filosofia - ensino medio - carderno do aluno - segunda serie - volume 01

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Caro(a) aluno(a), O mundo contemporâneo é marcado pela diversidade, que se revela na riqueza de línguas, religiões e modos de viver, de se alimentar, de se vestir, enfim, de pro- duzir cultura. Na escola, essa diversidade se manifesta no currículo de todas as áreas, mas é especialmente em Ciências Humanas que ela é tomada como objeto de estudo. Os lugares, os tempos, as sociedades humanas e suas formas de pensar e de produzir conhecimento são objetos de estudo da Filosofia, da Geografia, da História e da Sociologia. Durante o ano letivo, após o contato com os conhecimentos produzidos pelas Ciências Humanas, você poderá compreender melhor a vida em sociedade e as transformações que ocorrem no mundo, em seus aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais. Você perceberá como a intervenção humana em aspectos naturais do planeta pode transformar as relações de trabalho, promover o desen- volvimento e, ao mesmo tempo, gerar problemas ambientais, sociais, guerras e conflitos entre povos e nações. Além disso, as aulas o ajudarão a compreender que a aproximação entre diferentes povos e culturas estimula o intercâmbio entre eles, podendo reforçar identidades e criar novos laços de solidariedade. Você tam- bém terá oportunidade de estudar temas relacionados à produção de conhecimen- to – tecnológico, artístico e cultural –, que se expressam em diferentes linguagens, formas de expressão e movimentos sociais e culturais. Nas disciplinas dessa área, você perceberá também a importância dos valores e atitudes que envolvem a solidariedade, o respeito à vida, à natureza e às diferentes culturas, a democracia, a ética, além de outros valores fundamentais para a preser- vação do planeta. Assim, desejamos que você, estudante do Ensino Médio, ao apropriar-se dos conhecimentos das Ciências Humanas, possa atuar de forma respeitosa e cidadã no mundo em que vivemos. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP Secretaria da Educação do Estado de São Paulo Equipe Técnica de Ciências Humanas

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  • Caro(a) aluno(a),

    O mundo contemporneo marcado pela diversidade, que se revela na riqueza de lnguas, religies e modos de viver, de se alimentar, de se vestir, enfim, de pro-duzir cultura.

    Na escola, essa diversidade se manifesta no currculo de todas as reas, mas especialmente em Cincias Humanas que ela tomada como objeto de estudo. Os lugares, os tempos, as sociedades humanas e suas formas de pensar e de produzir conhecimento so objetos de estudo da Filosofia, da Geografia, da Histria e da Sociologia.

    Durante o ano letivo, aps o contato com os conhecimentos produzidos pelas Cincias Humanas, voc poder compreender melhor a vida em sociedade e as transformaes que ocorrem no mundo, em seus aspectos sociais, econmicos, polticos e culturais. Voc perceber como a interveno humana em aspectos naturais do planeta pode transformar as relaes de trabalho, promover o desen-volvimento e, ao mesmo tempo, gerar problemas ambientais, sociais, guerras e conflitos entre povos e naes. Alm disso, as aulas o ajudaro a compreender que a aproximao entre diferentes povos e culturas estimula o intercmbio entre eles, podendo reforar identidades e criar novos laos de solidariedade. Voc tam-bm ter oportunidade de estudar temas relacionados produo de conhecimen-to tecnolgico, artstico e cultural , que se expressam em diferentes linguagens, formas de expresso e movimentos sociais e culturais.

    Nas disciplinas dessa rea, voc perceber tambm a importncia dos valores e atitudes que envolvem a solidariedade, o respeito vida, natureza e s diferentes culturas, a democracia, a tica, alm de outros valores fundamentais para a preser-vao do planeta.

    Assim, desejamos que voc, estudante do Ensino Mdio, ao apropriar-se dos conhecimentos das Cincias Humanas, possa atuar de forma respeitosa e cidad no mundo em que vivemos.

    Coordenadoria de Estudos e Normas Pedaggicas CENPSecretaria da Educao do Estado de So Paulo

    Equipe Tcnica de Cincias Humanas

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    3

    !?

    SiTuAO DE APrENDizAGEM 1 O Eu rACiONAl

    Desafio

    1. rena-se com dois colegas e responda s questes a seguir.

    Prove que voc existe

    Nomes Respostas

    Prove que voc no est em um sonho

    Nomes Respostas

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    4

    Prove que tudo o que voc est vivendo hoje no uma lembrana, pois voc no um velhinho, lembrando do seu passado

    Nomes Respostas

    Prove que voc no um programa de computador, programado para pensar esta realidade

    Nomes Respostas

    2. Complete o quadro a seguir conforme a explicao do professor.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    5

    Como posso provar que existo

    Se tudo isto fosse um sonho, s uma coisa eu ainda seria capaz de fazer:

    Se tudo isto fosse uma iluso e este meu corpo no existisse, ainda teria uma certeza:

    Se tudo isto fosse uma loucura, ainda que de modo peculiar:

    Se eu fosse um programa de computador, ainda assim:

    Se eu fosse uma memria, mesmo assim:

    Se eu duvido da existncia de tudo, no impor ta; duvidar prova que:

