filosofia da linguagem e ciência da informação

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IBICT- Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia UFF- Universidade Federal Fluminense PPGCI – Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação Tese de Doutorado Filosofia da linguagem e Ciência da informação: jogos de linguagem e ação comunicativa no contexto das ações de informação em tecnologias virtuais Luciana de Souza Gracioso Orientador: Dra. Maria Nélida González de Gómez Rio de Janeiro, 29 de agosto, 2008

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Slides apresentados na defesa de Tese de Luciana de S Gracioso, em 29 de agosto de 2008, junto ao PPGCI UFF-IBICT.

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Page 1: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

IBICT- Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

UFF- Universidade Federal Fluminense

PPGCI – Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação

Tese de Doutorado

Filosofia da linguagem e Ciência da informação:

jogos de linguagem e ação comunicativa no contexto das ações de informação em tecnologias virtuais

Luciana de Souza Gracioso

Orientador: Dra. Maria Nélida González de Gómez

Rio de Janeiro, 29 de agosto, 2008

Page 2: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

FILOSOFIA DA LINGUAGEM E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO:JOGOS DE LINGUAGEM E AÇÃO COMUNICATIVA NO CONTEXTO DAS AÇÕES DE

INFORMAÇÃO EM TECNOLOGIAS VIRTUAIS

(LANCASTER, 2004)

Page 3: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

InformationSeeking

Informaçãocientífica

Sistema

Instituições

Empirismo

Positivismo

Lógica

Filosofiaanalítica

Controle

Linguagemideal

Informaçãodescritiva

Garantias

CI

Sujeitos

AGIR PRAGMATISMO

USO PRÁTICO

PRAGMÁTICA

FLEXIBILIDADE

INFORMAÇÃOCOMO AÇÃO

INFORMAÇÃOCOTIDIANA

RIZOMAJOGOS

BUSCA ABERTA

LINGUAGEM COTIDIANA

?

WEB

Page 4: Filosofia da linguagem e Ciência da informação
Page 6: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

• Novas possibilidades de uso cotidiano da linguagem.

• Abertura, interatividade, cooperação.

• Critérios seletivos “autônomos”.

• Multiculturalismo.

• Polofonia, Polinonimia.

• Deliberação.

• Folks. Etinografias.

• Filtros sociais.

• Interoperabilidade.

• Colaboração.

• Redes de afinidades.

• Usuário/leitor/autor/editor = ator.

Pontos de partida epistemológicos prévios seriam redutores na conjuntura

Informacional na Web.

Ampliar a matriz cognitiva da Ciência da

Informação

Page 7: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

A inserção do Sujeito nos estudos da Linguagem

Primeira Virada Lingüística: Nosso conhecimento de mundo não se radicaria nas idéias que fazemos. Ele se resguardaria nos enunciados que a linguagem nos permite construir para representar o mundo (IBÁÑEZ GRACIA, 2004).

Transição para a Segunda Virada Lingüística: Até então houvera uma redução do sujeito social a um comunicador, e em seguida a um informador, como se a intersubjetividade (ou co-subjetividade) fosse equivalente à comunicabilidade e toda comunicação, a uma transferência da informação (PARRET, 1997).

Segunda Virada Lingüística: O conhecimento tem o estatuto de instrumento a serviço do esclarecimento dos problemas reais construído para a ação; o conhecimento não têm uma relação copiativa com o real, não teria pretensões de verdades absolutas, seria provisório e sujeito a retificações. Em lugar de verdade, se fala de aceitação e validade.

Page 8: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

Pragmática

Sintaxe: relação entre os signos

Semântica: relação entre os signos com os objetos e fatos que o remetem

Pragmática: sintaxe + semântica + relação do signo com as pessoas que os utilizam

A Pragmática seria, consequentemente, uma experiência concreta com a linguagem em uso, em diferentes contextos de comunicação, envolta em variações e em heterogeneidades imprevisíveis logicamente.

