filosofia cristã

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Organização do pensamento cristão: do século I ao século IV

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slides nascimento da filosofia cristã

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Organizao do pensamento cristo: do sculo I ao sculo IVO contexto de nascimento da Filosofia CristAps a morte de Alexandre, em 338 a. C. ,o domnio macednico sobre a Grcia continua a ser preservado;

A partir de ento a Grcia integrar amplos organismo polticos: Imprio Macednico (sc. III a I a. C)Imprio Romano (sc. I a. C a V d. C.) Esclarecimentos iniciais...Ao longo do processo histrico dos sculos I ao IV, o desenvolvimento da filosofia crist passou por diversas fases, que se relacionam as especificidades de cada momento histrico.At o alvorecer do sculo III foi uma religio clandestina, sujeita a represses sangrentas que se alternavam com breves tolerncias. (Vdeo)Nascimento da Filosofia Crist = Patrstica = PATER, PAIO perodo filosfico denominado Filosofia Patrstica perpassa o sculo I ao IV.

O termo patrstico vem da palavra latina pater, pai, e tanto designa o perodo referente aos pais da Igreja quanto s ideias caractersticas que se desenvolveram ao longo desse perodo.Fundamentos da Patrstica...A Patrstica foi gestada em trs mbitos distintos:

Espiritualmente judeu;Politicamente romano;Culturalmente helnico.Espiritualmente judeuDo mundo judeu o cristianismo recebeu a inspirao doutrinal do Antigo Testamento que foi complementada com o Novo Testamento;

Adota as mesmas instituies da religio judaica: ex: famlia, sinagoga (igreja), formao religiosa.Politicamente romanoDo mundo romano herdou as vantagens oferecidas pelo Estado:Tolerncia religiosa;Segurana garantida pela paz romana;Lngua;Rede de comunicao por todo o Imprio.Culturalmente helnicoEmbora tenha negado boa parte da cultura helnica, no dispensou suas reflexes, pois muitas delas contribuam para a disseminao da f crist.

Gramtica, Retrica, Dialtica, Aritmtica, Geometria, Astronomia, Msica e FILOSOFIA.

Filosofia crist= cristianismo + cultura clssicaO processo de assimilao resultado do dilogo entre o cristianismo primitivo e a cultura clssica teve um carter complexo, difcil e trabalhoso, porm prdigo, pois os resultados advindos desse encontro subsidiaram a fundamentao da f crist, a fim de melhor preparar seus adeptos para se posicionarem num mundo que chamavam de pago.Filosofia Crist: Dividida em quatro perodosSculo I e os Padres Apostlicos;Sculo II e os Padres Apologistas;Sculo III e os Padres Latinos e Gregos;Sculo IV e a Sntese Cultural dos Doutores da Igreja.SCULO I: OS PADRES APOSTLICOS OS PADRES APOSTLICOS... contato com os apstolosComo o prprio nome indica esse perodo foi o palco em que agiram os primeiros padres apostlicos que tiveram relao mais ou menos direta com os Apstolos e que provavelmente receberam a doutrina deixada por esses testemunhos oculares de Jesus.RepresentantesSanto Incio (+110)So Policarpo (+156)So Clemente de Roma (+102)

Santo Incio...Inciofoi bispo de Antioquia da Sriaentre 68 e 100ou 107, discpulo do apstolo Joo, tambm conheceuSo Pauloe foi sucessor de So Pedrona igreja em Antioquia. Santo Incio foi detido pelas autoridades e transportado para Roma, onde foi condenado morte no Coliseu e foi martirizado por lees.SCULO I: OS PADRES APOSTLICOS...IndiferenaO que importava era refletir a mensagem de Cristo, fato que explica a atitude de quase indiferena em relao a cultura clssica.

Nos primeiros momentos dessa relao entre o cristianismo e a cultura clssica, os cristos adotaram uma postura de quase indiferena ao seu contedo. Exemplo de Paulo....Paulo de Tarso ao propor todo um programa de ao, acentuou a necessidade de se crivarem as ddivas do mundo: Examinai tudo e abraai o que for bom; guardai-vos de toda a aparncia do mal. (I Tes 5,21).O que importava era refletir fielmente sobre as mensagens de Cristo, na sua simplicidade e originalidade.