    No sei se vos devo falar das primeiras meditaes que aqui fiz, pois elas so to metafsi-cas e to pouco comuns que talvez no sejam do agrado de todos. No entanto, a fim de que se possa julgar se os fundamentos que tomei so bastante firmes, acho-me, de certa forma, obrigado a falar delas. H muito tempo eu notara que, quanto aos costumes, por vezes necessrio seguir, como se fossem indubitveis, opinies que sabemos serem muito incertas, como j foi dito acima; mas, como ento desejava ocupar-me somente da procura da ver-dade, pensei que precisava fazer exatamente o contrrio, e rejeitar como absolutamente falso tudo em que pudesse imaginar a menor dvida, a fim de ver se, depois disso, no restaria em minha crena alguma coisa que fosse inteiramente indubitvel. Assim, porque os nossos sentidos s vezes nos enganam, quis supor que no havia coisa alguma que fosse tal como eles nos levam a imaginar. E, porque h homens que se enganam ao raciocinar, mesmo sobre os mais simples temas de geometria, e neles cometem paralogismos, julgando que eu era to sujeito ao erro quanto qualquer outro, rejeitei como falsas todas as razes que antes tomara como demonstraes. E, finalmente, considerando que todos os pensamentos que temos quando acordados tambm nos podem ocorrer quando dormimos, sem que nenhum seja ento verdadeiro, resolvi fingir que todas as coisas que haviam entrado em meu esprito no

    Leitura e Anlise de Texto

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    6

    1. Sublinhe no texto as palavras que voc desconhece. Depois, investigue uma por uma, e coloque os significados na seo Meu vocabulrio filosfico, disponvel no final deste Caderno.

    liO DE CASA

    1. Explique os argumentos de Descartes para:

    a) rejeitar tudo o que era proveniente dos sentidos.

    eram mais verdadeiras que as iluses de meus sonhos. Mas logo depois atentei que, enquanto queria pensar assim que tudo era falso, era necessariamente preciso que eu, que o pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade penso, logo existo era to firme e to certa que todas as mais extravagantes suposies dos cpticos no eram capazes de a abalar, julguei que podia admiti-la sem escrpulo como o primeiro princpio da filosofia que buscava.

    Depois, examinando atentamente o que eu era e vendo que podia fingir que no tinha nenhum corpo e que no havia nenhum mundo, nem lugar algum onde eu existisse, mas que nem por isso podia fingir que no existia; e que, pelo contrrio, pelo prprio fato de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas, decorria muito evidentemente e muito certamente que eu existia; ao passo que, se apenas eu parasse de pensar, ainda que tudo o mais que imagi-nara fosse verdadeiro, no teria razo alguma de acreditar que eu existisse; por isso reconheci que eu era uma substncia, cuja nica essncia ou natureza pensar, e que, para existir, no necessita de nenhum lugar nem depende de coisa alguma material. De sorte que este eu, isto , a alma, pela qual sou o que sou, inteiramente distinta do corpo, e at mais fcil de con-hecer que ele, e, mesmo se o corpo no existisse, ela no deixaria de ser tudo o que .

    Depois disso, considerei, de modo geral, o que uma proposio requer para ser verda-deira e certa; pois, j que eu acabava de encontrar uma que sabia ser tal, pensei que tam-bm deveria saber em que consiste essa certeza. E, tendo notado que em penso, logo existo nada h que me garanta que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que para pensar preciso existir, julguei que podia tomar por regra geral que as coisas que concebe-mos muito clara e distintamente so todas verdadeiras, havendo, porm, somente alguma dificuldade em distinguir bem quais so as que concebemos distintamente. [...]

    DESCArTES, ren. Discurso do mtodo. So Paulo: Martins Fontes, 2009. p. 57, 58, 59, 60 e 61.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    7

    b) rejeitar tudo o que poderia vir do raciocnio.

    c) rejeitar todos os pensamentos que ocorrerem quando se est acordado e quando se est dormindo.

    d) Considerar como nica certeza o fato de pensar.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    e) Julgar que as coisas que concebemos muito clara e distintamente so todas verdadeiras.

    PESQuiSA iNDiViDuAl

    1. Pesquise na internet, em dicionrios de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o sig-nificado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada a sua pesquisa, melhor.

    razo

    Existncia

    Percepo

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    Juzo

    Faculdades do intelecto Futebol Paquera Entrevista de emprego

    Juzo

    Decidir para qual jogador passar a bola. Escolher a hora de driblar o zagueiro. Escolher com quem voc quer jogar.

    Decidir a hora certa de se aproximar da pessoa. Escolher o assunto para comear a conversa. Julgar se voc vai ou no ficar com essa pessoa.

    Decidir com que roupa ir para a entrevista. Decidir a melhor maneira de cumpri-mentar o entrevistador. Julgar o que ressaltar no currculo.

    Percepo

    Tentar sentir o time adversrio, o que os deixa desanimados, tensos ou os estimula a jogar melhor. Perceber como o rbitro, se ele exigente, se justo, se rpido. Sentir a vibrao ou desconten-tamento da torcida.

    Sentir se a pessoa em quem voc est inte-ressado tem ou no interesse por outra pessoa. Sentir se, neste momento, a pessoa est preparada para o que voc tem a dizer. Sentir se ficar com essa pessoa realmente vai ser legal.

