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CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

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ÍNDICE ÍNDICE.......................................................................................................................................................1

Índice de Cartogramas .......................................................................................................................... 3 Índice de Gráficos ................................................................................................................................. 3 Índice de Quadros ................................................................................................................................. 3

INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 6 1. Enquadramento Territorial e Características Físicas do Concelho.........................................................10

1.1. Território e dinâmicas de desenvolvimento espacial e social.......................................................... 13 1.2. Diálogos entre urbanidade e ruralidade..........................................................................................19 1.3. Território e Freguesias: diversidades e complementaridades ........................................................ 24

1.3.1. Aguçadoura............................................................................................................................. 24 1.3.2. Amorim................................................................................................................................... 25 1.3.3. Argivai .....................................................................................................................................27 1.3.4. Aver-o-Mar............................................................................................................................. 28 1.3.5. Balasar.................................................................................................................................... 30 1.3.6. Beiriz .......................................................................................................................................31 1.3.7. Estela ...................................................................................................................................... 33 1.3.8. Laúndos.................................................................................................................................. 34 1.3.9. Navais .................................................................................................................................... 36 1.3.10. Póvoa de Varzim ....................................................................................................................37 1.3.11. Rates ..................................................................................................................................... 39 1.3.12. Terroso...................................................................................................................................41

1.4. Rede Viária e Acessibilidades........................................................................................................ 43 1.5. Análise das Recomposições Demográficas e Familiares ................................................................ 45

1.5.1. Evolução da População Residente ........................................................................................... 45 1.5.2. Densidade Populacional.......................................................................................................... 49 1.5.3. Distribuição da População Residente por Escalões Etários ...................................................... 50 1.5.4. Análise das Dinâmicas Familiares ........................................................................................... 56

1.6. Análise de Dinamismos Socio-Económicos ................................................................................... 59 1.6.1. Tecido produtivo local............................................................................................................. 59 1.6.2. População, actividades e estrutura de emprego.......................................................................61 1.6.3. População e Sectores de Actividade ....................................................................................... 65 1.6.4. Indicadores de Emprego e de Desemprego............................................................................. 74 1.6.5. Índice de Desenvolvimento Económico e Social ......................................................................77

2. Estruturação e Caracterização do Sistema Educativo .......................................................................... 79 2.1. Sistema Educativo......................................................................................................................... 79 2.2. Enquadramento Geral da Educação e do Ensino.............................................................................81

2.2.1. População e Ensino ..................................................................................................................81 2.2.2. Taxa de Analfabetismo............................................................................................................ 82 2.2.3. Outros Indicadores Educacionais............................................................................................ 83

2.3. Educação, Ensino e formação ....................................................................................................... 87 2.3.1. Rede Educativa: equipamentos e serviços............................................................................... 87 2.3.2. Caracterização do Pré-Escolar ................................................................................................ 89

2.3.2.1. Evolução da população no Pré-Escolar.............................................................................. 99 2.3.2.2. Taxas de Cobertura do Pré-Escolar.................................................................................. 101

2.3.3. Caracterização do 1.º CEB .....................................................................................................104 2.3.3. 1. Evolução da população no 1.ºCEB................................................................................... 110 2.3.3. 2. Taxas de escolarização, retenção, abandono e aproveitamento escolar ......................... 112

2.3.4. Caracterização do 2.º e 3.º CEB............................................................................................. 114 2.3.4. 1. Evolução da população no 2.º e 3.ºCEB .......................................................................... 117 2.3.4. 2. Taxas de escolarização, retenção, abandono e aproveitamento escolar ......................... 120

2.3.5. Constituição dos Agrupamentos de Escolas .......................................................................... 122 2.3.6. Caracterização do Ensino Secundário.................................................................................... 128

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

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2.3.6. 1. Evolução da população no Ensino Secundário ................................................................ 132 2.3.6. 2. Retenção, abandono e aproveitamento escolar.............................................................. 133

2.3.7. Ensino Superior .....................................................................................................................134 2.3.8. Caracterização do Ensino Artístico ........................................................................................136 2.3.9. Ensino Especial - Necessidades Educativas Especiais.............................................................139 2.3.10. Ensino Recorrente................................................................................................................140 2.3.11. Ofertas Qualificantes............................................................................................................ 142

2.3.11.1. Aprendizagem.................................................................................................................145 2.3.11.2. Educação e Formação de Jovens ....................................................................................145 2.3.11.3. Educação e Formação de Adultos...................................................................................146 2.3.11.4. Qualificação ...................................................................................................................146 2.3.11.5. Formação Contínua ........................................................................................................146 2.3.11.6. Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC)........ 147

2.3.12. Outras ofertas educativas e formativas................................................................................ 147 2.3.12.1. Cursos promovidos pela Escola Prática de Administração Militar................................... 147 2.3.12.2. Cursos promovidos pelo MAPADI..................................................................................148 2.3.12.3. Cursos Extra Escolares promovidos pelo Gabinete de Educação de Adultos ..................148

2.3.13. Acção Social Escolar ............................................................................................................150 2.3.14. Projectos desenvolvidos pelo Município ..............................................................................154

2.3.14.1. Programa Rede de Bibliotecas Escolares ........................................................................154 2.3.14.2. Programa Internet nas Escolas.......................................................................................155 2.3.14.3. Projecto “De Pequenino se Torce o Pepino” .................................................................156 2.3.14.4. Actividades de Enriquecimento Curricular ..................................................................... 157 2.3.14.5. Fórum de Saídas Profissionais .......................................................................................158 2.3.14.6. Colónias de férias..........................................................................................................159 2.3.14.7. Projecto “ Dinamização dos Gabinetes de Acção Social” ..............................................160 2.3.14.8. PIEF ...............................................................................................................................163

2.3.15. Equipamentos concelhios de âmbito lúdico, cultural e Desportivo.......................................164 2.3.15.1. Cultura e Lazer ...............................................................................................................164 2.3.15.2. Instalações Desportivas Escolares ................................................................................. 170

2.3.16. Transportes Escolares.......................................................................................................... 173 3. Síntese de Diagnóstico da Situação Educativa no Concelho............................................................... 177 4. Previsão de Evolução do Número de Alunos do Concelho................................................................. 181

4.1 Evolução da População Residente ................................................................................................. 181 4.2. Evolução da População por Grupos Etários.................................................................................. 183

4.2.1. Evolução dos Grupos Etários por Nível do Ensino..................................................................186 5. Propostas .......................................................................................................................................... 187

5.1. Eixos e Medidas de Intervenção................................................................................................... 187 5.1.1 - Eixo 1 – Reordenamento da Rede Escolar e Impacto Previsto................................................. 192

5.1.1.2. Hierarquização, Calendarização e Orçamentação .............................................................198 5.1.2 - Eixo 2 – Promoção da Qualidade Educativa e Formativa ....................................................... 200

5.2. Programação da Execução Física ................................................................................................ 203 5.4. Monitorização e avaliação do processo...................................................................................... 203 Referências Bibliográficas.................................................................................................................. 205

ANEXOS ............................................................................................................................................... 209

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

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Índice de Cartogramas

Cartograma 01: A inserção do concelho da Póvoa na GAMP.................................................................13 Cartograma 02: O concelho da Póvoa de Varzim, suas freguesias e concelhos Envolventes..................15 Cartograma 03: Tipologia de Áreas Urbanas dentro da AMP................................................................ 23 Cartograma 04: O concelho da Póvoa de Varzim e suas freguesias...................................................... 42 Cartograma 05: Rede Viária do Concelho da Póvoa de Varzim ............................................................. 43 Cartograma 06: Rede Educativa no Concelho da Póvoa de Varzim....................................................... 88 Cartograma 07: Rede de Equipamentos do Pré-Escolar no Concelho da Póvoa de Varzim.................... 97 Cartograma 08: Rede de Equipamentos do 1.º CEB no Concelho da Póvoa de Varzim.........................107 Catograma 09: Rede de Equipamentos do 2.º e 3.º CEB no Concelho da Póvoa de Varzim.................. 116 Catograma 10: Áreas de Influência dos Agrupamentos Verticais de Escolas do Concelho da Póvoa de Varzim .......................................................................................................... 127 Cartograma 11: Rede de Equipamentos do Ensino Secundário no Concelho da P.V. ............................130 Cartograma 12: Rede de Transportes Escolares em 2005/2006 ..........................................................176

Índice de Gráficos Gráfico 01: Evolução da População do Concelho da Póvoa de Varzim entre 1940 e 2001...................... 46 Gráfico 02: Evolução da População por Freguesias entre 1991 e 2001 .................................................. 47 Gráfico 03: Índice de Envelhecimento em 1991 e 2001.......................................................................... 54 Gráfico 04: Índice de Dependência da População Jovem em 1991 e 2001 ............................................. 54 Gráfico 05: Índice de Dependência da População Idosa em 1991 e 2001............................................... 55 Gráfico 06: Pirâmide Etária da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim em 2001 .......... 55 Gráfico 07: Taxa de Actividade no Concelho da Póvoa de Varzim......................................................... 63 Gráfico 08: Taxa de Desemprego na AMP em 2001 .............................................................................. 75 Gráfico 09: Taxa de Analfabetismo na AMP .......................................................................................... 83 Gráfico 10: Peso percentual da Rede pré-escolar pública, solidária e privada ....................................... 94 Gráfico 11: Estado de Conservação das Infra Estruturas da Rede Pré-Escolar Pública............................ 99 Gráfico 12: Evolução da População do Pré-Escolar na Rede Pública, Solidária e Privada entre 2000/2001 e 2004/2005 ..................................................................................................100 Gráfico 13: Recursos Físicos existentes nas EB1’s ................................................................................109 Gráfico 14: Estado de Conservação das infra-estruturas nas EB1’s.......................................................109 Gráfico 15: Evolução da População Escolar do 1.º CEB na Rede Pública, Solidária e Privada entre 2000/2001 e 2004/2005 ............................................................................ 110 Gráfico 16: Estado de Conservação das infra-estruturas nas EB 2/3 .................................................... 117 Gráfico 17: Evolução da População do 2.º ciclo do Ensino Básico entre 2000 e 2005 .......................... 118 Gráfico 18: Evolução da População do 3.º ciclo do Ensino Básico entre 2000 e 2005 .......................... 119 Gráfico 19: Evolução da População no 2.º e 3.º CEB entre 2000/2001 e 2004/2005 ........................... 119 Gráfico 20: Estado de Conservação das infra-estruturas nas Escolas Secundárias ............................... 131 Gráfico 21: Evolução da Frequência no Ensino Secundário................................................................... 132 Gráfico 22: Evolução da População Residente entre 2001 e 2016 .........................................................182

Índice de Quadros Quadro 01: Evolução da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto e em Portugal (1991-2001).................................................................................................. 45 Quadro 02: Evolução da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, por Freguesia (1991-2001) ........................................................................................................................ 48 Quadro 03: Alguns Indicadores Demográficos na AMP (2001) ............................................................. 50

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

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Quadro 04: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim Segundo Grandes Grupos Etários (1991-2001)..............................................................................................................51 Quadro 05: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, Grande Porto, Região Norte e Portugal Segundo Grandes Grupos Etários (2001)..................................................51 Quadro 06: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, (1981-1991-2001) ........................ 52 Quadro 07: Alguns Indicadores Demográficos do concelho da Póvoa de Varzim, do Grande Porto, da Região Norte e de Portugal em 2001.............................................................................. 53 Quadro 08: Famílias Clássicas Residentes Segundo a sua Dimensão entre 1991 e 2001 ........................ 56 Quadro 09: Famílias Clássicas Residentes Segundo a sua Dimensão (2001).......................................... 57 Quadro 10: Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios nas Freguesias do Concelho........................... 57 Quadro 11: Número de Empresas com Sede no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001)................................................................................. 59 Quadro 12: Número de Sociedades com Sede no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (31.12.2001) ............................................................ 60 Quadro 13: População Residente com 15 ou mais anos por Condição Perante a Actividade Económica, Sexo e Grupos Etários no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (31.12.2001) .............................................................61 Quadro 14: População Residente com 15 ou mais anos e com Actividade Económica no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001).................... 62 Quadro 15: População Residente com 15 ou mais anos Sem Actividade Económica no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001).................... 62 Quadro 16: População Activa e Empregada por Actividade Económica no Grande Porto (2001) ........... 64 Quadro 17: População Residente Segundo Grupos de Profissões no Concelho .................................... 64 Quadro 18: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo Sectores de Actividade . 66 Quadro 19: População Residente Empregada no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo Sectores de Actividade (2001) ........................................................................................... 66 Quadro 20: Indicadores de Poder de Compra do Concelho da Póvoa de Varzim................................... 74 Quadro 21: Taxa de Actividade e Taxa de Desemprego da População Residente Empregada no concelho da Póvoa de Varzim, em 2001 ............................................................................. 75 Quadro 22: População Desempregada registado no Concelho da Póvoa de Varzim............................... 75 Quadro 23: Desemprego Registado no Concelho, Segundo o Grupo Etário .......................................... 76 Quadro 24: Desemprego Registado no Concelho, Segundo o Tempo de Inscrição ................................ 76 Quadro 25: Desemprego Registado no Concelho, por Níveis de Escolaridade........................................77 Quadro 26: Índice de Desenvolvimento Económico e Social (IDES) ..................................................... 78 Quadro 27: Nível de Ensino da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal, em percentagem (2001) ............................ 82 Quadro 28: Taxa de Analfabetismo ....................................................................................................... 82 Quadro 29: Indicadores no âmbito da Educação, alguns dados comparativos....................................... 85 Quadro 30: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram, segundo o Nível de Ensino – 2004/2005 ........................................................................................................... 86 Quadro 31: Rede de Equipamentos Escolares no Concelho da Póvoa de Varzim.................................... 87 Quadro 32: Número de Crianças, Salas e Capacidade por Jardim-de-infância da Rede Pública e por Agrupamento em 2004/2005 ................................................................................... 95 Quadro 33: Número de Crianças, Salas e Capacidade por Jardim-de-infância da Rede Solidária e Privada em 2004/2005 ................................................................................................... 96 Quadro 34: Rede pré-escolar 2004/2005 ............................................................................................. 98 Quadro 35: Lista de Espera 2004/2005................................................................................................. 98 Quadro 36: Evolução da População do Pré-Escolar por idade, entre 2000/2005 .................................100 Quadro 37: Evolução da População do Pré-Escolar por Freguesia entre 2000/2005 ............................ 101 Quadro 38: Taxa de Cobertura dos Jardins-de-infância.........................................................................102 Quadro 39: Taxa de Cobertura Efectiva do Pré-Escolar em 2004/2005................................................102 Quadro 40: Taxa de Cobertura por freguesia em 2004/2005 ..............................................................104 Quadro 41: Número de Alunos e Turmas por EB 1 e Agrupamento em 2004/2005 ..............................106 Quadro 42: Evolução da População Escolar do 1.º Ciclo do Ensino Básico por ano de escolaridade, entre 2000/2005............................................................................................................... 110

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

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Quadro 43: Evolução da População Escolar do 1.º CEB por Freguesia entre 2000/2005 .......................111 Quadro 44: Taxa de Escolarização do 1.º CEB, por freguesia em 2004/2005 ...................................... 112 Quadro 45: Número de Alunos Matriculados, taxa de retenção, abandono e de sucesso, no 1.º CEB em 2004/2005...................................................................................................... 113 Quadro 46: Escolas com Ensino Básico do 2º e 3º Ciclos no ano lectivo de 2004/05.......................... 115 Quadro 47: Evolução da Frequência do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico .............................................. 118 Quadro 48: Evolução da Frequência do 2.º e 3.º CEB por ano de escolaridade, entre 2000/2005 ....... 119 Quadro 49: Taxa de Escolarização do 2.º e 3.º CEB, por freguesia em 2004/2005...............................120 Quadro 50: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram, segundo o Nível de Ensino – 2004/2005.......................................................................................................... 121 Quadro 51Constituição dos Agrupamentos Verticais de Escolas .......................................................... 125 Quadro 51 Constituição dos Agrupamentos Verticais de Escolas (Continuação) ..................................126 Quadro 52 Estabelecimentos da Rede Pública em 2004/2005 .............................................................129 Quadro 53: Evolução da Frequência do Ensino Secundário .................................................................. 132 Quadro 54: Evolução da Frequência do Ensino Secundário por ano de escolaridade, entre 2000/2005............................................................................................................... 132 Quadro 55: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram no Ensino Secundário, 2004/2005........................................................................................................................133 Quadro 56: Número de Alunos do Ensino Superior em 2004/2005 .....................................................134 Quadro 57: Evolução da População no Ensino Superior .......................................................................135 Quadro 58: Número de Alunos com Necessidades Educativos Especiais, segundo o Nível de Ensino, em 2004/2005 .....................................................................................................139 Quadro 59: Evolução do número de alunos inscritos no ensino recorrente, segundo o nível de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005....................................................................140 Quadro 60: Cursos de ensino recorrente, no 1.º e 2.º CEB, em 2004/2005......................................... 141 Quadro 61: Ofertas Qualificantes no Concelho da Póvoa de Varzim (2005) .........................................144 Quadro 62: Cursos promovidos pela Escola Prática de Administração Militar, em 2005 ......................147 Quadro 63: Evolução dos Cursos extra Escolares de 2000/2001 a 2005/2006 ...................................149 Quadro 64: Cursos Extra Escolares promovidos pela Educação de Adultos em 2004/2005 .................149 Quadro 65: Cursos Extra Escolares promovidos pela Educação de Adultos em 2005/2006 .................150 Quadro 66: Número de Crianças que beneficiam dos Serviços de Apoio à Família no Ensino Pré-Escolar Público 2004/2005.............................................................................. 151 Quadro 67: Acção Social Escolar – Serviço de Refeição ao 1.º CEB em 2004/2005.............................. 152 Quadro 68: Acção Social Escolar – Auxílios Económicos nos Agrupamentos Verticais do Concelho em 2004/2005 ..................................................................................................153 Quadro 69: Pólos de leitura .................................................................................................................165 Quadro 70: Serviços do Museu............................................................................................................166 Quadro 71: Análise Estratégica do Concelho da Póvoa de Varzim ........................................................180 Quadro 72: Evolução da População Residente e Taxa de crescimento entre 2001 /2016, por Freguesia .................................................................................................................... 181 Quadro 73: Evolução da População Residente e Taxa de crescimento entre 2001 e 2016.....................182 Quadro 74: Evolução da População Residente no Concelho por Grupo Etário, (2001/2016) ................184 Quadro 75: Desagregação por Unidades Territoriais da População Residente no Concelho, em 2016, por Grupo Etário ................................................................................................185 Quadro 76: Carta Educativa - Eixos de Intervenção.............................................................................. 191 Quadro 77: Hierarquização e Calendarização .......................................................................................198 Quadro 78: Medidas, Responsáveis e Estimativas de Custos................................................................199

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

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INTRODUÇÃO “A Carta Educativa é, a nível municipal, o instrumento de planeamento e ordenamento

prospectivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no concelho, de acordo com as

ofertas de educação e formação que seja necessária satisfazer, tendo em vista a melhor

utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e sócio-

económico de cada município.” (Decreto-Lei nº7/2003 de 15 de Janeiro, art. 10º)

As cartas educativas constituem o instrumento de nível municipal de planeamento e

efectivo ordenamento e reordenamento da rede de ofertas de educação e formação tendo

em vista a melhor utilização dos recursos educativos no quadro do desenvolvimento

demográfico e sócio-económico de cada município. A elaboração e actualização de cada

carta educativa pressupõem uma articulação estreita, que a lei previu, entre os níveis central,

central desconcentrado e local da administração educativa, como garantia do equilíbrio

nacional e da racionalidade dessas ofertas.

O planeamento assumido em cada carta educativa e a respectiva concretização devem

contribuir para a prossecução dos desígnios fundamentais de qualificação das ofertas

educativas e das aprendizagens e, em especial, para a requalificação do primeiro ciclo do

ensino básico, através da respectiva integração em centros escolares que abarquem também o

pré-escolar, o primeiro e segundo ciclos do ensino básico, bem como, para a organização das

escolas em agrupamentos, que permitem o eficaz acompanhamento de todo o percurso

educativo e escolar das crianças e jovens.

O Decreto-Lei n.º 7/2003 de 15 de Janeiro visou transferir competências relativamente aos

conselhos municipais de educação, um órgão essencial de institucionalização da intervenção

das comunidades educativas a nível do concelho, e relativamente à elaboração da carta

educativa, um instrumento fundamental de ordenamento da rede de ofertas de educação e de

ensino.

Em termos complementares, o Decreto-Lei regulamenta competências na área da realização de

investimentos por parte dos Municípios, nos domínios da construção, apetrechamento e

manutenção dos estabelecimentos da educação pré-escolar e do ensino básico, referindo-se,

ainda, à gestão do pessoal não docente dos estabelecimentos de educação e ensino.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

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Tendo em linha de conta estes postulados, podemos aquilatar que a Carta Educativa da Póvoa

de Varzim irá garantir a imprescindível coerência da rede educativa com a política municipal.

Analisar de forma atenta tudo o que à Educação diz respeito é extremamente importante até

porque esta é, de forma inequívoca, o motor e o suporte para o desenvolvimento social

humano. É através da Educação, nomeadamente da educação escolar, que o ser humano pode

atingir de forma plena as suas competências para a cidadania.

Apesar da importância que a educação escolar assume nos nossos dias, a verdade é que,

actualmente, o discurso em torno desta temática tem sido marcado por sentimentos de

pessimismo e dúvidas crescentes. Fala-se sobretudo do mau funcionamento da escola, dos

maus resultados escolares, da desmotivação de alunos e professores, tentando-se, como tal,

encontrar formas que permitam solucionar os problemas.

Perante esta evidência, será importante questionarmo-nos sobre os caminhos que devemos

seguir a nível educativo e qual o tipo de políticas educativas que deveremos adoptar. A Carta

Educativa é um momento privilegiado para começarmos a reflexão sobre esses novos desafios

que se colocam nesta área, onde será necessário romper com as práticas enraizadas e que

parecem não resultar e, através de uma atitude prospectiva, criativa e inovadora, se tenderá a

definir novos caminhos a serem percorridos pelas organizações escolares.

O desenvolvimento territorial está cada vez mais correlacionado com a qualidade da formação

e da educação. A escola, espaço privilegiado da acção educativa, necessita cada vez mais de

ver repensadas as suas práticas e os seus fundamentos, alargando a sua acção no espaço (pois

todas as experiências vividas na comunidade são educativas) e no tempo (acreditando que a

formação e aprendizagem é feita ao longo da vida).

Por conseguinte, torna-se cada vez mais premente pensar a rede educativa de um dado

concelho. Os desafios que se colocam apelam a uma visão prospectiva, competitiva e criativa

na definição dos caminhos das organizações escolares, assumindo-se estas como Centros

Educativos e de aprendizagem, e menos como escolas no sentido tradicional do termo cujas

práticas limitam o funcionamento da acção educativa.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

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A Carta Educativa da Póvoa de Varzim pretende assumir uma visão ampla, contendo não só as

propostas de intervenção sobre equipamentos educativos existentes, ou a criar, mas também

as propostas de linhas de actuação sobre os restantes recursos educativos, nomeadamente de

ordem imaterial. Tendo sempre em vista o sucesso educativo de toda a comunidade.

Por outro lado, pretende-se que a Carta Educativa constitua um documento vivo. Isto é, que

possa responder constantemente às necessidades da comunidade e, como tal, seja actualizável

e actualizado sempre que tal se verifique necessário.

De um ponto de vista mais pragmático, a Carta Educativa, na sua elaboração contou com a

colaboração da Rede Social da Póvoa de Varzim e do Departamento de Gestão Urbanística que

cederam dados de enquadramento da situação demográfica, económica e social do concelho.

A planificação desta Carta Educativa projectou-se em 5 capítulos principais:

Um primeiro capítulo ilustra uma caracterização do concelho. Esta primeira abordagem

incide, fundamentalmente, na análise de alguns dados pertinentes sobre o concelho

(perspectivas gerais de enquadramento, geografia, ligações com o exterior, ordenamento

territorial, etc.). Seguidamente, procedeu-se à análise da evolução de alguns indicadores

demográficos concelhios, nomeadamente, população residente e sua evolução, densidade

populacional e em todo este processo, uma vez que servirá de enquadramento à análise do

sistema educativo, e à caracterização das actividades económicas e de qualificação dos

recursos humanos, bem como a situação em matéria de acessibilidades e de rede viária.

No segundo capítulo, o mais extenso sobre o sistema educativo e formativo local,

caracteriza-se num primeiro ponto a rede educativa, seguindo-se a análise da procura (actual e

retrospectiva) de educação aos seus diferentes níveis, pré-escolar, básico e secundário (cursos

de carácter geral, cursos tecnológicos e profissionais) e superior, ao nível da rede pública,

solidária e privada. Abordam-se também, mas de forma sucinta, as vertentes do ensino

artístico, ensino recorrente, ensino especial e ensino extra-escolar, bem como as ofertas

qualificantes. Por último, procedeu-se à análise dos projectos promovidos pelo Município, dos

equipamentos concelhios de âmbito lúdico, cultural e desportivo e da oferta da acção social e

transportes escolares.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

9

O terceiro capítulo apresenta um diagnóstico síntese do sistema e da rede educativa tendo

em conta as dimensões analisadas nos capítulos anteriores. Este trabalho incorpora um

conjunto de informação estatística, documental e de ordem qualitativa, recolhida no decurso

da aplicação de um Inquérito por Questionário aos presidentes dos Conselhos Executivos dos

cinco Agrupamentos Educativos Verticais e das Escolas Secundárias, bem como aos

responsáveis dos estabelecimentos de ensino da rede solidária e privada.

No quarto capítulo são apresentadas as projecções demográficas da evolução da

população residente para o Concelho da Póvoa de Varzim, efectuadas pelo Departamento de

Gestão Urbanística da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

No quinto e último capítulo é definido um conjunto de propostas de acção tendentes a

melhorar o concelho do ponto de vista educacional e apresentada uma metodologia de

monitorização e de avaliação das acções.

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10

1. Enquadramento Territorial e Características Físicas do Concelho

UM POVO... UMA HISTÓRIA...

Póvoa de Varzim é o nome desta cidade. Para explicá-lo precisamos de fazer uma viagem às

suas origens históricas. Como diz um grande investigador da história local “No princípio...era a

terra de VARAZIM, ignoto Senhor que a possuiu em tempo não menos ignoto mas com certeza

posterior à romanização e lhe deu o nome” .1 Alguns achados arqueológicos informam-nos da

presença e da acção do homem na antiguidade. Todavia o documento identificador do nosso

território – Villa Euracini – é datado de 953 e pertencente ao cartulário da Colegiada de

Guimarães.

A terra e sobretudo o mar despertaram na idade média o interesse económico de fidalgos,

cavaleiros e eclesiásticos, entre os quais se destaca a estirpe de D. Lourenço Fernandes da

Cunha, os mais produtivos colonizadores do nosso território. Os seus casais situados na parte

norte, numa área denominada já no séc. XIV por Vila Velha. Outra parte de Varazim, mais a sul,

era considerada terra reguenga e os casais pagavam ao Rei tanto dos frutos da terra como do

mar, pois havia no seu porto um interessante movimento de pesca.

Foi, precisamente, a cobrança do imposto do pescado disputado pelos mordomos régios e

senhorios de Varazim de Susão, que originou a intervenção do rei a fim de acabar com a

instabilidade no território, recuperar a renda da pesca e arrotear as terras de reguengo. Assim,

em 1308, depois de inventariados os 54 casais de Varazim, mandou El-rei D. Dinis passar carta

de Foral doando-lhes o reguengo de Varazim de Jusão com o encargo de aí fundarem uma

PÓVOA, associando-se em Conselho de Vizinhos.

Entretanto a Póvoa de Varzim arranca para o desafio dos tempos voltada para a sua angra

marítima que lhe garante a subsistência e havia de ser o primeiro motor do seu

desenvolvimento e prosperidade.

Em 1312, o rei D. Dinis doou a Póvoa de Varzim ao filho bastardo Afonso Sanches de

Albuquerque e este, por sua parte, meteu-a no património do mosteiro de Santa Clara

(1318)que fundara em Vila do Conde, de quem se considerou enteada mal amada, e cuja

1 Amorim, M. (2001): “Roteiro Turístico da Póvoa de Varzim”. Leça do Balio, p.4.

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11

dependência durou cerca de duzentos anos. Só com o Foral de D. Manuel I em 1514 conseguiu

a sua alforria.

Então assumiu-se, enfeitou-se e progrediu. Com pouco mais de quinhentos habitantes assume a

feição de burgo com a sua Casa do Concelho, Praça Pública e Pelourinho onde os Homens

Bons da terra e do mar jamais se aquietarão em projectos destemidos.

Na Segunda metade do séc. XVII detecta-se a existência de uma pequena comunidade

piscatória dedicada à pesca do alto para o negócio da salga que começa a desenvolver-se e a

florescer. No século seguinte, a Póvoa de Varzim, transformou-se na maior praça de pescado

do norte do país. Os seus pescadores eram conhecidos em toda a costa como os mais

laboriosos, expeditos e sabedores dos mares e o destemor com que enfrentavam a sua

perigosa barra criou a figura lendária do “poveiro”.

Com o aumento da pesca o tecido urbano ganha uma dimensão nova e criam-se zonas

ribeirinhas de domínio da pescaria. O dinheiro entra com abundância no cofre das sisas; o

comércio cresce; a indústria da salga prospera e o bem da população faz-se sentir com a

construção de três edifícios religiosos: Matriz (1743), Lapa (1772) e Srª. Das Dores (iniciada em

1776 e só concluída no século seguinte). Funda-se ainda em 1756, a Santa Casa da Misericórdia

e o Corregedor Almada obtém para a Póvoa uma provisão régia (1791) que lança os

fundamentos de uma nova urbe: Praça Pública unindo a parte alta, mais antiga, à parte

ribeirinha; Casa da Câmara, quadrando o norte da Praça; Aqueduto das águas livres com o seu

tanque e chafariz na Praça e uma “Caldeira” no mar para abrigo dos barcos.2

Embelezada a vila, e protegido o trabalho não mais para de crescer e muitos a procuram,

também, para o benefício dos “banhos do mar”, mal se vislumbra, ainda, o sucesso deste facto

sócio-económico que iria fazer da Póvoa de Varzim, já na segunda metade do séc. XIX, a grande

estância balnear frequentada pela melhor fidalguia do aquém Douro.

Nos seus belos salões misturavam-se graves figuras da política, das artes e das letras com a

burguesia fruste criada pela Regeneração e ourados “brasileiros” de torna-viagem. É a época

do café-concerto e da tavolagem secreta que a ligação ferroviária Porto – Póvoa (1875) e a

linha americana Vila do Conde – Póvoa (1874) vão animar consideravelmente. 2 Amorim, M., (2001): “Um Novo Olhar” .Roteiro Turístico da Póvoa de Varzim. Infotur. Leça do Balio,, p..5.

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12

A pesca, os banhos de mar e o jogo constituíram, assim, as bases do progresso da Póvoa de

Varzim; o eixo da sua evolução económica e o centro de todas as paixões políticas. A

actividade piscatória ancora-se, hoje, em seguro porto de abrigo; a praia de banhos está

apetrechada de estruturas atraentes e modernas; o jogo, regulamentado e oficial, encontra-se

no monumental casino, edifício, cujo interior é de extraordinária beleza, e o qual é

constantemente animado pela criação artística.

A cidade da Póvoa de Varzim fixou-se como ponto capital da região turística da Grande Área

Metropolitana do Porto.

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13

1.1. Território e dinâmicas de desenvolvimento espacial e social

Cartograma 1: A inserção do concelho da Póvoa na GAMP

Fonte: Quaternaire Portugal, Consultoria Para o Desenvolvimento, S.A., Maio de 2005.

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14

O concelho da Póvoa de Varzim, como parte integrante da Região Norte e do distrito do Porto,

está inserido na Área Metropolitana do Porto (AMP), que engloba 9 concelhos, sendo este um

dos nove da NUT III – Grande Porto. Numa lógica mais alargada, o Grande Porto faz parte da

região Norte (NUT II), com um total de 86 concelhos.

Em termos de nota introdutória, poderemos ainda acrescentar que o concelho da Póvoa de

Varzim, a partir de 2005 passou a integrar um novo enquadramento regional que poderemos

designar como Grande Área Metropolitana do Porto (GAMP), que se estende da Póvoa de

Varzim até Espinho e Santa Maria da Feira e do Oceano Atlântico até Arouca.

A Grande Área Metropolitana do Porto é composta pelos concelhos da Póvoa de Varzim, Trofa,

Santo Tirso, Vila do Conde, Maia, Valongo, Matosinhos, Porto, Gondomar, Vila Nova de Gaia,

Santa Maria da Feira, Espinho, Arouca e S. João da Madeira.

Acrescente-se que o concelho da Póvoa de Varzim situa-se na região noroeste de Portugal, na

província do Douro Litoral. A 30 km a norte do Porto, sendo ladeado pelo mar, a poente; pelos

concelhos de Vila do Conde, a sul; Vila Nova de Famalicão e Barcelos, a nascente; e Esposende,

a norte. Portanto, será, desde logo, preciso destacar a encruzilhada do território poveiro

face à GAMP e ao Vale do Ave, o que transporta para aquele características e

particularidades específicas no seu quadro de desenvolvimento social, económico,

cultural e populacional.

Em termos de dinâmicas de ocupação do território poveiro, podemos considerar que é

pautado por um modelo de povoamento misto, isto é, por um lado podemos constatar a

existência de uma faixa litoral centrada na cidade da Póvoa e na freguesia de Aver-o-Mar que

se desenvolveu em torno do mar e dos principais troços viários municipais e por outro, um

perfil de utilização e de desenvolvimento do território abarcado pelas freguesias do interior

norte, onde podemos identificar uma utilização do espaço de perfil mais disperso e nucleado.

No tocante à paisagem e à imagem territorial do concelho, estamos perante um concelho

marcado por uma grande diversidade paisagística, pois concilia, em simultâneo, um espaço

urbano e litoral e um espaço urbano de perfil mais interior.

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15

Esta simultaneidade de paisagens é muito importante, pois faz com que o concelho apresente

uma paisagem emblemática traduzida numa diversidade de modos de vida

Cartograma 2: O concelho da Póvoa de Varzim, suas freguesias e concelhos envolventes

Fonte: Quaternaire Portugal, Consultoria Para o Desenvolvimento, S.A., Maio de 2005.

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16

Outra característica estruturante da Póvoa de Varzim prende-se com a sua proximidade a dois

eixos tentaculares de desenvolvimento, por um lado, a cidade – aglomeração do Porto e

por outro, o eixo Galiza/Viana do Castelo, salientando-se o papel que estes eixos ocupam

enquanto aglutinadores de desenvolvimento. Numa óptica de retrato de dinâmicas territoriais e

de desenvolvimento, podemos ainda assinalar a evolução do concelho em função da

estruturação da rede viária no sentido Sul – Norte, gerando uma descontinuidade em termos de

urbanização concelhia.

Se lançarmos o nosso olhar analítico para os usos do solo, podemos destacar a diversidade e

a qualidade das riquezas naturais e culturais do concelho, assumindo-se estas como uma

autêntica potencialidade do território poveiro. Aqui, será de reforçar a importância da sua

valorização, potenciação e gestão no quadro de um desenvolvimento social, podendo assumir-

se como sustentáculos de projectos de economia social a desenvolver.

Em termos de valores naturais, podemos elencar as chamadas Dunas Primárias (desde a

Freguesia de Aguçadoura a Estela); o Monte de S. Félix (o ponto mais elevado da Serra de

Rates, 202 m de altura, tratando-se de um local privilegiado para desfrutar de vistas fabulosas,

donde se avista toda a Cidade da Póvoa, seus arredores e sua costa marítima); o Monte da

Cividade de Terroso; as Praias Atlânticas do Concelho (Póvoa de Varzim, Aver-o-Mar,

Aguçadoura e Estela); a zona rural litoral (com as masseiras a Norte da Cidade e recortados

campos planos); a mancha urbana litoral (aglomeração da Cidade e núcleos populacionais

envolventes); as manchas florestais; e a zona rural interior.

Figura 1: Monte S. Félix Figura 2: Praia da Póvoa

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17

Figura 3: Zona Rural Interior Figura 4: Zona Rural Litoral

Se considerarmos o património rural, podemos destacar que por todo o concelho podemos

encontrar vários elementos patrimoniais de características marcadamente rurais,

nomeadamente casas de lavoura e moinhos. Este património é fundamental para a actividade

turística uma vez que traduz o modo de vida da população local e representa marcos indeléveis

de uma tradição cultural autêntica. Exemplificadamente, podemos destacar dois grandes

exemplares deste património: o Solar dos Carneiros em Balasar e os Moinhos do Monte de S.

Félix em Laúndos.

Figura 5 e 6: Alguns exemplos de património rural

Em termos de valores históricos e culturais, o concelho da Póvoa de Varzim congrega um

significativo conjunto de património histórico e cultural. Grande parte deste património está

classificado e preservado, sendo de ressalvar, a título ilustrativo, o Castro Cividade de Terroso,

o Castro de Navais, a Igreja de S. Pedro de Rates, o Pelourinho da Póvoa e o Aqueduto de

Santa Clara, entre outros.

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18

Podemos considerar que o património poveiro em sentido lato, apresenta-se como

extremamente atractivo, mesmo no que toca à cidade, devido às suas características

intrínsecas e aos esforços de requalificação que têm sido desenvolvidos nos últimos anos. Os

notáveis esforços municipais têm sido compensados pelo interesse dos investidores em

turismo e também pelo aparecimento de alguma promoção imobiliária de qualidade superior3.

Hoje a marginal da cidade está ao melhor nível das suas congéneres portuguesas ou mesmo

galegas. Muitas vezes suplanta a qualidade de cidades concorrentes, como por exemplo,

Figueira da Foz e Portimão. Não obstante essa constatação, será importante, apostar na

requalificação urbanística da orla costeira; na recuperação e arranjo do cordão dunar e acesso

às praias; na existência de uma estratégia concertada de todo o território concelhio de forma a

se obter uma imagem turística mais completa; e na continuação dos esforços de requalificação

urbanística na cidade.

A estes espaços de inegável valor patrimonial, não poderíamos deixar de salientar, numa

estratégia integrada de desenvolvimento, a existência de espaços relevantes do ponto de

vista industrial definidos em três áreas: Laúndos, Rates e Beiriz/Amorim/Terroso. Estes

espaços, devidamente relacionados com as redes de acessibilidades existentes e com uma

estratégia eficaz de promoção poderão potenciar um desenvolvimento coeso do território

poveiro.

A respeito do concelho da Póvoa de Varzim não deixa de ser importante considerar que o “que

caracteriza fundamentalmente os concelhos da AMP não inseridos na designada cidade –

aglomeração, (nomeadamente o concelho da Póvoa de Varzim), é o facto da sua base urbana

se ter consolidado com grandes margens de autonomia face ao desenvolvimento

metropolitano.

Para essa consolidação muito contribuiu a influência das funções de lazer e turismo, as

quais são exercidas polarizando outras áreas que não apenas os residentes na AMP.”4

3 cf. Plano Estratégico da Póvoa de Varzim, 2001. 4 AMP, Estudo Sócio Económico da Área Metropolitana do Porto, Porto, Planum Assessorias e Projectos, Porto, 1993.

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19

Figuras 7 e 8: Alguns exemplos de património cultural poveiro

1.2. Diálogos entre urbanidade e ruralidade

O perfil da cidade da Póvoa de Varzim distingue-se sem dificuldade. Quem não a visita há

mais de duas décadas a custo lhe reconhecerá os traços: a Póvoa do tradicional baixo casario

mantém-se, mas a zona da beira-mar quis ver mais longe e deixou-se seduzir pela construção

em altura. Este rápido crescimento urbano não desfigurou o poveiro, altivo, orgulhoso dos

pergaminhos milenares da sua terra que, alicerçando-se na pesca, soube crescer e

diversificar as actividades económicas. No século XVIII descobriu uma nova forma

rendimento: o Turismo, que a par com a pesca e os serviços, com destaque para o comércio,

são o sustentáculo económico da cidade de hoje.

Colada à cidade, Aver-o-Mar sofreu o impacto urbanístico do crescimento desta e viu

muitos dos seus férteis terrenos serem invadidos pela construção. Torna-se curioso notar

que a zona litoral a norte da Póvoa, sendo mais tardiamente povoada, é a que, actualmente,

apresenta a maior densidade populacional do concelho. Aver-o-Mar e Aguçadoura só

conseguiram a sua autonomia neste século; ambas eram lugares das aldeias um pouco mais

interiores de Amorim e Navais, respectivamente. Foi a atracção do mar e das potencialidades

por ele oferecidas que levou à sedentarização nestas áreas, onde havia somente as estruturas

de apoio para as actividades agro-marítimas dos lavradores – pescadores seareiros (barracos

para guardar o sargaço e as pequenas embarcações utilizadas na pesca costeira e na apanha do

pilado). Esta atracção exerceu-se, sobretudo, ao nível das pessoas mais desfavorecidas. Era a

possibilidade de expansão, da ocupação de uma área não saturada, onde da combinação das

actividades marítimas e agrárias resultou o modo de vida. Neste processo, como que se

formou uma nova classe social, o seareiro de Aver-o-Mar e Aguçadoura.

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20

A freguesia de Aguçadoura e parte litoral da Estela assentam sobre dunas, que a

evidência diria serem improdutivas, mas que depois de arrancado o segredo da natureza,

são quase um fenómeno de fertilidade. Estamos a falar dos Campos de Masseira, forma de

cultivo única no mundo.

Esta técnica, descoberta empírica dos agricultores locais em finais do século XIX, resulta da

combinação feliz entre o rebaixamento do solo e a presença bastante superficial do lençol de

água alimentado pelo rio Cávado. Para a formação destas pequenas explorações, os

agricultores cavam a duna até ao nível freático, permitindo um grau de humidade mais ou

menos constante ao longo do ano, e modelam o campo em forma de gamela (ou masseira),

aproveitando os valados para o cultivo da vinha. Com este rebaixamento de alguns metros

consegue-se uma protecção dos ventos marítimos, reforçada por vinhas ou sebes, amiúde

constituídas pela plantação de canaviais, de que resulta um aumento térmico. Estes dois

factores aliados (humidade e temperatura) fazem com que os Campos de Masseira funcionem

como uma espécie de estufa.

Actualmente, a indevida exploração de areias, que são extraídas e vendidas para a construção

civil, põe em risco a sobrevivência deste tipo de cultura.

Desviando o olhar mais para o interior, de sul para norte, surgem-nos as freguesias de Argivai,

Beiriz, Amorim, Terroso, Laúndos, Navais e, ainda, a Estela. Apercebemo-nos, então, que as

manchas florestadas aumentam, os solos vão renegando a sua herança marinha, tornam-

se mais pesados, e a agricultura apresenta outras características. É o pátio de entrada para

o Minho, com a pequena propriedade rodeada de ramadas, onde a horticultura perde a

importância e se afirma o cultivo do milho, da batata, do vinho, das forragens para os animais e

da complementaridade com os produtos florestais. Hoje em franca mecanização, este era o

tipo de exploração agrícola que tradicionalmente usava o carro de bois como meio de

transporte dado que acima da rapidez estava a quantidade e o peso dos produtos a deslocar.

Nesta segunda frente, face ao mar, encontram-se instaladas algumas das mais importantes

empresas industriais do concelho: cordoaria e trefilaria, malhas e têxteis, etc. Também aqui se

fazem dois dos principais produtos artesanais do concelho: os tapetes de Beiriz (na freguesia

do mesmo nome) e as mantas de trapos, com tradições antigas na freguesia de Terroso, mas

que se encontram mais ou menos espalhadas por todas as freguesias circundantes.

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21

As freguesias de Terroso e Laúndos espraiam-se entre as planuras e o progressivo fluir das

elevações da Cividade de Terroso e do Monte de S. Félix, os pontos mais elevados da pequena

Serra de Rates, que corta o concelho da Póvoa pelo meio, no sentido norte-sul. Estes montes

são já o prelúdio da verde e ondulante paisagem minhota que se observa a nascente do nosso

ponto de observação.

Em jeito de conclusão, podemos dizer que a partir da pesca e da agricultura se

combinaram três formas básicas de subsistência:

o ancoramento ribeirinho;

a fixação na orla marítima;

e a sedentarização interior.

Dividido em três comunidades de características diferentes: piscatória, agrícola e urbana,

o concelho apresenta uma diversidade de usos e costumes que, em lugar de servirem de

motivo de separação, unem o território e os modos de vida na diversidade.

Como já ressaltamos anteriormente, a abordagem do território poveiro numa lógica de

desenvolvimento integrado, terá que ter em linha de conta a diversidade paisagística e

social do concelho, marcada, notoriamente, pela convivência e continuidade entre

espaços mais urbanos e litorais e espaços mais marcados pela interioridade e ruralidade.

Podemos observar que a rede urbana do concelho da Póvoa de Varzim se encontra

estruturada por uma malha de áreas urbanas espalhadas por todo o território concelhio.

Este sistema urbano afirma-se nomeadamente num núcleo urbano fortemente povoado e

dinâmico em termos económicos e sociais, a cidade da Póvoa de Varzim, e num conjunto de

freguesias imediatamente adjacentes à cidade, Argivai, Beiriz e Aver-o-Mar.

O forte dinamismo associado a esta parcela do território concelhio justifica-se pela presença ou

pela contiguidade ao principal eixo viário (A28) de ligação aos principais centros e áreas

urbanas regionais e às principais alternativas de acessibilidade, como seja o Metro de

Superfície de ligação à AMP.

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22

A proximidade ao mar (factor determinante no desenvolvimento do concelho no que respeita a

toda uma vocação turística de excelência) e a proximidade ao núcleo urbano consolidado de

Vila do Conde (e consequente proximidade a formas de vivência urbanas alternativas e/ou

complementares) constituem-se também como importantes factores de crescimento e

dinamismo da área5.

Numa segunda coroa urbana de desenvolvimento encontra-se toda a restante área do

concelho, particularmente as freguesias a norte e a este, mais interiores, que pelas suas

características geográficas e de ruralidade não tiram directamente partido de todo um conjunto

de vantagens proporcionadas pela cidade. Salvaguarde-se, no entanto, a importância desta

área na estruturação de todo um espaço rural e natural do concelho, importante na

salvaguarda do equilíbrio ambiental de todo o sistema.

Ainda no que respeita à organização da malha urbana do concelho, de referir a manchas

urbanizadas de ocupação linear, correspondendo a uma expansão ao longo da principal rede

viária que serve o interior do Concelho (desde o núcleo central às áreas mais periféricas),

EN205 (de ligação a Barcelos) e a ER206 (de ligação a Vila Nova de Famalicão), que se

constituem como importantes eixos de concentração populacional e de funções.

Deste modo, podemos salientar a existência mais ou menos formalizada (pelos indicadores

estatísticos) de uma grande urbanidade em todas as freguesias do município da Póvoa de

Varzim, contrariando a imagem de um litoral fortemente urbano versus interior rural com

povoamento disperso e nucleado.

5 cf. Plano Estratégico do Concelho da Póvoa de Varzim, 2001.

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23

Cartograma 3. Tipologia de Áreas Urbanas dentro da AMP (2000)

P ó v o a deVa r z i m

V i l ado C o n d e

Ma t o s i n h o s M a i a

Gondomar

Valongo

P o r t o

V i l a N o v a d e Gaia

E s p i n h o P v f r e g n o r t e c e n t r o . s h p A P U A M U A P R

Fonte: Plano Estratégico do Concelho da Póvoa de Varzim, 2001.

Outra constatação importante prende-se com a semelhança em termos de urbanidade das

diferentes freguesias da Póvoa face aos concelhos que integram a Área Metropolitana do

Porto, sendo ainda de destacar, o facto de a fronteira a norte, ser delimitada com tipologias de

áreas urbanas distintas.

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24

1.3. Território e Freguesias: diversidades e complementaridades

1.3.1. Aguçadoura

A freguesia de Aguçadoura é limitada a norte

pela freguesia da Estela, a nascente pela de

Navais, a sul por Aver-o-Mar e a poente pelo

Oceano Atlântico. Fica a 6 Km da Póvoa de

Varzim. É constituída pelos lugares de Aldeia,

Areosa, Barranha, Caturela, Codixeira,

Granjeiro, Parau, Santo André de Cima e

Santo André de Baixo estendendo-se por uma

área de 3,6 Km2. De acordo com os resultados dos Censos 2001, possuiu um total de 4 530

habitantes.

As actividades económicas que nela predominam são a agricultura (horticultura), a pesca e o

comércio. Em termos agrícolas é importante realçar a agricultura feita nos campos masseira.

Em termos comerciais está bem apetrechada e no que se refere aos serviços possui uma

delegação do Centro de Saúde e outra da Segurança Social.

Possui ainda 3 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância

(1 da rede pública e 1 da rede privada) e um pólo da Biblioteca Municipal.

A freguesia apresenta como pontos de atracção turística, a praia e os Campos Masseira. As

masseiras são dunas de areia transformadas em férteis e produtivos campos de cultivo.

Produzem durante todo o ano hortaliças, cebolas, cenouras, alhos, batatas e vinho.

É importante referir que estes “Campos Masseira” são únicos no mundo, tendo já despertado

o interesse de vários técnicos internacionais, nomeadamente israelitas e japoneses.

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25

Figura 9: Campo Masseira

Na freguesia encontram-se várias colectividades tais como o Aguçadoura Futebol Clube, a

Associação Cultural e Recreativa Aguçadourense, o Grupo Columbófilo da Casa do Povo, o

Rancho Folclórico e o Centro Social e Paroquial de Aguçadoura. Tem ainda como património

cultural edificado a Igreja Paroquial de N.ª Sr.ª da Boa Viagem e fachada da antiga Igreja

Paroquial.

1.3.2. Amorim

A freguesia de Amorim, de acordo com os

resultados dos Censos de 2001, possui um

total de 2 856 habitantes, estendendo-se por

uma área de 4,8Km2. Situa-se bem no

território concelhio, distante cerca de três

quilómetros, para Nordeste, da cidade da

Póvoa de Varzim. Tem por vizinhas as

congéneres Terroso (a norte), Beiriz (a

nascente), Póvoa de Varzim (a sul) e Aver-o-

Mar (a poente).

A população residente dedica-se essencialmente à agricultura, serviços e à indústria,

nomeadamente, à indústria têxtil.

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26

No que concerne à agricultura, considerada a actividade principal, verifica-se que o milho

continua a ser um dos produtos mais importantes para a freguesia, a batata e a cebola colhem-

se em menores quantidades e a criação de gado, sobretudo leiteiro e bovino, é que permite um

desafogo da economia.

Nesta freguesia existe 1 Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico (rede pública), 1 Jardim-de-infância

(rede privada) e 1 Escola do 2.º e 3.º ciclos de Ensino Básico e Ensino Secundário (rede

privada).

Figura 10: Igreja Paroquial de Amorim

Constitui património cultural e edificado da freguesia a antiga Igreja Matriz, a Igreja Paroquial e

a Capela de Santo António. Esta freguesia apresenta como colectividades o Centro Social

Bonitos de Amorim, com 49 anos de existência, e a recém criada Associação Cultural de

Amorim.

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27

1.3.3. Argivai

Pequena freguesia da extremidade meridional

da Póvoa de Varzim, São Miguel de Argivai

confronta já, pelo sul e leste, com a cidade e

vizinho concelho de Vila do Conde. A oeste vai

encontrar a sede do concelho (de cuja urbe

dista cerca de 2,5 quilómetros) e a norte a sua

congénere Beiriz. O seu território é o menos

extenso de entre as doze freguesias poveiras,

2,8 Km2, e caracteriza-se como a generalidade desta faixa litoral, por uma orografia plana e de

baixas altitudes, sendo os solos arenosos parcialmente aproveitados para a agricultura.

A freguesia de Argivai conta com cerca de 2187 habitantes, distribuídos pelos seguintes

lugares: Bom Sucesso, Caçapo, Calves, Casal do Monte, Gândara, Oliveira, Padrão, Pereira e

Quintela. As actividades económicas que nela predominam são a indústria, comércio,

agricultura e a construção civil.

Outrora abarcou todo o território onde assenta a cidade da Póvoa de Varzim, mas com o

desenvolvimento urbano, e consecutiva autonomia civil e religiosa desta, Argivai tornou-se a

mais pequena freguesia do concelho. Toda ela é atravessada por um Aqueduto do início de séc.

XVIII, Aqueduto de Santa Clara (monumento nacional), construção de 999 arcos que

transportava a água da freguesia poveira de Terroso para o Mosteiro de Santa Clara, em Vila

do Conde, que constitui um grande ponto de atracção turística.

