ficheiro 2 - cartaeducativa - póvoa de varzim · cartograma 11: rede de equipamentos do ensino...
TRANSCRIPT
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
1
ÍNDICE ÍNDICE.......................................................................................................................................................1
Índice de Cartogramas .......................................................................................................................... 3 Índice de Gráficos ................................................................................................................................. 3 Índice de Quadros ................................................................................................................................. 3
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 6 1. Enquadramento Territorial e Características Físicas do Concelho.........................................................10
1.1. Território e dinâmicas de desenvolvimento espacial e social.......................................................... 13 1.2. Diálogos entre urbanidade e ruralidade..........................................................................................19 1.3. Território e Freguesias: diversidades e complementaridades ........................................................ 24
1.3.1. Aguçadoura............................................................................................................................. 24 1.3.2. Amorim................................................................................................................................... 25 1.3.3. Argivai .....................................................................................................................................27 1.3.4. Aver-o-Mar............................................................................................................................. 28 1.3.5. Balasar.................................................................................................................................... 30 1.3.6. Beiriz .......................................................................................................................................31 1.3.7. Estela ...................................................................................................................................... 33 1.3.8. Laúndos.................................................................................................................................. 34 1.3.9. Navais .................................................................................................................................... 36 1.3.10. Póvoa de Varzim ....................................................................................................................37 1.3.11. Rates ..................................................................................................................................... 39 1.3.12. Terroso...................................................................................................................................41
1.4. Rede Viária e Acessibilidades........................................................................................................ 43 1.5. Análise das Recomposições Demográficas e Familiares ................................................................ 45
1.5.1. Evolução da População Residente ........................................................................................... 45 1.5.2. Densidade Populacional.......................................................................................................... 49 1.5.3. Distribuição da População Residente por Escalões Etários ...................................................... 50 1.5.4. Análise das Dinâmicas Familiares ........................................................................................... 56
1.6. Análise de Dinamismos Socio-Económicos ................................................................................... 59 1.6.1. Tecido produtivo local............................................................................................................. 59 1.6.2. População, actividades e estrutura de emprego.......................................................................61 1.6.3. População e Sectores de Actividade ....................................................................................... 65 1.6.4. Indicadores de Emprego e de Desemprego............................................................................. 74 1.6.5. Índice de Desenvolvimento Económico e Social ......................................................................77
2. Estruturação e Caracterização do Sistema Educativo .......................................................................... 79 2.1. Sistema Educativo......................................................................................................................... 79 2.2. Enquadramento Geral da Educação e do Ensino.............................................................................81
2.2.1. População e Ensino ..................................................................................................................81 2.2.2. Taxa de Analfabetismo............................................................................................................ 82 2.2.3. Outros Indicadores Educacionais............................................................................................ 83
2.3. Educação, Ensino e formação ....................................................................................................... 87 2.3.1. Rede Educativa: equipamentos e serviços............................................................................... 87 2.3.2. Caracterização do Pré-Escolar ................................................................................................ 89
2.3.2.1. Evolução da população no Pré-Escolar.............................................................................. 99 2.3.2.2. Taxas de Cobertura do Pré-Escolar.................................................................................. 101
2.3.3. Caracterização do 1.º CEB .....................................................................................................104 2.3.3. 1. Evolução da população no 1.ºCEB................................................................................... 110 2.3.3. 2. Taxas de escolarização, retenção, abandono e aproveitamento escolar ......................... 112
2.3.4. Caracterização do 2.º e 3.º CEB............................................................................................. 114 2.3.4. 1. Evolução da população no 2.º e 3.ºCEB .......................................................................... 117 2.3.4. 2. Taxas de escolarização, retenção, abandono e aproveitamento escolar ......................... 120
2.3.5. Constituição dos Agrupamentos de Escolas .......................................................................... 122 2.3.6. Caracterização do Ensino Secundário.................................................................................... 128
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
2
2.3.6. 1. Evolução da população no Ensino Secundário ................................................................ 132 2.3.6. 2. Retenção, abandono e aproveitamento escolar.............................................................. 133
2.3.7. Ensino Superior .....................................................................................................................134 2.3.8. Caracterização do Ensino Artístico ........................................................................................136 2.3.9. Ensino Especial - Necessidades Educativas Especiais.............................................................139 2.3.10. Ensino Recorrente................................................................................................................140 2.3.11. Ofertas Qualificantes............................................................................................................ 142
2.3.11.1. Aprendizagem.................................................................................................................145 2.3.11.2. Educação e Formação de Jovens ....................................................................................145 2.3.11.3. Educação e Formação de Adultos...................................................................................146 2.3.11.4. Qualificação ...................................................................................................................146 2.3.11.5. Formação Contínua ........................................................................................................146 2.3.11.6. Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC)........ 147
2.3.12. Outras ofertas educativas e formativas................................................................................ 147 2.3.12.1. Cursos promovidos pela Escola Prática de Administração Militar................................... 147 2.3.12.2. Cursos promovidos pelo MAPADI..................................................................................148 2.3.12.3. Cursos Extra Escolares promovidos pelo Gabinete de Educação de Adultos ..................148
2.3.13. Acção Social Escolar ............................................................................................................150 2.3.14. Projectos desenvolvidos pelo Município ..............................................................................154
2.3.14.1. Programa Rede de Bibliotecas Escolares ........................................................................154 2.3.14.2. Programa Internet nas Escolas.......................................................................................155 2.3.14.3. Projecto “De Pequenino se Torce o Pepino” .................................................................156 2.3.14.4. Actividades de Enriquecimento Curricular ..................................................................... 157 2.3.14.5. Fórum de Saídas Profissionais .......................................................................................158 2.3.14.6. Colónias de férias..........................................................................................................159 2.3.14.7. Projecto “ Dinamização dos Gabinetes de Acção Social” ..............................................160 2.3.14.8. PIEF ...............................................................................................................................163
2.3.15. Equipamentos concelhios de âmbito lúdico, cultural e Desportivo.......................................164 2.3.15.1. Cultura e Lazer ...............................................................................................................164 2.3.15.2. Instalações Desportivas Escolares ................................................................................. 170
2.3.16. Transportes Escolares.......................................................................................................... 173 3. Síntese de Diagnóstico da Situação Educativa no Concelho............................................................... 177 4. Previsão de Evolução do Número de Alunos do Concelho................................................................. 181
4.1 Evolução da População Residente ................................................................................................. 181 4.2. Evolução da População por Grupos Etários.................................................................................. 183
4.2.1. Evolução dos Grupos Etários por Nível do Ensino..................................................................186 5. Propostas .......................................................................................................................................... 187
5.1. Eixos e Medidas de Intervenção................................................................................................... 187 5.1.1 - Eixo 1 – Reordenamento da Rede Escolar e Impacto Previsto................................................. 192
5.1.1.2. Hierarquização, Calendarização e Orçamentação .............................................................198 5.1.2 - Eixo 2 – Promoção da Qualidade Educativa e Formativa ....................................................... 200
5.2. Programação da Execução Física ................................................................................................ 203 5.4. Monitorização e avaliação do processo...................................................................................... 203 Referências Bibliográficas.................................................................................................................. 205
ANEXOS ............................................................................................................................................... 209
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
3
Índice de Cartogramas
Cartograma 01: A inserção do concelho da Póvoa na GAMP.................................................................13 Cartograma 02: O concelho da Póvoa de Varzim, suas freguesias e concelhos Envolventes..................15 Cartograma 03: Tipologia de Áreas Urbanas dentro da AMP................................................................ 23 Cartograma 04: O concelho da Póvoa de Varzim e suas freguesias...................................................... 42 Cartograma 05: Rede Viária do Concelho da Póvoa de Varzim ............................................................. 43 Cartograma 06: Rede Educativa no Concelho da Póvoa de Varzim....................................................... 88 Cartograma 07: Rede de Equipamentos do Pré-Escolar no Concelho da Póvoa de Varzim.................... 97 Cartograma 08: Rede de Equipamentos do 1.º CEB no Concelho da Póvoa de Varzim.........................107 Catograma 09: Rede de Equipamentos do 2.º e 3.º CEB no Concelho da Póvoa de Varzim.................. 116 Catograma 10: Áreas de Influência dos Agrupamentos Verticais de Escolas do Concelho da Póvoa de Varzim .......................................................................................................... 127 Cartograma 11: Rede de Equipamentos do Ensino Secundário no Concelho da P.V. ............................130 Cartograma 12: Rede de Transportes Escolares em 2005/2006 ..........................................................176
Índice de Gráficos Gráfico 01: Evolução da População do Concelho da Póvoa de Varzim entre 1940 e 2001...................... 46 Gráfico 02: Evolução da População por Freguesias entre 1991 e 2001 .................................................. 47 Gráfico 03: Índice de Envelhecimento em 1991 e 2001.......................................................................... 54 Gráfico 04: Índice de Dependência da População Jovem em 1991 e 2001 ............................................. 54 Gráfico 05: Índice de Dependência da População Idosa em 1991 e 2001............................................... 55 Gráfico 06: Pirâmide Etária da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim em 2001 .......... 55 Gráfico 07: Taxa de Actividade no Concelho da Póvoa de Varzim......................................................... 63 Gráfico 08: Taxa de Desemprego na AMP em 2001 .............................................................................. 75 Gráfico 09: Taxa de Analfabetismo na AMP .......................................................................................... 83 Gráfico 10: Peso percentual da Rede pré-escolar pública, solidária e privada ....................................... 94 Gráfico 11: Estado de Conservação das Infra Estruturas da Rede Pré-Escolar Pública............................ 99 Gráfico 12: Evolução da População do Pré-Escolar na Rede Pública, Solidária e Privada entre 2000/2001 e 2004/2005 ..................................................................................................100 Gráfico 13: Recursos Físicos existentes nas EB1’s ................................................................................109 Gráfico 14: Estado de Conservação das infra-estruturas nas EB1’s.......................................................109 Gráfico 15: Evolução da População Escolar do 1.º CEB na Rede Pública, Solidária e Privada entre 2000/2001 e 2004/2005 ............................................................................ 110 Gráfico 16: Estado de Conservação das infra-estruturas nas EB 2/3 .................................................... 117 Gráfico 17: Evolução da População do 2.º ciclo do Ensino Básico entre 2000 e 2005 .......................... 118 Gráfico 18: Evolução da População do 3.º ciclo do Ensino Básico entre 2000 e 2005 .......................... 119 Gráfico 19: Evolução da População no 2.º e 3.º CEB entre 2000/2001 e 2004/2005 ........................... 119 Gráfico 20: Estado de Conservação das infra-estruturas nas Escolas Secundárias ............................... 131 Gráfico 21: Evolução da Frequência no Ensino Secundário................................................................... 132 Gráfico 22: Evolução da População Residente entre 2001 e 2016 .........................................................182
Índice de Quadros Quadro 01: Evolução da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto e em Portugal (1991-2001).................................................................................................. 45 Quadro 02: Evolução da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, por Freguesia (1991-2001) ........................................................................................................................ 48 Quadro 03: Alguns Indicadores Demográficos na AMP (2001) ............................................................. 50
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
4
Quadro 04: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim Segundo Grandes Grupos Etários (1991-2001)..............................................................................................................51 Quadro 05: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, Grande Porto, Região Norte e Portugal Segundo Grandes Grupos Etários (2001)..................................................51 Quadro 06: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, (1981-1991-2001) ........................ 52 Quadro 07: Alguns Indicadores Demográficos do concelho da Póvoa de Varzim, do Grande Porto, da Região Norte e de Portugal em 2001.............................................................................. 53 Quadro 08: Famílias Clássicas Residentes Segundo a sua Dimensão entre 1991 e 2001 ........................ 56 Quadro 09: Famílias Clássicas Residentes Segundo a sua Dimensão (2001).......................................... 57 Quadro 10: Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios nas Freguesias do Concelho........................... 57 Quadro 11: Número de Empresas com Sede no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001)................................................................................. 59 Quadro 12: Número de Sociedades com Sede no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (31.12.2001) ............................................................ 60 Quadro 13: População Residente com 15 ou mais anos por Condição Perante a Actividade Económica, Sexo e Grupos Etários no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (31.12.2001) .............................................................61 Quadro 14: População Residente com 15 ou mais anos e com Actividade Económica no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001).................... 62 Quadro 15: População Residente com 15 ou mais anos Sem Actividade Económica no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001).................... 62 Quadro 16: População Activa e Empregada por Actividade Económica no Grande Porto (2001) ........... 64 Quadro 17: População Residente Segundo Grupos de Profissões no Concelho .................................... 64 Quadro 18: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo Sectores de Actividade . 66 Quadro 19: População Residente Empregada no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo Sectores de Actividade (2001) ........................................................................................... 66 Quadro 20: Indicadores de Poder de Compra do Concelho da Póvoa de Varzim................................... 74 Quadro 21: Taxa de Actividade e Taxa de Desemprego da População Residente Empregada no concelho da Póvoa de Varzim, em 2001 ............................................................................. 75 Quadro 22: População Desempregada registado no Concelho da Póvoa de Varzim............................... 75 Quadro 23: Desemprego Registado no Concelho, Segundo o Grupo Etário .......................................... 76 Quadro 24: Desemprego Registado no Concelho, Segundo o Tempo de Inscrição ................................ 76 Quadro 25: Desemprego Registado no Concelho, por Níveis de Escolaridade........................................77 Quadro 26: Índice de Desenvolvimento Económico e Social (IDES) ..................................................... 78 Quadro 27: Nível de Ensino da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal, em percentagem (2001) ............................ 82 Quadro 28: Taxa de Analfabetismo ....................................................................................................... 82 Quadro 29: Indicadores no âmbito da Educação, alguns dados comparativos....................................... 85 Quadro 30: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram, segundo o Nível de Ensino – 2004/2005 ........................................................................................................... 86 Quadro 31: Rede de Equipamentos Escolares no Concelho da Póvoa de Varzim.................................... 87 Quadro 32: Número de Crianças, Salas e Capacidade por Jardim-de-infância da Rede Pública e por Agrupamento em 2004/2005 ................................................................................... 95 Quadro 33: Número de Crianças, Salas e Capacidade por Jardim-de-infância da Rede Solidária e Privada em 2004/2005 ................................................................................................... 96 Quadro 34: Rede pré-escolar 2004/2005 ............................................................................................. 98 Quadro 35: Lista de Espera 2004/2005................................................................................................. 98 Quadro 36: Evolução da População do Pré-Escolar por idade, entre 2000/2005 .................................100 Quadro 37: Evolução da População do Pré-Escolar por Freguesia entre 2000/2005 ............................ 101 Quadro 38: Taxa de Cobertura dos Jardins-de-infância.........................................................................102 Quadro 39: Taxa de Cobertura Efectiva do Pré-Escolar em 2004/2005................................................102 Quadro 40: Taxa de Cobertura por freguesia em 2004/2005 ..............................................................104 Quadro 41: Número de Alunos e Turmas por EB 1 e Agrupamento em 2004/2005 ..............................106 Quadro 42: Evolução da População Escolar do 1.º Ciclo do Ensino Básico por ano de escolaridade, entre 2000/2005............................................................................................................... 110
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
5
Quadro 43: Evolução da População Escolar do 1.º CEB por Freguesia entre 2000/2005 .......................111 Quadro 44: Taxa de Escolarização do 1.º CEB, por freguesia em 2004/2005 ...................................... 112 Quadro 45: Número de Alunos Matriculados, taxa de retenção, abandono e de sucesso, no 1.º CEB em 2004/2005...................................................................................................... 113 Quadro 46: Escolas com Ensino Básico do 2º e 3º Ciclos no ano lectivo de 2004/05.......................... 115 Quadro 47: Evolução da Frequência do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico .............................................. 118 Quadro 48: Evolução da Frequência do 2.º e 3.º CEB por ano de escolaridade, entre 2000/2005 ....... 119 Quadro 49: Taxa de Escolarização do 2.º e 3.º CEB, por freguesia em 2004/2005...............................120 Quadro 50: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram, segundo o Nível de Ensino – 2004/2005.......................................................................................................... 121 Quadro 51Constituição dos Agrupamentos Verticais de Escolas .......................................................... 125 Quadro 51 Constituição dos Agrupamentos Verticais de Escolas (Continuação) ..................................126 Quadro 52 Estabelecimentos da Rede Pública em 2004/2005 .............................................................129 Quadro 53: Evolução da Frequência do Ensino Secundário .................................................................. 132 Quadro 54: Evolução da Frequência do Ensino Secundário por ano de escolaridade, entre 2000/2005............................................................................................................... 132 Quadro 55: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram no Ensino Secundário, 2004/2005........................................................................................................................133 Quadro 56: Número de Alunos do Ensino Superior em 2004/2005 .....................................................134 Quadro 57: Evolução da População no Ensino Superior .......................................................................135 Quadro 58: Número de Alunos com Necessidades Educativos Especiais, segundo o Nível de Ensino, em 2004/2005 .....................................................................................................139 Quadro 59: Evolução do número de alunos inscritos no ensino recorrente, segundo o nível de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005....................................................................140 Quadro 60: Cursos de ensino recorrente, no 1.º e 2.º CEB, em 2004/2005......................................... 141 Quadro 61: Ofertas Qualificantes no Concelho da Póvoa de Varzim (2005) .........................................144 Quadro 62: Cursos promovidos pela Escola Prática de Administração Militar, em 2005 ......................147 Quadro 63: Evolução dos Cursos extra Escolares de 2000/2001 a 2005/2006 ...................................149 Quadro 64: Cursos Extra Escolares promovidos pela Educação de Adultos em 2004/2005 .................149 Quadro 65: Cursos Extra Escolares promovidos pela Educação de Adultos em 2005/2006 .................150 Quadro 66: Número de Crianças que beneficiam dos Serviços de Apoio à Família no Ensino Pré-Escolar Público 2004/2005.............................................................................. 151 Quadro 67: Acção Social Escolar – Serviço de Refeição ao 1.º CEB em 2004/2005.............................. 152 Quadro 68: Acção Social Escolar – Auxílios Económicos nos Agrupamentos Verticais do Concelho em 2004/2005 ..................................................................................................153 Quadro 69: Pólos de leitura .................................................................................................................165 Quadro 70: Serviços do Museu............................................................................................................166 Quadro 71: Análise Estratégica do Concelho da Póvoa de Varzim ........................................................180 Quadro 72: Evolução da População Residente e Taxa de crescimento entre 2001 /2016, por Freguesia .................................................................................................................... 181 Quadro 73: Evolução da População Residente e Taxa de crescimento entre 2001 e 2016.....................182 Quadro 74: Evolução da População Residente no Concelho por Grupo Etário, (2001/2016) ................184 Quadro 75: Desagregação por Unidades Territoriais da População Residente no Concelho, em 2016, por Grupo Etário ................................................................................................185 Quadro 76: Carta Educativa - Eixos de Intervenção.............................................................................. 191 Quadro 77: Hierarquização e Calendarização .......................................................................................198 Quadro 78: Medidas, Responsáveis e Estimativas de Custos................................................................199
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
6
INTRODUÇÃO “A Carta Educativa é, a nível municipal, o instrumento de planeamento e ordenamento
prospectivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no concelho, de acordo com as
ofertas de educação e formação que seja necessária satisfazer, tendo em vista a melhor
utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e sócio-
económico de cada município.” (Decreto-Lei nº7/2003 de 15 de Janeiro, art. 10º)
As cartas educativas constituem o instrumento de nível municipal de planeamento e
efectivo ordenamento e reordenamento da rede de ofertas de educação e formação tendo
em vista a melhor utilização dos recursos educativos no quadro do desenvolvimento
demográfico e sócio-económico de cada município. A elaboração e actualização de cada
carta educativa pressupõem uma articulação estreita, que a lei previu, entre os níveis central,
central desconcentrado e local da administração educativa, como garantia do equilíbrio
nacional e da racionalidade dessas ofertas.
O planeamento assumido em cada carta educativa e a respectiva concretização devem
contribuir para a prossecução dos desígnios fundamentais de qualificação das ofertas
educativas e das aprendizagens e, em especial, para a requalificação do primeiro ciclo do
ensino básico, através da respectiva integração em centros escolares que abarquem também o
pré-escolar, o primeiro e segundo ciclos do ensino básico, bem como, para a organização das
escolas em agrupamentos, que permitem o eficaz acompanhamento de todo o percurso
educativo e escolar das crianças e jovens.
O Decreto-Lei n.º 7/2003 de 15 de Janeiro visou transferir competências relativamente aos
conselhos municipais de educação, um órgão essencial de institucionalização da intervenção
das comunidades educativas a nível do concelho, e relativamente à elaboração da carta
educativa, um instrumento fundamental de ordenamento da rede de ofertas de educação e de
ensino.
Em termos complementares, o Decreto-Lei regulamenta competências na área da realização de
investimentos por parte dos Municípios, nos domínios da construção, apetrechamento e
manutenção dos estabelecimentos da educação pré-escolar e do ensino básico, referindo-se,
ainda, à gestão do pessoal não docente dos estabelecimentos de educação e ensino.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
7
Tendo em linha de conta estes postulados, podemos aquilatar que a Carta Educativa da Póvoa
de Varzim irá garantir a imprescindível coerência da rede educativa com a política municipal.
Analisar de forma atenta tudo o que à Educação diz respeito é extremamente importante até
porque esta é, de forma inequívoca, o motor e o suporte para o desenvolvimento social
humano. É através da Educação, nomeadamente da educação escolar, que o ser humano pode
atingir de forma plena as suas competências para a cidadania.
Apesar da importância que a educação escolar assume nos nossos dias, a verdade é que,
actualmente, o discurso em torno desta temática tem sido marcado por sentimentos de
pessimismo e dúvidas crescentes. Fala-se sobretudo do mau funcionamento da escola, dos
maus resultados escolares, da desmotivação de alunos e professores, tentando-se, como tal,
encontrar formas que permitam solucionar os problemas.
Perante esta evidência, será importante questionarmo-nos sobre os caminhos que devemos
seguir a nível educativo e qual o tipo de políticas educativas que deveremos adoptar. A Carta
Educativa é um momento privilegiado para começarmos a reflexão sobre esses novos desafios
que se colocam nesta área, onde será necessário romper com as práticas enraizadas e que
parecem não resultar e, através de uma atitude prospectiva, criativa e inovadora, se tenderá a
definir novos caminhos a serem percorridos pelas organizações escolares.
O desenvolvimento territorial está cada vez mais correlacionado com a qualidade da formação
e da educação. A escola, espaço privilegiado da acção educativa, necessita cada vez mais de
ver repensadas as suas práticas e os seus fundamentos, alargando a sua acção no espaço (pois
todas as experiências vividas na comunidade são educativas) e no tempo (acreditando que a
formação e aprendizagem é feita ao longo da vida).
Por conseguinte, torna-se cada vez mais premente pensar a rede educativa de um dado
concelho. Os desafios que se colocam apelam a uma visão prospectiva, competitiva e criativa
na definição dos caminhos das organizações escolares, assumindo-se estas como Centros
Educativos e de aprendizagem, e menos como escolas no sentido tradicional do termo cujas
práticas limitam o funcionamento da acção educativa.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
8
A Carta Educativa da Póvoa de Varzim pretende assumir uma visão ampla, contendo não só as
propostas de intervenção sobre equipamentos educativos existentes, ou a criar, mas também
as propostas de linhas de actuação sobre os restantes recursos educativos, nomeadamente de
ordem imaterial. Tendo sempre em vista o sucesso educativo de toda a comunidade.
Por outro lado, pretende-se que a Carta Educativa constitua um documento vivo. Isto é, que
possa responder constantemente às necessidades da comunidade e, como tal, seja actualizável
e actualizado sempre que tal se verifique necessário.
De um ponto de vista mais pragmático, a Carta Educativa, na sua elaboração contou com a
colaboração da Rede Social da Póvoa de Varzim e do Departamento de Gestão Urbanística que
cederam dados de enquadramento da situação demográfica, económica e social do concelho.
A planificação desta Carta Educativa projectou-se em 5 capítulos principais:
Um primeiro capítulo ilustra uma caracterização do concelho. Esta primeira abordagem
incide, fundamentalmente, na análise de alguns dados pertinentes sobre o concelho
(perspectivas gerais de enquadramento, geografia, ligações com o exterior, ordenamento
territorial, etc.). Seguidamente, procedeu-se à análise da evolução de alguns indicadores
demográficos concelhios, nomeadamente, população residente e sua evolução, densidade
populacional e em todo este processo, uma vez que servirá de enquadramento à análise do
sistema educativo, e à caracterização das actividades económicas e de qualificação dos
recursos humanos, bem como a situação em matéria de acessibilidades e de rede viária.
No segundo capítulo, o mais extenso sobre o sistema educativo e formativo local,
caracteriza-se num primeiro ponto a rede educativa, seguindo-se a análise da procura (actual e
retrospectiva) de educação aos seus diferentes níveis, pré-escolar, básico e secundário (cursos
de carácter geral, cursos tecnológicos e profissionais) e superior, ao nível da rede pública,
solidária e privada. Abordam-se também, mas de forma sucinta, as vertentes do ensino
artístico, ensino recorrente, ensino especial e ensino extra-escolar, bem como as ofertas
qualificantes. Por último, procedeu-se à análise dos projectos promovidos pelo Município, dos
equipamentos concelhios de âmbito lúdico, cultural e desportivo e da oferta da acção social e
transportes escolares.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
9
O terceiro capítulo apresenta um diagnóstico síntese do sistema e da rede educativa tendo
em conta as dimensões analisadas nos capítulos anteriores. Este trabalho incorpora um
conjunto de informação estatística, documental e de ordem qualitativa, recolhida no decurso
da aplicação de um Inquérito por Questionário aos presidentes dos Conselhos Executivos dos
cinco Agrupamentos Educativos Verticais e das Escolas Secundárias, bem como aos
responsáveis dos estabelecimentos de ensino da rede solidária e privada.
No quarto capítulo são apresentadas as projecções demográficas da evolução da
população residente para o Concelho da Póvoa de Varzim, efectuadas pelo Departamento de
Gestão Urbanística da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
No quinto e último capítulo é definido um conjunto de propostas de acção tendentes a
melhorar o concelho do ponto de vista educacional e apresentada uma metodologia de
monitorização e de avaliação das acções.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
10
1. Enquadramento Territorial e Características Físicas do Concelho
UM POVO... UMA HISTÓRIA...
Póvoa de Varzim é o nome desta cidade. Para explicá-lo precisamos de fazer uma viagem às
suas origens históricas. Como diz um grande investigador da história local “No princípio...era a
terra de VARAZIM, ignoto Senhor que a possuiu em tempo não menos ignoto mas com certeza
posterior à romanização e lhe deu o nome” .1 Alguns achados arqueológicos informam-nos da
presença e da acção do homem na antiguidade. Todavia o documento identificador do nosso
território – Villa Euracini – é datado de 953 e pertencente ao cartulário da Colegiada de
Guimarães.
A terra e sobretudo o mar despertaram na idade média o interesse económico de fidalgos,
cavaleiros e eclesiásticos, entre os quais se destaca a estirpe de D. Lourenço Fernandes da
Cunha, os mais produtivos colonizadores do nosso território. Os seus casais situados na parte
norte, numa área denominada já no séc. XIV por Vila Velha. Outra parte de Varazim, mais a sul,
era considerada terra reguenga e os casais pagavam ao Rei tanto dos frutos da terra como do
mar, pois havia no seu porto um interessante movimento de pesca.
Foi, precisamente, a cobrança do imposto do pescado disputado pelos mordomos régios e
senhorios de Varazim de Susão, que originou a intervenção do rei a fim de acabar com a
instabilidade no território, recuperar a renda da pesca e arrotear as terras de reguengo. Assim,
em 1308, depois de inventariados os 54 casais de Varazim, mandou El-rei D. Dinis passar carta
de Foral doando-lhes o reguengo de Varazim de Jusão com o encargo de aí fundarem uma
PÓVOA, associando-se em Conselho de Vizinhos.
Entretanto a Póvoa de Varzim arranca para o desafio dos tempos voltada para a sua angra
marítima que lhe garante a subsistência e havia de ser o primeiro motor do seu
desenvolvimento e prosperidade.
Em 1312, o rei D. Dinis doou a Póvoa de Varzim ao filho bastardo Afonso Sanches de
Albuquerque e este, por sua parte, meteu-a no património do mosteiro de Santa Clara
(1318)que fundara em Vila do Conde, de quem se considerou enteada mal amada, e cuja
1 Amorim, M. (2001): “Roteiro Turístico da Póvoa de Varzim”. Leça do Balio, p.4.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
11
dependência durou cerca de duzentos anos. Só com o Foral de D. Manuel I em 1514 conseguiu
a sua alforria.
Então assumiu-se, enfeitou-se e progrediu. Com pouco mais de quinhentos habitantes assume a
feição de burgo com a sua Casa do Concelho, Praça Pública e Pelourinho onde os Homens
Bons da terra e do mar jamais se aquietarão em projectos destemidos.
Na Segunda metade do séc. XVII detecta-se a existência de uma pequena comunidade
piscatória dedicada à pesca do alto para o negócio da salga que começa a desenvolver-se e a
florescer. No século seguinte, a Póvoa de Varzim, transformou-se na maior praça de pescado
do norte do país. Os seus pescadores eram conhecidos em toda a costa como os mais
laboriosos, expeditos e sabedores dos mares e o destemor com que enfrentavam a sua
perigosa barra criou a figura lendária do “poveiro”.
Com o aumento da pesca o tecido urbano ganha uma dimensão nova e criam-se zonas
ribeirinhas de domínio da pescaria. O dinheiro entra com abundância no cofre das sisas; o
comércio cresce; a indústria da salga prospera e o bem da população faz-se sentir com a
construção de três edifícios religiosos: Matriz (1743), Lapa (1772) e Srª. Das Dores (iniciada em
1776 e só concluída no século seguinte). Funda-se ainda em 1756, a Santa Casa da Misericórdia
e o Corregedor Almada obtém para a Póvoa uma provisão régia (1791) que lança os
fundamentos de uma nova urbe: Praça Pública unindo a parte alta, mais antiga, à parte
ribeirinha; Casa da Câmara, quadrando o norte da Praça; Aqueduto das águas livres com o seu
tanque e chafariz na Praça e uma “Caldeira” no mar para abrigo dos barcos.2
Embelezada a vila, e protegido o trabalho não mais para de crescer e muitos a procuram,
também, para o benefício dos “banhos do mar”, mal se vislumbra, ainda, o sucesso deste facto
sócio-económico que iria fazer da Póvoa de Varzim, já na segunda metade do séc. XIX, a grande
estância balnear frequentada pela melhor fidalguia do aquém Douro.
Nos seus belos salões misturavam-se graves figuras da política, das artes e das letras com a
burguesia fruste criada pela Regeneração e ourados “brasileiros” de torna-viagem. É a época
do café-concerto e da tavolagem secreta que a ligação ferroviária Porto – Póvoa (1875) e a
linha americana Vila do Conde – Póvoa (1874) vão animar consideravelmente. 2 Amorim, M., (2001): “Um Novo Olhar” .Roteiro Turístico da Póvoa de Varzim. Infotur. Leça do Balio,, p..5.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
12
A pesca, os banhos de mar e o jogo constituíram, assim, as bases do progresso da Póvoa de
Varzim; o eixo da sua evolução económica e o centro de todas as paixões políticas. A
actividade piscatória ancora-se, hoje, em seguro porto de abrigo; a praia de banhos está
apetrechada de estruturas atraentes e modernas; o jogo, regulamentado e oficial, encontra-se
no monumental casino, edifício, cujo interior é de extraordinária beleza, e o qual é
constantemente animado pela criação artística.
A cidade da Póvoa de Varzim fixou-se como ponto capital da região turística da Grande Área
Metropolitana do Porto.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
13
1.1. Território e dinâmicas de desenvolvimento espacial e social
Cartograma 1: A inserção do concelho da Póvoa na GAMP
Fonte: Quaternaire Portugal, Consultoria Para o Desenvolvimento, S.A., Maio de 2005.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
14
O concelho da Póvoa de Varzim, como parte integrante da Região Norte e do distrito do Porto,
está inserido na Área Metropolitana do Porto (AMP), que engloba 9 concelhos, sendo este um
dos nove da NUT III – Grande Porto. Numa lógica mais alargada, o Grande Porto faz parte da
região Norte (NUT II), com um total de 86 concelhos.
Em termos de nota introdutória, poderemos ainda acrescentar que o concelho da Póvoa de
Varzim, a partir de 2005 passou a integrar um novo enquadramento regional que poderemos
designar como Grande Área Metropolitana do Porto (GAMP), que se estende da Póvoa de
Varzim até Espinho e Santa Maria da Feira e do Oceano Atlântico até Arouca.
A Grande Área Metropolitana do Porto é composta pelos concelhos da Póvoa de Varzim, Trofa,
Santo Tirso, Vila do Conde, Maia, Valongo, Matosinhos, Porto, Gondomar, Vila Nova de Gaia,
Santa Maria da Feira, Espinho, Arouca e S. João da Madeira.
Acrescente-se que o concelho da Póvoa de Varzim situa-se na região noroeste de Portugal, na
província do Douro Litoral. A 30 km a norte do Porto, sendo ladeado pelo mar, a poente; pelos
concelhos de Vila do Conde, a sul; Vila Nova de Famalicão e Barcelos, a nascente; e Esposende,
a norte. Portanto, será, desde logo, preciso destacar a encruzilhada do território poveiro
face à GAMP e ao Vale do Ave, o que transporta para aquele características e
particularidades específicas no seu quadro de desenvolvimento social, económico,
cultural e populacional.
Em termos de dinâmicas de ocupação do território poveiro, podemos considerar que é
pautado por um modelo de povoamento misto, isto é, por um lado podemos constatar a
existência de uma faixa litoral centrada na cidade da Póvoa e na freguesia de Aver-o-Mar que
se desenvolveu em torno do mar e dos principais troços viários municipais e por outro, um
perfil de utilização e de desenvolvimento do território abarcado pelas freguesias do interior
norte, onde podemos identificar uma utilização do espaço de perfil mais disperso e nucleado.
No tocante à paisagem e à imagem territorial do concelho, estamos perante um concelho
marcado por uma grande diversidade paisagística, pois concilia, em simultâneo, um espaço
urbano e litoral e um espaço urbano de perfil mais interior.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
15
Esta simultaneidade de paisagens é muito importante, pois faz com que o concelho apresente
uma paisagem emblemática traduzida numa diversidade de modos de vida
Cartograma 2: O concelho da Póvoa de Varzim, suas freguesias e concelhos envolventes
Fonte: Quaternaire Portugal, Consultoria Para o Desenvolvimento, S.A., Maio de 2005.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
16
Outra característica estruturante da Póvoa de Varzim prende-se com a sua proximidade a dois
eixos tentaculares de desenvolvimento, por um lado, a cidade – aglomeração do Porto e
por outro, o eixo Galiza/Viana do Castelo, salientando-se o papel que estes eixos ocupam
enquanto aglutinadores de desenvolvimento. Numa óptica de retrato de dinâmicas territoriais e
de desenvolvimento, podemos ainda assinalar a evolução do concelho em função da
estruturação da rede viária no sentido Sul – Norte, gerando uma descontinuidade em termos de
urbanização concelhia.
Se lançarmos o nosso olhar analítico para os usos do solo, podemos destacar a diversidade e
a qualidade das riquezas naturais e culturais do concelho, assumindo-se estas como uma
autêntica potencialidade do território poveiro. Aqui, será de reforçar a importância da sua
valorização, potenciação e gestão no quadro de um desenvolvimento social, podendo assumir-
se como sustentáculos de projectos de economia social a desenvolver.
Em termos de valores naturais, podemos elencar as chamadas Dunas Primárias (desde a
Freguesia de Aguçadoura a Estela); o Monte de S. Félix (o ponto mais elevado da Serra de
Rates, 202 m de altura, tratando-se de um local privilegiado para desfrutar de vistas fabulosas,
donde se avista toda a Cidade da Póvoa, seus arredores e sua costa marítima); o Monte da
Cividade de Terroso; as Praias Atlânticas do Concelho (Póvoa de Varzim, Aver-o-Mar,
Aguçadoura e Estela); a zona rural litoral (com as masseiras a Norte da Cidade e recortados
campos planos); a mancha urbana litoral (aglomeração da Cidade e núcleos populacionais
envolventes); as manchas florestais; e a zona rural interior.
Figura 1: Monte S. Félix Figura 2: Praia da Póvoa
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
17
Figura 3: Zona Rural Interior Figura 4: Zona Rural Litoral
Se considerarmos o património rural, podemos destacar que por todo o concelho podemos
encontrar vários elementos patrimoniais de características marcadamente rurais,
nomeadamente casas de lavoura e moinhos. Este património é fundamental para a actividade
turística uma vez que traduz o modo de vida da população local e representa marcos indeléveis
de uma tradição cultural autêntica. Exemplificadamente, podemos destacar dois grandes
exemplares deste património: o Solar dos Carneiros em Balasar e os Moinhos do Monte de S.
Félix em Laúndos.
Figura 5 e 6: Alguns exemplos de património rural
Em termos de valores históricos e culturais, o concelho da Póvoa de Varzim congrega um
significativo conjunto de património histórico e cultural. Grande parte deste património está
classificado e preservado, sendo de ressalvar, a título ilustrativo, o Castro Cividade de Terroso,
o Castro de Navais, a Igreja de S. Pedro de Rates, o Pelourinho da Póvoa e o Aqueduto de
Santa Clara, entre outros.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
18
Podemos considerar que o património poveiro em sentido lato, apresenta-se como
extremamente atractivo, mesmo no que toca à cidade, devido às suas características
intrínsecas e aos esforços de requalificação que têm sido desenvolvidos nos últimos anos. Os
notáveis esforços municipais têm sido compensados pelo interesse dos investidores em
turismo e também pelo aparecimento de alguma promoção imobiliária de qualidade superior3.
Hoje a marginal da cidade está ao melhor nível das suas congéneres portuguesas ou mesmo
galegas. Muitas vezes suplanta a qualidade de cidades concorrentes, como por exemplo,
Figueira da Foz e Portimão. Não obstante essa constatação, será importante, apostar na
requalificação urbanística da orla costeira; na recuperação e arranjo do cordão dunar e acesso
às praias; na existência de uma estratégia concertada de todo o território concelhio de forma a
se obter uma imagem turística mais completa; e na continuação dos esforços de requalificação
urbanística na cidade.
A estes espaços de inegável valor patrimonial, não poderíamos deixar de salientar, numa
estratégia integrada de desenvolvimento, a existência de espaços relevantes do ponto de
vista industrial definidos em três áreas: Laúndos, Rates e Beiriz/Amorim/Terroso. Estes
espaços, devidamente relacionados com as redes de acessibilidades existentes e com uma
estratégia eficaz de promoção poderão potenciar um desenvolvimento coeso do território
poveiro.
A respeito do concelho da Póvoa de Varzim não deixa de ser importante considerar que o “que
caracteriza fundamentalmente os concelhos da AMP não inseridos na designada cidade –
aglomeração, (nomeadamente o concelho da Póvoa de Varzim), é o facto da sua base urbana
se ter consolidado com grandes margens de autonomia face ao desenvolvimento
metropolitano.
Para essa consolidação muito contribuiu a influência das funções de lazer e turismo, as
quais são exercidas polarizando outras áreas que não apenas os residentes na AMP.”4
3 cf. Plano Estratégico da Póvoa de Varzim, 2001. 4 AMP, Estudo Sócio Económico da Área Metropolitana do Porto, Porto, Planum Assessorias e Projectos, Porto, 1993.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
19
Figuras 7 e 8: Alguns exemplos de património cultural poveiro
1.2. Diálogos entre urbanidade e ruralidade
O perfil da cidade da Póvoa de Varzim distingue-se sem dificuldade. Quem não a visita há
mais de duas décadas a custo lhe reconhecerá os traços: a Póvoa do tradicional baixo casario
mantém-se, mas a zona da beira-mar quis ver mais longe e deixou-se seduzir pela construção
em altura. Este rápido crescimento urbano não desfigurou o poveiro, altivo, orgulhoso dos
pergaminhos milenares da sua terra que, alicerçando-se na pesca, soube crescer e
diversificar as actividades económicas. No século XVIII descobriu uma nova forma
rendimento: o Turismo, que a par com a pesca e os serviços, com destaque para o comércio,
são o sustentáculo económico da cidade de hoje.
Colada à cidade, Aver-o-Mar sofreu o impacto urbanístico do crescimento desta e viu
muitos dos seus férteis terrenos serem invadidos pela construção. Torna-se curioso notar
que a zona litoral a norte da Póvoa, sendo mais tardiamente povoada, é a que, actualmente,
apresenta a maior densidade populacional do concelho. Aver-o-Mar e Aguçadoura só
conseguiram a sua autonomia neste século; ambas eram lugares das aldeias um pouco mais
interiores de Amorim e Navais, respectivamente. Foi a atracção do mar e das potencialidades
por ele oferecidas que levou à sedentarização nestas áreas, onde havia somente as estruturas
de apoio para as actividades agro-marítimas dos lavradores – pescadores seareiros (barracos
para guardar o sargaço e as pequenas embarcações utilizadas na pesca costeira e na apanha do
pilado). Esta atracção exerceu-se, sobretudo, ao nível das pessoas mais desfavorecidas. Era a
possibilidade de expansão, da ocupação de uma área não saturada, onde da combinação das
actividades marítimas e agrárias resultou o modo de vida. Neste processo, como que se
formou uma nova classe social, o seareiro de Aver-o-Mar e Aguçadoura.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
20
A freguesia de Aguçadoura e parte litoral da Estela assentam sobre dunas, que a
evidência diria serem improdutivas, mas que depois de arrancado o segredo da natureza,
são quase um fenómeno de fertilidade. Estamos a falar dos Campos de Masseira, forma de
cultivo única no mundo.
Esta técnica, descoberta empírica dos agricultores locais em finais do século XIX, resulta da
combinação feliz entre o rebaixamento do solo e a presença bastante superficial do lençol de
água alimentado pelo rio Cávado. Para a formação destas pequenas explorações, os
agricultores cavam a duna até ao nível freático, permitindo um grau de humidade mais ou
menos constante ao longo do ano, e modelam o campo em forma de gamela (ou masseira),
aproveitando os valados para o cultivo da vinha. Com este rebaixamento de alguns metros
consegue-se uma protecção dos ventos marítimos, reforçada por vinhas ou sebes, amiúde
constituídas pela plantação de canaviais, de que resulta um aumento térmico. Estes dois
factores aliados (humidade e temperatura) fazem com que os Campos de Masseira funcionem
como uma espécie de estufa.
Actualmente, a indevida exploração de areias, que são extraídas e vendidas para a construção
civil, põe em risco a sobrevivência deste tipo de cultura.
Desviando o olhar mais para o interior, de sul para norte, surgem-nos as freguesias de Argivai,
Beiriz, Amorim, Terroso, Laúndos, Navais e, ainda, a Estela. Apercebemo-nos, então, que as
manchas florestadas aumentam, os solos vão renegando a sua herança marinha, tornam-
se mais pesados, e a agricultura apresenta outras características. É o pátio de entrada para
o Minho, com a pequena propriedade rodeada de ramadas, onde a horticultura perde a
importância e se afirma o cultivo do milho, da batata, do vinho, das forragens para os animais e
da complementaridade com os produtos florestais. Hoje em franca mecanização, este era o
tipo de exploração agrícola que tradicionalmente usava o carro de bois como meio de
transporte dado que acima da rapidez estava a quantidade e o peso dos produtos a deslocar.
Nesta segunda frente, face ao mar, encontram-se instaladas algumas das mais importantes
empresas industriais do concelho: cordoaria e trefilaria, malhas e têxteis, etc. Também aqui se
fazem dois dos principais produtos artesanais do concelho: os tapetes de Beiriz (na freguesia
do mesmo nome) e as mantas de trapos, com tradições antigas na freguesia de Terroso, mas
que se encontram mais ou menos espalhadas por todas as freguesias circundantes.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
21
As freguesias de Terroso e Laúndos espraiam-se entre as planuras e o progressivo fluir das
elevações da Cividade de Terroso e do Monte de S. Félix, os pontos mais elevados da pequena
Serra de Rates, que corta o concelho da Póvoa pelo meio, no sentido norte-sul. Estes montes
são já o prelúdio da verde e ondulante paisagem minhota que se observa a nascente do nosso
ponto de observação.
Em jeito de conclusão, podemos dizer que a partir da pesca e da agricultura se
combinaram três formas básicas de subsistência:
o ancoramento ribeirinho;
a fixação na orla marítima;
e a sedentarização interior.
Dividido em três comunidades de características diferentes: piscatória, agrícola e urbana,
o concelho apresenta uma diversidade de usos e costumes que, em lugar de servirem de
motivo de separação, unem o território e os modos de vida na diversidade.