    Perceber qual a perso-nalidade do entrevis-tador, se ele curte brin-cadeiras ou piadinhas. Sentir se o entrevista-dor est gostando do que voc fala durante a entrevista.

    Leitura e Anlise de Texto

    Quadro de referncia para desenvolver o exerccio:

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    10

    Faculdades do intelecto Futebol Paquera Entrevista de emprego

    Razo

    Como organizar todas essas informaes. Montar uma estratgia com o time, de forma que todas as informa-es que temos nos ajudem a ganhar. Falar de forma clara para os atacantes: como eles devem se posicionar e qual o esquema de jogo.

    Como elaborar uma es-tratgia para conquistar a pessoa. Deixar claras as suas intenes. Saber articular as palavras, para que no fique nada que deixe a pessoa constrangida.

    Deduzir o que realmen-te o entrevistador deseja. No se mostrar confuso na hora de responder s pergun-tas. Mostrar que sabe articular ideias e, assim, convencer o entrevista-dor a respeito da sua in-teligncia, merecendo, portanto, o emprego.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    1. De acordo com o quadro apresentado, explique como utilizar o juzo, a razo e a percepo em outras circunstncias da vida.

    Faculdades do intelecto Festa Prova Comprar roupa

    Juzo

    Percepo

    Razo

    Faculdades do intelecto Escolher um curso Cortar o cabelo Votar

    Juzo

    Percepo

    Razo

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    2. Com base na reflexo utilizada nos quadros anteriores, responda:

    a) Qual faculdade do intelecto voc tem mais facilidade de utilizar no seu dia a dia? Ex-plique.

    b) Quais as suas dificuldades com relao a cada uma das faculdades do intelecto? Explique.

    c) Entre o futebol, a paquera e a entrevista de emprego, o que parece a voc mais difcil? Por qu?

    d) No seu caso, qual dessas faculdades precisaria ser aprimorada?

    VOC APrENDEu?

    1. Qual dos textos a seguir se refere faculdade do intelecto juzo? Justifique a sua escolha.

    A B

    Flor da mocidade

    Eu conheo a mais bela flor;s tu, rosa da mocidade,

    Num meio-dia de fim de primavera

    [...]Ele dorme dentro da minha alma

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    12

    Anote aqui a data em que voc deve apresentar o seu texto ao professor: ____/_____/_____.

    lembre-se de que escrever bem pode fazer muita diferena na hora de encontrar um emprego.

    A B

    Nascida aberta para o amorEu conheo a mais bela flor. [...]

    ASSiS, Machado de. Falenas. Disponvel em: . Acesso em: 6 out. 2009.

    E s vezes acorda de noiteE brinca com os meus sonhos.Vira uns de pernas para o ar,Pe uns em cima dos outrosE bate palmas sozinhoSorrindo para o meu sono.[...]PESSOA, Fernando (Alberto Caeiro). O guardador de rebanhos.

    Vii Num meio-dia de fim de primavera. Disponvel em: . Acesso em: 6 out. 2009.

    liO DE CASA

    Escreva um texto argumentativo explicando a diferena entre os sentimentos e a razo. Co mece por consultar um dicionrio. No se esquea de dar exemplos. Siga as orientaes a seguir para construir os pargrafos.

    introduo: sobre o que voc vai escrever e qual a sua ideia sobre o assunto?

    Desenvolvimento do texto:

    a) apresente brevemente o que so sentimentos e o que a razo, exemplificando;

    b) comece a apresentar as diferenas entre sentimentos e razo, e tambm ilustre cada diferen-a com um exemplo.

    Concluso:

    a) reafirme a ideia central sobre a diferena bsica entre sentimento e razo. Se for o caso, apresente aspectos que podem ser ampliados na discusso.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    SiTuAO DE APrENDizAGEM 2 iNTrODuO TiCA

    PESQuiSA iNDiViDuAl

    1. Pesquise na internet, em dicionrios de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o sig-nificado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada a sua pesquisa, melhor.

    tica

    Moral

    Virtude

    Vcio

    Prazer

    Dor

    !?

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    Conhecimento

    Alma

    Cinco jovens de classe alta agridem domstica

    uma empregada domstica, de 32 anos, foi espancada e roubada, na manh do dia 24 de junho de 2007, quando saa do seu trabalho. Os espancadores eram cinco jovens ricos, todos estudantes. Eles no apresentavam sinais de ter ingerido lcool ou outra substncia qumica.

    A mulher relatou polcia que, por volta das 6h30, estava em um ponto de nibus, perto do apartamento onde trabalha e mora, para ir a uma consulta mdica. De repente, saindo de um automvel, os cinco jovens comearam a xing-la e a chut-la na cabea e na barriga. Depois, roubaram sua bolsa, com seus documentos, 47 reais e um celular, que nem tinha sido completamente pago. Aps a agresso, ela voltou ao prdio em busca de ajuda.

    um taxista, que estava prximo ao local do crime, anotou a placa do carro e notificou a polcia, que prendeu os jovens. Os agressores confessaram o crime, mas nada falaram sobre os motivos que os levaram a cometer o ato de crueldade.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    Leitura e Anlise de Texto

    1. rena-se com dois colegas e discuta, por alguns instantes, o texto apresentado. Ento, desta-quem as palavras desconhecidas e, em seguida, respondam s questes:

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    Como avaliar, com base na tica, a agresso cometida pelos cinco jovens?

