tiene también una parte de infraestructura.FECYT maneja, coordina y paga el acceso en toda España dela Web of Knowledge, por ejemplo. Pero también hemoscoordinado toda la política científica del país, o sea, todo elestablecimiento de un nuevo plan nacional de ciencias ytecnología. Mi proyecto dentro del Ministerio de Educación yCiencia, fue acercar la ciencia a la sociedad, poner en marchaestructuras estables de comunicación científica, incluyendo unservicio de información científica (SINC). Entonces, creo que heaprendido mucho, ha sido muy enriquecedor; también ha sidomuy interesante porque es una Fundación pública perofunciona como una empresa privada.Ese aspecto yo no lo conocía y si a mí me hubieran dicho haceaños que iba a ser una empresaria, “¡Que, ni loca!” Pues hetenido que gestionar contratos, decidir a quién contrataba,quién entraba, tuve que tomar alguna decisión compleja ycomplicada en ese sentido. Porque he visto lo que es ser mujerante determinadas personas que pensaban que podíanmanejarme. Entonces, tienes que tomar decisiones porque sidejas de tomarlas en el inicio, en seguida… por ejemplo, hayun caso, una cosa que jamás imaginara: que una personaque no podía firmar determinados papeles, los firmó, cuandolo sabía y nunca lo había hecho antes. Entonces yo lo interpretécomo que estaba marcando el territorio, ya está. Yo tuve quemarcar más.

REFREFREFREFREF: Y de todo, ¿eso fue lo más difícil para usted en términos degénero?EPSEPSEPSEPSEPS: Eso ha sido difícil. Pero ha sido más difícil y terrible ver quehay mujeres que no reconocen la autoridad femenina. Ademásel caso concreto de algunas mujeres relativamente cercanas –no íntimas, pero no personas manifiestamente extrañas. Másque decepcionar también ha dolido. Esto es: darte cuenta de

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FILOSOFIA, GÊNERO E CIÊNCIA: ENTREVISTA COM EULALIA PÉREZ SEDEÑO

que estás con una persona que sabe que eres su superior yhace más caso al otro que no lo es. ¿Por que? Ah, es por que esvarón/hombre. No es lo mismo tener la teoría que verlo en lapráctica con una misma.

REFREFREFREFREF: Usted escribió sobre la endogamia en la academiaespañola y su relación a las mujeres académicas. ¿Cómo veusted su carrera?EPSEPSEPSEPSEPS: Yo estudié en la Universidad Autónoma de Madrid y luegotrabajé en la de Barcelona, en la Universidad Complutense, enla del País Vasco, y luego en el Consejo, más Berkeley,Cambridge, México, Brasil, donde estuve dos meses y medio en1991 en la Universidade de São Paulo (USP), dando un seminariosobre mujer y ciencia para el Instituto de Historia de la Química,etc.Pero no se trata sólo de irse a otro país. Lo importante es que sevaya a otro centro de excelencia. Además también se puedenhacer instancias cortas en el exterior. Por ejemplo: ¿Por qué no tepuedes ir 3 meses? Es mucho más fácil dejar a unos hijos 3meses que dos años. O sea, hay muchas combinacionesposibles empezando por la propia institución para que ayudeeconómicamente para que tú puedas llevar la familia.Siempre digo que es muy malo que la gente trabaje en el mismositio que ha estudiado y el mismo sitio en que ha sido ayudante,luego saca la plaza, y no se mueve para nada. Eso perjudicaa las mujeres, porque: ¿Cómo se deciden las plazas que salende los departamentos? Es en una reunión dónde las mujeresson una minoría. Entonces las que acaban saliendo son paralos hombres. ¿Por que me marché yo para ser catedrática a laUniversidad de País Vasco? Por una razón muy sencilla. Porqueme di cuenta que en la Complutense iba a poder ser catedráticano sé cuando, pero desde luego no inmediatamente. ¿Por qué?Nosotros nos sometíamos a evaluación externa, para ver quepersonas de la facultad y del departamento tenían un currículoadecuado para ser catedrático. Cuando me sometí, me quedéla tercera de toda la facultad. Y entonces tenía 20 años menosque ahora, claro. Pero tenía mejor currículo que mucha genteque se quedó. Y se computaban que habían tenido puestos deresponsabilidad. O sea, la evaluación era el currículo docente,el currículum de investigador y currículum administrativo. Yotenía muy buena puntuación en los otros, pero no tenía puestosde responsabilidad; no había sido decana ni jefa dedepartamento, y eso se puntuaba mucho. Ahora eso hacambiado mucho.