Como já ressaltamos anteriormente, a abordagem do território poveiro numa lógica de
desenvolvimento integrado, terá que ter em linha de conta a diversidade paisagística e
social do concelho, marcada, notoriamente, pela convivência e continuidade entre
espaços mais urbanos e litorais e espaços mais marcados pela interioridade e ruralidade.
Podemos observar que a rede urbana do concelho da Póvoa de Varzim se encontra
estruturada por uma malha de áreas urbanas espalhadas por todo o território concelhio.
Este sistema urbano afirma-se nomeadamente num núcleo urbano fortemente povoado e
dinâmico em termos económicos e sociais, a cidade da Póvoa de Varzim, e num conjunto de
freguesias imediatamente adjacentes à cidade, Argivai, Beiriz e Aver-o-Mar.
O forte dinamismo associado a esta parcela do território concelhio justifica-se pela presença ou
pela contiguidade ao principal eixo viário (A28) de ligação aos principais centros e áreas
urbanas regionais e às principais alternativas de acessibilidade, como seja o Metro de
Superfície de ligação à AMP.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
22
A proximidade ao mar (factor determinante no desenvolvimento do concelho no que respeita a
toda uma vocação turística de excelência) e a proximidade ao núcleo urbano consolidado de
Vila do Conde (e consequente proximidade a formas de vivência urbanas alternativas e/ou
complementares) constituem-se também como importantes factores de crescimento e
dinamismo da área5.
Numa segunda coroa urbana de desenvolvimento encontra-se toda a restante área do
concelho, particularmente as freguesias a norte e a este, mais interiores, que pelas suas
características geográficas e de ruralidade não tiram directamente partido de todo um conjunto
de vantagens proporcionadas pela cidade. Salvaguarde-se, no entanto, a importância desta
área na estruturação de todo um espaço rural e natural do concelho, importante na
salvaguarda do equilíbrio ambiental de todo o sistema.
Ainda no que respeita à organização da malha urbana do concelho, de referir a manchas
urbanizadas de ocupação linear, correspondendo a uma expansão ao longo da principal rede
viária que serve o interior do Concelho (desde o núcleo central às áreas mais periféricas),
EN205 (de ligação a Barcelos) e a ER206 (de ligação a Vila Nova de Famalicão), que se
constituem como importantes eixos de concentração populacional e de funções.
Deste modo, podemos salientar a existência mais ou menos formalizada (pelos indicadores
estatísticos) de uma grande urbanidade em todas as freguesias do município da Póvoa de
Varzim, contrariando a imagem de um litoral fortemente urbano versus interior rural com
povoamento disperso e nucleado.
5 cf. Plano Estratégico do Concelho da Póvoa de Varzim, 2001.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
23
Cartograma 3. Tipologia de Áreas Urbanas dentro da AMP (2000)
P ó v o a deVa r z i m
V i l ado C o n d e
Ma t o s i n h o s M a i a
Gondomar
Valongo
P o r t o
V i l a N o v a d e Gaia
E s p i n h o P v f r e g n o r t e c e n t r o . s h p A P U A M U A P R
Fonte: Plano Estratégico do Concelho da Póvoa de Varzim, 2001.
Outra constatação importante prende-se com a semelhança em termos de urbanidade das
diferentes freguesias da Póvoa face aos concelhos que integram a Área Metropolitana do
Porto, sendo ainda de destacar, o facto de a fronteira a norte, ser delimitada com tipologias de
áreas urbanas distintas.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
24
1.3. Território e Freguesias: diversidades e complementaridades
1.3.1. Aguçadoura
A freguesia de Aguçadoura é limitada a norte
pela freguesia da Estela, a nascente pela de
Navais, a sul por Aver-o-Mar e a poente pelo
Oceano Atlântico. Fica a 6 Km da Póvoa de
Varzim. É constituída pelos lugares de Aldeia,
Areosa, Barranha, Caturela, Codixeira,
Granjeiro, Parau, Santo André de Cima e
Santo André de Baixo estendendo-se por uma
área de 3,6 Km2. De acordo com os resultados dos Censos 2001, possuiu um total de 4 530
habitantes.
As actividades económicas que nela predominam são a agricultura (horticultura), a pesca e o
comércio. Em termos agrícolas é importante realçar a agricultura feita nos campos masseira.
Em termos comerciais está bem apetrechada e no que se refere aos serviços possui uma
delegação do Centro de Saúde e outra da Segurança Social.
Possui ainda 3 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância
(1 da rede pública e 1 da rede privada) e um pólo da Biblioteca Municipal.
A freguesia apresenta como pontos de atracção turística, a praia e os Campos Masseira. As
masseiras são dunas de areia transformadas em férteis e produtivos campos de cultivo.
Produzem durante todo o ano hortaliças, cebolas, cenouras, alhos, batatas e vinho.
É importante referir que estes “Campos Masseira” são únicos no mundo, tendo já despertado
o interesse de vários técnicos internacionais, nomeadamente israelitas e japoneses.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
25
Figura 9: Campo Masseira
Na freguesia encontram-se várias colectividades tais como o Aguçadoura Futebol Clube, a
Associação Cultural e Recreativa Aguçadourense, o Grupo Columbófilo da Casa do Povo, o
Rancho Folclórico e o Centro Social e Paroquial de Aguçadoura. Tem ainda como património
cultural edificado a Igreja Paroquial de N.ª Sr.ª da Boa Viagem e fachada da antiga Igreja
Paroquial.
1.3.2. Amorim
A freguesia de Amorim, de acordo com os
resultados dos Censos de 2001, possui um
total de 2 856 habitantes, estendendo-se por
uma área de 4,8Km2. Situa-se bem no
território concelhio, distante cerca de três
quilómetros, para Nordeste, da cidade da
Póvoa de Varzim. Tem por vizinhas as
congéneres Terroso (a norte), Beiriz (a
nascente), Póvoa de Varzim (a sul) e Aver-o-
Mar (a poente).
A população residente dedica-se essencialmente à agricultura, serviços e à indústria,
nomeadamente, à indústria têxtil.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
26
No que concerne à agricultura, considerada a actividade principal, verifica-se que o milho
continua a ser um dos produtos mais importantes para a freguesia, a batata e a cebola colhem-
se em menores quantidades e a criação de gado, sobretudo leiteiro e bovino, é que permite um
desafogo da economia.
Nesta freguesia existe 1 Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico (rede pública), 1 Jardim-de-infância
(rede privada) e 1 Escola do 2.º e 3.º ciclos de Ensino Básico e Ensino Secundário (rede
privada).
Figura 10: Igreja Paroquial de Amorim
Constitui património cultural e edificado da freguesia a antiga Igreja Matriz, a Igreja Paroquial e
a Capela de Santo António. Esta freguesia apresenta como colectividades o Centro Social
Bonitos de Amorim, com 49 anos de existência, e a recém criada Associação Cultural de
Amorim.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
27
1.3.3. Argivai
Pequena freguesia da extremidade meridional
da Póvoa de Varzim, São Miguel de Argivai
confronta já, pelo sul e leste, com a cidade e
vizinho concelho de Vila do Conde. A oeste vai
encontrar a sede do concelho (de cuja urbe
dista cerca de 2,5 quilómetros) e a norte a sua
congénere Beiriz. O seu território é o menos
extenso de entre as doze freguesias poveiras,
2,8 Km2, e caracteriza-se como a generalidade desta faixa litoral, por uma orografia plana e de
baixas altitudes, sendo os solos arenosos parcialmente aproveitados para a agricultura.
A freguesia de Argivai conta com cerca de 2187 habitantes, distribuídos pelos seguintes
lugares: Bom Sucesso, Caçapo, Calves, Casal do Monte, Gândara, Oliveira, Padrão, Pereira e
Quintela. As actividades económicas que nela predominam são a indústria, comércio,
agricultura e a construção civil.
Outrora abarcou todo o território onde assenta a cidade da Póvoa de Varzim, mas com o
desenvolvimento urbano, e consecutiva autonomia civil e religiosa desta, Argivai tornou-se a
mais pequena freguesia do concelho. Toda ela é atravessada por um Aqueduto do início de séc.
XVIII, Aqueduto de Santa Clara (monumento nacional), construção de 999 arcos que
transportava a água da freguesia poveira de Terroso para o Mosteiro de Santa Clara, em Vila
do Conde, que constitui um grande ponto de atracção turística.
Ao nível da Rede Escolar, possui 1 Escola do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública), 2
Jardins de Infância (rede pública) e uma Escola do Ensino Superior (rede pública).
A Igreja Paroquial (Nossa Senhora dos Milagres) e Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso
(antiga Matriz da Póvoa de Varzim), juntamente com o Aqueduto de Santa Clara, são o
património cultural e edificado da freguesia e são os monumentos que demonstram a riqueza
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
28
arquitectónica de Argivai. Apresenta como colectividades a União Desportiva e Cultural de
Argivai, o Rancho Infantil S. Miguel-o-Anjo e o Rancho Folclórico Carvalheiras de Argivai.
Figura 11: Igreja Paroquial N. S. Dos Milagres)
1.3.4. Aver-o-Mar
Freguesia litoral, Aver-o-Mar localiza-se junto à
Costa Atlântica, distando cerca de dois
quilómetros para norte da cidade da Póvoa de
Varzim. O Oceano Atlântico é o seu limite
natural a poente, confrontando pelas restantes
partes com as congéneres e vizinhas Póvoa de
Varzim, a sul, Amorim, a nascente, Navais e
Aguçadoura, a norte. Esta freguesia adquiriu a
categoria de vila em 2001.
O seu território é pouco extenso, bastante plano e baixo. Ocupa uma área de 5,2 quilómetros
quadrados, sendo a freguesia mais densa do concelho e a que possui o mais denso tecido
urbano.
Atendendo aos dados referentes aos dois últimos censos, Aver-o-Mar foi a freguesia do
concelho que notou maior crescimento populacional registando, em 2001 um total de 8 962
habitantes, sendo constituída pelos seguintes lugares: Agro Velho, Aldeia Nova, Aver-o-Mar,
Boucinha, Caramuja, Finisterra, Mourincheira, Paço, Palmeiro, Paralheira,Paranho, Perlinha,
Refogos e Sencadas.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
29
O mais antigo documento encontrado com referência à freguesia de Aver-o-Mar data de 1099 e
designa-a ainda como “Abonemar”, que se crê ser o nome de um indivíduo germânico.
Pertenceu durante muito tempo à freguesia de Amorim, mas o aumento significativo da
população acabou por exigir a autonomia, obtida em 1922. As actividades económicas mais
representativas em Aver-o-Mar são a Agricultura, a Pesca, a apanha do sargaço e a construção
civil. A população é constituída pelo homem da beira mar, pescador e seareiro, e o homem da
aldeia, lavrador originário dos antigos casais de Amorim.
Figura 12: Igreja paroquial de Aver-o-Mar
A freguesia apresenta como principais pontos de atracção turística, a praia e as medas de
sargaço. A Igreja Paroquial e a Capela de Santo André são aspectos representativos da
arquitectura local e fazem parte do património cultural e edificado da freguesia. Possui ainda 3
Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública), 1 escola do 2.º e 3.º Ciclo de Ensino
Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância (1 da rede pública e 1 da rede privada).
Em Aver-o-Mar encontram-se várias colectividades tais como: Aver-o-Mar Futebol Clube, única
associação desportiva com relevância na freguesia; a dinâmica cultural é assegurada pelo
Grupo Cultural e Recreativo de Aver-o-Mar e pelo Rancho Folclórico de Aver-o-Mar, que
preserva as danças e cantares tradicionais; mais recentemente foi constituída a Associação de
Recreio, Cultura e Solidariedade Averomarense.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
30
1.3.5. Balasar
Balasar, freguesia extensa, ocupa a
extremidade oriental do território concelhio.
Estendendo-se no sentido oeste - leste, acha-
se delimitada pelos concelhos de Vila Nova de
Famalicão (a norte e leste) e Vila do Conde
(sudoeste e sul), partindo com a congénere
Rates pelo noroeste. Está situada no extremo
nascente do concelho, a 14 quilómetros da
Póvoa de Varzim, ocupa uma área de 11,6 quilómetros quadrados.
Esta freguesia é referida nas Inquirições de D. Afonso II, em 1220, como Sancta Eolália de
Balasar, mas sabe-se que teve antes outras designações. Pertenceu ao concelho de Barcelos
até à reforma administrativa de 1836, tendo sido então anexada à Póvoa de Varzim. Em 1853
passou a fazer parte de Vila Nova de Famalicão, mas dois anos depois voltou a integrar o
concelho da Póvoa.
Razoavelmente populosa, com cerca de 2 475 habitantes, esta freguesia conta com um elevado
número de lugares, tais como: Além, Além de cima, Bouça Velha, Calvário, Caminho Largo,
Casal, Cruz, Escariz, Faroleiro, Fontela, Gandra, Gestrins, Gresufes, Guardinhas, Guardinhos,
Lousadelo, Martinho, Monte Tapado, Outeiro, Quinta, Telo, Terra Ruim, Vela, Vila Nova e Vila
Pouca.
A agricultura, a produção de leite, a indústria têxtil e a construção civil são as principais
actividades económicas da freguesia. Constitui património cultural e edificado da freguesia a
Igreja Paroquial, a Capela de Santa Cruz e o Solar dos Carneiros.
Balasar é o berço de Alexandrina Maria da Costa, falecida em 1955, com fama de santidade e
conhecida em todo o país como “Santinha de Balasar”. De notável valor religioso, ali se
dirigem milhares de peregrinos, oriundos dos vários cantos do mundo, para venerarem a “Irmã
Alexandrina”.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
31
Em 1996 Alexandrina Maria da Costa foi declarada Venerável, sendo declarada Beata a 25 de
Abril de 2004. Nascida em 30 de Março de 1904, aos 14 anos de idade, lançou-se de uma
janela tentando escapar de uma potencial violação por um homem que tinha entrado na sua
residência. Acabou por ficar paralisada a partir dos 19 anos. Nunca mais deixaria o leito e os 30
anos principiou um jejum completo que duraria até a sua morte.Apenas se alimentando da
“Hóstia Consagrada”.
A beatificação permite a colocação da imagem de Alexandrina nos altares. O decreto foi
aprovado graças ao milagre que terá beneficiado uma mulher com 58 anos, natural de
Famalicão, que durante anos sofreu da doença de Parkinson e, em 1996, terá sido curada por
“intercessão” de Alexandrina.
Esta freguesia apresenta a Associação Desportiva e Cultural de Balasar e o Rancho folclórico e
Infantil de Balasar como responsáveis pela sua dinâmica, bem como uma Associação de
Solidariedade Social denominada “Associação de Solidariedade Social Santa Eulália de
Balasar”no âmbito da cultura e do desporto. Possui ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino
Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância (rede pública).
1.3.6. Beiriz
Localizada na orla oriental da Póvoa de Varzim,
esta freguesia faz a delimitação, a sul e
nascente, com o vizinho concelho de Vila do
Conde. As congéneres Amorim e Terroso
completam, respectivamente a ocidente e
norte, as restantes delimitações.
É pouco extenso o território desta freguesia, com cerca de 4,8 Km2, acusando, no entanto, um
assinalável índice demográfico, Beiriz conta actualmente com cerca de 3.229 habitantes,
distribuídos pelos seguintes lugares principais: Beiriz, Calves, Cuteres, Fonte Nova, Fraião,
Giesteira, Igreja, Mão Pedrosa, Outeiro, Paredes, Pedreira, Penela, Quintâ e Xisto.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
32
As actividades económicas dominantes situam-se nos sectores agrícola e industrial, este último
especialmente nos ramos têxtil e da construção civil. São estas actividades que sustentam a
economia local e às quais se dedica a maior parte da população activa desta freguesia.
Constituem pontos de atracção turística o Aqueduto de Santa Clara e, ainda que de uma forma
mais modesta, o numeroso conjunto de marcos graníticos, delimitativos da freguesia. A Igreja
paroquial, cuja construção, em 1872, se deve aos emigrantes da freguesia no Brasil, é um belo
monumento que merece ser visitado e constitui o património cultural e edificado desta
freguesia.
Figura 13: Igreja Paroquial de Beiriz
A Associação de Amizade de Santa Eulália de Beiriz e a União Desportiva de Beiriz são as
colectividades representativas da vida social, cultural e desportiva de Beiriz. No que concerne
ao artesanato, convém referir os famosos tapetes de Beiriz, produzidos nesta freguesia,
manufacturados em antigos teares de madeira, por artesãos, com lãs cortadas e trabalhadas
nos pontos que as tornaram célebres: o ponto de Beiriz - ponto estrela e o ponto zagal.
Em termos de equipamentos escolares, possui 1 Escola do Primeiro Ciclo do Ensino Básico
(rede pública), 1 Escola do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância
(1 da rede pública e 1 da rede privada).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
33
1.3.7. Estela
Situada no extremo noroeste do concelho,
junto à costa, a sete quilómetros da Póvoa de
Varzim, e faz fronteira com os concelhos de
Esposende e Barcelos. Ocupa uma área de
11,7 Km2, possui cerca de 2 596 habitantes.
O primeiro documento conhecido em que D.
Afonso Henriques se intitula Rei de Portugal é
uma “Carta de Couto” da freguesia da Estela,
concedida em 1140 aos frades Bentos de
Tibães. O nome de Sancta de Stela é também referido nas Inquisições de 1220.
A freguesia divide-se em duas zonas geomórficas distintas e de diferente aptidão agrícola. No
interior, o solo é xistoso e pobre, exceptuando os aluviões dos ribeiros que cortam o território;
no litoral, uma extensa faixa de terraços arenosos proporcionaram ao homem aplicar toda a
força do seu braço e da sua imaginação a fim de recuperar para a agricultura pequenos tratos
humosos de grande produtividade. São os “Campos Masseira” do Rio Alto.
A população da Estela vive essencialmente da agricultura, da construção civil e da indústria. A
emigração de alguns habitantes deu um contributo muito importante para o desenvolvimento
económico e social de algumas zonas mais pobres da freguesia, nomeadamente do lugar do
Teso.
A Estela apresenta como pontos de atracção turística, a praia e os Campos Masseira. As
masseiras são dunas de areia transformadas em férteis e produtivos campos de cultivo.
Produzem durante todo o ano hortaliças, cebolas, cenouras, alhos, batatas e vinho. É
importante referir que estes “Campos Masseira” são únicos no mundo, tendo já despertado o
interesse de vários técnicos internacionais, nomeadamente israelitas e japoneses.
Nos últimos tempos, foram-se concentrando nesta freguesia infra-estruturas de importância
vital para dinamizar o turismo desta região, constituindo também locais de interesse turístico.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
34
De destacar, o campo de golfe, o parque de campismo e duas modernas e atractivas unidades
hoteleiras. A Igreja paroquial, que beneficiou nos últimos anos de algumas transformações,
nomeadamente a abertura de duas naves, constitui o património cultural e edificado desta
freguesia.
Figura 14: Igreja Paroquial da Estela
Esta apresenta como colectividades a Associação Nossa Senhora do Ó e o Futebol Clube da
Estela, responsáveis pela dinâmica sócio-cultural e desportiva da Estela. No âmbito da
educação, possui 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico e 2 Jardins de Infância (rede
pública).
1.3.8. Laúndos
São Miguel de Laúndos localiza-se na
metade setentrional concelhia, distando
cerca de 7,5 quilómetros para nordeste da
cidade da Póvoa de Varzim. Nas suas
confrontações vai entestar já, a norte,
com o vizinho concelho de Barcelos e a
sudoeste com o Concelho de Vila do
Conde. Pelas restantes partes rodeiam-na
as congéneres poveiras Rates (a
nascente), Estela e Navais (a poente) e
finalmente Terroso (a sul), ocupando uma área de 8,6 Km2.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
35
Razoavelmente populosa, conta actualmente com cerca de 2.131 pessoas, habitando numa
dezena e meia de lugares, tais como, Águas Férreas, Areínha, Igreja, Laundos, Machuqueira,
Macieira Brava, Magosa, Outeiro, Pé do Monte, Pedras Brancas, Rapejães, Recreio, Rial, e
Senhora da Saúde.
A agricultura, a construção civil e a transformação de mármores são as actividades com maior
peso na economia local, embora a emigração tenha também um peso significativo. O
artesanato de mantas e tapetes de farrapos é uma actividade económica entre a população.
Nesta freguesia está situado um dos Parques Industriais do concelho da Póvoa de Varzim.
A freguesia apresenta como principais pontos de atracção turística o Monte de S. Félix e os
moinhos. O cume do Monte S. Félix é um dos mais belos miradouros do concelho, que permite
desfrutar de uma vista sobre o concelho e onde se encontram alguns moinhos adaptados a
residências de férias, uma unidade hoteleira e a capela de S. Félix.
A Igreja Paroquial, a Capela da Senhora da Saúde e a Capela de S. Félix são aspectos
representativos da arquitectura local e fazem parte do património cultural e edificado da
freguesia.
Figura 15: Parque Industrial de Laúndos Figura 16: Monte S. Félix
Em Laúndos encontra-se a Associação Cultural e Desportiva “S. Miguel de Laúndos”, esta
associação assegura a dinâmica cultural e desportiva desta freguesia, havendo também a
registar a existência da Associação dos Amigos de Laúndos - ASSAL. No que concerne ao
artesanato, convém referir as mantas e os tapetes de farrapos, as mais famosas peças de
artesanato produzidos nesta freguesia. Possui ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino
Básico (rede pública), e 2 Jardins de Infância (rede pública).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
36
1.3.9. Navais
Bem no interior do território concelhio, onde
ocupa posição central, encontra-se Navais
rodeada pelas congéneres Estela (a norte),
Laúndos (a nordeste) e finalmente Aguçadoura
(a poente). Situa-se a 5,6 quilómetros a norte
da sede do concelho. Ocupa uma área de 3,6
quilómetros quadrados e possui 1.683
habitantes, aproximadamente.
A agricultura é a actividade económica mais importante na freguesia e ocupa a maior parte da
população activa. O milho, o trigo, o linho, a abóbora, a fava, a cebola, o vinho, a batata e a
cenoura são as culturas mais representativas.
A apanha do sargaço é também um aspecto característico da economia local. Constitui
património cultural e edificado da freguesia a Igreja Paroquial, a Capela de Santo António e a
Fonte do Crasto.
Ao nível da Educação, possui ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública),
e 2 Jardins de Infância (1 da rede pública e 1 da rede privada).
Figura 17: Igreja Paroquial de Navais
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
37
A prática das actividades desportivas é proporcionada aos habitantes da freguesia através do
Centro Desportivo e Cultural de Navais. O Grupo Folclórico de Cantares e Danças “Os
Camponeses de Navais” é outra das colectividades importantes.
1.3.10. Póvoa de Varzim
A freguesia e cidade da Póvoa de Varzim, sede
deste concelho, localiza-se na orla meridional
do território poveiro, junto à costa atlântica. O
oceano é o seu limite natural, para ocidente,
entestando pelas restantes partes com as
congéneres Aver-o-Mar e Amorim (a norte),
Beiriz e Argivai (a nordeste e poente,
respectivamente). A sul vai encontrar o
concelho e cidade de Vila do Conde.
Atendendo aos dados referentes aos censos 2001, a freguesia da Póvoa de Varzim é a freguesia
que apresenta uma densidade populacional mais elevada – 5.867,8 - registando um total de
27.810 habitantes e ocupando uma área de 4,7 Km2.
A Póvoa de Varzim é uma cidade de projecção nacional e internacional. De marcada feição
cosmopolita, sempre soube receber e cativar os que a visitam. Muitos houveram que ficaram
seduzidos de tal forma que com ela decidiram partilhar a vida.
Figura 17: A Lancha Poveira do Alto
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
38
De uma maneira geral, a Póvoa de Varzim deve a sua vida económica e social a dois sectores
de actividade: Pesca e Serviços. Foram eles que definiram o seu tecido urbano com dois tipos
de habitantes: os da rua, em geral pescadores, e os da vila, que se dedicavam aos serviços.
Agricultores dentro da cidade é que não existem. O que existe e sempre existiu é a pesca no
mar; foi esta actividade, a par com a do comércio, que deu o carácter especial à cidade, uma
certa identidade geográfica, social e cultural.
As actividades económicas predominantes da freguesia são os Serviços e Turismo, as
indústrias conserveira e têxtil e a construção civil. A pesca é, sem dúvida, a mais tradicional e a
mais importante pois determinou o grande e rápido desenvolvimento da freguesia a partir do
século XVI. Sendo sede de concelho, concentra todo um desenvolvimento a nível de serviços.
Assim, podemos referir a existência de dois postos de correio, a imprensa com a publicação de
jornais locais, a Repartição das Finanças, o Tribunal, o Hospital, o Centro de Saúde, etc.
A Câmara Municipal, situada no centro, concentra uma multiplicidade de serviços relacionados
com Obras Públicas, Água e Saneamento, Cultura e Turismo, Acção Social, Habitação e
Educação, entre outros.
A população poveira tem ao seu dispor um vasto leque de colectividades que lhe permite a
participação em diversas actividades desportivas, sociais e culturais: Associação Comercial,
Associação Comércio ao Ar Livre, Associação Cultural e Recreativa da Matriz, Centro de
Cultura e Desporto JuveNorte, Clube Desportivo da Póvoa, Clube Naval Povoense, Cooperativa
“A Filantrópica”, Grupo Folclórico Poveiro, Leões da Lapa Futebol Clube, Octopus, Varzim
Sport Clube, Grupo Recreativo Estrelas do Bonfim, Associação Cultural e Desportiva da
Mariadeira, Grupo Recreativo de Regufe, Associação Poveira de Coleccionismo, Grupo 6 –
Cultura e Coleccionismo, Unidos ao Varzim, Associação “Tricanas Poveiras”Académico de
Belém, Associação Cultural e Desportiva de Barreiros, Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de
Varzim, Associação “A Beneficente”, Instituto Maria da Paz Varzim, Associação “ O Regaço”,
Instituto Madre Matilde, Obra de Santa Zita e MAPADI, entre outras.
A freguesia da Póvoa de Varzim dispõe também de uma Biblioteca Municipal e de um Museu
Etnográfico e Arquivo Municipal, que contribuem para enriquecer a vida cultural da freguesia.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
39
Os locais com maior interesse para quem visita a freguesia são, para além das famosas praias,
o Porto de Pesca, a Marina, o Museu Municipal e Etnográfico.
O Casino da Póvoa é uma das maiores atracções turísticas da região. Constitui património
cultural e edificado o Pelourinho, o edifício dos Paços do Concelho, a Fortaleza de Nossa
Senhora da Conceição, a Igreja das Dores, a Igreja Matriz, a Biblioteca Municipal, o Museu
Etnográfico e a Igreja da Lapa.
No que respeita à educação, possui ainda 15 Jardins de Infância (4 da rede pública e 11 da rede
privada), 8 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (7 da rede pública e 1 da rede privada),
4 Escolas do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico (2 da rede pública e 2 da rede privada), 2 Escolas
Secundárias (rede pública) e uma Escola de Música.
As especialidades gastronómicas das terras de Varzim são o arroz de sardinha, a caldeirada de
peixe, a pescada à Poveira, rabanadas à Poveira e sardinhas assadas à Poveira. Os artesãos da
freguesia são famosos pelas suas camisolas poveiras, pelas rendas de Bilros e pelas miniaturas
dos barcos poveiros; de referir que a ourivesaria poveira é também muito afamada.
1.3.11. Rates
S. Pedro de Rates é a maior freguesia do
concelho da Póvoa de Varzim. Ocupa uma
área de 13,9 Km2 e é habitada por cerca de
2.539 pessoas. Confina, a norte com Laúndos
(Póvoa de Varzim) e Paradela (Barcelos), a sul
com Balasar (Póvoa de Varzim) e Arcos (Vila
do Conde), a nascente com Courel e Macieira
de Rates (Barcelos), e a poente com Terroso
(Póvoa de Varzim) e Rio Mau (Vila do Conde).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
40
S. Pedro de Rates beneficia, assim, de uma privilegiada situação de centralidade interconcelhia
e de equidistância relativamente às cidades mais próximas: dista 11 Km da sede do concelho, 14
Km de Barcelos, 12 Km de Vila Nova de Famalicão e 12 Km de Vila do Conde.
A freguesia de Rates é a maior produtora de leite de toda a região de Entre-Douro-e-Minho e a
sua actividade agrícola é considerada uma das mais dinâmicas e desenvolvidas da zona. A
indústria está também em constante progresso, nomeadamente ao nível da construção civil,
metalomecânica, serração, vestuário e têxteis. O comércio tem também conhecido um
desenvolvimento satisfatório. Apesar de ser uma freguesia rural, Rates apresenta um nível de
vida económico satisfatório.
S. Pedro de Rates é terra de história, de cultura, de tradições, de lendas, de coisas misteriosas
e miraculosas – tem carácter próprio, vivo, e um forte sentido de liberdade, mercê dos
privilégios que durante séculos lhe foram outorgados.
Constituem pontos de atracção turística a Igreja Românica e o Centro Histórico, e ainda o
Campo de Tiro. Relativamente ao artesanato, são típicas de Rates as produções artesanais em
linho e merece ser apreciado o ciclo do pão e do vinho.
A Igreja Matriz de Rates, construída no século XII, é considerada um dos melhores exemplares
de arquitectura românica de todo o país, digna de ser visitada. A Capela do Senhor da Praça,
construída nos séculos XVII e XVIII, em estilo barroco, e o Pelourinho, classificado como
Monumento Nacional, constituem o património cultural e edificado desta freguesia.
Figura 18: Campo de Tiro
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
41
A população de Rates dispõe de várias colectividades: Associação de Amizade de S. Pedro de
Rates, Centro Social de Bem-Estar de S. Pedro de Rates, Escola de Música, Rancho Folclórico
de S. Pedro de Rates, Associação Casa-Escola Agrícola “Campo Verde”, Associação de
Produtores de Leite e Carne de Entre-Douro-e-Minho –LEICAR, Casa do Povo e Clube de
Caçadores de S. Pedro de Rates.
No que concerne à rede escolar possui ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico
(rede pública), 1 Escola do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico (rede pública) e 2 Jardins de Infância
(1 da rede pública e 1 da rede privada).
1.3.12. Terroso
Terroso está situada a 5 quilómetros da sede
do concelho, estende-se desde a encosta do
monte da Cividade até à planície de S.
Lourenço, a caminho de Navais. Ocupa uma
área de 6,7 quilómetros quadrados e possui
2.472 habitantes. Os lugares da freguesia são:
Boavista, Carregal, Chamozinhos, Igreja,
Ordem, Paço, Paçô, Paranho, Póvoas, Pé de
Monte, Sandim, S. Lourenço, Sapogães,
Sejães e Vilar. As actividades económicas mais tradicionais na freguesia são a agricultura e a
pecuária. A transformação do mármore e a construção civil, no entanto, têm um peso decisivo
na economia local.
A freguesia apresenta a Cividade de Terroso como principal ponto de atracção turística,
constituindo um aspecto do património histórico da freguesia e testemunha a presença dos
povos castrejos. Tem ainda como património cultural edificado a Igreja Paroquial, as Capelas de
S. Lourenço, S. Salvador e Santo António, o Cruzeiro de S. Salvador e o Cruzeiro de S.
Lourenço.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
42
Figura 19: Igreja Paroquial de Terroso
Terroso apresenta como colectividades o Centro Cultural e Desportivo de Terroso, o Centro
Social e Paroquial de Terroso e os Ranchos Folclóricos das Lavradeiras de Sta. Maria de
Terroso e dos Amigos do Centro Social e Paroquial. Relativamente ao artesanato, são típicas as
mantas e tapetes de farrapos – as famosas Mantas de Terroso e ao nível da educação, possui
ainda 2 Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (rede pública), e 3 Jardins de Infância (2 da
rede pública e 1 da rede solidária).
Uma nota de síntese. Esta abordagem das freguesias permite visualizar as
particularidades do concelho que, devidamente potenciadas, se podem transformar em
complementaridades.
Cartograma 4: O concelho da Póvoa de Varzim e suas freguesias
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
43
1.4. Rede Viária e Acessibilidades
Cartograma 5: Rede Viária do Concelho da Póvoa de Varzim
O Concelho da Póvoa de Varzim é atravessado por dois eixos da rede rodoviária nacional − o
A28 e o IC5. A capacidade disponível no troço da A28 que atravessa a Póvoa, tal como nos
respectivos nós de acesso, é compatível com o tráfego registado. O nó de Laúndos está
desaproveitado, já que as ligações a poente e a nascente são asseguradas por troços viários de
baixa capacidade.
O Concelho é atravessado, ainda, por duas rodovias regionais − ER205 e ER206 − e pela EN13,
sendo que estas vias asseguram as funções de colecta do tráfego.
A EN13 foi, até à recente abertura da A28, a ligação entre o Porto e a fronteira de Valença,
constituindo, ainda hoje, a principal ligação entre o litoral norte do Concelho e Vila do Conde.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
44
No interior da Cidade da Póvoa esta rodovia tem importante função pedonal e grande número
de cruzamentos, assumindo-se como arruamento urbano com funções de distribuição de
tráfego; apresenta um perfil transversal reduzido, pelo que oferece um baixo índice de
mobilidade. Já há alternativa, corresponde à Avenida 25 de Abril, em execução; tal como
propõe o PU da Cidade, esta via deverá estabelecer a continuação, a norte, com a actual EN13.
A ER205 atravessa e estrutura as freguesias de Laúndos, Terroso e Amorim. Regista conflitos
de tráfego no atravessamento da povoação de Amorim, dada a sua ocupação marginal, com
estacionamento desordenado e circulação pedonal ao longo das bermas.
A ER206 apresenta os principais estrangulamentos de tráfego no lugar das Fontaínhas, onde
além da grande dinâmica construtiva existente, confluem os principais acessos a Rates, a
Balasar e à EN306.
Relativamente à estrutura rodoviária principal nota-se a ausência de uma via estruturante no
limite norte/nascente do Concelho, que ligasse IC1, ER205, ER206 e IC5.
Ainda numa perspectiva estruturante, podem-se identificar outras vias, menos importantes mas
ainda com funções de distribuição de tráfego, nomeadamente a EM501 (fortemente
estrangulada, na Cidade, em Aguçadoura e na sua ligação ao nó de Laúndos), algumas no
interior da Cidade e algumas outras no interior rural.
No interior da Cidade, com importantes volumes de tráfego, há que referir o eixo Avenida
Mouzinho de Albuquerque/Rua Sacra Família, esta de reduzido perfil transversal, sendo a
articulação entre as duas muito deficiente.
No interior do Concelho a capacidade destas vias está condicionada pelos escassos perfis
transversais e pelos traçados bastante sinuosos que apresentam. Refira-se, no entanto, que se
mostram, na generalidade, compatíveis com as suas funções.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
45
1.5. Análise das Recomposições Demográficas e Familiares
Tendo em vista um mais amplo enquadramento da Carta Educativa do concelho da Póvoa de
Varzim, considerou-se fundamental começar a sua exposição pela integração dos factores que,
com maior preponderância, caracterizam demograficamente o concelho, tendo sido tomada,
como elemento estruturante, a informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE), permitindo equacionar um conhecimento actualizado e integrado da evolução dos
principais indicadores demográficos.
É de assinalar que, sempre que a informação disponível o permitiu e se achou importante para
a compreensão da análise, se procurou realizar uma abordagem integrada dos fenómenos
demográficos, perspectivada, por um lado, a partir do relacionamento dos contextos sócio-
terriotorais mais micro, nomeadamente, concelho e freguesia, com os contextos mais amplos,
nacional e regional, e, por outro lado, num enfoque diacrónico que recua, em alguns
indicadores, aos Censos de 1981 e de 1991.
1.5.1. Evolução da População Residente
Segundo os resultados definitivos dos Censos 2001, o Concelho da Póvoa de Varzim tem
aproximadamente 64.000 habitantes (mais precisamente 63.470), registando um grande
aumento populacional no último período intercensitário (15,8%), o que contraria positivamente
o panorama nacional e regional.
Quadro 1: Evolução da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto e em
Portugal (1991-2001)
1991 2001
Póvoa de Varzim 54 788 63 470
Grande Porto 1 167 800 1 260 680
Portugal 9 867 147 10 356 117
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
Uma análise da evolução da população residente no Concelho da Póvoa de Varzim, permite
discernir dois períodos distintos: entre 1970 e 1980 verificou-se um aumento significativo do
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
46
número de residentes (+11.358), situação provavelmente associada aos "efeitos induzidos"
pelo 25 de Abril e ao retorno de emigrantes e dos residentes nas ex-colónias; entre 1991 e 2001
observa-se novamente um aumento da população (+8 682), o que se deve eventualmente ao
facto de a Póvoa de Varzim ter boas acessibilidades e estar munida de transportes públicos
regulares e também a sua proximidade estratégica à cidade-aglomeração do Porto e ao eixo
Galiza/Viana do Castelo, e ainda, à sua encruzilhada territorial entre o Ave, o Cávado e o
Grande Porto, como tivemos oportunidade de referir no capítulo precedente.
Gráfico 1: Evolução da População do Concelho da Póvoa de Varzim entre 1940 e 2001
010000200003000040000500006000070000
1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
Se analisarmos o crescimento demográfico no período alargado entre 1950 e 2001
verificamos que enquanto o Concelho da Póvoa registou um acentuado (e contínuo)
crescimento no que concerne ao número de residentes, tendo a sua população aumentado
para quase o dobro, na região do Grande Porto, apesar de também se ter sentido um
significativo crescimento populacional, este não foi tão acentuado.
Estes dados revelam mais uma vez o dinamismo populacional da Póvoa, uma vez que em
décadas anteriores, e para além de todas as causalidades possíveis, a Póvoa veio a assumir-se
como local de recreio, lazer e descanso de muitas das populações dos concelhos que a rodeiam,
movimento este que ainda tem significado hoje, e que muito tem contribuído para a fixação da
população.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
47
Também se compararmos a Póvoa com outros municípios urbanos relevantes na Região (Viana
do Castelo, Braga, Barcelos, Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão) podemos destacar a clara
ênfase dos movimentos naturais da população no concelho em análise, sobretudo, por via do
crescimento demográfico.
Analisando a evolução da população residente por freguesia, observa-se no último período
intercensitário, um aumento do número de residentes nas freguesias mais urbanas,
nomeadamente, Aver-o-Mar (+3 855) e Póvoa de Varzim (+3 959) e, nas freguesias mais rurais
houve um crescimento muito pequeno ou até uma diminuição, como foi o caso da freguesia de
Navais e Beiriz, acompanhando as tendências registadas a nível nacional.
De facto, o pouco aumento do número de residentes registado na generalidade das freguesias
(10) é compensada pelo aumento verificado nas freguesias urbanas que parecem absorver os
contigentes populacionais oriundos das freguesias rurais e de concelhos vizinhos.
Gráfico 2: Evolução da População por Freguesias entre 1991 e 2001
-0,40 -0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80
Navais
Beiriz
Laúndos
Aguçadoura
Balasar
Rates
Estela
Terroso
Amorim
Total Concelho
Póvoa de Varzim
Argivai
Aver-o-Mar
Fonte: INE, (Censos 1991, 2001).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
48
Quadro 2: Evolução da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, por Freguesia (1991-2001)
Variação Freguesias 1991 2001
N %
Aver-o-Mar 5107 8 962 3855 75,5
Aguçadoura 4 489 4 530 41 0,9
Amorim 2 540 2 856 316 12,4
Argivai 1 777 2 187 410 23,1
Balazar 2 337 2 475 138 5,9
Beiriz 3 809 3 229 -580 -15,2
Estela 2 399 2 596 197 8,2
Laúndos 2 119 2 131 12 0,6
Navais 1 771 1 683 -88 -5,0
Póvoa de Varzim 23 851 27 810 3 959 16,6
Rates 2 347 2 539 192 8,2
Terroso 2 242 2 472 230 10,3
TOTAL 54 788 63 470 8 682 15,8
Fonte: INE, (Censos 1991, 2001).
Assim, e embora podendo delinear conjuntos específicos de freguesias, verificamos a
existência de um crescimento significativo da população residente para a quase
totalidade das freguesias do concelho, reforçando a positividade do crescimento
populacional na Póvoa na década de 90.
Aqui têm especial importância as freguesias ditas mais rurais e periféricas, pois são estas que
têm vindo a registar os valores mais altos de crescimento populacional em detrimento de
algumas freguesias mais urbanas, facto que pode estar relacionado com as crescentes
dificuldades de existência de solo urbano na cidade e a consequente movimentação das
populações para a periferia do concelho.
Aqui, não podemos deixar ainda de fazer referência à intensa melhoria das acessibilidades
intra-concelho, o que poderá ter vindo a desencadear um movimento de procura de um quadro
de vida mais qualificado ambiental e socialmente em manchas mais recuadas do centro urbano.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
49
Observando as dimensões demográficas das freguesias que constituem o Concelho da Póvoa
de Varzim, verifica-se que a grande maioria (8) têm menos de 3.000 residentes, 2 têm menos
de 5 000 munícipes, 1 tem quase 9 000 habitantes e a última, que é sede de concelho, tem
cerca de 28 000 habitantes.
Obviamente que o reforço da urbanidade em algumas freguesias do concelho
(designadamente, as mais interiores), poderá e deverá ser uma preocupação ao nível do
desenvolvimento social estratégico do concelho, tendo em vista a sua dotação de
equipamentos de apoio e consequente coesão social local.
1.5.2. Densidade Populacional
Com base no último Anuário disponível (Região do Norte 2002, INE 2003) em 2002, a
densidade populacional no concelho da Póvoa de Varzim era de 771,0 habitantes por Km2,
sendo o segundo concelho menos populoso da Região do Grande Porto, correspondendo a 5%
da população residente na Região –, população essa repartida de forma mais ou menos
equilibrada entre os dois sexos: 48% do sexo masculino e 52% do sexo feminino, estes valores
situam-se claramente abaixo da média da Região que é de 1.525 hab/Km2.
Sendo um indicador bastante inferior à média registada para o Grande Porto, se considerarmos
o contexto regional mais imediato, designadamente, os concelhos limítrofes, o concelho da
Póvoa destaca-se claramente, registando o maior valor e superando largamente a média
observada.
A AMP apresenta algumas diferenças entre os nove concelhos, sendo de destacar o ritmo
desigual de crescimento populacional. Nesta última década a Póvoa de Varzim apresenta um
crescimento na ordem dos 15.8 %, a contrastar com o concelho do Porto e de Espinho com
crescimentos negativos, -13% e –3,6%, respectivamente.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
50
Quadro 3: Alguns Indicadores Demográficos na AMP (2001)
Unidade Territorial Área Freguesias População
Residente
Densidade
Populacional
Pop. Res.
1991/2001
(Variação)
Espinho 21,1Km2 5 33 701 1 594,3 hab/Km2 -3,6%
Gondomar 135,5Km2 12 164 096 1 257,4 hab/Km2 14,6%
Maia 83,4Km2 17 120 111 1 441,0 hab/Km2 28,9%
Matosinhos 62,0Km2 10 167 026 2 693,0 hab/Km2 10,1%
Porto 40,1Km2 15 263 131 6 559,9 hab/Km2 -13,0%
Póvoa de Varzim 82,0Km2 12 63 470 771,0 hab/Km2 15,8%
Valongo 75,7Km2 5 86005 1 135,4 hab/Km2 16,0%
Vila do Conde 149,1Km2 30 74391 498,9 hab/Km2 14,7%
Vila Nova de Gaia 168,7Km2 24 288 749 1 711,8 hab/Km2 16,2%
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
Podemos constatar que a variação da população, nesta mesma década, no concelho está em
quarto lugar no conjunto da AMP 15,8%, face a 28,9 % da Maia, 16,2% de Vila Nova de Gaia e
16% de Valongo. Portanto, o concelho parece desenvolver a sua dinâmica populacional a par
de outros concelhos da AMP, que têm vindo a assumir forte importância em termos de
concelhos de residência das populações que não conseguem aceder a territórios mais centrais
da cidade-aglomeração do Porto, quer do ponto de vista da especulação imobiliária e fundiária,
quer do ponto de vista da oferta de emprego e da melhoria das deslocações e mobilidades no
intra-Grande Porto.
1.5.3. Distribuição da População Residente por Escalões Etários
No que respeita aos grandes grupos etários, no último período intercensitário, constata-se uma
pequena diminuição do peso percentual das faixas etárias mais jovens, ao mesmo tempo que
se nota um ligeiro aumento dos escalões etários mais elevados. Efectivamente verifica-se
que houve uma diminuição dos residentes com menos de 14 anos (este escalão etário diminuiu
7,4% em relação a 1991) e, um pouco mais ténue, do grupo etário dos 15-24 anos (-3,3%) e,
por outro lado, um aumento dos residentes com idades compreendidas entre os 25-64 anos
(+6,1%) e, dos indivíduos com mais de 65 anos (+ 1,5%).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
51
Quadro 4: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim Segundo Grandes Grupos Etários
(1991-2001)
0-14 15-24 25-64 65 ou + Grupos
Etários N % N % N % N % Total
1991 13 053 23,8 10 581 19,3 26 036 47,5 5 118 9,3 54 788
2001 12 031 19,0 10 231 16,1 34 031 53,6 7 127 11,2 63 470
Variação -1 022 -7,4 -350 -3,3 7 995 +6,1 2 009 +1,5 +8 682
Fonte: Censos (1991, 2001) INE.