    Nomes Respostas

    O que se deve pensar da atitude do taxista no episdio ao alertar a polcia?Voc seguiria seu exemplo ou iria embora da cena do crime?

    Nomes Respostas

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    Quadro de referncia para desenvolver o exerccio: diferenas entre moral e tica.

    Moral tica

    A moral um conjunto de princpios e regras socialmente definidos e que

    devem ser inculcados nos indivduos para padronizar condutas, costumes e valores.

    Cada cultura tem uma moral, isto , regras sobre o bem e o mal, o permitido e o

    proibido.

    A reflexo tica deve questionar, problematizar as normas morais e,

    por isto, a tica no assencialmente normativa. A tica deve refletir

    sobre as regras morais para garantir solidariedade, respeito, e, em ltima

    anlise, a preservao da vida.

    Correr nu pela rua imoral, vergonhoso.Correr nu pela rua no ser antitico se ningum for prejudicado ou caso isso seja necessrio para defender uma vida.

    No se pode mentir.No ser antitico mentir, por exemplo, se com isso voc estiver salvando a vida de um inocente.

    Para ser moral, preciso conhecer as regras morais.

    Para ser tico, preciso desenvolver a reflexo crtica.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    1. Tendo por base o que voc leu no quadro apresentado, exercite sua reflexo para dizer o que moral.

    2. Cite trs frases que lembram contedos morais.

    Leitura e Anlise de Texto

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    3. Agora, escreva o que voc entendeu sobre tica.

    4. Cite trs frases que lembram contedos ticos.

    liO DE CASA

    1. Precisamos pensar antes de agir. O que voc faz quando tem de tomar boas decises? Como voc sabe que seu pensamento est no caminho certo?

    2. Quais as certezas que voc tem sobre qual a melhor maneira de tomar uma deciso?

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    3. O que voc precisa aprender para no tomar decises que lhe faam mal?

    Vcios e virtudes em Aristteles

    Leitura e Anlise de Texto

    Vcio por deficincia Virtudes (atitudes que nos levam felicidade) Vcio por excesso

    Covardia: ter medo de tudo ou deixar que o medo domine.

    Coragem: saber enfrentar os medos e perigos, calculando a hora de agir.

    Temeridade: no ter medo de nada e se arriscar em todas as situaes de perigo.

    Insensibilidade: no desejar nada e ser insensvel.

    Temperana: saber usar os prazeres sem se prejudicar.

    Libertinagem: viver somen-te atrs de prazeres.

    Avareza: jamais gastar o dinheiro e querer guardar sempre o que tem, alm de ganhar mais.

    Liberalidade: saber gastar o dinheiro, escolhendo onde gast-lo.

    Esbanjamento: nunca economizar com nada, gastar sem pensar.

    Vileza: nunca usar nada bo-nito roupa, por exemplo e criticar os outros por isso.

    Magnificncia: saber usar coisas bonitas.

    Vulgaridade: exagerar nas coisas bonitas.

    Modstia: achar que me-nor que os outros, ou mais feio, ou errado.

    Respeito prprio: reconhe-cer seus defeitos e qualidades e no deixar as pessoas dimi-nurem sua autoestima.

    Vaidade: preocupar-se ape-nas com sua grandiosidade e jamais aceitar seus defeitos.

    Indolncia: nunca fazer nada para si e para os outros, procurando s o que mais fcil.

    Prudncia: saber a hora e como agir para alcanar seus objetivos.

    Ambio: ir atrs de suas coisas, sem pensar em nada.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    Indiferena: ignorar as pes-soas completamente.

    Gentileza: ser agradvel com todas as pessoas, conter a raiva.

    Irascibilidade: deixar que as emoes tomem conta, a ponto de ser violento com as pessoas, nas palavras e nas aes.

    Descrdito prprio: No se achar bom em nada.

    Veracidade: ser verdadeiro e receber crdito por isso, sa-ber seus limites, saber que bom em alguma coisa e que no bom em outras.

    Orgulho: achar-se melhor que os outros, nunca aceitar que precisa dos outros.

    Rusticidade: nunca usar a inteligncia para viver, agin-do sempre por instinto.

    Agudeza de esprito: saber usar a inteligncia de modo brilhante.

    Zombaria: humilhar quem no tem as habilidades inte-lectivas.

    Enfado: ser chato, pesado, incapaz de dizer uma coisa boa para as pessoas.

    Amizade: saber se relacionar com as pessoas por meio do afeto e da inteligncia.

    Condescendncia: querer ser amigo de todos, perdoar tudo de todos, nunca ver maldade nos outros.

    Desavergonhamento: mos-trar tudo o que tem a ponto de no sobrar nada para si.

    Comedimento: saber como se mostrar para os outros.

    Timidez: ter medo de mos-trar seus sentimentos e seus pensamentos para os outros.

    Malevolncia: no se impor-tar com a maldade e us-la a seu favor.