REFREFREFREFREF: Usted habla de las cosas que ha escrito.EPSEPSEPSEPSEPS: Estoy muy contenta. Quiero decir, no es que estoy contentapor lo que he escrito, pero hay una reflexión que tuve que hacer.En las oposiciones o concurso para conseguir el puesto de

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CRISTINA TAVARES DA COSTA ROCHA E MIRIAM PILLAR GROSSI

profesora de investigación en el Consejo, uno de los ejercicioses que hay que contar tu hoja de vida, pero en función de lainvestigación que has llevado a cabo y de los proyectos delfuturo. Entonces, he visto que he sido pionera en España. Hetenido que hacer durante mucho tiempo un gran trabajo dedivulgación y de promoción. Me acuerdo, por ejemplo, quepasé varios años, a partir de 1988, con una situación: losprofesores de Educación Secundaria tenían que hacer cursosde reciclaje y todos los cursos, de la materia que fuera, teníanque llevar un módulo de género. Al final, la persona que hacíaeso empezó a echar mano a mí. Pasé dos años o tres que iba adar muchos módulos sobre los estudios de género, parasecundaria, en este sentido de participación, contar un pocosobre todos esos estudios que se habían hecho en las clasesentre niños y niñas, los estereotipos, o sea, todo ese tipo decosas que también en la universidad se dan y mucho. Esto locuento para recordar que esta es una unidad que he tenidoque hacer mucha difusión y divulgación de estas cuestiones yque me ha quitado tiempo para otras cosas.Creo que hice una primera parte sobre el papel de las mujeresen las instituciones científicas. Creo que hemos hecho un buentrabajo con el estudio que hicimos para el Ministerio deEducación y Ciencia sobre la situación de las mujeres en elsistema científico y técnico español. Creo que hoy es el únicoque hay así amplio en España. Luego he hecho cosascomplementarias, incluso yo coordinaba junto con María JesúsSantesmases15 y Paloma Alcalá16 el que hicimos para CSIC/FECYT en 2004, antes de que yo dirigiera la Fundación, pero noes tan amplio. Cuando llegué [a FECYT] lo actualizamos, yademás hemos hecho la traducción al inglés porque no haynada de esto en Europa ni en España. Y luego está la parte depercepción: de cómo la sociedad española percibe la cienciay la tecnología, pero con una mirada específica de género.Y está la investigación actual, pues tenemos un proyecto deinvestigación financiada desde hace 5 años que es sobre lastecnologías de los cuerpos. O sea, parto de la perspectiva deque hay que analizar las tecnologías primero viendo en queconsisten, pero también que consecuencias tienen, a quiénbenefician, a quién perjudican. Sobre cómo afecta a las mujeresen particular. Cuando hablamos de cualquier tecnología, porejemplo, la energía atómica, es una tecnología que tieneenergía pero no la conozco, todavía de alguna forma afecta alas mujeres. También hay otras. Hay un estudio bonito quemencionaba el otro día Carme Alemany, sobre como se diseñana los artefactos tecnológicos, pues no piensan en quiénes losvan a usar.Nos interesa mucho la reproducción asistida desde que empezóen todo el mundo y también en España. Empezamos esosestudios sobre las tecnologías aplicadas a los cuerpos. Primero,

15 Doctora en Química por laUniversidad Cumplutense deMadrid, es profesora einvestigadora científica deCiencia, Tecnología y Sociedaddel Instituto de Filosofía del CSIC.Uno de sus varios textos: “Elembarazo tecnificado:diagnóstico y salud prenatales”.16 Maria Soledad Paloma AlcaláCortijo es licenciada en Físicas yDEA en Filosofía por laUniversidad Complutense deMadrid; ha sido responsable delprograma de Igualdad deOportunidades entre los sexos enla Dirección Provincial deEducación del Ministerio deEducación y Ciencia de Madrid(1989-1993); pertenece a losgrupos de expertos: “Ciencia yenseñanza” y “Mujer y ciencia”de la FECYT; Uno de sus diversosartículos: “A ras de suelo. situaciónde las mujeres en las institucionescientíficas”, en Ciencia,Tecnología y Género enIberoamérica. Madrid: CSIC,2006. p. 89-98. Monografías, n.29.