Porm...No final do sculo I e incio II...A Diogneto, escrito annimo apareceu entre os fins do sculo I e incio do II, retomou o combate ao pensamento pago.

Essa obra marca o incio de um novo perodo para a constituio da Filosofia Crist: Padres Apologistas

A DiognetoO texto faz parte de um manuscrito descoberto em 1436 em Constantinopla. Na introduo o autor responde ao pago Diogneto algumas questes sobre o cristianismo e segue o escrito insistindo na transcendncia da revelao, na economia da salvao, que culmina na encarnao do Verbo e em seu sacrifcio redentor. A DiognetoO autor desconhecido louvava o cristianismo, destacando a sua condio no humana, por ter-se originado do prprio Deus. A coragem dos mrtires era invocada para provar essa origem divina. SCULO II: OS PADRES APOLOGISTASPadres Apologistas: expanso da IgrejaNa segunda metade do sculo II, a expanso crist, com sua presena cada vez maior na sociedade, provocou a perseguio dos seus adeptos pelo Estado Romano.Perseguies = formao de intelectuais......os chamados Padres Apologistas, considerados os primeiros intelectuais do cristianismo.

RepresentantesSo Justino (72- 165)So Tefilo de Antioquia (+181)Taciano (s/d)Ao na constituio da Filosofia Crist= evidenciar a superioridadeEsses porta-vozes da Igreja lanaram mo das mesmas armas que usavam seus opositores para defender publicamente seus princpios de f, tendo em vista evidenciar a superioridade desta sobre o pensamento clssico. O principal argumento fundava-se na crtica do que consideravam negativo no estilo de vida dos no cristos.Para tanto...FerramentasAtacavam, por meio de criticas, o modo de vida do Imperador e povo romano. Essas crticas era fundamentadas nos princpios da dialtica e dilogo (provenientes da cultura clssica). Sua Defesa...primeira filosofia era a cristArgumentavam que cronologicamente a primeira filosofia tinha sido a crist. Como tal, era o fundamento e a base de inspirao de todo pensamento humano, antecedendo at mesmo a filosofia dos egpcios e gregos.Ex: de Defesa: PlgioComungando da mesma orientao, So Tefilo de Antioquia (+181), pago convertido, afirmava que as demais doutrinas, ao buscarem inspirao na filosofia crist, nada mais fizeram que plagi-la. Como defendiam?Segundo esse raciocnio, somente Deus era autor e o mestre da verdade e aquilo que existia de verdadeiro e valioso no saber clssico originava-se da revelao divina, sendo transmitido direta ou indiretamente por meio dos hebreus. O cristo revestia-se assim do direito de apropriar-se dessa verdade onde ela estivesse, at mesmo reivindic-la dos pagos. Qual era a justificativa do uso do pensamento pago?As influncias do pensamento pago no filosofia crist eram justificadas porque faziam parte da sabedoria divina.

Resultado desse processo...O confronto cristianismo/pensamento clssico no deixou de produzir um processo de assimilao por parte dos cristos: as doutrinas filosficas, mesmo consideradas perigosas, foram reconhecidas como o de mais valioso da cultura greco-romana, e poderiam ser utilizadas em alguns aspectos pelos cristos.

SCULO III: OS PADRES LATINOS E GREGOSMovimentos herticosEm fins do sculo II a Igreja enfrentou dois movimentos que qualificou herticos: o Montanismo e o Gnosticismo.

Para combater esse movimento ganhou fora a convenincia de se assimilarem aspectos da Filosofia clssica cultura crist.Posies: OS PADRES LATINOS E GREGOSPadres Gregos: adotaram uma atitude aberta, favorvel incorporao de aspectos que julgavam valiosos do saber clssico;

Padres Latinos: mostraram com diversos matizes uma atitude mais fechada, muito prxima apresentada pelos Padres apologistas.RepresentantesPadres GregosClemente de Alexandria (150-215);Orgenes(185-254);

Padres LatinosTertuliano (160-220)O resultado... medida que se evidenciava a importncia do legado clssico cultura crist, at mesmo radicais como Tertuliano admitiam que os cristos precisavam do conhecimento da literatura pag para a sua vida profissional e para a eficincia na ao, bem como para a fundamentao da f (p. 72)SNTESE CULTURAL DOS PADRES DO SCULO IVSNTESE CULTURAL DOS PADRES DO SCULO IVEntre as tendncias oriental (radical) e latina (moderada) da Igreja primitiva, a moderada acabou impondo-se, no sem enfrentar sria resistncia dos opositores.