    Justa indignao: saber quando uma coisa est certa ou errada.

    Inveja: no aceitar que as pessoas tenham sucesso.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    Exerccio

    1. Considerando o quadro anterior, d um exemplo para cada um dos vcios e das virtudes a se-guir:

    Vcio por deficincia Virtudes, atitudes que nos levam felicidade Vcio por excesso

    1. Covardia: 2. Coragem: 3. Temeridade:

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    21

    4. insensibilidade: 5. Temperana: 6. libertinagem:

    7. Avareza: 8. liberalidade: 9. Esbanjamento:

    10. Vileza: 11. Magnificncia: 12. Vulgaridade:

    13. Modstia: 14. respeito prprio: 15. Vaidade:

    16. indolncia: 17. Prudncia: 18. Ambio:

    19. indiferena: 20. Gentileza: 21. irascibilidade:

    22. Descrdito prprio: 23. Veracidade: 24. Orgulho:

    25. rusticidade: 26. Agudeza de esprito: 27. zombaria:

    28. Enfado: 29. Amizade: 30. Condescendncia:

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    31. Desavergonhamento: 32. Comedimento: 33. Timidez:

    34. Malevolncia: 35. Justa indignao: 36. inveja:

    Algumas mximas de Epicuro

    I. Aquele que dispe de plenitude e de imortalidade no tem inquietaes nem per-turba os outros; por isso est isento de impulsos de clera ou de benevolncia, j que tudo isso prprio de quem tem fraquezas.

    II. A Morte nada para ns. Com efeito, aquilo que est decomposto insensvel e a insensibilidade o nada para ns.

    III. O limite da amplitude dos prazeres a supresso de tudo que provoca dor. Onde estiver o prazer, e durante o tempo em que ele ali permanecer, no haver lugar para a dor corporal ou o sofrimento mental, juntos ou separados.

    IV. A dor contnua no dura longamente na carne. A que extrema permanece muito pouco tempo e a que ultrapassa um pouco o prazer corporal no persiste muitos dias. Quan-to s doenas que se prolongam, elas permitem carne sentir mais prazer do que dor.

    [...]

    VIII. Nenhum prazer em si mesmo um mal, mas aquilo que produz certos prazeres acarreta sofrimentos bem maiores do que os prazeres.

    IX. Se todo prazer pudesse ter se acumulado, no s persistindo no tempo, mas tam-bm percorrendo a inteira composio do nosso corpo, ou pelo menos as principais partes de nossa natureza, ento os prazeres no difeririam entre si.

    [...]

    XVII. O justo desfruta de plena serenidade; o injusto, porm, est cheio de maior perturbao.

    Leitura e Anlise de Texto

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    23

    1. Sublinhe no texto as palavras que voc desconhece. Depois, investigue uma por uma, e coloque os significados na seo Meu vocabulrio filosfico, disponvel no final deste Caderno.

    2. Aquele que dispe de plenitude e de imortalidade no tem inquietaes nem perturba os ou-tros; por isso, est isento de impulsos de clera ou de benevolncia, j que tudo isso prprio de quem tem fraquezas. Para Epicuro, os seres imortais, os deuses de todas as religies, no agem por impulso, nem por raiva nem por pena. Por qu?

    3. localize no texto a seguinte frase: Quanto s doenas que se prolongam, elas permitem carne sentir mais prazer do que dor. Para Epicuro, o que essa frase quer dizer?

    [...]

    XXIII. Se combates todas as tuas sensaes, nada dispors de referncia nem mesmo para discernir corretamente aquelas que julgas deverem ser rejeitadas.

    [...]

    XXVII. De tudo aquilo de que dispe a sabedoria para a felicidade de toda nossa vida, de longe o mais importante a preservao da amizade.

    EPiCurO. Mximas principais. Traduo Joo Carlos K. Quartin de Moraes. So Paulo: Edies loyola, 2009. (Clssicos da Filosofia).

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    4. Para Epicuro, qual a relao entre doena e prazer?

    5. Segundo o texto, por que evitar e combater todas as sensaes atrapalha o discernimento?

    6. O que o texto apresenta sobre a importncia da amizade?

    7. Para Epicuro, no h prazer ruim. Ento, o que quer dizer a frase: [...] mas aquilo que produz certos prazeres acarreta sofrimentos bem maiores do que os prazeres?

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    25

    Epicuro fez, ainda, recomendaes precisas sobre como chegar felicidade:

    1. No tenha medo dos deuses. Os deuses so felizes, e seres felizes no esto preocu-pados com a vida dos outros.

    2. No tenha medo da morte. A morte nada mais do que a separao dos tomos.

    3. O prazer est disposio de todos. Ele o fim das dores e o sossego.

    4. O mal dura pouco. O mal a dor e dura pouco; o mximo que ela pode fazer levar morte, que, no fundo, nada. Quando a dor termina, comea o prazer.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

    Leitura e Anlise de Texto

    1. Em nossos dias, como poderamos pensar a primeira recomendao de Epicuro?

    2. A morte nada mais do que a separao dos tomos, o que isso significa no contexto atual? E para Epicuro?

    3. Qual a relao entre prazer e dor? Por que o prazer para todos?

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

    26

    4. Explique por que o mal dura pouco.

    O que pode acontecer depois?