Ao nível da Rede Escolar, possui 1 Escola do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública), 2

Jardins de Infância (rede pública) e uma Escola do Ensino Superior (rede pública).

A Igreja Paroquial (Nossa Senhora dos Milagres) e Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso

(antiga Matriz da Póvoa de Varzim), juntamente com o Aqueduto de Santa Clara, são o

património cultural e edificado da freguesia e são os monumentos que demonstram a riqueza

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

28

arquitectónica de Argivai. Apresenta como colectividades a União Desportiva e Cultural de

Argivai, o Rancho Infantil S. Miguel-o-Anjo e o Rancho Folclórico Carvalheiras de Argivai.

Figura 11: Igreja Paroquial N. S. Dos Milagres)

1.3.4. Aver-o-Mar

Freguesia litoral, Aver-o-Mar localiza-se junto à

Costa Atlântica, distando cerca de dois

quilómetros para norte da cidade da Póvoa de

Varzim. O Oceano Atlântico é o seu limite

natural a poente, confrontando pelas restantes

partes com as congéneres e vizinhas Póvoa de

Varzim, a sul, Amorim, a nascente, Navais e

Aguçadoura, a norte. Esta freguesia adquiriu a

categoria de vila em 2001.

O seu território é pouco extenso, bastante plano e baixo. Ocupa uma área de 5,2 quilómetros

quadrados, sendo a freguesia mais densa do concelho e a que possui o mais denso tecido

urbano.

Atendendo aos dados referentes aos dois últimos censos, Aver-o-Mar foi a freguesia do

concelho que notou maior crescimento populacional registando, em 2001 um total de 8 962

habitantes, sendo constituída pelos seguintes lugares: Agro Velho, Aldeia Nova, Aver-o-Mar,

Boucinha, Caramuja, Finisterra, Mourincheira, Paço, Palmeiro, Paralheira,Paranho, Perlinha,

Refogos e Sencadas.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

29

O mais antigo documento encontrado com referência à freguesia de Aver-o-Mar data de 1099 e

designa-a ainda como “Abonemar”, que se crê ser o nome de um indivíduo germânico.

Pertenceu durante muito tempo à freguesia de Amorim, mas o aumento significativo da

população acabou por exigir a autonomia, obtida em 1922. As actividades económicas mais

representativas em Aver-o-Mar são a Agricultura, a Pesca, a apanha do sargaço e a construção

civil. A população é constituída pelo homem da beira mar, pescador e seareiro, e o homem da

aldeia, lavrador originário dos antigos casais de Amorim.

Figura 12: Igreja paroquial de Aver-o-Mar

A freguesia apresenta como principais pontos de atracção turística, a praia e as medas de

sargaço. A Igreja Paroquial e a Capela de Santo André são aspectos representativos da

arquitectura local e fazem parte do património cultural e edificado da freguesia. Possui ainda 3

Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública), 1 escola do 2.º e 3.º Ciclo de Ensino

Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância (1 da rede pública e 1 da rede privada).

Em Aver-o-Mar encontram-se várias colectividades tais como: Aver-o-Mar Futebol Clube, única

associação desportiva com relevância na freguesia; a dinâmica cultural é assegurada pelo

Grupo Cultural e Recreativo de Aver-o-Mar e pelo Rancho Folclórico de Aver-o-Mar, que

preserva as danças e cantares tradicionais; mais recentemente foi constituída a Associação de

Recreio, Cultura e Solidariedade Averomarense.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

30

1.3.5. Balasar

Balasar, freguesia extensa, ocupa a

extremidade oriental do território concelhio.

Estendendo-se no sentido oeste - leste, acha-

se delimitada pelos concelhos de Vila Nova de

Famalicão (a norte e leste) e Vila do Conde

(sudoeste e sul), partindo com a congénere

Rates pelo noroeste. Está situada no extremo

nascente do concelho, a 14 quilómetros da

Póvoa de Varzim, ocupa uma área de 11,6 quilómetros quadrados.

Esta freguesia é referida nas Inquirições de D. Afonso II, em 1220, como Sancta Eolália de

Balasar, mas sabe-se que teve antes outras designações. Pertenceu ao concelho de Barcelos

até à reforma administrativa de 1836, tendo sido então anexada à Póvoa de Varzim. Em 1853

passou a fazer parte de Vila Nova de Famalicão, mas dois anos depois voltou a integrar o

concelho da Póvoa.

Razoavelmente populosa, com cerca de 2 475 habitantes, esta freguesia conta com um elevado

número de lugares, tais como: Além, Além de cima, Bouça Velha, Calvário, Caminho Largo,

Casal, Cruz, Escariz, Faroleiro, Fontela, Gandra, Gestrins, Gresufes, Guardinhas, Guardinhos,

Lousadelo, Martinho, Monte Tapado, Outeiro, Quinta, Telo, Terra Ruim, Vela, Vila Nova e Vila

Pouca.

A agricultura, a produção de leite, a indústria têxtil e a construção civil são as principais

actividades económicas da freguesia. Constitui património cultural e edificado da freguesia a

Igreja Paroquial, a Capela de Santa Cruz e o Solar dos Carneiros.

Balasar é o berço de Alexandrina Maria da Costa, falecida em 1955, com fama de santidade e

conhecida em todo o país como “Santinha de Balasar”. De notável valor religioso, ali se

dirigem milhares de peregrinos, oriundos dos vários cantos do mundo, para venerarem a “Irmã

Alexandrina”.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

31

Em 1996 Alexandrina Maria da Costa foi declarada Venerável, sendo declarada Beata a 25 de

Abril de 2004. Nascida em 30 de Março de 1904, aos 14 anos de idade, lançou-se de uma

janela tentando escapar de uma potencial violação por um homem que tinha entrado na sua

residência. Acabou por ficar paralisada a partir dos 19 anos. Nunca mais deixaria o leito e os 30

anos principiou um jejum completo que duraria até a sua morte.Apenas se alimentando da

“Hóstia Consagrada”.

A beatificação permite a colocação da imagem de Alexandrina nos altares. O decreto foi

aprovado graças ao milagre que terá beneficiado uma mulher com 58 anos, natural de

Famalicão, que durante anos sofreu da doença de Parkinson e, em 1996, terá sido curada por

“intercessão” de Alexandrina.

Esta freguesia apresenta a Associação Desportiva e Cultural de Balasar e o Rancho folclórico e

Infantil de Balasar como responsáveis pela sua dinâmica, bem como uma Associação de

Solidariedade Social denominada “Associação de Solidariedade Social Santa Eulália de

Balasar”no âmbito da cultura e do desporto. Possui ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino

Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância (rede pública).

1.3.6. Beiriz

Localizada na orla oriental da Póvoa de Varzim,

esta freguesia faz a delimitação, a sul e

nascente, com o vizinho concelho de Vila do

Conde. As congéneres Amorim e Terroso

completam, respectivamente a ocidente e

norte, as restantes delimitações.

É pouco extenso o território desta freguesia, com cerca de 4,8 Km2, acusando, no entanto, um

assinalável índice demográfico, Beiriz conta actualmente com cerca de 3.229 habitantes,

distribuídos pelos seguintes lugares principais: Beiriz, Calves, Cuteres, Fonte Nova, Fraião,

Giesteira, Igreja, Mão Pedrosa, Outeiro, Paredes, Pedreira, Penela, Quintâ e Xisto.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

32

As actividades económicas dominantes situam-se nos sectores agrícola e industrial, este último

especialmente nos ramos têxtil e da construção civil. São estas actividades que sustentam a

economia local e às quais se dedica a maior parte da população activa desta freguesia.

Constituem pontos de atracção turística o Aqueduto de Santa Clara e, ainda que de uma forma

mais modesta, o numeroso conjunto de marcos graníticos, delimitativos da freguesia. A Igreja

paroquial, cuja construção, em 1872, se deve aos emigrantes da freguesia no Brasil, é um belo

monumento que merece ser visitado e constitui o património cultural e edificado desta

freguesia.

Figura 13: Igreja Paroquial de Beiriz

A Associação de Amizade de Santa Eulália de Beiriz e a União Desportiva de Beiriz são as

colectividades representativas da vida social, cultural e desportiva de Beiriz. No que concerne

ao artesanato, convém referir os famosos tapetes de Beiriz, produzidos nesta freguesia,

manufacturados em antigos teares de madeira, por artesãos, com lãs cortadas e trabalhadas

nos pontos que as tornaram célebres: o ponto de Beiriz - ponto estrela e o ponto zagal.

Em termos de equipamentos escolares, possui 1 Escola do Primeiro Ciclo do Ensino Básico

(rede pública), 1 Escola do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância

(1 da rede pública e 1 da rede privada).

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1.3.7. Estela

Situada no extremo noroeste do concelho,

junto à costa, a sete quilómetros da Póvoa de

Varzim, e faz fronteira com os concelhos de

Esposende e Barcelos. Ocupa uma área de

11,7 Km2, possui cerca de 2 596 habitantes.

O primeiro documento conhecido em que D.

Afonso Henriques se intitula Rei de Portugal é

uma “Carta de Couto” da freguesia da Estela,

concedida em 1140 aos frades Bentos de

Tibães. O nome de Sancta de Stela é também referido nas Inquisições de 1220.

A freguesia divide-se em duas zonas geomórficas distintas e de diferente aptidão agrícola. No

interior, o solo é xistoso e pobre, exceptuando os aluviões dos ribeiros que cortam o território;

no litoral, uma extensa faixa de terraços arenosos proporcionaram ao homem aplicar toda a

força do seu braço e da sua imaginação a fim de recuperar para a agricultura pequenos tratos

humosos de grande produtividade. São os “Campos Masseira” do Rio Alto.

A população da Estela vive essencialmente da agricultura, da construção civil e da indústria. A

emigração de alguns habitantes deu um contributo muito importante para o desenvolvimento

económico e social de algumas zonas mais pobres da freguesia, nomeadamente do lugar do

Teso.

A Estela apresenta como pontos de atracção turística, a praia e os Campos Masseira. As

masseiras são dunas de areia transformadas em férteis e produtivos campos de cultivo.

Produzem durante todo o ano hortaliças, cebolas, cenouras, alhos, batatas e vinho. É

importante referir que estes “Campos Masseira” são únicos no mundo, tendo já despertado o

interesse de vários técnicos internacionais, nomeadamente israelitas e japoneses.

Nos últimos tempos, foram-se concentrando nesta freguesia infra-estruturas de importância

vital para dinamizar o turismo desta região, constituindo também locais de interesse turístico.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

34

De destacar, o campo de golfe, o parque de campismo e duas modernas e atractivas unidades

hoteleiras. A Igreja paroquial, que beneficiou nos últimos anos de algumas transformações,

nomeadamente a abertura de duas naves, constitui o património cultural e edificado desta

freguesia.

Figura 14: Igreja Paroquial da Estela

Esta apresenta como colectividades a Associação Nossa Senhora do Ó e o Futebol Clube da

Estela, responsáveis pela dinâmica sócio-cultural e desportiva da Estela. No âmbito da

educação, possui 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico e 2 Jardins de Infância (rede

pública).

1.3.8. Laúndos

São Miguel de Laúndos localiza-se na

metade setentrional concelhia, distando

cerca de 7,5 quilómetros para nordeste da

cidade da Póvoa de Varzim. Nas suas

confrontações vai entestar já, a norte,

com o vizinho concelho de Barcelos e a

sudoeste com o Concelho de Vila do

Conde. Pelas restantes partes rodeiam-na

as congéneres poveiras Rates (a

nascente), Estela e Navais (a poente) e

finalmente Terroso (a sul), ocupando uma área de 8,6 Km2.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

35

Razoavelmente populosa, conta actualmente com cerca de 2.131 pessoas, habitando numa

dezena e meia de lugares, tais como, Águas Férreas, Areínha, Igreja, Laundos, Machuqueira,

Macieira Brava, Magosa, Outeiro, Pé do Monte, Pedras Brancas, Rapejães, Recreio, Rial, e

Senhora da Saúde.

A agricultura, a construção civil e a transformação de mármores são as actividades com maior

peso na economia local, embora a emigração tenha também um peso significativo. O

artesanato de mantas e tapetes de farrapos é uma actividade económica entre a população.

Nesta freguesia está situado um dos Parques Industriais do concelho da Póvoa de Varzim.

A freguesia apresenta como principais pontos de atracção turística o Monte de S. Félix e os

moinhos. O cume do Monte S. Félix é um dos mais belos miradouros do concelho, que permite

desfrutar de uma vista sobre o concelho e onde se encontram alguns moinhos adaptados a

residências de férias, uma unidade hoteleira e a capela de S. Félix.

A Igreja Paroquial, a Capela da Senhora da Saúde e a Capela de S. Félix são aspectos

representativos da arquitectura local e fazem parte do património cultural e edificado da

freguesia.

Figura 15: Parque Industrial de Laúndos Figura 16: Monte S. Félix

Em Laúndos encontra-se a Associação Cultural e Desportiva “S. Miguel de Laúndos”, esta

associação assegura a dinâmica cultural e desportiva desta freguesia, havendo também a

registar a existência da Associação dos Amigos de Laúndos - ASSAL. No que concerne ao

artesanato, convém referir as mantas e os tapetes de farrapos, as mais famosas peças de

artesanato produzidos nesta freguesia. Possui ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino

Básico (rede pública), e 2 Jardins de Infância (rede pública).

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

36

1.3.9. Navais

Bem no interior do território concelhio, onde

ocupa posição central, encontra-se Navais

rodeada pelas congéneres Estela (a norte),

Laúndos (a nordeste) e finalmente Aguçadoura

(a poente). Situa-se a 5,6 quilómetros a norte

da sede do concelho. Ocupa uma área de 3,6

quilómetros quadrados e possui 1.683

habitantes, aproximadamente.

A agricultura é a actividade económica mais importante na freguesia e ocupa a maior parte da

população activa. O milho, o trigo, o linho, a abóbora, a fava, a cebola, o vinho, a batata e a

cenoura são as culturas mais representativas.

A apanha do sargaço é também um aspecto característico da economia local. Constitui

património cultural e edificado da freguesia a Igreja Paroquial, a Capela de Santo António e a

Fonte do Crasto.

Ao nível da Educação, possui ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública),

e 2 Jardins de Infância (1 da rede pública e 1 da rede privada).

Figura 17: Igreja Paroquial de Navais

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

37

A prática das actividades desportivas é proporcionada aos habitantes da freguesia através do

Centro Desportivo e Cultural de Navais. O Grupo Folclórico de Cantares e Danças “Os

Camponeses de Navais” é outra das colectividades importantes.

1.3.10. Póvoa de Varzim

A freguesia e cidade da Póvoa de Varzim, sede

deste concelho, localiza-se na orla meridional

do território poveiro, junto à costa atlântica. O

oceano é o seu limite natural, para ocidente,

entestando pelas restantes partes com as

congéneres Aver-o-Mar e Amorim (a norte),

Beiriz e Argivai (a nordeste e poente,

respectivamente). A sul vai encontrar o

concelho e cidade de Vila do Conde.

Atendendo aos dados referentes aos censos 2001, a freguesia da Póvoa de Varzim é a freguesia

que apresenta uma densidade populacional mais elevada – 5.867,8 - registando um total de

27.810 habitantes e ocupando uma área de 4,7 Km2.

A Póvoa de Varzim é uma cidade de projecção nacional e internacional. De marcada feição

cosmopolita, sempre soube receber e cativar os que a visitam. Muitos houveram que ficaram

seduzidos de tal forma que com ela decidiram partilhar a vida.

Figura 17: A Lancha Poveira do Alto

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De uma maneira geral, a Póvoa de Varzim deve a sua vida económica e social a dois sectores

de actividade: Pesca e Serviços. Foram eles que definiram o seu tecido urbano com dois tipos

de habitantes: os da rua, em geral pescadores, e os da vila, que se dedicavam aos serviços.

Agricultores dentro da cidade é que não existem. O que existe e sempre existiu é a pesca no

mar; foi esta actividade, a par com a do comércio, que deu o carácter especial à cidade, uma

certa identidade geográfica, social e cultural.

As actividades económicas predominantes da freguesia são os Serviços e Turismo, as

indústrias conserveira e têxtil e a construção civil. A pesca é, sem dúvida, a mais tradicional e a

mais importante pois determinou o grande e rápido desenvolvimento da freguesia a partir do

século XVI. Sendo sede de concelho, concentra todo um desenvolvimento a nível de serviços.

Assim, podemos referir a existência de dois postos de correio, a imprensa com a publicação de

jornais locais, a Repartição das Finanças, o Tribunal, o Hospital, o Centro de Saúde, etc.

A Câmara Municipal, situada no centro, concentra uma multiplicidade de serviços relacionados

com Obras Públicas, Água e Saneamento, Cultura e Turismo, Acção Social, Habitação e

Educação, entre outros.

A população poveira tem ao seu dispor um vasto leque de colectividades que lhe permite a

participação em diversas actividades desportivas, sociais e culturais: Associação Comercial,

Associação Comércio ao Ar Livre, Associação Cultural e Recreativa da Matriz, Centro de

Cultura e Desporto JuveNorte, Clube Desportivo da Póvoa, Clube Naval Povoense, Cooperativa

“A Filantrópica”, Grupo Folclórico Poveiro, Leões da Lapa Futebol Clube, Octopus, Varzim

Sport Clube, Grupo Recreativo Estrelas do Bonfim, Associação Cultural e Desportiva da

Mariadeira, Grupo Recreativo de Regufe, Associação Poveira de Coleccionismo, Grupo 6 –

Cultura e Coleccionismo, Unidos ao Varzim, Associação “Tricanas Poveiras”Académico de

Belém, Associação Cultural e Desportiva de Barreiros, Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de

Varzim, Associação “A Beneficente”, Instituto Maria da Paz Varzim, Associação “ O Regaço”,

Instituto Madre Matilde, Obra de Santa Zita e MAPADI, entre outras.

A freguesia da Póvoa de Varzim dispõe também de uma Biblioteca Municipal e de um Museu

Etnográfico e Arquivo Municipal, que contribuem para enriquecer a vida cultural da freguesia.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

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Os locais com maior interesse para quem visita a freguesia são, para além das famosas praias,

o Porto de Pesca, a Marina, o Museu Municipal e Etnográfico.

O Casino da Póvoa é uma das maiores atracções turísticas da região. Constitui património

cultural e edificado o Pelourinho, o edifício dos Paços do Concelho, a Fortaleza de Nossa

Senhora da Conceição, a Igreja das Dores, a Igreja Matriz, a Biblioteca Municipal, o Museu

Etnográfico e a Igreja da Lapa.

No que respeita à educação, possui ainda 15 Jardins de Infância (4 da rede pública e 11 da rede

privada), 8 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (7 da rede pública e 1 da rede privada),

4 Escolas do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico (2 da rede pública e 2 da rede privada), 2 Escolas

Secundárias (rede pública) e uma Escola de Música.

As especialidades gastronómicas das terras de Varzim são o arroz de sardinha, a caldeirada de

peixe, a pescada à Poveira, rabanadas à Poveira e sardinhas assadas à Poveira. Os artesãos da

freguesia são famosos pelas suas camisolas poveiras, pelas rendas de Bilros e pelas miniaturas

dos barcos poveiros; de referir que a ourivesaria poveira é também muito afamada.

1.3.11. Rates

S. Pedro de Rates é a maior freguesia do

concelho da Póvoa de Varzim. Ocupa uma

área de 13,9 Km2 e é habitada por cerca de

2.539 pessoas. Confina, a norte com Laúndos

(Póvoa de Varzim) e Paradela (Barcelos), a sul

com Balasar (Póvoa de Varzim) e Arcos (Vila

do Conde), a nascente com Courel e Macieira

de Rates (Barcelos), e a poente com Terroso

(Póvoa de Varzim) e Rio Mau (Vila do Conde).

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

40

S. Pedro de Rates beneficia, assim, de uma privilegiada situação de centralidade interconcelhia

e de equidistância relativamente às cidades mais próximas: dista 11 Km da sede do concelho, 14

Km de Barcelos, 12 Km de Vila Nova de Famalicão e 12 Km de Vila do Conde.

A freguesia de Rates é a maior produtora de leite de toda a região de Entre-Douro-e-Minho e a

sua actividade agrícola é considerada uma das mais dinâmicas e desenvolvidas da zona. A

indústria está também em constante progresso, nomeadamente ao nível da construção civil,

metalomecânica, serração, vestuário e têxteis. O comércio tem também conhecido um

desenvolvimento satisfatório. Apesar de ser uma freguesia rural, Rates apresenta um nível de

vida económico satisfatório.

S. Pedro de Rates é terra de história, de cultura, de tradições, de lendas, de coisas misteriosas

e miraculosas – tem carácter próprio, vivo, e um forte sentido de liberdade, mercê dos

privilégios que durante séculos lhe foram outorgados.

Constituem pontos de atracção turística a Igreja Românica e o Centro Histórico, e ainda o

Campo de Tiro. Relativamente ao artesanato, são típicas de Rates as produções artesanais em

linho e merece ser apreciado o ciclo do pão e do vinho.

A Igreja Matriz de Rates, construída no século XII, é considerada um dos melhores exemplares

de arquitectura românica de todo o país, digna de ser visitada. A Capela do Senhor da Praça,

construída nos séculos XVII e XVIII, em estilo barroco, e o Pelourinho, classificado como

Monumento Nacional, constituem o património cultural e edificado desta freguesia.

Figura 18: Campo de Tiro

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

41

A população de Rates dispõe de várias colectividades: Associação de Amizade de S. Pedro de

Rates, Centro Social de Bem-Estar de S. Pedro de Rates, Escola de Música, Rancho Folclórico

de S. Pedro de Rates, Associação Casa-Escola Agrícola “Campo Verde”, Associação de

Produtores de Leite e Carne de Entre-Douro-e-Minho –LEICAR, Casa do Povo e Clube de

Caçadores de S. Pedro de Rates.

No que concerne à rede escolar possui ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico

(rede pública), 1 Escola do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância

(1 da rede pública e 1 da rede privada).

1.3.12. Terroso

Terroso está situada a 5 quilómetros da sede

do concelho, estende-se desde a encosta do

monte da Cividade até à planície de S.

Lourenço, a caminho de Navais. Ocupa uma

área de 6,7 quilómetros quadrados e possui

2.472 habitantes. Os lugares da freguesia são:

Boavista, Carregal, Chamozinhos, Igreja,

Ordem, Paço, Paçô, Paranho, Póvoas, Pé de

Monte, Sandim, S. Lourenço, Sapogães,

Sejães e Vilar. As actividades económicas mais tradicionais na freguesia são a agricultura e a

pecuária. A transformação do mármore e a construção civil, no entanto, têm um peso decisivo

na economia local.

A freguesia apresenta a Cividade de Terroso como principal ponto de atracção turística,

constituindo um aspecto do património histórico da freguesia e testemunha a presença dos

povos castrejos. Tem ainda como património cultural edificado a Igreja Paroquial, as Capelas de

S. Lourenço, S. Salvador e Santo António, o Cruzeiro de S. Salvador e o Cruzeiro de S.

Lourenço.

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Figura 19: Igreja Paroquial de Terroso

Terroso apresenta como colectividades o Centro Cultural e Desportivo de Terroso, o Centro

Social e Paroquial de Terroso e os Ranchos Folclóricos das Lavradeiras de Sta. Maria de

Terroso e dos Amigos do Centro Social e Paroquial. Relativamente ao artesanato, são típicas as

mantas e tapetes de farrapos – as famosas Mantas de Terroso e ao nível da educação, possui

ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública), e 3 Jardins de Infância (2 da

rede pública e 1 da rede solidária).

Uma nota de síntese. Esta abordagem das freguesias permite visualizar as

particularidades do concelho que, devidamente potenciadas, se podem transformar em

complementaridades.

Cartograma 4: O concelho da Póvoa de Varzim e suas freguesias

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

43

1.4. Rede Viária e Acessibilidades

Cartograma 5: Rede Viária do Concelho da Póvoa de Varzim

O Concelho da Póvoa de Varzim é atravessado por dois eixos da rede rodoviária nacional − o

A28 e o IC5. A capacidade disponível no troço da A28 que atravessa a Póvoa, tal como nos

respectivos nós de acesso, é compatível com o tráfego registado. O nó de Laúndos está

desaproveitado, já que as ligações a poente e a nascente são asseguradas por troços viários de

baixa capacidade.

O Concelho é atravessado, ainda, por duas rodovias regionais − ER205 e ER206 − e pela EN13,

sendo que estas vias asseguram as funções de colecta do tráfego.

A EN13 foi, até à recente abertura da A28, a ligação entre o Porto e a fronteira de Valença,

constituindo, ainda hoje, a principal ligação entre o litoral norte do Concelho e Vila do Conde.

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44

No interior da Cidade da Póvoa esta rodovia tem importante função pedonal e grande número

de cruzamentos, assumindo-se como arruamento urbano com funções de distribuição de

tráfego; apresenta um perfil transversal reduzido, pelo que oferece um baixo índice de

mobilidade. Já há alternativa, corresponde à Avenida 25 de Abril, em execução; tal como

propõe o PU da Cidade, esta via deverá estabelecer a continuação, a norte, com a actual EN13.

A ER205 atravessa e estrutura as freguesias de Laúndos, Terroso e Amorim. Regista conflitos

de tráfego no atravessamento da povoação de Amorim, dada a sua ocupação marginal, com

estacionamento desordenado e circulação pedonal ao longo das bermas.

A ER206 apresenta os principais estrangulamentos de tráfego no lugar das Fontaínhas, onde

além da grande dinâmica construtiva existente, confluem os principais acessos a Rates, a

Balasar e à EN306.

Relativamente à estrutura rodoviária principal nota-se a ausência de uma via estruturante no

limite norte/nascente do Concelho, que ligasse IC1, ER205, ER206 e IC5.

Ainda numa perspectiva estruturante, podem-se identificar outras vias, menos importantes mas

ainda com funções de distribuição de tráfego, nomeadamente a EM501 (fortemente

estrangulada, na Cidade, em Aguçadoura e na sua ligação ao nó de Laúndos), algumas no

interior da Cidade e algumas outras no interior rural.

No interior da Cidade, com importantes volumes de tráfego, há que referir o eixo Avenida

Mouzinho de Albuquerque/Rua Sacra Família, esta de reduzido perfil transversal, sendo a

articulação entre as duas muito deficiente.

No interior do Concelho a capacidade destas vias está condicionada pelos escassos perfis

transversais e pelos traçados bastante sinuosos que apresentam. Refira-se, no entanto, que se

mostram, na generalidade, compatíveis com as suas funções.

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45

1.5. Análise das Recomposições Demográficas e Familiares

Tendo em vista um mais amplo enquadramento da Carta Educativa do concelho da Póvoa de

Varzim, considerou-se fundamental começar a sua exposição pela integração dos factores que,

com maior preponderância, caracterizam demograficamente o concelho, tendo sido tomada,

como elemento estruturante, a informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística

(INE), permitindo equacionar um conhecimento actualizado e integrado da evolução dos

principais indicadores demográficos.

É de assinalar que, sempre que a informação disponível o permitiu e se achou importante para

a compreensão da análise, se procurou realizar uma abordagem integrada dos fenómenos

demográficos, perspectivada, por um lado, a partir do relacionamento dos contextos sócio-

terriotorais mais micro, nomeadamente, concelho e freguesia, com os contextos mais amplos,

nacional e regional, e, por outro lado, num enfoque diacrónico que recua, em alguns

indicadores, aos Censos de 1981 e de 1991.

1.5.1. Evolução da População Residente

Segundo os resultados definitivos dos Censos 2001, o Concelho da Póvoa de Varzim tem

aproximadamente 64.000 habitantes (mais precisamente 63.470), registando um grande

aumento populacional no último período intercensitário (15,8%), o que contraria positivamente

o panorama nacional e regional.

Quadro 1: Evolução da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto e em

Portugal (1991-2001)

1991 2001

Póvoa de Varzim 54 788 63 470

Grande Porto 1 167 800 1 260 680

Portugal 9 867 147 10 356 117

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

Uma análise da evolução da população residente no Concelho da Póvoa de Varzim, permite

discernir dois períodos distintos: entre 1970 e 1980 verificou-se um aumento significativo do

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46

número de residentes (+11.358), situação provavelmente associada aos "efeitos induzidos"

pelo 25 de Abril e ao retorno de emigrantes e dos residentes nas ex-colónias; entre 1991 e 2001

observa-se novamente um aumento da população (+8 682), o que se deve eventualmente ao

facto de a Póvoa de Varzim ter boas acessibilidades e estar munida de transportes públicos

regulares e também a sua proximidade estratégica à cidade-aglomeração do Porto e ao eixo

Galiza/Viana do Castelo, e ainda, à sua encruzilhada territorial entre o Ave, o Cávado e o

Grande Porto, como tivemos oportunidade de referir no capítulo precedente.

Gráfico 1: Evolução da População do Concelho da Póvoa de Varzim entre 1940 e 2001

010000200003000040000500006000070000

1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

Se analisarmos o crescimento demográfico no período alargado entre 1950 e 2001

verificamos que enquanto o Concelho da Póvoa registou um acentuado (e contínuo)

crescimento no que concerne ao número de residentes, tendo a sua população aumentado

para quase o dobro, na região do Grande Porto, apesar de também se ter sentido um

significativo crescimento populacional, este não foi tão acentuado.

Estes dados revelam mais uma vez o dinamismo populacional da Póvoa, uma vez que em

décadas anteriores, e para além de todas as causalidades possíveis, a Póvoa veio a assumir-se

como local de recreio, lazer e descanso de muitas das populações dos concelhos que a rodeiam,

movimento este que ainda tem significado hoje, e que muito tem contribuído para a fixação da

população.

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47

Também se compararmos a Póvoa com outros municípios urbanos relevantes na Região (Viana

do Castelo, Braga, Barcelos, Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão) podemos destacar a clara

ênfase dos movimentos naturais da população no concelho em análise, sobretudo, por via do

crescimento demográfico.

Analisando a evolução da população residente por freguesia, observa-se no último período

intercensitário, um aumento do número de residentes nas freguesias mais urbanas,

nomeadamente, Aver-o-Mar (+3 855) e Póvoa de Varzim (+3 959) e, nas freguesias mais rurais

houve um crescimento muito pequeno ou até uma diminuição, como foi o caso da freguesia de

Navais e Beiriz, acompanhando as tendências registadas a nível nacional.

De facto, o pouco aumento do número de residentes registado na generalidade das freguesias

(10) é compensada pelo aumento verificado nas freguesias urbanas que parecem absorver os

contigentes populacionais oriundos das freguesias rurais e de concelhos vizinhos.

Gráfico 2: Evolução da População por Freguesias entre 1991 e 2001

-0,40 -0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80

Navais

Beiriz

Laúndos

Aguçadoura

Balasar

Rates

Estela

Terroso

Amorim

Total Concelho

Póvoa de Varzim

Argivai

Aver-o-Mar

Fonte: INE, (Censos 1991, 2001).

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48

Quadro 2: Evolução da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, por Freguesia (1991-2001)

Variação Freguesias 1991 2001

N %

Aver-o-Mar 5107 8 962 3855 75,5

Aguçadoura 4 489 4 530 41 0,9

Amorim 2 540 2 856 316 12,4

Argivai 1 777 2 187 410 23,1

Balazar 2 337 2 475 138 5,9

Beiriz 3 809 3 229 -580 -15,2

Estela 2 399 2 596 197 8,2

Laúndos 2 119 2 131 12 0,6

Navais 1 771 1 683 -88 -5,0

Póvoa de Varzim 23 851 27 810 3 959 16,6

Rates 2 347 2 539 192 8,2

Terroso 2 242 2 472 230 10,3

TOTAL 54 788 63 470 8 682 15,8

Fonte: INE, (Censos 1991, 2001).

Assim, e embora podendo delinear conjuntos específicos de freguesias, verificamos a

existência de um crescimento significativo da população residente para a quase

totalidade das freguesias do concelho, reforçando a positividade do crescimento

populacional na Póvoa na década de 90.

Aqui têm especial importância as freguesias ditas mais rurais e periféricas, pois são estas que

têm vindo a registar os valores mais altos de crescimento populacional em detrimento de

algumas freguesias mais urbanas, facto que pode estar relacionado com as crescentes

dificuldades de existência de solo urbano na cidade e a consequente movimentação das

populações para a periferia do concelho.

Aqui, não podemos deixar ainda de fazer referência à intensa melhoria das acessibilidades

intra-concelho, o que poderá ter vindo a desencadear um movimento de procura de um quadro

de vida mais qualificado ambiental e socialmente em manchas mais recuadas do centro urbano.

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49

Observando as dimensões demográficas das freguesias que constituem o Concelho da Póvoa

de Varzim, verifica-se que a grande maioria (8) têm menos de 3.000 residentes, 2 têm menos

de 5 000 munícipes, 1 tem quase 9 000 habitantes e a última, que é sede de concelho, tem

cerca de 28 000 habitantes.

Obviamente que o reforço da urbanidade em algumas freguesias do concelho

(designadamente, as mais interiores), poderá e deverá ser uma preocupação ao nível do

desenvolvimento social estratégico do concelho, tendo em vista a sua dotação de

equipamentos de apoio e consequente coesão social local.

1.5.2. Densidade Populacional

Com base no último Anuário disponível (Região do Norte 2002, INE 2003) em 2002, a

densidade populacional no concelho da Póvoa de Varzim era de 771,0 habitantes por Km2,

sendo o segundo concelho menos populoso da Região do Grande Porto, correspondendo a 5%

da população residente na Região –, população essa repartida de forma mais ou menos

equilibrada entre os dois sexos: 48% do sexo masculino e 52% do sexo feminino, estes valores

situam-se claramente abaixo da média da Região que é de 1.525 hab/Km2.

Sendo um indicador bastante inferior à média registada para o Grande Porto, se considerarmos

o contexto regional mais imediato, designadamente, os concelhos limítrofes, o concelho da

Póvoa destaca-se claramente, registando o maior valor e superando largamente a média

observada.

A AMP apresenta algumas diferenças entre os nove concelhos, sendo de destacar o ritmo

desigual de crescimento populacional. Nesta última década a Póvoa de Varzim apresenta um

crescimento na ordem dos 15.8 %, a contrastar com o concelho do Porto e de Espinho com

crescimentos negativos, -13% e –3,6%, respectivamente.

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50

Quadro 3: Alguns Indicadores Demográficos na AMP (2001)

Unidade Territorial Área Freguesias População

Residente

Densidade

Populacional

Pop. Res.

1991/2001

(Variação)

Espinho 21,1Km2 5 33 701 1 594,3 hab/Km2 -3,6%

Gondomar 135,5Km2 12 164 096 1 257,4 hab/Km2 14,6%

Maia 83,4Km2 17 120 111 1 441,0 hab/Km2 28,9%

Matosinhos 62,0Km2 10 167 026 2 693,0 hab/Km2 10,1%

Porto 40,1Km2 15 263 131 6 559,9 hab/Km2 -13,0%

Póvoa de Varzim 82,0Km2 12 63 470 771,0 hab/Km2 15,8%

Valongo 75,7Km2 5 86005 1 135,4 hab/Km2 16,0%

Vila do Conde 149,1Km2 30 74391 498,9 hab/Km2 14,7%

Vila Nova de Gaia 168,7Km2 24 288 749 1 711,8 hab/Km2 16,2%

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

Podemos constatar que a variação da população, nesta mesma década, no concelho está em

quarto lugar no conjunto da AMP 15,8%, face a 28,9 % da Maia, 16,2% de Vila Nova de Gaia e

16% de Valongo. Portanto, o concelho parece desenvolver a sua dinâmica populacional a par

de outros concelhos da AMP, que têm vindo a assumir forte importância em termos de

concelhos de residência das populações que não conseguem aceder a territórios mais centrais

da cidade-aglomeração do Porto, quer do ponto de vista da especulação imobiliária e fundiária,

quer do ponto de vista da oferta de emprego e da melhoria das deslocações e mobilidades no

intra-Grande Porto.

1.5.3. Distribuição da População Residente por Escalões Etários

No que respeita aos grandes grupos etários, no último período intercensitário, constata-se uma

pequena diminuição do peso percentual das faixas etárias mais jovens, ao mesmo tempo que

se nota um ligeiro aumento dos escalões etários mais elevados. Efectivamente verifica-se

que houve uma diminuição dos residentes com menos de 14 anos (este escalão etário diminuiu

7,4% em relação a 1991) e, um pouco mais ténue, do grupo etário dos 15-24 anos (-3,3%) e,

por outro lado, um aumento dos residentes com idades compreendidas entre os 25-64 anos

(+6,1%) e, dos indivíduos com mais de 65 anos (+ 1,5%).

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51

Quadro 4: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim Segundo Grandes Grupos Etários

(1991-2001)

0-14 15-24 25-64 65 ou + Grupos

Etários N % N % N % N % Total

1991 13 053 23,8 10 581 19,3 26 036 47,5 5 118 9,3 54 788

2001 12 031 19,0 10 231 16,1 34 031 53,6 7 127 11,2 63 470

Variação -1 022 -7,4 -350 -3,3 7 995 +6,1 2 009 +1,5 +8 682

Fonte: Censos (1991, 2001) INE.

Em 2001 a população jovem residente no Concelho é de 16942 indivíduos e a população idosa

(Pop. 65) é de 7127. Entre 1981 e 2001 verificou-se uma diminuição gradual da população

jovem no Concelho.

Quadro 5: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, Grande Porto, Região Norte e Portugal

Segundo Grandes Grupos Etários (2001)

1981 1991 2001

Pop. < ou =

19

Pop. > ou =

65

Pop. < ou =

19

Pop. > ou =

65

Pop. < ou =

19

Pop. > ou =

65

22 945 4 094 18 626 5 109 16 942 7 127 Póvoa de

Varzim 42,3 % 7,5 % 34,0 % 9,3 % 26,7 % 11,2 %

397 563 99 963 337 695 123 431 289 965 165 592 Grande Porto

35,6 % 8,9 % 28,9 % 10,6 % 23,0 % 13,1 %

- - 1 093 461 397 020 911 479 514 758 Região Norte

- - 31,5 % 11,4 % 24,7 % 14,0 %

3 368 415 1 125 458 2 816 878 1 342 221 2 345 288 1 693 493 Portugal

34,3 % 11,4 % 28, 6 % 13,6 % 22,6 % 16,4 %

Fonte: Censos (1981, 1991, 2001) INE.

Os números apresentados conferem ao Concelho a menor taxa de perda de população jovem.

Em igual período, a população idosa sofre um aumento (que se revela mais expressivo na

década 1991/2001) no Concelho, Grande Porto e Portugal, respectivamente, 74,1% (3033

indivíduos), 65,7% (65629 indivíduos) e 50,5% (568035 indivíduos). Tais valores conferem ao

Concelho a maior taxa de crescimento da população idosa.

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52

Da análise dos dados, podemos concluir que a população do Concelho tem vindo a

envelhecer nos últimos 20 anos. Assim, verifica-se uma diminuição progressiva dos grupos

etários dos 5;9, 10;14 e 15;19. O grupo etário dos 0;4 em 2001 apresenta um ligeiro aumento

absoluto relativamente a 1991 como consequência de uma maior natalidade.

Com mais detalhe, podemos aquilatar que em 1981, 31,6% tinha menos de 15 anos, enquanto

que em 2001 diminui para 19,0%, correspondendo a uma redução de 5058 indivíduos. Acima

dos 25 anos constata-se um aumento gradual dos respectivos grupos etários. Com idade

superior a 64 anos, em 1981 eram 7,6%, enquanto em 2001 registam-se 11,2%, traduzido num

acréscimo 3025 indivíduos.

Quadro 6: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, (1981-1991-2001)

1981 1991 2001

H/M % H/M % H/M %

0;4 5 499 10,1 3 662 6,7 3 947 6,2

5;9 5 858 10,8 4 267 7,8 4 065 6,4

10;14 5 782 10,7 5 124 9,4 4 069 6,4

15;19 5 784 10,7 5 541 10,1 4 861 7,7

20;24 4 838 8,9 5 040 9,2 5 370 8,5

25;29 4 139 7,6 4 599 8,4 5 749 9,1

30;34 3 613 6,7 4 165 7,6 5 245 8,3

35;39 2 918 5,4 3 864 7,1 5 020 7,9

40;44 2 697 5,0 3 445 6,3 4 606 7,3

45;49 2 658 4,9 2 871 5,2 4 172 6,6

50;54 2 381 4,4 2 533 4,6 3 696 5,8

55;59 2 251 4,1 2 386 4,4 2 964 4,7

60;64 1 728 3,2 2 173 4,0 2 579 4,1

65;69 1 560 2,9 1 955 3,6 2 398 3,8

70,74 1 196 2,2 1 321 2,4 1 891 3,0

75;79 754 1,4 993 1,8 1 480 2,3

80;84 423 0,8 541 1,0 774 1,2

85 e + 169 0,3 308 0,6 584 0,9

TOTAL 54 248 100,0 54 788 100,0 63 470 100,0

Fonte: Censos (1981, 1991, 2001) INE.

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53

Quadro 7: Alguns Indicadores Demográficos do concelho da Póvoa de Varzim, do Grande Porto, da Região

Norte e de Portugal em 2001

Povoa de Varzim

Grande Porto

Região Norte

Portugal

Taxa de Crescimento Natural

5,3‰ 2,9‰ 2,6‰ 0,7‰

Taxa de Natalidade 13,7‰ 11,4‰ 11,4 ‰ 10,9‰

Taxa de Mortalidade 8,3‰ 8,5‰ 8,7‰ 10,2‰

Índice de Rejuvenescimento da população activa

200,6% 159,1% 166,0% 143,0%

Índice de Envelhecimento 53,1% 81,8% 81,9% 103,6%

Índice de Dependência da População Jovem

27,3% 23,2% 24,9% 23,4%

Índice de Dependência da População Idosa

16,1% 19,7% 21,1% 24,7%

Fonte: Anuário Estatístico da Região do Norte 2002, INE (2003).

Numa perspectiva de dinâmica sócio-demográfica e em termos globais, convém ter em

consideração, que a taxa de mortalidade não é muito elevada (8,3‰), sobretudo no contexto

nacional (10,2‰), sendo bastante inferior à taxa de natalidade (13,7‰), resultando daí um

excedente de vidas positivo (5,4‰). Desta forma este concelho destaca-se pela baixa taxa de

mortalidade e pela elevada taxa de natalidade.

Para além deste aspecto, é importante realçar o facto da Póvoa de Varzim evidenciar uma clara

capacidade de rejuvenescimento da sua população activa, apresentando o índice de

rejuvenescimento da população activa6 mais elevada do Grande Porto (200,6), destacando se

igualmente da Região Norte (166) e mesmo da média nacional (143). Podemos verificar que, para

cada 100 indivíduos com idade compreendida entre os 55 e os 64 anos, existiam

aproximadamente 200 indivíduos com idade compreendida entre os 20 e os 29 anos.

Em termos dos grandes eixos caracterizadores das dinâmicas sócio-demográficas do concelho

(Gráfico 3) é de realçar que apesar do índice de envelhecimento7 ter vindo a aumentar em

Portugal, em 2001 a população do concelho é classificada como uma população jovem

(índice de 53,1), com valores muito abaixo da média nacional (103,6), da Média da Região

6 Relação entre a população que potencialmente está a entrar e a população que está a sair do mercado de trabalho, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 pessoas com 55-64 anos). 7 Índice de Envelhecimento: relação entre a população idosa e a população jovem, definida como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os14 anos (expressa por 100 pessoas dos 0 aos 14 anos).

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54

Norte (cuja média é de 81.9), sendo o concelho do Grande Porto com o índice de

envelhecimento menos elevado. Efectivamente, a tendência de envelhecimento da população

da Póvoa de Varzim é, ainda, menos acentuada, existindo 53 idosos para cada 100 jovens.

Gráfico 3: Índice de Envelhecimento em 1991 e 2001

72,1

103,6

54,8

81,9

55,9

81,8

39,153,1

0

20

40

60

80

100

120

Portugal Região Norte Grande Porto Póvoa de Varzim

Índice de Envelhecimento1991 Índice de Envelhecimento 2001

A relação de dependência dos jovens8 tem decrescido no país em geral, assim como nas

regiões em análise, como consequência da redução do número de jovens até aos 14 anos em

comparação com a população em idade activa.

Gráfico 4: Índice de Dependência da População Jovem em 1991 e 2001

29,1

23,4

32,2

24,927,9

23,2

35,6

27,3

0

510

1520

253035

40

Portugal Região Norte Grande Porto Póvoa deVarzim

Dep. Jovens 1991 Dep. Jovens 2001

Quanto a este indicador, o concelho da Póvoa de Varzim tem acompanhado de perto tal

evolução, no entanto, importa salientar que o concelho da Póvoa de Varzim apresenta uma

relação de dependência superior relativamente às restantes áreas territoriais em análise. 8 Índice de dependência de jovens: relação entre a população jovem e a população em idade activa, definida como quociente entre o número de pessoas entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa por 100 pessoas dos 15 aos 64 anos).

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55

Em 1991 a proporção era de 36 jovens para cada 100 indivíduos entre os 15 e os 64 anos e em

2001 desceu para 27 jovens.

Gráfico 5: Índice de Dependência da População Idosa em 1991 e 2001

20,9

24,7

17,521,1

15,6

19,7

13,916,1

0

5

10

15

20

25

Portugal Região Norte Grande Porto Póvoa deVarzim

Dep. Idosos 1991 Dep. Idosos 2001

O índice de dependência dos idosos tem vindo a aumentar, na medida em que se tem

verificado o aumento do peso relativo dos grupos com sessenta e cinco e mais anos e dos

quinze aos sessenta e quatro anos na totalidade da população residente. No concelho da Póvoa

de Varzim verifica-se que este índice atingiu em 2001 (16,1) um valor inferior ao valor médio do

Pais (24,7), da Região Norte (21,1) e do Grande Porto (19,7), o que, aliás, já sucedia em 1991.

Desta forma, podemos concluir que a população residente na Póvoa de Varzim com mais de 65

anos é inferior, em termos relativos, à população existente nas outras áreas de análise.

Gráfico 6: Pirâmide Etária da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim em 2001

3000 2000 1000 0 1000 2000 3000

0;4

10;14

20;24

30;34

40;44

50;54

60;64

70;74

80;84

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56

1.5.4. Análise das Dinâmicas Familiares

No que concerne à estrutura familiar do concelho da Póvoa de Varzim no período

intercensitário 1991-2001 (Quadro 8), verifica-se que cresceram grandemente as famílias

com 1, com 2 pessoas e com 3 pessoas (acompanhando a tendência nacional) e que

diminuíram as famílias com 5 ou mais pessoas (as tradicionais famílias rurais alargadas).

Quadro 8: Famílias Clássicas Residentes Segundo a sua Dimensão entre 1991 e 2001

Com 1 pessoa Com 2 pessoas Com 3 pessoas Com 4 pessoasC/ 5 ou +

pessoas

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Total

1991 1 334 8,9 2 881 19,3 3 155 21,1 3 635 24,3 3940 26,4 14 945

2001 2 318 11,5 4 709 23,3 5 376 26,7 5 025 24,9 2 736 13,6 20 164

Variação +984 +73,8 +1 828 +63,5 +2 221 +70,4 1 390 +38,2 -1 204 -30,1 +35,3

Fonte: INE, Censos (1991, 2001).

Analisando as famílias clássicas segundo o número de pessoas que as constituem,

observa-se que das 20.164 famílias existentes no concelho da Póvoa de Varzim em 2001,

(26.7%) são constituídas por 3 pessoas, 5 025 (24,9%) têm 4 elementos, 4 709 (23,3%) têm 2

pessoas, 2 318 famílias (11,5%) são "isoladas", ou seja, têm apenas uma pessoa, 1 786 (8,8%)

são compostas por 5 pessoas, 631 (3.1%) são compostas por 6 indivíduos, 209 têm 7 pessoas,

60 têm 8 pessoas, 28 têm 9 pessoas e, finalmente, 22 são constituídas por 10 ou mais pessoas.

As dinâmicas estruturais parecem estar no sentido da nuclearização e diversificação, à

semelhança do que ocorre nos concelhos mais nitidamente urbanos.

Segundo os resultados definitivos dos Censos 2001, no concelho da Póvoa de Varzim

residem actualmente 20.164 famílias, ou seja, verifica-se um acréscimo de 35% em relação

ao número de famílias em 1991, facto que reforça a confirmação da tendência para a

nuclearização dos grupos domésticos, ou seja, estamos perante um crescimento em termos da

população residente (aumento de – 15,8% em número de indivíduos), ao mesmo tempo que o

número de famílias cresce em 35%.

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57

Quadro 9: Famílias Clássicas Residentes Segundo a sua Dimensão (2001)

Famílias Clássicas Freguesia

Com 1 pessoa Com 2 pessoas Com 3 pessoas Com 4 pessoasC/ 5 ou + pessoas Total

Aver-o-Mar 341 713 785 696 359 2 894

Aguçadoura 114 309 326 355 250 1 354

Amorim 38 175 206 262 147 828

Argivai 53 140 217 187 80 677

Balazar 58 133 169 205 146 711

Beiriz 107 260 284 278 118 1047

Estela 71 179 174 190 156 770

Laúndos 29 60 105 143 186 523

Navais 51 136 120 122 96 525

Póvoa de Varzim 1 355 2 281 2 627 2 197 922 9 382

Rates 50 130 168 184 166 698

Terroso 51 193 195 206 110 755

TOTAL CONCELHO 2 318 4 709 5 376 5 025 2 736 20 164

Fonte: INE, Censos 2001

Quadro 10: Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios nas Freguesias do Concelho da Póvoa de Varzim

Famílias Alojamentos Familiares Freguesia

Clássicas Residentes

Institucionais

Núcleos Familiares Residentes Clássicos Outros Total

Alojamentos Colectivos

Edifícios

Aver-o-Mar 2 894 1 2 639 5 266 11 5 277 5 2 016

Aguçadoura 1 354 - 1 288 1 578 7 1 585 - 1 341

Amorim 828 - 823 935 1 936 - 790

Argivai 677 - 646 793 12 805 - 524

Balazar 711 - 710 810 9 819 - 709

Beiriz 1 047 - 981 1 185 15 1 200 1 1010

Estela 770 - 730 925 4 929 3 828

Laúndos 523 - 606 654 6 660 1 625

Navais 525 - 476 572 6 578 - 500

Póvoa de Varzim 9 382 6 8 075 15950 19 15 969 16 5 299

Rates 698 1 726 828 - 828 2 754

Terroso 755 1 708 928 10 938 1 823

Total Concelho 20 164 9 18 408 30 424 100 30524 29 15 219

Fonte: INE, Censos 2001.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

58

Para além das 20.164 famílias clássicas residentes no Concelho da Póvoa de Varzim,

contabilizam-se, ainda, 9 famílias institucionais. Ainda segundo os Censos 2001, residem

actualmente 18.408 Núcleos Familiares no concelho e existem 29 Alojamentos Colectivos

(55% dos quais sediados na freguesia da Póvoa de Varzim – sede do concelho).

Verifica-se, assim, que embora algumas dinâmicas estruturais estejam no sentido da

nuclearização e diversificação, com o aumento das famílias monoparentais e do número de

celibatários jovens, ainda prevalece um tipo de família tendencialmente alargada, característico

de vivências e modos de vida ainda relativamente tradicionais, mas num contexto de

modernidade; tal facto, faz antever, mais uma vez, a especificidade da convivência de

manifestações de tradicionalidade e de modernidade no contexto vivencial poveiro.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

59

1.6. Análise de Dinamismos Socio-Económicos

1.6.1. Tecido produtivo local

Se nos focalizarmos sobre os grandes números relativos ao tecido empresarial, dados de

2001/2002, constata-se que operam no concelho 6 362 empresas (tratando-se do 2.º concelho

com menor número de empresas em toda a Região do Grande Porto) e, dentro destas, existem

1770 que são sociedades com sede no concelho.

Quadro 11: Número de Empresas com Sede no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001)

Póvoa de Varzim Grande Porto Região Norte Portugal CAE N.º % N.º % N.º % N.º %

Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 7.9 Pesca

745 12.0 3 215 2.6 20 362 6.0 87 241

Indústrias extractivas 3 0.0 45 0.0 721 0.2 2 062 0.2 Indústrias transformadoras 738 11.6 15 884 12.6 54 182 15.8 117 386 10.6 Produção e distribuição de electricidade, gás e água

2 0.0 32 0.0 131 0.0 372 0.0

Construção 818 12.8 14 800 11.7 48 978 14.3 187 597 16.9 Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e dom.