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por la reproducción asistida; seguimos por el diagnósticoprenatal – claro, hay ahí algo que es muy interesante, porqueafecta mucho desde cómo se convierten los cuerpos de lasmujeres en objetos e incluso objetos científicos, sujetos a laobservación hasta el punto que muchas veces se les eliminatoda la capacidad de decisión y seguimos, claro, directamentesobretodo a las células troncales.Luego se nos incorporó un grupo de gente muy interesante quetrabaja sobre los cuerpos de los seres intersexuales ytransexuales. Este año estoy ya vendo sobre cirugíasreparadoras, sobretodo las tecnologías de las cirugías estético-mamaria. Es lo que vamos a hacer. Es evidente la manipulacióndel cuerpo para ajustar al patrón que nos marcan la moda, laestética, etc., pero tiene también esta otra parte de la cirugíareparadora ante un cáncer mamario, o lo que sea. Hay susimplicaciones estéticas, éticas, y, por supuesto, todas lasimplicaciones sociales también.Y ahí lo que decía: seguramente porque he tenido que estarhaciendo todas esas cosas, he publicado menos de lo que megustaría. Pero, tenemos dos proyectos muy inmediatos, quevamos sacar un libro conjunto de todo el equipo sobretecnologías de los cuerpos, que esperamos para el próximosemestre.

REFREFREFREFREF: ¿Cómo ve usted y cuándo empiezan los estudios de géneroen España? ¿Vienen de los movimientos del feminismo o eraalgo más teórico? ¿Y los aspectos de investigación? ¿Y losaspectos políticos?EPSEPSEPSEPSEPS: Hay ahí muchas cosas. Da para hacer una tesis. Vienen delos movimientos, pero también es teórico.

REFREFREFREFREF: Cuando cuenta sobre la génesis de su preocupación porel género en aquella época ¿ya eran estudios de género oestudios de mujer? ¿O teoría feminista?EPSEPSEPSEPSEPS: Creo que empezamos a usar género a partir del año 1993.Creo que el número de Arbor se llama todavía Mujer y Ciencia.Ni siquiera en plural. Es que era un problema que entonces nonos planteábamos. Creo que desde el congreso17 ya se llamagénero. Esto es 1996. Creo que en España empezamos un parde años antes, al volver de Estados Unidos. Al llegar de EstadosUnidos empecé a hablar de género. Pero es sobretodo unaestrategia política y académica, porque eso te da cierta lógica.Y lo sigo viendo como tal. En España, sobretodo desde 1996,cuando entra el Partido Popular, hay una especie de rechazodel feminismo, pero ahora se está pasando. O sea, el discursode muchas mujeres, incluso las que estabas viendo que hacíancosas “feministas” empezaba diciendo: “Yo no soy feminista,pero…” Y a continuación decían lo que querían.