Em 2001 a população jovem residente no Concelho é de 16942 indivíduos e a população idosa
(Pop. 65) é de 7127. Entre 1981 e 2001 verificou-se uma diminuição gradual da população
jovem no Concelho.
Quadro 5: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, Grande Porto, Região Norte e Portugal
Segundo Grandes Grupos Etários (2001)
1981 1991 2001
Pop. < ou =
19
Pop. > ou =
65
Pop. < ou =
19
Pop. > ou =
65
Pop. < ou =
19
Pop. > ou =
65
22 945 4 094 18 626 5 109 16 942 7 127 Póvoa de
Varzim 42,3 % 7,5 % 34,0 % 9,3 % 26,7 % 11,2 %
397 563 99 963 337 695 123 431 289 965 165 592 Grande Porto
35,6 % 8,9 % 28,9 % 10,6 % 23,0 % 13,1 %
- - 1 093 461 397 020 911 479 514 758 Região Norte
- - 31,5 % 11,4 % 24,7 % 14,0 %
3 368 415 1 125 458 2 816 878 1 342 221 2 345 288 1 693 493 Portugal
34,3 % 11,4 % 28, 6 % 13,6 % 22,6 % 16,4 %
Fonte: Censos (1981, 1991, 2001) INE.
Os números apresentados conferem ao Concelho a menor taxa de perda de população jovem.
Em igual período, a população idosa sofre um aumento (que se revela mais expressivo na
década 1991/2001) no Concelho, Grande Porto e Portugal, respectivamente, 74,1% (3033
indivíduos), 65,7% (65629 indivíduos) e 50,5% (568035 indivíduos). Tais valores conferem ao
Concelho a maior taxa de crescimento da população idosa.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
52
Da análise dos dados, podemos concluir que a população do Concelho tem vindo a
envelhecer nos últimos 20 anos. Assim, verifica-se uma diminuição progressiva dos grupos
etários dos 5;9, 10;14 e 15;19. O grupo etário dos 0;4 em 2001 apresenta um ligeiro aumento
absoluto relativamente a 1991 como consequência de uma maior natalidade.
Com mais detalhe, podemos aquilatar que em 1981, 31,6% tinha menos de 15 anos, enquanto
que em 2001 diminui para 19,0%, correspondendo a uma redução de 5058 indivíduos. Acima
dos 25 anos constata-se um aumento gradual dos respectivos grupos etários. Com idade
superior a 64 anos, em 1981 eram 7,6%, enquanto em 2001 registam-se 11,2%, traduzido num
acréscimo 3025 indivíduos.
Quadro 6: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, (1981-1991-2001)
1981 1991 2001
H/M % H/M % H/M %
0;4 5 499 10,1 3 662 6,7 3 947 6,2
5;9 5 858 10,8 4 267 7,8 4 065 6,4
10;14 5 782 10,7 5 124 9,4 4 069 6,4
15;19 5 784 10,7 5 541 10,1 4 861 7,7
20;24 4 838 8,9 5 040 9,2 5 370 8,5
25;29 4 139 7,6 4 599 8,4 5 749 9,1
30;34 3 613 6,7 4 165 7,6 5 245 8,3
35;39 2 918 5,4 3 864 7,1 5 020 7,9
40;44 2 697 5,0 3 445 6,3 4 606 7,3
45;49 2 658 4,9 2 871 5,2 4 172 6,6
50;54 2 381 4,4 2 533 4,6 3 696 5,8
55;59 2 251 4,1 2 386 4,4 2 964 4,7
60;64 1 728 3,2 2 173 4,0 2 579 4,1
65;69 1 560 2,9 1 955 3,6 2 398 3,8
70,74 1 196 2,2 1 321 2,4 1 891 3,0
75;79 754 1,4 993 1,8 1 480 2,3
80;84 423 0,8 541 1,0 774 1,2
85 e + 169 0,3 308 0,6 584 0,9
TOTAL 54 248 100,0 54 788 100,0 63 470 100,0
Fonte: Censos (1981, 1991, 2001) INE.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
53
Quadro 7: Alguns Indicadores Demográficos do concelho da Póvoa de Varzim, do Grande Porto, da Região
Norte e de Portugal em 2001
Povoa de Varzim
Grande Porto
Região Norte
Portugal
Taxa de Crescimento Natural
5,3‰ 2,9‰ 2,6‰ 0,7‰
Taxa de Natalidade 13,7‰ 11,4‰ 11,4 ‰ 10,9‰
Taxa de Mortalidade 8,3‰ 8,5‰ 8,7‰ 10,2‰
Índice de Rejuvenescimento da população activa
200,6% 159,1% 166,0% 143,0%
Índice de Envelhecimento 53,1% 81,8% 81,9% 103,6%
Índice de Dependência da População Jovem
27,3% 23,2% 24,9% 23,4%
Índice de Dependência da População Idosa
16,1% 19,7% 21,1% 24,7%
Fonte: Anuário Estatístico da Região do Norte 2002, INE (2003).
Numa perspectiva de dinâmica sócio-demográfica e em termos globais, convém ter em
consideração, que a taxa de mortalidade não é muito elevada (8,3‰), sobretudo no contexto
nacional (10,2‰), sendo bastante inferior à taxa de natalidade (13,7‰), resultando daí um
excedente de vidas positivo (5,4‰). Desta forma este concelho destaca-se pela baixa taxa de
mortalidade e pela elevada taxa de natalidade.
Para além deste aspecto, é importante realçar o facto da Póvoa de Varzim evidenciar uma clara
capacidade de rejuvenescimento da sua população activa, apresentando o índice de
rejuvenescimento da população activa6 mais elevada do Grande Porto (200,6), destacando se
igualmente da Região Norte (166) e mesmo da média nacional (143). Podemos verificar que, para
cada 100 indivíduos com idade compreendida entre os 55 e os 64 anos, existiam
aproximadamente 200 indivíduos com idade compreendida entre os 20 e os 29 anos.
Em termos dos grandes eixos caracterizadores das dinâmicas sócio-demográficas do concelho
(Gráfico 3) é de realçar que apesar do índice de envelhecimento7 ter vindo a aumentar em
Portugal, em 2001 a população do concelho é classificada como uma população jovem
(índice de 53,1), com valores muito abaixo da média nacional (103,6), da Média da Região
6 Relação entre a população que potencialmente está a entrar e a população que está a sair do mercado de trabalho, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 pessoas com 55-64 anos). 7 Índice de Envelhecimento: relação entre a população idosa e a população jovem, definida como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os14 anos (expressa por 100 pessoas dos 0 aos 14 anos).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
54
Norte (cuja média é de 81.9), sendo o concelho do Grande Porto com o índice de
envelhecimento menos elevado. Efectivamente, a tendência de envelhecimento da população
da Póvoa de Varzim é, ainda, menos acentuada, existindo 53 idosos para cada 100 jovens.
Gráfico 3: Índice de Envelhecimento em 1991 e 2001
72,1
103,6
54,8
81,9
55,9
81,8
39,153,1
0
20
40
60
80
100
120
Portugal Região Norte Grande Porto Póvoa de Varzim
Índice de Envelhecimento1991 Índice de Envelhecimento 2001
A relação de dependência dos jovens8 tem decrescido no país em geral, assim como nas
regiões em análise, como consequência da redução do número de jovens até aos 14 anos em
comparação com a população em idade activa.
Gráfico 4: Índice de Dependência da População Jovem em 1991 e 2001
29,1
23,4
32,2
24,927,9
23,2
35,6
27,3
0
510
1520
253035
40
Portugal Região Norte Grande Porto Póvoa deVarzim
Dep. Jovens 1991 Dep. Jovens 2001
Quanto a este indicador, o concelho da Póvoa de Varzim tem acompanhado de perto tal
evolução, no entanto, importa salientar que o concelho da Póvoa de Varzim apresenta uma
relação de dependência superior relativamente às restantes áreas territoriais em análise. 8 Índice de dependência de jovens: relação entre a população jovem e a população em idade activa, definida como quociente entre o número de pessoas entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa por 100 pessoas dos 15 aos 64 anos).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
55
Em 1991 a proporção era de 36 jovens para cada 100 indivíduos entre os 15 e os 64 anos e em
2001 desceu para 27 jovens.
Gráfico 5: Índice de Dependência da População Idosa em 1991 e 2001
20,9
24,7
17,521,1
15,6
19,7
13,916,1
0
5
10
15
20
25
Portugal Região Norte Grande Porto Póvoa deVarzim
Dep. Idosos 1991 Dep. Idosos 2001
O índice de dependência dos idosos tem vindo a aumentar, na medida em que se tem
verificado o aumento do peso relativo dos grupos com sessenta e cinco e mais anos e dos
quinze aos sessenta e quatro anos na totalidade da população residente. No concelho da Póvoa
de Varzim verifica-se que este índice atingiu em 2001 (16,1) um valor inferior ao valor médio do
Pais (24,7), da Região Norte (21,1) e do Grande Porto (19,7), o que, aliás, já sucedia em 1991.
Desta forma, podemos concluir que a população residente na Póvoa de Varzim com mais de 65
anos é inferior, em termos relativos, à população existente nas outras áreas de análise.
Gráfico 6: Pirâmide Etária da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim em 2001
3000 2000 1000 0 1000 2000 3000
0;4
10;14
20;24
30;34
40;44
50;54
60;64
70;74
80;84
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
56
1.5.4. Análise das Dinâmicas Familiares
No que concerne à estrutura familiar do concelho da Póvoa de Varzim no período
intercensitário 1991-2001 (Quadro 8), verifica-se que cresceram grandemente as famílias
com 1, com 2 pessoas e com 3 pessoas (acompanhando a tendência nacional) e que
diminuíram as famílias com 5 ou mais pessoas (as tradicionais famílias rurais alargadas).
Quadro 8: Famílias Clássicas Residentes Segundo a sua Dimensão entre 1991 e 2001
Com 1 pessoa Com 2 pessoas Com 3 pessoas Com 4 pessoasC/ 5 ou +
pessoas
N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %
Total
1991 1 334 8,9 2 881 19,3 3 155 21,1 3 635 24,3 3940 26,4 14 945
2001 2 318 11,5 4 709 23,3 5 376 26,7 5 025 24,9 2 736 13,6 20 164
Variação +984 +73,8 +1 828 +63,5 +2 221 +70,4 1 390 +38,2 -1 204 -30,1 +35,3
Fonte: INE, Censos (1991, 2001).
Analisando as famílias clássicas segundo o número de pessoas que as constituem,
observa-se que das 20.164 famílias existentes no concelho da Póvoa de Varzim em 2001,
(26.7%) são constituídas por 3 pessoas, 5 025 (24,9%) têm 4 elementos, 4 709 (23,3%) têm 2
pessoas, 2 318 famílias (11,5%) são "isoladas", ou seja, têm apenas uma pessoa, 1 786 (8,8%)
são compostas por 5 pessoas, 631 (3.1%) são compostas por 6 indivíduos, 209 têm 7 pessoas,
60 têm 8 pessoas, 28 têm 9 pessoas e, finalmente, 22 são constituídas por 10 ou mais pessoas.
As dinâmicas estruturais parecem estar no sentido da nuclearização e diversificação, à
semelhança do que ocorre nos concelhos mais nitidamente urbanos.
Segundo os resultados definitivos dos Censos 2001, no concelho da Póvoa de Varzim
residem actualmente 20.164 famílias, ou seja, verifica-se um acréscimo de 35% em relação
ao número de famílias em 1991, facto que reforça a confirmação da tendência para a
nuclearização dos grupos domésticos, ou seja, estamos perante um crescimento em termos da
população residente (aumento de – 15,8% em número de indivíduos), ao mesmo tempo que o
número de famílias cresce em 35%.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
57
Quadro 9: Famílias Clássicas Residentes Segundo a sua Dimensão (2001)
Famílias Clássicas Freguesia
Com 1 pessoa Com 2 pessoas Com 3 pessoas Com 4 pessoasC/ 5 ou + pessoas Total
Aver-o-Mar 341 713 785 696 359 2 894
Aguçadoura 114 309 326 355 250 1 354
Amorim 38 175 206 262 147 828
Argivai 53 140 217 187 80 677
Balazar 58 133 169 205 146 711
Beiriz 107 260 284 278 118 1047
Estela 71 179 174 190 156 770
Laúndos 29 60 105 143 186 523
Navais 51 136 120 122 96 525
Póvoa de Varzim 1 355 2 281 2 627 2 197 922 9 382
Rates 50 130 168 184 166 698
Terroso 51 193 195 206 110 755
TOTAL CONCELHO 2 318 4 709 5 376 5 025 2 736 20 164
Fonte: INE, Censos 2001
Quadro 10: Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios nas Freguesias do Concelho da Póvoa de Varzim
Famílias Alojamentos Familiares Freguesia
Clássicas Residentes
Institucionais
Núcleos Familiares Residentes Clássicos Outros Total
Alojamentos Colectivos
Edifícios
Aver-o-Mar 2 894 1 2 639 5 266 11 5 277 5 2 016
Aguçadoura 1 354 - 1 288 1 578 7 1 585 - 1 341
Amorim 828 - 823 935 1 936 - 790
Argivai 677 - 646 793 12 805 - 524
Balazar 711 - 710 810 9 819 - 709
Beiriz 1 047 - 981 1 185 15 1 200 1 1010
Estela 770 - 730 925 4 929 3 828
Laúndos 523 - 606 654 6 660 1 625
Navais 525 - 476 572 6 578 - 500
Póvoa de Varzim 9 382 6 8 075 15950 19 15 969 16 5 299
Rates 698 1 726 828 - 828 2 754
Terroso 755 1 708 928 10 938 1 823
Total Concelho 20 164 9 18 408 30 424 100 30524 29 15 219
Fonte: INE, Censos 2001.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
58
Para além das 20.164 famílias clássicas residentes no Concelho da Póvoa de Varzim,
contabilizam-se, ainda, 9 famílias institucionais. Ainda segundo os Censos 2001, residem
actualmente 18.408 Núcleos Familiares no concelho e existem 29 Alojamentos Colectivos
(55% dos quais sediados na freguesia da Póvoa de Varzim – sede do concelho).
Verifica-se, assim, que embora algumas dinâmicas estruturais estejam no sentido da
nuclearização e diversificação, com o aumento das famílias monoparentais e do número de
celibatários jovens, ainda prevalece um tipo de família tendencialmente alargada, característico
de vivências e modos de vida ainda relativamente tradicionais, mas num contexto de
modernidade; tal facto, faz antever, mais uma vez, a especificidade da convivência de
manifestações de tradicionalidade e de modernidade no contexto vivencial poveiro.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
59
1.6. Análise de Dinamismos Socio-Económicos
1.6.1. Tecido produtivo local
Se nos focalizarmos sobre os grandes números relativos ao tecido empresarial, dados de
2001/2002, constata-se que operam no concelho 6 362 empresas (tratando-se do 2.º concelho
com menor número de empresas em toda a Região do Grande Porto) e, dentro destas, existem
1770 que são sociedades com sede no concelho.
Quadro 11: Número de Empresas com Sede no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001)
Póvoa de Varzim Grande Porto Região Norte Portugal CAE N.º % N.º % N.º % N.º %
Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 7.9 Pesca
745 12.0 3 215 2.6 20 362 6.0 87 241
Indústrias extractivas 3 0.0 45 0.0 721 0.2 2 062 0.2 Indústrias transformadoras 738 11.6 15 884 12.6 54 182 15.8 117 386 10.6 Produção e distribuição de electricidade, gás e água
2 0.0 32 0.0 131 0.0 372 0.0
Construção 818 12.8 14 800 11.7 48 978 14.3 187 597 16.9 Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e dom.
2 380 37.4 48 823 38.7 123 895 36.2 385 465 34.7
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
628 9.8 10 418 8.3 29 299 8.6 97 114 8.7
Transportes, armazenagem e comunicações 82 1.3 3 538 2.8 8 717 2.6 32 821 2.9 Actividades financeiras 190 2.9 5 735 4.5 11 547 3.3 37 556 3.4 Act. Imobiliárias, alugueres e serviços prest. às empresas
420 6.6 16 442 13.0 28 634 8.4 108 278 9.8
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória Educação Saúde e acção social Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais Famílias com empregados domésticos Organismos internacionais e outras inst. extra-territoriais
356 5.6 7 318 5.8 15 589 4.6 54 598 4.9
TOTAL 6 362 100 126 250 100 342055 100 1 110 490 100 Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte 2002, INE 2003
Destaca-se, neste quadro, a importância da posição relativa das empresas ligadas ao
“Comércio por Grosso e a Retalho"; Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e
Bens de Uso Pessoal e Doméstico” (37.4% do total de empresas sediadas no concelho) e
também das empresas com actividade na “Construção” (aproximadamente 12.8%).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
60
Estas áreas de actividade económica, abrangem, em conjunto, 50% do total de empresas
sediadas no concelho.
Quadro 12: Número de Sociedades com Sede no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (31.12.2001)
Póvoa de Varzim
Grande Porto Região Norte Portugal CAE
N.º % N.º % N.º % N.º % Agricultura, produção animal, caça e silvicultura Pesca
48 2.7 282 0.7 1 246 1.3 7 597 2.5
Indústrias extractivas 2 0.1 30 0.0 309 1.3 961 0.3 Indústrias transformadoras 340 19.2 6 125 14.6 20 869 22.2 43 535 14.1 Produção e distribuição de electricidade, gás e água
- - 27 0.0 117 0.1 343 0.1
Construção 257 14.5 4 511 10.7 11 849 12.6 37 601 12.2 Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e dom.
588 33.2 14 478 34.4 29 518 31.4 98 419 31.9
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
146 8.3 3 781 9.0 6 884 7.3 28 782 9.3
Transportes, armazenagem e comunicações 44 2.5 2 196 5.2 4 700 5 18 929 6.1 Actividades financeiras 9 0.5 295 0.7 515 0.5 2 083 0.7 Act. Imobiliárias, alugueres e serviços prest. às empresas
206 11.6 7 111 16.9 12 379 13.2 48 881 15.8
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória Educação Saúde e acção social Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais Famílias com empregados domésticos Organismos internacionais e outras inst. extra-territoriais
130 7.4 3 263 7.8 5 741 6.1 21 550 7.0
TOTAL 1 770 100 42 099 100 94 127 100 308 681 100 Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte 2002, INE 2003.
O conjunto das 1 770 Sociedades com sede na Póvoa de Varzim empregava, em fins de 2001,
13 773 activos, com 3 contingentes mais significativos (por ordem de importância): 6 347 nas
Indústrias Transformadoras, 2 525 no Comércio e na Construção com 1940 trabalhadores.
Saliente-se, ainda, a importância crescente das sociedades nas áreas de intervenção social
(educação, saúde, saneamento, associativismo e lazer) que empregavam, em conjunto, 1 222
trabalhadores.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
61
1.6.2. População, actividades e estrutura de emprego
Analisando a população com 15 ou mais anos por condição perante a actividade económica,
constata-se que no Concelho da Póvoa de Varzim residem 32 421 indivíduos com actividade
económica (aproximadamente 63% do total de população com mais de 15 anos a residir no
concelho – 51 389) e 18 968 pessoas sem qualquer actividade económica (37%).
Quadro 13: População Residente com 15 ou mais anos por Condição Perante a Actividade Económica, Sexo e Grupos Etários no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em
Portugal (31.12.2001) População Com Actividade Económica População Sem Actividade Económica
15 a 60 anos Mais de 60 anos 15 a 60 anos Mais de 60 anos Zona
Geográfica
H M Total H M Total H M Total H M Total
Região Norte 946318 766646 1712964 40537 21514 62051 228722 445141 673863 236866 356604 593467
Grande Porto 331272 292205 623477 15070 8844 23914 79422 138422 217844 72664 117005 189669
Póvoa de
Varzim 16 996 14 398 31 394 630 397 1 027 3 647 7 151 10 798 3 118 5052 8 170
Fonte: Censos 2001, INE.
Desagregando a população que desempenha uma actividade económica, verifica-se que 31 394
têm idades compreendidas entre os 15 e os 60 anos (16 996 homens e 14 398 mulheres) e que
os restantes 1027 têm mais de 60 anos (630 homens e 397 mulheres). Relativamente à
população que não possui qualquer actividade económica, 10 798 (56.9%) estão no grupo
etários dos 15 aos 60 anos (existindo 3 647 homens e 7 151 mulheres) e 8 170 (43.1%) têm
mais de 60 anos (3 118 homens e 5 052 mulheres).
Paralelamente, importa referir que o grupo populacional sem actividade económica é
predominantemente feminino, em muitos casos com pensões mínimas (por descontos
inexistentes e/ou tardios) ou apenas com pensões de sobrevivência nas situações de viuvez e
consequentemente em situação de maior fragilidade e vulnerabilidade sócio-económica.
Analisando a população residente com 15 ou mais anos e com actividade económica, observa-
se que dos 32 421 indivíduos residentes, 30 409 (93.8%) encontram-se empregados (16 703
homens e 13 706 mulheres) e 2 012 (6.2%) estavam desempregados aquando das operações
para os Censos de 2001 (923 homens e 1089 mulheres).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
62
Quadro 14: População Residente com 15 ou mais anos e com Actividade Económica no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001)
População Com Actividade Económica
Total Empregada Desempregada Zona
Geográfica
H M Total H M Total H M Total Região Norte 986855 788160 1775015 935351 720752 1656103 51504 67408 118912 Grande Porto 346342 301049 647391 322722 272807 595529 23620 28242 51862
Póvoa de Varzim
17 626 14 795 32 421 16 703 13 706 30 409 923 1 089 2 012
Fonte: Censos 2001, INE. Quadro 15: População Residente com 15 ou mais anos Sem Actividade Económica no Concelho da Póvoa
de Varzim, no Grande Porto, na Região Norte e em Portugal (2001) População Sem Actividade Económica
Estudante Doméstica Reformada, Aposentada ou na Reserva
Incapacitados Permanente para o
trabalho Outra Situação
Zona Geográ- fica
H M Total H M Total H M Total H M Total H M Total
Região Norte
110492 126359 236851 1579 241540 243119 261654 350834 512488 31386 31093 62479 60477 51916 112393
Grande Porto
40096 44246 84342 337 63574 63911 82552 116980 199532 8515 9496 18011 20586 21131 41717
Póvoa de Varzim
1 764 2 051 3 815 30 3 992 4 022 3 404 4 819 8 223 522 455 977 1045 886 1931
Fonte: Censos 2001, INE.
Assim, e relativamente aos 18 968 indivíduos residentes que não possuem qualquer actividade
económica, observamos que existe uma forte preponderância (43.4%) de reformados,
aposentados ou na reserva (8.223, dos quais 3 404 são homens e 4 819 são mulheres,
confirmando a tendência para a "feminização da velhice"), seguindo-se os 4022 (21.2%)
domésticos (30 homens e 3 992 mulheres - população esmagadoramente feminina), os
estudantes com valores muito aproximados (20,1%), 1 931 pessoas em "outra situação" e 977
incapacitados permanentes para o trabalho (522 homens e 455 mulheres).
Com efeito e se nos reportarmos às dinâmicas próprias da esfera profissional, há duas linhas
de transformação estrutural que se destacam notoriamente entre 1960 e 2001 no quadro
nacional. Uma primeira prende-se com a feminização da população activa; a outra é a
inversão dos pesos absolutos e relativos dos sectores de actividade económica a que essa
população está afecta.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
63
No que se refere à taxa de actividade, m 2001, contabilizaram-se 32 421 munícipes
economicamente activos (17 626 homens e 14 795 mulheres), cifrando-se a taxa de
actividade em 51.1%, um aumento de três pontos percentuais no último período
intercensitário (com uma ligeira subida na taxa de actividade feminina e masculina).
Para analisarmos a estrutura do emprego no concelho da Póvoa de Varzim, é importante
compararmos com tendências dos restantes concelhos do Grande Porto. Nesse sentido,
podemos verificar que o concelho da Póvoa de Varzim viu aumentar a sua taxa de actividade,
tal como os restantes concelhos da AMP. Não obstante, o concelho tem uma taxa de actividade
de 51,1%. O que equivalerá a dizer que estamos perante um quadro local e regional marcada
por um relativo dinamismo económico e produtivo.
A leitura deste quadro indica-nos claramente a superioridade do sector terciário (CAE 5 a 9),
sobre o sector secundário (CAE 1 a 4) e primário (CAE 0), na maior parte dos municípios da
AMP. Excepção à regra, verifica-se no concelho de Vila do Conde, onde o sector secundário é
preponderante.
Gráfico 7: Taxa de Actividade no Concelho da Póvoa de Varzim
44,6
45,5
49
48
48,2
48,1
51,4
51,1
40 42 44 46 48 50 52
Portugal
Região Norte
Grande Porto
Póvoa de Varzim
2002
2001
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
64
Quadro 16: População Activa e Empregada por Actividade Económica no Grande Porto (2001)
População Residente Economicamente Activa Actividade Económica
CAE 5 a 9 Zona Geográfica
CAE 0 CAE 1 a 4 Relacionado c/ Act. Econ.
TOTAL
Espinho 113 6 859 8 564 4 649 20 185
Gondomar 534 27 987 49 542 30 743 108 806
Maia 599 23 340 37 184 23 684 84 807
Matosinhos 830 25 032 53 015 33 407 112 284
Porto 420 24 084 89 089 49 963 613 556
Póvoa de Varzim 2 882 12 640 14 887 8 789 39 198
Valongo 277 17 725 23 864 14 826 56 442
Vila do Conde 3 153 17 581 15 247 9 467 45 448
Vila Nova de Gaia
1 034 54 656 84 391 53 551 193 632
Grande Porto 9 842 209904 375 783 229 079 824 608
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
O quadro n.º 17 permite-nos obter um olhar mais fino acerca das diferentes profissões no
concelho da Póvoa de Varzim.
Quadro 17: População Residente Segundo Grupos de Profissões no Concelho
Profissões N %
Quadros superiores da administração pública, dirigentes quadros superiores das empresas
2 369 7,8
Especialistas das profissões intelectuais e científicas 2 000 6,6
Técnicos e profissionais de nível intermédio 2 287 7,5
Pessoal administrativo e similares 2 593 8,5
Pessoal dos serviços e vendedores 3 832 12,6
Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas 2 594 8,5
Operários, artífices e trabalhadores similares 8 452 27,8
Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem 2 630 8,6
Trabalhadores não qualificados 3 533 11,7
Forças armadas 119 0,4
TOTAL 30 409 100
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
65
Verificamos uma maior incidência dos “Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
(8.452; 27,5%), seguido do Pessoal dos Serviços e Vendedores (3.832; 12,6%), seguindo-se
de muito perto os Trabalhadores Não Qualificados (3.533; 11,7%). Estes três blocos
representam no seu conjunto mais de metade das profissões exercidos no concelho da Póvoa
de Varzim.
Portanto, podemos constatar que se trata de uma estrutura sócio-profissional
reprodutora de uma lógica de baixas qualificações. Assim, persistem problemas
relacionados com a baixa qualificação generalizada da população empregada, apesar de
algumas melhorias entretanto registadas, bem como alguns fenómenos de desajustamentos
qualitativos associados a processos de reestruturação económica global, e que no concelho
tem particular incidência na indústria transformadora e na pesca, e na própria modernização do
comércio tradicional. Estes desajustamentos traduzem-se nalguma inadequação entre a
oferta e a procura de trabalho, especialmente notória no caso do emprego jovem e
feminino, com reflexos negativos a prazo na qualificação e estabilidade do emprego.
1.6.3. População e Sectores de Actividade
De 1991 para 2001 o concelho da Póvoa de Varzim registou um aumento de 6129 residentes
com emprego (cerca de 25%), sendo no sector terciário que se verificou um maior
crescimento (mais 5857 residentes empregados, correspondentes a um aumento de 65%). No
sector primário assistiu-se a um decréscimo de cerca de 900 activos, perdendo importância
relativa no número de empregados (de 15,5% em 1991 para 9,5% em 2001). O sector
secundário perdeu também importância relativa no emprego do concelho (em 1991 era o
sector predominante, representando 47,7% do total do emprego), apesar de nele se terem
verificado mais 1150 trabalhadores9. Concretizando a nossa análise, podemos adiantar que o
sector primário possui no concelho da Póvoa de Varzim um peso significativo no total de
residentes com emprego (9,5%) se comparado com os valores calculados para a Região
Norte (4,8%) e para a AMP (1,7%)10.
9 Destaque-se que estes dados foram fornecidos pelo Departamento de Gestão, Urbanística e Ambiente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim no quadro da actual Revisão do Plano Director Municipal, ainda em curso. 10 Idem.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
66
Quadro 18: População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo Sectores de Actividade
POPULAÇÃO EMPREGADA (2001)
SECTOR PRIMÁRIO SECTOR SECUNDÁRIO
SECTOR TERCIÁRIO TOTAL
NUTS/
CONCELHO
N.º % N.º % N.º % N.º %
Portugal 231 646 5,0% 1 632 638 35,1% 2 786 663 59,9% 4 650 947 100%
Região Norte 78 726 4,8% 758 079 45,8% 819 298 49,5% 1 656 103 100%
Grande Porto 9 842 1,7% 209 904 35,2% 375 783 63,1% 595 529 100%
Póvoa de Varzim 2 882 9,5% 12 640 41,6% 14 887 49,0% 30 409 100%
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
Quadro 19: População Residente Empregada no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo Sectores de
Actividade (2001)
POPULAÇÃO EMPREGADA
SECTOR PRIMÁRIO SECTOR SECUNDÁRIO SECTOR TERCIÁRIO TOTAL
CONCELHO/
FREGUESIAS
N.º % N.º % N.º % N.º %
Póvoa de Varzim 703 5,4% 4087 31,2% 8306 63,4% 13096 100%
Aver-o-Mar 293 6,5% 2084 46,4% 2111 47,0% 4488 100%
Argivai 36 3,4% 523 49,5% 498 47,1% 1057 100%
Sub-Total 1032 5,5% 6694 35,9% 10915 58,6% 18641 100%
Amorim 103 7,6% 746 55,1% 505 37,3% 1354 100%
Beiriz 53 3,3% 885 55,4% 660 41,3% 1598 100%
Terroso 97 8,2% 622 52,4% 469 39,5% 1188 100%
Sub-Total 253 6,1% 2253 54,4% 1634 39,5% 4140 100%
Aguçadoura 729 31,9% 853 37,3% 703 30,8% 2285 100%
Navais 207 27,2% 342 45,0% 211 27,8% 760 100%
Estela 229 18,8% 636 52,3% 350 28,8% 1215 100%
Sub-Total 1165 27,3% 1831 43,0% 1264 29,7% 4260 100%
Laúndos 78 7,8% 614 61,5% 306 30,7% 998 100%
Sub-Total 78 7,8% 614 61,5% 306 30,7% 998 100%
Rates 180 14,7% 636 51,8% 411 33,5% 1227 100%
Balasar 174 15,2% 612 53,5% 357 31,2% 1143 100%
Sub-Total 354 14,9% 1248 52,7% 768 32,4% 2370 100%
TOTAL 2882 9,5% 12640 41,6% 14887 49,0% 30409 100% Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
67
Relativamente às actividades piscatórias, existem ainda cerca de 770 residentes activos com
emprego nas actividades relacionadas com o sector, concentrados nas freguesias de Póvoa de
Varzim, Aver-o-Mar e Argivai. Porém constata-se que a actividade se encontra em declínio (à
semelhança do que vai acontecendo no país), reflectindo-se no decréscimo quer do número de
pescadores matriculados (menos 300, correspondentes a 10%, nas capitanias da Póvoa de
Varzim e Vila do Conde no período de 1995 a 2001), quer do número de embarcações.
Consequentemente, assistiu-se no número de toneladas descarregadas, entre 1990 e 2001, a
um decréscimo na ordem dos 58%, repercutindo-se nos rendimentos das famílias. No entanto,
poder-se-á concluir que se mantém vivo um potencial a explorar, inclusivamente
enquanto fileira capaz de se articular com o turismo e o lazer.
As actividades agrícolas empregam no concelho cerca de 2100 trabalhadores com residência
no concelho, exercendo maior peso nas freguesias da Aguçadoura, Navais e Estela (1 165
residentes empregados)11. Estas freguesias encontram-se especializadas na cultura de produtos
hortícolas, sendo a dimensão média das explorações de cerca de 1 ha de SAU.
As freguesias de Rates e Balasar possuiem também especial relevo, uma vez que 15% da
população residente (354 activos) desenvolve actividades primárias, tendo, esta unidade,
vindo a especializar-se na pecuária de leite. A dimensão média das explorações nesta unidade
territorial de planeamento ultrapassa os 6 ha.
Quanto à caracterização da população agrícola é de referir que esta se encontra
envelhecida (apenas 9% dos agricultores têm idade inferior a 34 anos, 40% têm mais de 55
anos de idade) e que a maior parte dos agricultores possuem o Ensino Básico (apesar de
nas freguesias de Aver-o-Mar e Aguçadoura 1/3 dos agricultores não possuir qualquer nível de
instrução).
Se lançarmos o nosso olhar para o sector secundário, podemos observar que este, em
2001, empregava cerca de 12 600 residentes no concelho representando 41,6% do emprego da
população residente, percentagem superior aos 35% verificados quer na AMP, quer no total do
país.
11 Idem.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
68
Desagregando a informação, verifica-se que, à excepção da freguesia da Póvoa de Varzim e
das freguesias de Aguçadoura, Navais e Estela, o sector secundário é o sector com maior
peso relativo (mais do que 50%) em todas as restantes freguesias que constituem o
Concelho. A indústria transformadora da Póvoa de Varzim apresenta um elevadíssimo nível de
concentração sectorial em torno da indústria têxtil e de vestuário, responsável por cerca de
79% do emprego industrial no ano de 1997. Numa análise mais fina verifica-se que a
indústria de vestuário se destaca claramente (51% do emprego) seguida do fabrico de
têxteis (28%).
Na freguesia de Laúndos, o peso do sector na estrutura da população activa é ainda maior
atingindo os 62%, o que pode ser explicado pela localização de uma zona industrial nesta
freguesia12. Este parque dispõe de excelentes condições de acessibilidade.
Desta feita, e relativamente ao emprego no sector secundário verifica-se que são as
indústrias transformadoras as maiores empregadoras de mão-de-obra (8100 activos) com
particular destaque para as indústrias têxteis e de vestuário, representando 60,3% do
emprego industrial (respectivamente 22,7% e 37,6%). Quanto às restantes indústrias
transformadoras destacam-se as indústrias alimentar, das bebidas e do tabaco e as indústrias
metalúrgicas de base e de produtos metálicos (respectivamente com quotas de emprego de
10,5% e 6,4%). A actividade da construção exerce um peso significativo na estrutura do
emprego da população residente, sendo responsável pelo emprego de 14,3% do total de
residentes com emprego.
No que se refere às sociedades de construção, em 2000, estas eram responsáveis por
14,2% do emprego. O número médio de trabalhadores ao serviço era de 7,6 trabalhadores
(metade do observado em 1997), sendo inferior ao da AMP (8,3) e superior ao da Região Norte
e do Continente (7,4 e 6,4). Quanto ao volume de vendas verificado na actividade da
construção, este foi de 116.247 milhares de euros, cerca de mais 28% que no ano anterior,
representando 15% do volume de vendas totais das sociedades sediadas no concelho. Tal facto
permite constatar a forte dinâmica construtiva, que se traduziu num aumento de 7259 novos
fogos (dos quais 80% na Cidade), no período 1991/2001.
12 Idem.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
69
Relativamente à localização das actividades industriais, estas assumem a sua maior
expressão na zona industrial de Laúndos, onde se encontram instaladas uma diversidade
de indústrias transformadoras (confecções, fabricação de mobiliário, fabricação de produtos
metálicos e não metálicos, fabricação de produtos químicos e sintéticos, etc.).
Embora em menor escala, na freguesia de Amorim encontram-se, junto à EN205, alguns
espaços industriais (essencialmente de armazenagem) cuja ocupação tem vindo a aumentar.
Situando-nos, agora, no sector terciário, podemos adiantar que em 2001, cerca de 50% da
população residente no concelho com emprego exerce a sua actividade económica em
actividades de comércio ou de serviços, percentagem equivalente à verificada para a Região
Norte, mas inferior à do Grande Porto (63%) e Portugal (60%)13, o que evidencia uma
significativa debilidade do sector terciário ainda existente no concelho da Póvoa de Varzim.
A comparação com as unidades geográficas acima referidas e o conjunto das freguesias
que constituem a Cidade, em que 63% da população residente desenvolve actividades
terciárias, é caracterizadora de uma certa debilidade no sector, tendo em conta a forte vocação
turística da Póvoa de Varzim (em termos relativos verificam-se na cidade apenas mais 3% que
na média nacional). O elevado peso do emprego público (19% do total de empregados) e os
baixos valores de emprego quer nas actividades de restauração e alojamento (apenas 5%),
quer nas actividades de prestação de serviços (6,8%) são também sinónimos da fragilidade
do sector no concelho14.
As actividades de comércio são responsáveis pelo emprego de 15,2% do número de
trabalhadores, dos quais 11,6% exercem actividade no comércio a retalho, 2,0% no comércio
por grosso e 2,6% no comércio de veículos automóveis e motociclos. No respeitante às
sociedades, constata-se em 2000 que 37,5% das pessoas ao serviço (5162) exercem a sua
profissão em actividades terciárias, valor relativo igual ao observado para a Região Norte mas
muito inferior aos calculados para o Grande Porto e Portugal (acima dos 50%).
13 Idem. 14 Idem.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
70
As actividades de comércio (por grosso e a retalho) são as que detêm maior peso
relativo, sendo responsáveis por 18,3% do emprego (2525 pessoas) e por 41,2% do volume de
vendas (320 milhões de euros) dos totais do concelho. A um número médio de 4 pessoas ao
serviço por sociedade correspondem um volume médio de vendas por trabalhador de 126,6
milhares de euros, menos 54,2 milhares de euros que o valor médio encontrado para a AMP.
Será importante referir que face aos problemas de algum enfraquecimento do comércio
tradicional, e tendo presente a ainda reduzida dinâmica do concelho e da cidade em matéria de
comércio e serviços, e a sua relativa dependência em relação a outros centros urbanos melhor
apetrechados (caso da cidade do Porto), bem como em relação às grandes superfícies, a
Câmara Municipal, em parceria com a Associação Comercial, efectivou o PROCOM, sendo este
um momento de avaliação dos seus devidos efeitos.
As actividades de alojamento e restauração representam 8,2% do número das sociedades
no concelho e empregam cerca de 5% das pessoas ao serviço, situação semelhante à do
Grande Porto. Quanto ao volume de vendas, estas actividades representam 2,3% do volume
de vendas total do concelho (quase 18 milhões de euros), sendo o volume médio por pessoa
de 126,57 milhares de euros, valor muito inferior ao calculado para a AMP (180,79 milhares de
euros) e à média nacional (190,92 milhares de euros)15.
Relativamente ao conjunto de actividades habitualmente denominadas por serviços de
apoio à produção (transportes, armazenagem e comunicações; actividades financeiras; e
actividades imobiliárias, alugueres e serviços), verifica-se uma situação francamente débil no
concelho, quer quanto ao número de sociedades quer quanto ao número de pessoas ao
serviço.
Em 2000 estavam empregadas nestas actividades apenas 5,8% do total de trabalhadores em
sociedades, sendo o número médio de trabalhadores por sociedade de 4 activos (metade do
verificado na AMP). Estas actividades contribuem com cerca de 3,5% do volume de vendas
total das sociedades sediadas no concelho, equivalendo a 27.095 milhares de euros. De notar
que na AMP o seu contributo é da ordem dos 28% no total de todas as actividades.
15 Idem.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
71
O volume médio de vendas por trabalhador observado é também muito baixo se comparado
com o calculado para a AMP (34,56 para 150,60 milhares de euros por trabalhador). Tais
valores reflectem a forte especialização destas actividades na AMP, estando também explícitas
as diferenças de produção verificadas nos outros sectores entre o concelho da Póvoa de
Varzim e a Área Metropolitana.
Os serviços públicos sociais e outros empregam 8,9% dos trabalhadores ao serviço das
sociedades do concelho (dobro do valor calculado para as restantes unidades geográficas). O
número médio de pessoas ao serviço é de 9,4 (também aproximadamente o dobro do
observado para as outras unidades), sendo o volume médio de vendas por pessoa de 67,6
milhares de euros, valor superior ao da AMP (43,4 milhares de euros), da Região Norte (40
milhares de euros) e Portugal (45 milhares de euros).
Relativamente à distribuição espacial dos serviços no concelho, verifica-se por um lado a
grande centralidade exercida pela freguesia da Póvoa de Varzim, e por outro lado a
importância da Praça do Almada, Avenida Mouzinho de Albuquerque e Rua Gomes de
Amorim.
As actividades de comércio, tal como os serviços, exercem um maior peso na freguesia da
Póvoa de Varzim, sendo a zona central onde se encontra maior e mais variado tipo de
comércio (com especial destaque para a Rua da Junqueira e Rua 31 de Janeiro). De referir
também a atracção de dois grandes espaços comerciais (hipermercados), um localizado entre o
IC1 e a futura Via B, outro com localização na intercepção da EN205 com a Rua Sacra Família16.
A EN13 assume particular importância quer no centro da cidade, pela concentração de
estabelecimentos de comércio e serviços, quer fora do perímetro urbano por concentrar
actividades de comércio por grosso e pela realização da feira das cebolas (com localização no
limite a Norte do concelho, na freguesia da Estela, e de realização semanal)17.
16 Idem. 17 Idem.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
72
A actividade turística merece-nos, no contexto poveiro, uma análise específica18. Podemos
adiantar que o concelho concentra um vasto e diversificado conjunto de recursos turísticos
materializados nos recursos patrimoniais e naturais, em equipamentos, infra-estruturas ou
mesmo actividades ligadas directamente ao turismo.
No que respeita à oferta turística, de 1992 para 2001, verifica-se a emergência de mais um
hotel e outros dois estabelecimentos hoteleiros, com reflexos significativos quer no número de
quartos (531 para 624), quer na capacidade de alojamento (de 1086 para capacidade para 1459
hóspedes). O concelho assume-se como uma extensão de oferta turística da cidade do
Porto, pretendendo ser uma extensão de tipo qualidade alta.
Existem actualmente no concelho 6 hotéis, 3 pensões e outros 3 estabelecimentos. Os hotéis
compreendem cerca de 75% do número de quartos do total dos estabelecimentos hoteleiros
(466 quartos do total de 624), ao que corresponde 78% da capacidade de alojamento do
concelho (capacidade para 1139 hóspedes do total de 1459). O concelho relativamente à AMP
representa 8,2% do número de estabelecimentos hoteleiros, 10,4% do número de quartos e
11,6% da capacidade de alojamento, assumindo-se como uma extensão de oferta turística
de tipo qualidade alta da cidade do Porto.
Quanto à procura hoteleira no concelho, no período de 1997 para 2001, esta aumentou em
cerca de 7% o número de hóspedes, tendência semelhante à observada no Grande Porto e
Portugal, e metade da verificada na Região Norte. O aumento verificado deve-se ao aumento
do número de hóspedes de nacionalidade portuguesa (+21%), uma vez que se assistiu a um
decréscimo na entrada de hóspedes estrangeiros (-16%), agravando-se a tendência já ocorrida
no período 1991/1997.
De facto, os hóspedes de nacionalidade portuguesa têm vindo a aumentar o seu peso relativo
(em 1991 correspondiam a 54%, em 1997 a 62% e em 2001 a 70% do total de hóspedes). Esta
tendência verifica-se também nos espaços geográficos de comparação, embora em proporções
menores (de 1997 para 2001 aumentaram em cerca de 2%). Os espanhóis continuam a ser os
turistas estrangeiros mais representados, pois em 2001 detinham um peso relativo de 16% do
total de procura, correspondendo a cerca de metade da procura estrangeira), apesar de se ter
assistido a uma diminuição da ordem dos 4% entre 1997 e 2001. 18 Tal como tem sido referido ao longo deste sub-capítulo, os dados apresentados foram fornecidos pelo Departamento de Gestão, Urbanística e Ambiente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim no quadro da actual Revisão do Plano Director Municipal, ainda em curso.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
73
Em relação ao número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros regista-se um aumento
igual ao verificado na entrada de hóspedes (7%), sendo a procura nacional responsável, em
2001, por 59% da total (o número de dormidas de nacionais registou um aumento de 16%,
enquanto que o número de dormidas de hóspedes estrangeiros registou uma queda de 4%).