2 380 37.4 48 823 38.7 123 895 36.2 385 465 34.7

Alojamento e restauração (restaurantes e similares)

628 9.8 10 418 8.3 29 299 8.6 97 114 8.7

Transportes, armazenagem e comunicações 82 1.3 3 538 2.8 8 717 2.6 32 821 2.9 Actividades financeiras 190 2.9 5 735 4.5 11 547 3.3 37 556 3.4 Act. Imobiliárias, alugueres e serviços prest. às empresas

420 6.6 16 442 13.0 28 634 8.4 108 278 9.8

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória Educação Saúde e acção social Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais Famílias com empregados domésticos Organismos internacionais e outras inst. extra-territoriais

356 5.6 7 318 5.8 15 589 4.6 54 598 4.9

TOTAL 6 362 100 126 250 100 342055 100 1 110 490 100 Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte 2002, INE 2003

Destaca-se, neste quadro, a importância da posição relativa das empresas ligadas ao

“Comércio por Grosso e a Retalho"; Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e

Bens de Uso Pessoal e Doméstico” (37.4% do total de empresas sediadas no concelho) e

também das empresas com actividade na “Construção” (aproximadamente 12.8%).

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

60

Estas áreas de actividade económica, abrangem, em conjunto, 50% do total de empresas

sediadas no concelho.

Quadro 12: Número de Sociedades com Sede no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (31.12.2001)

Póvoa de Varzim

Grande Porto Região Norte Portugal CAE

N.º % N.º % N.º % N.º % Agricultura, produção animal, caça e silvicultura Pesca

48 2.7 282 0.7 1 246 1.3 7 597 2.5

Indústrias extractivas 2 0.1 30 0.0 309 1.3 961 0.3 Indústrias transformadoras 340 19.2 6 125 14.6 20 869 22.2 43 535 14.1 Produção e distribuição de electricidade, gás e água

- - 27 0.0 117 0.1 343 0.1

Construção 257 14.5 4 511 10.7 11 849 12.6 37 601 12.2 Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e dom.

588 33.2 14 478 34.4 29 518 31.4 98 419 31.9

Alojamento e restauração (restaurantes e similares)

146 8.3 3 781 9.0 6 884 7.3 28 782 9.3

Transportes, armazenagem e comunicações 44 2.5 2 196 5.2 4 700 5 18 929 6.1 Actividades financeiras 9 0.5 295 0.7 515 0.5 2 083 0.7 Act. Imobiliárias, alugueres e serviços prest. às empresas

206 11.6 7 111 16.9 12 379 13.2 48 881 15.8

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória Educação Saúde e acção social Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais Famílias com empregados domésticos Organismos internacionais e outras inst. extra-territoriais

130 7.4 3 263 7.8 5 741 6.1 21 550 7.0

TOTAL 1 770 100 42 099 100 94 127 100 308 681 100 Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte 2002, INE 2003.

O conjunto das 1 770 Sociedades com sede na Póvoa de Varzim empregava, em fins de 2001,

13 773 activos, com 3 contingentes mais significativos (por ordem de importância): 6 347 nas

Indústrias Transformadoras, 2 525 no Comércio e na Construção com 1940 trabalhadores.

Saliente-se, ainda, a importância crescente das sociedades nas áreas de intervenção social

(educação, saúde, saneamento, associativismo e lazer) que empregavam, em conjunto, 1 222

trabalhadores.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

61

1.6.2. População, actividades e estrutura de emprego

Analisando a população com 15 ou mais anos por condição perante a actividade económica,

constata-se que no Concelho da Póvoa de Varzim residem 32 421 indivíduos com actividade

económica (aproximadamente 63% do total de população com mais de 15 anos a residir no

concelho – 51 389) e 18 968 pessoas sem qualquer actividade económica (37%).

Quadro 13: População Residente com 15 ou mais anos por Condição Perante a Actividade Económica, Sexo e Grupos Etários no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em

Portugal (31.12.2001) População Com Actividade Económica População Sem Actividade Económica

15 a 60 anos Mais de 60 anos 15 a 60 anos Mais de 60 anos Zona

Geográfica

H M Total H M Total H M Total H M Total

Região Norte 946318 766646 1712964 40537 21514 62051 228722 445141 673863 236866 356604 593467

Grande Porto 331272 292205 623477 15070 8844 23914 79422 138422 217844 72664 117005 189669

Póvoa de

Varzim 16 996 14 398 31 394 630 397 1 027 3 647 7 151 10 798 3 118 5052 8 170

Fonte: Censos 2001, INE.

Desagregando a população que desempenha uma actividade económica, verifica-se que 31 394

têm idades compreendidas entre os 15 e os 60 anos (16 996 homens e 14 398 mulheres) e que

os restantes 1027 têm mais de 60 anos (630 homens e 397 mulheres). Relativamente à

população que não possui qualquer actividade económica, 10 798 (56.9%) estão no grupo

etários dos 15 aos 60 anos (existindo 3 647 homens e 7 151 mulheres) e 8 170 (43.1%) têm

mais de 60 anos (3 118 homens e 5 052 mulheres).

Paralelamente, importa referir que o grupo populacional sem actividade económica é

predominantemente feminino, em muitos casos com pensões mínimas (por descontos

inexistentes e/ou tardios) ou apenas com pensões de sobrevivência nas situações de viuvez e

consequentemente em situação de maior fragilidade e vulnerabilidade sócio-económica.

Analisando a população residente com 15 ou mais anos e com actividade económica, observa-

se que dos 32 421 indivíduos residentes, 30 409 (93.8%) encontram-se empregados (16 703

homens e 13 706 mulheres) e 2 012 (6.2%) estavam desempregados aquando das operações

para os Censos de 2001 (923 homens e 1089 mulheres).

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62

Quadro 14: População Residente com 15 ou mais anos e com Actividade Económica no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001)

População Com Actividade Económica

Total Empregada Desempregada Zona

Geográfica

H M Total H M Total H M Total Região Norte 986855 788160 1775015 935351 720752 1656103 51504 67408 118912 Grande Porto 346342 301049 647391 322722 272807 595529 23620 28242 51862

Póvoa de Varzim

17 626 14 795 32 421 16 703 13 706 30 409 923 1 089 2 012

Fonte: Censos 2001, INE. Quadro 15: População Residente com 15 ou mais anos Sem Actividade Económica no Concelho da Póvoa

de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001) População Sem Actividade Económica

Estudante Doméstica Reformada, Aposentada ou na Reserva

Incapacitados Permanente para o

trabalho Outra Situação

Zona Geográ- fica

H M Total H M Total H M Total H M Total H M Total

Região Norte

110492 126359 236851 1579 241540 243119 261654 350834 512488 31386 31093 62479 60477 51916 112393

Grande Porto

40096 44246 84342 337 63574 63911 82552 116980 199532 8515 9496 18011 20586 21131 41717

Póvoa de Varzim

1 764 2 051 3 815 30 3 992 4 022 3 404 4 819 8 223 522 455 977 1045 886 1931

Fonte: Censos 2001, INE.

Assim, e relativamente aos 18 968 indivíduos residentes que não possuem qualquer actividade

económica, observamos que existe uma forte preponderância (43.4%) de reformados,

aposentados ou na reserva (8.223, dos quais 3 404 são homens e 4 819 são mulheres,

confirmando a tendência para a "feminização da velhice"), seguindo-se os 4022 (21.2%)

domésticos (30 homens e 3 992 mulheres - população esmagadoramente feminina), os

estudantes com valores muito aproximados (20,1%), 1 931 pessoas em "outra situação" e 977

incapacitados permanentes para o trabalho (522 homens e 455 mulheres).

Com efeito e se nos reportarmos às dinâmicas próprias da esfera profissional, há duas linhas

de transformação estrutural que se destacam notoriamente entre 1960 e 2001 no quadro

nacional. Uma primeira prende-se com a feminização da população activa; a outra é a

inversão dos pesos absolutos e relativos dos sectores de actividade económica a que essa

população está afecta.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

63

No que se refere à taxa de actividade, m 2001, contabilizaram-se 32 421 munícipes

economicamente activos (17 626 homens e 14 795 mulheres), cifrando-se a taxa de

actividade em 51.1%, um aumento de três pontos percentuais no último período

intercensitário (com uma ligeira subida na taxa de actividade feminina e masculina).

Para analisarmos a estrutura do emprego no concelho da Póvoa de Varzim, é importante

compararmos com tendências dos restantes concelhos do Grande Porto. Nesse sentido,

podemos verificar que o concelho da Póvoa de Varzim viu aumentar a sua taxa de actividade,

tal como os restantes concelhos da AMP. Não obstante, o concelho tem uma taxa de actividade

de 51,1%. O que equivalerá a dizer que estamos perante um quadro local e regional marcada

por um relativo dinamismo económico e produtivo.

A leitura deste quadro indica-nos claramente a superioridade do sector terciário (CAE 5 a 9),

sobre o sector secundário (CAE 1 a 4) e primário (CAE 0), na maior parte dos municípios da

AMP. Excepção à regra, verifica-se no concelho de Vila do Conde, onde o sector secundário é

preponderante.

Gráfico 7: Taxa de Actividade no Concelho da Póvoa de Varzim

44,6

45,5

49

48

48,2

48,1

51,4

51,1

40 42 44 46 48 50 52

Portugal

Região Norte

Grande Porto

Póvoa de Varzim

2002

2001

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64

Quadro 16: População Activa e Empregada por Actividade Económica no Grande Porto (2001)

População Residente Economicamente Activa Actividade Económica

CAE 5 a 9 Zona Geográfica

CAE 0 CAE 1 a 4 Relacionado c/ Act. Econ.

TOTAL

Espinho 113 6 859 8 564 4 649 20 185

Gondomar 534 27 987 49 542 30 743 108 806

Maia 599 23 340 37 184 23 684 84 807

Matosinhos 830 25 032 53 015 33 407 112 284

Porto 420 24 084 89 089 49 963 613 556

Póvoa de Varzim 2 882 12 640 14 887 8 789 39 198

Valongo 277 17 725 23 864 14 826 56 442

Vila do Conde 3 153 17 581 15 247 9 467 45 448

Vila Nova de Gaia

1 034 54 656 84 391 53 551 193 632

Grande Porto 9 842 209904 375 783 229 079 824 608

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

O quadro n.º 17 permite-nos obter um olhar mais fino acerca das diferentes profissões no

concelho da Póvoa de Varzim.

Quadro 17: População Residente Segundo Grupos de Profissões no Concelho

Profissões N %

Quadros superiores da administração pública, dirigentes quadros superiores das empresas

2 369 7,8

Especialistas das profissões intelectuais e científicas 2 000 6,6

Técnicos e profissionais de nível intermédio 2 287 7,5

Pessoal administrativo e similares 2 593 8,5

Pessoal dos serviços e vendedores 3 832 12,6

Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas 2 594 8,5

Operários, artífices e trabalhadores similares 8 452 27,8

Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem 2 630 8,6

Trabalhadores não qualificados 3 533 11,7

Forças armadas 119 0,4

TOTAL 30 409 100

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

65

Verificamos uma maior incidência dos “Operários, Artífices e Trabalhadores Similares

(8.452; 27,5%), seguido do Pessoal dos Serviços e Vendedores (3.832; 12,6%), seguindo-se

de muito perto os Trabalhadores Não Qualificados (3.533; 11,7%). Estes três blocos

representam no seu conjunto mais de metade das profissões exercidos no concelho da Póvoa

de Varzim.

Portanto, podemos constatar que se trata de uma estrutura sócio-profissional

reprodutora de uma lógica de baixas qualificações. Assim, persistem problemas

relacionados com a baixa qualificação generalizada da população empregada, apesar de

algumas melhorias entretanto registadas, bem como alguns fenómenos de desajustamentos

qualitativos associados a processos de reestruturação económica global, e que no concelho

tem particular incidência na indústria transformadora e na pesca, e na própria modernização do

comércio tradicional. Estes desajustamentos traduzem-se nalguma inadequação entre a

oferta e a procura de trabalho, especialmente notória no caso do emprego jovem e

feminino, com reflexos negativos a prazo na qualificação e estabilidade do emprego.

1.6.3. População e Sectores de Actividade

De 1991 para 2001 o concelho da Póvoa de Varzim registou um aumento de 6129 residentes

com emprego (cerca de 25%), sendo no sector terciário que se verificou um maior

crescimento (mais 5857 residentes empregados, correspondentes a um aumento de 65%). No

sector primário assistiu-se a um decréscimo de cerca de 900 activos, perdendo importância

relativa no número de empregados (de 15,5% em 1991 para 9,5% em 2001). O sector

secundário perdeu também importância relativa no emprego do concelho (em 1991 era o

sector predominante, representando 47,7% do total do emprego), apesar de nele se terem

verificado mais 1150 trabalhadores9. Concretizando a nossa análise, podemos adiantar que o

sector primário possui no concelho da Póvoa de Varzim um peso significativo no total de

residentes com emprego (9,5%) se comparado com os valores calculados para a Região

Norte (4,8%) e para a AMP (1,7%)10.

9 Destaque-se que estes dados foram fornecidos pelo Departamento de Gestão, Urbanística e Ambiente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim no quadro da actual Revisão do Plano Director Municipal, ainda em curso. 10 Idem.

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66

Quadro 18: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo Sectores de Actividade

POPULAÇÃO EMPREGADA (2001)

SECTOR PRIMÁRIO SECTOR SECUNDÁRIO

SECTOR TERCIÁRIO TOTAL

NUTS/

CONCELHO

N.º % N.º % N.º % N.º %

Portugal 231 646 5,0% 1 632 638 35,1% 2 786 663 59,9% 4 650 947 100%

Região Norte 78 726 4,8% 758 079 45,8% 819 298 49,5% 1 656 103 100%

Grande Porto 9 842 1,7% 209 904 35,2% 375 783 63,1% 595 529 100%

Póvoa de Varzim 2 882 9,5% 12 640 41,6% 14 887 49,0% 30 409 100%

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

Quadro 19: População Residente Empregada no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo Sectores de

Actividade (2001)

POPULAÇÃO EMPREGADA

SECTOR PRIMÁRIO SECTOR SECUNDÁRIO SECTOR TERCIÁRIO TOTAL

CONCELHO/

FREGUESIAS

N.º % N.º % N.º % N.º %

Póvoa de Varzim 703 5,4% 4087 31,2% 8306 63,4% 13096 100%

Aver-o-Mar 293 6,5% 2084 46,4% 2111 47,0% 4488 100%

Argivai 36 3,4% 523 49,5% 498 47,1% 1057 100%

Sub-Total 1032 5,5% 6694 35,9% 10915 58,6% 18641 100%

Amorim 103 7,6% 746 55,1% 505 37,3% 1354 100%

Beiriz 53 3,3% 885 55,4% 660 41,3% 1598 100%

Terroso 97 8,2% 622 52,4% 469 39,5% 1188 100%

Sub-Total 253 6,1% 2253 54,4% 1634 39,5% 4140 100%

Aguçadoura 729 31,9% 853 37,3% 703 30,8% 2285 100%

Navais 207 27,2% 342 45,0% 211 27,8% 760 100%

Estela 229 18,8% 636 52,3% 350 28,8% 1215 100%

Sub-Total 1165 27,3% 1831 43,0% 1264 29,7% 4260 100%

Laúndos 78 7,8% 614 61,5% 306 30,7% 998 100%

Sub-Total 78 7,8% 614 61,5% 306 30,7% 998 100%

Rates 180 14,7% 636 51,8% 411 33,5% 1227 100%

Balasar 174 15,2% 612 53,5% 357 31,2% 1143 100%

Sub-Total 354 14,9% 1248 52,7% 768 32,4% 2370 100%

TOTAL 2882 9,5% 12640 41,6% 14887 49,0% 30409 100% Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

67

Relativamente às actividades piscatórias, existem ainda cerca de 770 residentes activos com

emprego nas actividades relacionadas com o sector, concentrados nas freguesias de Póvoa de

Varzim, Aver-o-Mar e Argivai. Porém constata-se que a actividade se encontra em declínio (à

semelhança do que vai acontecendo no país), reflectindo-se no decréscimo quer do número de

pescadores matriculados (menos 300, correspondentes a 10%, nas capitanias da Póvoa de

Varzim e Vila do Conde no período de 1995 a 2001), quer do número de embarcações.

Consequentemente, assistiu-se no número de toneladas descarregadas, entre 1990 e 2001, a

um decréscimo na ordem dos 58%, repercutindo-se nos rendimentos das famílias. No entanto,

poder-se-á concluir que se mantém vivo um potencial a explorar, inclusivamente

enquanto fileira capaz de se articular com o turismo e o lazer.

As actividades agrícolas empregam no concelho cerca de 2100 trabalhadores com residência

no concelho, exercendo maior peso nas freguesias da Aguçadoura, Navais e Estela (1 165

residentes empregados)11. Estas freguesias encontram-se especializadas na cultura de produtos

hortícolas, sendo a dimensão média das explorações de cerca de 1 ha de SAU.

As freguesias de Rates e Balasar possuiem também especial relevo, uma vez que 15% da

população residente (354 activos) desenvolve actividades primárias, tendo, esta unidade,

vindo a especializar-se na pecuária de leite. A dimensão média das explorações nesta unidade

territorial de planeamento ultrapassa os 6 ha.

Quanto à caracterização da população agrícola é de referir que esta se encontra

envelhecida (apenas 9% dos agricultores têm idade inferior a 34 anos, 40% têm mais de 55

anos de idade) e que a maior parte dos agricultores possuem o Ensino Básico (apesar de

nas freguesias de Aver-o-Mar e Aguçadoura 1/3 dos agricultores não possuir qualquer nível de

instrução).

Se lançarmos o nosso olhar para o sector secundário, podemos observar que este, em

2001, empregava cerca de 12 600 residentes no concelho representando 41,6% do emprego da

população residente, percentagem superior aos 35% verificados quer na AMP, quer no total do

país.

11 Idem.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

68

Desagregando a informação, verifica-se que, à excepção da freguesia da Póvoa de Varzim e

das freguesias de Aguçadoura, Navais e Estela, o sector secundário é o sector com maior

peso relativo (mais do que 50%) em todas as restantes freguesias que constituem o

Concelho. A indústria transformadora da Póvoa de Varzim apresenta um elevadíssimo nível de

concentração sectorial em torno da indústria têxtil e de vestuário, responsável por cerca de

79% do emprego industrial no ano de 1997. Numa análise mais fina verifica-se que a

indústria de vestuário se destaca claramente (51% do emprego) seguida do fabrico de

têxteis (28%).

Na freguesia de Laúndos, o peso do sector na estrutura da população activa é ainda maior

atingindo os 62%, o que pode ser explicado pela localização de uma zona industrial nesta

freguesia12. Este parque dispõe de excelentes condições de acessibilidade.

Desta feita, e relativamente ao emprego no sector secundário verifica-se que são as

indústrias transformadoras as maiores empregadoras de mão-de-obra (8100 activos) com

particular destaque para as indústrias têxteis e de vestuário, representando 60,3% do

emprego industrial (respectivamente 22,7% e 37,6%). Quanto às restantes indústrias

transformadoras destacam-se as indústrias alimentar, das bebidas e do tabaco e as indústrias

metalúrgicas de base e de produtos metálicos (respectivamente com quotas de emprego de

10,5% e 6,4%). A actividade da construção exerce um peso significativo na estrutura do

emprego da população residente, sendo responsável pelo emprego de 14,3% do total de

residentes com emprego.

No que se refere às sociedades de construção, em 2000, estas eram responsáveis por

14,2% do emprego. O número médio de trabalhadores ao serviço era de 7,6 trabalhadores

(metade do observado em 1997), sendo inferior ao da AMP (8,3) e superior ao da Região Norte

e do Continente (7,4 e 6,4). Quanto ao volume de vendas verificado na actividade da

construção, este foi de 116.247 milhares de euros, cerca de mais 28% que no ano anterior,

representando 15% do volume de vendas totais das sociedades sediadas no concelho. Tal facto

permite constatar a forte dinâmica construtiva, que se traduziu num aumento de 7259 novos

fogos (dos quais 80% na Cidade), no período 1991/2001.

12 Idem.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

69

Relativamente à localização das actividades industriais, estas assumem a sua maior

expressão na zona industrial de Laúndos, onde se encontram instaladas uma diversidade

de indústrias transformadoras (confecções, fabricação de mobiliário, fabricação de produtos

metálicos e não metálicos, fabricação de produtos químicos e sintéticos, etc.).

Embora em menor escala, na freguesia de Amorim encontram-se, junto à EN205, alguns

espaços industriais (essencialmente de armazenagem) cuja ocupação tem vindo a aumentar.

Situando-nos, agora, no sector terciário, podemos adiantar que em 2001, cerca de 50% da

população residente no concelho com emprego exerce a sua actividade económica em

actividades de comércio ou de serviços, percentagem equivalente à verificada para a Região

Norte, mas inferior à do Grande Porto (63%) e Portugal (60%)13, o que evidencia uma

significativa debilidade do sector terciário ainda existente no concelho da Póvoa de Varzim.

A comparação com as unidades geográficas acima referidas e o conjunto das freguesias

que constituem a Cidade, em que 63% da população residente desenvolve actividades

terciárias, é caracterizadora de uma certa debilidade no sector, tendo em conta a forte vocação

turística da Póvoa de Varzim (em termos relativos verificam-se na cidade apenas mais 3% que

na média nacional). O elevado peso do emprego público (19% do total de empregados) e os

baixos valores de emprego quer nas actividades de restauração e alojamento (apenas 5%),

quer nas actividades de prestação de serviços (6,8%) são também sinónimos da fragilidade

do sector no concelho14.

As actividades de comércio são responsáveis pelo emprego de 15,2% do número de

trabalhadores, dos quais 11,6% exercem actividade no comércio a retalho, 2,0% no comércio

por grosso e 2,6% no comércio de veículos automóveis e motociclos. No respeitante às

sociedades, constata-se em 2000 que 37,5% das pessoas ao serviço (5162) exercem a sua

profissão em actividades terciárias, valor relativo igual ao observado para a Região Norte mas

muito inferior aos calculados para o Grande Porto e Portugal (acima dos 50%).

13 Idem. 14 Idem.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

70

As actividades de comércio (por grosso e a retalho) são as que detêm maior peso

relativo, sendo responsáveis por 18,3% do emprego (2525 pessoas) e por 41,2% do volume de

vendas (320 milhões de euros) dos totais do concelho. A um número médio de 4 pessoas ao

serviço por sociedade correspondem um volume médio de vendas por trabalhador de 126,6

milhares de euros, menos 54,2 milhares de euros que o valor médio encontrado para a AMP.

Será importante referir que face aos problemas de algum enfraquecimento do comércio

tradicional, e tendo presente a ainda reduzida dinâmica do concelho e da cidade em matéria de

comércio e serviços, e a sua relativa dependência em relação a outros centros urbanos melhor

apetrechados (caso da cidade do Porto), bem como em relação às grandes superfícies, a

Câmara Municipal, em parceria com a Associação Comercial, efectivou o PROCOM, sendo este

um momento de avaliação dos seus devidos efeitos.

As actividades de alojamento e restauração representam 8,2% do número das sociedades

no concelho e empregam cerca de 5% das pessoas ao serviço, situação semelhante à do

Grande Porto. Quanto ao volume de vendas, estas actividades representam 2,3% do volume

de vendas total do concelho (quase 18 milhões de euros), sendo o volume médio por pessoa

de 126,57 milhares de euros, valor muito inferior ao calculado para a AMP (180,79 milhares de

euros) e à média nacional (190,92 milhares de euros)15.

Relativamente ao conjunto de actividades habitualmente denominadas por serviços de

apoio à produção (transportes, armazenagem e comunicações; actividades financeiras; e

actividades imobiliárias, alugueres e serviços), verifica-se uma situação francamente débil no

concelho, quer quanto ao número de sociedades quer quanto ao número de pessoas ao

serviço.

Em 2000 estavam empregadas nestas actividades apenas 5,8% do total de trabalhadores em

sociedades, sendo o número médio de trabalhadores por sociedade de 4 activos (metade do

verificado na AMP). Estas actividades contribuem com cerca de 3,5% do volume de vendas

total das sociedades sediadas no concelho, equivalendo a 27.095 milhares de euros. De notar

que na AMP o seu contributo é da ordem dos 28% no total de todas as actividades.

15 Idem.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

71

O volume médio de vendas por trabalhador observado é também muito baixo se comparado

com o calculado para a AMP (34,56 para 150,60 milhares de euros por trabalhador). Tais

valores reflectem a forte especialização destas actividades na AMP, estando também explícitas

as diferenças de produção verificadas nos outros sectores entre o concelho da Póvoa de

Varzim e a Área Metropolitana.

Os serviços públicos sociais e outros empregam 8,9% dos trabalhadores ao serviço das

sociedades do concelho (dobro do valor calculado para as restantes unidades geográficas). O

número médio de pessoas ao serviço é de 9,4 (também aproximadamente o dobro do

observado para as outras unidades), sendo o volume médio de vendas por pessoa de 67,6

milhares de euros, valor superior ao da AMP (43,4 milhares de euros), da Região Norte (40

milhares de euros) e Portugal (45 milhares de euros).

Relativamente à distribuição espacial dos serviços no concelho, verifica-se por um lado a

grande centralidade exercida pela freguesia da Póvoa de Varzim, e por outro lado a

importância da Praça do Almada, Avenida Mouzinho de Albuquerque e Rua Gomes de

Amorim.

As actividades de comércio, tal como os serviços, exercem um maior peso na freguesia da

Póvoa de Varzim, sendo a zona central onde se encontra maior e mais variado tipo de

comércio (com especial destaque para a Rua da Junqueira e Rua 31 de Janeiro). De referir

também a atracção de dois grandes espaços comerciais (hipermercados), um localizado entre o

IC1 e a futura Via B, outro com localização na intercepção da EN205 com a Rua Sacra Família16.

A EN13 assume particular importância quer no centro da cidade, pela concentração de

estabelecimentos de comércio e serviços, quer fora do perímetro urbano por concentrar

actividades de comércio por grosso e pela realização da feira das cebolas (com localização no

limite a Norte do concelho, na freguesia da Estela, e de realização semanal)17.

16 Idem. 17 Idem.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

72

A actividade turística merece-nos, no contexto poveiro, uma análise específica18. Podemos

adiantar que o concelho concentra um vasto e diversificado conjunto de recursos turísticos

materializados nos recursos patrimoniais e naturais, em equipamentos, infra-estruturas ou

mesmo actividades ligadas directamente ao turismo.

No que respeita à oferta turística, de 1992 para 2001, verifica-se a emergência de mais um

hotel e outros dois estabelecimentos hoteleiros, com reflexos significativos quer no número de

quartos (531 para 624), quer na capacidade de alojamento (de 1086 para capacidade para 1459

hóspedes). O concelho assume-se como uma extensão de oferta turística da cidade do

Porto, pretendendo ser uma extensão de tipo qualidade alta.

Existem actualmente no concelho 6 hotéis, 3 pensões e outros 3 estabelecimentos. Os hotéis

compreendem cerca de 75% do número de quartos do total dos estabelecimentos hoteleiros

(466 quartos do total de 624), ao que corresponde 78% da capacidade de alojamento do

concelho (capacidade para 1139 hóspedes do total de 1459). O concelho relativamente à AMP

representa 8,2% do número de estabelecimentos hoteleiros, 10,4% do número de quartos e

11,6% da capacidade de alojamento, assumindo-se como uma extensão de oferta turística

de tipo qualidade alta da cidade do Porto.

Quanto à procura hoteleira no concelho, no período de 1997 para 2001, esta aumentou em

cerca de 7% o número de hóspedes, tendência semelhante à observada no Grande Porto e

Portugal, e metade da verificada na Região Norte. O aumento verificado deve-se ao aumento

do número de hóspedes de nacionalidade portuguesa (+21%), uma vez que se assistiu a um

decréscimo na entrada de hóspedes estrangeiros (-16%), agravando-se a tendência já ocorrida

no período 1991/1997.

De facto, os hóspedes de nacionalidade portuguesa têm vindo a aumentar o seu peso relativo

(em 1991 correspondiam a 54%, em 1997 a 62% e em 2001 a 70% do total de hóspedes). Esta

tendência verifica-se também nos espaços geográficos de comparação, embora em proporções

menores (de 1997 para 2001 aumentaram em cerca de 2%). Os espanhóis continuam a ser os

turistas estrangeiros mais representados, pois em 2001 detinham um peso relativo de 16% do

total de procura, correspondendo a cerca de metade da procura estrangeira), apesar de se ter

assistido a uma diminuição da ordem dos 4% entre 1997 e 2001. 18 Tal como tem sido referido ao longo deste sub-capítulo, os dados apresentados foram fornecidos pelo Departamento de Gestão, Urbanística e Ambiente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim no quadro da actual Revisão do Plano Director Municipal, ainda em curso.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

73

Em relação ao número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros regista-se um aumento

igual ao verificado na entrada de hóspedes (7%), sendo a procura nacional responsável, em

2001, por 59% da total (o número de dormidas de nacionais registou um aumento de 16%,

enquanto que o número de dormidas de hóspedes estrangeiros registou uma queda de 4%).

Relativamente ao tempo de permanência médio do total de hóspedes em estabelecimentos

hoteleiros do concelho não se verificaram alterações (2,15 dias/hóspede quer em 1997 quer

em 2001, valor este muito inferior à média nacional: 3,57 dias/hóspede em 2001); no entanto é

de referir que o tempo de permanência médio de estrangeiros subiu de 2,60 para 2,96

dias/hóspede, embora continue inferior ao verificado para Portugal (4,78).

Os estabelecimentos hoteleiros registaram em 2001 um volume de facturação de 6679

milhares de euros (mais 509 milhares de euros que em 1998), sendo as receitas geradas nos

hotéis responsáveis por cerca de 80% do valor movimentado (5259 milhares de euros).

Assim, e no que diz respeito à actividade turística podemos asseverar que o concelho tem

vindo a operar uma tendência no sentido da sua requalificação, tendo mesmo vindo a

verificar-se uma nova dinâmica de investimento municipal na área da animação

complementar ao turismo, o que tem tido impactos muito positivos na requalificação

urbanística da cidade. Aliás, podemos dizer que na actualidade, a Póvoa dispõe de uma

oferta hoteleira renovada e de qualidade média, pretendendo ser de qualidade média alta.

A nossa análise será ainda coadjuvada pela análise dos chamados indicadores

complementares, caracterizadores das dinâmicas e da estrutura produtiva o comércio

internacional declarado pelos operadores com sede no concelho da Póvoa de Varzim e o

Índice per capita do Poder de Compra19.

No que respeita ao comércio internacional declarado em 2001, verifica-se um saldo

comercial positivo em que o valor das exportações excede em cerca de 29% (27.512 milhares

de euros) o valor das importações (dobro da percentagem calculada para 1997, que era de

16%). O contributo no valor das exportações do concelho da Póvoa de Varzim no ano de 2001

19 Mais uma vez refira-se que estes dados foram fornecidos pelo Departamento de Gestão, Urbanística e Ambiente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim no quadro da actual Revisão do Plano Director Municipal, ainda em curso.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

74

foi de 3,40% na AMP e de 1,04% na Região Norte, verificando-se em relação aos dois espaços

geográficos percentagens de contributo superiores às verificadas em 1997, concretamente

3,16% e 0,97%.

De acordo com o “Estudo sobre o poder de compra concelhio, 2002”, do INE, o concelho da

Póvoa de Varzim apresenta um Índice per capita do Poder de Compra de 90 (Portugal = base

100)20, valor superior ao registado em 1998 (índice 81). Apesar do aumento verificado é de

referir que o concelho possui um índice baixo se comparado com o calculado para a média da

AMP (122).

Quadro 20: Indicadores de Poder de Compra em Portugal, Região Norte e Grande Porto

NUTS/Concelho IPC

Portugal 100,00

Região Norte 85,58

Grande Porto 121,99

Espinho 116,49

Gondomar 92,57

Maia 118,19

Matosinhos 133,86

Porto 176,62

Póvoa de Varzim 89,99

Valongo 98,68

Vila do Conde 80,31

Vila Nova de Gaia 107,89 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

1.6.4. Indicadores de Emprego e de Desemprego

Procedendo agora à análise dos indicadores de emprego, verifica-se que o concelho da

Póvoa de Varzim possui uma taxa de actividade próxima do Grande Porto e superior quer

à verificada para a Região Norte e Portugal em 2001, quer à calculada em 1991 (48,0%).

20 IPC – Indicador per Capita – É um número índice com o valor 100 no país, que compara o poder de compra regularmente manifestado nos diferentes concelhos e regiões, em termos per capita, com esse valor de referência.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

75

Relativamente à taxa de desemprego, constata-se uma taxa bem inferior à observada para

os restantes espaços geográficos de comparação. No entanto, de referir que de 1991 para

2001 a taxa de desemprego aumentou em 1,3 pontos percentuais. São as freguesias da Póvoa

de Varzim, Argivai e Aver-o-Mar que registam maior taxa de desemprego e concentra 72% do

desemprego do concelho (residem na Cidade 1448 desempregados dos 2012 do concelho).

Quadro 21: Taxa de Actividade e Taxa de Desemprego da População Residente Empregada no concelho da Póvoa de Varzim, em 2001

NUTS/ CONCELHO TAXA DE ACTIVIDADE TAXA DE DESEMPREGO

Portugal 48,2% 6,8%

Região Norte 48,1% 6,7%

Grande Porto 51,4% 8,0%

Póvoa de Varzim 51,1% 6,2%

Fonte: Censos 2001, INE.

No último período intercensitário, assistiu-se a um aumento da taxa de desemprego no

Concelho da Póvoa de Varzim passando de 4.9% em 1991 para um valor que se cifrava em 6.2

% em 2001. Analisando a taxa de desemprego segundo o género, constata-se que, esta é mais

elevada nas mulheres (7.4% em 2001) do que nos homens (5.2%).

Gráfico 8: Taxa de Desemprego na AMP em 2001

Este gráfico vem corroborar os dados anteriores, evidenciando o aumento da taxa de

desemprego em todos os concelhos da AMP, donde se destaca Gondomar, Porto e Vila Nova

de Gaia como os municípios onde esse crescimento foi mais evidente.

0

2

4

6

8

10

12

Póvoa deVarzim

Espinho Gondomar Maia Matosinhos Porto Valongo Vila doConde

Vila Nova de Gaia

1991 2001

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76

Quadro 22: População Desempregada registado no Concelho da Póvoa de Varzim (2001, 2004) População Desempregada

Ano Homens Mulheres Total Procura 1.º Emprego

Procura Novo

Emprego

2001 923 1 089 2 012 433 1 579

2004 1 593 1 756 3 349 262 3 087

Fonte: IEFP, 2005

Ao analisarmos os dados do desemprego registado na Póvoa de Varzim, verificamos que, no

período de três anos apresentado, houve um acréscimo da população desempregada no

Concelho da Póvoa de Varzim, o que corresponde a mais 1 333. Efectivamente, existem 3 446

desempregados inscritos no Centro de Emprego do Concelho da Póvoa de Varzim, com uma

proporção mais significativa de mulheres (1.756; aproximadamente 52% do total de

desempregados) do que de homens (1 593; 48%). Destes, 262 (8 %) procuram o seu 1.º

emprego e os restantes 3 087 (92%) procuram um novo emprego. Tal como se verificou no

país, assistiu-se, entre Outubro, Novembro e Dezembro de 2004, a um ligeiro, mas constante,

aumento do número de desempregados inscritos no Centro de Emprego da Póvoa de Varzim.

Quadro 23: Desemprego Registado no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo o Grupo Etário

N.º de Desempregados Registado por Grupos Etários

Outubro Novembro Dezembro

< 25 25 a

34

35 a

54

55 e

+ TOTAL < 25

25 a

34

35 a

54

55 e

+ TOTAL < 25

25 a

34

35 a

54 55 e + TOTAL

Póvoa de Varzim 515 809 1 263 692 3 279 523 818 1 255 706 3 302 498 839 1 289 723 3 349

Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional, 2004.

Em 2004, e ainda relativamente à desagregação dos desempregados inscritos no Centro de

Emprego segundo grandes grupos etários, observa-se que, acompanhando as tendências dos

meses anteriores, em Dezembro de 2004, os indivíduos com idades compreendidas entre os 35

e 54 anos eram o grupo mais afectado, seguindo-se a faixa etária dos 25-34 e os

desempregados com mais de 55 anos. Com menor expressão quantitativa, surgiam os

desempregados com menos de 25 anos, representando aproximadamente 15% do total de

desempregados inscritos.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

77

Quadro 24: Desemprego Registado no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo o Tempo de Inscrição

N.º de Desempregados Registado Segundo o Tempo de Inscrição

Outubro Novembro Dezembro

< 1 ano 1 ano e + Total < 1 ano 1 ano e + Total < 1 ano 1 ano e + Total

Póvoa de Varzim

1 825 1 454 3 279 1 859 1 443 3 302 1 933 1 416 3 349 Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional, 2004.

Ainda com dados relativos ao último trimestre de 2004, no que concerne ao Tempo de

Inscrição, pode referir-se que a maioria dos desempregados estavam inscritos há menos de

1 ano no Centro de Emprego (1 933 indivíduos) e que apenas 1 416 estavam inscritos há mais

de 1 ano.

Quadro 25: Desemprego Registado no Concelho da Póvoa de Varzim, por Níveis de Escolaridade

Nenhum 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secundário Superior TOTAL

Outubro 156 1 175 728 475 444 301 3 279

Novembro 161 1 191 744 483 450 273 3 302

Póvo

a de

V

arzi

m

Dezembro 176 1 229 779 470 443 252 3 349 Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional, 2004.

Reportando-se a análise ao último mês de 2004, constata-se que, dos desempregados inscritos

no Centro de Emprego da Póvoa de Varzim, 1 229 (36.7%) têm o 1.º Ciclo do Ensino Básico,

779 (23.3%) detêm o 2.º Ciclo do Ensino Básico, 470 (14.0%) possuem o 3.º Ciclo, 443 (13.2%)

possuem o Ensino Secundário, 252 (7.5%) são detentores de um Curso Superior. Saliente-se,

ainda, a existência de 176 (5.3%) desempregados inscritos sem nenhum tipo de instrução

oficial.

1.6.5. Índice de Desenvolvimento Económico e Social

Enquadrando o Nível de Desenvolvimento Económico e Social do Concelho da Póvoa de

Varzim, apresenta-se o índice, medido pelo departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP)

do Ministério das Finanças, para o ano de 2004. O valor deste índice deve ser lido com algum

cuidado, na medida em que é composto por informação estatística baseada em estimativas

inter censitárias, acredita-se todavia que é susceptível de espelhar quantitativamente a

realidade socioeconómica do concelho em contexto regional.

Deste modo, o Índice de Desenvolvimento Económico e Social (IDES) é calculado tendo em

conta os seguintes indicadores:

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

78

Índice de Educação, representando a relação entre a população que sabe ler e escrever

com 15 e mais anos de idade e a população total do mesmo grupo etário (em ambos os

sexos, expressa em %);

Índice de Longevidade, representada pela esperança de vida à nascença, em ambos os

sexos;

Índice de conforto, traduzindo a média aritmética da população que tem água

canalizada, energia eléctrica e instalações sanitárias;

Índice de PIB, calculado com referência aos valores máximos e mínimos para o PIB real

per capita, no conjunto dos concelhos de Portugal.

Quadro 26: Índice de Desenvolvimento Económico e Social (IDES)

1981 1991 2001

Portugal 0.672

0.753

0.800

Região Norte 0.683

0.739

0.775

Grande Porto 0.733

0.787

0.824

Póvoa de Varzim 0.897 0.899 0.924

Fonte: Censos 1981,1991,2001, INE.

Constata-se dos dados supra referidos, a tendência de evolução positiva do índice composto

para todas as unidades geográficas representadas. O concelho da Póvoa de Varzim apresenta,

da mesma forma, uma tendência evolutiva positiva ao nível deste índice compósito para os

anos em análise.

Não obstante a evolução positiva que se tem constatado em todas as unidades de análise,

verifica-se que o IDES da Póvoa de Varzim se encontra acima dos valores de referência do

Grande Porto, Região Norte e à média do Continente a partir do ano de 1981, inclusive.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

79

2. Estruturação e Caracterização do Sistema Educativo

2.1. Sistema Educativo

As grandes linhas que orientam a acção do sistema educativo exprimem o direito constitucional

à educação e o dever do Estado de desenvolver a democratização da educação, garantindo o

direito à igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares e as restantes condições

para que esta contribua para o desenvolvimento da personalidade do indivíduo, para o

progresso social e para a participação na vida colectiva. É igualmente assegurado o direito pela

liberdade de aprender e de ensinar, não podendo ser direito do Estado, a programação a

educação e a cultura, de acordo com quaisquer directrizes filosóficas, políticas, ideológicas ou

religiosas.

A Lei de Bases do Sistema Educativo, publicada em 1986, a Lei nº 46/86 de 14 de Outubro

(posteriormente alterada, nalguns dos seus articulados, pela Lei nº 115/97, de 19 de Setembro),

estabelece o quadro geral em que se organiza e estrutura o actual sistema educativo.

Nos termos da referida Lei, o sistema educativo compreende: A Educação Pré-Escolar constitui

a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida do indivíduo e

é complementar da acção educativa familiar, com a qual deve estabelecer estreita cooperação.

Este nível de ensino destina-se às crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a

idade de ingresso no ensino básico e é ministrado em estabelecimentos de educação pré-

escolar, públicos, instituições de solidariedade social e particulares e cooperativos, os quais

proporcionam actividades educativas e apoio à família, designadamente no âmbito de

actividades de animação sócio-educativa.

A frequência deste nível de ensino é facultativo, dado que é à família que compete ter o papel

principal no processo de educação da criança.

A educação escolar engloba três níveis de ensino, os ensinos básico, secundário e superior,

com finalidades, características e organizações próprias, integra modalidades especiais e inclui

actividades de ocupação de tempos livres.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

80

O ensino básico é universal, obrigatório e gratuito e tem a duração de nove anos, abrangendo

assim todas as crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos de idade. A

frequência pode ser efectuada em escolas públicas, particulares ou cooperativas.

Este nível de ensino, abrange 3 ciclos sequenciais, organizados da seguinte forma:

1 º ciclo – que tem uma duração de 4 anos de escolaridade e compreende um ensino

globalizante, sendo da responsabilidade de um só professor (podendo, no entanto, ser

coadjuvado em áreas especializadas).

2º ciclo – que tem a duração de 2 anos de escolaridade e compreende um ensino

organizado por áreas interdisciplinares de formação básica e desenvolve-se

predominantemente em regime de professor por área.

3º ciclo – que tem a duração de 3 anos de escolaridade e compreende um ensino

organizado de acordo com um plano curricular unificado, incluindo áreas vocacionais

diversificadas, e desenvolve-se em regime de um professor por disciplina ou grupo de

disciplinas.

O Ensino Secundário tem a duração de 3 anos de escolaridade, respectivamente 10º, 11º e 12º

anos, e é facultativo. Para terem acesso a este nível de ensino os alunos têm que ter

aproveitamento no ensino básico. Este nível de ensino organiza-se segundo formas

diferenciadas, integrando a existência de cursos orientados para a vida activa (cursos

tecnológicos e cursos profissionais) ou para o prosseguimento de estudos (cursos de carácter

geral). Todos eles dispõem de componentes de formação de sentido técnico, tecnológico e

profissionalizante e de língua e cultura portuguesas adequadas à natureza dos diversos cursos,

sendo assegurada a permeabilidade entre eles.

O ensino superior compreende o ensino universitário e o ensino politécnico, nas suas

diferentes unidades orgânicas.

Só têm acesso a este nível de ensino os alunos habilitados com um curso secundário, ou

equivalente, que, cumulativamente, façam prova de capacidade para a sua frequência. Os

indivíduos com mais de 25 anos que não tendo o secundário ou equivalente, façam prova

especialmente adequada de capacidade para a frequência, as quais de âmbito nacional e

específicas para cada curso ou grupo de cursos afins. O acesso a este nível de ensino está

condicionado por limitações quantitativas (números clausus).

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

81

No ensino superior são conferidos os graus académicos de Bacharel, Licenciado, Mestre e

Doutor, podendo ainda ser atribuídos diplomas de estudos superiores especializados, bem

como outros certificados e diplomas para cursos de pequena duração.

Como modalidades especiais no âmbito da educação escolar, temos a Educação Especial; a

Formação Profissional; o Ensino Recorrente de Adultos; o Ensino à Distância e o Ensino

Português no Estrangeiro.

Fazendo parte integrante da educação escolar cada uma destas modalidades, contudo, regem-

se por disposições especiais:- a educação extra-escolar engloba actividades de alfabetização e

de educação de base, de aperfeiçoamento e actualização cultural e científica e a iniciação,

reconversão e aperfeiçoamento profissional e realiza-se num quadro de iniciativas múltiplas, de

natureza formal e não formal. A educação extra-escolar integra-se numa perspectiva de

educação permanente, e visa dar continuidade à acção educativa.

As actividades da educação extra-escolar podem ser levadas a efeito em estruturas de

extensão cultural do sistema escolar, ou em sistemas abertos, recorrendo a meios de

comunicação social e a tecnologias específicas e adequadas. Os cursos aqui desenvolvidos têm

como finalidades específicas a alfabetização, a actualização, a formação cultural, a formação

cívica e a formação para o trabalho.

É da competência do Estado promover a realização das iniciativas extra-escolar e de dar apoio

às que sejam desenvolvidas por outras instituições, como autarquias, associações, etc.

2.2. Enquadramento Geral da Educação e do Ensino

2.2.1. População e Ensino

Ao compararmos os dados do concelho da Póvoa de Varzim, relativamente ao nível de

ensino da população residente, com os observados no país, verificamos que a

percentagem de indivíduos que não possuem qualquer nível de ensino (12.6%) é inferior à

média registada a nível nacional (14.4%).

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

82

No que se refere aos "níveis de escolaridade europeus" (9 ou + anos de escolaridade), a

percentagem de indivíduos detentores destes níveis abrange quase 34%, sendo inferior à

média registada a nível nacional (38%). Esta inferioridade em relação ao nível de instrução

médio da população residente no país é sobretudo evidente na proporção de indivíduos que

possuem o Ensino Superior (8.7%), em contraponto com os 10.5% registados a nível nacional.

Quadro 27: Nível de Ensino da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto,

na Região Norte e em Portugal, em percentagem (2001)

Nenhum Nível

de Ensino 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo

Ens.

Secundário

Ens.

Médio

Ens.

Superior

PORTUGAL 14.2% 35.1% 12.6% 10.9% 15.7% 0.8% 10.7%

REGIÃO NORTE 14.0% 37.6% 15.1% 10.7% 13.1% 0.6% 8.9%

GRANDE PORTO 11.2% 33.8% 12.5% 11.2% 17.0% 1.0% 13.3%

PÓVOA DE VARZIM 12.6% 36.0% 17.9% 11.4% 12.7% 0.7% 8.7%

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

No entanto, o concelho da Póvoa de Varzim tem a mais elevada taxa de frequência escolar

ao nível do 2.º ciclo, 17.9%, em comparação com os concelhos do Grande Porto e tem

mais quase 5 pontos percentuais em relação à média nacional, tendo, também, a maior

taxa no que se refere ao 3.º ciclo do Ensino Básico (11,4%), o que poderá significar estarmos

num quadro de mudança no tocante à permanência na escola das populações e a um crescente

investimento na experiência educativa.

2.2.2. Taxa de Analfabetismo

O concelho da Póvoa de Varzim apresenta, em 2001, uma taxa de analfabetismo situada nos

5,9%, o que representa uma descida de 1.1% face aos Censos de 91, e uma percentagem

inferior em 3 pontos percentuais em relação à media nacional, 2.2 % em relação à Região

Norte e semelhante quando comparada com os concelhos da AMP.

Quadro 28: Taxa de Analfabetismo

TERRITÓRIO 1991 2001

PORTUGAL 11% 9%

REGIÃO NORTE 9.9% 8.3%

GRANDE PORTO 5.9% 5.3%

PÓVOA DE VARZIM 7.0% 5.9%

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

83

Gráfico 9: Taxa de Analfabetismo na AMP

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Póvoa deVarzim

Espinho Gondomar M aia M atosinhos Porto Valongo Vila doConde

Vila Nova deGaia

1991 2001

Em 2001, de acordo com os dados do INE, no Grande Porto, região na qual está inserido o

concelho da Póvoa de Varzim, e fazendo a comparação com os dados relativos à região Norte e

ao País, a taxa de analfabetismo era a mais baixa das quatro escalas territoriais que temos

vindo a utilizar, situando-se nos 5,3%. No mesmo ano, esta taxa era ligeiramente superior

no concelho, cerca de 5,9%.

Apesar do cenário positivo relativamente ao analfabetismo no quadro da sociedade

poveira, não podemos deixar de referir dados recentes que reiteram que em Portugal,

48% dos indivíduos que sabem ler e escrever sofrem de analfabetismo funcional. O que

quer dizer que não percebem o que estão a ler, ou têm dificuldade em entender parte da

informação.

Este é um dado recorrente no retrato do país que, anualmente, é feito pelo Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no capítulo dedicado à classificação dos

países num Índice de Desenvolvimento Humano.

2.2.3. Outros Indicadores Educacionais

Abordar os assuntos ligados à educação exige que se foque a questão do insucesso e do

abandono escolar. O abandono escolar foi considerado em 2003 pelo INE como um fenómeno

que nos merece a maior preocupação, dado o crescente número de casos que se têm

verificado, nomeadamente, na Região Norte do país.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

84

Este fenómeno pode ser considerado como uma causa directa dos problemas e situações de

exclusão social, na medida em que as consequências que acarreta não se resumem unicamente

ao campo escolar mas repercutem-se nas mais diversas dimensões da vida dos indivíduos.

Subjacentes ao abandono escolar podem estar problemas relacionados com a própria estrutura

familiar dos agregados das crianças e jovens, com a estrutura económica da região envolvente

e até com o próprio funcionamento da instituição escolar, muitas vezes totalmente desfasado

dos interesses e aspirações dos jovens residentes neste tipo de contextos sócio-territoriais.

Interessa, antes de uma análise do quadro seguinte, precisar os conceitos retratados pelos

indicadores:

Abandono do Ensino Básico (%): Total de indivíduos, no momento censitário, com 10-

15 anos, que não têm o 3º ciclo completo e que não se encontram a frequentar a

escola, em relação ao total de indivíduos com 10-15 anos no mesmo momento

censitário;

Saída Antecipada (%): Total de indivíduos, no momento censitário, com 18-24 anos,

que não têm o 3º ciclo completo e que não se encontram a frequentar a escola, em

relação ao total de indivíduos com 18-24 anos no mesmo momento censitário;

Saída Precoce (%): Total de indivíduos, no momento censitário, com 18-24 anos, que

não têm o ensino secundário completo e que não se encontram a frequentar a escola,

em relação ao total de indivíduos com 18-24 anos no mesmo momento censitário;

Retenção no Ensino Básico (1º, 2º e 3º ciclos): percentagem dos efectivos escolares

que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de

classificações, no ensino básico (1º, 2º ou 3º ciclo) em relação à totalidade de alunos

que iniciaram este mesmo nível de ensino;

Aproveitamento no Ensino Secundário: percentagem de alunos que no 10º e 11º anos

obtêm classificação igual ou superior a 10 valores em todas as disciplinas

correspondentes ao curso frequentado, ou em todas menos duas, e os que concluem o

12º ano.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

85

Quadro 29: Indicadores no âmbito da Educação, alguns dados comparativos

TERRITÓRIO

ABANDONO (10-15 anos

Que não Concluíram o

3.º Ciclo

SAÍDA ANTECIPADA (18-24 anos

Que não Concluíram o

3.º Ciclo

SAÍDA PRECOCE (18-24 anos

Que não Concluíram o

Ensino secundário

RETENÇÃO

GLOBAL 1.º, 2.º, 3.º

Ciclos

APROVEITAMENTO NO

ENSINO SECUNDÁRIO

PORTUGAL 2.7 25 44 16.8 60

GRANDE PORTO 2.6 22 40.5 12.9 64.2

PÓVOA DE VARZIM 3.9 38.8 57.2 12.1 68.4

ESPINHO 4.1 27.2 44.5 13.9 74.5

GONDOMAR 2.3 21.4 42.2 12.5 62.3

MAIA 1.8 19.6 38.8 12.1 63.7

MATOSINHOS 2.1 18.4 37 14.4 63.8

PORTO 2.6 15.6 28.2 11.9 65.4

VALONGO 3 24.9 44.9 14.1 48.9

Vila do Conde 3.3 36.1 55.9 14.1 67

Vila Nova de Gaia 2.6 21.8 42.6 13.1 66

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.