17 Refiérese al 1.er Congreso deCiencia, Tecnología y Género,ocurrido en Madrid, en 1996.

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Los estudios de ciencia, tecnología y género, o ciencia y géneroparece que era una manera de legitimarlos en el sentido deque estaban bien establecidos en Inglaterra y Estados Unidos.Con respecto al feminismo, creo que lo fundamental es queaquí tenemos dos grandes teóricas del feminismo que son AmeliaValcárcel18 y Celia Amorós.19 Y además es de decir que son delfeminismo de la igualdad.20 O sea, seguramente, por habermededicado a la ciencia, el feminismo de la diferencia21 no meha interesado demasiado. Porque la diferencia ha sido la quese ha util izado para mantenernos en un estado desubordinación. Celia es más epistemóloga y más filósofa en elsentido tradicional, y Amelia se dedica a la ética y a la filosofíapolítica. Creo que me han influido mucho en el sentido de tenermuy claro que hay unos principios a los que no se puedenrenunciar como los criterios de justicia e igualdad.Y luego una persona que me influyó muchísimo, que no me haenseñado directamente, pero con quien he tenido un trato muylargo, incluso dimos un curso de doctorado juntas en laUniversidad de las Islas Baleares, es Helen Longino. O sea, paramí, leer, en 1990 y poco, su libro Science as Social Knowledge,donde muestra el papel de los valores en la ciencia y no sóloen la ciencia mala, sino también en la buena ciencia y cómolos valores de género son determinantes, esto me encantó y fueun punto de inflexión. Es un libro que descubrí en Berkeley en elaño de 1994. Creo que también me ha hecho centrarme muchoen eso. Una de las cosas en las que me centro es en el papeldel género en los contenidos de la ciencia, porquesociológicamente está muy bien en presentar los números perohay que hacer más.El otro día me preguntaba alguien: “¿Cuál creéis tú que es laasignatura pendiente de los estudios de ciencia, tecnología ygénero?” Pues creo que la asignatura pendiente – y tiene quever con lo que tú preguntabas de qué pasa en España – es queahora la gran mayoría de las mujeres científicas de todo tipo,ciencias exactas, naturales, sociales, humanidades, se ha dadocuenta de que hay que mejorar nuestra situación. Les gustapelear las dificultades. Todas son conscientes de que hay pocasen los altos niveles y que hay que mejorarlo. Pero, lo que todavíafalta es – creo que se vio muy bien en la mesa el otro día22 conla intervención de Flora de Pablo23 – que la gente se dé cuentade que el género influye en todo; no sólo en las pruebas clínicasde medicina, y a lo mejor en Física Cuántica también.Hay un físico cuántico muy importante. Un día le dije: “No sé si elgénero en Física Cuántica influye o no”. Él me preguntó:“¿Influye en Filosofía?”. Yo contesté: “¡Claro, muchísimo!” Él medijo: “Pues, en Física Cuántica también. Habrá que estudiarlo”.No lo he hecho. No sé si en Física… Sé que influye en el sentidode que se han pasado por alto, invisibilizado lo que han hechomuchas mujeres, pero me estoy refiriendo a contenidos. De la

18 Catedrática de Filosofía Moraly Política de la Universidad Na-cional de Educación a Distancia(UNED). Es autora del libro Sexo yfilosofía; Del miedo a la igual-dad, de entre otros. Nació en1950, es casada con filósofo ytiene una hija que también esfilósofa.19 Catedrática de Filosofía Moraly Política en la UniversidadNacinal de Educación a Distancia(UNED). Publicó, de entre otros,el libro La gran diferencia y suspequeñas consecuencias. Parala emancipación de las mujeres.Madrid: Cátedra, 2004. Colec-ción Feminismos.20 Feminismo de la igualdad: enuna sociedad los hombres y lasmujeres tienen los mismosderechos y obligaciones. Lasmujeres seguían los conceptosdel feminismo socialista.Disponible en: http://www.fmujeresprogresistas.org/feminismo4.htm. Acceso en: jul.2008.21 Feminismo de la diferencia:concebía la necesidad de quese entendiera a las mujeres nosólo como militantes, sino comototalidad, como personas. Nopodía hacerse separacionestajantes entre lo privado y lopúblico. Disponible en: http://www.fmujeresprogresistas.org/feminismo4.htm. Acceso en: jul.2008.22 Eulalia se refiere al 10ºCongreso Mundos de Mujeres/Women’s Worlds 2008: La igual-dad no es una utopía: Nuevasfronteras, avances y retos. Estáse refiriendo más específica-mente a la mesa-redondaintitulada La construcción degénero en la tecnología. Esecongreso tuvo lugar en laUniversidad Complutense deMadrid, del 3 al 9 de julio de2008, en Madrid, España.23 Flora de Pablo fue presidentade la Asociación de MujeresInvestigadoras y Tecnólogas(AMIT). Ha recibido el premioCarmen de Burgos. Es doctoraen Medicina, profesora einvestigadora del Centro deInvestigaciones Biológicas del