Relativamente ao tempo de permanência médio do total de hóspedes em estabelecimentos
hoteleiros do concelho não se verificaram alterações (2,15 dias/hóspede quer em 1997 quer
em 2001, valor este muito inferior à média nacional: 3,57 dias/hóspede em 2001); no entanto é
de referir que o tempo de permanência médio de estrangeiros subiu de 2,60 para 2,96
dias/hóspede, embora continue inferior ao verificado para Portugal (4,78).
Os estabelecimentos hoteleiros registaram em 2001 um volume de facturação de 6679
milhares de euros (mais 509 milhares de euros que em 1998), sendo as receitas geradas nos
hotéis responsáveis por cerca de 80% do valor movimentado (5259 milhares de euros).
Assim, e no que diz respeito à actividade turística podemos asseverar que o concelho tem
vindo a operar uma tendência no sentido da sua requalificação, tendo mesmo vindo a
verificar-se uma nova dinâmica de investimento municipal na área da animação
complementar ao turismo, o que tem tido impactos muito positivos na requalificação
urbanística da cidade. Aliás, podemos dizer que na actualidade, a Póvoa dispõe de uma
oferta hoteleira renovada e de qualidade média, pretendendo ser de qualidade média alta.
A nossa análise será ainda coadjuvada pela análise dos chamados indicadores
complementares, caracterizadores das dinâmicas e da estrutura produtiva o comércio
internacional declarado pelos operadores com sede no concelho da Póvoa de Varzim e o
Índice per capita do Poder de Compra19.
No que respeita ao comércio internacional declarado em 2001, verifica-se um saldo
comercial positivo em que o valor das exportações excede em cerca de 29% (27.512 milhares
de euros) o valor das importações (dobro da percentagem calculada para 1997, que era de
16%). O contributo no valor das exportações do concelho da Póvoa de Varzim no ano de 2001
19 Mais uma vez refira-se que estes dados foram fornecidos pelo Departamento de Gestão, Urbanística e Ambiente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim no quadro da actual Revisão do Plano Director Municipal, ainda em curso.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
74
foi de 3,40% na AMP e de 1,04% na Região Norte, verificando-se em relação aos dois espaços
geográficos percentagens de contributo superiores às verificadas em 1997, concretamente
3,16% e 0,97%.
De acordo com o “Estudo sobre o poder de compra concelhio, 2002”, do INE, o concelho da
Póvoa de Varzim apresenta um Índice per capita do Poder de Compra de 90 (Portugal = base
100)20, valor superior ao registado em 1998 (índice 81). Apesar do aumento verificado é de
referir que o concelho possui um índice baixo se comparado com o calculado para a média da
AMP (122).
Quadro 20: Indicadores de Poder de Compra em Portugal, Região Norte e Grande Porto
NUTS/Concelho IPC
Portugal 100,00
Região Norte 85,58
Grande Porto 121,99
Espinho 116,49
Gondomar 92,57
Maia 118,19
Matosinhos 133,86
Porto 176,62
Póvoa de Varzim 89,99
Valongo 98,68
Vila do Conde 80,31
Vila Nova de Gaia 107,89 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
1.6.4. Indicadores de Emprego e de Desemprego
Procedendo agora à análise dos indicadores de emprego, verifica-se que o concelho da
Póvoa de Varzim possui uma taxa de actividade próxima do Grande Porto e superior quer
à verificada para a Região Norte e Portugal em 2001, quer à calculada em 1991 (48,0%).
20 IPC – Indicador per Capita – É um número índice com o valor 100 no país, que compara o poder de compra regularmente manifestado nos diferentes concelhos e regiões, em termos per capita, com esse valor de referência.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
75
Relativamente à taxa de desemprego, constata-se uma taxa bem inferior à observada para
os restantes espaços geográficos de comparação. No entanto, de referir que de 1991 para
2001 a taxa de desemprego aumentou em 1,3 pontos percentuais. São as freguesias da Póvoa
de Varzim, Argivai e Aver-o-Mar que registam maior taxa de desemprego e concentra 72% do
desemprego do concelho (residem na Cidade 1448 desempregados dos 2012 do concelho).
Quadro 21: Taxa de Actividade e Taxa de Desemprego da População Residente Empregada no concelho da Póvoa de Varzim, em 2001
NUTS/ CONCELHO TAXA DE ACTIVIDADE TAXA DE DESEMPREGO
Portugal 48,2% 6,8%
Região Norte 48,1% 6,7%
Grande Porto 51,4% 8,0%
Póvoa de Varzim 51,1% 6,2%
Fonte: Censos 2001, INE.
No último período intercensitário, assistiu-se a um aumento da taxa de desemprego no
Concelho da Póvoa de Varzim passando de 4.9% em 1991 para um valor que se cifrava em 6.2
% em 2001. Analisando a taxa de desemprego segundo o género, constata-se que, esta é mais
elevada nas mulheres (7.4% em 2001) do que nos homens (5.2%).
Gráfico 8: Taxa de Desemprego na AMP em 2001
Este gráfico vem corroborar os dados anteriores, evidenciando o aumento da taxa de
desemprego em todos os concelhos da AMP, donde se destaca Gondomar, Porto e Vila Nova
de Gaia como os municípios onde esse crescimento foi mais evidente.
0
2
4
6
8
10
12
Póvoa deVarzim
Espinho Gondomar Maia Matosinhos Porto Valongo Vila doConde
Vila Nova de Gaia
1991 2001
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
76
Quadro 22: População Desempregada registado no Concelho da Póvoa de Varzim (2001, 2004) População Desempregada
Ano Homens Mulheres Total Procura 1.º Emprego
Procura Novo
Emprego
2001 923 1 089 2 012 433 1 579
2004 1 593 1 756 3 349 262 3 087
Fonte: IEFP, 2005
Ao analisarmos os dados do desemprego registado na Póvoa de Varzim, verificamos que, no
período de três anos apresentado, houve um acréscimo da população desempregada no
Concelho da Póvoa de Varzim, o que corresponde a mais 1 333. Efectivamente, existem 3 446
desempregados inscritos no Centro de Emprego do Concelho da Póvoa de Varzim, com uma
proporção mais significativa de mulheres (1.756; aproximadamente 52% do total de
desempregados) do que de homens (1 593; 48%). Destes, 262 (8 %) procuram o seu 1.º
emprego e os restantes 3 087 (92%) procuram um novo emprego. Tal como se verificou no
país, assistiu-se, entre Outubro, Novembro e Dezembro de 2004, a um ligeiro, mas constante,
aumento do número de desempregados inscritos no Centro de Emprego da Póvoa de Varzim.
Quadro 23: Desemprego Registado no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo o Grupo Etário
N.º de Desempregados Registado por Grupos Etários
Outubro Novembro Dezembro
< 25 25 a
34
35 a
54
55 e
+ TOTAL < 25
25 a
34
35 a
54
55 e
+ TOTAL < 25
25 a
34
35 a
54 55 e + TOTAL
Póvoa de Varzim 515 809 1 263 692 3 279 523 818 1 255 706 3 302 498 839 1 289 723 3 349
Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional, 2004.
Em 2004, e ainda relativamente à desagregação dos desempregados inscritos no Centro de
Emprego segundo grandes grupos etários, observa-se que, acompanhando as tendências dos
meses anteriores, em Dezembro de 2004, os indivíduos com idades compreendidas entre os 35
e 54 anos eram o grupo mais afectado, seguindo-se a faixa etária dos 25-34 e os
desempregados com mais de 55 anos. Com menor expressão quantitativa, surgiam os
desempregados com menos de 25 anos, representando aproximadamente 15% do total de
desempregados inscritos.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
77
Quadro 24: Desemprego Registado no Concelho da Póvoa de Varzim, Segundo o Tempo de Inscrição
N.º de Desempregados Registado Segundo o Tempo de Inscrição
Outubro Novembro Dezembro
< 1 ano 1 ano e + Total < 1 ano 1 ano e + Total < 1 ano 1 ano e + Total
Póvoa de Varzim
1 825 1 454 3 279 1 859 1 443 3 302 1 933 1 416 3 349 Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional, 2004.
Ainda com dados relativos ao último trimestre de 2004, no que concerne ao Tempo de
Inscrição, pode referir-se que a maioria dos desempregados estavam inscritos há menos de
1 ano no Centro de Emprego (1 933 indivíduos) e que apenas 1 416 estavam inscritos há mais
de 1 ano.
Quadro 25: Desemprego Registado no Concelho da Póvoa de Varzim, por Níveis de Escolaridade
Nenhum 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secundário Superior TOTAL
Outubro 156 1 175 728 475 444 301 3 279
Novembro 161 1 191 744 483 450 273 3 302
Póvo
a de
V
arzi
m
Dezembro 176 1 229 779 470 443 252 3 349 Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional, 2004.
Reportando-se a análise ao último mês de 2004, constata-se que, dos desempregados inscritos
no Centro de Emprego da Póvoa de Varzim, 1 229 (36.7%) têm o 1.º Ciclo do Ensino Básico,
779 (23.3%) detêm o 2.º Ciclo do Ensino Básico, 470 (14.0%) possuem o 3.º Ciclo, 443 (13.2%)
possuem o Ensino Secundário, 252 (7.5%) são detentores de um Curso Superior. Saliente-se,
ainda, a existência de 176 (5.3%) desempregados inscritos sem nenhum tipo de instrução
oficial.
1.6.5. Índice de Desenvolvimento Económico e Social
Enquadrando o Nível de Desenvolvimento Económico e Social do Concelho da Póvoa de
Varzim, apresenta-se o índice, medido pelo departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP)
do Ministério das Finanças, para o ano de 2004. O valor deste índice deve ser lido com algum
cuidado, na medida em que é composto por informação estatística baseada em estimativas
inter censitárias, acredita-se todavia que é susceptível de espelhar quantitativamente a
realidade socioeconómica do concelho em contexto regional.
Deste modo, o Índice de Desenvolvimento Económico e Social (IDES) é calculado tendo em
conta os seguintes indicadores:
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
78
Índice de Educação, representando a relação entre a população que sabe ler e escrever
com 15 e mais anos de idade e a população total do mesmo grupo etário (em ambos os
sexos, expressa em %);
Índice de Longevidade, representada pela esperança de vida à nascença, em ambos os
sexos;
Índice de conforto, traduzindo a média aritmética da população que tem água
canalizada, energia eléctrica e instalações sanitárias;
Índice de PIB, calculado com referência aos valores máximos e mínimos para o PIB real
per capita, no conjunto dos concelhos de Portugal.
Quadro 26: Índice de Desenvolvimento Económico e Social (IDES)
1981 1991 2001
Portugal 0.672
0.753
0.800
Região Norte 0.683
0.739
0.775
Grande Porto 0.733
0.787
0.824
Póvoa de Varzim 0.897 0.899 0.924
Fonte: Censos 1981,1991,2001, INE.
Constata-se dos dados supra referidos, a tendência de evolução positiva do índice composto
para todas as unidades geográficas representadas. O concelho da Póvoa de Varzim apresenta,
da mesma forma, uma tendência evolutiva positiva ao nível deste índice compósito para os
anos em análise.
Não obstante a evolução positiva que se tem constatado em todas as unidades de análise,
verifica-se que o IDES da Póvoa de Varzim se encontra acima dos valores de referência do
Grande Porto, Região Norte e à média do Continente a partir do ano de 1981, inclusive.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
79
2. Estruturação e Caracterização do Sistema Educativo
2.1. Sistema Educativo
As grandes linhas que orientam a acção do sistema educativo exprimem o direito constitucional
à educação e o dever do Estado de desenvolver a democratização da educação, garantindo o
direito à igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares e as restantes condições
para que esta contribua para o desenvolvimento da personalidade do indivíduo, para o
progresso social e para a participação na vida colectiva. É igualmente assegurado o direito pela
liberdade de aprender e de ensinar, não podendo ser direito do Estado, a programação a
educação e a cultura, de acordo com quaisquer directrizes filosóficas, políticas, ideológicas ou
religiosas.
A Lei de Bases do Sistema Educativo, publicada em 1986, a Lei nº 46/86 de 14 de Outubro
(posteriormente alterada, nalguns dos seus articulados, pela Lei nº 115/97, de 19 de Setembro),
estabelece o quadro geral em que se organiza e estrutura o actual sistema educativo.
Nos termos da referida Lei, o sistema educativo compreende: A Educação Pré-Escolar constitui
a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida do indivíduo e
é complementar da acção educativa familiar, com a qual deve estabelecer estreita cooperação.
Este nível de ensino destina-se às crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a
idade de ingresso no ensino básico e é ministrado em estabelecimentos de educação pré-
escolar, públicos, instituições de solidariedade social e particulares e cooperativos, os quais
proporcionam actividades educativas e apoio à família, designadamente no âmbito de
actividades de animação sócio-educativa.
A frequência deste nível de ensino é facultativo, dado que é à família que compete ter o papel
principal no processo de educação da criança.
A educação escolar engloba três níveis de ensino, os ensinos básico, secundário e superior,
com finalidades, características e organizações próprias, integra modalidades especiais e inclui
actividades de ocupação de tempos livres.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
80
O ensino básico é universal, obrigatório e gratuito e tem a duração de nove anos, abrangendo
assim todas as crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos de idade. A
frequência pode ser efectuada em escolas públicas, particulares ou cooperativas.
Este nível de ensino, abrange 3 ciclos sequenciais, organizados da seguinte forma:
1 º ciclo – que tem uma duração de 4 anos de escolaridade e compreende um ensino
globalizante, sendo da responsabilidade de um só professor (podendo, no entanto, ser
coadjuvado em áreas especializadas).
2º ciclo – que tem a duração de 2 anos de escolaridade e compreende um ensino
organizado por áreas interdisciplinares de formação básica e desenvolve-se
predominantemente em regime de professor por área.
3º ciclo – que tem a duração de 3 anos de escolaridade e compreende um ensino
organizado de acordo com um plano curricular unificado, incluindo áreas vocacionais
diversificadas, e desenvolve-se em regime de um professor por disciplina ou grupo de
disciplinas.
O Ensino Secundário tem a duração de 3 anos de escolaridade, respectivamente 10º, 11º e 12º
anos, e é facultativo. Para terem acesso a este nível de ensino os alunos têm que ter
aproveitamento no ensino básico. Este nível de ensino organiza-se segundo formas
diferenciadas, integrando a existência de cursos orientados para a vida activa (cursos
tecnológicos e cursos profissionais) ou para o prosseguimento de estudos (cursos de carácter
geral). Todos eles dispõem de componentes de formação de sentido técnico, tecnológico e
profissionalizante e de língua e cultura portuguesas adequadas à natureza dos diversos cursos,
sendo assegurada a permeabilidade entre eles.
O ensino superior compreende o ensino universitário e o ensino politécnico, nas suas
diferentes unidades orgânicas.
Só têm acesso a este nível de ensino os alunos habilitados com um curso secundário, ou
equivalente, que, cumulativamente, façam prova de capacidade para a sua frequência. Os
indivíduos com mais de 25 anos que não tendo o secundário ou equivalente, façam prova
especialmente adequada de capacidade para a frequência, as quais de âmbito nacional e
específicas para cada curso ou grupo de cursos afins. O acesso a este nível de ensino está
condicionado por limitações quantitativas (números clausus).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
81
No ensino superior são conferidos os graus académicos de Bacharel, Licenciado, Mestre e
Doutor, podendo ainda ser atribuídos diplomas de estudos superiores especializados, bem
como outros certificados e diplomas para cursos de pequena duração.
Como modalidades especiais no âmbito da educação escolar, temos a Educação Especial; a
Formação Profissional; o Ensino Recorrente de Adultos; o Ensino à Distância e o Ensino
Português no Estrangeiro.
Fazendo parte integrante da educação escolar cada uma destas modalidades, contudo, regem-
se por disposições especiais:- a educação extra-escolar engloba actividades de alfabetização e
de educação de base, de aperfeiçoamento e actualização cultural e científica e a iniciação,
reconversão e aperfeiçoamento profissional e realiza-se num quadro de iniciativas múltiplas, de
natureza formal e não formal. A educação extra-escolar integra-se numa perspectiva de
educação permanente, e visa dar continuidade à acção educativa.
As actividades da educação extra-escolar podem ser levadas a efeito em estruturas de
extensão cultural do sistema escolar, ou em sistemas abertos, recorrendo a meios de
comunicação social e a tecnologias específicas e adequadas. Os cursos aqui desenvolvidos têm
como finalidades específicas a alfabetização, a actualização, a formação cultural, a formação
cívica e a formação para o trabalho.
É da competência do Estado promover a realização das iniciativas extra-escolar e de dar apoio
às que sejam desenvolvidas por outras instituições, como autarquias, associações, etc.
2.2. Enquadramento Geral da Educação e do Ensino
2.2.1. População e Ensino
Ao compararmos os dados do concelho da Póvoa de Varzim, relativamente ao nível de
ensino da população residente, com os observados no país, verificamos que a
percentagem de indivíduos que não possuem qualquer nível de ensino (12.6%) é inferior à
média registada a nível nacional (14.4%).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
82
No que se refere aos "níveis de escolaridade europeus" (9 ou + anos de escolaridade), a
percentagem de indivíduos detentores destes níveis abrange quase 34%, sendo inferior à
média registada a nível nacional (38%). Esta inferioridade em relação ao nível de instrução
médio da população residente no país é sobretudo evidente na proporção de indivíduos que
possuem o Ensino Superior (8.7%), em contraponto com os 10.5% registados a nível nacional.
Quadro 27: Nível de Ensino da População Residente no Concelho da Póvoa de Varzim, no Grande Porto,
na Região Norte e em Portugal, em percentagem (2001)
Nenhum Nível
de Ensino 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo
Ens.
Secundário
Ens.
Médio
Ens.
Superior
PORTUGAL 14.2% 35.1% 12.6% 10.9% 15.7% 0.8% 10.7%
REGIÃO NORTE 14.0% 37.6% 15.1% 10.7% 13.1% 0.6% 8.9%
GRANDE PORTO 11.2% 33.8% 12.5% 11.2% 17.0% 1.0% 13.3%
PÓVOA DE VARZIM 12.6% 36.0% 17.9% 11.4% 12.7% 0.7% 8.7%
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
No entanto, o concelho da Póvoa de Varzim tem a mais elevada taxa de frequência escolar
ao nível do 2.º ciclo, 17.9%, em comparação com os concelhos do Grande Porto e tem
mais quase 5 pontos percentuais em relação à média nacional, tendo, também, a maior
taxa no que se refere ao 3.º ciclo do Ensino Básico (11,4%), o que poderá significar estarmos
num quadro de mudança no tocante à permanência na escola das populações e a um crescente
investimento na experiência educativa.
2.2.2. Taxa de Analfabetismo
O concelho da Póvoa de Varzim apresenta, em 2001, uma taxa de analfabetismo situada nos
5,9%, o que representa uma descida de 1.1% face aos Censos de 91, e uma percentagem
inferior em 3 pontos percentuais em relação à media nacional, 2.2 % em relação à Região
Norte e semelhante quando comparada com os concelhos da AMP.
Quadro 28: Taxa de Analfabetismo
TERRITÓRIO 1991 2001
PORTUGAL 11% 9%
REGIÃO NORTE 9.9% 8.3%
GRANDE PORTO 5.9% 5.3%
PÓVOA DE VARZIM 7.0% 5.9%
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
83
Gráfico 9: Taxa de Analfabetismo na AMP
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Póvoa deVarzim
Espinho Gondomar M aia M atosinhos Porto Valongo Vila doConde
Vila Nova deGaia
1991 2001
Em 2001, de acordo com os dados do INE, no Grande Porto, região na qual está inserido o
concelho da Póvoa de Varzim, e fazendo a comparação com os dados relativos à região Norte e
ao País, a taxa de analfabetismo era a mais baixa das quatro escalas territoriais que temos
vindo a utilizar, situando-se nos 5,3%. No mesmo ano, esta taxa era ligeiramente superior
no concelho, cerca de 5,9%.
Apesar do cenário positivo relativamente ao analfabetismo no quadro da sociedade
poveira, não podemos deixar de referir dados recentes que reiteram que em Portugal,
48% dos indivíduos que sabem ler e escrever sofrem de analfabetismo funcional. O que
quer dizer que não percebem o que estão a ler, ou têm dificuldade em entender parte da
informação.
Este é um dado recorrente no retrato do país que, anualmente, é feito pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no capítulo dedicado à classificação dos
países num Índice de Desenvolvimento Humano.
2.2.3. Outros Indicadores Educacionais
Abordar os assuntos ligados à educação exige que se foque a questão do insucesso e do
abandono escolar. O abandono escolar foi considerado em 2003 pelo INE como um fenómeno
que nos merece a maior preocupação, dado o crescente número de casos que se têm
verificado, nomeadamente, na Região Norte do país.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
84
Este fenómeno pode ser considerado como uma causa directa dos problemas e situações de
exclusão social, na medida em que as consequências que acarreta não se resumem unicamente
ao campo escolar mas repercutem-se nas mais diversas dimensões da vida dos indivíduos.
Subjacentes ao abandono escolar podem estar problemas relacionados com a própria estrutura
familiar dos agregados das crianças e jovens, com a estrutura económica da região envolvente
e até com o próprio funcionamento da instituição escolar, muitas vezes totalmente desfasado
dos interesses e aspirações dos jovens residentes neste tipo de contextos sócio-territoriais.
Interessa, antes de uma análise do quadro seguinte, precisar os conceitos retratados pelos
indicadores:
Abandono do Ensino Básico (%): Total de indivíduos, no momento censitário, com 10-
15 anos, que não têm o 3º ciclo completo e que não se encontram a frequentar a
escola, em relação ao total de indivíduos com 10-15 anos no mesmo momento
censitário;
Saída Antecipada (%): Total de indivíduos, no momento censitário, com 18-24 anos,
que não têm o 3º ciclo completo e que não se encontram a frequentar a escola, em
relação ao total de indivíduos com 18-24 anos no mesmo momento censitário;
Saída Precoce (%): Total de indivíduos, no momento censitário, com 18-24 anos, que
não têm o ensino secundário completo e que não se encontram a frequentar a escola,
em relação ao total de indivíduos com 18-24 anos no mesmo momento censitário;
Retenção no Ensino Básico (1º, 2º e 3º ciclos): percentagem dos efectivos escolares
que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de
classificações, no ensino básico (1º, 2º ou 3º ciclo) em relação à totalidade de alunos
que iniciaram este mesmo nível de ensino;
Aproveitamento no Ensino Secundário: percentagem de alunos que no 10º e 11º anos
obtêm classificação igual ou superior a 10 valores em todas as disciplinas
correspondentes ao curso frequentado, ou em todas menos duas, e os que concluem o
12º ano.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
85
Quadro 29: Indicadores no âmbito da Educação, alguns dados comparativos
TERRITÓRIO
ABANDONO (10-15 anos
Que não Concluíram o
3.º Ciclo
SAÍDA ANTECIPADA (18-24 anos
Que não Concluíram o
3.º Ciclo
SAÍDA PRECOCE (18-24 anos
Que não Concluíram o
Ensino secundário
RETENÇÃO
GLOBAL 1.º, 2.º, 3.º
Ciclos
APROVEITAMENTO NO
ENSINO SECUNDÁRIO
PORTUGAL 2.7 25 44 16.8 60
GRANDE PORTO 2.6 22 40.5 12.9 64.2
PÓVOA DE VARZIM 3.9 38.8 57.2 12.1 68.4
ESPINHO 4.1 27.2 44.5 13.9 74.5
GONDOMAR 2.3 21.4 42.2 12.5 62.3
MAIA 1.8 19.6 38.8 12.1 63.7
MATOSINHOS 2.1 18.4 37 14.4 63.8
PORTO 2.6 15.6 28.2 11.9 65.4
VALONGO 3 24.9 44.9 14.1 48.9
Vila do Conde 3.3 36.1 55.9 14.1 67
Vila Nova de Gaia 2.6 21.8 42.6 13.1 66
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.
Uma análise célere do seguinte quadro permite ainda verificar que o concelho da Póvoa de
Varzim surge como o segundo concelho do Grande Porto com maior taxa de abandono
escolar (10 - 15 anos que não concluíram o 3.º ciclo), 3,9%, sendo superior à taxa verificada
a nível nacional (2,7%) e do Grande Porto (2,6%).
No que se refere à saída antecipada (18 - 24 anos que não concluíram o 3.º ciclo), e à saída
precoce (18 - 24 anos que não concluíram o ensino secundário), o concelho surge com as taxas
mais elevadas, 38,8% e 57,2% respectivamente, quando comparado com os outros concelhos
do Grande Porto e com Portugal.
Todavia, relativamente aos dados de aproveitamento no ensino secundário, o concelho da
Póvoa de Varzim registou a segunda melhor taxa de aproveitamento no ensino secundário
(68,4%), quando comparado com os outros concelhos do Grande Porto.
No que se refere aos dados apurados no ano de 2004/2005, foi possível perceber que os
casos de abandono se registaram principalmente no 10º ano de escolaridade, logo após a
conclusão da escolaridade obrigatória, o que coloca em questão a forma como a escola
procura e consegue (ou não) motivar os jovens para o prosseguimento de estudos. Não deixa
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
86
de ser significativo também o número de jovens que abandonou a escola no 7º ano de
escolaridade, ainda antes do término da escolaridade obrigatória.
Quadro 30: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram, segundo o Nível de Ensino – 2004/2005
ALUNOS MATRICULADOS
ALUNOS RETIDOS
ALUNOS QUE ABANDONARAM NÍVEL DE ENSINO
N.º N.º % N.º %
1.º CICLO (TOTAL) 3 544 190 5,4 9 0.3
1.º ANO 824 0 0 2 0,2
2.º ANO 943 95 10,0 2 0,2
3º ANO 865 51 5,9 4 0,4
4.º ANO 912 47 5,2 1 0,1
2.º CICLO (TOTAL) 2 112 322 15,2 46 2,2
5.º ANO 1057 141 13,3 21 2,0
6.º ANO 1055 181 17,1 25 2,4
3.º CICLO (TOTAL) 2 496 411 16,5 67 2,7
7.º ANO 1030 217 21,0 34 3,7
8.º ANO 779 115 14,7 17 2,1
9.º ANO 687 79 11,5 16 2,3
SECUNDÁRIO (TOTAL) 1 868 242 12,9 216 11.5
10.º ANO 689 123 17,8 118 17,1
11.º ANO 588 23 3,9 33 5,6
12.º ANO 591 96 16,2 65 10,9
TOTAL 10 020 1 168 11,6 338 3,4 Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
A taxa de abandono é mais acentuada no Ensino Secundário – 11,5%, logo seguido do 3º
ciclo do Ensino Básico – 2,7%. De uma forma global, e tendo em conta todos os níveis de
ensino, estamos perante uma taxa de abandono escolar na ordem dos 3.4%, ligeiramente
inferior à verificada em 2001 (3,9%). As elevadas taxas de abandono escolar podem estar
profundamente relacionadas com a baixa valorização que é dada à escola.
No que respeita ao insucesso escolar, os números assumem ainda maior visibilidade,
como seria de esperar, uma vez que o abandono é apenas uma das facetas do insucesso
escolar. Mais uma vez, o 7º ano destaca-se pela negativa, com 21% de alunos retidos. No
entanto, também o 12º ano, o 10º ano e o 6.º ano de escolaridade apresentam valores
significativos, o que poderá estar relacionado com o facto destes anos serem anos importantes
de transição.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
87
A taxa de insucesso escolar parece evoluir de uma forma ascendente dos níveis mais
baixos de ensino para os níveis mais elevados: 5,4% no 1.º ciclo, 15,2% no 2º ciclo, 16.5%
no 3º ciclo e com uma ligeira descida no ensino secundário (12,9%). Em termos totais esta taxa
situa-se nos 11,6%.
2.3. Educação, Ensino e formação 2.3.1. Rede Educativa: equipamentos e serviços
A Rede Educativa do concelho da Póvoa de Varzim, actualmente, congrega um conjunto de
equipamentos da rede pública e da rede privada, sendo composta por 55 estabelecimentos da
rede pública, 15 da rede solidária e 7 da rede privada. A rede pública garante 71% da
capacidade global, cabendo à rede privada e solidária os restantes 29%.
Quadro 31: Rede de Equipamentos Escolares no Concelho da Póvoa de Varzim
EQUIPAMENTOS ESCOLARES N.º
Jardim-de-infância – Rede Pública 19
Jardim-de-infância – Rede Solidária 14 PRÉ-ESCOLAR
Jardim-de-infância – Rede Privada 4
EB 1 – Rede Pública 28
EB 1 – Rede Solidária 1
1.º CICLO
EB 1 – Rede Privada 1
EB 2/3 – Rede Pública 5 2.º E 3.º CICLO
EB 2/3 – Rede Privada 1
Escolas Secundárias – Rede Pública 2 SECUNDÁRIO
Escolas Secundárias – Rede Privada 1
ENSINO SUPERIOR Escola Superior – Rede Pública 1
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
No que se refere à oferta escolar por nível de ensino, podemos constatar que o pré-escolar é
assegurado pela rede pública em 54,2%, pela rede solidária em 34.2% e pela rede privada em
11.4%.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
88
Ao nível do 1.º Ciclo de Ensino Básico e dos 2º/3ª ciclos do Ensino Básico a oferta de resposta
é praticamente garantida pela rede pública, tendo uma capacidade de resposta de 96,6% e
83,3%, respectivamente. A rede privada garante apenas 3,4% no 1º CEB e 13,7% nos 2º e 3ª
CEB. O Ensino Secundário e o Ensino Superior são assegurados integralmente pela rede
pública, até ao ano lectivo de 2005/2006, ano a partir do qual o ensino secundário passa a ser
assegurado, também, pela rede privada.
Cartograma 6: Rede Educativa no Concelho da Póvoa de Varzim
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
89
2.3.2. Caracterização do Pré-Escolar
O direito das crianças à educação pré-escolar está reconhecido na Constituição da República
Portuguesa, na Lei de Bases do Sistema Educativo e na legislação específica que regula esta
área educativa.
A educação pré-escolar, sem prejuízo de outras opções das famílias, deve ser servida por uma
rede pública universal e gratuita, competindo ao Estado criá-la e assegurar o seu
funcionamento.
Exceptuando o período da Primeira República, em que, simultaneamente à definição de
orientações oficiais para a escola primária, eram também definidas orientações para as escolas
infantis, a educação de infância sempre ocupou um lugar diferenciado no sistema educativo.
Estas desigualdades começaram a existir durante o período do Estado Novo, em que a
educação pré-escolar foi totalmente negligenciada, sendo o seu desenvolvimento quase
exclusivamente entregue à iniciativa privada e à Assistência Social.
Só em 1973, com a reforma de Veiga Simão a educação de infância foi reintegrada no sistema
educativo, sendo definida a criação de cursos públicos para a formação de educadores de
infância, até aí a cargo de escolas privadas.
Embora, no período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974, tivessem multiplicado as iniciativas
populares de criação de suportes de atendimento às crianças, só em 1977 foi definida a criação
de uma rede pública de educação pré-escolar. Em Dezembro de 1978 surgem os primeiros
Jardins de Infância oficiais e em 1979 é publicado o Estatuto dos Jardins de infância (Decreto-
Lei nº 542/79 de 31 de Dezembro).
Até então foram sobretudo as iniciativas das Instituições Privadas de Solidariedade Social
(IPSS), que incorporaram as organizações de educação de infância sem fins lucrativos.
Com a publicação do Decreto-Lei nº 77/84, de 8 de Março, o qual define as delimitações e a
coordenação das actuações das Administrações Central e Local em matéria de investimentos
públicos.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
90
Assim, em matéria de Educação ao nível do Pré-Escolar, passaram para as autarquias a
responsabilidade da construção dos Jardins de Infância, as quais, uma vez perto das
populações, tinham um melhor conhecimento das necessidades deste tipo de equipamento nos
seus concelhos. Enquanto isso, a Administração Central continuava com a responsabilidade da
colocação do pessoal docente (educadores de Infância) e não docente (Auxiliares da Acção
Educativa).
Era previsível que este esforço conjugado aumentasse, gradativamente, a taxa de cobertura
deste grau de ensino, sendo que este esquema de cooperação funcionou razoavelmente até
1988, tendo cada uma das partes assumido as suas responsabilidades: os Municípios, por
acordo prévio com a Administração Central, construíam o edifício, e o Governo, através de
Portaria, criava a unidade pré-escolar, assumindo em consequência a obrigatoriedade da
colocação do pessoal.
Todavia, sucede que, a partir daquele ano, o Governo unilateralmente e por razões que apenas
terão a ver com aspectos economicistas, decidiu romper com o “acordo” até então em prática,
retendo a publicação das Portarias de criação de novas salas de Jardim de Infância,
responsabilidade que, alegadamente, fontes do Ministério da Educação imputaram ao
Ministério das Finanças.
Tal atitude, legalmente possível, mas contudo ética e moralmente reprovável, conduziu a
inúmeras situações de impasse, com evidente prejuízo para as crianças e desespero dos pais.
Perante tal problema, valeu, em muitos casos, e mais uma vez, a generosidade e o espírito de
serviço das autarquias que, ultrapassando mesmo as suas competências, entenderam por bem
substituir-se ao Governo, nomeadamente na contratação de auxiliares da acção educativa e,
até, em muitos casos, na contratação de educadores de infância.
Daqui ocorreu, então, o aparecimento de uma nova instituição – designada de “Jardim
Autárquico” (eram Jardins de Infância criados pelas autarquias cuja componente pedagógica e
social, bem como a colocação do pessoal docente e não docente, eram da sua inteira
responsabilidade) – sem consciência legal e como recurso último para dar satisfação às
exigências e necessidades das comunidades locais. Esta situação permaneceu assim até 1996.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
91
A partir de 1997, surge pela primeira vez um quadro legislativo próprio da Educação Pré-
Escolar e são publicados dois importantes normativos, a Lei-quadro da Educação Pré-escolar
(Lei nº 5/97, de 10 de Fevereiro) e o Programa de Expansão e Desenvolvimento da Educação
Pré-escolar (Decreto-Lei nº.147/97, de 11 de Junho).
Assim, a Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar vem consagrar a valência do Pré-escolar como a
primeira etapa da educação básica, definindo o papel participativo das famílias e o papel
estratégico do Estado, das autarquias e da iniciativa particular, cooperativa e social.
A tutela pedagógica é claramente assumida pelo Ministério da Educação, facto histórico e
desde há vinte e cinco anos solicitado por inúmeros grupos de trabalho.
É estabelecida uma rede nacional de educação pré-escolar a qual engloba estabelecimentos
públicos, privados e de solidariedade social. Contempla ainda a lei a possibilidade de
modalidades flexíveis e diversificadas em resposta aos contextos e necessidades locais.
É consagrada a gratuitidade da componente lectiva da educação pré-escolar, e criada a
componente social (composta pelo período do almoço e pelo Alargamento de Horário),
possibilitando, assim, que as crianças permaneçam mais tempo no Jardim de Infância, por
forma a dar resposta às necessidades dos pais que trabalham. Esta componente é
comparticipada pelo Estado, ao abrigo de um protocolo anual, e pelas famílias de acordo com
os seus rendimentos anuais, no âmbito da legislação em vigor.
O Decreto-Lei nº 147/97, de 11 de Junho, procede ao desenvolvimento da Lei-Quadro. Clarifica
a existência de uma rede nacional de educação pré-escolar única, onde se integra a rede
pública e a privada (com fins lucrativos e de solidariedade social). Consagra a articulação entre
os Ministérios da Educação e da Solidariedade e Segurança Social no desenvolvimento desta
rede, garantindo que ela para além da componente lectiva abranja também a componente
social e de apoio às famílias.
Este diploma estabelece ainda o apoio financeiro ao desenvolvimento da rede nacional deste
grau de ensino em termos de infra-estruturas, equipamentos e apetrechamento, funcionamento
e formação, podendo candidatar-se aos apoios financeiros, os municípios, as instituições
particulares de solidariedade social, os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo e
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
92
todas as instituições sem fins lucrativos que exerçam actividades na área da educação e
ensino.
No âmbito da publicação destes dois importantes diplomas, a Lei nº5/97, de 10 de Fevereiro e
o Decreto-Lei nº 147/97, de 11 de Junho, foi preparada uma série de legislação que regulamenta
e explicita critérios para a expansão da rede pré-escolar.
Um outro diploma importante publicado, foi o despacho nº 5220/97 (2ª serie), de 4 de Agosto,
que veio definir as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Partindo do princípio
geral e dos objectivos pedagógicos enunciados na Lei-Quadro da Educação Pré-escolar,
debruça-se sobre os fundamentos e organização das orientações curriculares e define
orientações globais para o educador.
Outro normativo fundamental para o ensino Pré-escolar, foi a publicação do Despacho-
Conjunto nº 300/97, de 9 de Setembro, que veio definir as comparticipações financeiras das
famílias para a componente não educativa da educação pré-escolar, prevista na Lei nº 5/97.
Este Despacho foi crucial para a implementação da componente social nos estabelecimentos de
ensino da rede pública, muitos dos quais estavam a encerrar por falta de alunos, visto que os
horários praticados não respondiam às necessidades das famílias.
Esta componente social, subdividida em dois horários, no período da refeição e no
Alargamento do horário (cujo funcionamento se verifica antes e após o período lectivo), torna-
se assim um complemento da componente lectiva, tendo por sua vez provocado uma revisão
no horário de funcionamento dos Jardins de Infância, por forma a responder também às
necessidades das famílias.
Na sequência destes suportes legislativos, foram estabelecidos, desde 1998 a esta parte,
Acordos de Cooperação para a expansão do ensino Pré-Escolar, entre as Direcções Regionais
de Educação, a Segurança Social e as Autarquias, de forma a articular esforços no sentido de
proporcionar a todas as crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos, o acesso
ao ensino pré-escolar.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
93
Esta autarquia tem sido exemplar na preocupação no que diz respeito à expansão da rede pré-
escolar no concelho da Póvoa de Varzim e consequentemente no país, e sobre a qual se
abordará mais tarde.
A rede de pré-escolar é constituída pela rede pública e rede privada. A primeira integra os
estabelecimentos criados e a funcionar na directa dependência da administração pública
central e local, a rede privada que integra os estabelecimentos que funcionam em instituições
de ensino particular e/ou cooperativo (com fins lucrativos), Instituições Particulares de
Solidariedade Social (IPSS), estabelecimentos das Misericórdias, das Mutualidades ou outras
instituições sem fins lucrativos, que realizam actividades no domínio da educação pré-escolar.
Entende-se por população pré-escolar, as crianças com idades compreendidas entre os 3 e 5
anos21, sendo a sua frequência facultativa, no reconhecimento de que à família cabe um papel
essencial no processo de educação pré-escolar, visto que não constitui um nível educativo
obrigatório, mas é parte integrante do sistema educativo.
Uma primeira constatação situa-se na crescente importância da cobertura da rede pré-escolar
concelhia, sendo um dado portador de grande potencialidade. Assim, dentro da abordagem da
educação pré-escolar do concelho, partiremos da perspectiva de que a qualidade da formação
básica é o factor modernizante mais eficaz da sociedade e da economia. Muito embora a
valorização da educação no sistema produtivo moderno não mude a essência das
desigualdades, introduz oportunidades pertinentes para as crianças.
A educação é uma componente básica de qualquer política de desenvolvimento, não só
como bem em si e como mais eficaz instrumentação de cidadania, mas igualmente como
primeiro investimento no desenvolvimento de competências. Assume-se a educação como
prática de liberdade que deve negar o conceito de isolamento e abstracção do ser humano,
assim como, tornar o mundo uma presença constante nas suas vidas22.
21 Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar – Lei 5797, de 11 de Junho. 22 Cfr. Andréa Cristina Marques de Araújo, A Avaliação do Desempenho Escolar como Ferramenta de Exclusão Social, in http://www.revista.unicamp.br/infotec/artigos/andrea_cristina2.html.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
94
Gráfico 10: Peso percentual da Rede pré-escolar pública, solidária e privada
51%38%
11%
Rede Pública Rede Solidária Rede Privada
Dos 37 Jardins de Infância existentes no concelho, 19 são pertencentes à rede pública (com 29
salas de actividade, sendo que em Dezembro de 2006 passam para 30), dos quais 5 funcionam
em edifício próprio, 9 estão integrados em edifícios com a valência do 1º CEB, 4 estão sediados
em edifícios de Juntas de Freguesia, 1 funciona no edifício de uma Associação Recreativa e
Desportiva e 1 está sediado num edifício camarário com outras valências; 14 estabelecimentos
pertencentes a Instituições Particulares de Solidariedade Social (com 40 salas de actividade) e
4 são pertença de Instituições Particulares ou Cooperativa (com 16 salas de actividade).
Como podemos constatar pelos dados apresentados no quadro n.º 32, existem Jardins de
Infância da rede pública em onze das doze Freguesias do Concelho. Um com duas salas de
actividades na Freguesia de Aguçadoura; um com quatro salas na Freguesia de Aver-o-Mar;
dois na Freguesia de Argivai, um com uma sala e outro com duas salas; um com duas salas na
freguesia de Beiriz; dois na Freguesia de Balasar, um com uma sala e outro com duas; três na
Freguesia da Estela, dois com uma sala cada e outro com duas salas; dois na Freguesia de
Laundos, cada um dos quais com uma sala; um nas Freguesias de Navais e de Rates, com uma
sala cada; dois em Terroso, cada um com uma sala de actividades; e quatro estão sediados na
Freguesia da Póvoa de Varzim, três deles com uma sala de actividades, e um outro com duas
salas.
Pela análise do quadro n.º 33, pode-se constatar que os Jardins de Infância da rede solidária
(Instituição Particular de Solidariedade Social) existem em oito Freguesias do concelho,
designadamente um na Freguesia de Aguçadoura com 4 salas de actividades; nas Freguesias de
Aver-o-Mar, Amorim, Rates e Beiriz, cada um deles com 3 salas; um em Navais e Terroso, cada
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
95
um com 2 salas; e 7 na Freguesia da Póvoa de Varzim com um total de 20 salas de actividade.
Podemos, ainda, constatar que a rede privada é a que tem menor representatividade, encontra-
se sediada na Freguesia da Póvoa de Varzim, num total de 4 Jardins de Infância com 16 salas de
actividade.
Quadro 32: Número de Crianças, Salas e Capacidade por Jardim-de-infância da Rede Pública e por
Agrupamento em 2004/2005
AGRUPAMENTOS FREGUESIA JARDIM
DE INFÂNCIA
EDIFÍCIO PRÓPRIO/
INTEGRADO
N.º
CRIANÇAS
N.º SALAS
CAPACID
ADE
TAXA DE
OCUPAÇÃO
Aguçadoura J.I. da Aldeia Integrado Escola1.º CEB
45 2 50 90%
Aver-o-Mar J.I. Agro – Velho Integrado Escola1.º CEB
85*(4) 4 100 85%
J.I. Barros n.º 1 Próprio 20 1 25 80%
J.I. Barros n.º 2 Integrado Junta de Freguesia
21 1 25 84% Estela
J.I. Teso Integrado Escola1.º CEB
20 2 50 40%
VERTICAL
DE AVER-O-MAR
Navais J.I. Navais Integrado Escola1.º CEB
20 1 25 80%
Amorim - - - - - -
Beiriz J.I. Beiriz Próprio 45*(2) 2 50 90%
J.I. Paçô Integrado Escola1.º CEB
20 1 25 80% VERTICAL
CAMPO ABERTO Terroso
J.I. Sejães Integrado Junta de Freguesia
16 1 18 88%
J.I. Argivai1 Próprio 20*(1) 1 25 80% Argivai
J.I. Argivai2 Integrado Escola1.º CEB
40*(1) 2 50 80%
J.I. Cego de Maio Integrado na A. C.D. da Matriz
50 2 50 100%
J.I. Giesteira Integrado Escola1.º CEB
20*(1) 1 25 80%
VERTICAL
CEGO DE MAIO Póvoa de
Varzim
J.I. Século Integrado Escola1.º CEB
20 1 25 80%
VERTICAL DR. FLÁVIO
GONÇALVES Póvoa de Varzim
J.I. Dr. Luís Amaro Oliveira
Edifício da Câmara Municipal 20*(1) 1 25
80%
J.I. da Cruz Integrado Junta de Freguesia
55 2 50 110% Balasar
J.I. das Fontaínhas Próprio 20*(2) 1 25 80%
J.I. de Laúndos Próprio 21*(1) 1 25 84% Laúndos
J.I. Sr.ª da Saúde Integrado Junta de Freguesia
23 1 25 92%
VERTICAL DE RATES
Rates J.I. da Granja Integrado Escola1.º CEB
17*(2) 1 25 68%
Total 598*(15) 29 718 83,2%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
Nota: * - Número de crianças com Necessidades Educativas Especiais
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
96
Quadro 33: Número de Crianças, Salas e Capacidade por Jardim-de-infância da Rede Solidária e Privada em 2004/2005
AGRUPAMENTOS FREGUESIA JARDIM
DE INFÂNCIA
N.º
CRIANÇASN.º SALAS
CAPACIDADE
TAXA DE
OCUPAÇÃO
Aguçadoura Centro Social e Paroquial de Aguçadoura 103*(8) 4 88 117%
Amorim Centro Social Bonitos de Amorim 74 3 75 99%
Aver-o-Mar Centro Social e Paroquial de Aver-o-Mar 70 3 75 93%
Beiriz Centro Social da Paroquia de Beiriz 48 3 60 80%
Navais Centro Social e Paroquial de Navais 27*(3) 2 40 68%
Associação “A Beneficente” – J. I. Santo
António 102*(4) 4 100
102%
Associação “A Beneficente” – J. I.