Uma análise célere do seguinte quadro permite ainda verificar que o concelho da Póvoa de

Varzim surge como o segundo concelho do Grande Porto com maior taxa de abandono

escolar (10 - 15 anos que não concluíram o 3.º ciclo), 3,9%, sendo superior à taxa verificada

a nível nacional (2,7%) e do Grande Porto (2,6%).

No que se refere à saída antecipada (18 - 24 anos que não concluíram o 3.º ciclo), e à saída

precoce (18 - 24 anos que não concluíram o ensino secundário), o concelho surge com as taxas

mais elevadas, 38,8% e 57,2% respectivamente, quando comparado com os outros concelhos

do Grande Porto e com Portugal.

Todavia, relativamente aos dados de aproveitamento no ensino secundário, o concelho da

Póvoa de Varzim registou a segunda melhor taxa de aproveitamento no ensino secundário

(68,4%), quando comparado com os outros concelhos do Grande Porto.

No que se refere aos dados apurados no ano de 2004/2005, foi possível perceber que os

casos de abandono se registaram principalmente no 10º ano de escolaridade, logo após a

conclusão da escolaridade obrigatória, o que coloca em questão a forma como a escola

procura e consegue (ou não) motivar os jovens para o prosseguimento de estudos. Não deixa

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

86

de ser significativo também o número de jovens que abandonou a escola no 7º ano de

escolaridade, ainda antes do término da escolaridade obrigatória.

Quadro 30: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram, segundo o Nível de Ensino – 2004/2005

ALUNOS MATRICULADOS

ALUNOS RETIDOS

ALUNOS QUE ABANDONARAM NÍVEL DE ENSINO

N.º N.º % N.º %

1.º CICLO (TOTAL) 3 544 190 5,4 9 0.3

1.º ANO 824 0 0 2 0,2

2.º ANO 943 95 10,0 2 0,2

3º ANO 865 51 5,9 4 0,4

4.º ANO 912 47 5,2 1 0,1

2.º CICLO (TOTAL) 2 112 322 15,2 46 2,2

5.º ANO 1057 141 13,3 21 2,0

6.º ANO 1055 181 17,1 25 2,4

3.º CICLO (TOTAL) 2 496 411 16,5 67 2,7

7.º ANO 1030 217 21,0 34 3,7

8.º ANO 779 115 14,7 17 2,1

9.º ANO 687 79 11,5 16 2,3

SECUNDÁRIO (TOTAL) 1 868 242 12,9 216 11.5

10.º ANO 689 123 17,8 118 17,1

11.º ANO 588 23 3,9 33 5,6

12.º ANO 591 96 16,2 65 10,9

TOTAL 10 020 1 168 11,6 338 3,4 Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

A taxa de abandono é mais acentuada no Ensino Secundário – 11,5%, logo seguido do 3º

ciclo do Ensino Básico – 2,7%. De uma forma global, e tendo em conta todos os níveis de

ensino, estamos perante uma taxa de abandono escolar na ordem dos 3.4%, ligeiramente

inferior à verificada em 2001 (3,9%). As elevadas taxas de abandono escolar podem estar

profundamente relacionadas com a baixa valorização que é dada à escola.

No que respeita ao insucesso escolar, os números assumem ainda maior visibilidade,

como seria de esperar, uma vez que o abandono é apenas uma das facetas do insucesso

escolar. Mais uma vez, o 7º ano destaca-se pela negativa, com 21% de alunos retidos. No

entanto, também o 12º ano, o 10º ano e o 6.º ano de escolaridade apresentam valores

significativos, o que poderá estar relacionado com o facto destes anos serem anos importantes

de transição.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

87

A taxa de insucesso escolar parece evoluir de uma forma ascendente dos níveis mais

baixos de ensino para os níveis mais elevados: 5,4% no 1.º ciclo, 15,2% no 2º ciclo, 16.5%

no 3º ciclo e com uma ligeira descida no ensino secundário (12,9%). Em termos totais esta taxa

situa-se nos 11,6%.

2.3. Educação, Ensino e formação 2.3.1. Rede Educativa: equipamentos e serviços

A Rede Educativa do concelho da Póvoa de Varzim, actualmente, congrega um conjunto de

equipamentos da rede pública e da rede privada, sendo composta por 55 estabelecimentos da

rede pública, 15 da rede solidária e 7 da rede privada. A rede pública garante 71% da

capacidade global, cabendo à rede privada e solidária os restantes 29%.

Quadro 31: Rede de Equipamentos Escolares no Concelho da Póvoa de Varzim

EQUIPAMENTOS ESCOLARES N.º

Jardim-de-infância – Rede Pública 19

Jardim-de-infância – Rede Solidária 14 PRÉ-ESCOLAR

Jardim-de-infância – Rede Privada 4

EB 1 – Rede Pública 28

EB 1 – Rede Solidária 1

1.º CICLO

EB 1 – Rede Privada 1

EB 2/3 – Rede Pública 5 2.º E 3.º CICLO

EB 2/3 – Rede Privada 1

Escolas Secundárias – Rede Pública 2 SECUNDÁRIO

Escolas Secundárias – Rede Privada 1

ENSINO SUPERIOR Escola Superior – Rede Pública 1

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

No que se refere à oferta escolar por nível de ensino, podemos constatar que o pré-escolar é

assegurado pela rede pública em 54,2%, pela rede solidária em 34.2% e pela rede privada em

11.4%.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

88

Ao nível do 1.º Ciclo de Ensino Básico e dos 2º/3ª ciclos do Ensino Básico a oferta de resposta

é praticamente garantida pela rede pública, tendo uma capacidade de resposta de 96,6% e

83,3%, respectivamente. A rede privada garante apenas 3,4% no 1º CEB e 13,7% nos 2º e 3ª

CEB. O Ensino Secundário e o Ensino Superior são assegurados integralmente pela rede

pública, até ao ano lectivo de 2005/2006, ano a partir do qual o ensino secundário passa a ser

assegurado, também, pela rede privada.

Cartograma 6: Rede Educativa no Concelho da Póvoa de Varzim

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

89

2.3.2. Caracterização do Pré-Escolar

O direito das crianças à educação pré-escolar está reconhecido na Constituição da República

Portuguesa, na Lei de Bases do Sistema Educativo e na legislação específica que regula esta

área educativa.

A educação pré-escolar, sem prejuízo de outras opções das famílias, deve ser servida por uma

rede pública universal e gratuita, competindo ao Estado criá-la e assegurar o seu

funcionamento.

Exceptuando o período da Primeira República, em que, simultaneamente à definição de

orientações oficiais para a escola primária, eram também definidas orientações para as escolas

infantis, a educação de infância sempre ocupou um lugar diferenciado no sistema educativo.

Estas desigualdades começaram a existir durante o período do Estado Novo, em que a

educação pré-escolar foi totalmente negligenciada, sendo o seu desenvolvimento quase

exclusivamente entregue à iniciativa privada e à Assistência Social.

Só em 1973, com a reforma de Veiga Simão a educação de infância foi reintegrada no sistema

educativo, sendo definida a criação de cursos públicos para a formação de educadores de

infância, até aí a cargo de escolas privadas.

Embora, no período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974, tivessem multiplicado as iniciativas

populares de criação de suportes de atendimento às crianças, só em 1977 foi definida a criação

de uma rede pública de educação pré-escolar. Em Dezembro de 1978 surgem os primeiros

Jardins de Infância oficiais e em 1979 é publicado o Estatuto dos Jardins de infância (Decreto-

Lei nº 542/79 de 31 de Dezembro).

Até então foram sobretudo as iniciativas das Instituições Privadas de Solidariedade Social

(IPSS), que incorporaram as organizações de educação de infância sem fins lucrativos.

Com a publicação do Decreto-Lei nº 77/84, de 8 de Março, o qual define as delimitações e a

coordenação das actuações das Administrações Central e Local em matéria de investimentos

públicos.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

90

Assim, em matéria de Educação ao nível do Pré-Escolar, passaram para as autarquias a

responsabilidade da construção dos Jardins de Infância, as quais, uma vez perto das

populações, tinham um melhor conhecimento das necessidades deste tipo de equipamento nos

seus concelhos. Enquanto isso, a Administração Central continuava com a responsabilidade da

colocação do pessoal docente (educadores de Infância) e não docente (Auxiliares da Acção

Educativa).

Era previsível que este esforço conjugado aumentasse, gradativamente, a taxa de cobertura

deste grau de ensino, sendo que este esquema de cooperação funcionou razoavelmente até

1988, tendo cada uma das partes assumido as suas responsabilidades: os Municípios, por

acordo prévio com a Administração Central, construíam o edifício, e o Governo, através de

Portaria, criava a unidade pré-escolar, assumindo em consequência a obrigatoriedade da

colocação do pessoal.

Todavia, sucede que, a partir daquele ano, o Governo unilateralmente e por razões que apenas

terão a ver com aspectos economicistas, decidiu romper com o “acordo” até então em prática,

retendo a publicação das Portarias de criação de novas salas de Jardim de Infância,

responsabilidade que, alegadamente, fontes do Ministério da Educação imputaram ao

Ministério das Finanças.

Tal atitude, legalmente possível, mas contudo ética e moralmente reprovável, conduziu a

inúmeras situações de impasse, com evidente prejuízo para as crianças e desespero dos pais.

Perante tal problema, valeu, em muitos casos, e mais uma vez, a generosidade e o espírito de

serviço das autarquias que, ultrapassando mesmo as suas competências, entenderam por bem

substituir-se ao Governo, nomeadamente na contratação de auxiliares da acção educativa e,

até, em muitos casos, na contratação de educadores de infância.

Daqui ocorreu, então, o aparecimento de uma nova instituição – designada de “Jardim

Autárquico” (eram Jardins de Infância criados pelas autarquias cuja componente pedagógica e

social, bem como a colocação do pessoal docente e não docente, eram da sua inteira

responsabilidade) – sem consciência legal e como recurso último para dar satisfação às

exigências e necessidades das comunidades locais. Esta situação permaneceu assim até 1996.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

91

A partir de 1997, surge pela primeira vez um quadro legislativo próprio da Educação Pré-

Escolar e são publicados dois importantes normativos, a Lei-quadro da Educação Pré-escolar

(Lei nº 5/97, de 10 de Fevereiro) e o Programa de Expansão e Desenvolvimento da Educação

Pré-escolar (Decreto-Lei nº.147/97, de 11 de Junho).

Assim, a Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar vem consagrar a valência do Pré-escolar como a

primeira etapa da educação básica, definindo o papel participativo das famílias e o papel

estratégico do Estado, das autarquias e da iniciativa particular, cooperativa e social.

A tutela pedagógica é claramente assumida pelo Ministério da Educação, facto histórico e

desde há vinte e cinco anos solicitado por inúmeros grupos de trabalho.

É estabelecida uma rede nacional de educação pré-escolar a qual engloba estabelecimentos

públicos, privados e de solidariedade social. Contempla ainda a lei a possibilidade de

modalidades flexíveis e diversificadas em resposta aos contextos e necessidades locais.

É consagrada a gratuitidade da componente lectiva da educação pré-escolar, e criada a

componente social (composta pelo período do almoço e pelo Alargamento de Horário),

possibilitando, assim, que as crianças permaneçam mais tempo no Jardim de Infância, por

forma a dar resposta às necessidades dos pais que trabalham. Esta componente é

comparticipada pelo Estado, ao abrigo de um protocolo anual, e pelas famílias de acordo com

os seus rendimentos anuais, no âmbito da legislação em vigor.

O Decreto-Lei nº 147/97, de 11 de Junho, procede ao desenvolvimento da Lei-Quadro. Clarifica

a existência de uma rede nacional de educação pré-escolar única, onde se integra a rede

pública e a privada (com fins lucrativos e de solidariedade social). Consagra a articulação entre

os Ministérios da Educação e da Solidariedade e Segurança Social no desenvolvimento desta

rede, garantindo que ela para além da componente lectiva abranja também a componente

social e de apoio às famílias.

Este diploma estabelece ainda o apoio financeiro ao desenvolvimento da rede nacional deste

grau de ensino em termos de infra-estruturas, equipamentos e apetrechamento, funcionamento

e formação, podendo candidatar-se aos apoios financeiros, os municípios, as instituições

particulares de solidariedade social, os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo e

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

92

todas as instituições sem fins lucrativos que exerçam actividades na área da educação e

ensino.

No âmbito da publicação destes dois importantes diplomas, a Lei nº5/97, de 10 de Fevereiro e

o Decreto-Lei nº 147/97, de 11 de Junho, foi preparada uma série de legislação que regulamenta

e explicita critérios para a expansão da rede pré-escolar.

Um outro diploma importante publicado, foi o despacho nº 5220/97 (2ª serie), de 4 de Agosto,

que veio definir as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Partindo do princípio

geral e dos objectivos pedagógicos enunciados na Lei-Quadro da Educação Pré-escolar,

debruça-se sobre os fundamentos e organização das orientações curriculares e define

orientações globais para o educador.

Outro normativo fundamental para o ensino Pré-escolar, foi a publicação do Despacho-

Conjunto nº 300/97, de 9 de Setembro, que veio definir as comparticipações financeiras das

famílias para a componente não educativa da educação pré-escolar, prevista na Lei nº 5/97.

Este Despacho foi crucial para a implementação da componente social nos estabelecimentos de

ensino da rede pública, muitos dos quais estavam a encerrar por falta de alunos, visto que os

horários praticados não respondiam às necessidades das famílias.

Esta componente social, subdividida em dois horários, no período da refeição e no

Alargamento do horário (cujo funcionamento se verifica antes e após o período lectivo), torna-

se assim um complemento da componente lectiva, tendo por sua vez provocado uma revisão

no horário de funcionamento dos Jardins de Infância, por forma a responder também às

necessidades das famílias.

Na sequência destes suportes legislativos, foram estabelecidos, desde 1998 a esta parte,

Acordos de Cooperação para a expansão do ensino Pré-Escolar, entre as Direcções Regionais

de Educação, a Segurança Social e as Autarquias, de forma a articular esforços no sentido de

proporcionar a todas as crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos, o acesso

ao ensino pré-escolar.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

93

Esta autarquia tem sido exemplar na preocupação no que diz respeito à expansão da rede pré-

escolar no concelho da Póvoa de Varzim e consequentemente no país, e sobre a qual se

abordará mais tarde.

A rede de pré-escolar é constituída pela rede pública e rede privada. A primeira integra os

estabelecimentos criados e a funcionar na directa dependência da administração pública

central e local, a rede privada que integra os estabelecimentos que funcionam em instituições

de ensino particular e/ou cooperativo (com fins lucrativos), Instituições Particulares de

Solidariedade Social (IPSS), estabelecimentos das Misericórdias, das Mutualidades ou outras

instituições sem fins lucrativos, que realizam actividades no domínio da educação pré-escolar.

Entende-se por população pré-escolar, as crianças com idades compreendidas entre os 3 e 5

anos21, sendo a sua frequência facultativa, no reconhecimento de que à família cabe um papel

essencial no processo de educação pré-escolar, visto que não constitui um nível educativo

obrigatório, mas é parte integrante do sistema educativo.

Uma primeira constatação situa-se na crescente importância da cobertura da rede pré-escolar

concelhia, sendo um dado portador de grande potencialidade. Assim, dentro da abordagem da

educação pré-escolar do concelho, partiremos da perspectiva de que a qualidade da formação

básica é o factor modernizante mais eficaz da sociedade e da economia. Muito embora a

valorização da educação no sistema produtivo moderno não mude a essência das

desigualdades, introduz oportunidades pertinentes para as crianças.

A educação é uma componente básica de qualquer política de desenvolvimento, não só

como bem em si e como mais eficaz instrumentação de cidadania, mas igualmente como

primeiro investimento no desenvolvimento de competências. Assume-se a educação como

prática de liberdade que deve negar o conceito de isolamento e abstracção do ser humano,

assim como, tornar o mundo uma presença constante nas suas vidas22.

21 Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar – Lei 5797, de 11 de Junho. 22 Cfr. Andréa Cristina Marques de Araújo, A Avaliação do Desempenho Escolar como Ferramenta de Exclusão Social, in http://www.revista.unicamp.br/infotec/artigos/andrea_cristina2.html.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

94

Gráfico 10: Peso percentual da Rede pré-escolar pública, solidária e privada

51%38%

11%

Rede Pública Rede Solidária Rede Privada

Dos 37 Jardins de Infância existentes no concelho, 19 são pertencentes à rede pública (com 29

salas de actividade, sendo que em Dezembro de 2006 passam para 30), dos quais 5 funcionam

em edifício próprio, 9 estão integrados em edifícios com a valência do 1º CEB, 4 estão sediados

em edifícios de Juntas de Freguesia, 1 funciona no edifício de uma Associação Recreativa e

Desportiva e 1 está sediado num edifício camarário com outras valências; 14 estabelecimentos

pertencentes a Instituições Particulares de Solidariedade Social (com 40 salas de actividade) e

4 são pertença de Instituições Particulares ou Cooperativa (com 16 salas de actividade).

Como podemos constatar pelos dados apresentados no quadro n.º 32, existem Jardins de

Infância da rede pública em onze das doze Freguesias do Concelho. Um com duas salas de

actividades na Freguesia de Aguçadoura; um com quatro salas na Freguesia de Aver-o-Mar;

dois na Freguesia de Argivai, um com uma sala e outro com duas salas; um com duas salas na

freguesia de Beiriz; dois na Freguesia de Balasar, um com uma sala e outro com duas; três na

Freguesia da Estela, dois com uma sala cada e outro com duas salas; dois na Freguesia de

Laundos, cada um dos quais com uma sala; um nas Freguesias de Navais e de Rates, com uma

sala cada; dois em Terroso, cada um com uma sala de actividades; e quatro estão sediados na

Freguesia da Póvoa de Varzim, três deles com uma sala de actividades, e um outro com duas

salas.

Pela análise do quadro n.º 33, pode-se constatar que os Jardins de Infância da rede solidária

(Instituição Particular de Solidariedade Social) existem em oito Freguesias do concelho,

designadamente um na Freguesia de Aguçadoura com 4 salas de actividades; nas Freguesias de

Aver-o-Mar, Amorim, Rates e Beiriz, cada um deles com 3 salas; um em Navais e Terroso, cada

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

95

um com 2 salas; e 7 na Freguesia da Póvoa de Varzim com um total de 20 salas de actividade.

Podemos, ainda, constatar que a rede privada é a que tem menor representatividade, encontra-

se sediada na Freguesia da Póvoa de Varzim, num total de 4 Jardins de Infância com 16 salas de

actividade.

Quadro 32: Número de Crianças, Salas e Capacidade por Jardim-de-infância da Rede Pública e por

Agrupamento em 2004/2005

AGRUPAMENTOS FREGUESIA JARDIM

DE INFÂNCIA

EDIFÍCIO PRÓPRIO/

INTEGRADO

N.º

CRIANÇAS

N.º SALAS

CAPACID

ADE

TAXA DE

OCUPAÇÃO

Aguçadoura J.I. da Aldeia Integrado Escola1.º CEB

45 2 50 90%

Aver-o-Mar J.I. Agro – Velho Integrado Escola1.º CEB

85*(4) 4 100 85%

J.I. Barros n.º 1 Próprio 20 1 25 80%

J.I. Barros n.º 2 Integrado Junta de Freguesia

21 1 25 84% Estela

J.I. Teso Integrado Escola1.º CEB

20 2 50 40%

VERTICAL

DE AVER-O-MAR

Navais J.I. Navais Integrado Escola1.º CEB

20 1 25 80%

Amorim - - - - - -

Beiriz J.I. Beiriz Próprio 45*(2) 2 50 90%

J.I. Paçô Integrado Escola1.º CEB

20 1 25 80% VERTICAL

CAMPO ABERTO Terroso

J.I. Sejães Integrado Junta de Freguesia

16 1 18 88%

J.I. Argivai1 Próprio 20*(1) 1 25 80% Argivai

J.I. Argivai2 Integrado Escola1.º CEB

40*(1) 2 50 80%

J.I. Cego de Maio Integrado na A. C.D. da Matriz

50 2 50 100%

J.I. Giesteira Integrado Escola1.º CEB

20*(1) 1 25 80%

VERTICAL

CEGO DE MAIO Póvoa de

Varzim

J.I. Século Integrado Escola1.º CEB

20 1 25 80%

VERTICAL DR. FLÁVIO

GONÇALVES Póvoa de Varzim

J.I. Dr. Luís Amaro Oliveira

Edifício da Câmara Municipal 20*(1) 1 25

80%

J.I. da Cruz Integrado Junta de Freguesia

55 2 50 110% Balasar

J.I. das Fontaínhas Próprio 20*(2) 1 25 80%

J.I. de Laúndos Próprio 21*(1) 1 25 84% Laúndos

J.I. Sr.ª da Saúde Integrado Junta de Freguesia

23 1 25 92%

VERTICAL DE RATES

Rates J.I. da Granja Integrado Escola1.º CEB

17*(2) 1 25 68%

Total 598*(15) 29 718 83,2%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

Nota: * - Número de crianças com Necessidades Educativas Especiais

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

96

Quadro 33: Número de Crianças, Salas e Capacidade por Jardim-de-infância da Rede Solidária e Privada em 2004/2005

AGRUPAMENTOS FREGUESIA JARDIM

DE INFÂNCIA

N.º

CRIANÇASN.º SALAS

CAPACIDADE

TAXA DE

OCUPAÇÃO

Aguçadoura Centro Social e Paroquial de Aguçadoura 103*(8) 4 88 117%

Amorim Centro Social Bonitos de Amorim 74 3 75 99%

Aver-o-Mar Centro Social e Paroquial de Aver-o-Mar 70 3 75 93%

Beiriz Centro Social da Paroquia de Beiriz 48 3 60 80%

Navais Centro Social e Paroquial de Navais 27*(3) 2 40 68%

Associação “A Beneficente” – J. I. Santo

António 102*(4) 4 100

102%

Associação “A Beneficente” – J. I.

Monsenhor P. Quesado 150*(4) 6 150

100%

Centro Social Monsenhor Pires Quesado 75 3 75 100%

Instituto Madre Matilde 44 2 44 100%

Instituto Maria Paz Varzim 16*(9) 1 20 80%

Obra de Santa Zita 69*(1) 3 69 100%

Póvoa de

Varzim

MAPADI 14*(14) 2 12 117%

Rates Centro Social de Bem-estar de S. Pedro

de Rates 58 3 66

88%

REDE SOLIDÁRIA

Terroso Centro Social e Paroquial de Terroso 49 2 46 107%

Subtotal 899*(43) 41 920 98,0%

Grande Colégio da Póvoa 109*(2) 6 150

73%

Jardim-de-infância Ilha de Tesouro 32 3 45 71%

Jardim-de-infância O Ribeiro 74*(1) 3 75 99%

REDE PRIVADA

Póvoa

de

Varzim

Jardim-de-infância Pedra Branca 106 4 100 106%

Subtotal 321*(3) 16 370 80%

Total 1

207*(46)56 1 362

89%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

Nota: * - Número de crianças com Necessidades Educativas Especiais

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

97

Cartograma 7: Rede de Equipamentos do Pré-Escolar no Concelho da Póvoa de Varzim

No total, entre privados e públicos, existem no concelho 37 jardins-de-infância que asseguram

a educação pré-escolar às crianças do concelho que têm idades entre os 3 e os 5 anos.

As taxas de ocupação são determinadas através da relação entre o número de crianças que

frequentam o equipamento e a respectiva capacidade, tendo por base 25 crianças por sala,

com excepção das turmas que incluam crianças com Necessidades Educativas Especiais, em

que se tem por base 20 crianças.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

98

Quadro 34: Rede pré-escolar 2004/2005

Rede Escolar

Total de alunos

dos 3 aos 5 anos Salas Capacidade Taxa de

Ocupação

Rede Pública 598 29 718 83%

Rede Solidária 899 41 920 98%

Rede Privada 321 16 370 87%

Total 1 818 86 2008 91%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

Em 2004/05 e segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, da

totalidade dos equipamentos pré-escolares, 11 jardins de infância estavam lotados, sendo que 2

pertenciam à rede pública, 8 à rede solidária e 1 integrava a rede privada.

De acordo com os quadros anteriores, as taxas de ocupação mais baixas dizem respeito a

estabelecimentos da rede pública, nomeadamente o jardim de infância do Teso na freguesia da

Estela (40%) e no jardim de infância da Granja em Rates (68%). Os estabelecimentos da rede

solidária e privada apresentam taxas de ocupação que rondam os 91%.

Segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal, em 2004/2005, foram registados 7

equipamentos com lista de espera, 6 na rede pública e 1 na rede solidária, totalizando 49

crianças, sendo que uma parte significativa desta procura se verificou na sede do concelho.

Quadro 35: Lista de Espera 2004/2005

Rede Escolar

Crianças

Em Lista de Espera

Número

De Jardins de Infância

Rede Pública 31 6

Rede Solidária 18 1

Rede Privada 0 0

Total 49 7

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

99

É importante referir, que nos casos particulares dos jardins que incluam crianças com

Necessidades Educativas Especiais, as turmas são reduzidas para 20 crianças, como já foi

referido anteriormente, sendo que em 2004/2005 foram sinalizadas ao nível do pré-escolar 61

crianças com N.E.E’s, das quais 14 estão inseridas no MAPADI. Esta realidade tem implicações

na determinação daquele indicador, bem como na eventual existência de lista de espera. Deste

modo, pode acontecer um determinado equipamento registar lista de espera e

simultaneamente apresentar uma taxa de ocupação inferior a 100%.

Gráfico 11: Estado de Conservação das Infra Estruturas da Rede Pré-Escolar Pública

0

2

4

6

8

10

12

14

Pavimentos

PinturaJanelas

TelhadoElectricidade

EsgotosÁgua

WC

Bom Médio Mau

No que se refere ao grau de satisfação ao nível das infra estruturas, a análise dos inquéritos

realizados pela Câmara Municipal aos Jardins de Infância públicos, permitiu concluir que na

generalidade o estado de conservação é bom ou médio. O estado de conservação ao nível da

pintura é destacado pela negativa, enquanto a água, electricidade e janelas são destacados pela

positiva.

2.3.2.1. Evolução da população no Pré-Escolar

No ano lectivo de 2000/2001 a população do pré-escolar era de 1420 crianças e em

2004/2005 de 1818, correspondendo a um crescimento de 28 pontos percentuais. Esta

evolução resultou de um acréscimo de crianças registado ao nível da rede pública, solidária e

privada.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

100

A análise da evolução da rede escolar que se observa no gráfico que se segue, permite verificar

uma crescente evolução no concelho da Póvoa de Varzim entre os anos de 2000/2001 e

2004/2005, registando-se um aumento mais significativo entre o ano lectivo de 2001/2002 e

2002/2003 e do ano lectivo de 2003/2004 e 2004/2005.

Gráfico 12: Evolução da População do Pré-Escolar na Rede Pública, Solidária e Privada entre 2000/2001 e 2004/2005

Quadro 36: Evolução da População do Pré-Escolar por idade, entre 2000/2001 e 2004/2005

PRÉ- ESCOLAR

2000/ 2001

2001/ 2002

2002/ 2003

2003/ 2004

2004/ 2005

3 Anos 400 443 498 505 518

4 Anos 435 495 524 553 614

5 Anos 550 561 624 610 654

> 5 Anos 35 35 31 33 32

Total 1420 1534 1677 1701 1818

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

As freguesias em que se verificou uma maior taxa de variação de crescimento foram Rates com

um aumento de 294,7 pontos percentuais e Terroso com 97,6 pontos percentuais. Este

crescimento está associado ao aumento da oferta nos jardins de Infância destas freguesias.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Rede Pública Rede Solidária Rede Privada Total Rede

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

101

Contrariamente, a freguesia de Aver-o-Mar verificou uma variação negativa no número de

crianças a frequentar o pré-escolar neste período. Nas restantes freguesias houve um

crescimento ligeiro na procura desta oferta educativa.

Quadro 37: Evolução da População do Pré-Escolar por Freguesia entre 2000/2001 e 2004/2005

FREGUESIA

2000/ 2001

2001/ 2002

2002/ 2003

2003/ 2004

2004/ 2005

Total

Taxa de crescimento 2000/2005

Aver-o-Mar 160 150 152 142 155 759 -3,1%

Aguçadoura 105 146 146 134 148 679 40,9%

Amorim 61 64 74 76 74 349 21,3%

Argivai 42 40 58 61 60 261 42,8%

Balasar 61 62 63 58 75 319 22,9%

Beiriz 87 88 106 100 93 461 6,9%

Estela 42 93 87 74 61 357 45,2%

Laúndos 36 30 33 37 44 180 22,2%

Navais 40 40 56 45 47 228 17,5%

Póvoa de Varzim

724 747 779 839 901 3990 24,4%

Rates 19 15 62 61 75 232 294,7%

Terroso 43 59 61 74 85 322 97,6%

Concelho 1420 1534 1677 1701 1818 8137 28,0%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

2.3.2.2. Taxas de Cobertura do Pré-Escolar

De acordo com os dados que a autarquia dispõe, em 2004/2005 frequentavam o pré-escolar

1818 crianças residentes no concelho, sendo a população residente com idade compreendida

entre os 3 e os 5 anos de 2744, o que se traduz numa taxa de cobertura na ordem dos 66%.

À semelhança do que tem acontecido a nível nacional, o número de crianças matriculados tem

vindo a crescer de forma sustentada a partir de 2000/2001. A taxa de cobertura desta resposta

é de 66%, o que revela uma taxa de pré-escolarização23 razoável.

23 A taxa de pré-escolarização é calculada utilizando a seguinte formula: N.º de crianças que frequenta a educação pré-escolar/ n.º de crianças residentes com idades entre os 3 e 5 anos vezes 100.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

102

Quadro 38: Taxa de Cobertura dos Jardins-de-infância

Número de jardins-de-infância 37 Taxa cobertura

Número de crianças abrangidas 1818

N.º de crianças concelhias com idades entre os 3 e os 5 anos.

274424

66%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

O Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI) assumiu como grande desafio atingir uma

taxa de cobertura média de 90 % no grupo etário das crianças dos 3 aos 5 anos25. De facto a

taxa de cobertura da Póvoa de Varzim terá de aumentar em cerca de 24 pontos percentuais

para atingir esta meta definida pelo Conselho Europeu de Barcelona, em Março de 2002.

Podemos concluir que a taxa de cobertura do concelho ao nível do pré-escolar fica aquém dos

objectivos definidos a nível nacional. Tal facto, não pode ser unicamente justificado pela oferta

da rede, uma vez que se trata de um nível de ensino de frequência facultativa, como já foi

referido anteriormente.

No Ano lectivo de 2004/05, frequentavam este nível de ensino 1818 crianças, 598 das quais a

frequentar os Jardins de Infância da rede pública, 899 a frequentar Jardins de Infância IPSS e

321 a frequentar os Jardins de Infância Particulares ou Cooperativo, conforme o quadro

seguinte. A cobertura da rede Pré-Escolar nesse ano era cerca de 66%, o que significa que

aproximadamente 34% das crianças em idade pré-escolar não frequentam o Jardim de Infância.

Quadro 39: Taxa de Cobertura Efectiva do Pré-Escolar em 2004/2005

Rede Escolar N.º de Crianças

A frequentar o J. Infância

Taxa Efectiva de Cobertura (N.º Crianças/Pop. Idade Pré-

Escolar)

Rede Pública 598 22%

Rede Solidária 899 32 %

Rede Privada 321 12%

Total 1 818 66%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

24 Fonte: Divisão de Educação e Acção Social 25Plano Nacional de Acção para a Inclusão: Portugal 2003-2005 (2003). Lisboa, Ministério da Segurança e Trabalho

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

103

Assim, dos 66% da cobertura total do pré-escolar, 32% são da responsabilidade da rede

solidária, ou seja, a que tem maior cobertura neste nível de ensino no concelho. No total da

cobertura da rede pré-escolar (66%), a rede privada é responsável por 12% da mesma,

enquanto a rede pública assegura os restantes 22%. Perante esta percentagem de cobertura da

rede pré-escolar pode-se concluir da urgente necessidade de criação de novas salas de Jardim

de Infância por forma a permitir que um maior número de crianças possam frequentar este

nível de ensino, bem como dar uma resposta efectiva às necessidades das famílias.

As considerações que podemos fazer pela existência de 34% das crianças em idade pré-escolar

não frequentar este nível de ensino poderá estar associado por um lado ao facto de, não sendo

um nível de ensino obrigatório as crianças ficarem a cargo de familiares ou de “Amas”

(pessoas a quem as crianças foram entregues enquanto bebés e que lá continuam até à

escolaridade obrigatória), por outro lado ao facto deste tipo de equipamento ser ainda em

número insuficiente.

Daí o Município estar continuamente atento à necessidade de implementação deste tipo de

equipamento no concelho, sem, todavia, sobreposição de serviços, e ter já em estudo a criação

de mais um Jardim de Infância na sede do Concelho (com duas salas de actividade), onde se

verifica a maior procura.

É de salientar que os Jardins de Infância que até 1998 melhor resposta davam às famílias, pelos

horários de funcionamento que praticavam, eram os das Instituições Particulares de

Solidariedade Social (IPSS) e os Particulares e Cooperativos, pelo que estavam quase sempre

lotados. Por sua vez os pertencentes à rede pública pelos horários de funcionamento de que

dispunham (abertura às 9.00H e encerramento às 15.00H) tinham sempre um menor número

de alunos.

Hoje esta situação já não se verifica, pois a partir do Ano Lectivo 1998/99 com a

implementação da Componente de Apoio à família efectuada pela autarquia nestes Jardins (ao

abrigo do Despacho Conjunto nº 300/97 de 9 de Setembro, que define as comparticipações da

financeiras das famílias para a componente não educativa da educação Pré-Escolar), que veio

complementar a componente lectiva, o número de alunos aumentou de tal forma nos Jardins de

Infância da rede pública, que em alguns deles se verifica a existência de crianças que aguardam

em lista de espera.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

104

Observando o quadro seguinte, verifica-se a existência de uma grande disparidade das taxas de

cobertura nas diferentes freguesias, variando entre os 54,0% em Aver-o-Mar e os 119,2% em

Terroso.

Quadro 40: Taxa de Cobertura por freguesia em 2004/2005

FREGUESIA População a frequentar a pré-escola

População Residente 3 - 5 anos

Taxa de cobertura

Aver-o-Mar 155 287 54,0%

Aguçadoura 148 178 83,1%

Amorim 74 89 83,1%

Argivai 60 60 100%

Balazar 75 109 68,8%

Beiriz 93 97 95,9%

Estela 61 86 70,9%

Laúndos 44 67 65,7%

Navais 47 56 83,9%

Póvoa de Varzim 901 1550 58,1%

Rates 75 92 81,5%

Terroso 85 73 119,2%

Concelho 1818 2744 66,2%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

Contudo, parece-nos extremamente importante realçar que 66% das crianças do concelho

estejam cobertas por este tipo de resposta, a qual poderá ser fundamental para o seu bom

percurso escolar e para a sua socialização. A educação pré-escolar passa, assim a constituir-se

como uma fase fundamental para o crescimento e aprendizagem das crianças, passando a

corresponder à primeira fase do percurso de escolarização.

2.3.3. Caracterização do 1.º CEB

Com a entrada do Dr. Veiga Simão para o Governo, em 15 de Janeiro de 1970, iniciou-se um

ciclo de tendências descentralizadoras que constituíram os primeiros passos da

democratização da educação em Portugal. No clausulo da reforma por ele implementada (Lei

nº 5/73 de 25 de Julho) estão patentes a defesa dos princípios da igualdade de oportunidades,

da meritocracia e da democratização da educação e a abertura à participação das famílias e

outras instituições na educação.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

105

Com a publicação do Decreto-Lei nº 40/75, de 8 de Novembro, inicia-se o processo de

democratização do ensino primário. O órgão de gestão da escola é o Conselho Escolar e o

director eleito entre os professores que o constituem é o órgão de direcção individual que

representa o conselho escolar.

A Lei de Bases do Sistema Educativo, lei nº 46/86, é publicada em 14 de Outubro. Este diploma

constitui um referendo legal, coeso e integrado, apontando a Escola como comunidade

Educativa, unidade organizacional de participação ampla. Este diploma mantém a realidade de

uma escola pública de 4 anos em regime de monodocência, as designações de ensino

preparatório e unificado são substituídas pelas de 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico. A

escolaridade obrigatória passa para 6 anos.

Como já aqui foi referido, as autarquias receberam, na década de 80, através da transferência

das Competências para as autarquias (Decreto-Lei nº 77/84, de 8 de Março), um espólio

escolar muito degradado, sem que para isso tivessem sido transferidas as verbas

correspondentes.

Nesta sequência, a autarquia da Póvoa de Varzim, à semelhança dos outros municípios, durante

alguns anos, por falta de financiamento, limitou-se à realização de pequenas obras de

manutenção nos edifícios mais degradados. Embora houvesse consciência política da urgente

necessidade do parque escolar ser alvo de intervenção prioritária, isto só vem a acontecer com

um maior dinamismo e empenho, a partir de 1993, com o novo executivo.

Deitadas mãos à obra e com um enorme esforço financeiro, a autarquia, tem vindo a remodelar

os edifícios escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico existentes, bem como construiu de raiz dois

novos edifícios escolares onde são leccionadas as valências do 1º CEB e do Pré-Escolar e dos

quais falaremos mais à frente.

A rede do 1.º Ciclo do ensino básico é constituída por 30 estabelecimentos de ensino, 28

pertencentes à rede pública, 1 pertença da rede privada e outro da rede solidária, sendo estes

frequentados por um total de 3 544 alunos, distribuídos por um total de 186 turmas e

ocupando 132 salas.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

106

Quadro 41: Número de Alunos e Turmas por EB 1 e Agrupamento em 2004/2005

AGRUPAMENTOS FREGUESIA 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICON.º

ALUNOS N.º

TURMAS

N.º SALAS

CAPACIDA

DE

TAXA DE

OCUPAÇÃO

EB 1 da Boucinha 58*(4) 3 3 75 77%

EB 1 do Fieiro 93*(10) 5 6 150 62%

AguçadouraEB 1 da Aldeia 97*(8) 6 4 100 97%

EB 1 da Aldeia Nova 144*(5) 12 6 150 96%

EB 1 de Refojos 124 7 4 100 124%

Aver-o-Mar EB 1 do Agro-Velho 121*(11) 9 5 125 97%

EB 1 de Barros 82 4 4 100 82% Estela EB 1 do Teso 83*(3) 4 4 100 83%

EB 1 do Outeiro 55*(5) 3 3 75 73%

AVER-O-MAR

Navais EB 1 de Navais 44*(2) 3 3 75 59%

Amorim EB 1 de Cadilhe 166*(5) 8 5 125 133%

Beiriz EB 1 da Igreja 188*(7) 9 5 125 150%

EB 1 de Paçô 51*(2) 4 2 50 102%

CAMPO ABERTO Terroso EB 1 de Paranho 79*(2) 4 2 50 158%

Argivai EB 1 de Argivai 112*(7) 6 5 125 90%

EB 1 da Lapa 95 5 3 75 127%

EB 1 Nova Sintra 175*(12) 8 4 100 175%

EB 1 do Século 340*(18) 15 8 200 170%

CEGO DE MAIO Póvoa de

Varzim

EB 1 da Giesteira 61*(3) 3 3 75 81%

EB 1 Nova 154*(5) 7 8 200 77%

EB 1 Sininhos 316*(6) 14 7 175 181% DR. FLÁVIO

GONÇALVES Póvoa de Varzim

EB 1 Desterro 356*(2) 15 8 200 178%

EB 1 das Fontaínhas 35 4 4 100 35% Balasar

EB 1 da Quinta 89 4 4 100 89%

EB 1 das Machuqueiras 72*(3) 4 4 100 72% Laúndos

EB 1. Sr.ª da Saúde 57*(3) 4 2 50 114%

EB 1 da Granja 59*(3) 4 3 75 79%

RATES

Rates EB 1 da Praça 82*(1) 4 4 100 82%

GRANDE

COLÉGIO Póvoa de Varzim

1º CEB 139 6

8 200 70%

MAPADI Póvoa de Varzim

1º CEB 17*(17) 2 3

75 23%

TOTAL 30 3 544*(144) 186 132 3 300 107% Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

Nota: * - Número de crianças com Necessidades Educativas Especiais

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

107

Cartograma 8: Rede de Equipamentos do 1.º CEB no Concelho da Póvoa de Varzim

Este concelho dispõe de 3 escolas na Freguesia de Aguçadoura, 2 na Freguesia de Navais, 2 na

Freguesia da Estela, 3 na Freguesia de Aver-o-Mar, 1 na Freguesia de Amorim, 2 na Freguesia

de Terroso, 2 na Freguesia de Laundos, 2 na Freguesia de Rates, 2 na Freguesia de Balasar, 1 na

Freguesia de Beiriz, 1 na Freguesia de Argivai e 9 na Freguesia de Póvoa de Varzim, sendo uma

pertença do ensino privado e outra da rede solidária.

Duas das escolas da rede pública, foram construídas recentemente, uma na Freguesia da

Estela, cujo funcionamento iniciou no ano lectivo de 2000/01 e outra em Aguçadoura que

iniciou o seu funcionamento no ano lectivo de 2001/02.

Estes dois edifícios, considerados dos melhores existentes no país, para além de disporem de 4

salas de aula do 1º CEB, e de 2 salas de actividade de Jardim de Infância, possuem ainda, sala

para o Alargamento de Horário do pré-escolar, sala para realização de Actividades de Tempos

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

108

Livres (A.T.L.), refeitório devidamente equipado, espaço para biblioteca, gabinete médico, sala

de reuniões dos professores e pavilhão polidesportivo. O edifício escolar de Aguçadoura

dispõe ainda de ringue no exterior do edifício.

Ainda, ao nível 1.º CEB, constatamos que a freguesia da Póvoa de Varzim é a que tem mais

crianças inscritas (1 653 – 46,6% do total das crianças inscritas neste ensino), com um número

muito superior ao das restantes freguesias. A predominância nesta freguesia sente-se também

no número de turmas (75 turmas de 1º ciclo), que é igualmente bastante superior ao das outras

freguesias. Apenas a freguesia de Aver-o-Mar se aproxima um pouco da sede do concelho.

No que se refere às taxas de ocupação, ao nível do 1.º CEB, estas são determinadas através da

relação entre o número de crianças que frequentam o equipamento e a respectiva capacidade,

tendo por base 25 crianças por sala, com excepção das turmas que incluam crianças com

Necessidades Educativas Especiais, em que a base é de 20 crianças.

Em 2004/05 e segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, da

totalidade dos equipamentos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, 10 escolas estavam lotadas, sendo

que a totalidade destas pertencem à rede pública, nomeadamente, a EB1 dos Sininhos (181%),

EB1 do Desterro (178%), EB1 de Nova Sintra (175%), EB1 do Século (170%), EB1 da Igreja

(150%), a EB1 de Paranhos (158%) EB1 de Cadilhe (133%), EB1 da Lapa (127%), EB1 de Refojos

(124%), EB1 Senhora da Saúde (114%), e EB1 de Paço com 102%.

Ao nível da rede privada, as taxas de ocupação estão muito aquém da sua capacidade. Temos o

Grande Colégio com 70% de taxa de ocupação e o MAPADI com 23%.

De acordo com o quadro anterior, as taxas de ocupação mais baixas dizem respeito a um

estabelecimento da rede solidária, o MAPADI, e a alguns estabelecimentos da rede pública,

nomeadamente, a EB1 das Fontaínhas (35%), EB1 de Navais (59%), EB1 do Fieiro (62%) e EB1

das Machuqueiras (72%).

O gráfico seguinte indica os recursos existentes nas EB1’s que constituem a rede escolar do

primeiro ciclo. Tendo em conta que as actividades educativas para este ciclo de ensino deverão

ser organizadas em regime normal, a existência de cozinha/refeitório assume particular

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

109

relevância. Como se pode verificar, 50% das EB1’s do concelho não possuem cozinha e 40%

não possuem refeitório.

Gráfico 13:Recursos Físicos existentes nas EB1’s

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Cozinha

Refeitório

Parque Infantil

Recreio Descoberto

Recreio Coberto

Sala Polivalente

Biblioteca

Sim Não

A existência de uma sala polivalente apresenta-se como imprescindível para a dinamização das

actividades de enriquecimento curricular, no entanto verifica-se que este recurso não existe em

quase 80% dos estabelecimentos de ensino.

Gráfico 14: Estado de Conservação das infra-estruturas nas EB1’s

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

PavimentosPintura

Janelas

Telhado

ElectricidadeEsgotos

Água

WC

Bom Médio Mau

No que se refere às infra-estruturas, os resultados dos inquéritos apontam para uma

apreciação razoável do estado de conservação, sendo a pintura e os pavimentos que

apresentam as avaliações mais negativas.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

110

2.3.3. 1. Evolução da população no 1.ºCEB

No ano lectivo de 2000/2001 a população escolar do 1.º CEB era de 3 538 crianças, sofrendo

um ligeiro aumento em 2004/2005 para 3544, correspondendo a um crescimento de 0.1

pontos percentuais. Esta evolução resultou de um acréscimo muito reduzido de crianças (mais

6) registado ao nível da rede pública, solidária e privada.

A observação do gráfico que se segue permite-nos afirmar que a evolução da população do 1.º

ciclo do ensino básico, desde 2000/2001 vem decrescendo, à excepção de um ligeiro aumento

entre o ano lectivo de 2001/2002 e 2002/2003.

Gráfico 15: Evolução da População Escolar do 1.º CEB na Rede Pública, Solidária e Privada entre 2000/2001 e 2004/2005

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Número de Alunos

Quadro 41: Evolução da População Escolar do 1.º CEB por ano de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005

1.º CEB

2000/ 2001

2001/ 2002

2002/ 2003

2003/ 2004

2004/ 2005

1º Ano 846 877 861 859 824

2º Ano 957 926 959 909 943

3º Ano 875 928 879 889 865

4º Ano 860 952 992 898 912

Total 3538 3683 3691 3555 3544

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

111

As freguesias em que se verificou uma maior taxa de variação de crescimento foram Terroso

com um aumento de 44,4 pontos percentuais, Argivai com 30,2 pontos percentuais, Beiriz com

27,8 e Laúndos com 26,4 pontos percentuais.

Contrariamente, nas freguesias de Aguçadoura (-15,0), Balasar (-10,1), Navais (-8,3), Aver-o-

Mar (-6,7), Estela (-4,0) e a sede do concelho (-2,4) verificou-se uma variação negativa do

número de crianças a frequentar o 1.º CEB neste período. Nas restantes freguesias houve um

crescimento ligeiro na procura desta oferta educativa.

Quadro 43: Evolução da População Escolar do 1.º CEB por Freguesia entre 2000/2001 e 2004/2005

FREGUESIA

2000/ 2001

2001/ 2002

2002/ 2003

2003/ 2004

2004/ 2005

Total

Taxa de Crescimento 2000/2005

Aver-o-Mar 417 427 408 402 389 2043 -6,7%

Aguçadoura 292 286 257 262 248 1345 -15,0%

Amorim 152 168 183 171 166 840 9,2%

Argivai 86 102 100 97 112 497 30,2%

Balasar 138 142 127 131 124 662 -10,1%

Beiriz 147 152 171 173 188 831 27,8%

Estela 172 164 144 151 165 796 -4,0%

Laúndos 102 101 114 121 129 567 26,4%

Navais 108 103 81 78 99 469 -8,3%

Póvoa de Varzim

1695 1790 1780 1702 1653 8620 -2,4%

Rates 139 146 196 143 141 765 1,4%

Terroso 90 102 130 124 130 576 44,4%

Concelho 3538 3683 3691 3555 3544 18011 0,1%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

Não podemos deixar de ter em conta que em Portugal o número de alunos a frequentar o

ensino básico sofreu uma redução de cerca de um quinto durante a década de noventa,

decréscimo mais uma vez explicado pela evolução demográfica. A tendência para a

estabilização ou para o decréscimo ligeiro do número de alunos é congruente com as

perspectivas demográficas para o grupo etário dos 6 a 9 anos.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

112

2.3.3. 2. Taxas de escolarização, retenção, abandono e aproveitamento escolar A população a frequentar o 1.º CEB em 2004/2005 é de 3544, registando-se a existência de

3301 indivíduos residentes, com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos, traduzindo uma

taxa bruta de escolarização de 108%.

No que se refere às taxas de cobertura, ao nível do 1.º CEB, estas são determinadas através da

relação entre o número de crianças que frequentam a escola e número de crianças residentes.

Em 2004/05 e segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, da

totalidade dos equipamentos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, a taxa de escolarização era superior

a 100% em quase todas as freguesias do concelho, com a excepção de Aver-o-Mar (97%),

Aguçadoura (88%), Balasar (90%) e Terroso (98%).

Quadro 44: Taxa de Escolarização do 1.º CEB, por freguesia em 2004/2005

FREGUESIA População a frequentar 1.ºCEB

População Residente 6- 9 anos

Taxa de Escolarização

Aver-o-Mar 389 399 97%

Aguçadoura 248 281 88%

Amorim 166 141 118%

Argivai 112 112 100%

Balasar 124 138 90%

Beiriz 188 168 112%

Estela 165 125 132%

Laúndos 129 119 108%

Navais 99 98 101%

Póvoa de Varzim 1653 1465 113%

Rates 141 123 115%

Terroso 130 132 98%

Concelho 3544 3301 108%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

No que se refere aos dados apurados no ano de 2004/2005, foi possível perceber que os

casos de abandono se registaram principalmente no 10º ano de escolaridade, logo após a

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

113

conclusão da escolaridade obrigatória, o que coloca em questão a forma como a escola

procura e consegue (ou não) motivar os jovens para o prosseguimento de estudos.

Não deixa de ser significativo também o número de jovens que abandonou a escola no 7º ano

de escolaridade, ainda antes do término da escolaridade obrigatória.

Quadro 45: Número de Alunos Matriculados, taxa de retenção, abandono e de sucesso, no Ensino do 1.º

CEB em 2004/2005

ALUNOS MATRICULADOS

ALUNOS RETIDOS

ALUNOS QUE ABANDONARAM

TAXA DE

SUCESSO NÍVEL DE ENSINO N.º N.º % N.º % %

1.º ANO 824 0 0 2 0,2 99,4

2.º ANO 943 95 10,0 2 0,2 89,8

3º ANO 865 51 5,9 4 0,4 93,7

4.º ANO 912 47 5,2 1 0,1 94,7

TOTAL 3 544 190 5,4 9 0.3 94.3

Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social

No ano lectivo de 2004/2005 a taxa média de sucesso escolar para o 1.ºCEB foi de 94.3%. a

taxa de retenção atingiu 5,4% e a taxa de abandono apresentou um valor de 0,3. O 2.º ano

atingiu uma taxa de retenção bastante elevada (10,0%), quase duplicando a taxa média de

retenção deste ciclo de ensino. Relativamente aos dados de aproveitamento no 1.º CEB, o

concelho da Póvoa de Varzim registou taxa óptima de aproveitamento escolar (94,3%).

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

114

2.3.4. Caracterização do 2.º e 3.º CEB

A existência de uma população jovem e muito numerosa nas décadas de sessenta e setenta

esteve na origem da criação das Escolas Preparatórias um pouco por todo o país, ditada pela

obrigatoriedade escolar que se alterou de quatro para seis anos em finais dos anos “sessenta”,

como reflexo da abertura à democratização de ensino que explodiu por todo o mundo, com

dimensão mais universalizada e aprofundada na Europa.

No nosso Concelho a primeira Escola Preparatória surge em 1976, na Freguesia de Rates,

seguindo-se em 1980 a Escola Preparatória Dr. Flávio Gonçalves, na Póvoa de Varzim e em

1986 a Escola Preparatória de Aver-o-Mar.

Entretanto, na década de 90 estes estabelecimentos de ensino passam a ter a designação de

Escolas E.B. 2,3 e são construídos, já com esta denominação mais dois edifícios deste nível de

ensino, um na Freguesia de Beiriz em 1995, outro na Freguesia da Póvoa de Varzim, em 1997.

Para além destas escolas da rede pública é também criado um Estabelecimento Escolar

pertença da rede privada que também lecciona o 2º e 3º Ciclos.