Os intelectuais da Igreja Primitiva passaram a empregar em suas obras contribuies da cultura greco-romanaRepresentantesSo Baslio (330- 379);So Gregrio de Nisa (335-395);So Gregrio Nazianzeno (330-390);So Joo Crisstomo (344-407);So Jernimo (347-420);Santo Agostinho (354-430);Exemplo: produes de Santo AgostinhoContraps a uma das teses bsicas da literatura apologtica: a de que no foram os gentios que copiaram Moiss e os profetas, mas foram estes que aprenderam com a cultura clssica.O que Santo Agostinho representa...Santo Agostinho considerado um dos mais profundos filsofos cristos e uma dos gnios da filosofia de todos os tempos. Com ele o cristianismo ganhou uma nova dimenso com a vinculao entre o saber cristo e o saber pago.Filosofia pag submetida a FOutra questo significativa para Santo Agostinho nessa vinculao entre saber pag e saber cristo se relaciona com a submisso da filosofia ao juzo seletivo da f. A incorporao dos saberes pagos deveriam passar pela avaliao da f.Ex: p. 77.Tudo advm de Deus...Em rigor, para Santo Agostinho, era legtimo que o cristo assimilasse essas verdades; afinal, tudo o que a cultura clssica tinha de bom provinha de Deus.Ex: Tudo advm de Deus...[...] encontramos nos pagos algumas coisas verdadeiras, que so como o ouro e a prata deles. No foram os pagos que fabricaram, mas os extraram, por assim dizer, de certas minas fornecidas pela Providncia divina, as quais usam, por vezes, a servio do demnio. Quando, porm, algum se separa, pela inteligncia, dessa miservel sociedade pag, tendo se tornado cristo, deve aproveitar -se dessas verdades, em justo uso, para a pregao do evangelho (AGOSTINHO, II, 1991, 41,60).

O que podemos depreender...Foi longo o caminho percorrido pela Igreja Primitiva no processo de assimilao do legado cultural greco-romano: em princpio uma negao, passando pela desconfiana e culminando com o reconhecimento do valor formativo do conhecimento filosfico.ConclusoInfere-se que a organizao do pensamento cristo, ao longo dos sculos I, II, III e IV, pode, pelo menos em parte, ser entendida no dilogo que estabeleceu com o pensamento clssico.Essa rede de significados, conceitos, categorias deram-lhe condies para ordenar a sua ao formativo doutrinaria de forma a atender as exigncias do processo evangelizador. ConclusoAssim, o cristianismo no pode ser pensado, nem compreendido em sua totalidade, sem as contribuies desse pensamento historicamente construdo.

Santo AgostinhoA Vida: dois perodosA vida de Agostinho pode ser dividida em dois perodos distintos: antes da converso e depois da converso. Antes da converso Agostinho interessa-se principalmente pela retrica e filosofia. Depois da converso concentra seu interesse na Sagrada Escritura e teologia. Dados PessoaisAgostinho nasceu em Tagaste, em 354, de me crist e pai ainda pago, que recebeu o batismo em 371, pouco antes de morrer. A primeira educao de Agostinho foi estritamente humanstica, feita de gramtica e retrica. Completou os estudos em Cartago, onde, depois da leitura do Hortnsio de Ccero, comeou a interessar-se tambm pela Filosofia. Dados PessoaisEm Cartago, a filosofia ento dominante era a maniquia; Agostinho no tardou em fazer-se ardoroso defensor deste sistema, com grande desgosto para sua me. Aos dezenove anos comeou a ensinar Filosofia em Cartago, aps dez anos (383) foi para Roma, onde teve contato com um outro sistema filosfico: cepticismo da Academia.Dados PessoaisDepois de um ano em Roma, foi para Milo para ensinar Retrica. Nesta cidade leu Plotino e sentiu-se fascinado pelo seu ensinamento sobre a incorporeidade de Deus e a imortalidade da alma. Assim, de cptico, tornou-se logo neo-platnico. Mas a leitura de So Paulo e os contatos com Ambrsio, bispo de Milo, convenceram Agostinho de que a verdade no estava os livros dos filsofos, mas no Evangelho de Jesus Cristo.Obras: antes da converso/depois da conversoA) Antes da converso: Contra os acadmicos; Sobre a vida feliz; Sobre a Ordem; B) Depois da converso: Sobre a imortalidade da alma; Treze livros de confisses; Sobre o livre arbtrio; Sobre a cidade de Deus; Sobre a Trindade; Sobre o Mestre; Sobre a verdadeira religio. Contribuio para a Igreja considerado um dos maiores Padres e Filsofos da Igreja; Conseguiu estruturar sobre uma base racional, fundamentado em Plato, todas as doutrinas reveladas pelo cristianismo so tambm acessveis a razo.