Monsenhor P. Quesado 150*(4) 6 150
100%
Centro Social Monsenhor Pires Quesado 75 3 75 100%
Instituto Madre Matilde 44 2 44 100%
Instituto Maria Paz Varzim 16*(9) 1 20 80%
Obra de Santa Zita 69*(1) 3 69 100%
Póvoa de
Varzim
MAPADI 14*(14) 2 12 117%
Rates Centro Social de Bem-estar de S. Pedro
de Rates 58 3 66
88%
REDE SOLIDÁRIA
Terroso Centro Social e Paroquial de Terroso 49 2 46 107%
Subtotal 899*(43) 41 920 98,0%
Grande Colégio da Póvoa 109*(2) 6 150
73%
Jardim-de-infância Ilha de Tesouro 32 3 45 71%
Jardim-de-infância O Ribeiro 74*(1) 3 75 99%
REDE PRIVADA
Póvoa
de
Varzim
Jardim-de-infância Pedra Branca 106 4 100 106%
Subtotal 321*(3) 16 370 80%
Total 1
207*(46)56 1 362
89%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
Nota: * - Número de crianças com Necessidades Educativas Especiais
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
97
Cartograma 7: Rede de Equipamentos do Pré-Escolar no Concelho da Póvoa de Varzim
No total, entre privados e públicos, existem no concelho 37 jardins-de-infância que asseguram
a educação pré-escolar às crianças do concelho que têm idades entre os 3 e os 5 anos.
As taxas de ocupação são determinadas através da relação entre o número de crianças que
frequentam o equipamento e a respectiva capacidade, tendo por base 25 crianças por sala,
com excepção das turmas que incluam crianças com Necessidades Educativas Especiais, em
que se tem por base 20 crianças.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
98
Quadro 34: Rede pré-escolar 2004/2005
Rede Escolar
Total de alunos
dos 3 aos 5 anos Salas Capacidade Taxa de
Ocupação
Rede Pública 598 29 718 83%
Rede Solidária 899 41 920 98%
Rede Privada 321 16 370 87%
Total 1 818 86 2008 91%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
Em 2004/05 e segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, da
totalidade dos equipamentos pré-escolares, 11 jardins de infância estavam lotados, sendo que 2
pertenciam à rede pública, 8 à rede solidária e 1 integrava a rede privada.
De acordo com os quadros anteriores, as taxas de ocupação mais baixas dizem respeito a
estabelecimentos da rede pública, nomeadamente o jardim de infância do Teso na freguesia da
Estela (40%) e no jardim de infância da Granja em Rates (68%). Os estabelecimentos da rede
solidária e privada apresentam taxas de ocupação que rondam os 91%.
Segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal, em 2004/2005, foram registados 7
equipamentos com lista de espera, 6 na rede pública e 1 na rede solidária, totalizando 49
crianças, sendo que uma parte significativa desta procura se verificou na sede do concelho.
Quadro 35: Lista de Espera 2004/2005
Rede Escolar
Crianças
Em Lista de Espera
Número
De Jardins de Infância
Rede Pública 31 6
Rede Solidária 18 1
Rede Privada 0 0
Total 49 7
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
99
É importante referir, que nos casos particulares dos jardins que incluam crianças com
Necessidades Educativas Especiais, as turmas são reduzidas para 20 crianças, como já foi
referido anteriormente, sendo que em 2004/2005 foram sinalizadas ao nível do pré-escolar 61
crianças com N.E.E’s, das quais 14 estão inseridas no MAPADI. Esta realidade tem implicações
na determinação daquele indicador, bem como na eventual existência de lista de espera. Deste
modo, pode acontecer um determinado equipamento registar lista de espera e
simultaneamente apresentar uma taxa de ocupação inferior a 100%.
Gráfico 11: Estado de Conservação das Infra Estruturas da Rede Pré-Escolar Pública
0
2
4
6
8
10
12
14
Pavimentos
PinturaJanelas
TelhadoElectricidade
EsgotosÁgua
WC
Bom Médio Mau
No que se refere ao grau de satisfação ao nível das infra estruturas, a análise dos inquéritos
realizados pela Câmara Municipal aos Jardins de Infância públicos, permitiu concluir que na
generalidade o estado de conservação é bom ou médio. O estado de conservação ao nível da
pintura é destacado pela negativa, enquanto a água, electricidade e janelas são destacados pela
positiva.
2.3.2.1. Evolução da população no Pré-Escolar
No ano lectivo de 2000/2001 a população do pré-escolar era de 1420 crianças e em
2004/2005 de 1818, correspondendo a um crescimento de 28 pontos percentuais. Esta
evolução resultou de um acréscimo de crianças registado ao nível da rede pública, solidária e
privada.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
100
A análise da evolução da rede escolar que se observa no gráfico que se segue, permite verificar
uma crescente evolução no concelho da Póvoa de Varzim entre os anos de 2000/2001 e
2004/2005, registando-se um aumento mais significativo entre o ano lectivo de 2001/2002 e
2002/2003 e do ano lectivo de 2003/2004 e 2004/2005.
Gráfico 12: Evolução da População do Pré-Escolar na Rede Pública, Solidária e Privada entre 2000/2001 e 2004/2005
Quadro 36: Evolução da População do Pré-Escolar por idade, entre 2000/2001 e 2004/2005
PRÉ- ESCOLAR
2000/ 2001
2001/ 2002
2002/ 2003
2003/ 2004
2004/ 2005
3 Anos 400 443 498 505 518
4 Anos 435 495 524 553 614
5 Anos 550 561 624 610 654
> 5 Anos 35 35 31 33 32
Total 1420 1534 1677 1701 1818
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
As freguesias em que se verificou uma maior taxa de variação de crescimento foram Rates com
um aumento de 294,7 pontos percentuais e Terroso com 97,6 pontos percentuais. Este
crescimento está associado ao aumento da oferta nos jardins de Infância destas freguesias.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Rede Pública Rede Solidária Rede Privada Total Rede
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
101
Contrariamente, a freguesia de Aver-o-Mar verificou uma variação negativa no número de
crianças a frequentar o pré-escolar neste período. Nas restantes freguesias houve um
crescimento ligeiro na procura desta oferta educativa.
Quadro 37: Evolução da População do Pré-Escolar por Freguesia entre 2000/2001 e 2004/2005
FREGUESIA
2000/ 2001
2001/ 2002
2002/ 2003
2003/ 2004
2004/ 2005
Total
Taxa de crescimento 2000/2005
Aver-o-Mar 160 150 152 142 155 759 -3,1%
Aguçadoura 105 146 146 134 148 679 40,9%
Amorim 61 64 74 76 74 349 21,3%
Argivai 42 40 58 61 60 261 42,8%
Balasar 61 62 63 58 75 319 22,9%
Beiriz 87 88 106 100 93 461 6,9%
Estela 42 93 87 74 61 357 45,2%
Laúndos 36 30 33 37 44 180 22,2%
Navais 40 40 56 45 47 228 17,5%
Póvoa de Varzim
724 747 779 839 901 3990 24,4%
Rates 19 15 62 61 75 232 294,7%
Terroso 43 59 61 74 85 322 97,6%
Concelho 1420 1534 1677 1701 1818 8137 28,0%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
2.3.2.2. Taxas de Cobertura do Pré-Escolar
De acordo com os dados que a autarquia dispõe, em 2004/2005 frequentavam o pré-escolar
1818 crianças residentes no concelho, sendo a população residente com idade compreendida
entre os 3 e os 5 anos de 2744, o que se traduz numa taxa de cobertura na ordem dos 66%.
À semelhança do que tem acontecido a nível nacional, o número de crianças matriculados tem
vindo a crescer de forma sustentada a partir de 2000/2001. A taxa de cobertura desta resposta
é de 66%, o que revela uma taxa de pré-escolarização23 razoável.
23 A taxa de pré-escolarização é calculada utilizando a seguinte formula: N.º de crianças que frequenta a educação pré-escolar/ n.º de crianças residentes com idades entre os 3 e 5 anos vezes 100.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
102
Quadro 38: Taxa de Cobertura dos Jardins-de-infância
Número de jardins-de-infância 37 Taxa cobertura
Número de crianças abrangidas 1818
N.º de crianças concelhias com idades entre os 3 e os 5 anos.
274424
66%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
O Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI) assumiu como grande desafio atingir uma
taxa de cobertura média de 90 % no grupo etário das crianças dos 3 aos 5 anos25. De facto a
taxa de cobertura da Póvoa de Varzim terá de aumentar em cerca de 24 pontos percentuais
para atingir esta meta definida pelo Conselho Europeu de Barcelona, em Março de 2002.
Podemos concluir que a taxa de cobertura do concelho ao nível do pré-escolar fica aquém dos
objectivos definidos a nível nacional. Tal facto, não pode ser unicamente justificado pela oferta
da rede, uma vez que se trata de um nível de ensino de frequência facultativa, como já foi
referido anteriormente.
No Ano lectivo de 2004/05, frequentavam este nível de ensino 1818 crianças, 598 das quais a
frequentar os Jardins de Infância da rede pública, 899 a frequentar Jardins de Infância IPSS e
321 a frequentar os Jardins de Infância Particulares ou Cooperativo, conforme o quadro
seguinte. A cobertura da rede Pré-Escolar nesse ano era cerca de 66%, o que significa que
aproximadamente 34% das crianças em idade pré-escolar não frequentam o Jardim de Infância.
Quadro 39: Taxa de Cobertura Efectiva do Pré-Escolar em 2004/2005
Rede Escolar N.º de Crianças
A frequentar o J. Infância
Taxa Efectiva de Cobertura (N.º Crianças/Pop. Idade Pré-
Escolar)
Rede Pública 598 22%
Rede Solidária 899 32 %
Rede Privada 321 12%
Total 1 818 66%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
24 Fonte: Divisão de Educação e Acção Social 25Plano Nacional de Acção para a Inclusão: Portugal 2003-2005 (2003). Lisboa, Ministério da Segurança e Trabalho
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
103
Assim, dos 66% da cobertura total do pré-escolar, 32% são da responsabilidade da rede
solidária, ou seja, a que tem maior cobertura neste nível de ensino no concelho. No total da
cobertura da rede pré-escolar (66%), a rede privada é responsável por 12% da mesma,
enquanto a rede pública assegura os restantes 22%. Perante esta percentagem de cobertura da
rede pré-escolar pode-se concluir da urgente necessidade de criação de novas salas de Jardim
de Infância por forma a permitir que um maior número de crianças possam frequentar este
nível de ensino, bem como dar uma resposta efectiva às necessidades das famílias.
As considerações que podemos fazer pela existência de 34% das crianças em idade pré-escolar
não frequentar este nível de ensino poderá estar associado por um lado ao facto de, não sendo
um nível de ensino obrigatório as crianças ficarem a cargo de familiares ou de “Amas”
(pessoas a quem as crianças foram entregues enquanto bebés e que lá continuam até à
escolaridade obrigatória), por outro lado ao facto deste tipo de equipamento ser ainda em
número insuficiente.
Daí o Município estar continuamente atento à necessidade de implementação deste tipo de
equipamento no concelho, sem, todavia, sobreposição de serviços, e ter já em estudo a criação
de mais um Jardim de Infância na sede do Concelho (com duas salas de actividade), onde se
verifica a maior procura.
É de salientar que os Jardins de Infância que até 1998 melhor resposta davam às famílias, pelos
horários de funcionamento que praticavam, eram os das Instituições Particulares de
Solidariedade Social (IPSS) e os Particulares e Cooperativos, pelo que estavam quase sempre
lotados. Por sua vez os pertencentes à rede pública pelos horários de funcionamento de que
dispunham (abertura às 9.00H e encerramento às 15.00H) tinham sempre um menor número
de alunos.
Hoje esta situação já não se verifica, pois a partir do Ano Lectivo 1998/99 com a
implementação da Componente de Apoio à família efectuada pela autarquia nestes Jardins (ao
abrigo do Despacho Conjunto nº 300/97 de 9 de Setembro, que define as comparticipações da
financeiras das famílias para a componente não educativa da educação Pré-Escolar), que veio
complementar a componente lectiva, o número de alunos aumentou de tal forma nos Jardins de
Infância da rede pública, que em alguns deles se verifica a existência de crianças que aguardam
em lista de espera.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
104
Observando o quadro seguinte, verifica-se a existência de uma grande disparidade das taxas de
cobertura nas diferentes freguesias, variando entre os 54,0% em Aver-o-Mar e os 119,2% em
Terroso.
Quadro 40: Taxa de Cobertura por freguesia em 2004/2005
FREGUESIA População a frequentar a pré-escola
População Residente 3 - 5 anos
Taxa de cobertura
Aver-o-Mar 155 287 54,0%
Aguçadoura 148 178 83,1%
Amorim 74 89 83,1%
Argivai 60 60 100%
Balazar 75 109 68,8%
Beiriz 93 97 95,9%
Estela 61 86 70,9%
Laúndos 44 67 65,7%
Navais 47 56 83,9%
Póvoa de Varzim 901 1550 58,1%
Rates 75 92 81,5%
Terroso 85 73 119,2%
Concelho 1818 2744 66,2%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
Contudo, parece-nos extremamente importante realçar que 66% das crianças do concelho
estejam cobertas por este tipo de resposta, a qual poderá ser fundamental para o seu bom
percurso escolar e para a sua socialização. A educação pré-escolar passa, assim a constituir-se
como uma fase fundamental para o crescimento e aprendizagem das crianças, passando a
corresponder à primeira fase do percurso de escolarização.
2.3.3. Caracterização do 1.º CEB
Com a entrada do Dr. Veiga Simão para o Governo, em 15 de Janeiro de 1970, iniciou-se um
ciclo de tendências descentralizadoras que constituíram os primeiros passos da
democratização da educação em Portugal. No clausulo da reforma por ele implementada (Lei
nº 5/73 de 25 de Julho) estão patentes a defesa dos princípios da igualdade de oportunidades,
da meritocracia e da democratização da educação e a abertura à participação das famílias e
outras instituições na educação.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
105
Com a publicação do Decreto-Lei nº 40/75, de 8 de Novembro, inicia-se o processo de
democratização do ensino primário. O órgão de gestão da escola é o Conselho Escolar e o
director eleito entre os professores que o constituem é o órgão de direcção individual que
representa o conselho escolar.
A Lei de Bases do Sistema Educativo, lei nº 46/86, é publicada em 14 de Outubro. Este diploma
constitui um referendo legal, coeso e integrado, apontando a Escola como comunidade
Educativa, unidade organizacional de participação ampla. Este diploma mantém a realidade de
uma escola pública de 4 anos em regime de monodocência, as designações de ensino
preparatório e unificado são substituídas pelas de 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico. A
escolaridade obrigatória passa para 6 anos.
Como já aqui foi referido, as autarquias receberam, na década de 80, através da transferência
das Competências para as autarquias (Decreto-Lei nº 77/84, de 8 de Março), um espólio
escolar muito degradado, sem que para isso tivessem sido transferidas as verbas
correspondentes.
Nesta sequência, a autarquia da Póvoa de Varzim, à semelhança dos outros municípios, durante
alguns anos, por falta de financiamento, limitou-se à realização de pequenas obras de
manutenção nos edifícios mais degradados. Embora houvesse consciência política da urgente
necessidade do parque escolar ser alvo de intervenção prioritária, isto só vem a acontecer com
um maior dinamismo e empenho, a partir de 1993, com o novo executivo.
Deitadas mãos à obra e com um enorme esforço financeiro, a autarquia, tem vindo a remodelar
os edifícios escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico existentes, bem como construiu de raiz dois
novos edifícios escolares onde são leccionadas as valências do 1º CEB e do Pré-Escolar e dos
quais falaremos mais à frente.
A rede do 1.º Ciclo do ensino básico é constituída por 30 estabelecimentos de ensino, 28
pertencentes à rede pública, 1 pertença da rede privada e outro da rede solidária, sendo estes
frequentados por um total de 3 544 alunos, distribuídos por um total de 186 turmas e
ocupando 132 salas.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
106
Quadro 41: Número de Alunos e Turmas por EB 1 e Agrupamento em 2004/2005
AGRUPAMENTOS FREGUESIA 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICON.º
ALUNOS N.º
TURMAS
N.º SALAS
CAPACIDA
DE
TAXA DE
OCUPAÇÃO
EB 1 da Boucinha 58*(4) 3 3 75 77%
EB 1 do Fieiro 93*(10) 5 6 150 62%
AguçadouraEB 1 da Aldeia 97*(8) 6 4 100 97%
EB 1 da Aldeia Nova 144*(5) 12 6 150 96%
EB 1 de Refojos 124 7 4 100 124%
Aver-o-Mar EB 1 do Agro-Velho 121*(11) 9 5 125 97%
EB 1 de Barros 82 4 4 100 82% Estela EB 1 do Teso 83*(3) 4 4 100 83%
EB 1 do Outeiro 55*(5) 3 3 75 73%
AVER-O-MAR
Navais EB 1 de Navais 44*(2) 3 3 75 59%
Amorim EB 1 de Cadilhe 166*(5) 8 5 125 133%
Beiriz EB 1 da Igreja 188*(7) 9 5 125 150%
EB 1 de Paçô 51*(2) 4 2 50 102%
CAMPO ABERTO Terroso EB 1 de Paranho 79*(2) 4 2 50 158%
Argivai EB 1 de Argivai 112*(7) 6 5 125 90%
EB 1 da Lapa 95 5 3 75 127%
EB 1 Nova Sintra 175*(12) 8 4 100 175%
EB 1 do Século 340*(18) 15 8 200 170%
CEGO DE MAIO Póvoa de
Varzim
EB 1 da Giesteira 61*(3) 3 3 75 81%
EB 1 Nova 154*(5) 7 8 200 77%
EB 1 Sininhos 316*(6) 14 7 175 181% DR. FLÁVIO
GONÇALVES Póvoa de Varzim
EB 1 Desterro 356*(2) 15 8 200 178%
EB 1 das Fontaínhas 35 4 4 100 35% Balasar
EB 1 da Quinta 89 4 4 100 89%
EB 1 das Machuqueiras 72*(3) 4 4 100 72% Laúndos
EB 1. Sr.ª da Saúde 57*(3) 4 2 50 114%
EB 1 da Granja 59*(3) 4 3 75 79%
RATES
Rates EB 1 da Praça 82*(1) 4 4 100 82%
GRANDE
COLÉGIO Póvoa de Varzim
1º CEB 139 6
8 200 70%
MAPADI Póvoa de Varzim
1º CEB 17*(17) 2 3
75 23%
TOTAL 30 3 544*(144) 186 132 3 300 107% Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
Nota: * - Número de crianças com Necessidades Educativas Especiais
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
107
Cartograma 8: Rede de Equipamentos do 1.º CEB no Concelho da Póvoa de Varzim
Este concelho dispõe de 3 escolas na Freguesia de Aguçadoura, 2 na Freguesia de Navais, 2 na
Freguesia da Estela, 3 na Freguesia de Aver-o-Mar, 1 na Freguesia de Amorim, 2 na Freguesia
de Terroso, 2 na Freguesia de Laundos, 2 na Freguesia de Rates, 2 na Freguesia de Balasar, 1 na
Freguesia de Beiriz, 1 na Freguesia de Argivai e 9 na Freguesia de Póvoa de Varzim, sendo uma
pertença do ensino privado e outra da rede solidária.
Duas das escolas da rede pública, foram construídas recentemente, uma na Freguesia da
Estela, cujo funcionamento iniciou no ano lectivo de 2000/01 e outra em Aguçadoura que
iniciou o seu funcionamento no ano lectivo de 2001/02.
Estes dois edifícios, considerados dos melhores existentes no país, para além de disporem de 4
salas de aula do 1º CEB, e de 2 salas de actividade de Jardim de Infância, possuem ainda, sala
para o Alargamento de Horário do pré-escolar, sala para realização de Actividades de Tempos
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
108
Livres (A.T.L.), refeitório devidamente equipado, espaço para biblioteca, gabinete médico, sala
de reuniões dos professores e pavilhão polidesportivo. O edifício escolar de Aguçadoura
dispõe ainda de ringue no exterior do edifício.
Ainda, ao nível 1.º CEB, constatamos que a freguesia da Póvoa de Varzim é a que tem mais
crianças inscritas (1 653 – 46,6% do total das crianças inscritas neste ensino), com um número
muito superior ao das restantes freguesias. A predominância nesta freguesia sente-se também
no número de turmas (75 turmas de 1º ciclo), que é igualmente bastante superior ao das outras
freguesias. Apenas a freguesia de Aver-o-Mar se aproxima um pouco da sede do concelho.
No que se refere às taxas de ocupação, ao nível do 1.º CEB, estas são determinadas através da
relação entre o número de crianças que frequentam o equipamento e a respectiva capacidade,
tendo por base 25 crianças por sala, com excepção das turmas que incluam crianças com
Necessidades Educativas Especiais, em que a base é de 20 crianças.
Em 2004/05 e segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, da
totalidade dos equipamentos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, 10 escolas estavam lotadas, sendo
que a totalidade destas pertencem à rede pública, nomeadamente, a EB1 dos Sininhos (181%),
EB1 do Desterro (178%), EB1 de Nova Sintra (175%), EB1 do Século (170%), EB1 da Igreja
(150%), a EB1 de Paranhos (158%) EB1 de Cadilhe (133%), EB1 da Lapa (127%), EB1 de Refojos
(124%), EB1 Senhora da Saúde (114%), e EB1 de Paço com 102%.
Ao nível da rede privada, as taxas de ocupação estão muito aquém da sua capacidade. Temos o
Grande Colégio com 70% de taxa de ocupação e o MAPADI com 23%.
De acordo com o quadro anterior, as taxas de ocupação mais baixas dizem respeito a um
estabelecimento da rede solidária, o MAPADI, e a alguns estabelecimentos da rede pública,
nomeadamente, a EB1 das Fontaínhas (35%), EB1 de Navais (59%), EB1 do Fieiro (62%) e EB1
das Machuqueiras (72%).
O gráfico seguinte indica os recursos existentes nas EB1’s que constituem a rede escolar do
primeiro ciclo. Tendo em conta que as actividades educativas para este ciclo de ensino deverão
ser organizadas em regime normal, a existência de cozinha/refeitório assume particular
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
109
relevância. Como se pode verificar, 50% das EB1’s do concelho não possuem cozinha e 40%
não possuem refeitório.
Gráfico 13:Recursos Físicos existentes nas EB1’s
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Cozinha
Refeitório
Parque Infantil
Recreio Descoberto
Recreio Coberto
Sala Polivalente
Biblioteca
Sim Não
A existência de uma sala polivalente apresenta-se como imprescindível para a dinamização das
actividades de enriquecimento curricular, no entanto verifica-se que este recurso não existe em
quase 80% dos estabelecimentos de ensino.
Gráfico 14: Estado de Conservação das infra-estruturas nas EB1’s
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
PavimentosPintura
Janelas
Telhado
ElectricidadeEsgotos
Água
WC
Bom Médio Mau
No que se refere às infra-estruturas, os resultados dos inquéritos apontam para uma
apreciação razoável do estado de conservação, sendo a pintura e os pavimentos que
apresentam as avaliações mais negativas.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
110
2.3.3. 1. Evolução da população no 1.ºCEB
No ano lectivo de 2000/2001 a população escolar do 1.º CEB era de 3 538 crianças, sofrendo
um ligeiro aumento em 2004/2005 para 3544, correspondendo a um crescimento de 0.1
pontos percentuais. Esta evolução resultou de um acréscimo muito reduzido de crianças (mais
6) registado ao nível da rede pública, solidária e privada.
A observação do gráfico que se segue permite-nos afirmar que a evolução da população do 1.º
ciclo do ensino básico, desde 2000/2001 vem decrescendo, à excepção de um ligeiro aumento
entre o ano lectivo de 2001/2002 e 2002/2003.
Gráfico 15: Evolução da População Escolar do 1.º CEB na Rede Pública, Solidária e Privada entre 2000/2001 e 2004/2005
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Número de Alunos
Quadro 41: Evolução da População Escolar do 1.º CEB por ano de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005
1.º CEB
2000/ 2001
2001/ 2002
2002/ 2003
2003/ 2004
2004/ 2005
1º Ano 846 877 861 859 824
2º Ano 957 926 959 909 943
3º Ano 875 928 879 889 865
4º Ano 860 952 992 898 912
Total 3538 3683 3691 3555 3544
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
111
As freguesias em que se verificou uma maior taxa de variação de crescimento foram Terroso
com um aumento de 44,4 pontos percentuais, Argivai com 30,2 pontos percentuais, Beiriz com
27,8 e Laúndos com 26,4 pontos percentuais.
Contrariamente, nas freguesias de Aguçadoura (-15,0), Balasar (-10,1), Navais (-8,3), Aver-o-
Mar (-6,7), Estela (-4,0) e a sede do concelho (-2,4) verificou-se uma variação negativa do
número de crianças a frequentar o 1.º CEB neste período. Nas restantes freguesias houve um
crescimento ligeiro na procura desta oferta educativa.
Quadro 43: Evolução da População Escolar do 1.º CEB por Freguesia entre 2000/2001 e 2004/2005
FREGUESIA
2000/ 2001
2001/ 2002
2002/ 2003
2003/ 2004
2004/ 2005
Total
Taxa de Crescimento 2000/2005
Aver-o-Mar 417 427 408 402 389 2043 -6,7%
Aguçadoura 292 286 257 262 248 1345 -15,0%
Amorim 152 168 183 171 166 840 9,2%
Argivai 86 102 100 97 112 497 30,2%
Balasar 138 142 127 131 124 662 -10,1%
Beiriz 147 152 171 173 188 831 27,8%
Estela 172 164 144 151 165 796 -4,0%
Laúndos 102 101 114 121 129 567 26,4%
Navais 108 103 81 78 99 469 -8,3%
Póvoa de Varzim
1695 1790 1780 1702 1653 8620 -2,4%
Rates 139 146 196 143 141 765 1,4%
Terroso 90 102 130 124 130 576 44,4%
Concelho 3538 3683 3691 3555 3544 18011 0,1%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
Não podemos deixar de ter em conta que em Portugal o número de alunos a frequentar o
ensino básico sofreu uma redução de cerca de um quinto durante a década de noventa,
decréscimo mais uma vez explicado pela evolução demográfica. A tendência para a
estabilização ou para o decréscimo ligeiro do número de alunos é congruente com as
perspectivas demográficas para o grupo etário dos 6 a 9 anos.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
112
2.3.3. 2. Taxas de escolarização, retenção, abandono e aproveitamento escolar A população a frequentar o 1.º CEB em 2004/2005 é de 3544, registando-se a existência de
3301 indivíduos residentes, com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos, traduzindo uma
taxa bruta de escolarização de 108%.
No que se refere às taxas de cobertura, ao nível do 1.º CEB, estas são determinadas através da
relação entre o número de crianças que frequentam a escola e número de crianças residentes.
Em 2004/05 e segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, da
totalidade dos equipamentos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, a taxa de escolarização era superior
a 100% em quase todas as freguesias do concelho, com a excepção de Aver-o-Mar (97%),
Aguçadoura (88%), Balasar (90%) e Terroso (98%).
Quadro 44: Taxa de Escolarização do 1.º CEB, por freguesia em 2004/2005
FREGUESIA População a frequentar 1.ºCEB
População Residente 6- 9 anos
Taxa de Escolarização
Aver-o-Mar 389 399 97%
Aguçadoura 248 281 88%
Amorim 166 141 118%
Argivai 112 112 100%
Balasar 124 138 90%
Beiriz 188 168 112%
Estela 165 125 132%
Laúndos 129 119 108%
Navais 99 98 101%
Póvoa de Varzim 1653 1465 113%
Rates 141 123 115%
Terroso 130 132 98%
Concelho 3544 3301 108%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
No que se refere aos dados apurados no ano de 2004/2005, foi possível perceber que os
casos de abandono se registaram principalmente no 10º ano de escolaridade, logo após a
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
113
conclusão da escolaridade obrigatória, o que coloca em questão a forma como a escola
procura e consegue (ou não) motivar os jovens para o prosseguimento de estudos.
Não deixa de ser significativo também o número de jovens que abandonou a escola no 7º ano
de escolaridade, ainda antes do término da escolaridade obrigatória.
Quadro 45: Número de Alunos Matriculados, taxa de retenção, abandono e de sucesso, no Ensino do 1.º
CEB em 2004/2005
ALUNOS MATRICULADOS
ALUNOS RETIDOS
ALUNOS QUE ABANDONARAM
TAXA DE
SUCESSO NÍVEL DE ENSINO N.º N.º % N.º % %
1.º ANO 824 0 0 2 0,2 99,4
2.º ANO 943 95 10,0 2 0,2 89,8
3º ANO 865 51 5,9 4 0,4 93,7
4.º ANO 912 47 5,2 1 0,1 94,7
TOTAL 3 544 190 5,4 9 0.3 94.3
Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social
No ano lectivo de 2004/2005 a taxa média de sucesso escolar para o 1.ºCEB foi de 94.3%. a
taxa de retenção atingiu 5,4% e a taxa de abandono apresentou um valor de 0,3. O 2.º ano
atingiu uma taxa de retenção bastante elevada (10,0%), quase duplicando a taxa média de
retenção deste ciclo de ensino. Relativamente aos dados de aproveitamento no 1.º CEB, o
concelho da Póvoa de Varzim registou taxa óptima de aproveitamento escolar (94,3%).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
114
2.3.4. Caracterização do 2.º e 3.º CEB
A existência de uma população jovem e muito numerosa nas décadas de sessenta e setenta
esteve na origem da criação das Escolas Preparatórias um pouco por todo o país, ditada pela
obrigatoriedade escolar que se alterou de quatro para seis anos em finais dos anos “sessenta”,
como reflexo da abertura à democratização de ensino que explodiu por todo o mundo, com
dimensão mais universalizada e aprofundada na Europa.
No nosso Concelho a primeira Escola Preparatória surge em 1976, na Freguesia de Rates,
seguindo-se em 1980 a Escola Preparatória Dr. Flávio Gonçalves, na Póvoa de Varzim e em
1986 a Escola Preparatória de Aver-o-Mar.
Entretanto, na década de 90 estes estabelecimentos de ensino passam a ter a designação de
Escolas E.B. 2,3 e são construídos, já com esta denominação mais dois edifícios deste nível de
ensino, um na Freguesia de Beiriz em 1995, outro na Freguesia da Póvoa de Varzim, em 1997.
Para além destas escolas da rede pública é também criado um Estabelecimento Escolar
pertença da rede privada que também lecciona o 2º e 3º Ciclos.
Assim, actualmente, o Município dispõe de um total de 6 Escolas do Ensino Básico do 2º e 3º
Ciclos, 5 da rede pública e uma pertença ao ensino particular e encontram-se distribuídas com
as seguintes áreas de influência:
A Escola E.B. 2,3 de Aver-o-Mar, tem na sua área de influência a própria Freguesia mais
as Freguesias de Aguçadoura, Navais e Estela;
A Escola E.B.2,3 de Rates, abrange os alunos provenientes das Freguesias de Laundos,
Balasar e de Rates;
A Escola E.B. 2,3 de Beiriz, tem como área de abrangência a própria freguesia e as
Freguesias de Amorim e Terroso;
A Escola E.B. 2,3 Dr. Flávio Gonçalves, sediada no centro urbano da cidade, e Escola
E.B. 2,3 Cego do Maio, situada a sul desta, distribuíram as suas áreas de influencia de
forma a ser efectuada uma distribuição equilibrada dos alunos da cidade. Nesta
redefinição foi também incluída, pela sua proximidade, a Freguesia de Argivai;
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
115
A Escola E.B. 2, 3 do ensino particular encontra-se sediada na Freguesia de Amorim.
Importa acrescentar que, pela lotação verificada nos últimos anos nos dois estabelecimentos
de ensino sediados na Freguesia da Póvoa de Varzim, houve necessidade de o 3º Ciclo do
ensino básico ser leccionado também nas duas Escolas Secundárias do concelho.
O número total de alunos que frequenta estes estabelecimentos escolares é de 4.608 alunos,
115 dos quais pertence ao ensino particular.
Quadro 46: Escolas com Ensino Básico do 2º e 3º Ciclos no ano lectivo de 2004/05
Estabelecimento
de Ensino
Nº de Alunos 2º Ciclo
Nº de Alunos 3º Ciclo
Total
Alunos 2.º e 3º Ciclo
Nº
de Salas
Capaci dade
Taxa de
Ocupação
Escola E.B. 2,3 de Aver-o-Mar 494 509
1003 30 840 119%
Escola E.B. 2,3 de Beiriz 256 340
596 24 672 89%
Escola E.B. 2,3 de Rates 295 299
594 23 690 86%
Escola E.B. 2,3 Dr. Flávio Gonçalves 549 572
1121 38 1026 109%
Escola E.B. 2,3 Cego do Maio 477 534
1011 30 840 120%
Escola Secundária Eça de Queirós* - 53
53 2 60 88%
Escola Secundária Rocha Peixoto* - 115
115 5 150 77%
Total – Rede Pública 2 071 2 422
4493 152 4278 105%
Colégio de Amorim 41 74 115 10 300 38%
Total – Rede Pública e Privada 2 112 2496 4608 162 4578 101%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
Nota: * As Escolas Secundárias leccionam também o 3º Ciclo do Ensino Básico
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
116
Cartograma 9: Rede de Equipamentos do 2.º e 3.º CEB no Concelho da Póvoa de Varzim
A freguesia da Póvoa de Varzim é também aquela que tem mais crianças inscritas no 2º e 3º
ciclo (2 300 - 50% do total das crianças inscritas), com um número muito superior ao das
restantes freguesias. A maior concentração das crianças na sede do concelho, ao nível do
2º e 3º ciclo do Ensino Básico, fica relacionada, não apenas, com o facto de ser uma das
freguesias com maior número de população residente com idades compreendidas entre
os 0 e os 15 anos, mas também, com o dinamismo laboral patente.
No que se refere às taxas de ocupação, em 2004/2005, da totalidade dos estabelecimentos do
2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, 3 escolas estavam lotadas, sendo que a totalidade destas
pertence à rede pública, das quais se destaca a EB 2,3 Cego de Maio (120%), EB 2,3 de Aver-o-
Mar (119%) e EB 2,3 Dr. Flávio Gonçalves (109%).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
117
De acordo com o quadro anterior, a taxa de ocupação mais baixa diz respeito à rede privada,
temos o Colégio de Amorim com apenas 38%, estando muito aquém da sua capacidade.
O gráfico 16, que resulta do inquérito realizado pela Câmara Municipal aos estabelecimentos de
ensino básico do 2.º e 3.º ciclo, retrata o grau de satisfação ao nível do estado de conservação
das infra-estruturas.
Gráfico 16: Estado de Conservação das infra-estruturas nas EB 2/3
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Pavimentos
PinturaJanelas
TelhadoElectricidade
EsgotosÁgua
WC
Bom Médio Mau
Dos resultados obtidos pode-se concluir que as infra estruturas apresentam um estado de
conservação razoável. O estado da pintura, das janelas e telhado salientam-se pela negativa, na
medida em que 40% dos estabelecimentos afirmam que estas infra-estruturas estão em mau
estado de conservação.
2.3.4. 1. Evolução da população no 2.º e 3.ºCEB No concelho da Póvoa de Varzim, entre o ano lectivo de 2000/2001 e 2004/2005, verificou-se
uma variação positiva de 0,8% do número total de alunos nestes níveis de ensino.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
118
Quadro 47: Evolução da Frequência do 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
Conforme demonstra o gráfico seguinte, o número de alunos no 2.º ciclo do ensino básico no
concelho registou uma evolução estável até 2002/2003, seguindo-se uma subida entre o ano
lectivo de 2002/2003 e 2003/2004. Em relação ao ano lectivo de 2003/2004 e 2004/2005
verifica-se que o número de alunos no 2.º ciclo se manteve estável.
Gráfico 17: Evolução da População do 2.º ciclo do Ensino Básico entre 2000/2001 e 2004/2005
0200400600800
1000120014001600180020002200
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Rede Pública Rede Privada
N.º ALUNOS
ESCOLAS 2000/ 2001
2001/ 2002
2002/ 2003
2003/ 2004
2004/ 2005
TOTAL
TAXA DE
VARIAÇÃO 2000/2005
EB 2/3 DE AVER-O-MAR 1084 1055 1005 1011 1003 5158 -7,4%
EB 2/3 DE BEIRIZ 564 570 550 591 596 2871 5,6%
EB 2/3 CEGO DE MAIO 946 948 1033 1012 1 011 4950 6,8%
EB 2/3 DR. FLÁVIO
GONÇALVES 1051 1142 1142 1085 1 121 5641 6,6%
ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA
DE QUEIRÓS (7.º ANO) 73 122 76 68 53 392 -27,3%
ESCOLA SECUNDARIA
ROCHA PEIXOTO 123 87 161 145 115 631 -6,3%
EB 2/3 DE RATES 617 621 593 616 594 3041 -3,7%
COLÉGIO DE AMORIM 9 36 59 76 115 295 1 177%
TOTAL 4567 4581 4619 4604 4608 22 979 0,8%
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
119
Um pouco à semelhança do que acontece com o 2.º ciclo, no caso do 3.º ciclo do ensino
básico, denota-se um acréscimo de alunos até ao ano lectivo 2002/2003 e uma queda visível
nos dois anos lectivos seguintes. Por se tratar do último ano da escolaridade obrigatória,
decretado pela Lei de Bases do sistema educativo (Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro), esta
análise merece um maior aprofundamento no que se refere às questões do sucesso e insucesso
nestes níveis de ensino e consequentemente ao problema do abandono escolar.
Gráfico 18: Evolução da População do 3.º ciclo do Ensino Básico entre 2000/2001 e 2004/2005
0300600900
1200150018002100240027003000
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Rede Pública Rede Privada
Quadro 48: Evolução da População Escolar do 2.º e 3.º CEB por ano de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005
2.º e 3.º CEB
2000/ 2001
2001/ 2002
2002/ 2003
2003/ 2004
2004/ 2005
5º Ano 1032 986 1022 1061 1057
6º Ano 891 980 985 1051 1055
Subtotal 1923 1966 2007 2112 2112
7º Ano 1008 966 974 960 1030
8º Ano 842 868 847 762 780
9º Ano 794 781 791 770 686
Subtotal 2644 2615 2612 2492 2496
Total 4567 4581 4619 4604 4608
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
120
A análise conjugada do 2º e 3º ciclos permite constatar que não houve variação significativa,
na procura global destes níveis de ensino, que se deverá prolongar durante a primeira década
do século XXI. Importa referir a integração do 3º ciclo do Ensino Básico nas duas actuais
Escolas Secundárias da sede do concelho, bem como a existência de um estabelecimento do
ensino particular e cooperativo.
Gráfico 19: Evolução da População no 2.º e 3.º CEB entre 2000/2001 e 2004/2005
20002300260029003200350038004100440047005000
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Rede Escolar 2.º e 3.º CEB
2.3.4. 2. Taxas de escolarização, retenção, abandono e aproveitamento escolar A população a frequentar o 2.º e 3% CEB em 2004/2005 é de 4 608, registando-se a existência
de 4045 indivíduos residentes, com idades compreendida entre os 10 e os 14 anos, traduzindo
uma taxa bruta de escolarização de 113,9%.
Quadro 49: Taxa de Escolarização do 2.º e 3.º CEB, por freguesia em 2004/2005
FREGUESIA População a
frequentar o 2.º e 3.º CEB
População Residente
10- 14 anos Taxa de Escolarização
Aver-o-Mar, Aguçadoura, Estela e Navais
1 003 1 177 85,2%
Amorim, Terroso e Beiriz 596 509 117%
Rates, Laúndos e Balasar 594 491 120,9%
Póvoa de Varzim e Argivai 2 0415 1 868 129,3%
Concelho 4 608 4 045 113,9%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
121
No que se refere às taxas de escolarização, ao nível do 2.º e 3.º CEB, estas são determinadas
através da relação entre o número de crianças que frequentam a escola e número de crianças
residentes.
Em 2004/05 e segundo o inquérito realizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, da
totalidade dos equipamentos do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, a taxa de escolarização era
superior a 100% em quase todas as freguesias do concelho, com a excepção de Aver-o-Mar
Aguçadoura, Estela e Navais (85,3%).
No que se refere aos dados apurados no ano de 2004/2005, foi possível perceber que os
casos de abandono se registaram principalmente no 2.º ciclo e no 7º ano de escolaridade, do
3.º CEB, o que coloca em questão a forma como a escola procura e consegue (ou não) motivar
os jovens para atingir a escolaridade obrigatória. As elevadas taxas de abandono escolar
podem estar relacionadas com a baixa valorização que é dada à escola.
Quadro 50: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram, segundo o Nível de Ensino –
2004/2005 ALUNOS
MATRICULADOS ALUNOS RETIDOS
ALUNOS QUE ABANDONARAM NÍVEL DE ENSINO
N.º N.º % N.º %
5.º ANO 1057 141 13,3 21 2,0
6.º ANO 1055 181 17,1 25 2,4
2.º CICLO (TOTAL) 2 112 322 15,2 46 2,2
7.º ANO 1030 217 21,0 34 3,7
8.º ANO 779 115 14,7 17 2,1
9.º ANO 687 79 11,5 16 2,3
3.º CICLO (TOTAL) 2496 411 16,5 67 2,7
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
No que respeita ao insucesso escolar, os números assumem ainda maior visibilidade,
como seria de esperar, uma vez que o abandono é apenas uma das facetas do insucesso
escolar. Mais uma vez, o 7º ano destaca-se pela negativa, com 21 % de alunos retidos. A taxa
de insucesso escolar parece evoluir de uma forma ascendente dos níveis mais baixos de
ensino para os níveis mais elevados: 5,5% no 1.º ciclo, 15,2% no 2º ciclo e 16,5% no 3.º ciclo
de ensino básico.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
122
2.3.5. Constituição dos Agrupamentos de Escolas
Com a publicação do Decreto-lei nº 172/91, de 10 de Maio, foi definido o regime de direcção,
administração e gestão dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e
secundário, num modelo que, nas suas linhas conceptuais, é comum a todos os
estabelecimentos escolares, concretizando-se, todavia, em modalidades específicas. Introduz o
conceito de área escolar para os Jardins de Infância e Escolas do 1º CEB., com a dupla acepção
pedagógica e administrativa, permitindo agregar lugares de monodocência destes níveis de
ensino.
Este diploma foi aplicado, em regime de experiência, a 49 escolas e a 5 áreas escolares, com
início em dois momentos diferentes, nos anos lectivos de 1992/93 e 1993/94.
Contudo, relativamente ao “modelo” de direcção administrativa e gestão escolar aprovado
neste decreto, opiniões divergentes se manifestaram publicamente sobre a sua aplicação em
experiência, virtualidades, desvios ou aprofundamentos dado que nem sempre o discurso teve
correspondência na prática da aplicabilidade.
Entretanto, como a experiência acumulada no âmbito da aplicação dos modelos de gestão das
escolas, definidos quer por este Decreto-Lei nº 172/91 quer pelo Decreto-Lei nº769-A/76, de
24 de Outubro, é demonstrativa da capacidade de organização interna das escolas, cuja
evolução ocorreu paralelamente a outros desenvolvimentos relevantes ao nível do sistema de
ensino, nomeadamente a progressiva (se bem que lenta) descentralização da administração
educativa para os níveis regional e local e uma tendência para desenvolver a dinâmica escolar,
é publicado o Despacho Normativo nº 27/97, de 2 de Junho, que regulamenta a criação dos
Agrupamentos de Escolas e vem permitir e estimular a participação e a iniciativa das escolas
nos domínios do: “…Reordenamento da rede da educação pré-escolar e dos ensinos básico e
secundário, equacionando novas dinâmicas de associação ou agrupamento de escolas e
clarificando as respectivas áreas de influência; o desenvolvimento de projectos educativos de
escola; a concretização das opções organizativas que, no plano interno da escola, venham a
permitir um melhor funcionamento, atendendo à realidade social em que se inserem e ao
projecto educativo que prosseguem…”.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
123
Este surge enquanto não é publicado o suporte legislativo de um novo ordenamento jurídico de
autonomia e gestão das escolas, o que vem a acontecer quase um ano depois.
O Ano Lectivo de 1997/98 foi assim considerado o ano de preparação da aplicação de um novo
regime de autonomia e gestão das escolas tendo sido formados 43 Agrupamentos de escolas
no país.