Assim, actualmente, o Município dispõe de um total de 6 Escolas do Ensino Básico do 2º e 3º

Ciclos, 5 da rede pública e uma pertença ao ensino particular e encontram-se distribuídas com

as seguintes áreas de influência:

A Escola E.B. 2,3 de Aver-o-Mar, tem na sua área de influência a própria Freguesia mais

as Freguesias de Aguçadoura, Navais e Estela;

A Escola E.B.2,3 de Rates, abrange os alunos provenientes das Freguesias de Laundos,

Balasar e de Rates;

A Escola E.B. 2,3 de Beiriz, tem como área de abrangência a própria freguesia e as

Freguesias de Amorim e Terroso;

A Escola E.B. 2,3 Dr. Flávio Gonçalves, sediada no centro urbano da cidade, e Escola

E.B. 2,3 Cego do Maio, situada a sul desta, distribuíram as suas áreas de influencia de

forma a ser efectuada uma distribuição equilibrada dos alunos da cidade. Nesta

redefinição foi também incluída, pela sua proximidade, a Freguesia de Argivai;

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

115

A Escola E.B. 2, 3 do ensino particular encontra-se sediada na Freguesia de Amorim.

Importa acrescentar que, pela lotação verificada nos últimos anos nos dois estabelecimentos

de ensino sediados na Freguesia da Póvoa de Varzim, houve necessidade de o 3º Ciclo do

ensino básico ser leccionado também nas duas Escolas Secundárias do concelho.

O número total de alunos que frequenta estes estabelecimentos escolares é de 4.608 alunos,

115 dos quais pertence ao ensino particular.

Quadro 46: Escolas com Ensino Básico do 2º e 3º Ciclos no ano lectivo de 2004/05

Estabelecimento

de Ensino

Nº de Alunos 2º Ciclo

Nº de Alunos 3º Ciclo

Total

Alunos 2.º e 3º Ciclo

de Salas

Capaci dade

Taxa de

Ocupação

Escola E.B. 2,3 de Aver-o-Mar 494 509

1003 30 840 119%

Escola E.B. 2,3 de Beiriz 256 340

596 24 672 89%

Escola E.B. 2,3 de Rates 295 299

594 23 690 86%

Escola E.B. 2,3 Dr. Flávio Gonçalves 549 572

1121 38 1026 109%

Escola E.B. 2,3 Cego do Maio 477 534

1011 30 840 120%

Escola Secundária Eça de Queirós* - 53

53 2 60 88%

Escola Secundária Rocha Peixoto* - 115

115 5 150 77%

Total – Rede Pública 2 071 2 422

4493 152 4278 105%

Colégio de Amorim 41 74 115 10 300 38%

Total – Rede Pública e Privada 2 112 2496 4608 162 4578 101%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

Nota: * As Escolas Secundárias leccionam também o 3º Ciclo do Ensino Básico

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

116

Cartograma 9: Rede de Equipamentos do 2.º e 3.º CEB no Concelho da Póvoa de Varzim

A freguesia da Póvoa de Varzim é também aquela que tem mais crianças inscritas no 2º e 3º

ciclo (2 300 - 50% do total das crianças inscritas), com um número muito superior ao das

restantes freguesias. A maior concentração das crianças na sede do concelho, ao nível do

2º e 3º ciclo do Ensino Básico, fica relacionada, não apenas, com o facto de ser uma das

freguesias com maior número de população residente com idades compreendidas entre

os 0 e os 15 anos, mas também, com o dinamismo laboral patente.

No que se refere às taxas de ocupação, em 2004/2005, da totalidade dos estabelecimentos do

2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, 3 escolas estavam lotadas, sendo que a totalidade destas

pertence à rede pública, das quais se destaca a EB 2,3 Cego de Maio (120%), EB 2,3 de Aver-o-

Mar (119%) e EB 2,3 Dr. Flávio Gonçalves (109%).

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

117

De acordo com o quadro anterior, a taxa de ocupação mais baixa diz respeito à rede privada,

temos o Colégio de Amorim com apenas 38%, estando muito aquém da sua capacidade.

O gráfico 16, que resulta do inquérito realizado pela Câmara Municipal aos estabelecimentos de

ensino básico do 2.º e 3.º ciclo, retrata o grau de satisfação ao nível do estado de conservação

das infra-estruturas.

Gráfico 16: Estado de Conservação das infra-estruturas nas EB 2/3

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Pavimentos

PinturaJanelas

TelhadoElectricidade

EsgotosÁgua

WC

Bom Médio Mau

Dos resultados obtidos pode-se concluir que as infra estruturas apresentam um estado de

conservação razoável. O estado da pintura, das janelas e telhado salientam-se pela negativa, na

medida em que 40% dos estabelecimentos afirmam que estas infra-estruturas estão em mau

estado de conservação.

2.3.4. 1. Evolução da população no 2.º e 3.ºCEB No concelho da Póvoa de Varzim, entre o ano lectivo de 2000/2001 e 2004/2005, verificou-se

uma variação positiva de 0,8% do número total de alunos nestes níveis de ensino.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

118

Quadro 47: Evolução da Frequência do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

Conforme demonstra o gráfico seguinte, o número de alunos no 2.º ciclo do ensino básico no

concelho registou uma evolução estável até 2002/2003, seguindo-se uma subida entre o ano

lectivo de 2002/2003 e 2003/2004. Em relação ao ano lectivo de 2003/2004 e 2004/2005

verifica-se que o número de alunos no 2.º ciclo se manteve estável.

Gráfico 17: Evolução da População do 2.º ciclo do Ensino Básico entre 2000/2001 e 2004/2005

0200400600800

1000120014001600180020002200

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Rede Pública Rede Privada

N.º ALUNOS

ESCOLAS 2000/ 2001

2001/ 2002

2002/ 2003

2003/ 2004

2004/ 2005

TOTAL

TAXA DE

VARIAÇÃO 2000/2005

EB 2/3 DE AVER-O-MAR 1084 1055 1005 1011 1003 5158 -7,4%

EB 2/3 DE BEIRIZ 564 570 550 591 596 2871 5,6%

EB 2/3 CEGO DE MAIO 946 948 1033 1012 1 011 4950 6,8%

EB 2/3 DR. FLÁVIO

GONÇALVES 1051 1142 1142 1085 1 121 5641 6,6%

ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA

DE QUEIRÓS (7.º ANO) 73 122 76 68 53 392 -27,3%

ESCOLA SECUNDARIA

ROCHA PEIXOTO 123 87 161 145 115 631 -6,3%

EB 2/3 DE RATES 617 621 593 616 594 3041 -3,7%

COLÉGIO DE AMORIM 9 36 59 76 115 295 1 177%

TOTAL 4567 4581 4619 4604 4608 22 979 0,8%

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

119

Um pouco à semelhança do que acontece com o 2.º ciclo, no caso do 3.º ciclo do ensino

básico, denota-se um acréscimo de alunos até ao ano lectivo 2002/2003 e uma queda visível

nos dois anos lectivos seguintes. Por se tratar do último ano da escolaridade obrigatória,

decretado pela Lei de Bases do sistema educativo (Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro), esta

análise merece um maior aprofundamento no que se refere às questões do sucesso e insucesso

nestes níveis de ensino e consequentemente ao problema do abandono escolar.

Gráfico 18: Evolução da População do 3.º ciclo do Ensino Básico entre 2000/2001 e 2004/2005

0300600900

1200150018002100240027003000

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Rede Pública Rede Privada

Quadro 48: Evolução da População Escolar do 2.º e 3.º CEB por ano de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005

2.º e 3.º CEB

2000/ 2001

2001/ 2002

2002/ 2003

2003/ 2004

2004/ 2005

5º Ano 1032 986 1022 1061 1057

6º Ano 891 980 985 1051 1055

Subtotal 1923 1966 2007 2112 2112

7º Ano 1008 966 974 960 1030

8º Ano 842 868 847 762 780

9º Ano 794 781 791 770 686

Subtotal 2644 2615 2612 2492 2496

Total 4567 4581 4619 4604 4608

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

120

A análise conjugada do 2º e 3º ciclos permite constatar que não houve variação significativa,

na procura global destes níveis de ensino, que se deverá prolongar durante a primeira década

do século XXI. Importa referir a integração do 3º ciclo do Ensino Básico nas duas actuais

Escolas Secundárias da sede do concelho, bem como a existência de um estabelecimento do

ensino particular e cooperativo.

Gráfico 19: Evolução da População no 2.º e 3.º CEB entre 2000/2001 e 2004/2005

20002300260029003200350038004100440047005000

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Rede Escolar 2.º e 3.º CEB

2.3.4. 2. Taxas de escolarização, retenção, abandono e aproveitamento escolar A população a frequentar o 2.º e 3% CEB em 2004/2005 é de 4 608, registando-se a existência

de 4045 indivíduos residentes, com idades compreendida entre os 10 e os 14 anos, traduzindo

uma taxa bruta de escolarização de 113,9%.

Quadro 49: Taxa de Escolarização do 2.º e 3.º CEB, por freguesia em 2004/2005

FREGUESIA População a

frequentar o 2.º e 3.º CEB

População Residente

10- 14 anos Taxa de Escolarização

Aver-o-Mar, Aguçadoura, Estela e Navais

1 003 1 177 85,2%

Amorim, Terroso e Beiriz 596 509 117%

Rates, Laúndos e Balasar 594 491 120,9%

Póvoa de Varzim e Argivai 2 0415 1 868 129,3%

Concelho 4 608 4 045 113,9%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

121

No que se refere às taxas de escolarização, ao nível do 2.º e 3.º CEB, estas são determinadas

através da relação entre o número de crianças que frequentam a escola e número de crianças

residentes.

Em 2004/05 e segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, da

totalidade dos equipamentos do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, a taxa de escolarização era

superior a 100% em quase todas as freguesias do concelho, com a excepção de Aver-o-Mar

Aguçadoura, Estela e Navais (85,3%).

No que se refere aos dados apurados no ano de 2004/2005, foi possível perceber que os

casos de abandono se registaram principalmente no 2.º ciclo e no 7º ano de escolaridade, do

3.º CEB, o que coloca em questão a forma como a escola procura e consegue (ou não) motivar

os jovens para atingir a escolaridade obrigatória. As elevadas taxas de abandono escolar

podem estar relacionadas com a baixa valorização que é dada à escola.

Quadro 50: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram, segundo o Nível de Ensino –

2004/2005 ALUNOS

MATRICULADOS ALUNOS RETIDOS

ALUNOS QUE ABANDONARAM NÍVEL DE ENSINO

N.º N.º % N.º %

5.º ANO 1057 141 13,3 21 2,0

6.º ANO 1055 181 17,1 25 2,4

2.º CICLO (TOTAL) 2 112 322 15,2 46 2,2

7.º ANO 1030 217 21,0 34 3,7

8.º ANO 779 115 14,7 17 2,1

9.º ANO 687 79 11,5 16 2,3

3.º CICLO (TOTAL) 2496 411 16,5 67 2,7

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

No que respeita ao insucesso escolar, os números assumem ainda maior visibilidade,

como seria de esperar, uma vez que o abandono é apenas uma das facetas do insucesso

escolar. Mais uma vez, o 7º ano destaca-se pela negativa, com 21 % de alunos retidos. A taxa

de insucesso escolar parece evoluir de uma forma ascendente dos níveis mais baixos de

ensino para os níveis mais elevados: 5,5% no 1.º ciclo, 15,2% no 2º ciclo e 16,5% no 3.º ciclo

de ensino básico.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

122

2.3.5. Constituição dos Agrupamentos de Escolas

Com a publicação do Decreto-lei nº 172/91, de 10 de Maio, foi definido o regime de direcção,

administração e gestão dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e

secundário, num modelo que, nas suas linhas conceptuais, é comum a todos os

estabelecimentos escolares, concretizando-se, todavia, em modalidades específicas. Introduz o

conceito de área escolar para os Jardins de Infância e Escolas do 1º CEB., com a dupla acepção

pedagógica e administrativa, permitindo agregar lugares de monodocência destes níveis de

ensino.

Este diploma foi aplicado, em regime de experiência, a 49 escolas e a 5 áreas escolares, com

início em dois momentos diferentes, nos anos lectivos de 1992/93 e 1993/94.

Contudo, relativamente ao “modelo” de direcção administrativa e gestão escolar aprovado

neste decreto, opiniões divergentes se manifestaram publicamente sobre a sua aplicação em

experiência, virtualidades, desvios ou aprofundamentos dado que nem sempre o discurso teve

correspondência na prática da aplicabilidade.

Entretanto, como a experiência acumulada no âmbito da aplicação dos modelos de gestão das

escolas, definidos quer por este Decreto-Lei nº 172/91 quer pelo Decreto-Lei nº769-A/76, de

24 de Outubro, é demonstrativa da capacidade de organização interna das escolas, cuja

evolução ocorreu paralelamente a outros desenvolvimentos relevantes ao nível do sistema de

ensino, nomeadamente a progressiva (se bem que lenta) descentralização da administração

educativa para os níveis regional e local e uma tendência para desenvolver a dinâmica escolar,

é publicado o Despacho Normativo nº 27/97, de 2 de Junho, que regulamenta a criação dos

Agrupamentos de Escolas e vem permitir e estimular a participação e a iniciativa das escolas

nos domínios do: “…Reordenamento da rede da educação pré-escolar e dos ensinos básico e

secundário, equacionando novas dinâmicas de associação ou agrupamento de escolas e

clarificando as respectivas áreas de influência; o desenvolvimento de projectos educativos de

escola; a concretização das opções organizativas que, no plano interno da escola, venham a

permitir um melhor funcionamento, atendendo à realidade social em que se inserem e ao

projecto educativo que prosseguem…”.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

123

Este surge enquanto não é publicado o suporte legislativo de um novo ordenamento jurídico de

autonomia e gestão das escolas, o que vem a acontecer quase um ano depois.

O Ano Lectivo de 1997/98 foi assim considerado o ano de preparação da aplicação de um novo

regime de autonomia e gestão das escolas tendo sido formados 43 Agrupamentos de escolas

no país.

Em 1998, com a promulgação do Decreto-Lei nº 115-A/98, de 4 de Maio, é definido o “Regime

de Autonomia, Administração e Gestão dos estabelecimentos de ensino públicos de educação

Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário”. 26

Como este diploma refere no seu preâmbulo, a autonomia das escolas e a descentralização

constituem aspectos fundamentais de uma nova organização da Educação, com o objectivo de

concretizar na vida da escola a democratização, a igualdade de oportunidades e a qualidade do

serviço público de educação.

Este diploma dá especial atenção às escolas do 1º Ciclo do ensino básico e aos Jardins de

Infância, integrando-os, numa organização coerente de autonomia, administração e gestão,

tomando em consideração a dimensão muito variável destes estabelecimentos de ensino e

salvaguardando a sua identidade própria. Estes estabelecimentos tinham sido omitidos no

Decreto-Lei nº 43/89, de 3 de Fevereiro, o qual definia o regime de autonomia das escolas.

E assim, a partir do ano lectivo 1998/99, com a publicação do Decreto-Lei nº 115-A/98, de 4

de Maio, que define o “Regime de Autonomia, Administração e Gestão dos estabelecimentos

de ensino públicos de educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário”, começa a

generalizar-se a formação dos Agrupamentos de Escolas, uns formam-se na horizontal e outros

na vertical.

No concelho da Póvoa de Varzim a constituição dos Agrupamentos de escolas teve início no

Ano Lectivo de 1999/2000, tendo-se formado 5 Agrupamentos de Escolas E.B. 2.º e 3º, 2

Escolas Secundárias e 8 Agrupamentos Horizontais compreendendo os ensinos do 1º CEB e

Pré-Escolar.

26 Alterado, por apreciação parlamentar, pela Lei nº 24/99 de 22 de Abril.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

124

Em 2003 os estabelecimentos de ensino do 1º CEB e do pré-escolar agruparam-se às Escolas

E.B. 2,3 tendo ficado constituídos 5 Agrupamentos Verticais de Escolas, respectivamente:

Agrupamento Vertical de Escolas de Aver-o-Mar, que compreende todos os

estabelecimentos de ensino do Pré-Escolar, do 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, das

Freguesias de Estela, Navais, Aguçadoura e Aver-o-Mar;

Agrupamento Vertical de Escolas de Rates, que integra todos os Jardins de Infância,

Escolas do 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, das Freguesias de Laúndos, Rates e

Balasar;

Agrupamento de Escolas Campo Aberto, que inclui os estabelecimentos escolares do

ensino Pré-Escolar, 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, das Freguesias de Beiriz,

Amorim e Terroso;

Agrupamento Vertical Cego do Maio, que contempla 3 Jardins de Infância (Século,

Giesteira e Cego do Maio), 3 Escolas do 1º Ciclo (nº 5 Sede, nº 6 da Sede e nº 7 da

Sede), e a E.B. 2, 3 Cego do Maio da Freguesia da Póvoa de Varzim e os

Estabelecimentos do Pré-Escolar e do 1º CEB da Freguesia de Argivai;

Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Flávio Gonçalves, que inclui um Jardim de Infância

(Dr. Luís Amaro), 3 Escolas do 1º Ciclo (E.B. 1 Nova, E.B. 1 dos Sininhos e E.B. 1 do

Desterro) e a E.B. 2,3 Dr. Flávio Gonçalves, também da Freguesia da Póvoa de Varzim.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

125

Quadro 51: Constituição dos Agrupamentos Verticais de Escolas

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PERTENCENTES

AO AGRUPAMENTO

SEDE DO AGRUPAMENTO DE

ESCOLAS

Escola E.B.1/J.I. de Aldeia, Aguçadoura

Escola do Fieiro, Aguçadoura

Escola da Boucinha, Aguçadoura

Escola Outeiro, Navais

Escola E.B. 1/J.I. de Navais

Escola de Barros, Estela

AGRUPAMENTO VERTICAL DE Escola E.B. 1/J.I. do Teso, Estela Escola E.B. 2, 3 de Aver-o-Mar

ESCOLAS AVER-O-MAR J.I. Fieiro, Aguçadoura

J.I. Barros 1, Estela

J.I. Barros 2, Estela

Escola E.B. 1 de Aldeia,

Aver-O-Mar

Escola E.B. 1 de Refojos,

Aver-O-Mar

Escola E.B. 1/J.I. de Agro Velho, Aver-O-

Mar

Escola E.B. 1 de Paranho, Terroso

Escola E.B. 1/J.I. de Paçô, Terroso

AGRUPAMENTO VERTICAL Escola E.B. 1 de Cadilhe, Amorim

Escola E.B. 2,3 de

Beiriz

CAMPO ABERTO, BEIRIZ Escola E.B. 1 da Igreja, Beiriz

J.I. Beiriz

J.I. de Sejães, Terroso

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

126

Quadro 51: Constituição dos Agrupamentos Verticais de Escolas (Continuação)

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PERTENCENTES

AO AGRUPAMENTO

SEDE DO AGRUPAMENTO DE

ESCOLAS

Escola E.B. 1 Nª. Srª. da Saúde, Laundos

Escola E.B. 1 das Machuqueiras, Laundos

Escola E.B. 1 da Praça, Rates

Escola E.B. 1/J. I. da Granja, Rates

AGRUPAMENTO VERTICAL DE Escola da Quinta, Balasar Escola E.B. 2, 3 de Rates

ESCOLAS DE RATES Escola das Fontainhas, Balasar

J.I. de Laundos

J.I. Nª Sr.ª da Saúde, Laundos

J.I. Cruz, Balasar

J.I. Fontainhas, Balasar

Escola E.B. 1/J. I. de Argivai

Escola E.B. 1 de Nova Sintra,

Póvoa de Varzim

AGRUPAMENTO VERTICAL DE

ESCOLAS CEGO DO MAIO

Escola E.B.1/J. I. Da Giesteira,

Póvoa de Varzim

Escola E.B. 2, 3 Cego do

Maio

Escola E.B. 1 da Lapa, P. Varzim

Escola E.B.1/J. I. da Rua do Século, Póvoa

de Varzim

J.I. Argivai 1

Escola E.B.1 dos Sininhos,

Póvoa Varzim

AGRUPAMENTO VERTICAL DE

ESCOLAS DR. FLÁVIO GONÇALVES

Escola E.B.1 Nova, P. Varzim

J.I. Dr. Luís Amaro

Escola E.B. 2,3 Dr. Flávio

Gonçalves

Escola E.B.1 do Desterro, P. Varzim

Fonte: Gabinete de Educação da Câmara Municipal (ano lectivo 2004/05)

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

127

Cartograma 10: Áreas de Influência dos Agrupamentos Verticais de Escolas do Concelho da Póvoa de

Varzim

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

128

2.3.6. Caracterização do Ensino Secundário

No século XIX a cidade da Póvoa de Varzim foi a mais frequentada, pela sua praia, do norte do

país, tendo um ciclo estival de seis meses e, simultaneamente, a mais abundante praça de

pescado fresco e salgado, o que levou muitos comerciantes provenientes de outros concelhos

a fixarem-se aqui o que permitiu a abertura de novo campo de trabalho e de novas

perspectivas à camada Jovem.

Assim, numa tentativa de dar resposta às exigências sociais da comunidade poveira prosperada

pelo desenvolvimento do comércio resultante da indústria da pesca e dos banhos do mar, foi

fundado nesta cidade em 1882 o Instituto Municipal que teve a sua sede no edifício da Câmara

Municipal27.

Dez anos mais tarde, em 1892, é criada a Associação Comercial, congénere das existentes nas

principais cidades do país, que começa a leccionar aulas de escrituração mercantil e de

contabilidade comercial de forma a preparar a população paro o trabalho na área comercial, o

que originou uma nova realidade sócio-profissional na época.

Entretanto, com a alteração da reforma no ensino secundário, em 1895, o plano de estudos do

Instituto Municipal teve que sofrer alterações, levando os políticos locais a diligenciarem no

sentido deste ser transformado em Liceu Nacional da Póvoa de Varzim, o que de facto vem a

suceder em 190428.

Estas diligências políticas locais ao nível de ensino, foram também no sentido de ser criado o

Curso Comercial na então existente Escola Primária Superior Rocha Peixoto, situada na Praça

Marquês de Pombal, que posteriormente é apelidada de Escola Comercial de Rocha Peixoto, o

que viria a suceder em 1924. Um ano mais tarde é criado o Curso Industrial, passando o

estabelecimento a designar-se por Escola Comercial e Industrial de Rocha Peixoto.

Em 1952, o Liceu Nacional da Póvoa de Varzim é transferido, para a zona norte – nascente da

cidade, para as instalações actuais e definitivas.

27 www.esrpeixoto.edu.pt 28 www.eseq.pt

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

129

Em 1962, é a vez da Escola Comercial e Industrial de Rocha Peixoto mudar-se para o novo

edifício onde permanece actualmente.

Após a revolução democrática de 1974 e das reformas que foram surgindo ao nível do ensino

secundário o Liceu Nacional da Póvoa de Varzim, pela Portaria nº608/79, de 22 de Novembro,

passa a ter a designação de Escola Secundária Eça de Queirós. Em 1981 é a vez da Escola

Comercial e Industrial de Rocha Peixoto, alterar a sua designação para Escola Secundária de

Rocha Peixoto

O concelho da Póvoa de Varzim, em 2004/2005, dispunha ao nível do ensino secundário de 2

estabelecimentos públicos que se localizam na Póvoa de Varzim. Neste ano lectivo, o n.º total

de alunos é de 1868. Convém referir que os dois estabelecimentos de ensino recebem também

alunos do 3.º ciclo, como resposta à sobrelotação das EB’s 2,3 do concelho. Desta forma, a

Escola Secundária Eça de Queirós recebe 53 alunos e a Escola Secundária Rocha Peixoto

recebe 115 alunos.

Quadro 52: Estabelecimentos da Rede Pública em 2004/2005

ESTABELECIMENTOS DE

ENSINO Número

de alunos Número de

salas Capacidade Taxa de

Ocupação

Escola Secundária Eça de Queirós

1 024 31 868 117%

Escola Secundária Rocha Peixoto

844 32 896 94%

Colégio de Amorim* - - - - Total 1 868 63 1890 99%

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

* O ensino secundário na rede privada só entrou em funcionamento no ano lectivo de 2005/2006

no colégio de Amorim

A população escolar a frequentar o ensino secundário era de 1868 alunos, distribuídos pelas

duas escolas, estando 55% dos alunos a frequentar a ES Eça de Queirós e os restantes 45% na

ES Rocha Peixoto.

É, no entanto, importante efectuar uma apreciação destes indicadores e de outros mais

específicos, nomeadamente o número de turmas existentes, conjuntamente com as escolas,

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

130

porque os valores obtidos para estes equipamentos do secundário subestimam a real dimensão

da taxa de ocupação verificada neste nível de ensino.

Cartograma 11: Rede de Equipamentos do Ensino Secundário no Concelho da Póvoa de Varzim

A Escola Secundária Eça de Queirós para além de receber o 3.º ciclo do ensino básico, conta

com o total de 1024 alunos para o ensino secundário. Em 2004/2005 disponibilizou todos os

Cursos Gerais ou Científico – humanísticos existentes no ensino secundário e os cursos

Tecnológicos de Multimédia, Design de Equipamento e Comunicação. No entanto, importa

referir que neste ano lectivo não teve alunos a frequentar o curso de Línguas e Literaturas.

A Escola Secundária Rocha Peixoto recebe 844 alunos, em 2004/2005, nos cursos gerais e nos

cursos tecnológicos para além de receber alunos do 3.º ciclo do ensino básico (115 alunos).

Dispõe de todos os cursos gerais ou Científico – Humanísticos vocacionados para o

prosseguimento de estudos para o ensino superior, no entanto os cursos de Ciências Sócio-

económicas e de Línguas e Literaturas não funcionaram neste ano lectivo por falta de alunos; e

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

131

os Cursos Tecnológicos de Electrotecnia/Electrónica, Informática, Administração, Marketing,

Acção Social e Desporto, orientados duplamente para o prosseguimento de estudos e inserção

no mercado de trabalho.

Teve ainda como oferta o Curso Profissional – Técnico de Manutenção Industrial para jovens

que concluíam o 9.º ano de escolaridade e que pretendem obter uma qualificação inicial. Este

curso confere a equivalência ao 12.º ano de escolaridade e um certificado de formação

profissional de nível 3.

O ensino secundário desenvolve-se em regime nocturno apenas na Escola Secundária Rocha

Peixoto, em 2004/2005, ao nível do 10.º ano.

A Escola Secundária Eça de Queirós apresenta ao nível das infra-estruturas boas condições. De

acordo com os dados do inquérito, esta escola considerou que o telhado, janelas, pavimentos e

pintura estão num bom estado de conservação, enquanto que as restantes infra-estruturas se

situam num nível médio.

Gráfico 20 – Estado de Conservação das infra-estruturas nas Escolas Secundárias

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Pavimentos

Pintura

Janelas

Telhado

Electricidade

Esgotos

Água

WC

Bom Médio Mau

A Escola Secundária Rocha Peixoto avaliou o estado de conservação das infra-estruturas,

apresentadas no gráfico n.º 20, como razoável, com a excepção da pintura que considerou

estar em muito mau estado.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

132

2.3.6. 1. Evolução da população no Ensino Secundário No concelho da Póvoa de Varzim, entre o ano lectivo de 2000/2001 e 2004/2005, verificou-se

uma variação negativa de -3,7% do número total de alunos ao nível do Ensino Secundário.

Quadro 53: Evolução da Frequência do Ensino Secundário

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

Quadro 54: Evolução da População Escolar no Ensino Secundário por ano de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005

ENSINO

SECUNDÁRIO 2000/ 2001

2001/ 2002

2002/ 2003

2003/ 2004

2004/ 2005

10.º Ano 830 815 902 784 689

11.º Ano 550 495 547 539 588

12.º Ano 559 585 562 547 591

Total 1 939 1 895 2 011 1870 1868

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

A análise das frequências entre 2000/2001 e 2004/2005 dos alunos do ensino secundário

permite constatar uma diminuição dos alunos até 2001/2002, havendo uma ligeira subida no

ano lectivo seguinte, ano a partir do qual se assistiu a uma ligeira inflexão negativa da variação

do número de alunos até 2004/2005.

N.º ALUNOS

ESCOLAS 2000/ 2001

2001/ 2001

2002/ 2003

2003/ 2004

2004/ 2005

TOTAL

TAXA DE

VARIAÇÃO 2000/2005

ES EÇA DE QUEIRÓS 953 887 964 954 1024 4 782 7,5

ES ROCHA PEIXOTO 986 1008 1047 916 844 4 801 -14,4

TOTAL 1 939 1 895 2 011 1870 1868 9 583 -3,7

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

133

Gráfico 21: Evolução da Frequência no Ensino Secundário

200400600800

1000120014001600180020002200

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Ensino Secundário

2.3.6. 2. Retenção, abandono e aproveitamento escolar No que se refere aos dados apurados no ano de 2004/2005, foi possível perceber que os

casos de abandono se registaram principalmente no 10º ano de escolaridade, logo após a

conclusão da escolaridade obrigatória, o que coloca em questão a forma como a escola

procura e consegue (ou não) motivar os jovens para o prosseguimento de estudos.

Quadro 55: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram no Ensino Secundário – 2004/2005

ALUNOS MATRICULADOS

ALUNOS RETIDOS

ALUNOS QUE ABANDONARAM NÍVEL DE ENSINO

N.º N.º % N.º %

10.º ANO 689 123 17,8 118 17,1

11.º ANO 588 23 3,9 33 5,6

12.º ANO 591 96 16,2 65 10,9

TOTAL 1 868 242 12,9 216 11.5

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

A taxa de abandono no Ensino Secundário é significativa, 11,5%, podendo estar

profundamente relacionadas com a baixa valorização que é dada à escola. No que respeita ao

insucesso escolar, os números assumem valores significativos, no 10º e 12º ano de

escolaridade, o que poderá estar relacionado com o facto destes anos serem anos importantes

de transição.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

134

2.3.7. Ensino Superior

A Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG) foi criada por Decreto-lei em 04

de Janeiro de 1990. A ESEIG é uma das seis dependências do Instituto Politécnico do Porto

existentes no país. Inicialmente, existiam dois pólos, um na Póvoa de Varzim e outro em Vila do

Conde. Desde 2001 a escola funciona em instalações novas, situadas entre a Póvoa de Varzim e

Vila do Conde, com capacidade para 1400 alunos, sendo os alunos de ambos os pólos

transferidos para este edifício.

A ESEIG iniciou a sua actividade apenas com o curso de Contabilidade e de Gestão

(Bacharelato). Entretanto, acolheu novos cursos como o CESE (Curso de Estudos Superiores

Especializados) em Contabilidade e Gestão (Licenciatura) e o Curso de Recursos Humanos a

partir do ano lectivo de 1996/1997, tendo passado a Licenciatura bi-etápica em 1998.

No ano lectivo de 2000/2001 foi a vez dos cursos de Design Gráfico e de Publicidade e de

Engenharia de Produção. Um ano depois entraram em funcionamento os cursos de Ciências e

Tecnologia da Documentação e Informação e de Engenharia Mecânica.

Quadro 56: Número de Alunos do Ensino Superior em 2004/2005

ANO ESCOLAR N.º DE ALUNOS

CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DA DOCUMENTAÇÃO E

INFORMAÇÃO 102

DESIGN GRÁFICO E DE PUBLICIDADE 65

RECURSOS HUMANOS 207

ENGENHARIA MECÂNICA 106

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 91

CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO 323

RAMO DE AUDITORIA 143

RAMO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 178

TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL 139

Total 1 354

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

135

Em 2004/2005, esta Escola Superior lecciona um leque muito diversificado de cursos,

conforme se apresenta no quadro n.º 51, com um total de 1 354 alunos.

Quadro 57: Evolução da População no Ensino Superior

ANO ESCOLAR N.º DE ALUNOS

2000/2001 454

2001/2002 1 340

2002/2003 1 240

2003/2004 1 274

2004/2005 1 354

Total 5 662

Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006

No Ensino Superior, entre o ano lectivo de 2000/2001 e 2004/2005, verificou-se uma variação

positiva de 198% do número total de alunos nestes níveis de ensino. Efectivamente, verificou-

se que o número de alunos triplicou nestes 5 anos.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

136

2.3.8. Caracterização do Ensino Artístico

Escola de Música da Póvoa de Varzim

A Escola de Música da Póvoa de Varzim (EMPV) foi criada pela Câmara Municipal da Póvoa

de Varzim em 1988, tendo como objectivos essenciais formar profissionais da música nos

diversos cursos com planos curriculares do Ensino Básico e Complementar; possibilitar à

população escolar concelhia o seu enriquecimento cultural; a ocupação dos tempos livres para

todas as faixas etárias; e contribuir para o desenvolvimento cultural do concelho.

A EMPV obteve do Ministério da Educação autorização definitiva de funcionamento no ano

lectivo de 1996/1997, mais tarde actualizada em Junho de 2003 (nº 106/DREN).

Estão em funcionamento os Cursos de Piano, Cravo, Violino, Violoncelo, Contrabaixo, Viola

Dedilhada (Guitarra), Flauta de Bisel, Flauta Transversal, Oboé, Clarinete, Saxofone, Fagote,

Trompete, Trombone, Tuba, Percussão, e as Disciplinas de Técnica Vocal e Repertório,

Formação Musical, Iniciação Musical, História da Música, Acústica Musical, Análise e Técnicas

de Composição e diversas classes de Conjunto instrumental e vocal, entre as quais o Coral

“Ensaio e as Orquestras de Cordas e Sopros.

Em Janeiro de 1989, o Coral “Ensaio” iniciou a sua actividade. É composto por alunos,

professores da Escola, encarregados de educação e melómanos dedicados. Além de participar

nas audições públicas da Escola e em variados momentos culturais da região, já se apresentou

em diversas cidades de Portugal, Espanha e Bélgica, em concertos e em encontros culturais

(alguns de nível internacional). Tem participado em diversas edições do Festival Internacional

de Música da Póvoa de Varzim.

A Orquestra de Cordas foi constituída em 1994. Representou a Câmara Municipal da Póvoa de

Varzim na FIL (Lisboa, Janeiro de 1997), fez digressões por escolas do Ensino Básico do

Concelho (no “Dia Mundial da Música a partir de 1997). Participou na ópera infantil “Athanor”,

de Claude Henry-Joubert, levada à cena em 1997 e 1998 (na Póvoa de Varzim e no Porto). Em

Abril de 1999 deslocou-se à Bélgica onde apresentou concertos, no âmbito do intercâmbio

cultural estabelecido com a Academia de Waremme. Tem prestado a sua colaboração a

diversas iniciativas sócio-culturais do concelho.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

137

No ano lectivo de 2001/2002 foi criada a Orquestra de Sopros. A Orquestra já actuou em

Guimarães e Póvoa de Varzim, no âmbito de intercâmbios culturais com escolas congéneres.

Participou também em actividades paralelas do Festival Internacional de Música da Póvoa de

Varzim, desde 2002.

Além da sua vocação naturalmente pedagógica de apoio às pessoas motivadas para a sua

valorização pessoal, a EMPV com regularidade proporciona à população recitais e concertos –

concertos de Natal, concertos de Páscoa e espectáculos de âmbito pedagógico dedicados à

população.

Desde 1995 está instalado na Escola o Secretariado do Festival Internacional de Música da

Póvoa de Varzim, iniciativa fundada pela SOPETE – Sociedade Poveira de Empreendimentos

Turísticos, S. A., em 1979, visando desde logo promover a região em Portugal e no estrangeiro

e elevar a qualidade de vida da população. Foi a partir da edição de 1994 que o importante

evento estruturante para toda a região Norte do país passou a ser também de responsabilidade

organizativa e financeira da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Passadas mais de duas

décadas de ininterrupta actividade, constata-se que o FIMPV é um exemplo de sucesso, uma

iniciativa caracterizada pela longevidade e qualidade mantidas ano após ano e que pode

considerar-se, no Verão, como um dos pólos de animação mais significativos da região Norte

de Portugal, atraindo um público exigente e conhecedor e afirmando-se, simultaneamente,

como plataforma de lançamento de novos talentos nacionais e de apresentação de solistas e

agrupamentos internacionais de elevada craveira.

Efectivamente, percorrendo o seu historial destaca-se a presença de solistas e agrupamentos

dos mais relevantes do nosso tempo, como Mstislav Rostropovitch, Alfred Brendel, Paul

Tortelier, Fabio Biondi, Vadim Repin, Elisabeth Leonskaja, Maria João Pires, Jörg Demus, Aldo

Ciccolini, Pedro Burmester, Julian Bream, Narciso Yepes, Christophe Rousset, Ton Koopman,

Pierre Hantaï, Victoria de Los Angeles, Galina Gorchakova, Quarteto de Cordas Alban Berg, The

Tallis Scholars, Gabrieli Consort & Players, Nikolai Lugansky, etc.

A Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim foi fundada pela Câmara Municipal da Póvoa de

Varzim em Setembro de 2002. É uma iniciativa também estruturalmente ligada à Escola de

Música da Póvoa de Varzim, uma vez que o respectivo Secretariado é comum. Integram a

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

138

Orquestra alguns dos ex-alunos da Escola que, actualmente, trabalham em Escolas Superiores

de Música e em Departamentos de Música de algumas Universidades. Apresentou-se em

diversos concertos na Póvoa de Varzim, Figueira da Foz e Porto, e tem participado no

encerramento das 25ª, 26ª, 27ª e 28ª edições do Festival Internacional de Música da Póvoa de

Varzim. Alguns solistas e agrupamentos, como a soprano Sílvia Mateus, o violinista Daniel

Rowland, o flautista António Carrilho, o Coro da Sé Catedral do Porto e os pianistas Jean-Marc

Luisada e Roger Muraro têm participado nas suas actuações. A OSPV já gravou três CDs.

Para os munícipes em geral, por conseguinte, o coordenado funcionamento das três iniciativas

(Escola de Música, Festival Internacional de Música e Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim),

sob a égide da Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim, proporciona as pedagogias mais

actualizadas e a fruição cultural do melhor nível.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

139

2.3.9. Ensino Especial - Necessidades Educativas Especiais

A educação especial constitui uma modalidade de educação que visa a recuperação e

integração socioeducativas dos alunos com necessidades educativas específicas resultantes de

deficiências físicas e/ou mentais. As iniciativas de educação especial podem pertencer ao

poder central, regional ou local ou, a outras entidades colectivas.

No concelho da Póvoa de Varzim, o Ensino especial está assegurado pela rede pública, rede

privada e rede solidária, nomeadamente ao nível de uma Instituição de Solidariedade Social–

MAPADI.

Quadro 58: Número de Alunos com Necessidades Educativos Especiais, segundo o Nível de Ensino, em 2004/2005

ALUNOS COM NEE NÍVEL DE ENSINO N.º %

PRÉ-ESCOLAR (TOTAL)

61 17%

1.º CICLO (TOTAL)

144 40%

2.º/ 3º CICLO (TOTAL)

120 34%

SECUNDÁRIO (TOTAL) 34

(Eça de Queirós) 9%

TOTAL 359

100%

Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social1

No concelho da Póvoa de Varzim foram sinalizadas, no ano lectivo de 2004/2005, 359

crianças com necessidades educativas especiais. Destas, cerca de 264 alunos frequentavam

o Ensino básico, sendo que 144 frequentavam o 1.º ciclo e as restantes o 2.º e 3.º ciclos.

O 1º ciclo do ensino básico é o nível de ensino no qual são sinalizadas mais crianças com

NEE, especificamente 40% das 359 crianças sinalizadas frequentam este tipo de ensino, ou

seja, alunos com dificuldades de aprendizagem, identificadas e que beneficiaram de apoio

sócio-educativo.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

140

2.3.10. Ensino Recorrente

O ensino recorrente consiste numa modalidade de educação escolar que tem como objectivo a

eliminação do analfabetismo, encontrando-se organizado por ciclos de ensino e conferindo

uma certificação equivalente à do ensino regular.

De acordo com a Lei 46/86 de 14 de Outubro, o ensino recorrente destina-se a indivíduos que

já não se encontram na idade normal do ensino básico e secundário sendo, também, destinado

a indivíduos que não tiveram oportunidade de se encontrar no sistema de educação escolar em

idade normal e que tenham idade igual ou superior a 15 ou a 18 anos, conforme se trate do

ensino básico ou secundário respectivamente.

No que concerne a este tipo de ensino, percebemos que a adesão tem crescido nos últimos

anos, apresentando uma variação positiva de 2001 para 2005. É no nível secundário que a

adesão é mais relevante, sendo que o número de pessoas inscritas no ensino recorrente na

Escola Secundária, no ano lectivo de 2004/2005, representa 75% do total de alunos. Aspecto

que pode estar relacionado com o facto de existir um elevado número de alunos que, não

concluindo o 12.º ano, recorrem a este tipo de ensino para terminar o ensino secundário.

Quadro 59: Evolução do número de alunos inscritos no ensino recorrente, segundo o nível de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005

Em síntese, importa reforçar o facto da procura desta modalidade de ensino ter crescido nos

últimos anos, e do ensino secundário se destacar dos restantes níveis de ensino, com uma

população superior à soma destes.

NÍVEL DE ENSINO 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

3.º CEB 123 133 97 130

Secundário 286 357 390 404

Total 409 490 487 534

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

141

A oferta desta modalidade de ensino localiza-se na sede do concelho, com a excepção do 1.º

ciclo que tem funcionado em algumas freguesias do concelho, conforme o quadro apresentado

de seguida. Efectivamente, a maioria dos cursos do ensino recorrente eram leccionados na

Escola Secundária Rocha Peixoto, conforme quadro anterior.

Quadro 60: Cursos de ensino recorrente, no 1.º e 2.º CEB, em 2004/2005

CURSO LOCAL

1.º CICLO Escola Rocha Peixoto

1.º CICLO EB1 Nova – Póvoa de Varzim

1.º CICLO EB1 Aldeia Nova – Aver-o-Mar

1.º CICLO EB1 da Igreja - Beiriz

1.º CICLO EB1 das Machuqueiras - Laúndos

1.º CICLO Gabinete de Acção Social de Argivai

2.º CICLO Escola Rocha Peixoto – Póvoa de Varzim

Fonte: Gabinete de Educação de Adultos

Em termos gerais, a oferta de ensino recorrente prendeu-se com o desenvolvimento de uma

estratégia de nível global que envolvia as diversas estruturas da sociedade e procurava

resolver as dificuldades do sistema educativo, contemplando uma visão permanente do

mesmo29.

Esta interpretação lata da educação recorrente reflectia o optimismo económico dos anos

sessenta e setenta, que via na educação uma fonte de desenvolvimento. Pretendia-se que a

educação recorrente efectuasse uma alternância entre ciclos de aprendizagem

estruturada (ciclos educativos) e etapas de efectivação de outras actividades, interagindo

os dois momentos, tendo como objectivo favorecer o enriquecimento mútuo, que se deve

iniciar logo após o termo da obrigatoriedade30.

Há porém uma outra concepção associada à educação recorrente que a identificava a uma

educação de segunda oportunidade, destinando-se a todos aqueles que se viam

compelidos a abandonar o sistema formal de ensino e a ingressar no mercado do

29 Abreu, Zina, “Ensino recorrente de adultos: uma segunda oportunidade ao alcance de todos? Concepções curriculares” in IV Congresso Português de Sociologia, Coimbra, Associação Portuguesa de Sociologia, 2000, Oeiras, Celta Editora, 2002 (cd-rom). 30 Idem.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

142

trabalho, entrando no segundo elo da cadeia educação – trabalho – reforma, padrão de vida

dominante nas sociedades modernas ocidentais"31.

Contudo, existem dois modelos de ensino recorrente, um com uma estrutura rigidificada,

alicerçada numa concepção curricular técnica, directiva e tradicionalista, regida pela

«fórmula» do ensino regular, contribuindo para que o ensino recorrente seja afinal mais

uma oportunidade de insucesso escolar, agravada pela própria perversidade do sistema

educativo que tem canalizado jovens do ensino regular com insucesso escolar e que tem

primado pela inexistência de formação específica para os professores do ensino recorrente32.

Outro, com uma estrutura mais aberta, apresentando desafios alternativos ao quadro anterior,

tendo em linha de conta as necessidades de diferenciação pedagógica na sala de aula, de

existência de professores reflexivos, de formação específica para os docentes do ensino

recorrente, de maior autonomia das escolas e de uma escola mais compreensiva.

É neste último modelo que podemos incluir o ensino recorrente desenvolvido na Póvoa de

Varzim, nomeadamente na Escola Rocha Peixoto.

2.3.11. Ofertas Qualificantes

Uma análise cuidada do quadro 29, dá-nos, de facto, a perspectiva de que a taxa de abandono

escolar (3,9%), no concelho da Póvoa de Varzim é bastante elevada, os alunos poveiros saem

da escola sem concluírem o 9.º ano, bem como a taxa de saída precoce (57,2%) é igualmente

muito alta, constatando-se que existem muitos alunos com idades entre os 18 e 24 anos sem

concluírem o Ensino Secundário.

É necessário prevenir o abandono escolar desqualificado, disponibilizando ofertas formativas

diversificadas e profissionalmente qualificantes; é preciso fazer um esforço colectivo para

formar e qualificar os nossos jovens.

A iniciativa Novas Oportunidades assenta numa base – o nível secundário é o objectivo de

referência para a qualificação dos jovens e adultos. Este é o patamar mínimo para dotar os

cidadãos das competências essenciais à moderna economia do conhecimento.

31 Ibidem. 32 Cfr. Abreu, Zina, Art. Cit..

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

143

É importante inovar, recombinar modelos; o saber não ocupa lugar, mas tem que gerar riqueza

e para criar riqueza, as qualificações têm que gerar competências úteis. O mote será

“Qualificar para desenvolver, Desenvolver qualificando”.

Esta Iniciativa novas oportunidades pretende envolver não só as Escolas Secundárias, como

também os Agrupamentos de Escolas, os Centros de Formação Profissional, bem como as

outras Entidades Formadoras.

A Iniciativa Novas Oportunidades tem várias modalidades:

Cursos de Educação e Formação

A conclusão de um CEF com total aproveitamento confere certificação escolar ao 6º/9º e 12º

ano de escolaridade e certificação profissional de nível 1,2,3.

Cursos de Especialização Tecnológica

Cursos Tecnológicos

Cursos Profissionais

Os objectivos desta iniciativa são fazer do ensino profissionalizante de nível secundário uma

real opção dando oportunidades novas aos jovens e elevar a formação de base dos activos.

Dar a todos os que entraram na vida activa com baixos níveis de escolaridade, a possibilidade

de, com esta iniciativa Novas Oportunidades, recuperar, completar e progredir nos seus

estudos.

Atingir estes objectivos implica uma remodelação no Sistema de Reconhecimento, Validação e

Certificação de Competências, como forma de medir e certificar competências adquiridas em

contextos não formais e informais.

O sucesso da iniciativa Novas Oportunidades exige um empenhamento sério de todos –

cidadãos, empresas e instituições – na valorização de uma cultura de aprendizagem e na sua

efectivação no terreno. É, certamente, um caminho longo e difícil.

As ofertas qualificantes são promovidas no concelho pelo Centro de Emprego da Póvoa de

Varzim/Vila do Conde, através de cursos de formação profissional em parceria com os centros

de formação do Instituto de Emprego e Formação Profissional e com entidades formadoras

externas.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

144

Existe um Centro de Formação de Gestão Participada do sector das pescas da rede dos centros

do IEFP (FORPESCAS) localizado no concelho de Vila do Conde. Há entidades formadoras

privadas sediadas no concelho (Tavares de Oliveira, Sashit, Urbe, Associação Comercial e

Industrial da Póvoa de Varzim, Leicar, Iconefile).

A Escola Secundária Rocha Peixoto teve em funcionamento no ano de 2005 cursos de

formação profissional de educação e formação de jovens.

Estas entidades asseguram as ofertas qualificantes no concelho, numa dupla vertente,

educativa e formativa, possibilitando escolhas mais diversificadas e mais adequadas, quer a

jovens que estão a construir o seu percurso educativo e formativo, quer a adultos que

procuram elevar os seus níveis de escolaridade e qualificação profissional.

Quadro 61: Ofertas Qualificantes no Concelho da Póvoa de Varzim (2005)

Modalidades de Formação

N.º de Cursos

N.º de Formandos

Certificação Escolar

Certificação profissional

17 298 12.º Ano Nível 3 Cursos de Aprendizagem

4 66 9.º Ano Nível 2

Cursos de Educação e Formação de Jovens

6

92

9.º Ano Nível 2

1 16 6.º Ano Nível 1 Cursos de Educação e Formação de Adultos 1 16 9.º Ano Nível 2

Cursos de formação Qualificante

10 114 - -

Cursos de formação contínua

33 1009 - -

Total 72 1611 - -

No concelho da Póvoa de Varzim, em 2005, funcionaram 72 cursos, abrangendo um total de

1611 formandos, distribuídos por 5 modalidades de formação, tais como, aprendizagem,

educação e formação de jovens, educação e formação de adultos, formação qualificante e

formação contínua.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

145

2.3.11.1. Aprendizagem

Os cursos de aprendizagem são uma modalidade de formação que se destina a preparar jovens,

candidatos em situação de 1.º emprego, que preferencialmente não ultrapassem o limite etário

dos 25 anos para o desempenho de profissões qualificadas de forma a facilitar a sua entrada no

mercado de trabalho.

Tratam-se de cursos que se desenvolvem em alternância, isto é, entre um centro de formação e

uma empresa, onde se realizam, respectivamente, a formação teórico-prática e a formação

prática em contexto real de trabalho. Estes cursos são promovidos pelo IEFP em colaboração

com entidades formadoras externas.

Em 2005 estiveram a decorrer no concelho 17 cursos de aprendizagem que conferem uma

certificação escolar ao nível do ensino secundário (12.º ano) e uma certificação profissional de

nível 3. Decorreram ainda 4 cursos de aprendizagem que conferem numa certificação escolar

ao nível do 3.º ciclo (9.º ano) e uma certificação profissional de nível 2. Todos estes cursos de

nível 2 são referentes à área das pescas

2.3.11.2. Educação e Formação de Jovens

Os cursos de Educação e Formação de Jovens são uma modalidade de formação destinada a

jovens com idade igual ou superior a 15 anos e sem qualificação profissional ou qualificação

escolar.

Os cursos de Educação e Formação de Jovens que o Instituto de Emprego e Formação

Profissional promoveu, em colaboração com entidades formadoras do concelho, destinam-se a

jovens com o 6.º, 7.º ou frequência do 8.º ano de escolaridade e dão equivalência ao 9.º ano e

uma certificação profissional de nível 2.

No ano lectivo de 2005/2006 a Escola Secundária Rocha Peixoto ofereceu também a

modalidade Educação-Formação de Jovens. Estão a decorrer os Cursos de Operador de

Máquinas Ferramentas CNC (tipo 2), Operador de Máquinas Ferramentas CNC e Operador de

Informática (tipo 3) e Instalador/Reparador de Computadores (tipo 4).

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

146

2.3.11.3. Educação e Formação de Adultos

A modalidade de Educação/Formação de Adultos destina-se a preparar cidadãos com idade

igual ou superior a 18 anos, que abandonaram prematuramente o sistema de ensino, não

qualificado ou sem qualificação adequada.

Em 2005 foi promovido no concelho da Póvoa de Varzim 1 curso de Educação e Formação de

Adultos que se destinou a adultos com a escolaridade ao nível do 6.º ano e conferiu uma

certificação escolar de 9.º ano e uma certificação profissional de nível 2. Realizou-se ainda 1

curso de Educação e Formação de Adultos destinado a adultos com o 4.º ano e que confere

uma certificação escolar de 6.º ano e uma certificação profissional de nível 1.

Em 2006 as ofertas qualificantes constituem-se por 1 curso EFA Escolar e 2 cursos B3 a

funcionarem no Agrupamento de Escolas de Rates. Está igualmente a funcionar 1 curso EFA B2

no Agrupamento de Escolas Flávio Gonçalves.

2.3.11.4. Qualificação

Os cursos de qualificação têm como objectivo garantir a jovens e a adultos a aquisição de

competências técnicas e sociais, para o desempenho de profissões qualificadas, de forma a

favorecer o aumento da empregabilidade, facilitando a transição para a vida activa.

Em 2005 foram promovidos no concelho da Póvoa de Varzim 10 cursos de qualificação

profissional, destinados a adultos e envolvendo 114 formandos. Estes cursos foram ministrados

por várias entidades formadoras, tais como: SASHIT, IEFP, Associação Comercial e Industrial da

Póvoa de Varzim e LEICAR.

2.3.11.5. Formação Contínua

A modalidade de formação contínua destina-se a activos que pretendam actualizar ou

aprofundar as suas competências, de forma a melhorar o desempenho profissional.

No concelho da Póvoa de Varzim são várias as entidades que desenvolvem esta modalidade de

formação, sendo a sua maioria de índole privada. Ao nível público importa destacar a formação

desenvolvida pela autarquia.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

147

Em 2005 foram promovidos no concelho da Póvoa de Varzim 33 cursos de formação contínua,

em diversas áreas, destinados a adultos e envolvendo 1009 formandos.

