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Filosofia da Arte
Unidade II – O Universo das artes
FILOSOFIA DA ARTE
• Campo da Filosofia que reflete e permite a compreensão do mundo
pelo seu aspecto sensível.
• Possibilita compreender a apreensão da realidade pela sensibilidade,
perceber que o conhecimento não é apenas resultado da atividade
intelectual, mas também da imaginação, da intuição.
• A estética valoriza o conhecimento sensitivo.
ESTÉTICA
• É uma especialidade filosófica que visa investigar a essência da beleza e as bases da arte.
• Três pares de sapato (Van Gogh)
O que é arte?
• “A arte, antes de tudo e em
primeiro lugar, embeleza a vida,
portanto, fazer com que nós
próprios nos tornemos
suportáveis e, se possível,
agradáveis aos outros.”
(Nietzsche)
• Expressão de uma boa ideia;
• Expressão de emoções e pensamentos.
• Derivada do termo latino Ars,
correspondente a techne em grego,
que significa TÉCNICA.
• Domínio sobre uma técnica =
HABILIDADE ou DESTREZA
• Arte da guerra, arte política, arte do
amor, arte da retórica, etc.
• Medida da visão espiritual do ser
humano;
• Resultado da necessidade de
comunicação entre os seres
humanos;
• Importante instrumento para o
desenvolvimento da consciência
humana;
• Expressão que ultrapassa os limites
do espaço e do tempo;
• Até a Idade Média as artes eram classificadas em:
• Liberais (atividades intelectuais): dignas dos homens livres: lógica, gramática, retórica, aritmética, geometria, astronomia e música.
• Mecânicas ou servis (menos honroso): arquitetura, escultura, pintura, tecelagem, olaria, agricultura, etc.
• Aqui se evidencia a distinção entre corpo e alma –distinção platônica entre o nível da percepção sensível e o nível do entendimento ou da razão.
• Renascimento: começa-se a perceber a arte para além de um domínio ou uma
técnica.
• É um fazer artístico mais que uma habilidade;
• É na forma como se faz e a finalidade com que é feita que uma obra se
torna arte;
• A partir da ideia de belo é que se foi definindo o espaço específico, a
natureza e o caráter da obra de arte.
• BELAS ARTES: pintura, escultura, arquitetura, teatro, dança e literatura.
Atualmente a arte adquiriu valor
tão subjetivo que mesmo algo
considerado feio pode ter valor
artístico.
Diferentes materiais e técnicas, misturados
à liberdade de expressão tornam difíceis
distinguir
o que de fato é uma obra de arte.
O que é uma obra de arte
Conjunto organizado de signos e
materiais, posto em forma por
um espirito criador, conjunto
cuja beleza proporciona
satisfação desinteressada.
• É uma recriação simbólica da realidade;
• É um modo simbólico que o ser humano utiliza para dar significado ao
mundo;
• É o modo pelo qual o artista reinventa a realidade, reordena o mundo
através de movimentos, formas, cores e sons, revelando as diversas
possibilidades de manifestação da realidade.
• É uma releitura do mundo, uma reinterpretação do real.
A arte não tem o propósito de
simplesmente imitar a realidade, mas
procura dar sentido a ela.
• Provoca questionamentos,
reflexões, emoção,
pensamento, ocupa nossos
sentidos e nossa mente;
• É uma forma do ser humano
dar asas à sua imaginação.
Para compreender
uma obra de arte é
necessário uma
sensibilidade
treinada,
disponibilidades e
certo senso crítico.
• De certa forma, a arte consiste
num brincar com a realidade:
• Expressamos nossos anseios e
fortalecemos nossos valores;
• É como se através dela adquirimos
o poder de fazer com que com que
a realidade fosse como desejamos.
O BELO E O FEIO: A QUESTÃO
DO GOSTO
CAPÍTULO VI
CADA SOCIEDADE E CADA ÉPOCA HISTÓRICA
DETERMINAM SEUS PADRÕES DE BELEZA
Antiguidade/Medieval Contemporânea
SERÁ A ESTÉTICA A
EXPRESSÃO DA BELEZA
MATERIAL?
MAS O QUE É ESTÉTICA?
• Ramo da Filosofia que estuda o belo e as leis gerais da crítica e do
gosto, aplicados à avaliação e a apreciação dos produtos da
inteligência humana sob o ponto de vista artístico.
