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Figuras de estilo e de construção

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Page 1: Figuras de estilo e de construção. 1. Elipse: omissão de um termo sintático. Pode ser identificado pelo contexto. a) Quanta maldade na terra. (Verbo haver

Figuras de estilo e de construção

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1. Elipse: omissão de um termo sintático. Pode ser identificado pelo contexto.

a) Quanta maldade na terra. (Verbo haver omitido)

b) Nas terras do cariri, caiu de amor grande. (pronome ele omitido)

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Caso particular de elipse, que ocorre quando um termo omitido já havia sido citado.

“Um deles queria saber dos meus estudos; outro, se trazia coleção de selos (…)” (José Lins do Rego).

“A manhã estava ensolarada; a praia, cheia de gente”.

“A vida é um grande jogo e o destino, um parceiro temível (…)” (Érico Veríssimo)

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É a interrupção do encadeamento sintático de uma frase. Sempre aparece um elemento sem vínculo sintático.

Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos. (José Lins do Rego)

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É a inversão da ordem dos termos na frase.

“Que nunca tão tristes vistesOutros nenhum por ninguém”

(João Ruiz de Castelo Branco)

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante”

(Hino nacional brasileiro)

(Ordem direta: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado forte de um povo heroico).

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Consiste na repetição da mesma conjunção entre orações ou palavras em sequência.

A)Comíamos. Como uma horda de seres vivos, cobríamos gradualmente a terra. Ocupados como quem lavra a existência, e planta, e colhe, e e mata, e vive, e morre, e come. Comi com a honestidade de quem não engana o que come: comi aquela comida e não o seu nome. (Clarice Lispector)

b) Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! (Olavo Bilac)

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Omissão de termo coordenativo.

a) Vim, vi, venci. (e)

b) Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. (e)

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Repetição de ideias, redundância. Pleonasmo vicioso: subir para cima,

descer para baixo, entrar para dentro.

Pleonasmo literário: Ó mar salgado, quanto de teu sal, são lágrimas de Portugal.

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Consiste na imitação de sons através de palavras. Exemplos: ruídos, gritos, barulho de máquinas, canto de animais, sons da natureza, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias.

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Repetição de fonema consonantal, visando um efeito expressivo.

Só, incessante, um som de flauta chora. (Camilo Pessanha)

“Olha a bolha d’água / no galho! / Olha o orvalho!” (Cecília Meireles)

"E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua...“(Cruz e Sousa)

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A boiada secaNa enxurrada secaA trovoada secaNa enxada secaSegue o seco sem secar que o caminho é secosem sacar que o espinho é secosem sacar que seco é o Ser Sol(...)

(Marisa Monte)

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Repetição de som vocálico.

“Sou um mulato nato no sentido lato

mulato democrático do litoral.”(Caetano Veloso)

  "Sou Ana, da cama   da cana, fulana, bacana   Sou Ana de Amsterdam."                                        (Chico Buarque)

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Figura que consiste no uso de palavras com som parecido mas de significado diferente, com o propósito lúdico de jogar com as palavras.

"Sagres sagrou então a DescobertaE partiu encoberto a descobrir“ (Miguel Torga)

"Aquela cativaque me tem cativoporque nela vivojá não quer que viva“ (Camões)

"Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu erroquero que você ganhe que você me apanhe sou o seu bezerro gritando mamãe." (Caetano Veloso)