Estes cursos foram ministrados por várias entidades formadoras, tais como: SASHIT, IEFP,

Associação Comercial e Industrial da Póvoa de Varzim, LEICAR, Casa – Escola Agrícola Campo

Verde, Tavares de Oliveira e FORPESCAS e a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

2.3.11.6. Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC)

Os Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC) têm como

função validar e certificar candidatos, através, de um processo que lhes permite valorizar as

suas experiências de vida, profissionais e formativas adquiridas e não certificadas. O processo

RVCC destina-se a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e que não possuem o 4.º, o

6.º ou o 9.º ano de escolaridade e que pretendem obter um certificado equivalente a um destes

níveis de escolaridade.

2.3.12. Outras ofertas educativas e formativas

2.3.12.1. Cursos promovidos pela Escola Prática de Administração Militar

Quadro 62: Cursos promovidos pela Escola Prática de Administração Militar no ano de 2005

CURSOS CONDIÇÕES DE

INGRESSO CERTIFICAÇÃO

Formação de Oficiais/Quadros

Permanentes

Não completar 22 anos até 31/12/05 Licenciatura

Formação de oficiais/regime de contrato

18 a 27 anos Licenciatura ou

Bacharelato -

Formação de sargentos/Regime de

contrato

18 a 24 anos 12.º ano de escolaridade

-

ESCOLA PRÁTICA

DE

ADMINISTRAÇÃO MILITAR

Formação de Praças 18 a 24 anos

6.º ano -

Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

148

2.3.12.2. Cursos promovidos pelo MAPADI

O MAPADI promove formação profissional através de candidatura ao programa Constelação do

IEFP. Os jovens admitidos têm de ter mais de 16 anos, ser oriundos do concelho da Póvoa de

Varzim e portadores de deficiência em grau e tipo que lhes permita frequência da formação

profissional e consequente integração em posto de trabalho. Os cursos em funcionamento são:

auxiliares de confecção/artesanato, jardinagem, serviços hoteleiros e lavagem manual de

veículos.

2.3.12.3. Cursos Extra Escolares promovidos pelo Gabinete de Educação de Adultos

Ao longo de mais de uma década, a Educação de Adultos, no concelho, sedimentou-se e

implementou uma acção dinamizadora e sensibilizadora dos actores sócio-culturais para o

incremento de actividades formativas de 1º e 2º ciclos, bem como acções do âmbito sócio-

educativas e profissionais. Foram desenvolvidos projectos sólidos e efectuadas candidaturas a

programas específicos. Não foram esquecidos os autarcas que, pelo conhecimento da terra e

suas gentes, são determinantes para o desenvolvimento colectivo, bem como, a Igreja, na sua

relação de influência junto dos paroquianos, para a sensibilização de variadíssimas actividades

locais.

O concelho da Póvoa de Varzim adquiriu uma experiência de Educação de Adultos que urge dar

continuidade, promovendo a coesão social e igualdade de oportunidades individuais dos

cidadãos. A autarquia tem, também nesta matéria, pergaminhos valiosos que pretende

rentabilizar e desenvolver, apostando de um modo racional mas coerente na formação e

participação cultural de todos os seus munícipes, envolvendo toda a comunidade e

movimentos.

Salientamos, no âmbito da Educação de Adultos, o ressurgimento e organização da Feira do

Livro da Póvoa de Varzim, nos anos de 1993 e 1994, posteriormente, assumida pela autarquia

e, hoje, uma referência no contexto livreiro e cultural em Portugal, a intensa actividade

formativa homogénea e abrangente do concelho, atenta e inovadora na região: o

desenvolvimento de um curso de Educação parental “ uma família Feliz”, já vai na terceira

edição. São acções muito participadas que traduzem emoções de satisfação.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

149

Outras actividades se desenvolveram, como, visita ao museu de Etnografia e História da Póvoa

de Varzim; à Biblioteca Municipal Rocha Peixoto; ao arquivo municipal e centro de

Interpretação do Castro de Terroso; Exposições de trabalhos de artes decorativas, de tapeçaria

de Arraiolos, de arranjos de flor natural, de pintura de camisolas poveiras; conferências e

debates e Estudos de diagnóstico localizados como o levantamento de escolarização da

freguesia de Laundos. No âmbito da formação, para melhor elucidação, apresentam-se dados

dos últimos cinco anos relativo aos cursos de 1º e 2 ciclos, seguindo-se uma apresentação

específica dos cursos desenvolvidos em 2004/2005 e 2005/2006:

Quadro 63: Evolução dos cursos extra-escolares de 2001/2002 a 2005/2006

Cursos 1º ciclo/alfabetização

2001/ 2002

2002/ 2003

2003/ 2004

2004/ 2005

2005/ 2006

Amorim - - - - 10 Argivai - 16 15 13 15

Aver-o-mar 12 - 16 13 13 Beiriz - - - 9 -

Laundos - - - 16 - Póvoa de Varzim 42 39 41 28 32

Terroso 9 12 14 - - Subtotal 1.º Ciclo 63 67 86 79 70

2º Ciclo 29 24 36 26 32 Subtotal 2.º Ciclo 29 24 36 26 32 Total Formandos

1º e 2º ciclos 92 91 122 105 102

N.º de Cursos 4 4 5 6 5

Quadro 64: Cursos Extra Escolares promovidos pela Educação de Adultos em 2004/2005

CURSO LOCAL N.º DE ALUNOS

TAPEÇARIA DE ARRAIOLOS Bairro Norte – Póvoa de Varzim 15

TAPEÇARIA DE ARRAIOLOS Aguçadoura 15

ARTES DECORATIVAS Bairro Sul – Póvoa de Varzim 18

ARTES DECORATIVAS Laúndos 15

ARTES DECORATIVAS Beiriz 25

ARTE FLORAL Regufe – Póvoa de Varzim 20

PINTURA Mariadeira – Póvoa de Varzim 16

ESCOLA DE PAIS Arquivo Municipal 16

CAMISOLAS POVEIRAS Gabinete de Educação de Adultos 17

TOTAL 157

Fonte: Gabinete de Educação de Adultos

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

150

Quadro 65: Cursos Extra Escolares promovidos pela Educação de Adultos em 2005/2006

CURSO LOCAL N.º DE ALUNOS

CURSO DE PINTURA A OLEO Regufe – Póvoa de Varzim 17

INICIAÇÃO AO INGLÊS Escola do 1.º CEB - Beiriz 15

CAMISOLAS POVEIRAS Gabinete de Educação de Adultos 13

ARTE FLORAL Junta de freguesia – Aver-o-Mar 17

ARTES DECORATIVAS Beiriz 23

ESCOLA DE PAIS Arquivo – Póvoa de Varzim 16

TAPEÇARIA DE ARRAIOLOS Gab. Edu. Adultos – Póvoa de Varzim 19

ARTES DECORATIVAS Junta de Freguesia - Rates 30

ARTE FLORAL Centro Social Bonitos de Amorim - Amorim 20

TOTAL 170

Fonte: Gabinete de Educação de Adultos

Para o ano de 2007 estão previstas 18 acções, seis no âmbito de Alfabetização e 12 extra-

escolares, em oito áreas, como artes decorativas, arte floral, pintura a óleo, Arraiolos,

camisolas poveiras, inglês, ponto cruz e escola de pais.

2.3.13. Acção Social Escolar

No âmbito da publicação do Despacho Normativo 300/97 de 5 de Setembro a autarquia

implementou a componente social (almoço/alargamento de horário) em todos os Jardins-de-

Infância da rede pública do concelho.

De acordo com os dados do inquérito aplicado às escolas, verificamos que no ano lectivo de

2004/2005, das 571 crianças que frequentam os Jardins-de-Infância públicos do concelho, a

grande maioria, ou seja 63%, usufruíram destes serviços.

Nos agrupamentos do concelho da Póvoa de Varzim estão a frequentar os Jardins-de-

infância 571 crianças, das quais 70 não pediram qualquer apoio social, estando apenas a

beneficiar da Componente Lectiva. No que se refere à Componente Social nos Jardins-de-

infância do Concelho, verifica-se que a utilizaram um total de 491 crianças.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

151

Relativamente à alimentação e prolongamento o Jardim-de-infância de Agro Velho surge com o

maior número de apoios (40 alunos), seguido do Jardim de Infância da Aldeia com 35 alunos

nesta situação. O Jardim-de-infância da Cruz, seguido de Agro Velho e Navais são aqueles que

registam o maior número de apoios ao nível da alimentação. No âmbito do prolongamento é o

Jardim-de-infância de Agro Velho que apresenta o valor mais elevado de alunos nesta situação.

Quadro 66: Número de Crianças que beneficiam dos Serviços de Apoio à Família no Ensino Pré-Escolar

Público 2004/2005

Número de Alunos AGRUPAMENTOS FREGUESIA

JARDIM DE INFÂNCIA Só

Componente Lectiva

Só Almoço

Só Prolongamento

Almoço + Prolongamento Total

Aguçadoura J.I. da Aldeia 5 5 0 35 45

Aver-o-Mar J.I. Agro-Velho

19 14 5 40 78

J.I. Barros N.º 1 e 2

0 13 0 26 39 Estela

J.I. Teso 2 5 0 14 21

AVER-O-MAR

Navais J.I. Navais 0 3 0 17 20

Amorim - Beiriz J.I. Beiriz 14 7 2 18 41

J.I. Paçô 2 2 0 17 21

CAMPO ABERTO

Terroso J.I. Sejães 1 1 2 8 12

J.I. Argivai1 1 5 0 14 20 Argivai

J.I. Argivai2 2 10 0 28 40

J.I. Cego de Maio

9 10 1 30 50

J.I. Giesteira 0 5 0 15 20

CEGO DE MAIO

Póvoa De

Varzim J.I. Século 2 8 0 10 20

DR. FLÁVIO

GONÇALVES Póvoa de Varzim

J.I. Dr. Luís Amaro

0 4 1 15 20

J.I. da Cruz 0 18 0 30 48 Balasar J.I. das

Fontaínhas 2 7 0 12 21

J.I. de Laúndos

3 5 2 10 20 Laúndos

J.I. Sr.ª da Saúde

8 3 1 9 21

RATES

Rates J.I. da Granja 0 1 0 13 14

Total 70 126 70 126 571

Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

152

No que concerne ao 1.º ciclo verificou-se que nem todas as escolas dispõem do serviço de

refeição, uma vez que não têm cantina. Como podemos constatar das 28 escolas do

concelho, a grande maioria, ou seja 21, usufrui do serviço de refeição.

Quadro 67: Acção Social Escolar – Serviço de Refeição ao 1.º CEB em 2004/2005

N.º DE ALUNOS AGRUPAMENTO

VERTICAL FREGUESIA

1.º CICLO DO ENSINO

BÁSICO

N.º TOTAL

ALUNOS A

ALMOÇAR ESCALÃO A ESCALÃO B

EB 1 da Boucinha 10 3 1 EB 1 do Fieiro 56 19 2

Aguçadoura

EB 1 da Aldeia 64 17 1 EB 1 da Aldeia Nova 41 10 2

EB 1 de Refojos - - -

Aver-o-Mar

EB 1 do Agro-Velho 40 27 3 EB 1 de Barros 59 21 2

Estela EB 1 do Teso 57 15 4 EB 1 do Outeiro 33 5 3

AVER-O-MAR

Navais EB 1 de Navais 48 9 4

Amorim EB 1 de Cadilhe 16 3 3

Beiriz EB 1 da Igreja 11 4 1 EB 1 de Paçô 19 11 2

CAMPO ABERTO

Terroso EB 1 de Paranho - - -

Argivai EB 1 de Argivai 81 37 11

EB 1 N.º 4 da Lapa - - - EB 1 N.º 5 Nova

Sintra - - -

EB 1 N.º 6 do Século 108 39 9

CEGO DE MAIO Póvoa de

Varzim EB 1 N.º 7 da

Giesteira 54 12 1

EB 1 N.º 1 Nova 97 38 2

EB 1 N.º 2 Sininhos - - - DR. FLÁVIO

GONÇALVES Póvoa de Varzim

EB 1 N.º 3 Desterro - - -

EB 1 das Fontaínhas 37 6 3 Balasar

EB 1 da Quinta 71 18 9 EB 1 das

Machuqueiras 27 12 1

Laúndos EB 1. Sr.ª da Saúde 19 11 1

EB1 da Granja 24 12 2

RATES

Rates EB 1 da Praça - - -

Total 972 329 67 Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social

Nota: Actualmente, as escolas EB1 da Praça e de Paranho já têm serviço de refeição.

Como se pode verificar pela análise do quadro 63, das 972 crianças que usufruem do serviço

de refeição, 396 beneficiam de apoio social, sendo que 329 têm Escalão A e 67 Escalão B.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

153

Quadro 68: Acção Social Escolar – Auxílios Económicos nos Agrupamentos Verticais do Concelho em 2004/2005

AGRUPAMENTOS

ESCALÃO A

ESCALÃO B

TOTAL

AGRUPAMENTO VERTICAL AVER-O-MAR 197 43 240

AGRUPAMENTO VERTICAL CAMPO ABERTO BEIRIZ 113 30 143

AGRUPAMENTO VERTICAL CEGO DE MAIO 246 36 282

AGRUPAMENTO VERTICAL FLÁVIO GONÇALVES 68 12 80

AGRUPAMENTO VERTICAL RATES 106 37 143

TOTAL 730 158 888

Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social

Na atribuição de subsídios para manuais e material escolar efectuada pelo Município aos

alunos do 1.º CEB verificamos que, neste ano, 730 auxílios económicos foram para o Escalão A

e 158 auxílios para o Escalão B, perfazendo um total de 888 alunos abrangidos.

Como podemos constatar pelos valores apresentados no quadro 61, é no Agrupamento Vertical

Cego de Maio, que se situa o maior número de alunos com apoio económico (282 alunos),

sendo que 246 beneficiam do escalão A e 36 do Escalão B, seguido do Agrupamento Vertical

de Aver-o-Mar com 240 alunos, onde 197 alunos beneficiam do Escalão A e 43 do Escalão B. O

agrupamento Vertical Flávio Gonçalves surge com o menor número de auxílios no Escalão A

(68 alunos), e no Escalão B (12 alunos), perfazendo apenas 80 auxílios. Os agrupamentos

Verticais de Rates e Campo Aberto de Beiriz concederam o mesmo número de subsídios para

manuais escolares (143), distribuídos pelos dois escalões.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

154

2.3.14. Projectos desenvolvidos pelo Município

Sendo a área da educação uma prioridade para a Autarquia, ela tem prestado não só apoios

logísticos sempre que solicitados pelos diferentes estabelecimentos de ensino com também

tem promovido um conjunto de projectos com vista a contribuir para a qualidade do sistema de

ensino e o sucesso educativo dos alunos.

2.3.14.1. Programa Rede de Bibliotecas Escolares O Programa Rede de Bibliotecas Escolares, foi iniciado no ano lectivo de 1996/97, na

sequência da publicação do relatório Lançar a Rede de Bibliotecas Escolares que define as

bases e os princípios gerais para a constituição e funcionamento das Bibliotecas Escolares.

Este Programa RBE, tem desenvolvido a sua acção através de duas modalidades de

intervenção, operacionalizadas através do lançamento das candidaturas ao nível concelhio e

nacional.

A Candidatura Concelhia é destinada a apoiar escolas pertencentes a concelhos previamente

escolhidos mediante critérios técnicos pré definidos e de acordo com uma política de criação

faseada de infra-estruturas nesta área. A candidatura faz-se mediante apresentação pelas

escolas de um plano para o desenvolvimento da respectiva Biblioteca Escolar/Centro de

Recursos Educativos, contando para o efeito com o apoio das Direcções Regionais de

Educação, das Câmaras Municipais (ao nível da adaptação dos espaços destinados para o

efeito, aquisição do equipamento informático e mobiliário), Bibliotecas Públicas e também do

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. O Ministério da Educação, através das Direcções

Regionais, as escolas e autarquias celebram entre si um acordo de cooperação que formaliza o

envolvimento das partes na concretização das BEBAS.

A Candidatura Nacional dirige-se às escolas dos vários níveis de ensino que, fora das áreas

geográficas abrangidas pelas candidaturas concelhias, desenvolvem experiências significativas

em matéria de organização, gestão e dinamização de BE’s/CRE’s e que urge reconhecer,

premiar e estimular.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

155

Neste âmbito o Concelho da Póvoa de Varzim integrou este programa pela primeira vez no ano

lectivo 2003/04, com as Escolas Básicas do 1º Ciclo do Século (P.V.), Sininhos (P.V.) e Paçô

(Terroso); em 2005/06 com as EB1 de Agro Velho e Aldeia Nova sediadas na Freguesia de

Aver-o-Mar e em 2006/07 com as Escolas do 1º CEB de Aldeia (Aguçadoura) e do Teso

(Estela).

Para a entrada em funcionamento destas e de próximas bibliotecas escolares, o Município teve

e tem um papel preponderante, pois é responsável pela realização de obras de adaptação

necessárias, bem como de todo o processo de aquisição de equipamento informático e de

mobiliário adequado a estes espaços.

2.3.14.2. Programa Internet nas Escolas

O Programa Internet nas EB1, foi criado em parceria entre o ex-Ministério da Ciência e da

Tecnologia, a Fundação para a Computação Científca Nacional (FCCN), as Escolas Superiores

de Educação e algumas Universidades, e com o objectivo de acompanhar e prestar apoio

pedagógico à utilização da Internet nas escolas públicas do 1º ciclo do ensino básico (EB1). O

Programa é financiado pelo Programa Operacional Sociedade do Conhecimento com verbas do

Fundo Social Europeu (FSE) e do Orçamento do Estado (OE).

Nesta sequência e após contacto da Associação de Municípios do Vale do Ave com os

municípios em finais de 2000, esta autarquia aderiu ao projecto tendo em 2001 atribuído um

computador com acesso à internet a cada um dos estabelecimento de ensino do 1º CEB.

Em 2002, a autarquia efectuou uma nova candidatura, desta feita à medida 9.1 e 9.2 do Prodep

III, tendo por objectivo apetrechar todas as salas de aula do 1º CEB com um computador com

ligação à internet e conteúdos multimédia educativos, encontrando-se presentemente em fase

de conclusão a entrega deste equipamento.

Para além da autarquia estar a equipar todas as salas de aula com um computador/impressora,

e internet de banda larga, presta também apoio técnico ao nível informático, bem como

suporta os encargos com as reparações deste equipamento e as despesas com os consumíveis.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

156

2.3.14.3. Projecto “De Pequenino se Torce o Pepino”

Conscientes que a faixa etária 6-10 anos constitui um período fundamental no processo de

ensino aprendizagem global e de desenvolvimento físico-motor em particular, a autarquia

entendeu concretizar, desde o ano lectivo de 1999/2000, o programa de Expressão e

Educação Físico-motora no 1º ciclo do Ensino Básico, contratando 16 professores de

Educação Física para assumir a sua implementação em todas as escolas do concelho. Pela

observação das situações de aprendizagem, pelo empenho e nível de participação dos alunos,

assim como pela sua evolução nos diferentes domínios, tanto da actividade motora como dos

padrões de comportamento sócio-afectivo em toda a comunidade escolar, somos levados a

concluir pela validade deste projecto que promove o saber, o saber fazer e o saber estar.

Objectivos gerais:

• Proporcionar a prática de actividades de Expressão e Educação Físico-Motora a todos

os alunos das escolas do 1º C.E.B. do Concelho;

• Contribuir para que os alunos adquiram as aprendizagens básicas, que promovam o

seu desenvolvimento e facilitem a sua adaptação e integração social;

• Proporcionar e incutir nos alunos a aquisição de hábitos saudáveis de prática físico-

desportiva, que se mantenham ao longo da vida.

Objectivos específicos:

• Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas dos alunos;

• Promover a cooperação com os colegas nos exercícios e jogos, compreendendo e

aplicando as regras combinadas na turma, bem como os princípios da cordialidade e

respeito com os colegas e com os professores;

• Participar com empenho no aperfeiçoamento da sua habilidade nos diferentes tipos

de actividades, procurando realizar as acções adequadas com correcção e

oportunidade.

Para o desenvolvimento da actividade pedagógica a que o projecto, nos seus objectivos se

propõe, é intenção continuar o processo de formação docente, que este ano passará pela

organização de duas acções de formação: “Actividades Rítmicas e Expressivas” e “Suporte

Básico de Vida”.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

157

Por outro lado, e dada a evolução bastante positiva deste projecto desde a sua essência, é

benéfico e a favor da nossa comunidade mais jovem iniciar a análise, mais profunda, de tornar

este projecto mais complexo, no sentido da responsabilidade educacional, pedagógica e

formativa. Para isso, é necessário apostar no processo de ensino-aprendizagem e permitir aos

nossos alunos do 1º C.E.B. um maior contacto com a disciplina de Expressão e Educação Físico-

Motora, através de duas sessões semanais. Este aprofundar de objectivos deve-se associar a

uma valorização didáctica, só possível através de um trabalho conjunto dos professores do 1º

C.E.B., dos professores de E.E.F.M. e do contacto meramente formativo com a Direcção

Regional de Educação do Norte (planificação do processo de ensino-aprendizagem).

Como indicadores de controlo e formas de avaliação do desenrolar do projecto utilizamos a

observação directa (visitas periódicas às escolas), registos escritos, reuniões periódicas,

registo de falta à actividade e ainda pelos graus de evolução e satisfação pessoal e colectiva

(meio escolar e comunidade).

2.3.14.4. Actividades de Enriquecimento Curricular

No ano lectivo 2005/06 o Ministério da Educação lançou o repto às autarquias e

Agrupamentos de Escolas para implementação da língua inglesa no 3º e 4º ano de

escolaridade, ao que este município e respectivos estabelecimentos de ensino responderam

prontamente e de forma positiva, tendo havido uma adesão plena.

No ano lectivo 2006/07, no âmbito do despacho nº 12.590/06 de 16 de Junho, com a

obrigatoriedade da escola funcionar a tempo inteiro, foram implementadas como actividades

de enriquecimento curricular em todos os estabelecimentos de ensino do 1º CEB, o Ensino do

Inglês e da Música e a Actividade Física e Desportiva, tendo estas sido extensivas, assim o

entendeu a autarquia, a todos os anos de escolaridade.

Embora o promotor do projecto seja o município, este foi feito em parceria com todos os

Agrupamentos de Escolas Verticais. Foram também estabelecidos Protocolos com diversas

instituições, para o desenvolvimento das respectivas actividades nos seus espaços, por forma a

possibilitar aos alunos cujos estabelecimentos de ensino não dispunham de condições para o

efeito, que tivessem acesso às mesmas.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

158

No que diz respeito ao ensino da música foi estabelecido um protocolo com a Associação Pró-

Música. Ao nível da actividade física e desportiva o município disponibiliza o ensino da natação

a todos os alunos do 1.ºCEB do concelho e futebol para os alunos do 4.º ano do 1.º CEB.

A autarquia tem a seu cargo a contratação dos professores para leccionação do ensino do

inglês e actividade física desportiva, bem como todo o apoio logístico e pedagógico necessário

ao bom desenvolvimento das AEC.

2.3.14.5. Fórum de Saídas Profissionais A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim realiza anualmente desde 2004 um Fórum de Saídas

e Opções Profissionais, envolvendo as entidades educativas e formativas da região.

Esta actividade consiste na organização de um fórum/exposição informativo para os alunos que

terminam o 3º Ciclo e o Ensino Secundário, por forma a facilitar o acesso destes à informação

que lhes permita decidir sobre o seu futuro profissional com o maior leque possível de

informação. Esta iniciativa começou a realizar-se no ano de 2004 e teve seguimento nos

seguintes: 2005 e 2006 e vai realizar-se em 2007.

A importância da promoção da qualidade educativa e formativa está bem expressa com a

realização deste Fórum. Esta é, de facto, uma iniciativa oportuna de promoção e divulgação de

possíveis saídas profissionais, para os alunos das EB 2,3 e das Escolas Secundárias, de

desenvolvimento da comunicação entre as escolas e as empresas, a fim de facilitar a

integração dos alunos em estágios, estando a mesma precisamente em consonância com a

Iniciativa de âmbito nacional – Novas Oportunidades – no final de cada curso de educação e

formação, no Ensino Básico, os jovens têm de adquirir formação em contexto real de trabalho

em empresas, em empresas, na forma de estágio profissional, com a duração mínima de 210

horas de acordo com a tipologia dos cursos (T1, T2, T3,…) ou com a duração de 420 horas no

caso dos cursos profissionais, no Ensino Secundário.

Este Fórum consiste na promoção de um evento em parceria com um vasto leque de parceiros

(Divisão de Educação e Acção Social da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim - Sector de

Acção Social, em articulação com as diferentes entidades parceiras: Escolas EB - 2/3 do

concelho da Póvoa de Varzim; Escolas Secundárias do concelho da Póvoa de Varzim; ESEIG;

Centro de Emprego da Póvoa de Varzim / Vila do Conde; Casa Escola Agrícola Campo Verde;

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

159

Associação Comercial da Póvoa de Varzim; Centro FORPESCAS; Escola Prática dos Serviços;

MAPADI; ROTARACT; Junta de Freguesia de Rates/Loja do Emprego - Espaço UNIVA; Colégio de

Amorim; Wall Street Institute. No ano de 2007 o número será alargado a: MANITOBA; Gabinete

de Educação de Adultos da Póvoa de Varzim; Associação Pró Música - Escola Municipal de

Música da Póvoa de Varzim; ICONFILE - Formação e Consultadoria, COMPENDITUR - Estudos e

Formação em Hotelaria e Turismo; Rotary Club da Póvoa de Varzim / Universidade Sénior FDTI -

Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação), com os seguintes objectivos:

• Promover a divulgação das possíveis saídas profissionais para os alunos que frequentam as

Escolas EB - 2/3 e as Escolas Secundárias do concelho da Póvoa de Varzim;

• Proporcionar aos pais, aos encarregados de educação e aos estudantes poveiros que

frequentam as Escolas EB - 2/3 e as Escolas Secundárias do concelho da Póvoa de Varzim,

o acesso a toda a informação existente e esclarecer todas as dúvidas que possam ter sobre

a temática das possíveis opções e saídas profissionais.

2.3.14.6. Colónias de férias A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim realiza as Colónias de Férias, desde 1996, inserida

num conjunto de actividades que têm como objectivo fundamental a criação de formas

alternativas para Ocupação dos Tempos Livres da população mais jovem, nomeadamente nos

períodos de férias escolares.

Esta iniciativa, nestes últimos 10 anos, envolveu um número superior a 4700 crianças e a 550

jovens, estando esta enquadrada no Plano Municipal de Prevenção Primária das

Toxicodependências para o concelho da Póvoa de Varzim.

É de referir que esta é uma alternativa ocupacional, sendo importante o apoio do Instituto

Português da Juventude, através do programa O.T.L. – Ocupação de Tempos Livres nas colónias

de férias no período de Verão, os jovens enquadrados neste programa e os jovens que se

disponibilizam como voluntários para que crianças e adolescentes do concelho da Póvoa de

Varzim possam usufruir da colónia de férias, numa verdadeira lição de voluntariado - só com o

voluntariado é possível realizar as colónias de férias da Páscoa e do Natal.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

160

2.3.14.7. Projecto “ Dinamização dos Gabinetes de Acção Social”

O Projecto “Dinamização dos Gabinetes de Acção Social” é um Programa Co-Financiado pelo

Fundo Social Europeu: Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento

Social (Eixo 5 – Promoção do Desenvolvimento Social; 5.1. – Apoio ao Desenvolvimento Social

e Comunitário; Acção – Tipo 5.1.2.1. Promoção da Participação e da Acção Comunitária e Acção

– Tipo 5.1.2.2 – Melhoria das Competências Pessoais e Sociais) e pelo Estado Português:

Ministério da Segurança e do Trabalho.

Este Projecto está a decorrer desde Agosto de 2001, tendo sido apresentadas 3 candidaturas:

Candidatura em 2001 (2001/2002);

1.ª Recandidatura em 2002 (2003/2004);

2.ª Recandidatura em 2004 (2005/2006 e 2007).

Com esta candidatura pretende-se promover um projecto de desenvolvimento, integração

social e melhoria das condições de vida das pessoas e grupos sociais mais desfavorecidos das

diferentes freguesias do concelho da Póvoa de Varzim, nomeadamente em locais onde já se

procedeu e/ou se está a proceder ao realojamento de inúmeras famílias, quer no âmbito do

PER quer do IGHAPE, tais como: Rates, Terroso, Amorim, Estela, Aver-o-Mar, Argivai, Póvoa de

Varzim – empreendimento Alberto Sampaio e Incons.

Este projecto tem como principal objectivo promover a melhoria das condições de vida das

pessoas e grupos em processo ou situação de desfavorecimento e/ou exclusão social, através

do aumento dos seus níveis de participação e de acção comunitária, bem como da aquisição e

desenvolvimento de competências pessoais e sociais facilitadoras da sua inserção profissional

e social, contribuindo desta forma para a revitalização do tecido social e da economia local.

A população alvo abrangida por este projecto é constituída por toda a população residente no

concelho da Póvoa de Varzim, constituindo alvo privilegiado de intervenção as famílias

beneficiárias do Programa Especial de Realojamento (PER) – residentes nos agrupamentos

habitacionais – e/ou do Rendimento Mínimo Garantido (RMG), cujas condições sócio-

económicas e culturais as tornam vulneráveis à vivência prolongada de situações de pobreza e

exclusão social, oferecendo oportunidades de plena integração aos mais desfavorecidos.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

161

O Projecto engloba um conjunto de acções que agindo preventivamente sobre situações de

Exclusão Social, tentam promover a melhoria das condições de vida da população da Póvoa de

Varzim. No decorrer do projecto são várias as acções desenvolvidas:

Acções de diagnóstico, estudo, planificação e avaliação;

Acções de animação sócio-cultural e de convivência inter-pessoal, intergeracional e

interétnica;

Acções de sensibilização, informação e divulgação relativas aos objectivos e actividades

do projecto;

Acções comunitárias dinamizadoras da participação da população;

Acções sócio-educativas;

Apoio psico-social;

Acções de mobilização e acompanhamento às famílias,

Acções de apoio à inserção e reinserção profissional.

Com este projecto pretende-se pôr em marcha um eficaz sistema integrado de orientação, de

apelo à participação das pessoas e grupos mais desfavorecidos, alicerçado numa cooperação

efectiva e activa dos principais agentes de desenvolvimento a nível local. Pretende-se, também

promover a melhoria das condições de vida das pessoas e grupos sociais mais desfavorecidos,

através do desenvolvimento de competências pessoais e sociais, facilitadoras da inserção

profissional. O público-alvo ver-se-á, desta forma, inserido numa rede que colabora, educa,

forma e facilita a sua inserção sócio-profissional.

Aprovado que foi o Projecto, criou-se em cada núcleo habitacional de arrendamento público,

um Gabinete de Acção Social, onde se executam todas as acções propostas em candidatura. É

importante salientar que não são apenas beneficiários deste projecto as famílias realojadas ou

a realojar, mas também aquelas pessoas ou grupos sociais desfavorecidos, que vivem em zonas

onde se verifica a prevalência de factores de exclusão social.

Acções de diagnóstico, estudo, planificação e avaliação

No âmbito desta acção foi criado o Observatório Local para promover uma investigação

permanente que permitisse a obtenção de informação para o desenvolvimento de estudos

sobre a evolução das condições de vida da população e paralelamente a avaliação das acções

realizadas pelo próprio projecto.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

162

Acções de animação sócio-cultural e de convivência inter-pessoal, intergeracional

e interétnica

As acções de animação sócio-cultural e de convivência inter-pessoal, intergeracional e

interétnica têm como principal objectivo promover acções de ocupação dos tempos livres das

pessoas mais desfavorecidas, através do desenvolvimento de actividades de carácter lúdico e

educativo. Pretende-se desta forma alargar os horizontes destas pessoas, promovendo hábitos

de vida saudáveis e a convivência interpessoal, intergeracional e interétnica.

Acções comunitárias dinamizadoras da participação da população;

As acções comunitárias dinamizadoras da participação da população envolvida tem como

principal objectivo promover acções de organização da comunidade, envolvendo a sua própria

participação, através dos seus recursos formais e de redes informais de inter-ajuda.

Acções sócio-educativas;

Esta acção tem como principal objectivo promover acções sócio-educativas que visem o

desenvolvimento de actividades de apoio escolar e lúdico-pedagógico numa estratégia de

animação facilitadora do sucesso educativo das crianças e jovens, promovendo o trabalho das

competências pessoais e sociais das famílias.

Neste sentido, foram constituídos espaços designados de salas “multiusos” nos diferentes

Gabinetes de Acção Social, colocando ao dispor diversos recursos e serviços como: biblioteca,

ludoteca, informática e Internet.

Acções de mobilização e acompanhamento às famílias

Através do Apoio Integrado, existente nos diferentes Gabinetes de Acção Social, a população

residente nos diferentes Agrupamentos Habitacionais de Arrendamento Público passa a

usufruir de serviços gratuitos, que criam novas oportunidades às famílias mais desfavorecidas,

no sentido de melhorar as condições de vida e de construir os projectos de vida, orientados

essencialmente para a integração social.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

163

Acções de apoio à inserção e reinserção profissional

O Clube de Emprego surge como uma resposta aos problemas de integração profissional, na

medida em que constitui um espaço de informação, orientação e acompanhamento profissional

e/ou escolar de jovens, desempregados e de uma forma geral toda a população com baixos

níveis de escolaridade e qualificação profissional.

2.3.14.8. PIEF

O PIEF (Plano Integrado de Educação Formação) é um plano de intervenção criado no âmbito

do PEETI (Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil), que se

destina a jovens com menos de 16 anos em situação de risco e/ou exploração do trabalho

infantil, que não tenham completado a escolaridade mínima obrigatória.

Os principais objectivos deste projecto são a certificação escolar do 6.º ano de escolaridade,

bem como o desenvolvimento de competências pessoais e sociais que facilitem uma futura

integração social e profissional dos jovens em causa.

O público-alvo deste projecto foi constituído por 13 jovens que abandonaram precocemente a

escola, e que nunca criaram mecanismos de adaptação e ajustamento à cultura escolar,

resultando desta situação um sentimento de não pertença à mesma e aos seus modelos de

ensino. Por estes motivos, são jovens que, de uma maneira geral, apresentam falta de

motivação para as actividades escolares, não se identificam com as matérias leccionadas,

desvalorizam culturalmente a escola e, em alguns casos, manifestam comportamentos

desviantes.

O PIEF decorreu no ano lectivo 2004/2005, no concelho da Póvoa de Varzim, e funcionou na

Casa da Juventude, à excepção da área vocacional que decorreu na Escola Secundária Rocha

Peixoto, contando com o apoio de diversas entidades, nomeadamente Centro Distrital de

Segurança Social/Serviço Local da Póvoa de Varzim, EB2/3 Flávio Gonçalves, Comissão de

Protecção de Crianças e Jovens da Póvoa de Varzim, Instituto de Emprego e Formação

Profissional, MAPADI, Instituto de Reinserção Profissional e Câmara Municipal da Póvoa de

Varzim.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

164

2.3.15. Equipamentos concelhios de âmbito lúdico, cultural e Desportivo

2.3.15.1. Cultura e Lazer

Se considerarmos o património cultural e natural, podemos observar como este pode servir de

âncora de um quadro histórico e cultural e assumir-se como referencial na memória colectiva

dos cidadãos, potenciando uma vivência de maior qualidade num território e sua rentabilização

como trunfos para o desenvolvimento de actividades económicas, incluindo as turísticas e

algumas oportunidades do mercado social de emprego.

Aliás, não é por acaso que actividades, tais como visitas a museus e exposições, espectáculos

em espaços arquitectónicos de reconhecido valor estético, histórico etc., têm aumentado um

pouco por todo o lado33.

A existência de uma rede de equipamentos concelhios consolidada também se prefigura como

central para a dinamização cultural, lúdica e cívica da população.

Assim, um equipamento central é, no contexto poveiro, a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto,

inaugurada em 1991 e integrada na Rede Nacional de Leitura Pública, que constitui um

equipamento moderno onde o livro se conjuga com as imagens, a música e as novas

tecnologias. Pelo facto de dispor de uma actividade continuada de animação, do livro e da

leitura, de exposições, de conferências e de actividades no seu conjunto portadoras de uma

vocação formativa e lúdica, podemos dizer que se assume como pólo fundamental na defesa de

uma qualidade de vida alicerçada na acessibilidade aos bens culturais.

Esta Biblioteca desenvolve um conjunto particularmente significativo de iniciativas de ordem

diversa, destinadas aos seus múltiplos públicos, e com vista a realçar o papel multifacetado

desta instituição destinada à Educação, à Informação, à Cultura e ao Lazer.

Serviços disponíveis:

• Livre acesso às estantes para consulta local de documentos;

• Empréstimo domiciliário de livros, CDs, CD-ROM`s e DVDs;

• Apoio e orientação dos utentes da biblioteca nas suas pesquisas bibliográficas;

33 Cfr. Cap. 3 deste Pré-Diagnóstico Social.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

165

• Catálogo informatizado;

• Documentação e informação sobre assuntos poveiros de interesse para a comunidade

local;

• Acesso às tecnologias de informação;

• Pólos de Leitura nas freguesias de Aguçadoura, Balasar, Rates e Laúndos;

• Bibliotecas de Praia;

• Actividades de animação do livro e da leitura infantil;

• Animação cultural, baseada no principio de que a biblioteca é um organismo vivo e

activo, disponibilizando um conjunto variado de actividades: exposições, ciclos de

vídeo, conferências, lançamentos e apresentação de livros.

Estatística

• Número de Utilizadores (2003) – 191.358

• Títulos disponíveis – 102.863

Procurando uma maior abertura da biblioteca ao meio, foram criados pólos da Biblioteca

Municipal em algumas freguesias (Rates, Balasar, Aguçadoura e Laúndos), prevendo-se para

este ano a abertura de um pólo na Estela, que atestam o seu dinamismo e capacidade de ser

um actor chave no desenvolvimento do concelho. Aproveitando os meses de Verão e as praias

existentes na Póvoa de Varzim, é obrigatório levar a Biblioteca até a praia, (Póvoa de Varzim –

Diana Bar e Aver-o-Mar – Praia da Lagoa), proporcionando a todos os interessados um espaço

de leitura mais informal onde poderão ter acesso aos periódicos, obras destinadas às “leitura

de lazer” e à Internet.

Quadro 69: Pólos de leitura

Biblioteca do Diana-Bar

Títulos disponíveis – 2314

Pólo de Balasar/Junta de Freguesia de Rates

Títulos disponíveis – 1198

Pólo de Aguçadoura/Escola da Boucinha

Títulos disponíveis – 749

Pólo de Rates/Junta de Freguesia de Rates

Títulos disponíveis – 3476

Pólo de Laúndos/Junta de Freguesia de Laúndos

Títulos disponíveis – 1232

Serviços Disponíveis nos Pólos

Livre acesso às estantes Empréstimo domiciliário Acesso à Internet Publicações Municipais

Literatura geral, infantil e juvenil Jornais locais, regionais e nacionais Revistas informativas e generalizadas

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

166

Outro equipamento de produção cultural e artística é o Museu Municipal de Etnografia e

História da Póvoa de Varzim. O estudo, conservação e divulgação da História e a Etnografia

local, nas suas mais diversas vertentes, constituíram desde sempre os seus principais

objectivos, sendo patente nas suas exposições permanentes e temporárias. A ligação e

interacção com a comunidade local foi uma constante desde a fundação, recebendo vastas e

heterogéneas doações, constituindo um local de visita, de lazer, de “guarda de memória” de

uma comunidade ao longo dos tempos.

O Museu está a desenvolver um vasto trabalho de estudo, recolha fotográfica e inventário

artístico de todo o concelho, no âmbito do projecto de montagem de uma exposição anual

referente a cada freguesia.

Em 1997, com a abertura das salas de arqueologia no Museu e, posteriormente, em 2004, com

a inauguração dos dois novos núcleos/extensões do museu – Núcleo Arqueológico da

Cividade de Terroso e Núcleo Museológico da Igreja Românica de S. Pedro de Rates –,

mostram-se os resultados dos trabalhos realizados nos últimos 24 anos.

Quadro 70: Serviços do Museu

Serviços do Museu

Exposições diversas: permanentes, temporárias e itinerantes Colaboração com a comunidade Apoio à investigação e colaboração com organismos do ensino Serviços de Informação relativos ao património do concelho Serviços educativos Promoção de visitas ao património artístico, arquitectónico e religioso da cidade e concelho Promoção de Colóquios, conferências e “cursos” de temática patrimonial Realização de trabalhos arqueológicos, manutenção e conservação de diversas estações do concelho O Museu dispõe de uma pequena loja de publicações municipais

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

167

É de referir que este espaço museológico é caracterizado por uma elevada afluência de

públicos, sendo por isso um elemento congregador da identidade poveira e motor de

dinamização cultural do concelho e da sua envolvente.

Situado em pleno centro histórico da cidade, o Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim

encontra-se, desde Dezembro de 2001, aberto ao público em edifício próprio. Com um acervo

documental que ocupa mais de uma centena de metros lineares de prateleiras, o Arquivo

Municipal da Póvoa de Varzim é detentor de um diversificado conjunto de “arquivos” de

diversas proveniências, destacando-se, como não poderia deixar de ser, a documentação

produzida e recebida pelo município desde o séc. XVII até à actualidade.

Este equipamento dispõe dos seguintes serviços: Leitura – sala de consulta aberta a

estudantes, investigadores e público geral; Informação Documental - pesquisa e informações

relativas aos fundos documentais; Reprodução – fotocópias, sempre que o estado de

conservação e integridade do documento o permitam; Extensão Cultural – apoio e organização

de actividades de divulgação da história local através do fundo do Arquivo Municipal.

Organização de exposições, mostras documentais, colóquios e outros eventos de carácter

cultural que possam contribuir para melhor conhecimento da realidade histórica do Concelho;

Educativa – apoio à comunidade escolar sensibilizando-a para a importância do meio e da

história local.

A extensão cultural é uma área que começa a surgir nas preocupações dos arquivos. De facto,

cada vez mais se entende os arquivos municipais como instituições privilegiadas para fazer

“despertar” a comunidade sobre a importância do meio e da história local. Neste sentido, o

Arquivo Municipal pretende, de uma forma consciente e ponderada, impor-se como um novo

serviço cultural na Póvoa de Varzim. Outra actividade de grande importância é o serviço de

extensão educativa, que começou em 2002 a dar os primeiros passos com as visitas guiadas ao

Arquivo e com um conjunto de sessões pedagógicas sobre arquivos e história local. Estas

actividades são fundamentais, não só para promover o Arquivo Municipal e incentivar o

contacto com as fontes primárias, mas também para que os mais jovens vejam e considerem o

Arquivo como uma instituição dinâmica, aberta a todos aqueles que o queiram visitar e

compreender.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

168

Dentro da linha de dinamização cultural e cívica anterior e dando particular importância à

juventude como segmento de público que não pode ser negligenciado pela intervenção

cultural, foi criada a Casa da Juventude, cuja filosofia de actuação se prende com a inovação

em termos de actividades, a interdisciplinaridade em termos de conteúdo e a diversidade como

forma de agregação de diferentes gostos e necessidades dos jovens enquanto categoria social

e etária plural. Concretamente este equipamento promove e apoia a realização de cursos e

workshops em tecnologias de informação, radioamadorismo, fotografia, banda desenhada,

música, bem como torneios de xadrez, damas, bilhar, matraquilhos, ping-pong, desportos

radicais, entre outros.

Do ponto de vista do dinamismo cultural, também temos vindo a assistir à emergência e

consolidação no concelho de uma actividade de programação cultural e lúdica cada vez mais

concertada, tendo em vista uma resposta cada vez mais qualificada face às necessidades e

aspirações dos públicos poveiros face à cultura e animação.

O Casino da Póvoa, equipamento cultural, turístico e lúdico emblemático para esta cidade, tem

vindo a assumir uma programação cultural e recreativa própria, tornando-se, também um

equipamento e actor chave no processo de dinamização cultural em análise. Para além disso

funciona como actor-parceiro chave na realização de diversos acontecimentos, de entre os

quais, podemos destacar, a realização do Festival Internacional de Música da Póvoa de

Varzim.

A aquisição do Cine-Teatro Garrett, edifício emblemático no quadro da tradição cultural

poveira, insere-se numa estratégia de revitalização cultural do concelho que passa pelo seu

apetrechamento em termos de equipamentos culturais. Neste momento, estão a ser efectuadas

obras de manutenção do edifício, estando já elaborado um projecto de recuperação completa

do equipamento suportado na íntegra pela autarquia, uma vez que este equipamento não

beneficiou de quaisquer apoios por parte do Ministério da Cultura.

O Serviço de Turismo da Póvoa de Varzim está instalado junto à EN13, via central da cidade, e

ocupa um bonito espaço do antigo mercado municipal, inaugurado em 1904, conhecido por

Torreões do Mercado.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

169

As acções deste serviço centram-se na Informação e na Promoção Turística, o que assume

diversas facetas que vão desde o atendimento directo do visitante no posto à presença em

feiras; concursos e outras acções promocionais de produtos locais; elaboração de material;

apoio a eventos, nomeadamente visitas guiadas e atribuição de ofertas de representação

autárquica, etc.

A necessidade de incrementar a Qualidade na Oferta Turística levou à parceria com o INFT,

tendo-se desenvolvido, desde 1997, acções constantes de formação de activos no sector da

Restauração e Hotelaria. É ainda este o sector da autarquia que faz a gestão dos serviços dos

autocarros municipais e que são disponibilizados às entidades concelhias, conforme o definido

em protocolo.

No sentido de fomentar a produção cultural, a autarquia tem realizado protocolos com actores

culturais chave poveiros. Será de referir a este respeito o protocolo estabelecido com a

companhia de teatro amador, Varazim Teatro, comprometendo-se esta última a realizar e

promover espectáculos teatrais com uma periodicidade mensal, enquanto a autarquia fornece

apoio logístico e divulga os eventos.

Na mesma lógica, foi também celebrado um protocolo com o Cineclube Octopus com o

objectivo de se proceder à divulgação semanal de cinema de autor, o mesmo acontecendo com

a Orquestra do Norte que também assume responsabilidades, quer na realização de concertos

ao longo do ano na cidade, quer na divulgação da música nas escolas. Pretende-se desta forma

promover e divulgar a cultura musical e tornar a música erudita acessível a um maior número

de pessoas através da descentralização cultural.

Não podemos ainda deixar de referir o protocolo existente com a Associação da Banda de

Música da Póvoa de Varzim, garantindo esta uma quota-parte de responsabilidade pela

animação de Verão da cidade. Esta Associação realiza diversos concertos e mantém em

funcionamento as suas escolas.

Em suma, podemos considerar que estas iniciativas invocam claramente um reforço da

produção cultural, e mesmo recreativa, não podendo, contudo, deixar de se ter em linha de

conta a necessidade da sua abrangência a todo o concelho, uniformizando-o em termos de

possibilidades de produção cultural e lúdica, esbatendo as ainda existentes fronteiras entre

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

170

espaços urbanos e rurais, estes últimos mais restritivos neste domínio. Neste contexto, será de

particular relevância destacar que na cidade e também no concelho a participação da

população jovem é um trunfo fundamental de animação cultural e lúdica, sendo de destacar a

sua vivacidade até na participação em actividades culturais de perfil mais tradicional.

2.3.15.2. Instalações Desportivas Escolares

As características e valências das instalações desportivas escolares diferem entre as

instituições do mesmo e dos diversos ciclos de ensino, resultando uma diversidade significativa

por tipologia/ciclo. A gestão e utilização dos espaços desportivos varia essencialmente nas

instituições do mesmo ciclo de ensino, nomeadamente nas escolas do 2º e 3º ciclo do Ensino

Básico e no que concerne ao direito de ocupação específica da tipologia de Pavilhões e Salas

de Desporto.

Estabelecendo uma análise comparativa das instalações desportivas escolares por tipologia e

ciclo de ensino, resulta o seguinte:

• As maiorias das escolas do 1º ciclo estão contempladas com espaços de prática desportiva

informal, onde, após pavimentação asfáltica das mesmas, foram instalados pelo município

equipamentos que possibilitam uma actividade física diversificada. Verificamos ainda que

um número significativo destas escolas (10), possuem espaços cobertos no âmbito das

salas de desporto, sendo que a escola n.º 3 (Desterro) da sede do concelho está

apetrechada com um pavilhão desportivo com 648 m2 (36x18mt) que inclusive responde a

algumas necessidades e solicitações por parte do associativismo. Em situações

atmosféricas adversas, as restantes escolas ora utilizam as zonas cobertas para as suas

actividades, ora se deslocam a instalações próximas de outras instituições escolares ou

espaços pertencentes a juntas de freguesia e clubes.

• As escolas dos 2º e 3º ciclos dos cinco agrupamentos verticais, retirando a instalação da

escola n.º 3 do Desterro anteriormente referida, são as únicas que integram pavilhões

desportivos no conjunto das suas instalações, todos eles com características e valências

distintas, excepção feita aos das escolas de Rates e Aver-o-Mar que apenas diferem no tipo

de piso. Todas elas nos seus espaços exteriores possuem uma pista elementar de atletismo

com pavimento asfáltico a envolver os polidesportivos com um perímetro à corda de

metragem distinta que varia entre os 155 metros e os 220 metros.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

171

• As duas escolas do ensino secundário do concelho conhecem realidades semelhantes

quanto à quantidade, qualidade e características tipológicas das suas instalações

desportivas, com realce para o facto da Escola Secundária Rocha Peixoto recentemente ter

concretizado e inaugurado o seu projecto de construção de uma piscina coberta,

integrando um plano de água de 200 m2 (20x10mt). Esta instalação veio não só potenciar a

qualidade de ensino pois proporciona aos seus alunos a prática de várias modalidades no

meio aquático, mas também prestar um serviço à comunidade, pois no horário pós-escolar

encontra-se aberta à população para a qual se constituiu uma escola de natação.

Entendendo que deve intervir no processo de desenvolvimento desportivo, promovendo uma

ocupação racional dos tempos livres da população em função das suas necessidades, a

autarquia vem mantendo com algumas instituições escolares e associativas protocolos de

utilização das suas instalações desportivas. Face ao articulado dos mesmos, a autarquia gere a

ocupação dos espaços em determinado período horário, o que lhe permite proporcionar à

população a prática desportiva pretendida, cumprindo assim uma das suas funções sociais e

um dever constitucional.

Os protocolos estabelecidos com as Escolas E.B. 2/3 de Aver-o-Mar, Rates, Flávio Gonçalves

e Beiriz, são similares quanto ao seu conteúdo. A Autarquia gere a utilização da respectiva

instalação desportiva – Pavilhão – no período horário pós curricular, nomeadamente das 19h00

às 24h00 de segunda a sexta feira e a totalidade do período horário dos fins de semana e

feriados, salvo se se verificar alguma actividade no âmbito do Desporto Escolar. A Escola

assume os custos com o consumo de gás e a Autarquia os custos com o funcionário, o

consumo de energia eléctrica e água, bem como as despesas de manutenção corrente

consequente da utilização no horário pós escolar.

O Pavilhão Desportivo de Aver-o-Mar regista uma ocupação regular semanal (de 2ª a sábado)

de 24 grupos, o que se traduz por uma prática desportiva regular de aproximadamente 280

utentes, quase exclusivamente no desenvolvimento do futebol.

O Pavilhão Desportivo de Rates, apesar de não contemplar qualquer ocupação de fim-de-

semana, ainda regista uma ocupação diária significativa, com um total semanal de 16 grupos e

aproximadamente 200 utentes.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

172

O Pavilhão Desportivo de Beiriz proporciona uma prática desportiva mais diversificada, pois

para além do recinto principal de 25mt x 44mt, possui em anexo uma sala de desporto – ginásio

com 14mt x 14mt onde se desenvolve actividades como a Ginástica Aeróbica e o Karaté. Assim,

para além de 24 grupos que utilizam semanalmente o recinto para a prática do Futebol, ainda

regista uma ocupação trissemanal do ginásio, de aproximadamente 50 jovens, atingindo um

total de 300 utentes.

As instalações desportivas da Escola E.B. 2/3 Cego do Maio, nomeadamente o pavilhão, o

ginásio e os espaços exteriores, proporcionam à Associação Cultural e Desportiva da

Mariadeira a prática do Atletismo, Futebol, Basquetebol, Voleibol e Capoeira; ao Académico de

Belém, Leões da Lapa Futebol Clube, Grupo Recreativo Regufe e ao Grupo Recreativo Estrela

do Bonfim a prática do Atletismo; ao Clube de Andebol da Póvoa a prática do Andebol e ao

Clube Desportivo da Póvoa a prática do Basquetebol e Voleibol, num total aproximado de 250

atletas.