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misma manera, por ejemplo, que se ve en la evolución. Se vemuy claramente como el género está en Sociobiología, enArqueología, en fin, en muchas disciplinas. No en todos losmomentos, pero en muchos, o sea, cómo los sesgos de género,cómo los valores de género están dirigiendo la investigación.Como se están admitiendo determinadas justificacionescientíficas como justificativas y que no lo son, y que estánpermeadas de género. Creo que eso falta. Eso es lo que haríafalta. Es verdad que en España hay mucha gente haciendoestudios en Historia, Ciencias Sociales y Humanidades cuyaespecialidad es género. En Medicina hay un núcleo muyimportante. Entonces creo que eso es la gran asignaturafeminista todavía. A mí me parece increíble que alguien puedadar una clase, por ejemplo de Biología Evolucionista [y noEvolutiva], y que no se dé cuenta de los sesgos de género quehay ahí. Me acuerdo que yo di durante muchísimos años en laUniversidad Complutense – desde el año 90 hasta 99 – unaasignatura que se llamaba “Historia de las ideas científicassobre las mujeres”. Al principio era una signatura de las quenosotros llamamos de libre configuración, que se la pone y sela acepta en cualquier carrera. Al principio venía muchísimagente de la licenciatura en Biología y ellos se quedabanalucinados de que en su carrera no se les hablara del sexismoque hay ahí implícito. Teníamos también mucha gente dePsicología y de Antropología y todas decían lo mismo. Yacuando tenía alguien de Medicina, ellos se quedabanalucinados cuando les contaba que, en los ensayos clínicospara la eficacia de la aspirina en enfermedades coronarias,16 mil hombres la habían probado; no había ninguna mujer.

REFREFREFREFREF: Cuéntenos sobre el premio “Carmen de Burgos”24 que harecibido con el artículo La invisibilidad y el techo de cristal.EPSEPSEPSEPSEPS: Yo había publicado un artículo que me fue pedido parala revista Meridiam, que es del Instituto Andaluz de la Mujer.Ellos sacaran un número especial. Era sobre algo como: “¿Quépensamos las que hemos llegado?” Como primera y entoncesúnica catedrática de Filosofía de la Ciencia, me dijeron queescribiera algo sobre mi experiencia. Les conté lo que cuentoen el artículo. Fue muy bonito porque he sido una de las que leshan concedido el premio por unanimidad. Cuando mellamaron para comunicármelo, me lo dijeron: “Nos sentimostodas muy identificadas”. Estoy muy contenta porque Carmende Burgos25 fue una mujer muy interesante y que tuvo una vidaapasionante. Una de las primeras si no la primera periodista ycorresponsal de guerra de lengua española. Ella se casó conun auténtico monstruo, horrible, maltratador. Pues lo abandonó.Y se fue a Madrid y vivió una vida absolutamente libre. Fueamante de Ramón Gomez de La Serna.26 Nunca se casaron

24 El IX Premio de DivulgaciónFeminista “Carmen de Burgos”fue otorgado por unanimidad alartículo de Eulalia Pérez Sedeño,en marzo de 2001, ocasión enque ella era Catedrática deLógica y Filosofía de la Cienciade la Universidad del País Vascoy Presidenta de la Sociedad deLógica, Metodología y Filosofíade la Ciencia en España. Suartículo había sido publicado enla revista Meridiam. Este premiotiene carácter anual y ámbitonacional, es convocado cada 8de marzo por la Asociación deEstudios Históricos sobre la Mujer(AEHM), en conmemoración al Díade la Mujer y su objetivo es reco-nocer la labor de divulgación enel campo de la temáticafeminista.25 Nace en Almería, donde supadre era cónsul de Portugal ypasa su niñez y primera adoles-cencia en Rodalquilar, unpueblecito de la costa alme-riense, donde su familia poseíauna finca. Allí se inició su aficióna la lectura. Después de la muertetrágica de su hijo, se divorcia desu marido y con su hija va a viviren Madrid. En 1901, publica suprimer libro: Notas del alma.Murió el 9 de octubre de 1932.26 Nacido en 1888 y casado conLuisa Sofovich, fue un granescritor en España.