    1. Tomando por base as reflexes de Epicuro, que sugeriu, a cada desejo, duas questes: O que acontecer caso ele se concretize? e E se no se concretizar?, observe o quadro a seguir e com-plete o outro quadro com cinco desejos que voc possui, para ver se vale a pena realiz-los.

    Qual o desejo? Qual o caminho?O que vai acontecer

    depois que ele for realizado?

    O que vai acontecer se ele

    no for realizado?

    Emagrecerregime e exerccios. Vou gastar tempo e me cansar muito.

    Vou me sentir mais bonito e mais saud-vel; vou ter menos problemas de sade; vou ter de trocar minhas roupas.

    Vou me sentir menos bonito e vou ter pro-blemas de sade.

    Aprender Matemtica

    O caminho estu-dar muito.Vou ter de deixar de fazer algumas coisas de que gosto, como ver TV, ouvir msica e passear.

    Vou melhorar mi-nhas notas e aumen-tar minha velocidade de raciocnio.

    Vou ficar com notas baixas e perder a oportunidade de me desenvolver nos estudos.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    !?

    SiTuAO DE APrENDizAGEM 3 A liBErDADE

    PESQuiSA iNDiViDuAl

    1. Pesquise na internet, em dicionrios de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o sig-nificado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada a sua pesquisa, melhor.

    l iberdade

    Qual o desejo? Qual o caminho?O que vai acontecer

    depois que ele for realizado?

    O que vai acontecer se ele

    no for realizado?

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    responsabilidade

    Convvio

    Projeto

    2. Escreva os limites e as possibilidades de nossa liberdade, segundo algumas condies da vida.

    Condies Os limites O que no se consegue fazer? As possibilidades O que

    se consegue fazer?

    idade

    Sade

    Espao lugar onde voc mora, estuda ou trabalha

    Sua condio econmica

    Seus conhecimentos

    Seu convvio com outras pessoas

    imaginao e projetos

    Trabalho

    Estudos

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    3. Segundo as consideraes do professor sobre Sar-tre, percebemos que os limites estabelecidos no so imutveis. Na tabela a seguir, voc dever refletir so-bre o que fazer com relao aos seus limites. Procure responder criando estratgias pessoais para aumentar a sua liberdade com o acrscimo de possibilidades.

    Condies Estratgias pessoais para aumentar minhas possibilidades

    idade

    Sade

    Espao

    Sua condio econmica

    Seus conhecimentosSeu convvio com outras pessoas

    imaginao e projetos

    Seu desenvolvimento geral

    Trabalho

    Estudos

    PESQuiSA EM GruPO

    1. Pesquise duas reportagens em que a liberdade das pessoas aparece respeitada e duas em que essa liberdade reprimida ou ignorada. recorte as matrias e cole no Caderno. Se voc selecionar reportagens de TV, escreva um pequeno resumo sobre o assunto e registre onde as matrias fo-ram veiculadas, o canal, o horrio e em que programa.

    2. O grupo deve apresentar no dia _____/_____/_____ os textos jornalsticos, fazer discusses so-bre eles e analisar as razes que o levou a selecionar essas matrias. Ao final, faa um julgamento sobre como transformar o respeito liberdade em prtica constante.

    Voc pode repetir esta tabela em seu caderno,toda vez que houver uma mudana em sua vida. Que tal?

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    Cole no quadro as reportagens selecionadas ou escreva os resumos.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    Exerccio

    1. Preencha o quadro a seguir com as informaes do filme que o professor vai indicar.

    Nome do filme:

    Ficha tcnica:

    Ttulo original:

    Tempo de durao:

    Ano de lanamento:

    Site oficial:

    Direo:

    roteiro:

    2. Assista ao filme e responda s questes:

    a) Como a personalidade das personagens principais?

    b) Faa um pequeno resumo da histria.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    c) Qual foi a parte de que voc mais gostou.

    d) Anote algumas falas que voc tenha achado interessantes.

    e) Descreva uma relao entre liberdade e responsabilidade que aparece no filme?

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    liO DE CASA

    1. Elabore um texto respondendo seguinte questo: Se voc pudesse voltar no tempo, quais mu-danas imprimiria em sua vida?

    Anote aqui a data em que voc deve apresentar o seu texto ao professor: ____/_____/_____.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    VOC APrENDEu?

    1. Assinale as atitudes que podem aumentar a nossa liberdade:

    a) Estudar e estimular a nossa imaginao.

    b) Criar um plano em que a moral possa ficar de fora.

    c) refletir sobre a nossa vida.

    d) Diminuir a liberdade dos outros.

    e) Pensar em um projeto para a nossa vida.

    !?

    SiTuAO DE APrENDizAGEM 4 AuTONOMiA

    Leitura e Anlise de Texto

    Kant um filsofo que nos ajuda a pensar as questes ticas e a problematizar regras morais. Esse filsofo distingue diferentes possibilidades para analisarmos as relaes entre vontade, razo e ao.

    Kant chama de imperativos os mandamentos da razo que se relacionam com uma vontade. E define dois imperativos centrais: imperativo hipottico e imperativo categrico.