Em 1998, com a promulgação do Decreto-Lei nº 115-A/98, de 4 de Maio, é definido o “Regime
de Autonomia, Administração e Gestão dos estabelecimentos de ensino públicos de educação
Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário”. 26
Como este diploma refere no seu preâmbulo, a autonomia das escolas e a descentralização
constituem aspectos fundamentais de uma nova organização da Educação, com o objectivo de
concretizar na vida da escola a democratização, a igualdade de oportunidades e a qualidade do
serviço público de educação.
Este diploma dá especial atenção às escolas do 1º Ciclo do ensino básico e aos Jardins de
Infância, integrando-os, numa organização coerente de autonomia, administração e gestão,
tomando em consideração a dimensão muito variável destes estabelecimentos de ensino e
salvaguardando a sua identidade própria. Estes estabelecimentos tinham sido omitidos no
Decreto-Lei nº 43/89, de 3 de Fevereiro, o qual definia o regime de autonomia das escolas.
E assim, a partir do ano lectivo 1998/99, com a publicação do Decreto-Lei nº 115-A/98, de 4
de Maio, que define o “Regime de Autonomia, Administração e Gestão dos estabelecimentos
de ensino públicos de educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário”, começa a
generalizar-se a formação dos Agrupamentos de Escolas, uns formam-se na horizontal e outros
na vertical.
No concelho da Póvoa de Varzim a constituição dos Agrupamentos de escolas teve início no
Ano Lectivo de 1999/2000, tendo-se formado 5 Agrupamentos de Escolas E.B. 2.º e 3º, 2
Escolas Secundárias e 8 Agrupamentos Horizontais compreendendo os ensinos do 1º CEB e
Pré-Escolar.
26 Alterado, por apreciação parlamentar, pela Lei nº 24/99 de 22 de Abril.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
124
Em 2003 os estabelecimentos de ensino do 1º CEB e do pré-escolar agruparam-se às Escolas
E.B. 2,3 tendo ficado constituídos 5 Agrupamentos Verticais de Escolas, respectivamente:
Agrupamento Vertical de Escolas de Aver-o-Mar, que compreende todos os
estabelecimentos de ensino do Pré-Escolar, do 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, das
Freguesias de Estela, Navais, Aguçadoura e Aver-o-Mar;
Agrupamento Vertical de Escolas de Rates, que integra todos os Jardins de Infância,
Escolas do 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, das Freguesias de Laúndos, Rates e
Balasar;
Agrupamento de Escolas Campo Aberto, que inclui os estabelecimentos escolares do
ensino Pré-Escolar, 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, das Freguesias de Beiriz,
Amorim e Terroso;
Agrupamento Vertical Cego do Maio, que contempla 3 Jardins de Infância (Século,
Giesteira e Cego do Maio), 3 Escolas do 1º Ciclo (nº 5 Sede, nº 6 da Sede e nº 7 da
Sede), e a E.B. 2, 3 Cego do Maio da Freguesia da Póvoa de Varzim e os
Estabelecimentos do Pré-Escolar e do 1º CEB da Freguesia de Argivai;
Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Flávio Gonçalves, que inclui um Jardim de Infância
(Dr. Luís Amaro), 3 Escolas do 1º Ciclo (E.B. 1 Nova, E.B. 1 dos Sininhos e E.B. 1 do
Desterro) e a E.B. 2,3 Dr. Flávio Gonçalves, também da Freguesia da Póvoa de Varzim.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
125
Quadro 51: Constituição dos Agrupamentos Verticais de Escolas
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PERTENCENTES
AO AGRUPAMENTO
SEDE DO AGRUPAMENTO DE
ESCOLAS
Escola E.B.1/J.I. de Aldeia, Aguçadoura
Escola do Fieiro, Aguçadoura
Escola da Boucinha, Aguçadoura
Escola Outeiro, Navais
Escola E.B. 1/J.I. de Navais
Escola de Barros, Estela
AGRUPAMENTO VERTICAL DE Escola E.B. 1/J.I. do Teso, Estela Escola E.B. 2, 3 de Aver-o-Mar
ESCOLAS AVER-O-MAR J.I. Fieiro, Aguçadoura
J.I. Barros 1, Estela
J.I. Barros 2, Estela
Escola E.B. 1 de Aldeia,
Aver-O-Mar
Escola E.B. 1 de Refojos,
Aver-O-Mar
Escola E.B. 1/J.I. de Agro Velho, Aver-O-
Mar
Escola E.B. 1 de Paranho, Terroso
Escola E.B. 1/J.I. de Paçô, Terroso
AGRUPAMENTO VERTICAL Escola E.B. 1 de Cadilhe, Amorim
Escola E.B. 2,3 de
Beiriz
CAMPO ABERTO, BEIRIZ Escola E.B. 1 da Igreja, Beiriz
J.I. Beiriz
J.I. de Sejães, Terroso
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
126
Quadro 51: Constituição dos Agrupamentos Verticais de Escolas (Continuação)
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PERTENCENTES
AO AGRUPAMENTO
SEDE DO AGRUPAMENTO DE
ESCOLAS
Escola E.B. 1 Nª. Srª. da Saúde, Laundos
Escola E.B. 1 das Machuqueiras, Laundos
Escola E.B. 1 da Praça, Rates
Escola E.B. 1/J. I. da Granja, Rates
AGRUPAMENTO VERTICAL DE Escola da Quinta, Balasar Escola E.B. 2, 3 de Rates
ESCOLAS DE RATES Escola das Fontainhas, Balasar
J.I. de Laundos
J.I. Nª Sr.ª da Saúde, Laundos
J.I. Cruz, Balasar
J.I. Fontainhas, Balasar
Escola E.B. 1/J. I. de Argivai
Escola E.B. 1 de Nova Sintra,
Póvoa de Varzim
AGRUPAMENTO VERTICAL DE
ESCOLAS CEGO DO MAIO
Escola E.B.1/J. I. Da Giesteira,
Póvoa de Varzim
Escola E.B. 2, 3 Cego do
Maio
Escola E.B. 1 da Lapa, P. Varzim
Escola E.B.1/J. I. da Rua do Século, Póvoa
de Varzim
J.I. Argivai 1
Escola E.B.1 dos Sininhos,
Póvoa Varzim
AGRUPAMENTO VERTICAL DE
ESCOLAS DR. FLÁVIO GONÇALVES
Escola E.B.1 Nova, P. Varzim
J.I. Dr. Luís Amaro
Escola E.B. 2,3 Dr. Flávio
Gonçalves
Escola E.B.1 do Desterro, P. Varzim
Fonte: Gabinete de Educação da Câmara Municipal (ano lectivo 2004/05)
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
127
Cartograma 10: Áreas de Influência dos Agrupamentos Verticais de Escolas do Concelho da Póvoa de
Varzim
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
128
2.3.6. Caracterização do Ensino Secundário
No século XIX a cidade da Póvoa de Varzim foi a mais frequentada, pela sua praia, do norte do
país, tendo um ciclo estival de seis meses e, simultaneamente, a mais abundante praça de
pescado fresco e salgado, o que levou muitos comerciantes provenientes de outros concelhos
a fixarem-se aqui o que permitiu a abertura de novo campo de trabalho e de novas
perspectivas à camada Jovem.
Assim, numa tentativa de dar resposta às exigências sociais da comunidade poveira prosperada
pelo desenvolvimento do comércio resultante da indústria da pesca e dos banhos do mar, foi
fundado nesta cidade em 1882 o Instituto Municipal que teve a sua sede no edifício da Câmara
Municipal27.
Dez anos mais tarde, em 1892, é criada a Associação Comercial, congénere das existentes nas
principais cidades do país, que começa a leccionar aulas de escrituração mercantil e de
contabilidade comercial de forma a preparar a população paro o trabalho na área comercial, o
que originou uma nova realidade sócio-profissional na época.
Entretanto, com a alteração da reforma no ensino secundário, em 1895, o plano de estudos do
Instituto Municipal teve que sofrer alterações, levando os políticos locais a diligenciarem no
sentido deste ser transformado em Liceu Nacional da Póvoa de Varzim, o que de facto vem a
suceder em 190428.
Estas diligências políticas locais ao nível de ensino, foram também no sentido de ser criado o
Curso Comercial na então existente Escola Primária Superior Rocha Peixoto, situada na Praça
Marquês de Pombal, que posteriormente é apelidada de Escola Comercial de Rocha Peixoto, o
que viria a suceder em 1924. Um ano mais tarde é criado o Curso Industrial, passando o
estabelecimento a designar-se por Escola Comercial e Industrial de Rocha Peixoto.
Em 1952, o Liceu Nacional da Póvoa de Varzim é transferido, para a zona norte – nascente da
cidade, para as instalações actuais e definitivas.
27 www.esrpeixoto.edu.pt 28 www.eseq.pt
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
129
Em 1962, é a vez da Escola Comercial e Industrial de Rocha Peixoto mudar-se para o novo
edifício onde permanece actualmente.
Após a revolução democrática de 1974 e das reformas que foram surgindo ao nível do ensino
secundário o Liceu Nacional da Póvoa de Varzim, pela Portaria nº608/79, de 22 de Novembro,
passa a ter a designação de Escola Secundária Eça de Queirós. Em 1981 é a vez da Escola
Comercial e Industrial de Rocha Peixoto, alterar a sua designação para Escola Secundária de
Rocha Peixoto
O concelho da Póvoa de Varzim, em 2004/2005, dispunha ao nível do ensino secundário de 2
estabelecimentos públicos que se localizam na Póvoa de Varzim. Neste ano lectivo, o n.º total
de alunos é de 1868. Convém referir que os dois estabelecimentos de ensino recebem também
alunos do 3.º ciclo, como resposta à sobrelotação das EB’s 2,3 do concelho. Desta forma, a
Escola Secundária Eça de Queirós recebe 53 alunos e a Escola Secundária Rocha Peixoto
recebe 115 alunos.
Quadro 52: Estabelecimentos da Rede Pública em 2004/2005
ESTABELECIMENTOS DE
ENSINO Número
de alunos Número de
salas Capacidade Taxa de
Ocupação
Escola Secundária Eça de Queirós
1 024 31 868 117%
Escola Secundária Rocha Peixoto
844 32 896 94%
Colégio de Amorim* - - - - Total 1 868 63 1890 99%
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
* O ensino secundário na rede privada só entrou em funcionamento no ano lectivo de 2005/2006
no colégio de Amorim
A população escolar a frequentar o ensino secundário era de 1868 alunos, distribuídos pelas
duas escolas, estando 55% dos alunos a frequentar a ES Eça de Queirós e os restantes 45% na
ES Rocha Peixoto.
É, no entanto, importante efectuar uma apreciação destes indicadores e de outros mais
específicos, nomeadamente o número de turmas existentes, conjuntamente com as escolas,
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
130
porque os valores obtidos para estes equipamentos do secundário subestimam a real dimensão
da taxa de ocupação verificada neste nível de ensino.
Cartograma 11: Rede de Equipamentos do Ensino Secundário no Concelho da Póvoa de Varzim
A Escola Secundária Eça de Queirós para além de receber o 3.º ciclo do ensino básico, conta
com o total de 1024 alunos para o ensino secundário. Em 2004/2005 disponibilizou todos os
Cursos Gerais ou Científico – humanísticos existentes no ensino secundário e os cursos
Tecnológicos de Multimédia, Design de Equipamento e Comunicação. No entanto, importa
referir que neste ano lectivo não teve alunos a frequentar o curso de Línguas e Literaturas.
A Escola Secundária Rocha Peixoto recebe 844 alunos, em 2004/2005, nos cursos gerais e nos
cursos tecnológicos para além de receber alunos do 3.º ciclo do ensino básico (115 alunos).
Dispõe de todos os cursos gerais ou Científico – Humanísticos vocacionados para o
prosseguimento de estudos para o ensino superior, no entanto os cursos de Ciências Sócio-
económicas e de Línguas e Literaturas não funcionaram neste ano lectivo por falta de alunos; e
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
131
os Cursos Tecnológicos de Electrotecnia/Electrónica, Informática, Administração, Marketing,
Acção Social e Desporto, orientados duplamente para o prosseguimento de estudos e inserção
no mercado de trabalho.
Teve ainda como oferta o Curso Profissional – Técnico de Manutenção Industrial para jovens
que concluíam o 9.º ano de escolaridade e que pretendem obter uma qualificação inicial. Este
curso confere a equivalência ao 12.º ano de escolaridade e um certificado de formação
profissional de nível 3.
O ensino secundário desenvolve-se em regime nocturno apenas na Escola Secundária Rocha
Peixoto, em 2004/2005, ao nível do 10.º ano.
A Escola Secundária Eça de Queirós apresenta ao nível das infra-estruturas boas condições. De
acordo com os dados do inquérito, esta escola considerou que o telhado, janelas, pavimentos e
pintura estão num bom estado de conservação, enquanto que as restantes infra-estruturas se
situam num nível médio.
Gráfico 20 – Estado de Conservação das infra-estruturas nas Escolas Secundárias
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Pavimentos
Pintura
Janelas
Telhado
Electricidade
Esgotos
Água
WC
Bom Médio Mau
A Escola Secundária Rocha Peixoto avaliou o estado de conservação das infra-estruturas,
apresentadas no gráfico n.º 20, como razoável, com a excepção da pintura que considerou
estar em muito mau estado.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
132
2.3.6. 1. Evolução da população no Ensino Secundário No concelho da Póvoa de Varzim, entre o ano lectivo de 2000/2001 e 2004/2005, verificou-se
uma variação negativa de -3,7% do número total de alunos ao nível do Ensino Secundário.
Quadro 53: Evolução da Frequência do Ensino Secundário
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
Quadro 54: Evolução da População Escolar no Ensino Secundário por ano de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005
ENSINO
SECUNDÁRIO 2000/ 2001
2001/ 2002
2002/ 2003
2003/ 2004
2004/ 2005
10.º Ano 830 815 902 784 689
11.º Ano 550 495 547 539 588
12.º Ano 559 585 562 547 591
Total 1 939 1 895 2 011 1870 1868
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
A análise das frequências entre 2000/2001 e 2004/2005 dos alunos do ensino secundário
permite constatar uma diminuição dos alunos até 2001/2002, havendo uma ligeira subida no
ano lectivo seguinte, ano a partir do qual se assistiu a uma ligeira inflexão negativa da variação
do número de alunos até 2004/2005.
N.º ALUNOS
ESCOLAS 2000/ 2001
2001/ 2001
2002/ 2003
2003/ 2004
2004/ 2005
TOTAL
TAXA DE
VARIAÇÃO 2000/2005
ES EÇA DE QUEIRÓS 953 887 964 954 1024 4 782 7,5
ES ROCHA PEIXOTO 986 1008 1047 916 844 4 801 -14,4
TOTAL 1 939 1 895 2 011 1870 1868 9 583 -3,7
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
133
Gráfico 21: Evolução da Frequência no Ensino Secundário
200400600800
1000120014001600180020002200
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Ensino Secundário
2.3.6. 2. Retenção, abandono e aproveitamento escolar No que se refere aos dados apurados no ano de 2004/2005, foi possível perceber que os
casos de abandono se registaram principalmente no 10º ano de escolaridade, logo após a
conclusão da escolaridade obrigatória, o que coloca em questão a forma como a escola
procura e consegue (ou não) motivar os jovens para o prosseguimento de estudos.
Quadro 55: Número de Alunos Matriculados, Retidos e que Abandonaram no Ensino Secundário – 2004/2005
ALUNOS MATRICULADOS
ALUNOS RETIDOS
ALUNOS QUE ABANDONARAM NÍVEL DE ENSINO
N.º N.º % N.º %
10.º ANO 689 123 17,8 118 17,1
11.º ANO 588 23 3,9 33 5,6
12.º ANO 591 96 16,2 65 10,9
TOTAL 1 868 242 12,9 216 11.5
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
A taxa de abandono no Ensino Secundário é significativa, 11,5%, podendo estar
profundamente relacionadas com a baixa valorização que é dada à escola. No que respeita ao
insucesso escolar, os números assumem valores significativos, no 10º e 12º ano de
escolaridade, o que poderá estar relacionado com o facto destes anos serem anos importantes
de transição.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
134
2.3.7. Ensino Superior
A Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG) foi criada por Decreto-lei em 04
de Janeiro de 1990. A ESEIG é uma das seis dependências do Instituto Politécnico do Porto
existentes no país. Inicialmente, existiam dois pólos, um na Póvoa de Varzim e outro em Vila do
Conde. Desde 2001 a escola funciona em instalações novas, situadas entre a Póvoa de Varzim e
Vila do Conde, com capacidade para 1400 alunos, sendo os alunos de ambos os pólos
transferidos para este edifício.
A ESEIG iniciou a sua actividade apenas com o curso de Contabilidade e de Gestão
(Bacharelato). Entretanto, acolheu novos cursos como o CESE (Curso de Estudos Superiores
Especializados) em Contabilidade e Gestão (Licenciatura) e o Curso de Recursos Humanos a
partir do ano lectivo de 1996/1997, tendo passado a Licenciatura bi-etápica em 1998.
No ano lectivo de 2000/2001 foi a vez dos cursos de Design Gráfico e de Publicidade e de
Engenharia de Produção. Um ano depois entraram em funcionamento os cursos de Ciências e
Tecnologia da Documentação e Informação e de Engenharia Mecânica.
Quadro 56: Número de Alunos do Ensino Superior em 2004/2005
ANO ESCOLAR N.º DE ALUNOS
CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DA DOCUMENTAÇÃO E
INFORMAÇÃO 102
DESIGN GRÁFICO E DE PUBLICIDADE 65
RECURSOS HUMANOS 207
ENGENHARIA MECÂNICA 106
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 91
CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO 323
RAMO DE AUDITORIA 143
RAMO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 178
TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL 139
Total 1 354
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
135
Em 2004/2005, esta Escola Superior lecciona um leque muito diversificado de cursos,
conforme se apresenta no quadro n.º 51, com um total de 1 354 alunos.
Quadro 57: Evolução da População no Ensino Superior
ANO ESCOLAR N.º DE ALUNOS
2000/2001 454
2001/2002 1 340
2002/2003 1 240
2003/2004 1 274
2004/2005 1 354
Total 5 662
Fonte: CMPV/DEAS, Inquérito aos Estabelecimentos de Ensino, Janeiro 2006
No Ensino Superior, entre o ano lectivo de 2000/2001 e 2004/2005, verificou-se uma variação
positiva de 198% do número total de alunos nestes níveis de ensino. Efectivamente, verificou-
se que o número de alunos triplicou nestes 5 anos.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
136
2.3.8. Caracterização do Ensino Artístico
Escola de Música da Póvoa de Varzim
A Escola de Música da Póvoa de Varzim (EMPV) foi criada pela Câmara Municipal da Póvoa
de Varzim em 1988, tendo como objectivos essenciais formar profissionais da música nos
diversos cursos com planos curriculares do Ensino Básico e Complementar; possibilitar à
população escolar concelhia o seu enriquecimento cultural; a ocupação dos tempos livres para
todas as faixas etárias; e contribuir para o desenvolvimento cultural do concelho.
A EMPV obteve do Ministério da Educação autorização definitiva de funcionamento no ano
lectivo de 1996/1997, mais tarde actualizada em Junho de 2003 (nº 106/DREN).
Estão em funcionamento os Cursos de Piano, Cravo, Violino, Violoncelo, Contrabaixo, Viola
Dedilhada (Guitarra), Flauta de Bisel, Flauta Transversal, Oboé, Clarinete, Saxofone, Fagote,
Trompete, Trombone, Tuba, Percussão, e as Disciplinas de Técnica Vocal e Repertório,
Formação Musical, Iniciação Musical, História da Música, Acústica Musical, Análise e Técnicas
de Composição e diversas classes de Conjunto instrumental e vocal, entre as quais o Coral
“Ensaio e as Orquestras de Cordas e Sopros.
Em Janeiro de 1989, o Coral “Ensaio” iniciou a sua actividade. É composto por alunos,
professores da Escola, encarregados de educação e melómanos dedicados. Além de participar
nas audições públicas da Escola e em variados momentos culturais da região, já se apresentou
em diversas cidades de Portugal, Espanha e Bélgica, em concertos e em encontros culturais
(alguns de nível internacional). Tem participado em diversas edições do Festival Internacional
de Música da Póvoa de Varzim.
A Orquestra de Cordas foi constituída em 1994. Representou a Câmara Municipal da Póvoa de
Varzim na FIL (Lisboa, Janeiro de 1997), fez digressões por escolas do Ensino Básico do
Concelho (no “Dia Mundial da Música a partir de 1997). Participou na ópera infantil “Athanor”,
de Claude Henry-Joubert, levada à cena em 1997 e 1998 (na Póvoa de Varzim e no Porto). Em
Abril de 1999 deslocou-se à Bélgica onde apresentou concertos, no âmbito do intercâmbio
cultural estabelecido com a Academia de Waremme. Tem prestado a sua colaboração a
diversas iniciativas sócio-culturais do concelho.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
137
No ano lectivo de 2001/2002 foi criada a Orquestra de Sopros. A Orquestra já actuou em
Guimarães e Póvoa de Varzim, no âmbito de intercâmbios culturais com escolas congéneres.
Participou também em actividades paralelas do Festival Internacional de Música da Póvoa de
Varzim, desde 2002.
Além da sua vocação naturalmente pedagógica de apoio às pessoas motivadas para a sua
valorização pessoal, a EMPV com regularidade proporciona à população recitais e concertos –
concertos de Natal, concertos de Páscoa e espectáculos de âmbito pedagógico dedicados à
população.
Desde 1995 está instalado na Escola o Secretariado do Festival Internacional de Música da
Póvoa de Varzim, iniciativa fundada pela SOPETE – Sociedade Poveira de Empreendimentos
Turísticos, S. A., em 1979, visando desde logo promover a região em Portugal e no estrangeiro
e elevar a qualidade de vida da população. Foi a partir da edição de 1994 que o importante
evento estruturante para toda a região Norte do país passou a ser também de responsabilidade
organizativa e financeira da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Passadas mais de duas
décadas de ininterrupta actividade, constata-se que o FIMPV é um exemplo de sucesso, uma
iniciativa caracterizada pela longevidade e qualidade mantidas ano após ano e que pode
considerar-se, no Verão, como um dos pólos de animação mais significativos da região Norte
de Portugal, atraindo um público exigente e conhecedor e afirmando-se, simultaneamente,
como plataforma de lançamento de novos talentos nacionais e de apresentação de solistas e
agrupamentos internacionais de elevada craveira.
Efectivamente, percorrendo o seu historial destaca-se a presença de solistas e agrupamentos
dos mais relevantes do nosso tempo, como Mstislav Rostropovitch, Alfred Brendel, Paul
Tortelier, Fabio Biondi, Vadim Repin, Elisabeth Leonskaja, Maria João Pires, Jörg Demus, Aldo
Ciccolini, Pedro Burmester, Julian Bream, Narciso Yepes, Christophe Rousset, Ton Koopman,
Pierre Hantaï, Victoria de Los Angeles, Galina Gorchakova, Quarteto de Cordas Alban Berg, The
Tallis Scholars, Gabrieli Consort & Players, Nikolai Lugansky, etc.
A Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim foi fundada pela Câmara Municipal da Póvoa de
Varzim em Setembro de 2002. É uma iniciativa também estruturalmente ligada à Escola de
Música da Póvoa de Varzim, uma vez que o respectivo Secretariado é comum. Integram a
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
138
Orquestra alguns dos ex-alunos da Escola que, actualmente, trabalham em Escolas Superiores
de Música e em Departamentos de Música de algumas Universidades. Apresentou-se em
diversos concertos na Póvoa de Varzim, Figueira da Foz e Porto, e tem participado no
encerramento das 25ª, 26ª, 27ª e 28ª edições do Festival Internacional de Música da Póvoa de
Varzim. Alguns solistas e agrupamentos, como a soprano Sílvia Mateus, o violinista Daniel
Rowland, o flautista António Carrilho, o Coro da Sé Catedral do Porto e os pianistas Jean-Marc
Luisada e Roger Muraro têm participado nas suas actuações. A OSPV já gravou três CDs.
Para os munícipes em geral, por conseguinte, o coordenado funcionamento das três iniciativas
(Escola de Música, Festival Internacional de Música e Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim),
sob a égide da Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim, proporciona as pedagogias mais
actualizadas e a fruição cultural do melhor nível.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
139
2.3.9. Ensino Especial - Necessidades Educativas Especiais
A educação especial constitui uma modalidade de educação que visa a recuperação e
integração socioeducativas dos alunos com necessidades educativas específicas resultantes de
deficiências físicas e/ou mentais. As iniciativas de educação especial podem pertencer ao
poder central, regional ou local ou, a outras entidades colectivas.
No concelho da Póvoa de Varzim, o Ensino especial está assegurado pela rede pública, rede
privada e rede solidária, nomeadamente ao nível de uma Instituição de Solidariedade Social–
MAPADI.
Quadro 58: Número de Alunos com Necessidades Educativos Especiais, segundo o Nível de Ensino, em 2004/2005
ALUNOS COM NEE NÍVEL DE ENSINO N.º %
PRÉ-ESCOLAR (TOTAL)
61 17%
1.º CICLO (TOTAL)
144 40%
2.º/ 3º CICLO (TOTAL)
120 34%
SECUNDÁRIO (TOTAL) 34
(Eça de Queirós) 9%
TOTAL 359
100%
Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social1
No concelho da Póvoa de Varzim foram sinalizadas, no ano lectivo de 2004/2005, 359
crianças com necessidades educativas especiais. Destas, cerca de 264 alunos frequentavam
o Ensino básico, sendo que 144 frequentavam o 1.º ciclo e as restantes o 2.º e 3.º ciclos.
O 1º ciclo do ensino básico é o nível de ensino no qual são sinalizadas mais crianças com
NEE, especificamente 40% das 359 crianças sinalizadas frequentam este tipo de ensino, ou
seja, alunos com dificuldades de aprendizagem, identificadas e que beneficiaram de apoio
sócio-educativo.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
140
2.3.10. Ensino Recorrente
O ensino recorrente consiste numa modalidade de educação escolar que tem como objectivo a
eliminação do analfabetismo, encontrando-se organizado por ciclos de ensino e conferindo
uma certificação equivalente à do ensino regular.
De acordo com a Lei 46/86 de 14 de Outubro, o ensino recorrente destina-se a indivíduos que
já não se encontram na idade normal do ensino básico e secundário sendo, também, destinado
a indivíduos que não tiveram oportunidade de se encontrar no sistema de educação escolar em
idade normal e que tenham idade igual ou superior a 15 ou a 18 anos, conforme se trate do
ensino básico ou secundário respectivamente.
No que concerne a este tipo de ensino, percebemos que a adesão tem crescido nos últimos
anos, apresentando uma variação positiva de 2001 para 2005. É no nível secundário que a
adesão é mais relevante, sendo que o número de pessoas inscritas no ensino recorrente na
Escola Secundária, no ano lectivo de 2004/2005, representa 75% do total de alunos. Aspecto
que pode estar relacionado com o facto de existir um elevado número de alunos que, não
concluindo o 12.º ano, recorrem a este tipo de ensino para terminar o ensino secundário.
Quadro 59: Evolução do número de alunos inscritos no ensino recorrente, segundo o nível de escolaridade, entre 2000/2001 e 2004/2005
Em síntese, importa reforçar o facto da procura desta modalidade de ensino ter crescido nos
últimos anos, e do ensino secundário se destacar dos restantes níveis de ensino, com uma
população superior à soma destes.
NÍVEL DE ENSINO 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
3.º CEB 123 133 97 130
Secundário 286 357 390 404
Total 409 490 487 534
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
141
A oferta desta modalidade de ensino localiza-se na sede do concelho, com a excepção do 1.º
ciclo que tem funcionado em algumas freguesias do concelho, conforme o quadro apresentado
de seguida. Efectivamente, a maioria dos cursos do ensino recorrente eram leccionados na
Escola Secundária Rocha Peixoto, conforme quadro anterior.
Quadro 60: Cursos de ensino recorrente, no 1.º e 2.º CEB, em 2004/2005
CURSO LOCAL
1.º CICLO Escola Rocha Peixoto
1.º CICLO EB1 Nova – Póvoa de Varzim
1.º CICLO EB1 Aldeia Nova – Aver-o-Mar
1.º CICLO EB1 da Igreja - Beiriz
1.º CICLO EB1 das Machuqueiras - Laúndos
1.º CICLO Gabinete de Acção Social de Argivai
2.º CICLO Escola Rocha Peixoto – Póvoa de Varzim
Fonte: Gabinete de Educação de Adultos
Em termos gerais, a oferta de ensino recorrente prendeu-se com o desenvolvimento de uma
estratégia de nível global que envolvia as diversas estruturas da sociedade e procurava
resolver as dificuldades do sistema educativo, contemplando uma visão permanente do
mesmo29.
Esta interpretação lata da educação recorrente reflectia o optimismo económico dos anos
sessenta e setenta, que via na educação uma fonte de desenvolvimento. Pretendia-se que a
educação recorrente efectuasse uma alternância entre ciclos de aprendizagem
estruturada (ciclos educativos) e etapas de efectivação de outras actividades, interagindo
os dois momentos, tendo como objectivo favorecer o enriquecimento mútuo, que se deve
iniciar logo após o termo da obrigatoriedade30.
Há porém uma outra concepção associada à educação recorrente que a identificava a uma
educação de segunda oportunidade, destinando-se a todos aqueles que se viam
compelidos a abandonar o sistema formal de ensino e a ingressar no mercado do
29 Abreu, Zina, “Ensino recorrente de adultos: uma segunda oportunidade ao alcance de todos? Concepções curriculares” in IV Congresso Português de Sociologia, Coimbra, Associação Portuguesa de Sociologia, 2000, Oeiras, Celta Editora, 2002 (cd-rom). 30 Idem.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
142
trabalho, entrando no segundo elo da cadeia educação – trabalho – reforma, padrão de vida
dominante nas sociedades modernas ocidentais"31.
Contudo, existem dois modelos de ensino recorrente, um com uma estrutura rigidificada,
alicerçada numa concepção curricular técnica, directiva e tradicionalista, regida pela
«fórmula» do ensino regular, contribuindo para que o ensino recorrente seja afinal mais
uma oportunidade de insucesso escolar, agravada pela própria perversidade do sistema
educativo que tem canalizado jovens do ensino regular com insucesso escolar e que tem
primado pela inexistência de formação específica para os professores do ensino recorrente32.
Outro, com uma estrutura mais aberta, apresentando desafios alternativos ao quadro anterior,
tendo em linha de conta as necessidades de diferenciação pedagógica na sala de aula, de
existência de professores reflexivos, de formação específica para os docentes do ensino
recorrente, de maior autonomia das escolas e de uma escola mais compreensiva.
É neste último modelo que podemos incluir o ensino recorrente desenvolvido na Póvoa de
Varzim, nomeadamente na Escola Rocha Peixoto.
2.3.11. Ofertas Qualificantes
Uma análise cuidada do quadro 29, dá-nos, de facto, a perspectiva de que a taxa de abandono
escolar (3,9%), no concelho da Póvoa de Varzim é bastante elevada, os alunos poveiros saem
da escola sem concluírem o 9.º ano, bem como a taxa de saída precoce (57,2%) é igualmente
muito alta, constatando-se que existem muitos alunos com idades entre os 18 e 24 anos sem
concluírem o Ensino Secundário.
É necessário prevenir o abandono escolar desqualificado, disponibilizando ofertas formativas
diversificadas e profissionalmente qualificantes; é preciso fazer um esforço colectivo para
formar e qualificar os nossos jovens.
A iniciativa Novas Oportunidades assenta numa base – o nível secundário é o objectivo de
referência para a qualificação dos jovens e adultos. Este é o patamar mínimo para dotar os
cidadãos das competências essenciais à moderna economia do conhecimento.
31 Ibidem. 32 Cfr. Abreu, Zina, Art. Cit..
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
143
É importante inovar, recombinar modelos; o saber não ocupa lugar, mas tem que gerar riqueza
e para criar riqueza, as qualificações têm que gerar competências úteis. O mote será
“Qualificar para desenvolver, Desenvolver qualificando”.
Esta Iniciativa novas oportunidades pretende envolver não só as Escolas Secundárias, como
também os Agrupamentos de Escolas, os Centros de Formação Profissional, bem como as
outras Entidades Formadoras.
A Iniciativa Novas Oportunidades tem várias modalidades:
Cursos de Educação e Formação
A conclusão de um CEF com total aproveitamento confere certificação escolar ao 6º/9º e 12º
ano de escolaridade e certificação profissional de nível 1,2,3.
Cursos de Especialização Tecnológica
Cursos Tecnológicos
Cursos Profissionais
Os objectivos desta iniciativa são fazer do ensino profissionalizante de nível secundário uma
real opção dando oportunidades novas aos jovens e elevar a formação de base dos activos.
Dar a todos os que entraram na vida activa com baixos níveis de escolaridade, a possibilidade
de, com esta iniciativa Novas Oportunidades, recuperar, completar e progredir nos seus
estudos.
Atingir estes objectivos implica uma remodelação no Sistema de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências, como forma de medir e certificar competências adquiridas em
contextos não formais e informais.
O sucesso da iniciativa Novas Oportunidades exige um empenhamento sério de todos –
cidadãos, empresas e instituições – na valorização de uma cultura de aprendizagem e na sua
efectivação no terreno. É, certamente, um caminho longo e difícil.
As ofertas qualificantes são promovidas no concelho pelo Centro de Emprego da Póvoa de
Varzim/Vila do Conde, através de cursos de formação profissional em parceria com os centros
de formação do Instituto de Emprego e Formação Profissional e com entidades formadoras
externas.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
144
Existe um Centro de Formação de Gestão Participada do sector das pescas da rede dos centros
do IEFP (FORPESCAS) localizado no concelho de Vila do Conde. Há entidades formadoras
privadas sediadas no concelho (Tavares de Oliveira, Sashit, Urbe, Associação Comercial e
Industrial da Póvoa de Varzim, Leicar, Iconefile).
A Escola Secundária Rocha Peixoto teve em funcionamento no ano de 2005 cursos de
formação profissional de educação e formação de jovens.
Estas entidades asseguram as ofertas qualificantes no concelho, numa dupla vertente,
educativa e formativa, possibilitando escolhas mais diversificadas e mais adequadas, quer a
jovens que estão a construir o seu percurso educativo e formativo, quer a adultos que
procuram elevar os seus níveis de escolaridade e qualificação profissional.
Quadro 61: Ofertas Qualificantes no Concelho da Póvoa de Varzim (2005)
Modalidades de Formação
N.º de Cursos
N.º de Formandos
Certificação Escolar
Certificação profissional
17 298 12.º Ano Nível 3 Cursos de Aprendizagem
4 66 9.º Ano Nível 2
Cursos de Educação e Formação de Jovens
6
92
9.º Ano Nível 2
1 16 6.º Ano Nível 1 Cursos de Educação e Formação de Adultos 1 16 9.º Ano Nível 2
Cursos de formação Qualificante
10 114 - -
Cursos de formação contínua
33 1009 - -
Total 72 1611 - -
No concelho da Póvoa de Varzim, em 2005, funcionaram 72 cursos, abrangendo um total de
1611 formandos, distribuídos por 5 modalidades de formação, tais como, aprendizagem,
educação e formação de jovens, educação e formação de adultos, formação qualificante e
formação contínua.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
145
2.3.11.1. Aprendizagem
Os cursos de aprendizagem são uma modalidade de formação que se destina a preparar jovens,
candidatos em situação de 1.º emprego, que preferencialmente não ultrapassem o limite etário
dos 25 anos para o desempenho de profissões qualificadas de forma a facilitar a sua entrada no
mercado de trabalho.
Tratam-se de cursos que se desenvolvem em alternância, isto é, entre um centro de formação e
uma empresa, onde se realizam, respectivamente, a formação teórico-prática e a formação
prática em contexto real de trabalho. Estes cursos são promovidos pelo IEFP em colaboração
com entidades formadoras externas.
Em 2005 estiveram a decorrer no concelho 17 cursos de aprendizagem que conferem uma
certificação escolar ao nível do ensino secundário (12.º ano) e uma certificação profissional de
nível 3. Decorreram ainda 4 cursos de aprendizagem que conferem numa certificação escolar
ao nível do 3.º ciclo (9.º ano) e uma certificação profissional de nível 2. Todos estes cursos de
nível 2 são referentes à área das pescas
2.3.11.2. Educação e Formação de Jovens
Os cursos de Educação e Formação de Jovens são uma modalidade de formação destinada a
jovens com idade igual ou superior a 15 anos e sem qualificação profissional ou qualificação
escolar.
Os cursos de Educação e Formação de Jovens que o Instituto de Emprego e Formação
Profissional promoveu, em colaboração com entidades formadoras do concelho, destinam-se a
jovens com o 6.º, 7.º ou frequência do 8.º ano de escolaridade e dão equivalência ao 9.º ano e
uma certificação profissional de nível 2.
No ano lectivo de 2005/2006 a Escola Secundária Rocha Peixoto ofereceu também a
modalidade Educação-Formação de Jovens. Estão a decorrer os Cursos de Operador de
Máquinas Ferramentas CNC (tipo 2), Operador de Máquinas Ferramentas CNC e Operador de
Informática (tipo 3) e Instalador/Reparador de Computadores (tipo 4).
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
146
2.3.11.3. Educação e Formação de Adultos
A modalidade de Educação/Formação de Adultos destina-se a preparar cidadãos com idade
igual ou superior a 18 anos, que abandonaram prematuramente o sistema de ensino, não
qualificado ou sem qualificação adequada.
Em 2005 foi promovido no concelho da Póvoa de Varzim 1 curso de Educação e Formação de
Adultos que se destinou a adultos com a escolaridade ao nível do 6.º ano e conferiu uma
certificação escolar de 9.º ano e uma certificação profissional de nível 2. Realizou-se ainda 1
curso de Educação e Formação de Adultos destinado a adultos com o 4.º ano e que confere
uma certificação escolar de 6.º ano e uma certificação profissional de nível 1.
Em 2006 as ofertas qualificantes constituem-se por 1 curso EFA Escolar e 2 cursos B3 a
funcionarem no Agrupamento de Escolas de Rates. Está igualmente a funcionar 1 curso EFA B2
no Agrupamento de Escolas Flávio Gonçalves.
2.3.11.4. Qualificação
Os cursos de qualificação têm como objectivo garantir a jovens e a adultos a aquisição de
competências técnicas e sociais, para o desempenho de profissões qualificadas, de forma a
favorecer o aumento da empregabilidade, facilitando a transição para a vida activa.
Em 2005 foram promovidos no concelho da Póvoa de Varzim 10 cursos de qualificação
profissional, destinados a adultos e envolvendo 114 formandos. Estes cursos foram ministrados
por várias entidades formadoras, tais como: SASHIT, IEFP, Associação Comercial e Industrial da
Póvoa de Varzim e LEICAR.
2.3.11.5. Formação Contínua
A modalidade de formação contínua destina-se a activos que pretendam actualizar ou
aprofundar as suas competências, de forma a melhorar o desempenho profissional.
No concelho da Póvoa de Varzim são várias as entidades que desenvolvem esta modalidade de
formação, sendo a sua maioria de índole privada. Ao nível público importa destacar a formação
desenvolvida pela autarquia.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
147
Em 2005 foram promovidos no concelho da Póvoa de Varzim 33 cursos de formação contínua,
em diversas áreas, destinados a adultos e envolvendo 1009 formandos.
Estes cursos foram ministrados por várias entidades formadoras, tais como: SASHIT, IEFP,
Associação Comercial e Industrial da Póvoa de Varzim, LEICAR, Casa – Escola Agrícola Campo
Verde, Tavares de Oliveira e FORPESCAS e a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
2.3.11.6. Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC)
Os Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC) têm como
função validar e certificar candidatos, através, de um processo que lhes permite valorizar as
suas experiências de vida, profissionais e formativas adquiridas e não certificadas. O processo
RVCC destina-se a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e que não possuem o 4.º, o
6.º ou o 9.º ano de escolaridade e que pretendem obter um certificado equivalente a um destes
níveis de escolaridade.
2.3.12. Outras ofertas educativas e formativas
2.3.12.1. Cursos promovidos pela Escola Prática de Administração Militar
Quadro 62: Cursos promovidos pela Escola Prática de Administração Militar no ano de 2005
CURSOS CONDIÇÕES DE
INGRESSO CERTIFICAÇÃO
Formação de Oficiais/Quadros
Permanentes
Não completar 22 anos até 31/12/05 Licenciatura
Formação de oficiais/regime de contrato
18 a 27 anos Licenciatura ou
Bacharelato -
Formação de sargentos/Regime de
contrato
18 a 24 anos 12.º ano de escolaridade
-
ESCOLA PRÁTICA
DE
ADMINISTRAÇÃO MILITAR
Formação de Praças 18 a 24 anos
6.º ano -
Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
148
2.3.12.2. Cursos promovidos pelo MAPADI
O MAPADI promove formação profissional através de candidatura ao programa Constelação do
IEFP. Os jovens admitidos têm de ter mais de 16 anos, ser oriundos do concelho da Póvoa de
Varzim e portadores de deficiência em grau e tipo que lhes permita frequência da formação
profissional e consequente integração em posto de trabalho. Os cursos em funcionamento são:
auxiliares de confecção/artesanato, jardinagem, serviços hoteleiros e lavagem manual de
veículos.
2.3.12.3. Cursos Extra Escolares promovidos pelo Gabinete de Educação de Adultos
Ao longo de mais de uma década, a Educação de Adultos, no concelho, sedimentou-se e
implementou uma acção dinamizadora e sensibilizadora dos actores sócio-culturais para o
incremento de actividades formativas de 1º e 2º ciclos, bem como acções do âmbito sócio-
educativas e profissionais. Foram desenvolvidos projectos sólidos e efectuadas candidaturas a
programas específicos. Não foram esquecidos os autarcas que, pelo conhecimento da terra e
suas gentes, são determinantes para o desenvolvimento colectivo, bem como, a Igreja, na sua
relação de influência junto dos paroquianos, para a sensibilização de variadíssimas actividades
locais.
O concelho da Póvoa de Varzim adquiriu uma experiência de Educação de Adultos que urge dar
continuidade, promovendo a coesão social e igualdade de oportunidades individuais dos
cidadãos. A autarquia tem, também nesta matéria, pergaminhos valiosos que pretende
rentabilizar e desenvolver, apostando de um modo racional mas coerente na formação e
participação cultural de todos os seus munícipes, envolvendo toda a comunidade e
movimentos.
Salientamos, no âmbito da Educação de Adultos, o ressurgimento e organização da Feira do
Livro da Póvoa de Varzim, nos anos de 1993 e 1994, posteriormente, assumida pela autarquia
e, hoje, uma referência no contexto livreiro e cultural em Portugal, a intensa actividade
formativa homogénea e abrangente do concelho, atenta e inovadora na região: o
desenvolvimento de um curso de Educação parental “ uma família Feliz”, já vai na terceira
edição. São acções muito participadas que traduzem emoções de satisfação.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
149
Outras actividades se desenvolveram, como, visita ao museu de Etnografia e História da Póvoa
de Varzim; à Biblioteca Municipal Rocha Peixoto; ao arquivo municipal e centro de
Interpretação do Castro de Terroso; Exposições de trabalhos de artes decorativas, de tapeçaria
de Arraiolos, de arranjos de flor natural, de pintura de camisolas poveiras; conferências e
debates e Estudos de diagnóstico localizados como o levantamento de escolarização da
freguesia de Laundos. No âmbito da formação, para melhor elucidação, apresentam-se dados
dos últimos cinco anos relativo aos cursos de 1º e 2 ciclos, seguindo-se uma apresentação
específica dos cursos desenvolvidos em 2004/2005 e 2005/2006:
Quadro 63: Evolução dos cursos extra-escolares de 2001/2002 a 2005/2006
Cursos 1º ciclo/alfabetização
2001/ 2002
2002/ 2003
2003/ 2004
2004/ 2005
2005/ 2006
Amorim - - - - 10 Argivai - 16 15 13 15
Aver-o-mar 12 - 16 13 13 Beiriz - - - 9 -
Laundos - - - 16 - Póvoa de Varzim 42 39 41 28 32
Terroso 9 12 14 - - Subtotal 1.º Ciclo 63 67 86 79 70
2º Ciclo 29 24 36 26 32 Subtotal 2.º Ciclo 29 24 36 26 32 Total Formandos
1º e 2º ciclos 92 91 122 105 102
N.º de Cursos 4 4 5 6 5
Quadro 64: Cursos Extra Escolares promovidos pela Educação de Adultos em 2004/2005
CURSO LOCAL N.º DE ALUNOS
TAPEÇARIA DE ARRAIOLOS Bairro Norte – Póvoa de Varzim 15
TAPEÇARIA DE ARRAIOLOS Aguçadoura 15
ARTES DECORATIVAS Bairro Sul – Póvoa de Varzim 18
ARTES DECORATIVAS Laúndos 15
ARTES DECORATIVAS Beiriz 25
ARTE FLORAL Regufe – Póvoa de Varzim 20
PINTURA Mariadeira – Póvoa de Varzim 16
ESCOLA DE PAIS Arquivo Municipal 16
CAMISOLAS POVEIRAS Gabinete de Educação de Adultos 17
TOTAL 157
Fonte: Gabinete de Educação de Adultos
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
150
Quadro 65: Cursos Extra Escolares promovidos pela Educação de Adultos em 2005/2006
CURSO LOCAL N.º DE ALUNOS
CURSO DE PINTURA A OLEO Regufe – Póvoa de Varzim 17
INICIAÇÃO AO INGLÊS Escola do 1.º CEB - Beiriz 15
CAMISOLAS POVEIRAS Gabinete de Educação de Adultos 13
ARTE FLORAL Junta de freguesia – Aver-o-Mar 17
ARTES DECORATIVAS Beiriz 23
ESCOLA DE PAIS Arquivo – Póvoa de Varzim 16
TAPEÇARIA DE ARRAIOLOS Gab. Edu. Adultos – Póvoa de Varzim 19
ARTES DECORATIVAS Junta de Freguesia - Rates 30
ARTE FLORAL Centro Social Bonitos de Amorim - Amorim 20
TOTAL 170
Fonte: Gabinete de Educação de Adultos
Para o ano de 2007 estão previstas 18 acções, seis no âmbito de Alfabetização e 12 extra-
escolares, em oito áreas, como artes decorativas, arte floral, pintura a óleo, Arraiolos,
camisolas poveiras, inglês, ponto cruz e escola de pais.