L. Wittgenstein (1889-1951)Investigações filosóficas (1953)

... like a lump of sugar in water.

Page 9: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

L. Wittgenstein:a linguagem é o seu uso

• Liberdade.• Desenfeitiçar.• Labirintos.• Significação viva.

Page 10: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

L. Wittgenstein:a linguagem é o seu uso

• Jogos de linguagem• Regras

• Gramática• Semelhança de

família• Formas de vida

Page 11: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

Os jogos de linguagem são ações sociais de uso da linguagem

• Não há aleatoriedade, relativismo, ou casualidade na significação. Ela tem

sempre um ponto de partida em uma forma de vida. A questão é que

esse ponto não é fixo.

• O significado é uma construção prática. Não há um fundamento

único que possa alinhavar todas as possibilidades de significação. Seria

como se pudéssemos alinhavar todas as possibilidades das ações sociais.

As regras dinâmicas e muitas vezes imprevisíveis evolvidas nas ações

sociais, em formas de vida, conduziriam a significação da

linguagem, e uma gramática seria gerada concomitante a esse processo

de significação. E isto, são Jogos.

Page 12: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

Jogo de linguagem

Page 13: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

HABERMAS, J. TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA, 1981.

• Oferece uma propedêudica para explicar uma teoria de ação social que enfatiza o papel do uso da linguagem como constitutiva da ação comunicativa e a ação

comunicativa como constitutiva das ações sociais.

MUNDO DA VIDA

FORÇA EMANCIPATÓRIA

RAZÃO COMUNICATIVA

AÇÕES COMUNICATIVAS

BUSCA DE ENTENDIMENTO MÚTUO E CONSENSO.

Conhecimento e verdade são construídos pragmaticamente a partir do uso da linguagem

em ações comunicativas.

SISTEMA

RAZÃO INSTRUMENTALAÇÕES ESTRATÉGICAS

BUSCA DE SUCESSO

Conhecimento e verdade são relativamente direcionados.

Arranjos comunicativos

Aproximação das subjetividades

Democracia

Page 14: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

Atmosfera Pragmática

Força emancipatória

Demanda de autenticidade

Racionalidade comunicativa

Ideal de consenso

Compromisso ilocucionário

Situação ideal de fala

Pretensões de validade

Jogos de linguagem

Page 15: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

Atos de fala Critérios de validade

Relações com o mundo

Perlocucionários Justificabilidade Objetivo

Constatativos Verdade Objetivo

Regulativos Inteligibilidade Social

Expressividade Veracidade Subjetivo

• A meta do entendimento é a produção de um acordo que desencadeie uma comunidade

intersubjetiva de compreensão mútua.

Page 16: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

Pretensão de

validade

- Situação ideal de fala- Atos de fala

-Racionalidade comumunicativa-Ideal de consenso

-Compromisso ilocucionário

-Atmosfera pragmática-Força emancipatória

-Demanda de autenticidade

Page 17: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

As interações comunicativas que se expressam na Internet seriam a manifestação da força emancipatória que nos impulsiona a querer conhecer, logo, nos estimula a agir comunicativamente e a procurar por trilhas que nos levem a um entendimento.

Busca-se, antes da informação, uma interlocução com outros buscadores, a partir do uso da linguagem em atos de fala, como critério sobre o buscado.

A interlocução entre atores na rede, enquanto filtros sociais informacionais, é a Garantia Comunicativa dos conteúdos virtuais.

Essa condição comunicativa humana de compartilhar subjetividades multiculturais é explicada por Habermas e é o que nos parece se manifestar nos Jogos da rede.

A ação comunicativa como critério de validação informacional em plataformas tecnológicas virtuais

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Page 19: Filosofia da linguagem e Ciência da informação
Page 20: Filosofia da linguagem e Ciência da informação

Obrigada pela Atenção!

Luciana de Souza Gracioso