    O imperativo hipottico representa a necessidade de uma ao como meio de alcanar qualquer objetivo que se queira.

    O imperativo categrico a ao necessria por si mesma, universal e, como tal, vlida para todos os homens.

    Essa distino interessante para questionarmos nossas aes e nossos princpios mo-rais, sobretudo, tomando-se por base esta pergunta: O que considero vlido para mim vlido para todos os homens?referncia: KANT, immanuel. A metafsica dos costumes. Bauru: Edipro, 2003.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    1. Com base no texto e no quadro a seguir, resolva o exerccio:

    Qual o objetivo? Passar no vestibular.

    Para voc e todas as pessoas conseguirem isso? Devemos estudar muito.

    Imperativo hipottico: Para passar no vestibular, devemos estudar muito.

    Qual o objetivo? Ter um carro.

    Para voc e todas as pessoas conseguirem isso? Devemos trabalhar e economizar.

    Imperativo hipottico: Para ter um carro, devemos trabalhar e economizar.

    Agora, escreva os seus objetivos.

    Objetivo

    Para conseguir ________________________, eu e todas as pessoas do mundo devemos:

    Imperativo hipottico:

    Objetivo

    Para conseguir ________________________, eu e todas as pessoas do mundo devemos:

    Imperativo hipottico:

    Objetivo

    Para conseguir ________________________, eu e todas as pessoas do mundo devemos:

    Imperativo hipottico:

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    liO DE CASA

    1. Seguindo o exerccio anterior, tome apenas um objetivo pessoal. Observando o modelo a seguir, voc pode verificar o raciocnio, que transforma cada condio hipottica em um novo objetivo. Faa o mesmo com o seu objetivo pessoal e os imperativos hipotticos a ele relacionados.

    Objetivo Conseguir um bom emprego.

    Para conseguir um bom emprego, devemos: Fazer faculdade.

    Imperativo hipottico: Para conseguir um bom emprego, devemos fazer uma faculdade.

    No quadro a seguir, o que era a condio hipottica torna-se objetivo.

    Objetivo Fazer faculdade.

    Para fazer faculdade, devemos: Passar no vestibular.

    Imperativo hipottico: Para fazer faculdade, devemos passar no vesti-bular.

    Objetivo

    Para conseguir ________________________, eu e todas as pessoas do mundo devemos:

    Imperativo hipottico:

    Objetivo

    Para conseguir ________________________, eu e todas as pessoas do mundo devemos:

    Imperativo hipottico:

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    Voc pode continuar o exerccio quantas vezes julgar necessrio.

    Objetivo Passar no vestibular.

    Para passar no vestibular, devemos: Estudar muito.

    Imperativo hipottico: Para passar no vestibular, devemos estudar muito.

    Agora, procure fazer a mesma coisa com o seu objetivo:

    Objetivo

    Para ________________________, eu e todas as pessoas do mundo devemos:

    Imperativo hipottico:

    Objetivo

    Para ________________________, eu e todas as pessoas do mundo devemos:

    Imperativo hipottico:

    Objetivo

    Para ________________________, eu e todas as pessoas do mundo devemos:

    Imperativo hipottico:

    [...] age com base em uma mxima que tambm possa ter validade como uma lei universal.

    KANT, immanuel. Metafsica dos costumes. Traduo Edson Bini. Bauru: Edipro, 2003.

    Leitura e Anlise de Texto

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    Observe esta frase de Kant, ela pode ser apresentada de forma bem simples:

    Age com uma norma que tambm possa valer para todos.

    Ou ainda:

    Aquilo a que voc deve obedecer, os outros tambm devem.

    Aquilo a que voc no deve obedecer, os outros tambm no devem.

    Observe a seguinte formulao:

    Toda vez que eu sentir raiva, darei um soco na pessoa que me irrita.

    Considere, para o raciocnio, que essa lei deve ser praticada por todos:

    Todas as vezes que as pessoas sentirem raiva, daro um soco na pessoa que as irrita.

    Considere outro ponto de vista, com base nesse raciocnio:

    Todas as vezes que eu irritar uma pessoa, ela deve me dar um soco.

    Todas as vezes que minha me irritar algum, ela deve levar um soco.

    Todas as vezes que a pessoa que eu amo irritar uma pessoa, ela deve levar um soco.

    Contudo, considerando que eu no quero levar socos quando irritar algum, no devo criar uma regra que s possa valer para as outras pessoas, as de que gostamos e as de que no gostamos. Por isso, podemos refazer a frmula inicial, como:

    Todas as vezes que eu sentir raiva, no devo socar quem me irrita.

    Assim, o raciocnio pode continuar a ser invertido:

    Todas as vezes que as pessoas sentirem raiva, no devem socar quem as irrita.

    Todas as vezes que minha me irritar uma pessoa, ela no deve levar um soco.

    Todas as vezes que a pessoa que eu amo irritar uma pessoa, ela no deve levar um soco.

    Assim funciona o imperativo categrico, como forma que serve para guiar a nossa vontade. O bem surge medida que ns legislamos sobre a nossa conduta, em relao conduta de todas as pessoas.

    Elaborado especialmente para o So Paulo faz escola.

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    1. Observe o exemplo a seguir e preencha os espaos luz dos conceitos trabalhados.