2.3.13. Acção Social Escolar
No âmbito da publicação do Despacho Normativo 300/97 de 5 de Setembro a autarquia
implementou a componente social (almoço/alargamento de horário) em todos os Jardins-de-
Infância da rede pública do concelho.
De acordo com os dados do inquérito aplicado às escolas, verificamos que no ano lectivo de
2004/2005, das 571 crianças que frequentam os Jardins-de-Infância públicos do concelho, a
grande maioria, ou seja 63%, usufruíram destes serviços.
Nos agrupamentos do concelho da Póvoa de Varzim estão a frequentar os Jardins-de-
infância 571 crianças, das quais 70 não pediram qualquer apoio social, estando apenas a
beneficiar da Componente Lectiva. No que se refere à Componente Social nos Jardins-de-
infância do Concelho, verifica-se que a utilizaram um total de 491 crianças.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
151
Relativamente à alimentação e prolongamento o Jardim-de-infância de Agro Velho surge com o
maior número de apoios (40 alunos), seguido do Jardim de Infância da Aldeia com 35 alunos
nesta situação. O Jardim-de-infância da Cruz, seguido de Agro Velho e Navais são aqueles que
registam o maior número de apoios ao nível da alimentação. No âmbito do prolongamento é o
Jardim-de-infância de Agro Velho que apresenta o valor mais elevado de alunos nesta situação.
Quadro 66: Número de Crianças que beneficiam dos Serviços de Apoio à Família no Ensino Pré-Escolar
Público 2004/2005
Número de Alunos AGRUPAMENTOS FREGUESIA
JARDIM DE INFÂNCIA Só
Componente Lectiva
Só Almoço
Só Prolongamento
Almoço + Prolongamento Total
Aguçadoura J.I. da Aldeia 5 5 0 35 45
Aver-o-Mar J.I. Agro-Velho
19 14 5 40 78
J.I. Barros N.º 1 e 2
0 13 0 26 39 Estela
J.I. Teso 2 5 0 14 21
AVER-O-MAR
Navais J.I. Navais 0 3 0 17 20
Amorim - Beiriz J.I. Beiriz 14 7 2 18 41
J.I. Paçô 2 2 0 17 21
CAMPO ABERTO
Terroso J.I. Sejães 1 1 2 8 12
J.I. Argivai1 1 5 0 14 20 Argivai
J.I. Argivai2 2 10 0 28 40
J.I. Cego de Maio
9 10 1 30 50
J.I. Giesteira 0 5 0 15 20
CEGO DE MAIO
Póvoa De
Varzim J.I. Século 2 8 0 10 20
DR. FLÁVIO
GONÇALVES Póvoa de Varzim
J.I. Dr. Luís Amaro
0 4 1 15 20
J.I. da Cruz 0 18 0 30 48 Balasar J.I. das
Fontaínhas 2 7 0 12 21
J.I. de Laúndos
3 5 2 10 20 Laúndos
J.I. Sr.ª da Saúde
8 3 1 9 21
RATES
Rates J.I. da Granja 0 1 0 13 14
Total 70 126 70 126 571
Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
152
No que concerne ao 1.º ciclo verificou-se que nem todas as escolas dispõem do serviço de
refeição, uma vez que não têm cantina. Como podemos constatar das 28 escolas do
concelho, a grande maioria, ou seja 21, usufrui do serviço de refeição.
Quadro 67: Acção Social Escolar – Serviço de Refeição ao 1.º CEB em 2004/2005
N.º DE ALUNOS AGRUPAMENTO
VERTICAL FREGUESIA
1.º CICLO DO ENSINO
BÁSICO
N.º TOTAL
ALUNOS A
ALMOÇAR ESCALÃO A ESCALÃO B
EB 1 da Boucinha 10 3 1 EB 1 do Fieiro 56 19 2
Aguçadoura
EB 1 da Aldeia 64 17 1 EB 1 da Aldeia Nova 41 10 2
EB 1 de Refojos - - -
Aver-o-Mar
EB 1 do Agro-Velho 40 27 3 EB 1 de Barros 59 21 2
Estela EB 1 do Teso 57 15 4 EB 1 do Outeiro 33 5 3
AVER-O-MAR
Navais EB 1 de Navais 48 9 4
Amorim EB 1 de Cadilhe 16 3 3
Beiriz EB 1 da Igreja 11 4 1 EB 1 de Paçô 19 11 2
CAMPO ABERTO
Terroso EB 1 de Paranho - - -
Argivai EB 1 de Argivai 81 37 11
EB 1 N.º 4 da Lapa - - - EB 1 N.º 5 Nova
Sintra - - -
EB 1 N.º 6 do Século 108 39 9
CEGO DE MAIO Póvoa de
Varzim EB 1 N.º 7 da
Giesteira 54 12 1
EB 1 N.º 1 Nova 97 38 2
EB 1 N.º 2 Sininhos - - - DR. FLÁVIO
GONÇALVES Póvoa de Varzim
EB 1 N.º 3 Desterro - - -
EB 1 das Fontaínhas 37 6 3 Balasar
EB 1 da Quinta 71 18 9 EB 1 das
Machuqueiras 27 12 1
Laúndos EB 1. Sr.ª da Saúde 19 11 1
EB1 da Granja 24 12 2
RATES
Rates EB 1 da Praça - - -
Total 972 329 67 Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social
Nota: Actualmente, as escolas EB1 da Praça e de Paranho já têm serviço de refeição.
Como se pode verificar pela análise do quadro 63, das 972 crianças que usufruem do serviço
de refeição, 396 beneficiam de apoio social, sendo que 329 têm Escalão A e 67 Escalão B.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
153
Quadro 68: Acção Social Escolar – Auxílios Económicos nos Agrupamentos Verticais do Concelho em 2004/2005
AGRUPAMENTOS
ESCALÃO A
ESCALÃO B
TOTAL
AGRUPAMENTO VERTICAL AVER-O-MAR 197 43 240
AGRUPAMENTO VERTICAL CAMPO ABERTO BEIRIZ 113 30 143
AGRUPAMENTO VERTICAL CEGO DE MAIO 246 36 282
AGRUPAMENTO VERTICAL FLÁVIO GONÇALVES 68 12 80
AGRUPAMENTO VERTICAL RATES 106 37 143
TOTAL 730 158 888
Fonte: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim/Divisão de Educação e Acção Social
Na atribuição de subsídios para manuais e material escolar efectuada pelo Município aos
alunos do 1.º CEB verificamos que, neste ano, 730 auxílios económicos foram para o Escalão A
e 158 auxílios para o Escalão B, perfazendo um total de 888 alunos abrangidos.
Como podemos constatar pelos valores apresentados no quadro 61, é no Agrupamento Vertical
Cego de Maio, que se situa o maior número de alunos com apoio económico (282 alunos),
sendo que 246 beneficiam do escalão A e 36 do Escalão B, seguido do Agrupamento Vertical
de Aver-o-Mar com 240 alunos, onde 197 alunos beneficiam do Escalão A e 43 do Escalão B. O
agrupamento Vertical Flávio Gonçalves surge com o menor número de auxílios no Escalão A
(68 alunos), e no Escalão B (12 alunos), perfazendo apenas 80 auxílios. Os agrupamentos
Verticais de Rates e Campo Aberto de Beiriz concederam o mesmo número de subsídios para
manuais escolares (143), distribuídos pelos dois escalões.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
154
2.3.14. Projectos desenvolvidos pelo Município
Sendo a área da educação uma prioridade para a Autarquia, ela tem prestado não só apoios
logísticos sempre que solicitados pelos diferentes estabelecimentos de ensino com também
tem promovido um conjunto de projectos com vista a contribuir para a qualidade do sistema de
ensino e o sucesso educativo dos alunos.
2.3.14.1. Programa Rede de Bibliotecas Escolares O Programa Rede de Bibliotecas Escolares, foi iniciado no ano lectivo de 1996/97, na
sequência da publicação do relatório Lançar a Rede de Bibliotecas Escolares que define as
bases e os princípios gerais para a constituição e funcionamento das Bibliotecas Escolares.
Este Programa RBE, tem desenvolvido a sua acção através de duas modalidades de
intervenção, operacionalizadas através do lançamento das candidaturas ao nível concelhio e
nacional.
A Candidatura Concelhia é destinada a apoiar escolas pertencentes a concelhos previamente
escolhidos mediante critérios técnicos pré definidos e de acordo com uma política de criação
faseada de infra-estruturas nesta área. A candidatura faz-se mediante apresentação pelas
escolas de um plano para o desenvolvimento da respectiva Biblioteca Escolar/Centro de
Recursos Educativos, contando para o efeito com o apoio das Direcções Regionais de
Educação, das Câmaras Municipais (ao nível da adaptação dos espaços destinados para o
efeito, aquisição do equipamento informático e mobiliário), Bibliotecas Públicas e também do
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. O Ministério da Educação, através das Direcções
Regionais, as escolas e autarquias celebram entre si um acordo de cooperação que formaliza o
envolvimento das partes na concretização das BEBAS.
A Candidatura Nacional dirige-se às escolas dos vários níveis de ensino que, fora das áreas
geográficas abrangidas pelas candidaturas concelhias, desenvolvem experiências significativas
em matéria de organização, gestão e dinamização de BE’s/CRE’s e que urge reconhecer,
premiar e estimular.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
155
Neste âmbito o Concelho da Póvoa de Varzim integrou este programa pela primeira vez no ano
lectivo 2003/04, com as Escolas Básicas do 1º Ciclo do Século (P.V.), Sininhos (P.V.) e Paçô
(Terroso); em 2005/06 com as EB1 de Agro Velho e Aldeia Nova sediadas na Freguesia de
Aver-o-Mar e em 2006/07 com as Escolas do 1º CEB de Aldeia (Aguçadoura) e do Teso
(Estela).
Para a entrada em funcionamento destas e de próximas bibliotecas escolares, o Município teve
e tem um papel preponderante, pois é responsável pela realização de obras de adaptação
necessárias, bem como de todo o processo de aquisição de equipamento informático e de
mobiliário adequado a estes espaços.
2.3.14.2. Programa Internet nas Escolas
O Programa Internet nas EB1, foi criado em parceria entre o ex-Ministério da Ciência e da
Tecnologia, a Fundação para a Computação Científca Nacional (FCCN), as Escolas Superiores
de Educação e algumas Universidades, e com o objectivo de acompanhar e prestar apoio
pedagógico à utilização da Internet nas escolas públicas do 1º ciclo do ensino básico (EB1). O
Programa é financiado pelo Programa Operacional Sociedade do Conhecimento com verbas do
Fundo Social Europeu (FSE) e do Orçamento do Estado (OE).
Nesta sequência e após contacto da Associação de Municípios do Vale do Ave com os
municípios em finais de 2000, esta autarquia aderiu ao projecto tendo em 2001 atribuído um
computador com acesso à internet a cada um dos estabelecimento de ensino do 1º CEB.
Em 2002, a autarquia efectuou uma nova candidatura, desta feita à medida 9.1 e 9.2 do Prodep
III, tendo por objectivo apetrechar todas as salas de aula do 1º CEB com um computador com
ligação à internet e conteúdos multimédia educativos, encontrando-se presentemente em fase
de conclusão a entrega deste equipamento.
Para além da autarquia estar a equipar todas as salas de aula com um computador/impressora,
e internet de banda larga, presta também apoio técnico ao nível informático, bem como
suporta os encargos com as reparações deste equipamento e as despesas com os consumíveis.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
156
2.3.14.3. Projecto “De Pequenino se Torce o Pepino”
Conscientes que a faixa etária 6-10 anos constitui um período fundamental no processo de
ensino aprendizagem global e de desenvolvimento físico-motor em particular, a autarquia
entendeu concretizar, desde o ano lectivo de 1999/2000, o programa de Expressão e
Educação Físico-motora no 1º ciclo do Ensino Básico, contratando 16 professores de
Educação Física para assumir a sua implementação em todas as escolas do concelho. Pela
observação das situações de aprendizagem, pelo empenho e nível de participação dos alunos,
assim como pela sua evolução nos diferentes domínios, tanto da actividade motora como dos
padrões de comportamento sócio-afectivo em toda a comunidade escolar, somos levados a
concluir pela validade deste projecto que promove o saber, o saber fazer e o saber estar.
Objectivos gerais:
• Proporcionar a prática de actividades de Expressão e Educação Físico-Motora a todos
os alunos das escolas do 1º C.E.B. do Concelho;
• Contribuir para que os alunos adquiram as aprendizagens básicas, que promovam o
seu desenvolvimento e facilitem a sua adaptação e integração social;
• Proporcionar e incutir nos alunos a aquisição de hábitos saudáveis de prática físico-
desportiva, que se mantenham ao longo da vida.
Objectivos específicos:
• Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas dos alunos;
• Promover a cooperação com os colegas nos exercícios e jogos, compreendendo e
aplicando as regras combinadas na turma, bem como os princípios da cordialidade e
respeito com os colegas e com os professores;
• Participar com empenho no aperfeiçoamento da sua habilidade nos diferentes tipos
de actividades, procurando realizar as acções adequadas com correcção e
oportunidade.
Para o desenvolvimento da actividade pedagógica a que o projecto, nos seus objectivos se
propõe, é intenção continuar o processo de formação docente, que este ano passará pela
organização de duas acções de formação: “Actividades Rítmicas e Expressivas” e “Suporte
Básico de Vida”.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
157
Por outro lado, e dada a evolução bastante positiva deste projecto desde a sua essência, é
benéfico e a favor da nossa comunidade mais jovem iniciar a análise, mais profunda, de tornar
este projecto mais complexo, no sentido da responsabilidade educacional, pedagógica e
formativa. Para isso, é necessário apostar no processo de ensino-aprendizagem e permitir aos
nossos alunos do 1º C.E.B. um maior contacto com a disciplina de Expressão e Educação Físico-
Motora, através de duas sessões semanais. Este aprofundar de objectivos deve-se associar a
uma valorização didáctica, só possível através de um trabalho conjunto dos professores do 1º
C.E.B., dos professores de E.E.F.M. e do contacto meramente formativo com a Direcção
Regional de Educação do Norte (planificação do processo de ensino-aprendizagem).
Como indicadores de controlo e formas de avaliação do desenrolar do projecto utilizamos a
observação directa (visitas periódicas às escolas), registos escritos, reuniões periódicas,
registo de falta à actividade e ainda pelos graus de evolução e satisfação pessoal e colectiva
(meio escolar e comunidade).
2.3.14.4. Actividades de Enriquecimento Curricular
No ano lectivo 2005/06 o Ministério da Educação lançou o repto às autarquias e
Agrupamentos de Escolas para implementação da língua inglesa no 3º e 4º ano de
escolaridade, ao que este município e respectivos estabelecimentos de ensino responderam
prontamente e de forma positiva, tendo havido uma adesão plena.
No ano lectivo 2006/07, no âmbito do despacho nº 12.590/06 de 16 de Junho, com a
obrigatoriedade da escola funcionar a tempo inteiro, foram implementadas como actividades
de enriquecimento curricular em todos os estabelecimentos de ensino do 1º CEB, o Ensino do
Inglês e da Música e a Actividade Física e Desportiva, tendo estas sido extensivas, assim o
entendeu a autarquia, a todos os anos de escolaridade.
Embora o promotor do projecto seja o município, este foi feito em parceria com todos os
Agrupamentos de Escolas Verticais. Foram também estabelecidos Protocolos com diversas
instituições, para o desenvolvimento das respectivas actividades nos seus espaços, por forma a
possibilitar aos alunos cujos estabelecimentos de ensino não dispunham de condições para o
efeito, que tivessem acesso às mesmas.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
158
No que diz respeito ao ensino da música foi estabelecido um protocolo com a Associação Pró-
Música. Ao nível da actividade física e desportiva o município disponibiliza o ensino da natação
a todos os alunos do 1.ºCEB do concelho e futebol para os alunos do 4.º ano do 1.º CEB.
A autarquia tem a seu cargo a contratação dos professores para leccionação do ensino do
inglês e actividade física desportiva, bem como todo o apoio logístico e pedagógico necessário
ao bom desenvolvimento das AEC.
2.3.14.5. Fórum de Saídas Profissionais A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim realiza anualmente desde 2004 um Fórum de Saídas
e Opções Profissionais, envolvendo as entidades educativas e formativas da região.
Esta actividade consiste na organização de um fórum/exposição informativo para os alunos que
terminam o 3º Ciclo e o Ensino Secundário, por forma a facilitar o acesso destes à informação
que lhes permita decidir sobre o seu futuro profissional com o maior leque possível de
informação. Esta iniciativa começou a realizar-se no ano de 2004 e teve seguimento nos
seguintes: 2005 e 2006 e vai realizar-se em 2007.
A importância da promoção da qualidade educativa e formativa está bem expressa com a
realização deste Fórum. Esta é, de facto, uma iniciativa oportuna de promoção e divulgação de
possíveis saídas profissionais, para os alunos das EB 2,3 e das Escolas Secundárias, de
desenvolvimento da comunicação entre as escolas e as empresas, a fim de facilitar a
integração dos alunos em estágios, estando a mesma precisamente em consonância com a
Iniciativa de âmbito nacional – Novas Oportunidades – no final de cada curso de educação e
formação, no Ensino Básico, os jovens têm de adquirir formação em contexto real de trabalho
em empresas, em empresas, na forma de estágio profissional, com a duração mínima de 210
horas de acordo com a tipologia dos cursos (T1, T2, T3,…) ou com a duração de 420 horas no
caso dos cursos profissionais, no Ensino Secundário.
Este Fórum consiste na promoção de um evento em parceria com um vasto leque de parceiros
(Divisão de Educação e Acção Social da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim - Sector de
Acção Social, em articulação com as diferentes entidades parceiras: Escolas EB - 2/3 do
concelho da Póvoa de Varzim; Escolas Secundárias do concelho da Póvoa de Varzim; ESEIG;
Centro de Emprego da Póvoa de Varzim / Vila do Conde; Casa Escola Agrícola Campo Verde;
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
159
Associação Comercial da Póvoa de Varzim; Centro FORPESCAS; Escola Prática dos Serviços;
MAPADI; ROTARACT; Junta de Freguesia de Rates/Loja do Emprego - Espaço UNIVA; Colégio de
Amorim; Wall Street Institute. No ano de 2007 o número será alargado a: MANITOBA; Gabinete
de Educação de Adultos da Póvoa de Varzim; Associação Pró Música - Escola Municipal de
Música da Póvoa de Varzim; ICONFILE - Formação e Consultadoria, COMPENDITUR - Estudos e
Formação em Hotelaria e Turismo; Rotary Club da Póvoa de Varzim / Universidade Sénior FDTI -
Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação), com os seguintes objectivos:
• Promover a divulgação das possíveis saídas profissionais para os alunos que frequentam as
Escolas EB - 2/3 e as Escolas Secundárias do concelho da Póvoa de Varzim;
• Proporcionar aos pais, aos encarregados de educação e aos estudantes poveiros que
frequentam as Escolas EB - 2/3 e as Escolas Secundárias do concelho da Póvoa de Varzim,
o acesso a toda a informação existente e esclarecer todas as dúvidas que possam ter sobre
a temática das possíveis opções e saídas profissionais.
2.3.14.6. Colónias de férias A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim realiza as Colónias de Férias, desde 1996, inserida
num conjunto de actividades que têm como objectivo fundamental a criação de formas
alternativas para Ocupação dos Tempos Livres da população mais jovem, nomeadamente nos
períodos de férias escolares.
Esta iniciativa, nestes últimos 10 anos, envolveu um número superior a 4700 crianças e a 550
jovens, estando esta enquadrada no Plano Municipal de Prevenção Primária das
Toxicodependências para o concelho da Póvoa de Varzim.
É de referir que esta é uma alternativa ocupacional, sendo importante o apoio do Instituto
Português da Juventude, através do programa O.T.L. – Ocupação de Tempos Livres nas colónias
de férias no período de Verão, os jovens enquadrados neste programa e os jovens que se
disponibilizam como voluntários para que crianças e adolescentes do concelho da Póvoa de
Varzim possam usufruir da colónia de férias, numa verdadeira lição de voluntariado - só com o
voluntariado é possível realizar as colónias de férias da Páscoa e do Natal.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
160
2.3.14.7. Projecto “ Dinamização dos Gabinetes de Acção Social”
O Projecto “Dinamização dos Gabinetes de Acção Social” é um Programa Co-Financiado pelo
Fundo Social Europeu: Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento
Social (Eixo 5 – Promoção do Desenvolvimento Social; 5.1. – Apoio ao Desenvolvimento Social
e Comunitário; Acção – Tipo 5.1.2.1. Promoção da Participação e da Acção Comunitária e Acção
– Tipo 5.1.2.2 – Melhoria das Competências Pessoais e Sociais) e pelo Estado Português:
Ministério da Segurança e do Trabalho.
Este Projecto está a decorrer desde Agosto de 2001, tendo sido apresentadas 3 candidaturas:
Candidatura em 2001 (2001/2002);
1.ª Recandidatura em 2002 (2003/2004);
2.ª Recandidatura em 2004 (2005/2006 e 2007).
Com esta candidatura pretende-se promover um projecto de desenvolvimento, integração
social e melhoria das condições de vida das pessoas e grupos sociais mais desfavorecidos das
diferentes freguesias do concelho da Póvoa de Varzim, nomeadamente em locais onde já se
procedeu e/ou se está a proceder ao realojamento de inúmeras famílias, quer no âmbito do
PER quer do IGHAPE, tais como: Rates, Terroso, Amorim, Estela, Aver-o-Mar, Argivai, Póvoa de
Varzim – empreendimento Alberto Sampaio e Incons.
Este projecto tem como principal objectivo promover a melhoria das condições de vida das
pessoas e grupos em processo ou situação de desfavorecimento e/ou exclusão social, através
do aumento dos seus níveis de participação e de acção comunitária, bem como da aquisição e
desenvolvimento de competências pessoais e sociais facilitadoras da sua inserção profissional
e social, contribuindo desta forma para a revitalização do tecido social e da economia local.
A população alvo abrangida por este projecto é constituída por toda a população residente no
concelho da Póvoa de Varzim, constituindo alvo privilegiado de intervenção as famílias
beneficiárias do Programa Especial de Realojamento (PER) – residentes nos agrupamentos
habitacionais – e/ou do Rendimento Mínimo Garantido (RMG), cujas condições sócio-
económicas e culturais as tornam vulneráveis à vivência prolongada de situações de pobreza e
exclusão social, oferecendo oportunidades de plena integração aos mais desfavorecidos.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
161
O Projecto engloba um conjunto de acções que agindo preventivamente sobre situações de
Exclusão Social, tentam promover a melhoria das condições de vida da população da Póvoa de
Varzim. No decorrer do projecto são várias as acções desenvolvidas:
Acções de diagnóstico, estudo, planificação e avaliação;
Acções de animação sócio-cultural e de convivência inter-pessoal, intergeracional e
interétnica;
Acções de sensibilização, informação e divulgação relativas aos objectivos e actividades
do projecto;
Acções comunitárias dinamizadoras da participação da população;
Acções sócio-educativas;
Apoio psico-social;
Acções de mobilização e acompanhamento às famílias,
Acções de apoio à inserção e reinserção profissional.
Com este projecto pretende-se pôr em marcha um eficaz sistema integrado de orientação, de
apelo à participação das pessoas e grupos mais desfavorecidos, alicerçado numa cooperação
efectiva e activa dos principais agentes de desenvolvimento a nível local. Pretende-se, também
promover a melhoria das condições de vida das pessoas e grupos sociais mais desfavorecidos,
através do desenvolvimento de competências pessoais e sociais, facilitadoras da inserção
profissional. O público-alvo ver-se-á, desta forma, inserido numa rede que colabora, educa,
forma e facilita a sua inserção sócio-profissional.
Aprovado que foi o Projecto, criou-se em cada núcleo habitacional de arrendamento público,
um Gabinete de Acção Social, onde se executam todas as acções propostas em candidatura. É
importante salientar que não são apenas beneficiários deste projecto as famílias realojadas ou
a realojar, mas também aquelas pessoas ou grupos sociais desfavorecidos, que vivem em zonas
onde se verifica a prevalência de factores de exclusão social.
Acções de diagnóstico, estudo, planificação e avaliação
No âmbito desta acção foi criado o Observatório Local para promover uma investigação
permanente que permitisse a obtenção de informação para o desenvolvimento de estudos
sobre a evolução das condições de vida da população e paralelamente a avaliação das acções
realizadas pelo próprio projecto.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
162
Acções de animação sócio-cultural e de convivência inter-pessoal, intergeracional
e interétnica
As acções de animação sócio-cultural e de convivência inter-pessoal, intergeracional e
interétnica têm como principal objectivo promover acções de ocupação dos tempos livres das
pessoas mais desfavorecidas, através do desenvolvimento de actividades de carácter lúdico e
educativo. Pretende-se desta forma alargar os horizontes destas pessoas, promovendo hábitos
de vida saudáveis e a convivência interpessoal, intergeracional e interétnica.
Acções comunitárias dinamizadoras da participação da população;
As acções comunitárias dinamizadoras da participação da população envolvida tem como
principal objectivo promover acções de organização da comunidade, envolvendo a sua própria
participação, através dos seus recursos formais e de redes informais de inter-ajuda.
Acções sócio-educativas;
Esta acção tem como principal objectivo promover acções sócio-educativas que visem o
desenvolvimento de actividades de apoio escolar e lúdico-pedagógico numa estratégia de
animação facilitadora do sucesso educativo das crianças e jovens, promovendo o trabalho das
competências pessoais e sociais das famílias.
Neste sentido, foram constituídos espaços designados de salas “multiusos” nos diferentes
Gabinetes de Acção Social, colocando ao dispor diversos recursos e serviços como: biblioteca,
ludoteca, informática e Internet.
Acções de mobilização e acompanhamento às famílias
Através do Apoio Integrado, existente nos diferentes Gabinetes de Acção Social, a população
residente nos diferentes Agrupamentos Habitacionais de Arrendamento Público passa a
usufruir de serviços gratuitos, que criam novas oportunidades às famílias mais desfavorecidas,
no sentido de melhorar as condições de vida e de construir os projectos de vida, orientados
essencialmente para a integração social.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
163
Acções de apoio à inserção e reinserção profissional
O Clube de Emprego surge como uma resposta aos problemas de integração profissional, na
medida em que constitui um espaço de informação, orientação e acompanhamento profissional
e/ou escolar de jovens, desempregados e de uma forma geral toda a população com baixos
níveis de escolaridade e qualificação profissional.
2.3.14.8. PIEF
O PIEF (Plano Integrado de Educação Formação) é um plano de intervenção criado no âmbito
do PEETI (Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil), que se
destina a jovens com menos de 16 anos em situação de risco e/ou exploração do trabalho
infantil, que não tenham completado a escolaridade mínima obrigatória.
Os principais objectivos deste projecto são a certificação escolar do 6.º ano de escolaridade,
bem como o desenvolvimento de competências pessoais e sociais que facilitem uma futura
integração social e profissional dos jovens em causa.
O público-alvo deste projecto foi constituído por 13 jovens que abandonaram precocemente a
escola, e que nunca criaram mecanismos de adaptação e ajustamento à cultura escolar,
resultando desta situação um sentimento de não pertença à mesma e aos seus modelos de
ensino. Por estes motivos, são jovens que, de uma maneira geral, apresentam falta de
motivação para as actividades escolares, não se identificam com as matérias leccionadas,
desvalorizam culturalmente a escola e, em alguns casos, manifestam comportamentos
desviantes.
O PIEF decorreu no ano lectivo 2004/2005, no concelho da Póvoa de Varzim, e funcionou na
Casa da Juventude, à excepção da área vocacional que decorreu na Escola Secundária Rocha
Peixoto, contando com o apoio de diversas entidades, nomeadamente Centro Distrital de
Segurança Social/Serviço Local da Póvoa de Varzim, EB2/3 Flávio Gonçalves, Comissão de
Protecção de Crianças e Jovens da Póvoa de Varzim, Instituto de Emprego e Formação
Profissional, MAPADI, Instituto de Reinserção Profissional e Câmara Municipal da Póvoa de
Varzim.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
164
2.3.15. Equipamentos concelhios de âmbito lúdico, cultural e Desportivo
2.3.15.1. Cultura e Lazer
Se considerarmos o património cultural e natural, podemos observar como este pode servir de
âncora de um quadro histórico e cultural e assumir-se como referencial na memória colectiva
dos cidadãos, potenciando uma vivência de maior qualidade num território e sua rentabilização
como trunfos para o desenvolvimento de actividades económicas, incluindo as turísticas e
algumas oportunidades do mercado social de emprego.
Aliás, não é por acaso que actividades, tais como visitas a museus e exposições, espectáculos
em espaços arquitectónicos de reconhecido valor estético, histórico etc., têm aumentado um
pouco por todo o lado33.
A existência de uma rede de equipamentos concelhios consolidada também se prefigura como
central para a dinamização cultural, lúdica e cívica da população.
Assim, um equipamento central é, no contexto poveiro, a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto,
inaugurada em 1991 e integrada na Rede Nacional de Leitura Pública, que constitui um
equipamento moderno onde o livro se conjuga com as imagens, a música e as novas
tecnologias. Pelo facto de dispor de uma actividade continuada de animação, do livro e da
leitura, de exposições, de conferências e de actividades no seu conjunto portadoras de uma
vocação formativa e lúdica, podemos dizer que se assume como pólo fundamental na defesa de
uma qualidade de vida alicerçada na acessibilidade aos bens culturais.
Esta Biblioteca desenvolve um conjunto particularmente significativo de iniciativas de ordem
diversa, destinadas aos seus múltiplos públicos, e com vista a realçar o papel multifacetado
desta instituição destinada à Educação, à Informação, à Cultura e ao Lazer.
Serviços disponíveis:
• Livre acesso às estantes para consulta local de documentos;
• Empréstimo domiciliário de livros, CDs, CD-ROM`s e DVDs;
• Apoio e orientação dos utentes da biblioteca nas suas pesquisas bibliográficas;
33 Cfr. Cap. 3 deste Pré-Diagnóstico Social.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
165
• Catálogo informatizado;
• Documentação e informação sobre assuntos poveiros de interesse para a comunidade
local;
• Acesso às tecnologias de informação;
• Pólos de Leitura nas freguesias de Aguçadoura, Balasar, Rates e Laúndos;
• Bibliotecas de Praia;
• Actividades de animação do livro e da leitura infantil;
• Animação cultural, baseada no principio de que a biblioteca é um organismo vivo e
activo, disponibilizando um conjunto variado de actividades: exposições, ciclos de
vídeo, conferências, lançamentos e apresentação de livros.
Estatística
• Número de Utilizadores (2003) – 191.358
• Títulos disponíveis – 102.863
Procurando uma maior abertura da biblioteca ao meio, foram criados pólos da Biblioteca
Municipal em algumas freguesias (Rates, Balasar, Aguçadoura e Laúndos), prevendo-se para
este ano a abertura de um pólo na Estela, que atestam o seu dinamismo e capacidade de ser
um actor chave no desenvolvimento do concelho. Aproveitando os meses de Verão e as praias
existentes na Póvoa de Varzim, é obrigatório levar a Biblioteca até a praia, (Póvoa de Varzim –
Diana Bar e Aver-o-Mar – Praia da Lagoa), proporcionando a todos os interessados um espaço
de leitura mais informal onde poderão ter acesso aos periódicos, obras destinadas às “leitura
de lazer” e à Internet.
Quadro 69: Pólos de leitura
Biblioteca do Diana-Bar
Títulos disponíveis – 2314
Pólo de Balasar/Junta de Freguesia de Rates
Títulos disponíveis – 1198
Pólo de Aguçadoura/Escola da Boucinha
Títulos disponíveis – 749
Pólo de Rates/Junta de Freguesia de Rates
Títulos disponíveis – 3476
Pólo de Laúndos/Junta de Freguesia de Laúndos
Títulos disponíveis – 1232
Serviços Disponíveis nos Pólos
Livre acesso às estantes Empréstimo domiciliário Acesso à Internet Publicações Municipais
Literatura geral, infantil e juvenil Jornais locais, regionais e nacionais Revistas informativas e generalizadas
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
166
Outro equipamento de produção cultural e artística é o Museu Municipal de Etnografia e
História da Póvoa de Varzim. O estudo, conservação e divulgação da História e a Etnografia
local, nas suas mais diversas vertentes, constituíram desde sempre os seus principais
objectivos, sendo patente nas suas exposições permanentes e temporárias. A ligação e
interacção com a comunidade local foi uma constante desde a fundação, recebendo vastas e
heterogéneas doações, constituindo um local de visita, de lazer, de “guarda de memória” de
uma comunidade ao longo dos tempos.
O Museu está a desenvolver um vasto trabalho de estudo, recolha fotográfica e inventário
artístico de todo o concelho, no âmbito do projecto de montagem de uma exposição anual
referente a cada freguesia.
Em 1997, com a abertura das salas de arqueologia no Museu e, posteriormente, em 2004, com
a inauguração dos dois novos núcleos/extensões do museu – Núcleo Arqueológico da
Cividade de Terroso e Núcleo Museológico da Igreja Românica de S. Pedro de Rates –,
mostram-se os resultados dos trabalhos realizados nos últimos 24 anos.
Quadro 70: Serviços do Museu
Serviços do Museu
Exposições diversas: permanentes, temporárias e itinerantes Colaboração com a comunidade Apoio à investigação e colaboração com organismos do ensino Serviços de Informação relativos ao património do concelho Serviços educativos Promoção de visitas ao património artístico, arquitectónico e religioso da cidade e concelho Promoção de Colóquios, conferências e “cursos” de temática patrimonial Realização de trabalhos arqueológicos, manutenção e conservação de diversas estações do concelho O Museu dispõe de uma pequena loja de publicações municipais
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
167
É de referir que este espaço museológico é caracterizado por uma elevada afluência de
públicos, sendo por isso um elemento congregador da identidade poveira e motor de
dinamização cultural do concelho e da sua envolvente.
Situado em pleno centro histórico da cidade, o Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim
encontra-se, desde Dezembro de 2001, aberto ao público em edifício próprio. Com um acervo
documental que ocupa mais de uma centena de metros lineares de prateleiras, o Arquivo
Municipal da Póvoa de Varzim é detentor de um diversificado conjunto de “arquivos” de
diversas proveniências, destacando-se, como não poderia deixar de ser, a documentação
produzida e recebida pelo município desde o séc. XVII até à actualidade.
Este equipamento dispõe dos seguintes serviços: Leitura – sala de consulta aberta a
estudantes, investigadores e público geral; Informação Documental - pesquisa e informações
relativas aos fundos documentais; Reprodução – fotocópias, sempre que o estado de
conservação e integridade do documento o permitam; Extensão Cultural – apoio e organização
de actividades de divulgação da história local através do fundo do Arquivo Municipal.
Organização de exposições, mostras documentais, colóquios e outros eventos de carácter
cultural que possam contribuir para melhor conhecimento da realidade histórica do Concelho;
Educativa – apoio à comunidade escolar sensibilizando-a para a importância do meio e da
história local.
A extensão cultural é uma área que começa a surgir nas preocupações dos arquivos. De facto,
cada vez mais se entende os arquivos municipais como instituições privilegiadas para fazer
“despertar” a comunidade sobre a importância do meio e da história local. Neste sentido, o
Arquivo Municipal pretende, de uma forma consciente e ponderada, impor-se como um novo
serviço cultural na Póvoa de Varzim. Outra actividade de grande importância é o serviço de
extensão educativa, que começou em 2002 a dar os primeiros passos com as visitas guiadas ao
Arquivo e com um conjunto de sessões pedagógicas sobre arquivos e história local. Estas
actividades são fundamentais, não só para promover o Arquivo Municipal e incentivar o
contacto com as fontes primárias, mas também para que os mais jovens vejam e considerem o
Arquivo como uma instituição dinâmica, aberta a todos aqueles que o queiram visitar e
compreender.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
168
Dentro da linha de dinamização cultural e cívica anterior e dando particular importância à
juventude como segmento de público que não pode ser negligenciado pela intervenção
cultural, foi criada a Casa da Juventude, cuja filosofia de actuação se prende com a inovação
em termos de actividades, a interdisciplinaridade em termos de conteúdo e a diversidade como
forma de agregação de diferentes gostos e necessidades dos jovens enquanto categoria social
e etária plural. Concretamente este equipamento promove e apoia a realização de cursos e
workshops em tecnologias de informação, radioamadorismo, fotografia, banda desenhada,
música, bem como torneios de xadrez, damas, bilhar, matraquilhos, ping-pong, desportos
radicais, entre outros.
Do ponto de vista do dinamismo cultural, também temos vindo a assistir à emergência e
consolidação no concelho de uma actividade de programação cultural e lúdica cada vez mais
concertada, tendo em vista uma resposta cada vez mais qualificada face às necessidades e
aspirações dos públicos poveiros face à cultura e animação.
O Casino da Póvoa, equipamento cultural, turístico e lúdico emblemático para esta cidade, tem
vindo a assumir uma programação cultural e recreativa própria, tornando-se, também um
equipamento e actor chave no processo de dinamização cultural em análise. Para além disso
funciona como actor-parceiro chave na realização de diversos acontecimentos, de entre os
quais, podemos destacar, a realização do Festival Internacional de Música da Póvoa de
Varzim.
A aquisição do Cine-Teatro Garrett, edifício emblemático no quadro da tradição cultural
poveira, insere-se numa estratégia de revitalização cultural do concelho que passa pelo seu
apetrechamento em termos de equipamentos culturais. Neste momento, estão a ser efectuadas
obras de manutenção do edifício, estando já elaborado um projecto de recuperação completa
do equipamento suportado na íntegra pela autarquia, uma vez que este equipamento não
beneficiou de quaisquer apoios por parte do Ministério da Cultura.
O Serviço de Turismo da Póvoa de Varzim está instalado junto à EN13, via central da cidade, e
ocupa um bonito espaço do antigo mercado municipal, inaugurado em 1904, conhecido por
Torreões do Mercado.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
169
As acções deste serviço centram-se na Informação e na Promoção Turística, o que assume
diversas facetas que vão desde o atendimento directo do visitante no posto à presença em
feiras; concursos e outras acções promocionais de produtos locais; elaboração de material;
apoio a eventos, nomeadamente visitas guiadas e atribuição de ofertas de representação
autárquica, etc.
A necessidade de incrementar a Qualidade na Oferta Turística levou à parceria com o INFT,
tendo-se desenvolvido, desde 1997, acções constantes de formação de activos no sector da
Restauração e Hotelaria. É ainda este o sector da autarquia que faz a gestão dos serviços dos
autocarros municipais e que são disponibilizados às entidades concelhias, conforme o definido
em protocolo.
No sentido de fomentar a produção cultural, a autarquia tem realizado protocolos com actores
culturais chave poveiros. Será de referir a este respeito o protocolo estabelecido com a
companhia de teatro amador, Varazim Teatro, comprometendo-se esta última a realizar e
promover espectáculos teatrais com uma periodicidade mensal, enquanto a autarquia fornece
apoio logístico e divulga os eventos.
Na mesma lógica, foi também celebrado um protocolo com o Cineclube Octopus com o
objectivo de se proceder à divulgação semanal de cinema de autor, o mesmo acontecendo com
a Orquestra do Norte que também assume responsabilidades, quer na realização de concertos
ao longo do ano na cidade, quer na divulgação da música nas escolas. Pretende-se desta forma
promover e divulgar a cultura musical e tornar a música erudita acessível a um maior número
de pessoas através da descentralização cultural.
Não podemos ainda deixar de referir o protocolo existente com a Associação da Banda de
Música da Póvoa de Varzim, garantindo esta uma quota-parte de responsabilidade pela
animação de Verão da cidade. Esta Associação realiza diversos concertos e mantém em
funcionamento as suas escolas.
Em suma, podemos considerar que estas iniciativas invocam claramente um reforço da
produção cultural, e mesmo recreativa, não podendo, contudo, deixar de se ter em linha de
conta a necessidade da sua abrangência a todo o concelho, uniformizando-o em termos de
possibilidades de produção cultural e lúdica, esbatendo as ainda existentes fronteiras entre
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
170
espaços urbanos e rurais, estes últimos mais restritivos neste domínio. Neste contexto, será de
particular relevância destacar que na cidade e também no concelho a participação da
população jovem é um trunfo fundamental de animação cultural e lúdica, sendo de destacar a
sua vivacidade até na participação em actividades culturais de perfil mais tradicional.
2.3.15.2. Instalações Desportivas Escolares
As características e valências das instalações desportivas escolares diferem entre as
instituições do mesmo e dos diversos ciclos de ensino, resultando uma diversidade significativa
por tipologia/ciclo. A gestão e utilização dos espaços desportivos varia essencialmente nas
instituições do mesmo ciclo de ensino, nomeadamente nas escolas do 2º e 3º ciclo do Ensino
Básico e no que concerne ao direito de ocupação específica da tipologia de Pavilhões e Salas
de Desporto.
Estabelecendo uma análise comparativa das instalações desportivas escolares por tipologia e
ciclo de ensino, resulta o seguinte:
• As maiorias das escolas do 1º ciclo estão contempladas com espaços de prática desportiva
informal, onde, após pavimentação asfáltica das mesmas, foram instalados pelo município
equipamentos que possibilitam uma actividade física diversificada. Verificamos ainda que
um número significativo destas escolas (10), possuem espaços cobertos no âmbito das
salas de desporto, sendo que a escola n.º 3 (Desterro) da sede do concelho está
apetrechada com um pavilhão desportivo com 648 m2 (36x18mt) que inclusive responde a
algumas necessidades e solicitações por parte do associativismo. Em situações
atmosféricas adversas, as restantes escolas ora utilizam as zonas cobertas para as suas
actividades, ora se deslocam a instalações próximas de outras instituições escolares ou
espaços pertencentes a juntas de freguesia e clubes.
• As escolas dos 2º e 3º ciclos dos cinco agrupamentos verticais, retirando a instalação da
escola n.º 3 do Desterro anteriormente referida, são as únicas que integram pavilhões
desportivos no conjunto das suas instalações, todos eles com características e valências
distintas, excepção feita aos das escolas de Rates e Aver-o-Mar que apenas diferem no tipo
de piso. Todas elas nos seus espaços exteriores possuem uma pista elementar de atletismo
com pavimento asfáltico a envolver os polidesportivos com um perímetro à corda de
metragem distinta que varia entre os 155 metros e os 220 metros.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
171
• As duas escolas do ensino secundário do concelho conhecem realidades semelhantes
quanto à quantidade, qualidade e características tipológicas das suas instalações
desportivas, com realce para o facto da Escola Secundária Rocha Peixoto recentemente ter
concretizado e inaugurado o seu projecto de construção de uma piscina coberta,
integrando um plano de água de 200 m2 (20x10mt). Esta instalação veio não só potenciar a
qualidade de ensino pois proporciona aos seus alunos a prática de várias modalidades no
meio aquático, mas também prestar um serviço à comunidade, pois no horário pós-escolar
encontra-se aberta à população para a qual se constituiu uma escola de natação.
Entendendo que deve intervir no processo de desenvolvimento desportivo, promovendo uma
ocupação racional dos tempos livres da população em função das suas necessidades, a
autarquia vem mantendo com algumas instituições escolares e associativas protocolos de
utilização das suas instalações desportivas. Face ao articulado dos mesmos, a autarquia gere a
ocupação dos espaços em determinado período horário, o que lhe permite proporcionar à
população a prática desportiva pretendida, cumprindo assim uma das suas funções sociais e
um dever constitucional.