A cidade de DeusEscrita entre 413 a 426

Contexto da ObraA obra Cidade de Deus retrata um perodo conturbado da vida de Agostinho, no qual Roma experienciava a destruio do seu Imprio.

Por este motivo, cristos e no cristos (pagos), acusavam o cristianismo como sendo o responsvel pelas calamidades acontecidas contra o Imprio.

Qual calamidade?No sculo III o Imprio Romano vivencia momentos conflituosos, que determinaram o seu fim.No consegue expandir o territrio;No consegue escravos;Reduo da produo agrcola;Resultado: Fragmentao e Fragilidade do poder do Imperial.

Roma devastada...Por estes problemas ocorridos no Imprio, por esta fragilidade e fragmentao, Roma devastada pelos brbaros que encontram espaos suficientes para se infiltrarem.

Invaso de Roma...Em 13 de agosto 410, Roma, absolutamente fragilizada, foi saqueada por Alarico, um visigodo, iniciando a desestruturao total do Imprio Romano do Ocidente

Relao do contexto com a obraPara os pagos, o saque de Roma, portanto, no poderia ter outra causa se no a da aceitao do Cristianismo em detrimento dos cultos dos deuses.

O Cristianismo se tornou a religio oficial do Imprio em 380 d. C com o Imperador Teodsio 1.

O que dizem os historiadores...Esse evento teve um efeito demolidor e distante de sua real importncia poltica. Como pode entender que a capital do antigo imprio, soberana do mundo e cidade eterna, tivesse sofrido uma destruio to violenta? O mundo todo parecia tremer em suas bases e os pagos sabiam qual a explicao! A seus olhos, a catstrofe era o castigo pelo abandono das antigas divindades guardis e da religio tradicional: obviamente, o novo Deus cristo do imprio havia se mostrado impotente e fracassado.

O que diz Sto Agostigo...A queda de Roma abalou o Imprio. Todos os cristos e no cristos acusavam o cristianismo: o deus do amor e da caridade no serve para institucionalizar, isto , organizar e defender uma civilizao e uma cultura. 410 a demonstrao prtica da fraqueza poltica do Deus dos cristos. (AGOSTINHO, 2006, p.17)

Defesa de AgostinhoO contedo da obra utilizado como argumentao para refutar as acusaes vindas por parte dos romanos. Ele relata que momentos piores e mais escuros haviam ocorrido antes do Cristianismo ser apresentado como religio oficial.

Importncia de Cidade de DeusAo contrrio do que pensavam os romanos em relao culpa da queda de Roma pela presena do Cristianismo, aparece a Cidade de Deus. Esta obra de Agostinho tem como seu principal contedo a interpretao do mundo luz da F do Cristianismo. Agostinho baseava-se tambm na filosofia grega e que exerceria forte influncia no novo momento histrico que estava por se iniciar (Idade Mdia).

Livro OitavoCaptulo I: Questo sobre a teologia natural a discutir como os filsofos mais excelentesO autor se prope a discutir sobre a Teologia.Teologia em grego significa: discurso sobre a divindade.Para Agostinho esse tipo de discusso deve ser feita com os filsofos, pois ser filsofo significa amar a sabedoria. A sabedoria Deus.