    Todas as vezes que erro, devo procurar me corrigir, porque quero que as pessoas cor-rijam seus erros.Todas as vezes que as pessoas erram, devo procurar perdoar e compreender. Porque, quando eu erro, quero ser perdoado e compreendido.Todas as vezes que falo, devo falar a verdade, porque quero que as pessoas falem a verdade para mim.

    a) Todas as vezes que namoro, devo ___________________, porque quero que __________

    ____________________.

    b) Todas as vezes que estudo, devo _____________________, porque quero que _________

    _____________________.

    c) Todas as vezes que fazem mal a uma pessoa, devo __________________, porque quero

    que _____________________________.

    d) Todas as vezes que choram, devo _____________________________, porque quero que

    _____________________________.

    e) Todas as vezes que me atrapalham, devo ________________________, porque quero que

    _____________________________.

    f ) Todas as vezes que riem de mim, devo __________________________, porque quero que

    _____________________________.

    g) Todas as vezes que falho com as pessoas, devo ____________________, porque quero que

    _____________________________.

    h) Todas as vezes que me decepciono, devo __________________________, porque quero que _____________________________.

    i) Todas as vezes que no consigo alguma coisa, devo __________________, porque quero que _____________________________.

    j) Todas as vezes que pedem minha ajuda, devo _______________________, porque quero que _____________________________.

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    PESQuiSA iNDiViDuAl

    1. Pesquise na internet, em dicionrios de Filosofia, na biblioteca da escola ou da sua cidade o sig-nificado das palavras relacionadas a seguir. Quanto mais aprofundada a sua pesquisa, melhor.

    Autonomia

    Heteronomia

    imperativo categrico

    imperativo hipottico

    1. Qual das frases a seguir no pode ser considerada como fruto do imperativo categrico?

    a) Toda vez que uma pessoa cometer um erro, no devo compreend-la.

    b) Quando for ofendido, devo me vingar.

    VOC APrENDEu?

  • Filosofia - 2a srie - Volume 1

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    c) Sempre que precisar, agirei com falsidade.

    d) Darei esmolas sem pensar.

    e) Quando eu falar, no devo mentir.

    2. Assinale a frase que contm um imperativo hipottico.

    a) No matars.

    b) Se eu quiser um bom emprego, devo fazer faculdade.

    c) Se abrir, feche.

    d) O homem sbio sabe ouvir.

    e) A liberdade o direito de fazer o que se quer.

    Site

    POrTA CurTAS. Disponvel em: . Neste site, voc pode encontrar vrios filmes de curta-metragem que apresentam assuntos como o da tica, por exemplo. Voc pode colocar esses filmes no seu blog ou nos sites de relacionamento.

    Vdeo

    A violncia que rola . Produzido pela TV ESCOlA e disponvel nos acervos das esco-las. O vdeo discute o encadeamento da violncia em decorrncia da reao impen-sada das pessoas. Pode ser um apelo ao uso do imperativo categrico. Tambm est disponvel em: .

    PArA SABEr MAiS

    Biografias dos filsofos

    Sempre que o professor apresentar um filsofo ou uma filsofa, voc poder escrever a respeito desses pensadores neste espao. Aqui, j relacionamos alguns que sero fundamentais para a com-preenso dos conceitos que aparecem neste Caderno. No esquea que no h nada de divino ou espiritual nesses conceitos. Eles foram elaborados por pessoas parecidas conosco, que, no entanto, ficaram famosas, porque resolveram pensar a respeito do mundo em que viviam. Muitos filsofos tiveram uma vida engraada, alguns tinham costumes estranhos, como todo mundo, mas cada

  • Filosofi a - 2a srie - Volume 1

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    um, sua maneira, ajuda-nos a ter uma vida mais plena. Voc pode adiantar as aulas, procurando saber mais sobre essas pessoas. Que tal uma pesquisa por conta prpria?

    Scrates

    Vida

    Principais ideias

    Principais escritos

    Aristteles

    Vida

    H

    ulto

    n Ar

    chiv

    e/G

    etty

    imag

    es

    Pic

    ture

    Pos

    t/Get

    ty im

    ages

  • Filosofi a - 2a srie - Volume 1

    43

    Epicuro

    Vida

    Principais ideias

    Principais escritos

    C

    hrist

    ophe

    Boi

    svie

    ux/C

    orbi

    s-la

    tinsto

    ck

    Principais ideias

  • Filosofi a - 2a srie - Volume 1

    44

    Descartes

    Vida

    Principais escritos

    T

    ime

    & l

    ife P

    ictu

    res/

    Get

    ty im

    ages

    Principais ideias

    Principais escritos

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    Jean-Paul Sartre

    Vida

    Principais ideias

    Principais escritos

    insira aqui uma imagem de Jean-Paul Sartre

    Immanuel Kant

    Vida

    A

    lbum

    /akg

    -im

    ages

    lat

    insto

    ck

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    46

    Principais ideias

    Principais escritos

    Outro fi lsofo indicado pelo professor

    Vida

    Principais ideias

    Principais escritos

    Cole aqui a imagem

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    Meu vocabulrio fi losfi co

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    Meu vocabulrio fi losfi co