Educação Física e Desporto Escolar:

Partindo do entendimento que a educação física e a prática desportiva constituem, para além

de um direito, uma mais valia na formação integral da personalidade do ser humano, dotando-o

de potencialidades que elevam inclusive o seu rendimento escolar, é com enorme satisfação

que verificamos que os 8125 alunos que integram o segmento da escolaridade obrigatória (1º

ao 9º ano de Ensino Básico) mais os 2062 alunos do segmento de ensino secundário (10º ao

12º ano) que perfazem um total de 10187 alunos desenvolvem regularmente (pelo menos uma

sessão semanal) uma actividade física e desportiva.

Relativamente aos grupos/equipa no âmbito do Desporto Escolar que contemplam quadro

competitivo, regista-se uma participação diversificada e significativa de 530 alunos distribuídos

por doze modalidades desportivas, sendo importante que as cinco escolas do 2º e 3º ciclos do

ensino básico e as duas secundárias integram este projecto.

No seguimento de um protocolo que a autarquia estabeleceu com o Clube Desportivo da Póvoa

em 1998, resultante da parceria das instituições no processo de cobertura de um plano de água

de 25 metros, as escolas têm a possibilidade de utilização gratuita da referida instalação

desportiva, pelo que 416 alunos usufruem e beneficiam desta regalia

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

173

2.3.16. Transportes Escolares

O Decreto-Lei nº 299/84 de 5 de Setembro, assegura a disponibilização do serviço de

transporte entre o local de residência e os estabelecimentos de ensino a todos os alunos do

Ensino Básico (1º, 2º e 3º Ciclo) bem como do Ensino Secundário, quando residam a mais de,

respectivamente, 3 km ou 4 km dos estabelecimentos de ensino. Para todos os estudantes

sujeitos à escolaridade obrigatória o transporte será gratuito, enquanto que para os estudantes

do ensino secundário o transporte será comparticipado.

Para a elaboração deste capítulo, revelou-se fundamental analisar os Plano de Transportes

Escolares do concelho da Póvoa de Varzim, dos últimos 3 anos lectivos, da responsabilidade da

Câmara Municipal.

Assim sendo, e de acordo com os referidos documentos, a Câmara Municipal da Póvoa de

Varzim assegura a função organizadora da rede de transportes escolares dos alunos que

frequentam os diversos estabelecimentos de ensino públicos, e também do MAPADI. Os

estabelecimentos de ensino, cujos alunos são servidos pelo transporte escolar, são os

seguintes:

Escola E. B. 2/3 de Rates

Os alunos provenientes da Freguesia de Laundos, utilizarão o transporte da Empresa

Linhares, pelo que lhes serão concedidos os respectivos passes;

O transporte dos alunos de Rates, será executado na totalidade, pelo autocarro da

Câmara Municipal, sendo os provenientes de Balasar transportados pelo autocarro

municipal e pela Empresa Linhares, pelo que lhes serão concedidos os respectivos

passes.

Escola E. B. 2/3 De Aver-O-Mar

Os alunos oriundos das Freguesias de Navais, Estela e Aguçadoura, serão

transportados pelos autocarros deste Município e pela Empresa Linhares ou Autoviação

do Minho, pelo que lhes serão concedidos os respectivos passes.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

174

Escola Secundária Eça De Queirós:

Os alunos desta escola, provenientes da Freguesia de Beiriz, utilizarão o transporte da

Empresa Transcolvia;

Os alunos da freguesia de Rates utilizarão o transporte da Empresa Linhares.

Os alunos de Aver-o-Mar, Navais, Aguçadoura e Estela, serão transportados pela

Empresas Linhares ou Auto Viação do Minho;

Os alunos de Laundos, Amorim e Terroso poderão utilizar o transporte das empresas

Linhares e Transcolvia;

Os alunos oriundos de Balasar e Argivai, poderão utilizar o transporte das Empresas

Linhares, Transcolvia e Arriva.

Escola Secundária Rocha Peixoto

Os alunos da Freguesia de Beiriz utilizarão o transporte da Empresa Transcolvia;

Os alunos provenientes de Rates, utilizarão o transporte da Empresa Linhares.

Os alunos oriundos das Freguesias de Amorim, Terroso e Laundos poderão utilizar o

transporte das Empresas Linhares ou Transcolvia;

Os alunos das Freguesias de Argivai e Balasar poderão utilizar o transporte das

Empresas Linhares, Transcolvia ou Arriva;

Os alunos de Aver-o-Mar, Estela, Navais e Aguçadoura, poderão utilizar o transporte

pela Empresas Linhares ou Auto-Viação do Minho.

Escola E. B. 2/3 Dr. Flávio Gonçalves

O aluno (do PIEF), oriundo da freguesia de Beiriz, utilizará o transporte da Empresa

Transcolvia;

O aluno (do PIEF) proveniente de Aguçadoura, será transportado pelas Empresas

Linhares ou Auto-Viação do Minho;

O aluno (do PIEF) proveniente da freguesia de Argivai, será transportado pelas

Empresas, Arriva, Transcolvia ou Linhares.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

175

Escola E. B. 2/3 De Beiriz

Os alunos provenientes de Amorim e Terroso serão transportados pelos autocarros

deste Município ou da Empresa Transcolvia, pagando-se os respectivos passes.

Os alunos de Beiriz e Póvoa de Varzim, utilizarão o transporte da Empresa Transcolvia.

Escola E. B. 2/3 de Penalves

Não há registo de necessidade de transporte de alunos nesta Escola.

Ensino Especial

O Município garantirá, dentro das suas possibilidades, o transporte dos alunos

deficientes do concelho da Póvoa de Varzim, tanto para o MAPADI (provenientes de

Laundos, Rates e Balasar), como para as escolas onde funcione o Ensino Especial. Em

relação a estes alunos das Salas de Apoio Permanente, o transporte vai ser igualmente

realizado pela Cruz Vermelha Portuguesa, Núcleo da Póvoa de Varzim.

Para assegurar o transporte escolar, a rede de transportes escolares no concelho da Póvoa de

Varzim é composta por autocarros municipais, Serviços Públicos de autocarros (Empresas

Linhares, Autoviação do Minho, Transcolvia e Arriva), cobrindo satisfatoriamente toda a área

do concelho da Póvoa de Varzim.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

176

Cartograma 12: Rede de Transportes Escolares em 2005/2006

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

177

3. Síntese de Diagnóstico da Situação Educativa no Concelho

O concelho da Póvoa de Varzim dividido em três comunidades de características diferentes:

piscatória, agrícola e urbana, apresenta uma diversidade de usos e costumes que, em lugar de

servirem de motivo de separação, unem o território e os modos de vida na diversidade.

Tendo em consideração as perspectivas de desenvolvimento no concelho, o dinamismo da

população, as características da rede escolar existente e suas taxas de cobertura, bem como os

aspectos de âmbito pedagógico e organizativo, pode-se fazer a seguinte análise do sistema

educativo deste concelho.

Ensino Pré-Escolar

Ao nível do ensino pré-escolar pode-se dizer que a oferta corresponde às necessidades

da população, à excepção da sede do concelho, considerando o número actual de

crianças existentes em idade pré-escolar e a evolução do seu crescimento nos próximos

5 anos;

A Implementação da Componente Social de apoio à família em todos os Jardins de

Infância da rede pública, faz desta rede a segunda com maior cobertura no concelho;

Os edifícios do ensino pré-escolar existentes no concelho, de forma geral, encontram-

se bem adaptados para o efeito e em bom estado de conservação;

Como já foi referido, é necessário proceder à criação de novas salas de pré-escolar na

sede do concelho, por forma a dar uma maior resposta à população aqui residente,

assim como à população proveniente de outros concelhos e que aqui trabalha.

1º CEB do Ensino Básico

A cobertura deste nível de ensino no concelho é efectuada quase na totalidade pela

rede pública (95,6%) e de forma menos representativa pela rede solidária e privada

(0,5% e 3,9%);

A taxa de retenção neste nível de ensino no ano lectivo de 2004/05 é de 5,4%;

A implementação das Actividades de Enriquecimento Curricular tem uma cobertura

total no concelho;

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

178

Actualmente, as escolas funcionam, maioritariamente, em regime normal, centrando-se

em maior número na sede do concelho as escolas cujo funcionamento é o de regime

duplo, o que significa que há necessidade de um aumento de número de salas na

cidade, por forma a adequar os estabelecimentos de ensino às exigências do ensino

actual;

As infra-estruturas existentes neste nível de ensino, de forma geral, têm uma qualidade

bastante aceitável, pois tem sido uma preocupação da autarquia a realização de obras

de adaptação e remodelação das mesmas, tendo por objectivo proporcionar as

melhores condições de trabalho a todos quantos as utilizam.

Actualmente o serviço de refeição encontra-se implementado numa grande parte dos

estabelecimentos escolares da rede pública, o que corresponde a uma cobertura de

82,1%.

Ensino Básico do 2º e 3º Ciclos

O concelho da Póvoa de Varzim tem a mais elevada taxa de frequência escolar ao nível

do 2.º ciclo, 17.9%, em comparação com os concelhos do Grande Porto e tem mais

quase 5 pontos percentuais em relação à média nacional, tendo, também, a maior taxa

no que se refere ao 3.º ciclo do Ensino Básico (11,4%);

Em termos de infra-estruturas existentes, é visível a sobrelotação destes

estabelecimentos de ensino na sede do concelho e na Freguesia de Aver-o-Mar

(próxima desta), daí a urgente necessidade de construção de um novo edifício escolar

que venha contribuir para a melhoria da qualidade destes níveis de ensino anulando

esta saturação escolar;

Em relação às instalações, de uma forma geral, estas têm qualidade e apresentam um

estado razoável de conservação;

Nestes níveis de ensino, as taxas de abandono são: no 2º Ciclo de 2,2% e no 3º Ciclo

de 2,7%, sendo às taxas de retenção respectivamente de 15,2% no 2º Ciclo e de 16,5%

no 3º Ciclo. Estes resultados significativos merecem uma reflexão cuidada, que poderá

passar pela procura de respostas alternativas de formação.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

179

Ensino Secundário

Este nível de ensino, segundo os Censos de 2001; registou a segunda melhor taxa de

aproveitamento (68,8%), comparado com os outros concelhos do Grande Porto;

Todavia os níveis de abandono e de retenções obtidos, pelos resultados dos inquéritos,

designadamente 11,5% e 12,9%, são preocupantes, e poderá traduzir uma

desadequação entre os percursos de formação disponíveis no ensino secundário e os

interesses dos jovens que os procuram. Isto é visível pela elevada taxa de abandono e

de retenções que se observa no 10º ano;

Em termos de infra-estruturas, de acordo com o resultado dos inquéritos, elas

apresentam boa qualidade e o seu estado de conservação é considerado razoável.

Ensino Superior

Ao nível do ensino superior, a Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão,

situada entre este os Concelhos da Póvoa de Varzim e o de Vila do Conde, oferece um

leque muito diversificado de cursos. Pelos resultados do inquérito constatou-se que

entre o ano lectivo de 2000/01 e 2004/05 o número de alunos triplicou;

O Concelho da Póvoa de Varzim dispõe ainda de muito boas estruturas de formação

artística e de formação profissional, bem como de um conjunto de equipamentos culturais

que são utilizados e contribuem para a melhoria da qualidade do ensino da sua população;

Num quadro de uma leitura estratégica, podemos apontar como pontos fortes e fracos da

situação educativa no concelho os seguintes aspectos:

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

180

Quadro 71: Análise Estratégica do Concelho da Póvoa de Varzim

PONTOS FORTES

PONTOS FRACOS

Importante peso da população estudantil no cômputo geral do concelho;

Boa taxa de cobertura ao nível do Pré-Escolar;

Cobertura total da componente social ao nível do Pré-Escolar;

Elevada cobertura do serviço de refeição ao nível do 1ºCEB;

Rede de equipamentos escolares importante e bem distribuída territorialmente;

Elevado investimento nas infra-estruturas educativas e na sua adaptação às exigências actuais;

Grande envolvimento e apoio do Município nos assuntos relacionados com a área da educação;

Diminuição da taxa de analfabetismo;

Maior visibilidade das necessidades educativas especiais;

Existência de boas estruturas culturais e desportivas;

Boa rede escolar ao nível do ensino secundário.

Carência de equipamento escolar ao nível do pré-escolar e do 1º CEB, na sede do concelho;

Insuficiência de infra-estruturas ao nível do 2º e 3º Ciclos do ensino básico, em Aver-o-Mar e na sede do concelho;

Existência de estabelecimentos de ensino do 1º CEB a funcionar em regime duplo;

Falta de espaços complementares nos edifícios escolares do 1º CEB, que se ajustem às necessidades educativas actuais;

Taxas de insucesso e abandono escolar mais acentuadas no ensino secundário;

Escassez de oferta de formação profissionalizante, tendo em conta os interesses locais;

Importante taxa de abandono escolar no quadro do Grande Porto.

OPORTUNIDADES

AMEAÇAS

Elevados e diversificados valores paisagísticos e existência de uma preservada zona rural interior, possibilitadora de formação de produtos turísticos complementares

Potenciais de qualidade de vida elevados com uma tendência positiva de crescimento demográfico face ao contexto regional do concelho

Taxa de rejuvenescimento populacional mais elevada do grande Porto, elevado índice de sustentabilidade potencial e forte capacidade de atracção de população emigrante

A dinamização de revitalização do comércio tradicional e de centros comerciais associada aos projectos de requalificação e animação dos espaços públicos, está a permitir uma efectiva modernização do comércio local, com reflexos potencialmente muito positivos na própria dinamização da actividade turística

Necessidade de aumento de qualificação profissional da população activa

Presença de índices de produção e de rendimentos (poder de compra) inferiores à média nacional, embora o concelho registe alguma expressão em termos de dimensão económica regional e apresente globalmente índices de desenvolvimento favoráveis no contexto da Euro-Região Galiza/Norte de Portugal

A proximidade dos concelhos do Porto, Matosinhos e Maia que concentram grande parte das infra-estruturas logísticas e da oferta de serviços de apoio à actividade económica regional, como entrave à fixação de serviços de base tecnológica, organizativa e de formação no concelho

Escassez de informação por parte da população sobre as ofertas educativas/formativas

Baixo nível de qualificação da população do concelho face à realidade nacional, nomeadamente, por via do ensino superior

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

181

4. Previsão de Evolução do Número de Alunos do Concelho

Após consulta, recolha e tratamento de informação relativa ao XII, XIII e XIV Recenseamento

Geral da População34 (1981, 1991 e 2001, respectivamente), efectuaram-se projecções

demográficas para o Concelho da Póvoa de Varzim, nomeadamente para o ano de 2016.

Adoptou-se como critério de abordagem a comparação dos dados, sendo apresentadas

projecções para o Concelho, bem como para as Unidades Territoriais de Planeamento (UTP’s)

nele delimitadas – Póvoa de Varzim/Aver-o-Mar/Argivai, Amorim/Beiriz/Terroso, Aguçadoura/

Navais/Estela, Laúndos, Rates/Balasar.

4.1 Evolução da População Residente

Foi calculada a População Residente para o Concelho e Freguesias, a seguir apresentada, tendo

sido utilizado para o efeito o ‘Método de Sobrevivência das Coortes’, o qual é explanado no

ponto 4.2. Grupos Etários.

Quadro 72: Evolução da População Residente e Taxa de crescimento entre 2001 e 2016, por Freguesia

34 Elaborados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)

2001 % 2016 TC 01/16 P. Varzim 27810 43,8 33402 20,1Aver-o-Mar 8962 14,1 13496 50,6Argivai 2187 3,4 2802 28,1Amorim 2856 4,5 3305 15,7Beiriz 3229 5,1 3668 13,6Terroso 2472 3,9 2818 14,0Aguçadoura 4530 7,1 4552 0,5

Navais 1683 2,7 1526 -9,3Estela 2596 4,1 2921 12,5Laúndos 2131 3,4 2123 -0,4Rates 2539 4,0 2841 11,9Balasar 2475 3,9 2655 7,3

TOTAL 63470 100,0 76109 19,9

Fonte de partida: INE; Resultados Definitivos (2001)

TC - Taxa de Crescimento (%)

População Residente

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

182

Prevê-se que em 2016 a população do Concelho atinja os 76109 residentes. Face ao total

absoluto de 2001, a população aumentará 12639 indivíduos. Desse modo, prevê-se que a taxa

de crescimento aumente em 2,9% a taxa ocorrida no vinténio 1981/2001.

Quanto às freguesias, os crescimentos absolutos mais significativos prevêem-se que ocorram

na Póvoa de Varzim e em Aver-o-Mar (que apresenta a taxa de crescimento mais elevada,

50,6%), com aumentos de 5592 e 4534 indivíduos, respectivamente. Argivai tenderá a

aumentar 615 indivíduos (apresentando a segunda taxa de crescimento mais elevada, 28,1%).

Aguçadoura e Laúndos tenderão para uma estagnação demográfica, uma vez que se estima um

aumento de 22 indivíduos, no primeiro caso, e uma diminuição de 8, no segundo caso. Navais

tenderá a assistir a uma diminuição de 157 indivíduos, valor superior em cerca de 50% ao

decrescimento ocorrido na década 1991/2001. Nas restantes freguesias estimam-se acréscimos

populacionais compreendidos no intervalo de 200 a 450 indivíduos, a que corresponderão

taxas de crescimento entre os 12% e 16%.

Quadro 73: Evolução da População Residente e Taxa de crescimento entre 2001 e 2016

Gráfico 22: Evolução da População Residente entre 2001 e 2016

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

PR 2001 PR 2016

Cidade

Amo./Bei./Ter.

Agu./Nav./Est.

Laú./Rat.

Rat./Fon./Bal.

2001 (1) 2016 TC 01/16

Cidade 39527 50329 27,3Amorim/Beiriz/Terroso 7989 9162 14,7Aguçadoura/Navais/Estela 8809 8999 2,2Laúndos/Rates 2287 2296 0,4Rates/Fontaínhas/Balasar 4858 5323 9,6

TC - Taxa de Crescimento (%)

(1), cálculo efectuado a partir dos Resultados Definitivos do Censos 2001 (secções e sub-secções)

População Residente

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

183

Nas Unidades de Planeamento Territorial a evolução demográfica prevista para o quindénio

2001/2016 destaca um acréscimo de 10802 indivíduos na Cidade.

Prevê-se que Amorim / Beiriz / Terroso aumente 1173 indivíduos, enquanto Rates / Fontaínhas

/ Balasar 465 e Aguçadoura / Navais / Estela apenas 190.

Laúndos / Rates praticamente estagnará dado o valor absoluto de crescimento corresponder a

9 indivíduos.

4.2. Evolução da População por Grupos Etários

Foi efectuada uma projecção faseada do Crescimento Natural, de forma a estimar a população

residente para o ano de 2016. Para o efeito foi adoptado um processo de análise das

componentes demográficas aplicadas aos escalões etários, designado de ‘Método da

Sobrevivência das Coortes’. Desse modo foram calculados separadamente os efectivos

masculinos e femininos, por cada um dos grupos etários.

O processo de cálculo da evolução natural da população, a partir dos residentes registados em

1991 e das respectivas probabilidades de sobrevivência ao longo do intervalo temporal em

causa, fundamentou-se nas tábuas de cálculo tipo Princeton (‘Modelo Sul’), tendo sido

considerados os níveis 23 e 24 para os quinquénios 1991/1996 e 1996/2001, respectivamente,

e o nível 25 para os quinquénios 2001/2006, 2006/2011 e 2011/2016.

Para a aplicação prática do método houve previamente que definir alguns pressupostos de

trabalho, tendo em conta a articulação das componentes teóricas com a informação estatística

disponível. Estabeleceram-se pois as seguintes hipóteses:

• Estabilização da Taxa de Fecundidade nos valores verificados para 2001;

• Taxas de Fecundidade das Freguesias iguais à do Concelho.

Conhecida a desagregação etária da População Residente em 2001, concluiu-se a desagregação

etária do Saldo Migratório como resultado da subtracção entre a População Residente e o

Crescimento Natural, nesse mesmo ano. Obtido o correspondente valor total – 5040

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

184

indivíduos –, partiu-se da hipótese de trabalho que o Saldo Migratório para o Concelho em

2016, seria 50% superior ao verificado em 2001.

A distribuição dos valores absolutos da População Residente por grupo etário em 2016 resultou

da suposição que a sua desagregação seria proporcionalmente idêntica ao Crescimento Natural

estimado para esse mesmo ano35.

Da subtracção entre a População Residente e o Crescimento Natural resultou o Saldo

Migratório em 2016, por grupos etários.

Quadro 74: Evolução da População Residente no Concelho por Grupo Etário, entre 2001 e 2016

O seguinte quadro apresenta a desagregação etária por Unidades Territoriais de Planeamento

obtidas através das projecções efectuadas para cada uma das freguesias.

35 Entre o total da População Residente e o total apresentado no ponto anterior (4.1. POPULAÇÃO RESIDENTE), registam-se pequenos desvios resultantes do processo de cálculo adoptado. São tomados como preferenciais os totais estimados no referido ponto.

Saldo Saldo H/M % H/M % Migratório (2) H/M % H/M (3) % Migratório (4) H/M (5)

%

(6) 0;4

3662

6,7

3767

6,4

180

3947

6,2

3943

5,8

435

4378

5,8 5;9

4267

7,8

3572

6,1

493

4065

6,4

4050

5,9

447

4497

5,9 10;14

5124

9,4

3636

6,2

433

4069

6,4 4126 6,0 455 4581 6,015;19 5541 10,1 4256 7,3 605 4861 7,7 4078 5,9 450 4528 5,920;24 5040 9,2 5107 8,7 263 5370 8,5 3872 5,6 427 4299 5,625;29 4599 8,4 5516 9,4 233 5749 9,1 3938 5,7 434 4372 5,730;34 4165 7,6 5011 8,6 234 5245 8,3 4606 6,7 508 5114 6,735;39 3864 7,1 4566 7,8 454 5020 7,9 5519 8,1 609 6128 8,140;44 3445 6,3 4123 7,1 483 4606 7,3 5948 8,7 656 6604 8,745;49 2871 5,2 3806 6,5 366 4172 6,6 5381 7,8 593 5974 7,850;54 2533 4,6 3362 5,8 334 3696 5,8 4863 7,1 536 5399 7,155;59 2386 4,4 2760 4,7 204 2964 4,7 4329 6,3 477 4806 6,360;64 2173 4,0 2380 4,1 199 2579 4,1 3907 5,7 431 4338 5,765;69 1955 3,6 2157 3,7 241 2398 3,8 3321 4,8 366 3687 4,870;74 1321 2,4 1819 3,1 72 1891 3,0 2540 3,7 280 2820 3,775;79 993 1,8 1398 2,4 82 1480 2,3 1881 2,7 207 2088 2,780;84 541 1,0 723 1,2 51 774 1,2 1297 1,9 143 1440 1,985 e + 308 0,6 469 0,8 115 584 0,9 962 1,4 106 1068 1,4TOTAL 54788 100,0 58430 100,0 5040 63470 100,0 68561 100,0 7560 76121 100,0

Fonte de partida: INE; Resultados Definitivos (1991 e 2001)

(1), projecção efectuada pelo 'Método de Sobrevivência das Coortes'

(2), subtracção entre a População Residente e o Crescimento Natural

(3), TOTAL = (Cres.Nat.2016 / Cres.Nat.2001) * Pop.Res.2001

(4), Saldo Migratório em 2016 = Saldo Migratório em 2001 * 1,5

(5), o total absoluto é resultado da adição do Crescimento Natural com o Saldo Migratório

(6), admitiu-se uma desagregação etária percentual igual à do Crescimento Natural (2016)

População Residente População Residente Crescimento Natural (1) População ResidenteCrescimento Natural (1)

Concelho1991 2001 2016

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

185

Quadro 75: Desagregação por Unidades Territoriais da População Residente no Concelho, em 2016, por Grupo Etário

Constata-se que a Aguçadoura / Navais / Estela e Laúndos / Rates possuirão as mais altas

taxas de jovens (Pop. 19), concretamente 24,5% e 24,4%. Todavia, comparativamente com as

demais Unidades Territoriais de Planeamento, a diferença não é significante (Rates /

Fontaínhas / Balasar 23,8%, Amorim / Beiriz / Terroso 23,7% e Cidade 23,3%).

A maior taxa de população entre os 20 e os 64 anos verificar-se-á em Laúndos / Rates,

precisamente 63,6%, também não sendo significativa a margem de diferença com as restantes

Unidades Territoriais de Planeamento (situando-se entre os 61,4% da Cidade e os 62,7% de

Rates / Fontainhas / Balasar).

A Cidade evidenciará a maior taxa de idosos (Pop.65), designadamente 15,3%. As restantes

Unidades Territoriais de Planeamento apresentam valores entre os 12% e os 14%.

H/M % (1) H/M % (1) H/M % (1) H/M % (2) H/M % (3)

0;4 2828 5,6 529 5,8 554 6,2 140 6,1 311 5,95;9 2912 5,8 545 6,0 561 6,2 141 6,1 319 6,0

10; 2990 5,9 553 6,0 560 6,2 142 6,2 323 6,115;1 3001 6,0 547 6,0 533 5,9 137 6,0 314 5,920;24 2883 5,7 522 5,7 486 5,4 126 5,5 293 5,525; 2711 5,4 506 5,5 621 6,9 141 6,1 346 6,530;34 3168 6,3 605 6,6 699 7,8 182 7,9 385 7,235;39 3891 7,7 777 8,5 827 9,2 198 8,6 426 8,040;44 4251 8,4 804 8,8 855 9,5 221 9,6 485 9,145;49 4072 8,1 733 8,0 645 7,2 193 8,4 394 7,450;54 3665 7,3 692 7,6 524 5,8 149 6,5 381 7,255;59 3217 6,4 552 6,0 530 5,9 138 6,0 339 6,460;64 3033 6,0 500 5,5 448 5,0 114 5,0 291 5,565;69 2502 5,0 460 5,0 410 4,6 102 4,4 233 4,470;74 1976 3,9 347 3,8 279 3,1 74 3,2 169 3,275;79 1525 3,0 209 2,3 186 2,1 45 2,0 142 2,780;84 991 2,0 162 1,8 157 1,7 30 1,3 94 1,885 e + 715 1,4 116 1,3 123 1,4 25 1,1 77 1,5TOTAL 50329 100,0 9161 100,0 8998 100,0 2297 100,0 5323 100,0

Fonte de partida: INE; Resultados Definitivos (1991 e 2001)(1), admitiu-se uma desagregação etária percentual igual à média das três freguesias

(2), admitiu-se uma desagregação etária percentual igual à da freguesia de Laúndos

(3), admitiu-se uma desagregação etária percentual igual à média das duas freguesias

Rat./Fon./Bal.Cidade Agu./Nav./Est.Amo./Bei./Ter. Laú./Rat.

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186

4.2.1. Evolução dos Grupos Etários por Nível do Ensino

Uma análise mais aprofundada dos dados anteriores relativamente à evolução, entre 2002 e

2016, dos grupos etários por nível de ensino permite-nos verificar que:

No grupo etário dos 3 aos 5 anos, em 2002 registam-se 1 754 crianças a frequentar o pré-

escolar e em 2016 estimam-se 2 120, correspondendo a uma evolução de 20,8%, considerando

que há uma taxa de frequência de 80%;

No grupo etário dos 6 aos 9 anos, em 2002 registam-se 3 714 crianças a frequentar o 1.º ciclo

do ensino básico e em 2016 estimam-se 3 777, correspondendo a uma evolução de 1,7%,

considerando que há uma taxa de reprovação de 5%;

No grupo etário dos 10 aos 14 anos, em 2002 registam-se 4 341 crianças/jovens a frequentar

o 2.º e 3.º ciclos de ensino básico e em 2016 estimam-se 4 810 correspondendo a uma

evolução de 10,8%, considerando que há uma taxa de reprovação de 5%;

No grupo etário dos 15 aos 17 anos, em 2002 registam-se 2 019 jovens a frequentar o ensino

secundário e em 2016 estimam-se 2 608, correspondendo a uma evolução de 29,1%,

considerando que a taxa de frequência é de 80% e a taxa de reprovação adoptada é de 20%.

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PELOURO DA EDUCAÇÃO

187

5. Propostas

5.1. Eixos e Medidas de Intervenção

Efectuado o diagnóstico da situação educativa no município e realizadas as projecções para

2016, passaremos a apresentar as medidas de intervenção necessárias, para aplicação num

prazo de cinco anos, ao nível dos ensinos pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos e secundário, de

acordo com as prioridades estabelecidas.

A proposta de reordenamento apresentada tem por base, sobretudo, os resultados deste

diagnóstico, ao nível da caracterização da realidade social, económica, demográfica e

educativa, e também, as projecções elaboradas no âmbito da revisão do PDM e os dados

apresentados no Diagnóstico Social e no Plano de Desenvolvimento Social, no âmbito da Rede

Social.

Esta proposta pretende ser, igualmente, integradora, ou seja, pretende atender à realidade e às

necessidades concelhias, não descurando as indicações e orientações apresentadas pela

Direcção Regional de Educação do Norte.

A proposta de reordenamento foi efectuada para um horizonte temporal de 5 anos, tendo em

vista a melhoria do desempenho do sistema educativo no concelho da Póvoa de Varzim,

através de um conjunto de medidas e estratégias específicas.

Como princípios operacionais para a formulação da proposta apontam-se:

1. Reconhecimento de que o ensino e a formação são fundamentais para o

desenvolvimento da comunidade, para o seu progresso, e para a obtenção de uma

melhor qualidade de vida e, como tal, o seu desenvolvimento interessa a todos os

cidadãos;

2. Reconhecimento de que todas as comunidades têm o direito de ter acesso facilitado

à educação e à formação, e de que estas devem permitir responder às necessidades

de cada um;

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

188

3. Reconhecimento de que só é possível desenvolver, com eficácia, o processo

educativo e formativo, se existirem condições físicas de elevada qualidade, que

permitam a criação de um ambiente, seguro e agradável, de aprendizagem e

socialização;

4. Reconhecimento de que só com o empenho e a qualidade de actuação de todos os

intervenientes no acto educativo, é possível conseguir bons resultados e tirar o

máximo proveito dos meios disponíveis;

5. Reconhecimento de que a criação ou encerramento de escolas deve ser norteado pelo

princípio de que deve existir uma gestão eficaz dos recursos, procurando-se que a

adequação entre o investimento e as necessidades da população seja a mais próxima

possível;

6. Reconhecimento de que a aposta na qualidade dos processos é fundamental para

conseguir melhores desempenhos educacionais;

7. Reconhecimento da necessidade fundamental de estabelecer pontes entre todos os

interessados nos actos educativos, de modo a construir redes que potenciem as

capacidades de actuação de todos os intervenientes no acto educativo e formativo.

O que se pretende é implementar uma estratégia global e estruturante de medidas que leve em

consideração a importância da qualidade da aprendizagem e que permita às crianças e jovens

do concelho estarem preparados para as exigências futuras, com as quais se irão confrontar.

Como podemos verificar o nosso concelho é, actualmente, marcado por baixos níveis de

qualificação escolar, significativas taxas de saída precoce e de insucesso e abandono escolar.

Sabemos que as reduzidas qualificações originam uma inserção profissional precária onde

predominam os baixos salários e as situações de vulnerabilidade, permitindo a emergência de

situações de pobreza e exclusão social.

De facto, parece ser inegável que a educação constitui uma área fulcral de intervenção em

qualquer processo de promoção de desenvolvimento local.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

189

Desde logo, porque uma população qualificada é uma população mais apetrechada para

fazer face aos desafios que quotidianamente se lhe colocam. Depois, porque a elevação

dos patamares de instrução e qualificação se afigura hoje como o mais sério meio de

promoção de processos de mobilidade social ascendente.

O investimento na Educação é, neste contexto, encarado como um investimento claro no

futuro e no desenvolvimento do concelho, já que a mesma surge como um elemento

fundamental de integração profissional e mesmo social.

Dada a importância que esta área tem para o desenvolvimento concelhio, acreditamos que os

critérios de reordenamento da rede escolar para o concelho deve assentar, fundamentalmente,

em linhas estratégicas de carácter social, funcional e pedagógico, que permitem definir um

conjunto de objectivos específicos:

Criar uma oferta de educação pré-escolar que contribua para efectivar a sua

universalização e que responda às necessidades de todas as famílias;

Criar as condições, nas escolas do 1.º ciclo do ensino básico, para que a cada sala

disponível possa corresponder uma turma e um ano de escolaridade;

Conjugar vários níveis de ensino, no mesmo edifício, integrando sempre que possível o

pré-escolar, para garantir o desenvolvimento do percurso escolar sequencial no mesmo

equipamento;

Redimensionar a capacidade das escolas do 1.º CEB, por forma a garantir o

funcionamento em regime normal, bem como proporcionar uma escola a tempo inteiro;

Aumentar as condições de qualidade do parque escolar de modo a que o processo

educativo se possa desenvolver de forma eficiente e harmoniosa;

Dotar os estabelecimentos de educação pré-escolar e escolas do 1.CEB de espaços

complementares, nomeadamente salas polivalentes, salas de informática e

equipamentos desportivos, por forma a permitir a prática de exercício físico e o

desenvolvimento de actividades de enriquecimento curricular;

Redimensionar a rede de refeitórios/cantinas escolares do 1.ºciclo do ensino básico por

forma a garantir uma cobertura de 100%;

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

190

Contribuir para a diminuição do abandono e insucesso escolar, criando as condições

necessárias ao estabelecimento de redes de cooperação entre diferentes entidades que

sobre ele possam actuar;

Alargar a oferta da rede do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico por forma a diminuir o grau

de saturação dos estabelecimentos de ensino existentes;

Incentivar um melhor desempenho, das diferentes unidades educativas, e colaborar

para a visibilidade da acção educativa das escolas junto da comunidade;

Aumentar a oferta e a diversificação de cursos ao nível do secundário tendo em conta

os interesses locais;

Promover e diversificar ofertas de ensino/educação e profissionais ao nível da

escolaridade obrigatória e secundário, formais e não formais, por forma a combater as

taxas de insucesso, saída precoce e particularmente do abandono, bem como aumentar

os níveis de qualificação académica/profissional da população residente;

Adequar as ofertas educativas e formativas às actuais necessidades do mercado de

trabalho local, por forma a contribuir para o desenvolvimento social e económico do

concelho.

Partindo destes critérios e objectivos definem-se 2 grandes eixos de intervenção ao nível da

educação:

• Eixo 1 – Reordenamento da Rede Educativa

• Eixo 2 – Promoção da Qualidade Educativa e Formativa

São estes os dois eixos em que a Carta Educativa do concelho da Póvoa de Varzim pretende

intervir de forma estratégica.

Daremos ainda conta das medidas propostas em cada eixo, bem como os seus responsáveis e

estimativa dos custos envolvidos.

Antes de passarmos à exposição de cada um dos eixos, apresentamos uma esquematização,

onde podemos mais facilmente perceber a dimensão do planeamento que aqui efectuamos.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

191

Quadro 76: Carta Educativa - Eixos de Intervenção

CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DA PÓVOA DE VARZIM

EEEiiixxxooo 111 Reordenamento da Rede Educativa

EEEiiixxxooo 222 Promoção da Qualidade Educativa e

Formativa

Ampliação e remodelação da Escola das Machuqueiras em Laúndos

Criação de um Observatório Local da Educação

Ampliação e remodelação da Escola EB1

da Senhora da Saúde, para transformação num Jardim de Infância em Laúndos

Dinamização das Bibliotecas Escolares dos Estabelecimentos do 1.ºCEB

Ampliação da Escola EB1 Nova na Póvoa de Varzim

Promover e diversificar ofertas de educação e formação de adultos no âmbito da Iniciativa

Novas Oportunidades

Ampliação e remodelação da Escola de Refojos em Aver-o-Mar

Promover e diversificar ofertas de ensino/educação e profissionais ao nível do

3.º CEB e Ensino Secundário

Remodelação e Ampliação da Escola de Paranho em Terroso

Sensibilizar as Escolas para a constituição de Centros de Revalidação de Competências

Ampliação da Escola da Igreja em Beiriz

Apoiar e/ou formar novas Associações de Pais

Construção de uma Escola EB1/JI em

Penalves na Póvoa de Varzim Alargar e consolidar o “Fórum das Saídas e

Opções Profissionais

Construção de um Centro Educativo (JI, 1.º, 2.º e 3.º CEB) na zona Norte da Póvoa

de Varzim

Sensibilizar as Juntas de Freguesia para a promoção implementação de cursos sócio-

educativos e sócio-profissionais de Educação de Adultos

Ampliação da Escola EB 2,3 de Rates para integração dos ensinos do 1.º CEB e Pré-

Escolar

Criar condições que facilitem o processo de comunicação entre as escolas e as empresas

de modo a facilitar a integração dos alunos em estágios profissionais.

Requalificação do refeitório e da área coberta exterior da Escola EB1 das

Fontaínhas, em Balasar

Promover Cursos no âmbito do Programa de Integração de Educação Formação (PIEF), em

articulação com os Agrupamentos de Escolas e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens

Criação de Bibliotecas Escolares nos

estabelecimentos do 1.º CEB

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

192

5.1.1 - Eixo 1 – Reordenamento da Rede Escolar e Impacto Previsto

MMMeeedddiiidddaaa 111...111...

Ampliação e remodelação da Escola das Machuqueiras, sediada na Freguesia de Laúndos, para

inclusão de duas salas de aula, um refeitório e um polivalente, por forma a integrar os alunos

da EB1 da Senhora da Saúde.

Efectuar o reordenamento/redimensionamento da rede do pré-escolar e 1.º CEB na

freguesia de Laúndos, por forma a melhorar a qualidade do ensino dos alunos que

frequentam os diferentes estabelecimentos de ensino:

I. Concentrar o 1.º ciclo do ensino básico num único edifício escolar:

a) Assegurar a homogeneidade de turmas, ou seja, um ano de escolaridade/uma

turma;

b) Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de

enriquecimento curricular, a fim de proporcionar o funcionamento da escola a

tempo inteiro;

c) Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição;

d) Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e sucesso educativo dos alunos

da freguesia;

e) Rentabilizar os recursos físicos e humanos.

II. Disponibilizar a escola EB1 Nossa Senhora da Saúde para transformação num

Jardim-de-infância, para integração dos dois estabelecimentos de ensino do pré-

escolar ali existentes.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

193

MMMeeedddiiidddaaa 111...222...

Ampliação e remodelação da Escola EB1 da Senhora da Saúde, sediada em Laúndos, para

transformação num Jardim-de-Infância com 2 salas de actividade e uma sala de

prolongamento, com vista à integração dos dois Jardins existentes na freguesia.

Efectuar o reordenamento/redimensionamento da rede do pré-escolar na Freguesia de

Laúndos, a fim de melhorar a qualidade do bem-estar das crianças:

a. Transformar a escola EB1 Nossa Senhora da Saúde num único Jardim-de-infância;

b. Concentrar os dois Jardins de Infância existentes na freguesia num único edifício;

c. Rentabilizar os recursos físicos e humanos.

MMMeeedddiiidddaaa 111...333...

Ampliação da Escola EB1 Nova da Póvoa de Varzim, para inclusão de um refeitório, por forma

a proporcionar aos alunos que a frequentam um melhor serviço, evitando assim que tenham

que se deslocar a outro estabelecimento de ensino para usufruir do almoço.

Garantir a todos os alunos o serviço de refeição na própria escola.

MMMeeedddiiidddaaa 111...444...

Ampliação e remodelação da Escola de Refojos, situada na Freguesia de Aver-o-Mar, para

substituição de duas salas de aula, criação de mais duas e inclusão de um refeitório e um

polivalente.

Redimensionar a capacidade desta escola do 1.º CEB, visando garantir o funcionamento

em regime normal;

Assegurar a homogeneidade de turmas, ou seja, um ano de escolaridade/uma turma;

Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de

enriquecimento curricular, a fim de proporcionar que a escola funcione a tempo inteiro;

Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição na própria escola;

Contribuir para o sucesso educativo dos alunos.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

194

MMMeeedddiiidddaaa 111...555...

Ampliação e remodelação da Escola de Paranho, situada na Freguesia de Terroso, para

inclusão de duas salas de aula, um refeitório e um polivalente.

Redimensionar a capacidade da escola, de modo a garantir o funcionamento em regime

normal;

Assegurar a homogeneidade de turmas: um ano de escolaridade/uma turma;

Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de

enriquecimento curricular, a fim de proporcionar a escola a tempo inteiro;

Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição na própria escola;

Contribuir para a melhoria do sucesso educativo das crianças desta freguesia.

MMMeeedddiiidddaaa 111...666...

Ampliação da Escola de Igreja, situada na Freguesia de Beiriz, para inclusão de um refeitório e

um polivalente.

Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de

enriquecimento curricular, por forma a proporcionar a escola a tempo inteiro;

Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição na própria escola;

Melhorar a qualidade do ensino e sucesso educativo dos alunos da freguesia.

MMMeeedddiiidddaaa 111...777...

Construção de uma Escola EB1/J.I., na zona de Penalves, com 12 salas de aula do 1º CEB, 3

salas de actividade do Pré-Escolar, Biblioteca Escolar, Refeitório, Sala de Alargamento de

Horário, Polidesportivo, Gabinetes de Professores e outras áreas de apoio.

Efectuar o reordenamento/redimensionamento da rede pré-escolar e do 1.º Ciclo do

Ensino Básico na freguesia da Póvoa de Varzim:

i. Dotar a zona sul da Sede do Concelho de um edifício escolar que integre os

níveis de ensino do pré-escolar e do 1º CEB, de maneira a possibilitar:

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

195

a) Proporcionar a 3 estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo na sede do concelho,

nomeadamente a EB 1 do Século, da Lapa e de Nova Sintra, o funcionamento em

regime normal;

b) Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de

enriquecimento curricular, a fim de proporcionar uma escola a tempo inteiro;

c) Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição;

d) Rentabilizar os recursos físicos e humanos;

e) Expandir a rede pré-escolar na sede do concelho, por forma a garantir uma

cobertura a 100%.

MMMeeedddiiidddaaa 111...888...

Construção de um Centro Educativo, na zona norte da sede do concelho, que integre os

ensinos pré-escolar com 3 salas de actividades, 1.º ciclo com 12 salas de aulas, e o 2.º e 3º

ciclos com 24 salas de aula, com refeitório, biblioteca escolar, pavilhão polidesportivo,

auditório, gabinetes de direcção e de professores, e outras áreas de apoio.

Efectuar o reordenamento/redimensionamento da rede pré-escolar e do 1.º, 2º e 3º

Ciclo do Ensino Básico na freguesia da Póvoa de Varzim:

Dotar a zona Norte da Sede do Concelho de um edifício escolar que integre os níveis

de ensino do pré-escolar e do 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, de maneira a

permitir:

a) Expandir a rede pré-escolar na sede do concelho, por forma a atingir uma

cobertura de 100%.

b) Proporcionar a 2 estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo existentes na zona norte

da sede do concelho, nomeadamente a EB 1 dos Sininhos e do Desterro, que

funcionem em horário de regime normal;

c) Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de

enriquecimento curricular do 1º CEB, a fim de proporcionar uma escola a tempo

inteiro;

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

196

d) Possibilitar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição nas diferentes

escolas;

e) Redimensionar as Escolas EB2,3 de Aver-O-Mar (reduzindo 21 turmas) e a EB2,3

Dr. Flávio Gonçalves (reduzindo 8 turmas), a fim de contribuir para a melhoria da

qualidade do ensino dos alunos que as frequentam;

f) Aumentar a oferta educativa na zona norte da sede do concelho, tendo em

consideração o crescimento populacional previsto para 2016.

Rentabilizar os recursos físicos e humanos;

Conjugar vários níveis de ensino, para garantir o desenvolvimento do percurso escolar

sequencial no mesmo equipamento escolar.

MMMeeedddiiidddaaa 111...999...

Ampliação da Escola EB 2,3 de Rates, para inclusão de 4 salas de aula e 2 salas de actividade

do pré-escolar, com vista à integração dos alunos dos ensinos do 1.º CEB da Escola da Praça e

Pré-escolar de Rates, da Rede Pública, por forma a proporcionar a estes alunos um serviço de

qualidade.

Efectuar o reordenamento/redimensionamento do 2.º e 3.º CEB na freguesia de S.

Pedro de Rates, tendo por base a integração dos alunos do 1.º CEB da Escola da Praça e

do ensino pré-escolar público;

Conjugar vários níveis de ensino, para garantir o desenvolvimento do percurso escolar

sequencial no mesmo equipamento;

Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de

enriquecimento curricular, a fim de proporcionar a escola a tempo inteiro;

Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino de todas as crianças;

Rentabilizar os recursos físicos e humanos.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

197

MMMeeedddiiidddaaa 111...111000...

Requalificação do refeitório e da área coberta existente no exterior da Escola EB1 das

Fontaínhas, sediada na freguesia de Balasar, com o objectivo de ser transferida uma turma da

Escola EB1 da Quinta, por forma a proporcionar a todos os alunos daquela freguesia a

frequência do 1.º CEB em horário normal.

Redimensionar a capacidade das escolas do 1.º CEB na freguesia de Balasar, a fim de

garantir o funcionamento de ambos os estabelecimentos de ensino em regime normal;

Proporcionar que todos os alunos tenham acesso ao serviço de refeição;

Melhorar a qualidade do ensino e contribuir para o sucesso educativo dos alunos desta

freguesia.

MMMeeedddiiidddaaa 111...111111...

Criação de Bibliotecas Escolares nos estabelecimentos do 1.º CEB onde não existe esta

resposta.

Garantir que todas as escolas disponham de uma biblioteca escolar;

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

198

5.1.1.2. Hierarquização, calendarização e Orçamentação

Quadro 77: Hierarquização e Calendarização

Hierarquização das Medidas Calendarização

1. Ampliação da Escola EB1 Nova na Póvoa de

Varzim Março 2007/Dezembro 2007

2. Ampliação e remodelação da Escola de

Refojos em Aver-o-Mar Novembro 2007/Novembro 2008

3. Ampliação e remodelação da Escola de

Paranho em Terroso Março 2008/Março de 2009

4. Ampliação da Escola EB1 da Igreja em Beiriz Julho 2008/Setembro 2009

5. Ampliação e remodelação da Escola EB1 das

Machuqueiras em Laúndos Julho 2008/Setembro 2009

6. Construção de uma Escola EB1/J.I., na zona

de Penalves na Póvoa de Varzim Março 2009/Setembro 2010

7. Ampliação e remodelação da Escola EB1 da

Senhora da Saúde, para transformação num

Jardim-de-infância em Laúndos

Julho 2009/Março 2010

8. Requalificação do refeitório e da área

coberta da Escola EB1 das Fontaínhas Julho 2009/Março 2010

9. Ampliação da Escola EB 2,3 de Rates para

integração dos ensinos do pré-escolar e1.º

CEB

Julho 2010/Setembro 2011

10. Construção de um Centro Educativo (J.I.,

1.º, 2.º e 3.º CEB), na zona norte da sede de

concelho

Julho 2011/Dezembro 2012

11. Criação de Bibliotecas Escolares nos

estabelecimentos do 1.º CEB

De acordo com as candidaturas

escolares

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

199

Quadro 78: Medidas, Responsáveis e Estimativas de Custos

Medidas Responsáveis Estimativa de Custos

Ampliação e remodelação da Escola

EB1 das Machuqueiras em Laúndos

C.M.P.V.

M.E. 350.000,00 Euros

Ampliação e remodelação da Escola

EB1 da Senhora da Saúde, para

transformação num Jardim de Infância

em Laúndos

C.M.P.V.

M.E. 175.000,00 Euros

Ampliação na Escola EB1 Nova na

Póvoa de Varzim

C.M.P.V.

M.E. 150.000,00 Euros

Ampliação e remodelação da Escola

de Refojos em Aver-o-Mar

C.M.P.V.

M.E. 525.000,00 Euros

Ampliação e remodelação da Escola

de Paranho em Terroso

C.M.P.V.

M.E. 350 000,00 Euros

Ampliação da Escola da Igreja em

Beiriz

C.M.P.V.

M.E. 200.000,00 Euros

Construção de uma Escola EB1/J.I., na

zona de Penalves na Póvoa de Varzim

C.M.P.V.

M.E. 3.000.000,00 Euros

Construção de um Centro Educativo,

na zona norte da sede de concelho*

C.M.P.V.

M.E.

3.000.000,00 Euros

A definir

Ampliação da Escola EB 2,3 de Rates C.M.P.V.

M.E. 400 000,00 Euros

Requalificação do refeitório e da área

coberta da Escola EB1 das Fontaínhas

C.M.P.V.

M.E. 125.000,00 Euros

Criação de Bibliotecas Escolares nos

estabelecimentos do 1.º CEB

C.M.P.V.

M.E.

A definir caso a caso

*Para este Centro Educativo prevê-se um custo do terreno no valor de cerca de 1.000.000,00, que será custeado proporcionalmente por ambas as entidades. O orçamento aqui definido refere-se apenas ao pré-escolar e 1.º CEB.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

200

5.1.2 - Eixo 2 – Promoção da Qualidade Educativa e Formativa

MMMeeedddiiidddaaa 222...111...

Criação de um Observatório Local da Educação.

Conjugação de esforços entre diferentes parceiros envolvidos na problemática da educação e

formação através da criação de um Observatório Local da Educação. Este observatório deve

ser constituído não só pelo pessoal docente – onde devem estar representados os diferentes

agrupamentos e os diferentes níveis de ensino, desde o pré-escolar ao ensino superior, como

também por outras instituições públicas e privadas de índole educativa. É importante que este

observatório promova a comunicação e o conhecimento das instituições do concelho através

da elaboração de um Guia de Recursos da Educação. Este instrumento visa compilar um

conjunto de informação sobre os estabelecimentos escolares, procurando ser mais que um

mero repositório de informação, permitindo uma actualização permanente dessa informação.

MMMeeedddiiidddaaa 222...222...

Dinamização das Bibliotecas Escolares dos estabelecimentos do 1.º CEB.

MMMeeedddiiidddaaa 222...333...

Promover e diversificar ofertas de educação e formação de adultos no âmbito da Iniciativa

Novas Oportunidades.

Os objectivos desta iniciativa consistem em fazer do ensino profissionalizante de nível

secundário uma real opção dando oportunidades novas aos jovens e elevar a formação de base

dos activos. Dar a todos os que entraram na vida activa com baixos níveis de escolaridade, a

possibilidade de, com esta iniciativa Novas Oportunidades, recuperar, completar e progredir

nos seus estudos.

MMMeeedddiiidddaaa 222...444...

Promover e diversificar ofertas de ensino/educação e profissionais ao nível do 3.º CEB e

Ensino Secundário, por forma a combater as taxas de insucesso e particularmente de

abandono, bem como aumentar o nível de qualificação académica/profissional da população

residente, nomeadamente na área de Hotelaria e Turismo e de Higiene e Segurança no

Trabalho e Ambiente.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

201

MMMeeedddiiidddaaa 222...555...

Sensibilizar as escolas para a constituição de Centros de Revalidação de Competências.

MMMeeedddiiidddaaa 222...666...

Apoiar e/ou formar novas Associações de Pais.

No que se refere ao abandono escolar, sabe-se que é fruto de condicionantes sociais,

culturais e económicas, da falta de acompanhamento dos pais, mas também da falta de

motivação do aluno pela escola. Pelo que importa pensar numa intervenção que privilegie

uma maior abertura da escola à comunidade, no incentivo ao associativismo extra-escolar e

intra-escolar e um relacionamento efectivo entre o aluno, a escola e a família. Nesta base, as

“Associações de Pais” têm um importante papel a desempenhar, pelo que se deve apoiar e/ou

formar novas associações de pais.

É necessário sensibilizar todos os actores educativos para a importância da educação como

motor de desenvolvimento pessoal e social. É necessário elevar as expectativas dos pais em

relação à escola, que eles sejam chamados pela escola a participarem não apenas nas

actividades promovidas pontualmente pela escola, mas na própria construção do projecto

educativo, permitindo o esbatimento das diferenças culturais entre a escola e a família.

Apostar na motivação da população escolar para a importância dos cursos profissionais,

da formação escolar e extra–escolar, aumentando as suas qualificações e competências para

que, desta forma, possam fazer face às exigências do sistema de emprego em constante

mutação. Para isso importa informar os jovens que terminam o ensino básico sobre as

oportunidades formativas existentes e a sua necessidade no tecido produtivo local.