CSIC. Su campo deespecialización es la biologíacelular y molecular con foco enla regulación génica, losreceptores y las acciones de lainsulina embrionaria.

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porque además nunca quiso casarse con él. Estamos hablandode los años 20 del siglo XX. Que era muy fuerte en la España deesa época que una mujer vivera sola, en Madrid, que habíaabandonado su familia etc. Ese premio es de divulgación. Esees otro problema que hay: la divulgación no está bien vista enla academia y se supone que yo sea académica. Pero eso esotra historia.

REFREFREFREFREF: ¿Cómo ve usted los estudios de género en este contexto deEspaña ahora en el Sistema Científico Europeo?EPSEPSEPSEPSEPS: Creo que no se está haciendo gran cosa en Europa.Nosotros en España tenemos algo nuevo, que es que con la leyde la igualdad y la ley de la ordenación universitaria – las dosconjuntamente – dicen que hay que dar un enfoque de géneroa toda la enseñanza universitaria.

REFREFREFREFREF: ¿Desde cuándo es esa ley?EPSEPSEPSEPSEPS: Desde el año pasado. Es muy reciente. Nosotros estamosintentando que en las distintas licenciaturas haya algunaasignatura de género, o se le dé enfoque de género en esassignaturas. Pero es una pelea muy difícil. En Europa creo que nose está haciendo nada.

REFREFREFREFREF: Creíamos que España estaba mejor que en otros paísesen esa área.EPSEPSEPSEPSEPS: No. Creo que podríamos estar mejor si se hiciera caso de laley. Creo, por ejemplo, que en Holanda, en los países nórdicos,ellos también tienen muy bien establecido eso. Pero creo quehay un problema, y es un problema serio que se puede dar,que es el famoso corralito, es decir que en los estudios de génerose puedan quedar al margen y a la par de esto no permear lasdisciplinas.

REFREFREFREFREF: En Brasil el sistema que existe es muy disciplinario. La ideade la interdisciplinaridad es muchísimo importante pero en lapráctica académica la interdisciplinaridad no es tan valorizadacomo la disciplinaridad. ¿Cómo es eso en España?EPSEPSEPSEPSEPS: Creo que aquí pasa lo mismo. Nosotras en los años 80teníamos la posibilidad que eso pudiera se formar en institutosde la mujer, etc. Creo que hicimos lo que había que hacer, queera intentar ocupar un lugar. Debo decir que llevo años en losestudios de género pero también en la Filosofía de la Ciencia.Pienso que son lo mismo. Es que hago Filosofía de la Ciencia ola Historia de la Ciencia con mirada de género. Desde hacetiempo – desde el año 1993 hasta al 2006 – fui presidenta de laSociedad Española de Lógica y Filosofía de la Ciencia. Ahí,por ejemplo, introduje a los estudios de género como un tema amás. En todos los congresos metíamos ponencias sobre género.Hay un problema grave en todo esto: que nos leemos entre

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nosotras, pero luego nuestras colegas en nuestras propiasdisciplinas no nos leen por lo general. Salvo honrosasexcepciones.

REFREFREFREFREF: ¿Cómo ve usted esta cuestión de leer y de las lenguas?¿Aquí se publica sólo en español o también se publica eninglés?EPSEPSEPSEPSEPS: Debo decir que me he resistido mucho. Porque creo – y deahí proponer los congresos iberoamericanos – que los paísesiberoamericanos compartimos temas y problemáticasespecíficas. En el caso de los estudios de género tenemos muchoen común, más que con las norteamericanas. Y hay otras cosas.Por ejemplo, en las comisiones de evaluación donde he estado,hemos conseguido que lo internacional no se equiparara alinglés. Internacional es una publicación en México o en Brasil,como en Estados Unidos o en Inglaterra.

Madri, julio de 2008.