Captulo II: Duas escolas filosficas,a itlica e a jnica. Seus autoresSanto Agostinho faz um retomada histrica acerca das escolas filosficas. Apresenta os filsofos da natureza, anterior a Scrates.Discorre sobre a escola itlica, representada por Pitgoras e a jnica, representada por: Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxmenes, Anaxgoras, Digenes, Anaxgoras, Arquelau, Scrates e Plato. Captulo III: A doutrina de ScratesO autor discorre sobre o papel de Scrates, mestre de Plato, na filosofia. Diferente dos demais que estavam preocupados com a natureza, Scrates preocupa-se com os costumes, valores morais para encaminhar o homem a uma vida feliz.Captulo IV: Plato, principal discpulo de Scrates, dividiu toda a filosofia em trs partesEsquema quadro.Santo Agostinho afirma que necessrio conhecer a proposta de Plato em razo da sua semelhana com o cristianismo. O autor passa a realizar um estudo detalhado das reflexes de Plato, seja naquilo que se aproxima ou distancia do cristianismo.Captulo V: Sobre teologia a gente deve discutir principalmente com os platnicos, cujo o pensamento deve antepor-se aos dogmas de todos os filsofosNesta parte Santo Agostinho afirma que para Plato existia um Deus Supremo. Por isso a proposta filosfica de Plato a que mais se aproxima do cristianismo.Ex.ExemploSe Plato disse ser sbio quem imita, conhece e ama tal Deus, de cuja participao depende ser feliz, que necessidade h de discutir outras doutrinas? Nenhuma se aproxima mais da nossa que a doutrina de Plato (p. 306)Captulo VI: Parecer dos platnico na parte da filosofia denominada fsica Discorre sobre cada diviso que Plato fez da Filosofia . Inicia pela filosofia natural;Afirma que para Plato Deus criou todas as coisas e no pode ser feito por ningum.

Captulo VII: A quanto ascende a excelncia dos platnicos na lgica, ou seja, na filosofia racionalNa filosofia racional, Santo Agostinho apresenta a concepo dos platnicos: existe uma luz suprema que ensina todas as coisas. Essa luz Deus.Captulo VIII: tambm na filosofia moral os platnicos levam a palmaSanto Agostino discorre sobre a filosofia moral de Plato. Para Plato o objetivo do BEM viver de acordo com a virtude, o que pode conseguir apenas quem imita a Deus, que fonte de toda virtude.Ora o verdadeiro e soberano bem Deus mesmo, di-lo Plato. Por isso quer que o filosofo tenha amor a Deus, pois a felicidade o fim da Filosofia, amar a Deus ser feliz. (p.311). Captulo IX: A filosofia que mais se aproxima da verdade da f cristPara Santo Agostinho todo pensamento pago que concebe: Deus ser o autor de toda criao, a luz da inteligncia, o fim da ao, que dele vm o princpio da natureza, a verdade da doutrina e a felicidade da vida se aproxima da f crist.Captulo X: Excelncia do cristo sobre a filosofia Santo Agostinho aborda a superioridade do conhecimento cristo perante a filosofia; (Cf. p. 312)Submete a filosofia ao conhecimento cristo; Todo conhecimento provm de Deus.Reafirma sua posio referente a semelhana entre o cristianismo e a proposta filosfica de Plato.Captulo XI: De que meios pde servir-se Plato para adquirir viso prxima da cincia crist?Novamente o autor discorre sobre a proximidade entre Plato e o cristianismo.Alega que Plato teve contato com os conhecimentos do Antigo Testamento, por meio de contatos com interpretes judeusSemelhana entre o Timeu e o livro de Gnesis.Captulo XII: Apesar de pensarem com acerto sobre o Deus uno e verdadeiro, os platnicos supuseram que se deviam sacrifcios a muitos deuses Apresenta as semelhanas e distanciamentos com o cristianismo:

Semelhana: existe um Deus uno;

Distanciamento: oferecer sacrifcios aos deuses.Captulo XIII: Pensamento de Plato acerca dos deuses. Define-os como bons amigos da virtudeApresenta outra diferena entre Plato e o cristianismo. Para Plato existiam os deuses para alm do Ser Supremo que havia criado tudo;

Os deuses eram apenas fonte do bem.Captulo XIV: As almas racionais so de trs gneros: celeste nos deuses, area nos demnios e terrestre nos homensPara Santo Agostinho os platnicos acreditavam que os deuses estavam em uma dimenso superior aos homens e por serem bons eram causadores de coisas boas. Eram imortais.Os demniosOs demnios tambm eram imortais e habitavam o ar. Eles enganam os homens, pois estes no possuem a capacidade de diferenciar as coisas causadas por deuses e demnios, assim os homens so joguetes nas mos dos demnios.Tanto Plato como Santo Agostinho criticam os homens que tomam os demnios como um deus.