• A palavra estética vem do grego aisthetikos e significa “faculdade de
sentir”, “perceber pelos sentidos”.
O que é o belo?
• O conceito de beleza sofreu mudanças
significativas ao longo do tempo. Tendo
sua origem na Grécia Antiga, o conceito
de beleza era produto de uma
determinada filosofia de vida: qualidades
humanas = Deuses gregos – Idealização
do homem.
Os padrões de beleza da civilização grega foram herdados
pelos romanos e cultivados pelos renascentistas.
Foi no Renascimento que se deu a união teórica do belo com a arte.
A essa união se juntou também a ideia de natureza.
• Como pensava Leonardo da Vinci, a
natureza é a fonte de toda beleza que será
revelada pelo artista em suas produções.
• A partir desse momento, será arte sujeita à
beleza natural, responsável por gerar a
chamada beleza artística.
Alexander Gottlieb Baumgarten (1714-1762)
• Filósofo alemão;
• Suas obras foram Meditações Filosóficas Sobre a Questões da Obra Poética
(1735), ou conhecida como Aesthetica (1750-1758).
• Criando o termo "estética", designou a ciência que trata do conhecimento
sensorial que chega à apreensão do belo e se expressa nas imagens da arte,
em contraposição à lógica como ciência do saber cognitivo.
• O conhecimento do Belo, para o filósofo, é visto como a perfeição do
conhecimento sensível; no entanto, esta perfeição, se comparada ao saber
estritamente racional, é considerada uma apreensão da realidade menos clara
que o saber de tipo lógico.
• Estética é a área da filosofia que estuda racionalmente o belo - aquilo que
desperta a emoção estética por meio da contemplação - e o sentimento que
ele suscita nos homens.
• A palavra estética vem do grego aesthesis, que significa conhecimento
sensorial ou sensibilidade, e foi adotada pelo filósofo alemão Alexander
Baumgarten (1714-1762) para nomear o estudo das obras de arte como
criação da sensibilidade, tendo por finalidade o belo.
Os diversos sentidos para a
palavra belo
Para os gregos antigos:
Estético
Moral
espiritual
• O belo no sentido:
• Estético: qualidade de certos elementos em seu estado de pureza, formas
abstratas, como a simetria e as proporções definidas, a qualidade, as relações
de harmonia – adequação aos sentidos.
• Moral: beleza é o patrimônio das almas equilibradas, que se mantém em
harmonia consigo mesmas. Para Aristóteles, a medida do bem é a igual
distância da virtude e do vício, ocupando o meio termo da moderação para
Sócrates, a beleza consistia na exta utilidade de cada coisa ou ser. Aquilo que
é útil não poderia ser considerado belo.
• Espiritual ou teórico: conhecimento teórico.
Fazer arte: expressar sentimentos criando novas alternativas
através de novas linguagens;
Arte e realidade
• Platão e Aristóteles entendem a arte sob o ponto de vista da poética.
• Platão, levando em conta o caráter representativo da pintura e da
escultura, afirma que essas manifestações artísticas estão abaixo da
verdadeira beleza humana. Para ele somente a poesia e a música
poderiam exercer influência sobre os nossos estados de ânimo, o que
poderia afetar negativa ou positivamente o nosso comportamento
moral.
Aristóteles, em sua obra Poética, desenvolveu ideias relativas
às artes faladas e escritas, do canto e da dança, poesia e teatro
Arte e sociedade
• Por meio de sua obra, o artista
interage com a sociedade,
dividindo com ela seus mais
profundos desejos e emoções,
através de palavras, sons,
gestos, etc. portanto a arte é
um meio de socialização dos
sentimentos humanos.
A arte como fenômeno social
• A arte é um fenômeno social porque há um vínculo direto do artista com a
sociedade em que ele está inserido. Desse modo é que a arte é entendida
como fenômeno social.
• O artista reflete na obra de arte sua maneira de ver o mundo, seus desejos,
emoções, alegrias, tristezas, angústias, esperanças e medos.
• A obra de arte é percebida socialmente: é elemento de comunicação entre o
seu criador e os que tem a oportunidade de apreciá-la.
Imitação, criação, construção e imaginação
• O artista, partindo da teoria da imitação,
considera a obra de arte como sendo uma
reprodução do real sensível.
• A arte não imita a natureza, expressa suas
emoções vividas no cotidiano.
O artista, por meio de sua
criatividade, produz um objeto
radicalmente novo
A arte é a expressão da imaginação criativa.