MMMeeedddiiidddaaa 222...777...

Alargar e consolidar o “Fórum de Saídas e Opções Profissionais” – Aumentar a informação aos

jovens que terminam o ensino básico, pais e encarregados de educação, sobre as

oportunidades formativas existentes e a sua necessidade no tecido produtivo concelhio.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

202

MMMeeedddiiidddaaa 222...888...

Sensibilizar as Juntas de Freguesia para a promoção implementação de cursos sócio-

educativos e sócio-profissionais de Educação de Adultos.

MMMeeedddiiidddaaa 222...999...

Criar condições que facilitem o processo de comunicação entre as escolas e as empresas de

modo a facilitar a integração dos alunos em estágios profissionais.

MMMeeedddiiidddaaa 222...111000...

Promover Cursos no âmbito do Plano de Integração de Educação Formação (PIEF), em

articulação com os Agrupamentos de Escolas e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens

da Póvoa de Varzim.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

203

5.2. Programação da Execução Física

Embora a Carta Educativa não seja um documento estanque, no sentido em que pode (e deve)

ser actualizada e revista, torna-se importante definir um horizonte temporal para a

implementação das propostas de reordenamento que atrás foram apresentandas. De acordo

com a alínea b) do nº2 do artº18 do Decreto-Lei 7/2003, a calendarização das acções

propostas deve ser feita numa perspectiva de médio e longo prazo.

A proposta de reordenamento foi efectuada para um horizonte temporal de 5 anos, tendo em

vista a melhoria do desempenho do sistema educativo no concelho da Póvoa de Varzim,

através de um conjunto de medidas e estratégias específicas.

Relembra-se, no entanto, que até conseguirmos atingir o reordenamento que se pretende

poderão surgir situações intermédias, em que uma das propostas enunciadas esteja num fase

mais avançada do que outra.

5.4. Monitorização e avaliação do processo

Sendo a Carta Educativa um documento “vivo”, que deve ser permanentemente actualizado, a

autarquia pretende desenvolver um sistema de monitorização da implementação das acções e

propostas apresentadas no documento.

Uma primeira dimensão de avaliação, corresponde à determinação da eficiência com que as

medidas que a Carta Educativa preconiza para o concelho estão a ser disponibilizadas. É

preciso determinar com que grau de cumprimento estão a ser implementadas e se, com a sua

efectivação no terreno, foram alcançados os resultados esperados.

Uma segunda dimensão prende-se com a evolução do sistema educativo no concelho, com a

avaliação dos progressos alcançado, com as variações que múltiplos factores podem ter

introduzido e com a introdução de novas orientações emanadas do Ministério Educação. Trata-

se de verificar se a análise contida na Carta Educativa continua a ter validade, ou se é

necessário introduzir-lhe correcções e, consequentemente, definir novas trajectórias para o

futuro.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

204

O processo de monitorização passará, em primeiro lugar, pela recolha de informação junto

de todas as unidades educativas do concelho, que deverá ser feita anualmente, após o final

de cada ano lectivo, através de um inquérito de recolha dos indicadores da respectiva

actividade. Este inquérito deve ter o seu preenchimento referido a uma determinada data, de

modo a permitir obter resultados com maior fiabilidade, e com a possibilidade de serem

comparados com as estatísticas publicadas pelo Ministério da Educação.

Uma segunda fase passará pelo tratamento dos elementos recolhidos através dos

inquéritos, que permitirá determinar a evolução dos indicadores educacionais no concelho,

nomeadamente as taxas de escolarização, abandono, saídas precoces, retenções e sucesso.

Por último, numa terceira fase, a partir dos resultados do trabalho realizado nas fases

anteriores, será elaborado um relatório, sujeito a parecer do Conselho Municipal de

Educação, e que conterá, se tal for considerado necessário, propostas de novas acções ou de

modificações das acções previstas na Carta Educativa.

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

205

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CARTA EDUCATIVA

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CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

207

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Rodrigues, F. E Stoer, S. R. (1993); Acção Local e Mudança Social em Portugal; Editora Fim de Século, Lisboa

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

208

S/ Autor, “Portugal tem 48 por cento de analfabetismo funcional”, in Jornal Público, 9 de Julho de 2003

http://www.cm-pvarzim.pt

http://www.dren.min-edu.pt

http://www.eseq.pt

http://www.esrpeixoto.edu.pt

http://www.ine.pt

http://www.min-edu.pt

CARTA EDUCATIVA

PELOURO DA EDUCAÇÃO

209

ANEXOS

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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Inquérito às Instituições Escolares do Concelho

Carta Educativa

PRÉ-ESCOLAR

Rede Pública, Solidária e Privada

CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DO JARDIM DE INFÂNCIA

1. Ano de entrada em funcionamento do J.I. :____________

2. Horário de funcionamento J.I.

Manhã Tarde das às das às

Componente Lectiva Almoço Componente

social Prolongamento Horário

3. População escolar e Listas de Espera no J.I.

Ano Lectivo 2000/2001 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos

- Ano 200o/2001

M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com Necessidades Educativas Especiais

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2001/2002 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos

- Ano 2001/2002

M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com Necessidades Educativas Especiais

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2002/2003 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos

- Ano 2002/2003

M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com Necessidades Educativas Especiais

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2003/2004 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos

- Ano 2003/2004

M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com Necessidades Educativas Especiais

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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Ano Lectivo 2004/2005 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos

- Ano 2004/2005

M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com necessidades Educativas especiais Lista de Espera

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

4- Fluxos

Alunos Oriundos de Outras Freguesias do Concelho

Alunos Oriundos de outros Concelhos

Nº de Alunos Oriundos da Freguesia

em que se Encontra o Jardim de Infância Nº Oriundos da Freguesia

de: Nº Oriundos do

Concelho de:

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.

5- Crianças com Necessidades Educativas Especiais

5.1. Nº de Crianças com Necessidades Educativas Especiais (*)

Crianças com Necessidades Educativas Especiais no J. Infância da Cruz

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Crianças

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. (*) De acordo com os registos de ECAE

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5.2. Docentes de Apoio à(s) crianças com Necessidades Educativas Especiais no J.I.

5.2.1. Nº de docentes de Apoio às crianças do J.I.

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Docentes de

Apoio

5.2.2. Outros Estabelecimentos de Ensino do Agrupamento onde o(s) Docente(s) de 5.2.1.

Também prestam Apoio ( apenas referente ao ano Lectivo 2004/2005).

Estabelecimentos de Ensino onde o(s) Docente(s) de 5.2.1. Também Prestam Apoio:

2004/2005

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

5.2.3. Nº de Horas Semanais de apoio à(s) Criança(s) com Necessidades Educativas

Especiais do J.I. da Cruz no ano Lectivo 2004/2005: _______________

6- Recursos Humanos

6.1. Educadores(as) em Funções

6.1.1. Natureza das Funções dos(as) Educadores(as) do J.I.

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Educadores em Funções Lectivas Efectivas

Nº de Educadores a Exercer outro

Tipo de Funções ⊛

⊛ - Educadores ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

6.1.2.Quadros a que Pertencem os(as) Educadores(as) do J.I.

Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P Contratados

Nº Educadores Docente(s) de Apoio à(s) criança(s) com Necessidades Educativas Especiais do J.I.

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

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6.2. Outro Pessoal em funções no J.I.

6.2.1. Adstritos à Componente Lectiva

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Auxiliares de Acção Educativa

Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

6.2.2. Adstritos à Componente Social

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Assistentes de Acção Educativa

Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

7- Mobiliário Escolar e Material Didáctico do J.I. (assinale ⌧)

Sim Não Observações: - É suficiente? - É Adequado?

Mobiliário Escolar

- Está em bom estado?

- É suficiente? - É Adequado? - Está em bom estado?

Material Didáctico

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO JARDIM DE INFÂNCIA

1. Edifício

1.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)

- Autarquia - Outro Qual?

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1.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)

- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado

1.3. Obras de Ampliação (assinale ⌧)

Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o ano.

- Sofreu obras de conservação? - Ano:__________

- Sofreu obras de Ampliação? - Ano:__________

1.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)

Estado de Conservação Obs.

Bom Médio Mau Pavimento

Pintura

Janelas

Telhado

2. Infra Estruturas

2.1. Electricidade

2.1.1. Estado de Conservação(assinale ⌧)

Bom Médio Mau Electricidade

2.1.2. Ligação(assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligada à rede Pública?

2.2. Esgotos

2.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Esgotos

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2.2.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligados à rede Pública?

2.3. Água

2.3.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Água

2.3.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)

- Ligada à rede Pública?

2.4. Aquecimento

2.4.1. Sistema de Aquecimento Central

Sim Não -a) O J.I. Tem Aquecimento Central?

Obs.

Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a:

- Electricidade - Luz Solar

- Gasóleo - Gaz

- Outros

Obs.

2.5. W.C.s para Crianças

2.5.1. Número de W.C.s para Crianças:_________

2.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau W.C.s para Crianças

2.6. W.C.s para Adultos

2.6.1. Número de W.C.s para Adultos:_________

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2.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau

W.C.s para Adultos

2.7. Sistema de Aquecimento de água

2.7.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )

- Cilindro - Esquentador a gáz

- Caldeira - Outros

Obs.

2.7.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de água

2.8. O Jardim de Infância possui… ( assinale ⌧ )

Sim Não Obs.

- Sistema de alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para deficientes motores? - Vigilante Nocturno?

2.9. Salas Existentes no J.I.

Número Capacidade (1) Área (m2)

- Sala(s) destinada(s) à componente Lectiva

- Sala(s) Polivalente(s)

- Outras

(1) Número Médio de crianças comportado por cada sala.

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3. Espaços Lúdicos

3.1. Espaços Lúdicos Interiores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Recreio Coberto - Pavilhão Polivalente (2) - Ginásio (3) - Pavilhão Desportivo (4)

(1) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (2) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (3) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (4) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição.

3.2. Espaços Lúdicos Exteriores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Recreio Descoberto - Campo de Jogos (2)

(1) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (2) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.

3.3. Parque Infantil

3.3.1. O J.I. possui parque infantil? (assinale ⌧ )

Sim Não

3.3.2. Características do Parque infantil (assinale ⌧ ) (Responder apenas em caso de resposta afirmativa a 3.3.1.)

Características do Parque Infantil:

Sim Não Obs.

- Tem caixa de areia? - Tem Baloiços? - Tem escorregão? - Outros?

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4. Refeitório

4.1. O J.I. Possui refeitório?

Sim Não

4.2. Capacidade do Refeitório Nº

Nº de refeições que o refeitório do J. I. tem capacidade para servir em

simultâneo

4.3. Estado de Conservação do refeitório

Bom Médio Mau

Refeitório

5. Cozinha/Copa

5.1. Existência de Cozinha/copa

Sim Não Sim Não

- Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?

5.2. Estado de Conservação

Bom Médio Mau

- Cozinha - Copa

6. Serviço de Refeições

6.1. Nº Total de Refeições/dia Nº Nº Total de refeições confeccionadas na

cozinha do J. I.

Nº Total de refeições servidas no

refeitório do J. I.

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Inquérito às Instituições Escolares do Concelho

Carta Educativa Primeiro Ciclo do Ensino Básico

Rede Pública, Solidária e Privada

CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DA EB1

1. Ano de Entrada em Funcionamento da EB1 :____________

2. Horários e Regime(s) de Funcionamento da EB1

Horário de Funcionamento Número de

Turmas Regime de Funcionamento

(Assinale ⌧) Manhã Tarde Por Regime das às das às

Regime Normal

Regime Duplo Manhã

Regime Duplo Tarde

3. População Escolar da EB1.

Ano Lectivo 2000/2001 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos

- Ano 200o/2001

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2001/2002 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos

- Ano 2001/2002

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2002/2003 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos

- Ano 2002/2003

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

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Ano Lectivo 2003/2004 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos

- Ano 2003/2004

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2004/2005 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos

- Ano 2004/2005

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

4. Turmas por Ano Curricular

Nº de Turmas da Escola EB1 2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

5- Fluxos

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho Alunos Oriundos de outros Concelhos

2000/2001 Nº de Alunos

Oriundos da área de influência da EB1 Nº Oriundos da Área de

Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:

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Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho

Alunos Oriundos de outros Concelhos

2001/2002 Nº de Alunos

Oriundos da área de influência da EB1 Nº Oriundos da Área de

Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho

Alunos Oriundos de outros Concelhos

2002/2003 Nº de Alunos

Oriundos da área de influência da EB1 Nº

Oriundos da Área de Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho

Alunos Oriundos de outros Concelhos 2003/2004

Nº de Alunos Oriundos da área de influência da

EB1 Nº Oriundos da Área de

Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho

alunos Oriundos de outros Concelhos

2004/2005 Nº de Alunos

Oriundos da área de influência da EB1 Nº Oriundos da Área de

Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

6- Alunos com Necessidades Educativas Especiais

6.1. Nº de Alunos com Necessidades Educativas Especiais (*)

Nº Alunos com Necessidades Educativas Especiais

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de alunos com N.E.E.s que

beneficiaram de Transporte Escolar

(2004/2005)

6.2. Docentes de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas Especiais na EB1

6.2.1. Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da EB1

Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da EB1

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

1º ano

2º ano 3º ano 4º ano

6.2.2. Outros Estabelecimentos de Ensino do Agrupamento onde o(s) Docente(s) de 6.2.1.

Também Prestam Apoio (apenas referente ao ano Lectivo 2004/2005).

Estabelecimentos de Ensino onde o(s) Docente(s) de 6.2.1. Também Prestam Apoio:

2004/2005

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

6.2.3. Nº de Horas Semanais de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas

Especiais da EB1 no ano Lectivo 2004/2005: _______________

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. (*) de acordo com os registos do ECAE

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

7- Transição, Retenção e Abandono Escolar na EB1

Nº de Alunos que transitaram

Nº de alunos que Transitaram

Nº de Casos de Abandono Escolar

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

M F M F M F M F M F M F M F M M F M F M F M F

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Notas: 1)Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o ano de

escolaridade seguinte. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de se estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo

e deixaram de frequentar a escola. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,

no respectivo nível de escolaridade.

8- Recursos Humanos

8.1. Docentes em Funções

8.1.1. Natureza das Funções dos Docentes da EB1

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Docentes em Funções Lectivas Efectivas

Nº de Docentes a Exercer outro Tipo

de Funções ⊛

⊛ - Docentes ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

8.1.2.Quadros a que Pertencem os Docentes da EB1

Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P Contratados

Nº de Docentes em Funções na EB1 Docente(s) de Apoio à(s) criança(s) com Necessidades Educativas Especiais da EB1

Notas: 1) Q.U.- quadro Único; Q.G.- Quadro Geral; Q.D.V.- Quadro Distrital de Vinculação; Q.Z.P.- Quadro de Zona Pedagógica, C.- contratados. 2) Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

8.2. Outro Pessoal em funções na EB1

8.2.1. Auxiliares de Acção Educativa

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Auxiliares de Acção Educativa

Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

8.2.2. Administrativos (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria)

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Administrativos

Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

8.2.3.Cozinheiro(a) e Auxiliares de Cozinha (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria)

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Cozinheiros(as) Nº de Aux. de Cozinha

Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

8.2.4. Tarefeiros(as) e Pessoal ao Abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Tarefeiros(as)

Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo

Ocupacional com a Câmara Municipal)

Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo

Ocupacional com o Agrupamento de Escolas)

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

9. Mobiliário Escolar e Material Didáctico da EB1. (assinale ⌧)

9.1. Mobiliário Escolar

Sim Não Obs

- É suficiente? - É Adequado?

Mobiliário Escolar

- Está em bom estado?

9.2. Material Didáctico

Sim Não Obs.

- É suficiente?

- É Adequado? - Está em bom estado? - Nº de Computadores Existentes na Escola:

Material Didáctico

- Quantos destes computadores estão à disposição dos alunos?

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA EB1

3. Edifício

3.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)

- Autarquia - Outro Qual?

3.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)

- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado

3.3. Obras de Ampliação e Conservação (assinale ⌧)

Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o ano.

- Sofreu obras de conservação? - Ano(s) :__________; __________; __________.

- Sofreu obras de Ampliação? - Ano(s) :__________; __________; __________.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

3.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)

Estado de Conservação Obs.

Bom Médio Mau

Pavimento

Pintura

Janelas

Telhado

4. Infra Estruturas

4.1. Electricidade

4.1.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Electricidade

4.1.2. Ligação(assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligada à rede Pública?

4.2. Esgotos

4.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Esgotos

4.2.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligados à rede Pública?

4.3. Água

4.3.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Água

4.3.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)

- Ligada à rede Pública?

2.4.Aquecimento

2.4.1. Sistema de Aquecimento Central (assinale ⌧)

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

Sim Não

-a) A Escola Tem Aquecimento Central?

Obs.

Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a: - Electricidade - Luz Solar - Gasóleo - Gás - Outros

Obs.

2.5. W.C.s

2.5.1. Número de W.C.s:_________

2.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau W.C.s

2.6. Sistema de Aquecimento de Água

2.6.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )

- Cilindro - Esquentador a gás

- Caldeira - Outros

Obs.

2.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de Água

2.7. A EB1 possui… ( assinale ⌧ )

Sim Não Obs. - Sistema de Alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para Deficientes Motores? - Vigilante Nocturno?

2.8. Salas Existentes na EB1

Número Capacidade

(1) Área m2

- Salas de Aula

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

- Sala(s) Polivalente(s)

- Sala de Informática

- Biblioteca

- Auditório/Anfiteatro

- Outras

(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.

3. Espaços Lúdicos

3.1. Espaços Lúdicos Interiores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Recreio Coberto - Pavilhão Polivalente (2) - Ginásio (3) - Pavilhão Desportivo (4)

(5) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (6) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (7) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (8) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição.

3.2. Espaços Lúdicos Exteriores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Recreio Descoberto - Campo de Jogos (2)

(3) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (4) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.

3.3.Parque Infantil

3.3.1.A EB1 possui parque infantil? (assinale ⌧ )

Sim Não

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

3.3.2.Características do Parque infantil (assinale ⌧ )

(Responder apenas em caso de resposta afirmativa a 3.3.1.)

Características do Parque Infantil: Sim Não Obs. - Tem caixa de areia?

- Tem Baloiços? - Tem escorregão? - Outros?

4. Refeitório

4.1. A EB1 possui refeitório?

Sim Não

4.2. Capacidade do Refeitório Nº

Nº de refeições que o refeitório da EB1 tem capacidade para servir em simultâneo

4.3. Estado de Conservação do Refeitório

Bom Médio Mau Refeitório

5. Cozinha/Copa

5.1. Existência de Cozinha/Copa

Sim Não Sim Não - Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?

5.2. Estado de Conservação

Bom Médio Mau - Cozinha - Copa

6.Serviço de Refeições

6.1. Nº Total de Refeições/dia Nº

Nº Total de refeições confeccionadas na cozinha da EB1

Nº Total de refeições servidas no refeitório da

EB1

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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Inquérito às Instituições Escolares do Concelho

Carta Educativa

2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

Rede Pública e Privada

CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DA EB 2,3 .

1. Ano de entrada em funcionamento da EB 2,3 :____________

2. Horários e Regime(s) de de Funcionamento da EB 2,3

2.1. Regime de Funcionamento

Regime de Funcionamento (Assinale ⌧)

Regime Diurno

Regime Nocturno

2.2. Horário(s) de Funcionamento

Horário de Funcionamento Diurno Nocturno a)

das às das às a) Responder apenas caso este regime funcione na escola.

3. População Escolar na EB 2,3 3.1. Nº de Alunos por Ano Lectivo

Ano Lectivo 2000/2001 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos

- Ano 200o/2001

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2001/2002 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos

- Ano 2001/2002

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

Ano Lectivo 2002/2003 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos

- Ano 2002/2003

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.

Ano Lectivo 2003/2004 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos

- Ano 2003/2004

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2004/2005 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos

- Ano 2004/2005

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

4. Turmas por Ano Curricular

Nº de Turmas da EB 2 e 3 2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

4.1. Funcionam Turmas do Ensino Recorrente na EB 2 e 3? (Assinale ⌧)

Sim Não

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

4.1.2 De que ciclos de ensino?

( assinale ⌧ ) - 1º Ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - 2º ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - 3º ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - Ensino Secundário Nº de turmas: ____________

4.2. Nº de Professores Afectos ao Ensino Recorrente: _____________ 4.3.População Escolar do Ensino Nocturno (Responder apenas caso este regime funcione na escola)

Nº de alunos do Ensino Nocturno na EB 2,3

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

M F M F M F M F M F

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

5. Fluxos

5.1. Alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da Área de Influência da EB2,3 Cego Maio

Nº de alunos do 2º ciclo Oriundos da Área de Influência da EB2,3

Póvoa de Varzim Total

5º ano 6º ano 5º ano 6º ano

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005 Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

5.2. Alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da área de Influência de Outras EB2,3

Alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da Área

de Influência de Outras EB2,3 do Concelho Alunos Oriundos de outros concelhos:

ano Lectivo Nº Oriundos da Área de Influência da EB2,3 : Nº Oriundos do concelho

de:

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

5.3. Alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da Área de Influência da EB2,3 Cego Maio

Nº de alunos do 3º ciclo Oriundos da Área de Influência da EB2,3

Póvoa de varzim Total

7º ano 8º ano 9º ano 7º ano

8º ano

9º ano

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

5.4. Alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da área de Influência de Outras EB2,3

Alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da Área

de Influência de Outras EB2,3 do Concelho Alunos Oriundos de outros concelhos:

Ano Lectivo Nº Oriundos da Área de Influência da EB2,3 : Nº Oriundos do concelho

de:

2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

6. Transportes Escolares

6.1. Nº de Alunos do 2º CEB que usufruem de Transporte Escolar

5º ano 6º ano

M F M F

2000/2001

2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

6.2. Nº de Alunos do 3º CEB que usufruem de Transporte Escolar 7º ano 8º ano 8º ano

M F M F M F

2000/2001

2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

7- Alunos com Necessidades Educativas Especiais

7.1. Nº de Alunos do 2º CEB com Necessidades Educativas Especiais (*)

Nº Alunos do 2º CEB com

Necessidades Educativas Especiais

5º ano 6º ano

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

2004/2005 Nº de alunos do 2º CEB com N.E.E.s que beneficiaram de Transporte Escolar não colectivo (Viaturas da Câmara ou

outros) (*) De acordo com os registos do ECAE

7.2. Nº de Alunos do 3º CEB com Necessidades Educativas Especiais (*)

Nº Alunos do 3º CEB com Necessidades

Educativas Especiais

7º ano 8º ano 9º ano

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

2004/2005 Nº de alunos do 3º CEB com N.E.E.s que

beneficiaram de Transporte Escolar não colectivo (Viaturas da Câmara ou outros)

7.3. Docentes de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas Especiais na EB 2,3

7.3.1. Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da EB 2,3 Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da EB 2,3

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

5º ano

6º ano

7º ano

8º ano

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. (*) De acordo com os registos do ECAE

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

9º ano

7.3.2. Outros Estabelecimentos de Ensino do Agrupamento onde o(s) Docente(s) de 7.3.1.

Também prestam Apoio ( apenas referente ao ano Lectivo 2004/2005).

Estabelecimentos de Ensino onde o(s) Docente(s) de 7.3.1. também Prestam Apoio:

2004/2005

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

7.2.3. Nº de Horas Semanais de apoio aos Alunos com Necessidades Educativas Especiais

da EB 2,3 no ano Lectivo 2004/2005: ______________

8- Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas na EB 2,3

8.1.Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas no 2º CEB

Nº de alunos que

transitaram

Nº de alunos que ficaram

retidos

Nº de Casos de Abandono

Escolar

Nº de casos de saída

antecipada 5º ano 6º ano 5º ano 6º ano 5º ano 6º ano 5º ano 6º ano

M F F M F M F F M F M F M F M

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Notas: 1) Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de

escolaridade seguinte. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,

no respectivo nível de escolaridade. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e

deixaram de frequentar a escola. 4) Saída antecipada - situação dos alunos que se encontram fora da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e deixaram de frequentar a escola.

8.2. Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas no 3º CEB Nº de alunos que

transitaram Nº de alunos que ficaram retidos

Nº de Casos de Abandono Escolar

Nº de casos de saída antecipada

7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

Notas: 1) Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de

escolaridade seguinte. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,

no respectivo nível de escolaridade. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e

deixaram de frequentar a escola. 4) Saída antecipada - situação dos alunos que se encontram fora da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e deixaram de frequentar a escola.

9- Acção Social Escolar

9.1. Valor atribuído por Escalão Valor Atribuído por aluno

Escalão A 2º ciclo Escalão B Escalão A

Valor atribuído por escalão a

cada aluno 3º Ciclo Escalão B

9.2. Nº de alunos por Escalão

Nº de Alunos por Escalão

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Escalão A

Escalão B

Valor (Euros)

Escalão A

Escalão B

Valor (Euros)

Escalão A

Escalão B

Valor (Euros)

Escalão A

Escalão B

Valor (Euros)

Escalão A

Escalão B

Valor (Euros)

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

10- Recursos Humanos

10.1. Docentes em Funções 10.1.1. Natureza das Funções dos Docentes da EB 2,3

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

2º CEB Nº de Docentes em Funções

Lectivas Efectivas 3º CEB

2º CEB Nº de Docentes a Exercer outro

Tipo de Funções ⊛ 3º CEB

⊛ - Docentes ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10.1.2.Quadros a que Pertencem os Docentes da EB2,3

Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P C.

2º CEB Nº de Docentes em Funções na EB 2,3 3ºCEB 2º CEB Docente(s) de Apoio à(s) criança(s) com

Necessidades Educativas Especiais da EB 2,3 3ºCEB Notas: 1) Q.U.- quadro Único; Q.G.- Quadro Geral; Q.D.V.- Quadro Distrital de Vinculação; Q.Z.P.- Quadro de Zona Pedagógica, C.- contratados. 2) Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

10.2. Outro Pessoal em funções na EB 2,3

10.2.1. Auxiliares de Acção Educativa

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Auxiliares de Acção Educativa

Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10.2.2. Administrativos (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria)

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Administrativos

Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10.2.3. Cozinheiros(as) e Auxiliares de Cozinha

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Cozinheiros(as) Nº de Aux. de Cozinha

Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10.2.4. Tarefeiros(as) e Pessoal ao Abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Tarefeiros(as)

Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo

Ocupacional com o Agrupamento de Escolas)

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

11- Mobiliário Escolar e Material Didáctico da EB 2e3 (assinale ⌧)

11.1. Mobiliário Escolar

Sim Não Obs

- É suficiente? - É Adequado?

Mobiliário Escolar

- Está em bom estado?

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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11.2. Material Didáctico

- É suficiente? Obs.

- É Adequado? - Está em bom estado? - Nº de Computadores Existentes na Escola:

Material Didáctico

-Quantos destes estão à disposição dos alunos?

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA EB 2,3

5. Edifício

5.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)

- Autarquia - Outro Qual?

5.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)

- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado

5.3. Obras de Ampliação (assinale ⌧)

Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o ano.

- Sofreu obras de conservação? - Ano:__________

- Sofreu obras de Ampliação? - Ano:__________

5.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)

Estado de Conservação Obs.

Bom Médio Mau

Pavimento

Pintura

Janelas

Telhado

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6. Infra Estruturas

6.1. Electricidade

6.1.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Electricidade

6.1.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligada à rede Pública?

6.2. Esgotos

6.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Esgotos

6.2.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligados à rede Pública?

6.3. Água

6.3.1. Estado de Conservação(assinale ⌧)

Bom Médio Mau Água

6.3.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)

- Ligada à rede Pública?

6.4. Aquecimento

6.4.1. Sistema de Aquecimento Central (assinale ⌧)

Sim Não

-a) A Escola Tem Aquecimento Central?

Obs.

Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a: - Electricidade - Luz Solar - Gasóleo - Gaz - Outros

Obs.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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6.5. W.C.s

6.5.1. Número de W.C.s :_________

6.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau W.C.s

6.6. Sistema de Aquecimento de Água

6.6.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )

- Cilindro - Esquentador a gáz

- Caldeira - Outros

Obs.

6.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de água

6.7. A EB 2,3 possui… ( assinale ⌧ )

Sim Não Obs. - Sistema de alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para deficientes motores? - Vigilante Nocturno?

6.8. Salas Existentes na EB 2,3

Número Capacidade

(1) Área m2

- Salas de Aula normais

- Salas de aulas Específicas

- Sala(s) Polivalente(s)

- Sala de Informática

- Biblioteca

- Auditório/Anfiteatro

- Outras (1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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6.8.1. Salas Específicas (assinale ⌧ )

Número Capacidade (1) Área m2 - Laboratório de Química

- Laboratório de Física

- Sala de Madeiras

- Sala de Informática

Sala de Mecânica

Sala de Electrotecnia

(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.

Nomear outras Salas Específicas: Número Capacidade (1) Área m2 - _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.

7. Espaços Lúdicos

7.1. Espaços Lúdicos Interiores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Recreio Coberto - Pavilhão Polivalente (2) - Ginásio (3) - Pavilhão Desportivo (4)

(9) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (10) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (11) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (12) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição.

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7.2. Espaços Lúdicos Exteriores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Recreio Descoberto - Campo de Jogos (2)

(5) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (6) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.

8. Refeitório

8.1. A EB 2,3 possui refeitório?

Sim Não

8.2. Capacidade do Refeitório Nº

Nº de refeições que o refeitório da EB1 tem capacidade para servir em simultâneo

8.3. Estado de Conservação do refeitório

Bom Médio Mau Refeitório

9. Cozinha/Copa

9.1. Existência de Cozinha/copa

Sim Não Sim Não - Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?

9.2. Estado de Conservação

Bom Médio Mau - Cozinha - Copa

10. Serviço de Refeições

10.1. Nº Total de Refeições/dia Nº

Nº Total de refeições confeccionadas na cozinha

Nº Total de refeições servidas no refeitório

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Inquérito às Instituições Escolares do Concelho

Carta Educativa

Ensino Secundário

Rede Pública

CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DA ESCOLA SECUNDÁRIA

1. Ano de Entrada em Funcionamento da Escola Secundária :____________

2. Horários e Regime(s) de Funcionamento da Escola Secundária

2.1. Regime de Funcionamento

Regime de Funcionamento (Assinale ⌧)

Regime Diurno

Regime Nocturno

2.2. Horário(s) de Funcionamento

Horário de Funcionamento Diurno Nocturno a)

das às das às a) Responder apenas caso este regime funcione na escola.

3. População Escolar na Escola Secundária

3.1. Nº de Alunos por Ano Lectivo

Ano Lectivo 2000/2001 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos

- Ano 200o/2001

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2001/2002 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos

- Ano 2001/2002

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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Ano Lectivo 2002/2003 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos

- Ano 2002/2003

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.

Ano Lectivo 2003/2004 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos

- Ano 2003/2004

M F M F M M F F M F M F M F M F M F M F

7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2004/2005 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos

- Ano 2004/2005

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

7º ano 8º ano 9ºano 10º ano 11º ano 12º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

3.2.População Escolar do Ensino Nocturno (Responder apenas caso este regime funcione na escola)

Nº de alunos do Ensino Nocturno na EB 2,3 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

M F M F M F M F M F

7º ano

8º ano

9º ano

10º ano

11º ano

12º ano

Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

3.3. Funcionam Turmas do Ensino Recorrente na Escola Secundária? (Assinale ⌧)

Sim Não

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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3.3.1. De que ciclos de ensino?

( assinale ⌧ ) - 1º Ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - 2º ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - 3º ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - Ensino Secundário Nº de turmas: ____________

3.3.2. Nº de Professores Afectos ao Ensino Recorrente: _____________

4. Transportes Escolares

4.1. Nº de Alunos do 3º Ciclo que Usufruem de Transporte Escolar

7º ano 8º ano 9º ano

M F M F M F

2000/2001

2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

4.2. Nº de Alunos do Ensino Secundário que Usufruem de Transporte Escolar

10º ano 11º ano 12º ano

M F M F M F

2000/2001

2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

5. Turmas por Ano Curricular

Nº de Turmas da Escola Secundária 2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

5. Fluxos

5.1. Alunos do 3º ciclo do ensino Básico da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos do Concelho da Póvoa de Varzim

Alunos do 3º CEB da Escola Secundária Eça de Queirós oriundos do concelho da Póvoa de Varzim

Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Freguesia de Proveniência 7º 8º 9 7º 8º 9 7º 8º 9º 7º 8º 9º 7º 8º 9º

Póvoa de Varzim Argivai Beiriz Terroso Amorim Aver-o-Mar Aguçadoura Estela Navais Rates Balasar Laundos

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

5.2. Alunos do 3º ciclo do ensino básico da Escola Secundária Eça de Queirós oriundos de outros concelhos

Alunos do 3º CEB da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos de Outros Concelhos

Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos

Concelhos de Proveniência 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

(Indicar quais) 7º 8º 9 7º 8º 9 7º 8º 9º 7º 8º 9º 7º 8º 9º

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

5.3. Alunos do Ensino Secundário da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos do Concelho da Póvoa de Varzim

Alunos do Ensino Secundário da Escola Secundária Eça de Queirós oriundos do concelho da Póvoa de Varzim

Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Freguesia de Proveniência 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º

Póvoa de Varzim

Argivai

Beiriz

Terroso

Amorim

Aver-o-Mar

Aguçadoura

Estela

Navais

Rates

Balasar

Laundos

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

5.4. Alunos do Ensino Secundário da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos de Outros Concelhos

Alunos do Ensino Secundário da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos de Outros Concelhos

Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos

Concelhos de Proveniência 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

(Indicar quais) 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

6- Alunos com Necessidades Educativas Especiais

6.1. Nº de Alunos do 3º CEB com Necessidades Educativas Especiais(*)

Nº Alunos do 3º CEB com Necessidades Educativas

Especiais

7º ano 8º ano 9º ano

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

2004/2005 Nº de alunos do 3º CEB com N.E.E.s que beneficiaram de Transporte Escolar não colectivo (Viaturas da Câmara ou

outros)

(*) de acordo com os registos do ECAE

6.2. Nº de Alunos do Ensino Secundário com Necessidades Educativas Especiais

Nº Alunos do 3º ciclo com Necessidades Educativas

Especiais

7º ano 8º ano 9º ano

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

2004/2005 Nº de alunos do Ensino Secundário com N.E.E.s que

beneficiaram de Transporte Escolar não colectivo (Viaturas da Câmara ou outros)

6.3. Docentes de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas Especiais na Escola Secundária

6.3.1. Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da Escola Secundária

Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da Escola Secundária

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

7º ano

8º ano

9º ano

10º ano

11º ano

12º ano

6.3.2. Nº de Horas Semanais de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas

Especiais da EB 2,3 no ano Lectivo 2004/2005: ______________

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

7- Distribuição dos Alunos do Ensino Secundário pelas Diferentes Ofertas Educativas

da Escola

7.1. Nº de Alunos a Frequentar os Cursos Gerais ou Científico Humanísticos

Nº de Alunos a frequentar os cursos Gerais na Escola

Ano Lectivo 2004/2005

Regime

Cursos Gerais ou Científico Humanísticos 2000 /2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004

10º ano 11º ano 12º ano Diurno Nocturno

Ciências e Tecnologia Ciências Socio-Económicas

Ciências Sociais e Humanas Línguas e Literaturas

Artes Visuais Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

7.2. Nº de Alunos a Frequentar os Cursos Tecnológicos Nº de Alunos a frequentar os Cursos Tecnológicos na Escola

Ano Lectivo 2004/2005

Regime 2000 /2001 2001/2002 2002/2003 2003/200410º ano 11º ano 12º ano

Diurno Nocturno

Cursos Tecnológicos:

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

Construção Civil e Edificações Electrotecnia /Electrónica

Informática Design e Equipamento

Multimédia

Administração

Marketing

Ordenamento do Território e Ambiente

Acção Social

Desporto

Técnico de Mecânica/ Manutenção Industrial

na Área da Química

Informática

Administração

Marketing

Acção Social

OUTROS:

Nota: (1) Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. .(2) A.P.V.- Alunos do concelho da Póvoa de Varzim; A.O.C. - Alunos de outros concelhos.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

8- Classificação dos Exames Nacionais do 12º ano

Ano Fase Nº de Alunos Média 1ª fase 200o/2001 2ª Fase 1ª fase 2001/2002 2ª Fase 1ª fase 2002/2003 2ª Fase 1ª fase 2003/2004 2ª Fase 1ª fase 2004/2005 2ª Fase

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

9- Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas e Saídas Precoces na Escola Secundária

9.1.Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas no 3º CEB

Nº de alunos que transitaram

Nº de alunos que ficaram retidos

Nº de Casos de Abandono Escolar

Nº de casos de saída antecipada

7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Notas: 1) Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de

escolaridade seguinte. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,

no respectivo nível de escolaridade. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e

deixaram de frequentar a escola. 4) Saída antecipada - situação dos alunos que se encontram fora da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e deixaram de frequentar a escola.

9.2. Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Precoces no Ensino Secundário

Nº de alunos que transitaram

Nº de alunos que ficaram retidos

Nº de Casos de Abandono Escolar

Nº de casos de Saída Precoce

10º ano 11º ano 12º ano 10º ano 11º ano 12º ano 10º ano 11º ano 12º ano 10º ano 11º ano 12º ano

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Notas: 1) Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de

escolaridade seguinte. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,

no respectivo nível de escolaridade. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e

deixaram de frequentar a escola. 4) Saída Precoce - situação dos alunos do ensino secundário que não concluíram o ensino secundário e deixaram de frequentar a escola.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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10- Recursos Humanos

10.1. Docentes em Funções

10.1.1. Natureza das Funções dos Docentes da Escola Secundária

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Docentes em Funções Lectivas Efectivas

Nº de Docentes a Exercer outro Tipo de

Funções ⊛

⊛ - Docentes ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10.1.2.Quadros a que Pertencem os Docentes da Escola Secundária

Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P C.

Nº de Docentes em Funções na Escola Docente(s) de Apoio à(s) criança(s) com

Necessidades Educativas Especiais da Escola Nº de Professores do Ensino Recorrente

Notas: 1) Q.U.- quadro Único; Q.G.- Quadro Geral; Q.D.V.- Quadro Distrital de Vinculação; Q.Z.P.- Quadro de Zona Pedagógica, C.- contratados. 2) Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10.2. Outro Pessoal em Funções na Escola Secundária

10.2.1. Auxiliares de Acção Educativa

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Auxiliares de Acção Educativa Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10.2.2. Administrativos (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria)

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Administrativos Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10.2.3.Cozinheiro(a) e Auxiliares de Cozinha

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Cozinheiros(as) Nº de Aux. de Cozinha

Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

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10.2.4.Vigilante

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.

Nº de Vigilantes Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10.2.5. Tarefeiros(as) e Pessoal ao Abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Tarefeiros(as) Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo

Ocupacional com a Escola)

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

11- Acção Social Escolar

11.1. Valor atribuído por Escalão no 3º CEB

Valor Atribuído por aluno

Escalão A Valor atribuído por escalão a

cada aluno 3º Ciclo

Escalão B

11.2. Nº de alunos por Escalão no 3º CEB

Nº de Alunos por Escalão

7º ano 8º ano 9º ano

Escalão A Escalão B Valor (Euros) Escalão A Escalão B Valor

(Euros) Escalão A Escalão B Valor (Euros)

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

12- Mobiliário Escolar e Material Didáctico da Escola Secundária (assinale ⌧)

12.1. Mobiliário Escolar

Sim Não Obs

- É suficiente? - É Adequado?

Mobiliário Escolar

- Está em bom estado?

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12.2. Material Didáctico (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- É suficiente?

- É Adequado? - Está em bom estado? - Nº de Computadores Existentes na Escola:

Material Didáctico

- Quantos destes computadores estão à disposição dos alunos?

13. Existe Gabinete de Psicologia e Orientação Profissional na Escola? (assinale ⌧)

Sim Não

14. Existe Equipa de Saúde Escolar? (assinale ⌧)

Sim Não

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA SECUNDÁRIA

11. Edifício

11.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)

- Autarquia - Outro Qual?

11.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)

- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado

11.3. Obras de Ampliação e Conservação (assinale ⌧)

Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o(s) ano(s).

- Sofreu obras de conservação? - Ano(s):__________; __________; __________.

- Sofreu obras de Ampliação? - Ano(s):__________; __________; __________.

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11.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)

Estado de Conservação Obs.

Bom Médio Mau

Pavimento

Pintura

Janelas

Telhado

12. Infra Estruturas

12.1. Electricidade

12.1.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Electricidade

12.1.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligada à rede Pública?

12.2. Esgotos

12.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Esgotos

12.2.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligados à rede Pública?

12.3. Água

12.3.1. Estado de Conservação(assinale ⌧)

Bom Médio Mau Água

12.3.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)

- Ligada à rede Pública?

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12.4. Aquecimento

12.4.1. Sistema de Aquecimento Central (assinale ⌧)

Sim Não

-a) A Escola Tem Aquecimento Central?

Obs.

Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a: - Electricidade - Luz Solar - Gasóleo - Gás - Outros

Obs.

12.5. W.C.s

12.5.1. Número de W.C.s :_________

12.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau W.C.s

12.6. Sistema de Aquecimento de Água

12.6.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )

- Cilindro - Outros

- Caldeira - Esquentador a gás

Obs.

12.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de água

12.7. A Escola possui…? (assinale ⌧ )

Sim Não Obs. - Sistema de alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para deficientes motores? - Vigilante Nocturno?

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12.8. Salas Existentes na Escola (assinale ⌧ )

Número Capacidade (1) Área m2

- Salas de Aula normais

- Salas de aula Específicas

- Sala(s) Polivalente(s)

- Sala de Informática

- Biblioteca

- Auditório/Anfiteatro

- Outras (1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.

12.8.1. Salas Específicas (assinale ⌧ )

Número Capacidade (1) Área m2 - Laboratório de Química

- Laboratório de Física

- Sala de Madeiras

- Sala de Informática

Sala de Mecânica

Sala de Electrotecnia

(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.

Nomear outras Salas Específicas: Número Capacidade (1) Área m2 - _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.

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13. Espaços Lúdicos

13.1. Espaços Lúdicos Interiores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Recreio Coberto - Pavilhão Polivalente (2) - Ginásio (3) - Pavilhão Desportivo (4)

(13) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (14) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (15) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (16) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição.

13.2. Espaços Lúdicos Exteriores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Recreio Descoberto - Campo de Jogos (2)

(7) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (8) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.

14. Refeitório

14.1. A escola secundária possui refeitório?

Sim Não

14.2. Capacidade do Refeitório Nº Nº de refeições que o refeitório da escola tem

capacidade para servir em simultâneo

14.3. Estado de Conservação do refeitório

Bom Médio Mau Refeitório

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15. Cozinha/Copa

15.1. Existência de Cozinha/copa

Sim Não Sim Não - Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?

15.2. Estado de Conservação

Bom Médio Mau - Cozinha - Copa

16. Serviço de Refeições

16.1. Nº Total de Refeições/dia Nº

Nº Total de refeições confeccionadas na cozinha da escola

Nº Total de refeições servidas no refeitório da

escola

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Inquérito às Instituições Escolares do Concelho

Carta Educativa

Ensino Superior

Rede Pública

CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DA ESCOLA SUPERIOR

1. Ano de Entrada em Funcionamento da Escola Superior :____________

2. Horários e Regime(s) de Funcionamento da Escola Superior

2.1. Regime de Funcionamento

Regime de Funcionamento (Assinale ⌧)

Regime Diurno

Regime Nocturno

2.2. Horário(s) de Funcionamento

Horário de Funcionamento Diurno Nocturno a)

das às das às a) Responder apenas caso este regime funcione na escola.

3. População Escolar na Escola Superior

3.1. Nº de Alunos por Ano Lectivo e Curso

Ano Lectivo 2000/2001 - Ano 200o/2001 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano

Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção

Ramo de Auditoria

Contabilidade e

Administração

Ramo de Administração de Empresas

Tecnologias da Comunicação Audiovisual

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2001/2002 - Ano 2001/2002 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano

Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção

Ramo de Auditoria

Contabilidade e

Administração

Ramo de Administração de Empresas

Tecnologias da Comunicação Audiovisual

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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Ano Lectivo 2002/2003 - Ano 2002/2003 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano

Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção

Ramo de Auditoria

Contabilidade e

Administração

Ramo de Administração de Empresas

Tecnologias da Comunicação Audiovisual

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2003/2004 - Ano 2003/2004 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano

Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção

Ramo de Auditoria

Contabilidade e

Administração

Ramo de Administração de Empresas

Tecnologias da Comunicação Audiovisual

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

Ano Lectivo 2004/2005 - Ano 2004/2005 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano

Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção

Ramo de Auditoria

Contabilidade e

Administração

Ramo de Administração de Empresas

Tecnologias da Comunicação Audiovisual

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa

4. Turmas por Ano Curricular

Nº de Turmas da Escola Superior 2000/2001

2001/2002

2002/2003

2003/2004

2004/2005

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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5. Fluxos

5.1. Alunos da Escola Superior Oriundos do Concelho da Póvoa de Varzim

Alunos da Escola Superior oriundos do concelho da Póvoa de Varzim

Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Freguesia de Proveniência 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º

Póvoa de Varzim Argivai Beiriz Terroso Amorim Aver-o-Mar Aguçadoura Estela Navais Rates Balasar Laundos

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

5.2. Alunos da Escola Superior Oriundos de outros Concelhos da Póvoa de Varzim

Alunos da Escola Superior oriundos de outros concelhos da Póvoa de Varzim

Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Concelhos de Proveniência (Indicar quais)

1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º

Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

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6- Alunos com Deficiência

6.1. Nº de Alunos do Ensino Superior com Deficiência

Nº Alunos do Ensino Superior com deficiência

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004

2004/2005

7- Distribuição dos Alunos do Ensino Superior pelas Diferentes Ofertas Educativas da

Escola

7.1. Nº de Alunos a Frequentar os diferentes Cursos Superiores

Nº de Alunos a frequentar os diferentes Cursos Superiores na Escola

Ano Lectivo 2004/2005

Regime 2000 /2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004

Diurno Nocturno

Cursos Superiores:

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

A. P.V.

A. O.C.

Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação

Design Gráfico e de publicidade

Recursos Humanos Engenharia Mecânica

Engenharia de Produção

Ramo de Auditoria

Contabilidade e

Administração

Ramo de Administração de

Empresas

Nota: (1) Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. (2) A.P.V.- Alunos do concelho da Póvoa de Varzim; A.O.C. - Alunos de outros concelhos.

8- Transição, Retenção e Abandono no Ensino Superior

8.1.Transição, Retenção e Abandono

Nº de alunos que transitaram

Nº de alunos que ficaram retidos

Nº de Casos de Abandonaram

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Notas: 1) Transição – situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de

escolaridade seguinte. 2) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,

no respectivo nível de escolaridade. 3) Abandono – situação dos alunos que deixaram de frequentar o ensino superior, por razões variadas.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

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9- Recursos Humanos

9.1. Docentes em Funções

9.1.1. Natureza das Funções dos Docentes da Escola Superior

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Docentes em Funções Lectivas Efectivas

Nº de Docentes a Exercer outro Tipo de

Funções ⊛

⊛ - Docentes ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

9.1.2.Quadros a que Pertencem os Docentes da Escola Superior

Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P C.

Nº de Docentes em Funções na Escola Notas: 1) Q.U.- quadro Único; Q.G.- Quadro Geral; Q.D.V.- Quadro Distrital de Vinculação; Q.Z.P.- Quadro de Zona Pedagógica, C.- contratados. 2) Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

9.2. Outro Pessoal em Funções na Escola Superior

9.2.1. Auxiliares de Acção Educativa

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C.

Nº de Auxiliares de Acção Educativa Nota: Q.E.- Quadro de escola; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

9.2.2. Administrativos (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria) 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C.

Nº de Administrativos Nota: Q.E.- Quadro de escola; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

9.2.3.Cozinheiro(a) e Auxiliares de Cozinha

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C.

Nº de cozinheiros Nº de auxiliares de cozinha

Nota: Q.E.- Quadro de escola; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

9.2.4.Vigilante 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C.

Nº de vigilantes Nota: Q.E.- Quadro de escola; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

9.2.5. Tarefeiros(as) e Pessoal ao Abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Nº de Tarefeiros(as) Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo

Ocupacional com a Escola)

Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.

10- Acção Social Escolar

10.1. Valor atribuído por Bolsa de Estudo (*)

Valor Atribuído por aluno

1º Escalão

2º Escalão

3º Escalão

4º Escalão

Valor atribuído por bolsa de

estudo a cada aluno

5º Escalão

(*) Se existir outro tipo de denominação em relação aos escalões é favor referir.

10.2. Nº de alunos por escalão

Nº de Alunos por Escalão

1º Escalão 2º Escalão 3º Escalão 4º Escalão 5º Escalão

2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

11- Mobiliário Escolar e Material Didáctico da Escola Superior (assinale ⌧)

11.1. Mobiliário Escolar

Sim Não Obs

- É suficiente? - É Adequado?

Mobiliário Escolar

- Está em bom estado?

11.2. Material Didáctico (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- É suficiente?

- É Adequado? - Está em bom estado? - Nº de Computadores Existentes na Escola:

Material Didáctico

- Quantos destes computadores estão à disposição dos alunos?

12. Existe Gabinete de Psicologia e Orientação Profissional na Escola? (assinale ⌧)

Sim Não

13. Existe Equipa de Saúde Escolar? (assinale ⌧)

Sim Não

13. Existem outras Equipas ou Gabinetes a funcionar na Escola ? (assinale ⌧)

Sim Não

Em caso de resposta afirmativa, indicar quais:

_____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA SUPERIOR

17. Edifício

17.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)

- Estado - Outro Qual?

17.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)

- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado

17.3. Obras de Ampliação e Conservação (assinale ⌧)

Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o(s) ano(s).

- Sofreu obras de conservação? - Ano(s):__________; __________; __________.

- Sofreu obras de Ampliação? - Ano(s):__________; __________; __________.

17.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)

Estado de Conservação Obs.

Bom Médio Mau

Pavimento

Pintura

Janelas

Telhado

18. Infra Estruturas

18.1. Electricidade

18.1.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Electricidade

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

18.1.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligada à rede Pública?

18.2. Esgotos

18.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Esgotos

18.2.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs.

- Ligados à rede Pública?

18.3. Água

18.3.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)

Bom Médio Mau Água

18.3.2. Ligação (assinale ⌧)

Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)

- Ligada à rede Pública?

18.4. Aquecimento

18.4.1. Sistema de Aquecimento Central (assinale ⌧)

Sim Não

-a) A Escola Tem Aquecimento Central?

Obs.

Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a: - Electricidade - Luz Solar - Gasóleo - Gás - Outros

Obs.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

18.5. W.C.s

18.5.1. Número de W.C.s :_________

18.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau W.C.s

18.6. Sistema de Aquecimento de Água

18.6.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )

- Cilindro - Outros

- Caldeira - Esquentador a gás

Obs.

18.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )

Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de água

18.7. A Escola possui…? (assinale ⌧ )

Sim Não Obs. - Sistema de alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para deficientes motores? - Vigilante Nocturno?

18.8. Salas Existentes na Escola (assinale ⌧ )

Número Capacidade (1) Área m2

- Salas de Aula normais

- Salas de aula Específicas

- Sala(s) Polivalente(s)

- Sala de Informática

- Biblioteca

- Auditório/Anfiteatro

- Outras (1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

Nomear outras Salas Específicas: Número Capacidade (1) Área m2 - _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

- _________________________________

(2) Número Médio de alunos comportado por cada sala.

19. Espaços Lúdicos

19.1. Espaços Interiores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Espaço de Convívio (2) - Pavilhão Polivalente (3) - Ginásio (4) - Pavilhão Desportivo (5)

(17) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (18) Espaço amplo onde os alunos se podem encontrar. (19) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (20) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (21) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição. (22)

19.2. Espaços Exteriores

Piso (1)

Estado de Conservação

Sim Não Área (m2)

Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau

- Espaço Exterior - Campo de Jogos (2)

(9) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (10) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.

Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)

T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt

20. Refeitório

20.1. A escola superior possui refeitório?

Sim Não

20.2. Capacidade do Refeitório Nº Nº de refeições que o refeitório da escola tem

capacidade para servir em simultâneo

20.3. Estado de Conservação do refeitório

Bom Médio Mau Refeitório

21. Cozinha/Copa/Bar

21.1. Existência de Cozinha/copa/Bar

Sim Não Sim Não - Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?

- Tem bar?

21.2. Estado de Conservação

Bom Médio Mau - Cozinha - Copa

- Bar?

22. Serviço de Refeições

22.1. Nº Total de Refeições/dia Nº

Nº Total de refeições confeccionadas na cozinha da escola

Nº Total de refeições servidas no refeitório da

escola