Os protocolos estabelecidos com as Escolas E.B. 2/3 de Aver-o-Mar, Rates, Flávio Gonçalves
e Beiriz, são similares quanto ao seu conteúdo. A Autarquia gere a utilização da respectiva
instalação desportiva – Pavilhão – no período horário pós curricular, nomeadamente das 19h00
às 24h00 de segunda a sexta feira e a totalidade do período horário dos fins de semana e
feriados, salvo se se verificar alguma actividade no âmbito do Desporto Escolar. A Escola
assume os custos com o consumo de gás e a Autarquia os custos com o funcionário, o
consumo de energia eléctrica e água, bem como as despesas de manutenção corrente
consequente da utilização no horário pós escolar.
O Pavilhão Desportivo de Aver-o-Mar regista uma ocupação regular semanal (de 2ª a sábado)
de 24 grupos, o que se traduz por uma prática desportiva regular de aproximadamente 280
utentes, quase exclusivamente no desenvolvimento do futebol.
O Pavilhão Desportivo de Rates, apesar de não contemplar qualquer ocupação de fim-de-
semana, ainda regista uma ocupação diária significativa, com um total semanal de 16 grupos e
aproximadamente 200 utentes.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
172
O Pavilhão Desportivo de Beiriz proporciona uma prática desportiva mais diversificada, pois
para além do recinto principal de 25mt x 44mt, possui em anexo uma sala de desporto – ginásio
com 14mt x 14mt onde se desenvolve actividades como a Ginástica Aeróbica e o Karaté. Assim,
para além de 24 grupos que utilizam semanalmente o recinto para a prática do Futebol, ainda
regista uma ocupação trissemanal do ginásio, de aproximadamente 50 jovens, atingindo um
total de 300 utentes.
As instalações desportivas da Escola E.B. 2/3 Cego do Maio, nomeadamente o pavilhão, o
ginásio e os espaços exteriores, proporcionam à Associação Cultural e Desportiva da
Mariadeira a prática do Atletismo, Futebol, Basquetebol, Voleibol e Capoeira; ao Académico de
Belém, Leões da Lapa Futebol Clube, Grupo Recreativo Regufe e ao Grupo Recreativo Estrela
do Bonfim a prática do Atletismo; ao Clube de Andebol da Póvoa a prática do Andebol e ao
Clube Desportivo da Póvoa a prática do Basquetebol e Voleibol, num total aproximado de 250
atletas.
Educação Física e Desporto Escolar:
Partindo do entendimento que a educação física e a prática desportiva constituem, para além
de um direito, uma mais valia na formação integral da personalidade do ser humano, dotando-o
de potencialidades que elevam inclusive o seu rendimento escolar, é com enorme satisfação
que verificamos que os 8125 alunos que integram o segmento da escolaridade obrigatória (1º
ao 9º ano de Ensino Básico) mais os 2062 alunos do segmento de ensino secundário (10º ao
12º ano) que perfazem um total de 10187 alunos desenvolvem regularmente (pelo menos uma
sessão semanal) uma actividade física e desportiva.
Relativamente aos grupos/equipa no âmbito do Desporto Escolar que contemplam quadro
competitivo, regista-se uma participação diversificada e significativa de 530 alunos distribuídos
por doze modalidades desportivas, sendo importante que as cinco escolas do 2º e 3º ciclos do
ensino básico e as duas secundárias integram este projecto.
No seguimento de um protocolo que a autarquia estabeleceu com o Clube Desportivo da Póvoa
em 1998, resultante da parceria das instituições no processo de cobertura de um plano de água
de 25 metros, as escolas têm a possibilidade de utilização gratuita da referida instalação
desportiva, pelo que 416 alunos usufruem e beneficiam desta regalia
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
173
2.3.16. Transportes Escolares
O Decreto-Lei nº 299/84 de 5 de Setembro, assegura a disponibilização do serviço de
transporte entre o local de residência e os estabelecimentos de ensino a todos os alunos do
Ensino Básico (1º, 2º e 3º Ciclo) bem como do Ensino Secundário, quando residam a mais de,
respectivamente, 3 km ou 4 km dos estabelecimentos de ensino. Para todos os estudantes
sujeitos à escolaridade obrigatória o transporte será gratuito, enquanto que para os estudantes
do ensino secundário o transporte será comparticipado.
Para a elaboração deste capítulo, revelou-se fundamental analisar os Plano de Transportes
Escolares do concelho da Póvoa de Varzim, dos últimos 3 anos lectivos, da responsabilidade da
Câmara Municipal.
Assim sendo, e de acordo com os referidos documentos, a Câmara Municipal da Póvoa de
Varzim assegura a função organizadora da rede de transportes escolares dos alunos que
frequentam os diversos estabelecimentos de ensino públicos, e também do MAPADI. Os
estabelecimentos de ensino, cujos alunos são servidos pelo transporte escolar, são os
seguintes:
Escola E. B. 2/3 de Rates
Os alunos provenientes da Freguesia de Laundos, utilizarão o transporte da Empresa
Linhares, pelo que lhes serão concedidos os respectivos passes;
O transporte dos alunos de Rates, será executado na totalidade, pelo autocarro da
Câmara Municipal, sendo os provenientes de Balasar transportados pelo autocarro
municipal e pela Empresa Linhares, pelo que lhes serão concedidos os respectivos
passes.
Escola E. B. 2/3 De Aver-O-Mar
Os alunos oriundos das Freguesias de Navais, Estela e Aguçadoura, serão
transportados pelos autocarros deste Município e pela Empresa Linhares ou Autoviação
do Minho, pelo que lhes serão concedidos os respectivos passes.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
174
Escola Secundária Eça De Queirós:
Os alunos desta escola, provenientes da Freguesia de Beiriz, utilizarão o transporte da
Empresa Transcolvia;
Os alunos da freguesia de Rates utilizarão o transporte da Empresa Linhares.
Os alunos de Aver-o-Mar, Navais, Aguçadoura e Estela, serão transportados pela
Empresas Linhares ou Auto Viação do Minho;
Os alunos de Laundos, Amorim e Terroso poderão utilizar o transporte das empresas
Linhares e Transcolvia;
Os alunos oriundos de Balasar e Argivai, poderão utilizar o transporte das Empresas
Linhares, Transcolvia e Arriva.
Escola Secundária Rocha Peixoto
Os alunos da Freguesia de Beiriz utilizarão o transporte da Empresa Transcolvia;
Os alunos provenientes de Rates, utilizarão o transporte da Empresa Linhares.
Os alunos oriundos das Freguesias de Amorim, Terroso e Laundos poderão utilizar o
transporte das Empresas Linhares ou Transcolvia;
Os alunos das Freguesias de Argivai e Balasar poderão utilizar o transporte das
Empresas Linhares, Transcolvia ou Arriva;
Os alunos de Aver-o-Mar, Estela, Navais e Aguçadoura, poderão utilizar o transporte
pela Empresas Linhares ou Auto-Viação do Minho.
Escola E. B. 2/3 Dr. Flávio Gonçalves
O aluno (do PIEF), oriundo da freguesia de Beiriz, utilizará o transporte da Empresa
Transcolvia;
O aluno (do PIEF) proveniente de Aguçadoura, será transportado pelas Empresas
Linhares ou Auto-Viação do Minho;
O aluno (do PIEF) proveniente da freguesia de Argivai, será transportado pelas
Empresas, Arriva, Transcolvia ou Linhares.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
175
Escola E. B. 2/3 De Beiriz
Os alunos provenientes de Amorim e Terroso serão transportados pelos autocarros
deste Município ou da Empresa Transcolvia, pagando-se os respectivos passes.
Os alunos de Beiriz e Póvoa de Varzim, utilizarão o transporte da Empresa Transcolvia.
Escola E. B. 2/3 de Penalves
Não há registo de necessidade de transporte de alunos nesta Escola.
Ensino Especial
O Município garantirá, dentro das suas possibilidades, o transporte dos alunos
deficientes do concelho da Póvoa de Varzim, tanto para o MAPADI (provenientes de
Laundos, Rates e Balasar), como para as escolas onde funcione o Ensino Especial. Em
relação a estes alunos das Salas de Apoio Permanente, o transporte vai ser igualmente
realizado pela Cruz Vermelha Portuguesa, Núcleo da Póvoa de Varzim.
Para assegurar o transporte escolar, a rede de transportes escolares no concelho da Póvoa de
Varzim é composta por autocarros municipais, Serviços Públicos de autocarros (Empresas
Linhares, Autoviação do Minho, Transcolvia e Arriva), cobrindo satisfatoriamente toda a área
do concelho da Póvoa de Varzim.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
177
3. Síntese de Diagnóstico da Situação Educativa no Concelho
O concelho da Póvoa de Varzim dividido em três comunidades de características diferentes:
piscatória, agrícola e urbana, apresenta uma diversidade de usos e costumes que, em lugar de
servirem de motivo de separação, unem o território e os modos de vida na diversidade.
Tendo em consideração as perspectivas de desenvolvimento no concelho, o dinamismo da
população, as características da rede escolar existente e suas taxas de cobertura, bem como os
aspectos de âmbito pedagógico e organizativo, pode-se fazer a seguinte análise do sistema
educativo deste concelho.
Ensino Pré-Escolar
Ao nível do ensino pré-escolar pode-se dizer que a oferta corresponde às necessidades
da população, à excepção da sede do concelho, considerando o número actual de
crianças existentes em idade pré-escolar e a evolução do seu crescimento nos próximos
5 anos;
A Implementação da Componente Social de apoio à família em todos os Jardins de
Infância da rede pública, faz desta rede a segunda com maior cobertura no concelho;
Os edifícios do ensino pré-escolar existentes no concelho, de forma geral, encontram-
se bem adaptados para o efeito e em bom estado de conservação;
Como já foi referido, é necessário proceder à criação de novas salas de pré-escolar na
sede do concelho, por forma a dar uma maior resposta à população aqui residente,
assim como à população proveniente de outros concelhos e que aqui trabalha.
1º CEB do Ensino Básico
A cobertura deste nível de ensino no concelho é efectuada quase na totalidade pela
rede pública (95,6%) e de forma menos representativa pela rede solidária e privada
(0,5% e 3,9%);
A taxa de retenção neste nível de ensino no ano lectivo de 2004/05 é de 5,4%;
A implementação das Actividades de Enriquecimento Curricular tem uma cobertura
total no concelho;
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
178
Actualmente, as escolas funcionam, maioritariamente, em regime normal, centrando-se
em maior número na sede do concelho as escolas cujo funcionamento é o de regime
duplo, o que significa que há necessidade de um aumento de número de salas na
cidade, por forma a adequar os estabelecimentos de ensino às exigências do ensino
actual;
As infra-estruturas existentes neste nível de ensino, de forma geral, têm uma qualidade
bastante aceitável, pois tem sido uma preocupação da autarquia a realização de obras
de adaptação e remodelação das mesmas, tendo por objectivo proporcionar as
melhores condições de trabalho a todos quantos as utilizam.
Actualmente o serviço de refeição encontra-se implementado numa grande parte dos
estabelecimentos escolares da rede pública, o que corresponde a uma cobertura de
82,1%.
Ensino Básico do 2º e 3º Ciclos
O concelho da Póvoa de Varzim tem a mais elevada taxa de frequência escolar ao nível
do 2.º ciclo, 17.9%, em comparação com os concelhos do Grande Porto e tem mais
quase 5 pontos percentuais em relação à média nacional, tendo, também, a maior taxa
no que se refere ao 3.º ciclo do Ensino Básico (11,4%);
Em termos de infra-estruturas existentes, é visível a sobrelotação destes
estabelecimentos de ensino na sede do concelho e na Freguesia de Aver-o-Mar
(próxima desta), daí a urgente necessidade de construção de um novo edifício escolar
que venha contribuir para a melhoria da qualidade destes níveis de ensino anulando
esta saturação escolar;
Em relação às instalações, de uma forma geral, estas têm qualidade e apresentam um
estado razoável de conservação;
Nestes níveis de ensino, as taxas de abandono são: no 2º Ciclo de 2,2% e no 3º Ciclo
de 2,7%, sendo às taxas de retenção respectivamente de 15,2% no 2º Ciclo e de 16,5%
no 3º Ciclo. Estes resultados significativos merecem uma reflexão cuidada, que poderá
passar pela procura de respostas alternativas de formação.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
179
Ensino Secundário
Este nível de ensino, segundo os Censos de 2001; registou a segunda melhor taxa de
aproveitamento (68,8%), comparado com os outros concelhos do Grande Porto;
Todavia os níveis de abandono e de retenções obtidos, pelos resultados dos inquéritos,
designadamente 11,5% e 12,9%, são preocupantes, e poderá traduzir uma
desadequação entre os percursos de formação disponíveis no ensino secundário e os
interesses dos jovens que os procuram. Isto é visível pela elevada taxa de abandono e
de retenções que se observa no 10º ano;
Em termos de infra-estruturas, de acordo com o resultado dos inquéritos, elas
apresentam boa qualidade e o seu estado de conservação é considerado razoável.
Ensino Superior
Ao nível do ensino superior, a Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão,
situada entre este os Concelhos da Póvoa de Varzim e o de Vila do Conde, oferece um
leque muito diversificado de cursos. Pelos resultados do inquérito constatou-se que
entre o ano lectivo de 2000/01 e 2004/05 o número de alunos triplicou;
O Concelho da Póvoa de Varzim dispõe ainda de muito boas estruturas de formação
artística e de formação profissional, bem como de um conjunto de equipamentos culturais
que são utilizados e contribuem para a melhoria da qualidade do ensino da sua população;
Num quadro de uma leitura estratégica, podemos apontar como pontos fortes e fracos da
situação educativa no concelho os seguintes aspectos:
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
180
Quadro 71: Análise Estratégica do Concelho da Póvoa de Varzim
PONTOS FORTES
PONTOS FRACOS
Importante peso da população estudantil no cômputo geral do concelho;
Boa taxa de cobertura ao nível do Pré-Escolar;
Cobertura total da componente social ao nível do Pré-Escolar;
Elevada cobertura do serviço de refeição ao nível do 1ºCEB;
Rede de equipamentos escolares importante e bem distribuída territorialmente;
Elevado investimento nas infra-estruturas educativas e na sua adaptação às exigências actuais;
Grande envolvimento e apoio do Município nos assuntos relacionados com a área da educação;
Diminuição da taxa de analfabetismo;
Maior visibilidade das necessidades educativas especiais;
Existência de boas estruturas culturais e desportivas;
Boa rede escolar ao nível do ensino secundário.
Carência de equipamento escolar ao nível do pré-escolar e do 1º CEB, na sede do concelho;
Insuficiência de infra-estruturas ao nível do 2º e 3º Ciclos do ensino básico, em Aver-o-Mar e na sede do concelho;
Existência de estabelecimentos de ensino do 1º CEB a funcionar em regime duplo;
Falta de espaços complementares nos edifícios escolares do 1º CEB, que se ajustem às necessidades educativas actuais;
Taxas de insucesso e abandono escolar mais acentuadas no ensino secundário;
Escassez de oferta de formação profissionalizante, tendo em conta os interesses locais;
Importante taxa de abandono escolar no quadro do Grande Porto.
OPORTUNIDADES
AMEAÇAS
Elevados e diversificados valores paisagísticos e existência de uma preservada zona rural interior, possibilitadora de formação de produtos turísticos complementares
Potenciais de qualidade de vida elevados com uma tendência positiva de crescimento demográfico face ao contexto regional do concelho
Taxa de rejuvenescimento populacional mais elevada do grande Porto, elevado índice de sustentabilidade potencial e forte capacidade de atracção de população emigrante
A dinamização de revitalização do comércio tradicional e de centros comerciais associada aos projectos de requalificação e animação dos espaços públicos, está a permitir uma efectiva modernização do comércio local, com reflexos potencialmente muito positivos na própria dinamização da actividade turística
Necessidade de aumento de qualificação profissional da população activa
Presença de índices de produção e de rendimentos (poder de compra) inferiores à média nacional, embora o concelho registe alguma expressão em termos de dimensão económica regional e apresente globalmente índices de desenvolvimento favoráveis no contexto da Euro-Região Galiza/Norte de Portugal
A proximidade dos concelhos do Porto, Matosinhos e Maia que concentram grande parte das infra-estruturas logísticas e da oferta de serviços de apoio à actividade económica regional, como entrave à fixação de serviços de base tecnológica, organizativa e de formação no concelho
Escassez de informação por parte da população sobre as ofertas educativas/formativas
Baixo nível de qualificação da população do concelho face à realidade nacional, nomeadamente, por via do ensino superior
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
181
4. Previsão de Evolução do Número de Alunos do Concelho
Após consulta, recolha e tratamento de informação relativa ao XII, XIII e XIV Recenseamento
Geral da População34 (1981, 1991 e 2001, respectivamente), efectuaram-se projecções
demográficas para o Concelho da Póvoa de Varzim, nomeadamente para o ano de 2016.
Adoptou-se como critério de abordagem a comparação dos dados, sendo apresentadas
projecções para o Concelho, bem como para as Unidades Territoriais de Planeamento (UTP’s)
nele delimitadas – Póvoa de Varzim/Aver-o-Mar/Argivai, Amorim/Beiriz/Terroso, Aguçadoura/
Navais/Estela, Laúndos, Rates/Balasar.
4.1 Evolução da População Residente
Foi calculada a População Residente para o Concelho e Freguesias, a seguir apresentada, tendo
sido utilizado para o efeito o ‘Método de Sobrevivência das Coortes’, o qual é explanado no
ponto 4.2. Grupos Etários.
Quadro 72: Evolução da População Residente e Taxa de crescimento entre 2001 e 2016, por Freguesia
34 Elaborados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)
2001 % 2016 TC 01/16 P. Varzim 27810 43,8 33402 20,1Aver-o-Mar 8962 14,1 13496 50,6Argivai 2187 3,4 2802 28,1Amorim 2856 4,5 3305 15,7Beiriz 3229 5,1 3668 13,6Terroso 2472 3,9 2818 14,0Aguçadoura 4530 7,1 4552 0,5
Navais 1683 2,7 1526 -9,3Estela 2596 4,1 2921 12,5Laúndos 2131 3,4 2123 -0,4Rates 2539 4,0 2841 11,9Balasar 2475 3,9 2655 7,3
TOTAL 63470 100,0 76109 19,9
Fonte de partida: INE; Resultados Definitivos (2001)
TC - Taxa de Crescimento (%)
População Residente
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
182
Prevê-se que em 2016 a população do Concelho atinja os 76109 residentes. Face ao total
absoluto de 2001, a população aumentará 12639 indivíduos. Desse modo, prevê-se que a taxa
de crescimento aumente em 2,9% a taxa ocorrida no vinténio 1981/2001.
Quanto às freguesias, os crescimentos absolutos mais significativos prevêem-se que ocorram
na Póvoa de Varzim e em Aver-o-Mar (que apresenta a taxa de crescimento mais elevada,
50,6%), com aumentos de 5592 e 4534 indivíduos, respectivamente. Argivai tenderá a
aumentar 615 indivíduos (apresentando a segunda taxa de crescimento mais elevada, 28,1%).
Aguçadoura e Laúndos tenderão para uma estagnação demográfica, uma vez que se estima um
aumento de 22 indivíduos, no primeiro caso, e uma diminuição de 8, no segundo caso. Navais
tenderá a assistir a uma diminuição de 157 indivíduos, valor superior em cerca de 50% ao
decrescimento ocorrido na década 1991/2001. Nas restantes freguesias estimam-se acréscimos
populacionais compreendidos no intervalo de 200 a 450 indivíduos, a que corresponderão
taxas de crescimento entre os 12% e 16%.
Quadro 73: Evolução da População Residente e Taxa de crescimento entre 2001 e 2016
Gráfico 22: Evolução da População Residente entre 2001 e 2016
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
PR 2001 PR 2016
Cidade
Amo./Bei./Ter.
Agu./Nav./Est.
Laú./Rat.
Rat./Fon./Bal.
2001 (1) 2016 TC 01/16
Cidade 39527 50329 27,3Amorim/Beiriz/Terroso 7989 9162 14,7Aguçadoura/Navais/Estela 8809 8999 2,2Laúndos/Rates 2287 2296 0,4Rates/Fontaínhas/Balasar 4858 5323 9,6
TC - Taxa de Crescimento (%)
(1), cálculo efectuado a partir dos Resultados Definitivos do Censos 2001 (secções e sub-secções)
População Residente
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
183
Nas Unidades de Planeamento Territorial a evolução demográfica prevista para o quindénio
2001/2016 destaca um acréscimo de 10802 indivíduos na Cidade.
Prevê-se que Amorim / Beiriz / Terroso aumente 1173 indivíduos, enquanto Rates / Fontaínhas
/ Balasar 465 e Aguçadoura / Navais / Estela apenas 190.
Laúndos / Rates praticamente estagnará dado o valor absoluto de crescimento corresponder a
9 indivíduos.
4.2. Evolução da População por Grupos Etários
Foi efectuada uma projecção faseada do Crescimento Natural, de forma a estimar a população
residente para o ano de 2016. Para o efeito foi adoptado um processo de análise das
componentes demográficas aplicadas aos escalões etários, designado de ‘Método da
Sobrevivência das Coortes’. Desse modo foram calculados separadamente os efectivos
masculinos e femininos, por cada um dos grupos etários.
O processo de cálculo da evolução natural da população, a partir dos residentes registados em
1991 e das respectivas probabilidades de sobrevivência ao longo do intervalo temporal em
causa, fundamentou-se nas tábuas de cálculo tipo Princeton (‘Modelo Sul’), tendo sido
considerados os níveis 23 e 24 para os quinquénios 1991/1996 e 1996/2001, respectivamente,
e o nível 25 para os quinquénios 2001/2006, 2006/2011 e 2011/2016.
Para a aplicação prática do método houve previamente que definir alguns pressupostos de
trabalho, tendo em conta a articulação das componentes teóricas com a informação estatística
disponível. Estabeleceram-se pois as seguintes hipóteses:
• Estabilização da Taxa de Fecundidade nos valores verificados para 2001;
• Taxas de Fecundidade das Freguesias iguais à do Concelho.
Conhecida a desagregação etária da População Residente em 2001, concluiu-se a desagregação
etária do Saldo Migratório como resultado da subtracção entre a População Residente e o
Crescimento Natural, nesse mesmo ano. Obtido o correspondente valor total – 5040
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
184
indivíduos –, partiu-se da hipótese de trabalho que o Saldo Migratório para o Concelho em
2016, seria 50% superior ao verificado em 2001.
A distribuição dos valores absolutos da População Residente por grupo etário em 2016 resultou
da suposição que a sua desagregação seria proporcionalmente idêntica ao Crescimento Natural
estimado para esse mesmo ano35.
Da subtracção entre a População Residente e o Crescimento Natural resultou o Saldo
Migratório em 2016, por grupos etários.
Quadro 74: Evolução da População Residente no Concelho por Grupo Etário, entre 2001 e 2016
O seguinte quadro apresenta a desagregação etária por Unidades Territoriais de Planeamento
obtidas através das projecções efectuadas para cada uma das freguesias.
35 Entre o total da População Residente e o total apresentado no ponto anterior (4.1. POPULAÇÃO RESIDENTE), registam-se pequenos desvios resultantes do processo de cálculo adoptado. São tomados como preferenciais os totais estimados no referido ponto.
Saldo Saldo H/M % H/M % Migratório (2) H/M % H/M (3) % Migratório (4) H/M (5)
%
(6) 0;4
3662
6,7
3767
6,4
180
3947
6,2
3943
5,8
435
4378
5,8 5;9
4267
7,8
3572
6,1
493
4065
6,4
4050
5,9
447
4497
5,9 10;14
5124
9,4
3636
6,2
433
4069
6,4 4126 6,0 455 4581 6,015;19 5541 10,1 4256 7,3 605 4861 7,7 4078 5,9 450 4528 5,920;24 5040 9,2 5107 8,7 263 5370 8,5 3872 5,6 427 4299 5,625;29 4599 8,4 5516 9,4 233 5749 9,1 3938 5,7 434 4372 5,730;34 4165 7,6 5011 8,6 234 5245 8,3 4606 6,7 508 5114 6,735;39 3864 7,1 4566 7,8 454 5020 7,9 5519 8,1 609 6128 8,140;44 3445 6,3 4123 7,1 483 4606 7,3 5948 8,7 656 6604 8,745;49 2871 5,2 3806 6,5 366 4172 6,6 5381 7,8 593 5974 7,850;54 2533 4,6 3362 5,8 334 3696 5,8 4863 7,1 536 5399 7,155;59 2386 4,4 2760 4,7 204 2964 4,7 4329 6,3 477 4806 6,360;64 2173 4,0 2380 4,1 199 2579 4,1 3907 5,7 431 4338 5,765;69 1955 3,6 2157 3,7 241 2398 3,8 3321 4,8 366 3687 4,870;74 1321 2,4 1819 3,1 72 1891 3,0 2540 3,7 280 2820 3,775;79 993 1,8 1398 2,4 82 1480 2,3 1881 2,7 207 2088 2,780;84 541 1,0 723 1,2 51 774 1,2 1297 1,9 143 1440 1,985 e + 308 0,6 469 0,8 115 584 0,9 962 1,4 106 1068 1,4TOTAL 54788 100,0 58430 100,0 5040 63470 100,0 68561 100,0 7560 76121 100,0
Fonte de partida: INE; Resultados Definitivos (1991 e 2001)
(1), projecção efectuada pelo 'Método de Sobrevivência das Coortes'
(2), subtracção entre a População Residente e o Crescimento Natural
(3), TOTAL = (Cres.Nat.2016 / Cres.Nat.2001) * Pop.Res.2001
(4), Saldo Migratório em 2016 = Saldo Migratório em 2001 * 1,5
(5), o total absoluto é resultado da adição do Crescimento Natural com o Saldo Migratório
(6), admitiu-se uma desagregação etária percentual igual à do Crescimento Natural (2016)
População Residente População Residente Crescimento Natural (1) População ResidenteCrescimento Natural (1)
Concelho1991 2001 2016
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
185
Quadro 75: Desagregação por Unidades Territoriais da População Residente no Concelho, em 2016, por Grupo Etário
Constata-se que a Aguçadoura / Navais / Estela e Laúndos / Rates possuirão as mais altas
taxas de jovens (Pop. 19), concretamente 24,5% e 24,4%. Todavia, comparativamente com as
demais Unidades Territoriais de Planeamento, a diferença não é significante (Rates /
Fontaínhas / Balasar 23,8%, Amorim / Beiriz / Terroso 23,7% e Cidade 23,3%).
A maior taxa de população entre os 20 e os 64 anos verificar-se-á em Laúndos / Rates,
precisamente 63,6%, também não sendo significativa a margem de diferença com as restantes
Unidades Territoriais de Planeamento (situando-se entre os 61,4% da Cidade e os 62,7% de
Rates / Fontainhas / Balasar).
A Cidade evidenciará a maior taxa de idosos (Pop.65), designadamente 15,3%. As restantes
Unidades Territoriais de Planeamento apresentam valores entre os 12% e os 14%.
H/M % (1) H/M % (1) H/M % (1) H/M % (2) H/M % (3)
0;4 2828 5,6 529 5,8 554 6,2 140 6,1 311 5,95;9 2912 5,8 545 6,0 561 6,2 141 6,1 319 6,0
10; 2990 5,9 553 6,0 560 6,2 142 6,2 323 6,115;1 3001 6,0 547 6,0 533 5,9 137 6,0 314 5,920;24 2883 5,7 522 5,7 486 5,4 126 5,5 293 5,525; 2711 5,4 506 5,5 621 6,9 141 6,1 346 6,530;34 3168 6,3 605 6,6 699 7,8 182 7,9 385 7,235;39 3891 7,7 777 8,5 827 9,2 198 8,6 426 8,040;44 4251 8,4 804 8,8 855 9,5 221 9,6 485 9,145;49 4072 8,1 733 8,0 645 7,2 193 8,4 394 7,450;54 3665 7,3 692 7,6 524 5,8 149 6,5 381 7,255;59 3217 6,4 552 6,0 530 5,9 138 6,0 339 6,460;64 3033 6,0 500 5,5 448 5,0 114 5,0 291 5,565;69 2502 5,0 460 5,0 410 4,6 102 4,4 233 4,470;74 1976 3,9 347 3,8 279 3,1 74 3,2 169 3,275;79 1525 3,0 209 2,3 186 2,1 45 2,0 142 2,780;84 991 2,0 162 1,8 157 1,7 30 1,3 94 1,885 e + 715 1,4 116 1,3 123 1,4 25 1,1 77 1,5TOTAL 50329 100,0 9161 100,0 8998 100,0 2297 100,0 5323 100,0
Fonte de partida: INE; Resultados Definitivos (1991 e 2001)(1), admitiu-se uma desagregação etária percentual igual à média das três freguesias
(2), admitiu-se uma desagregação etária percentual igual à da freguesia de Laúndos
(3), admitiu-se uma desagregação etária percentual igual à média das duas freguesias
Rat./Fon./Bal.Cidade Agu./Nav./Est.Amo./Bei./Ter. Laú./Rat.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
186
4.2.1. Evolução dos Grupos Etários por Nível do Ensino
Uma análise mais aprofundada dos dados anteriores relativamente à evolução, entre 2002 e
2016, dos grupos etários por nível de ensino permite-nos verificar que:
No grupo etário dos 3 aos 5 anos, em 2002 registam-se 1 754 crianças a frequentar o pré-
escolar e em 2016 estimam-se 2 120, correspondendo a uma evolução de 20,8%, considerando
que há uma taxa de frequência de 80%;
No grupo etário dos 6 aos 9 anos, em 2002 registam-se 3 714 crianças a frequentar o 1.º ciclo
do ensino básico e em 2016 estimam-se 3 777, correspondendo a uma evolução de 1,7%,
considerando que há uma taxa de reprovação de 5%;
No grupo etário dos 10 aos 14 anos, em 2002 registam-se 4 341 crianças/jovens a frequentar
o 2.º e 3.º ciclos de ensino básico e em 2016 estimam-se 4 810 correspondendo a uma
evolução de 10,8%, considerando que há uma taxa de reprovação de 5%;
No grupo etário dos 15 aos 17 anos, em 2002 registam-se 2 019 jovens a frequentar o ensino
secundário e em 2016 estimam-se 2 608, correspondendo a uma evolução de 29,1%,
considerando que a taxa de frequência é de 80% e a taxa de reprovação adoptada é de 20%.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
187
5. Propostas
5.1. Eixos e Medidas de Intervenção
Efectuado o diagnóstico da situação educativa no município e realizadas as projecções para
2016, passaremos a apresentar as medidas de intervenção necessárias, para aplicação num
prazo de cinco anos, ao nível dos ensinos pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos e secundário, de
acordo com as prioridades estabelecidas.
A proposta de reordenamento apresentada tem por base, sobretudo, os resultados deste
diagnóstico, ao nível da caracterização da realidade social, económica, demográfica e
educativa, e também, as projecções elaboradas no âmbito da revisão do PDM e os dados
apresentados no Diagnóstico Social e no Plano de Desenvolvimento Social, no âmbito da Rede
Social.
Esta proposta pretende ser, igualmente, integradora, ou seja, pretende atender à realidade e às
necessidades concelhias, não descurando as indicações e orientações apresentadas pela
Direcção Regional de Educação do Norte.
A proposta de reordenamento foi efectuada para um horizonte temporal de 5 anos, tendo em
vista a melhoria do desempenho do sistema educativo no concelho da Póvoa de Varzim,
através de um conjunto de medidas e estratégias específicas.
Como princípios operacionais para a formulação da proposta apontam-se:
1. Reconhecimento de que o ensino e a formação são fundamentais para o
desenvolvimento da comunidade, para o seu progresso, e para a obtenção de uma
melhor qualidade de vida e, como tal, o seu desenvolvimento interessa a todos os
cidadãos;
2. Reconhecimento de que todas as comunidades têm o direito de ter acesso facilitado
à educação e à formação, e de que estas devem permitir responder às necessidades
de cada um;
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
188
3. Reconhecimento de que só é possível desenvolver, com eficácia, o processo
educativo e formativo, se existirem condições físicas de elevada qualidade, que
permitam a criação de um ambiente, seguro e agradável, de aprendizagem e
socialização;
4. Reconhecimento de que só com o empenho e a qualidade de actuação de todos os
intervenientes no acto educativo, é possível conseguir bons resultados e tirar o
máximo proveito dos meios disponíveis;
5. Reconhecimento de que a criação ou encerramento de escolas deve ser norteado pelo
princípio de que deve existir uma gestão eficaz dos recursos, procurando-se que a
adequação entre o investimento e as necessidades da população seja a mais próxima
possível;
6. Reconhecimento de que a aposta na qualidade dos processos é fundamental para
conseguir melhores desempenhos educacionais;
7. Reconhecimento da necessidade fundamental de estabelecer pontes entre todos os
interessados nos actos educativos, de modo a construir redes que potenciem as
capacidades de actuação de todos os intervenientes no acto educativo e formativo.
O que se pretende é implementar uma estratégia global e estruturante de medidas que leve em
consideração a importância da qualidade da aprendizagem e que permita às crianças e jovens
do concelho estarem preparados para as exigências futuras, com as quais se irão confrontar.
Como podemos verificar o nosso concelho é, actualmente, marcado por baixos níveis de
qualificação escolar, significativas taxas de saída precoce e de insucesso e abandono escolar.
Sabemos que as reduzidas qualificações originam uma inserção profissional precária onde
predominam os baixos salários e as situações de vulnerabilidade, permitindo a emergência de
situações de pobreza e exclusão social.
De facto, parece ser inegável que a educação constitui uma área fulcral de intervenção em
qualquer processo de promoção de desenvolvimento local.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
189
Desde logo, porque uma população qualificada é uma população mais apetrechada para
fazer face aos desafios que quotidianamente se lhe colocam. Depois, porque a elevação
dos patamares de instrução e qualificação se afigura hoje como o mais sério meio de
promoção de processos de mobilidade social ascendente.
O investimento na Educação é, neste contexto, encarado como um investimento claro no
futuro e no desenvolvimento do concelho, já que a mesma surge como um elemento
fundamental de integração profissional e mesmo social.
Dada a importância que esta área tem para o desenvolvimento concelhio, acreditamos que os
critérios de reordenamento da rede escolar para o concelho deve assentar, fundamentalmente,
em linhas estratégicas de carácter social, funcional e pedagógico, que permitem definir um
conjunto de objectivos específicos:
Criar uma oferta de educação pré-escolar que contribua para efectivar a sua
universalização e que responda às necessidades de todas as famílias;
Criar as condições, nas escolas do 1.º ciclo do ensino básico, para que a cada sala
disponível possa corresponder uma turma e um ano de escolaridade;
Conjugar vários níveis de ensino, no mesmo edifício, integrando sempre que possível o
pré-escolar, para garantir o desenvolvimento do percurso escolar sequencial no mesmo
equipamento;
Redimensionar a capacidade das escolas do 1.º CEB, por forma a garantir o
funcionamento em regime normal, bem como proporcionar uma escola a tempo inteiro;
Aumentar as condições de qualidade do parque escolar de modo a que o processo
educativo se possa desenvolver de forma eficiente e harmoniosa;
Dotar os estabelecimentos de educação pré-escolar e escolas do 1.CEB de espaços
complementares, nomeadamente salas polivalentes, salas de informática e
equipamentos desportivos, por forma a permitir a prática de exercício físico e o
desenvolvimento de actividades de enriquecimento curricular;
Redimensionar a rede de refeitórios/cantinas escolares do 1.ºciclo do ensino básico por
forma a garantir uma cobertura de 100%;
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
190
Contribuir para a diminuição do abandono e insucesso escolar, criando as condições
necessárias ao estabelecimento de redes de cooperação entre diferentes entidades que
sobre ele possam actuar;
Alargar a oferta da rede do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico por forma a diminuir o grau
de saturação dos estabelecimentos de ensino existentes;
Incentivar um melhor desempenho, das diferentes unidades educativas, e colaborar
para a visibilidade da acção educativa das escolas junto da comunidade;
Aumentar a oferta e a diversificação de cursos ao nível do secundário tendo em conta
os interesses locais;
Promover e diversificar ofertas de ensino/educação e profissionais ao nível da
escolaridade obrigatória e secundário, formais e não formais, por forma a combater as
taxas de insucesso, saída precoce e particularmente do abandono, bem como aumentar
os níveis de qualificação académica/profissional da população residente;
Adequar as ofertas educativas e formativas às actuais necessidades do mercado de
trabalho local, por forma a contribuir para o desenvolvimento social e económico do
concelho.
Partindo destes critérios e objectivos definem-se 2 grandes eixos de intervenção ao nível da
educação:
• Eixo 1 – Reordenamento da Rede Educativa
• Eixo 2 – Promoção da Qualidade Educativa e Formativa
São estes os dois eixos em que a Carta Educativa do concelho da Póvoa de Varzim pretende
intervir de forma estratégica.
Daremos ainda conta das medidas propostas em cada eixo, bem como os seus responsáveis e
estimativa dos custos envolvidos.
Antes de passarmos à exposição de cada um dos eixos, apresentamos uma esquematização,
onde podemos mais facilmente perceber a dimensão do planeamento que aqui efectuamos.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
191
Quadro 76: Carta Educativa - Eixos de Intervenção
CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DA PÓVOA DE VARZIM
EEEiiixxxooo 111 Reordenamento da Rede Educativa
EEEiiixxxooo 222 Promoção da Qualidade Educativa e
Formativa
Ampliação e remodelação da Escola das Machuqueiras em Laúndos
Criação de um Observatório Local da Educação
Ampliação e remodelação da Escola EB1
da Senhora da Saúde, para transformação num Jardim de Infância em Laúndos
Dinamização das Bibliotecas Escolares dos Estabelecimentos do 1.ºCEB
Ampliação da Escola EB1 Nova na Póvoa de Varzim
Promover e diversificar ofertas de educação e formação de adultos no âmbito da Iniciativa
Novas Oportunidades
Ampliação e remodelação da Escola de Refojos em Aver-o-Mar
Promover e diversificar ofertas de ensino/educação e profissionais ao nível do
3.º CEB e Ensino Secundário
Remodelação e Ampliação da Escola de Paranho em Terroso
Sensibilizar as Escolas para a constituição de Centros de Revalidação de Competências
Ampliação da Escola da Igreja em Beiriz
Apoiar e/ou formar novas Associações de Pais
Construção de uma Escola EB1/JI em
Penalves na Póvoa de Varzim Alargar e consolidar o “Fórum das Saídas e
Opções Profissionais
Construção de um Centro Educativo (JI, 1.º, 2.º e 3.º CEB) na zona Norte da Póvoa
de Varzim
Sensibilizar as Juntas de Freguesia para a promoção implementação de cursos sócio-
educativos e sócio-profissionais de Educação de Adultos
Ampliação da Escola EB 2,3 de Rates para integração dos ensinos do 1.º CEB e Pré-
Escolar
Criar condições que facilitem o processo de comunicação entre as escolas e as empresas
de modo a facilitar a integração dos alunos em estágios profissionais.
Requalificação do refeitório e da área coberta exterior da Escola EB1 das
Fontaínhas, em Balasar
Promover Cursos no âmbito do Programa de Integração de Educação Formação (PIEF), em
articulação com os Agrupamentos de Escolas e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens
Criação de Bibliotecas Escolares nos
estabelecimentos do 1.º CEB
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
192
5.1.1 - Eixo 1 – Reordenamento da Rede Escolar e Impacto Previsto
MMMeeedddiiidddaaa 111...111...
Ampliação e remodelação da Escola das Machuqueiras, sediada na Freguesia de Laúndos, para
inclusão de duas salas de aula, um refeitório e um polivalente, por forma a integrar os alunos
da EB1 da Senhora da Saúde.
Efectuar o reordenamento/redimensionamento da rede do pré-escolar e 1.º CEB na
freguesia de Laúndos, por forma a melhorar a qualidade do ensino dos alunos que
frequentam os diferentes estabelecimentos de ensino:
I. Concentrar o 1.º ciclo do ensino básico num único edifício escolar:
a) Assegurar a homogeneidade de turmas, ou seja, um ano de escolaridade/uma
turma;
b) Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de
enriquecimento curricular, a fim de proporcionar o funcionamento da escola a
tempo inteiro;
c) Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição;
d) Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e sucesso educativo dos alunos
da freguesia;
e) Rentabilizar os recursos físicos e humanos.
II. Disponibilizar a escola EB1 Nossa Senhora da Saúde para transformação num
Jardim-de-infância, para integração dos dois estabelecimentos de ensino do pré-
escolar ali existentes.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
193
MMMeeedddiiidddaaa 111...222...
Ampliação e remodelação da Escola EB1 da Senhora da Saúde, sediada em Laúndos, para
transformação num Jardim-de-Infância com 2 salas de actividade e uma sala de
prolongamento, com vista à integração dos dois Jardins existentes na freguesia.
Efectuar o reordenamento/redimensionamento da rede do pré-escolar na Freguesia de
Laúndos, a fim de melhorar a qualidade do bem-estar das crianças:
a. Transformar a escola EB1 Nossa Senhora da Saúde num único Jardim-de-infância;
b. Concentrar os dois Jardins de Infância existentes na freguesia num único edifício;
c. Rentabilizar os recursos físicos e humanos.
MMMeeedddiiidddaaa 111...333...
Ampliação da Escola EB1 Nova da Póvoa de Varzim, para inclusão de um refeitório, por forma
a proporcionar aos alunos que a frequentam um melhor serviço, evitando assim que tenham
que se deslocar a outro estabelecimento de ensino para usufruir do almoço.
Garantir a todos os alunos o serviço de refeição na própria escola.
MMMeeedddiiidddaaa 111...444...
Ampliação e remodelação da Escola de Refojos, situada na Freguesia de Aver-o-Mar, para
substituição de duas salas de aula, criação de mais duas e inclusão de um refeitório e um
polivalente.
Redimensionar a capacidade desta escola do 1.º CEB, visando garantir o funcionamento
em regime normal;
Assegurar a homogeneidade de turmas, ou seja, um ano de escolaridade/uma turma;
Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de
enriquecimento curricular, a fim de proporcionar que a escola funcione a tempo inteiro;
Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição na própria escola;
Contribuir para o sucesso educativo dos alunos.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
194
MMMeeedddiiidddaaa 111...555...
Ampliação e remodelação da Escola de Paranho, situada na Freguesia de Terroso, para
inclusão de duas salas de aula, um refeitório e um polivalente.
Redimensionar a capacidade da escola, de modo a garantir o funcionamento em regime
normal;
Assegurar a homogeneidade de turmas: um ano de escolaridade/uma turma;
Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de
enriquecimento curricular, a fim de proporcionar a escola a tempo inteiro;
Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição na própria escola;
Contribuir para a melhoria do sucesso educativo das crianças desta freguesia.
MMMeeedddiiidddaaa 111...666...
Ampliação da Escola de Igreja, situada na Freguesia de Beiriz, para inclusão de um refeitório e
um polivalente.
Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de
enriquecimento curricular, por forma a proporcionar a escola a tempo inteiro;
Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição na própria escola;
Melhorar a qualidade do ensino e sucesso educativo dos alunos da freguesia.
MMMeeedddiiidddaaa 111...777...
Construção de uma Escola EB1/J.I., na zona de Penalves, com 12 salas de aula do 1º CEB, 3
salas de actividade do Pré-Escolar, Biblioteca Escolar, Refeitório, Sala de Alargamento de
Horário, Polidesportivo, Gabinetes de Professores e outras áreas de apoio.
Efectuar o reordenamento/redimensionamento da rede pré-escolar e do 1.º Ciclo do
Ensino Básico na freguesia da Póvoa de Varzim:
i. Dotar a zona sul da Sede do Concelho de um edifício escolar que integre os
níveis de ensino do pré-escolar e do 1º CEB, de maneira a possibilitar:
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
195
a) Proporcionar a 3 estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo na sede do concelho,
nomeadamente a EB 1 do Século, da Lapa e de Nova Sintra, o funcionamento em
regime normal;
b) Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de
enriquecimento curricular, a fim de proporcionar uma escola a tempo inteiro;
c) Propiciar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição;
d) Rentabilizar os recursos físicos e humanos;
e) Expandir a rede pré-escolar na sede do concelho, por forma a garantir uma
cobertura a 100%.
MMMeeedddiiidddaaa 111...888...
Construção de um Centro Educativo, na zona norte da sede do concelho, que integre os
ensinos pré-escolar com 3 salas de actividades, 1.º ciclo com 12 salas de aulas, e o 2.º e 3º
ciclos com 24 salas de aula, com refeitório, biblioteca escolar, pavilhão polidesportivo,
auditório, gabinetes de direcção e de professores, e outras áreas de apoio.
Efectuar o reordenamento/redimensionamento da rede pré-escolar e do 1.º, 2º e 3º
Ciclo do Ensino Básico na freguesia da Póvoa de Varzim:
Dotar a zona Norte da Sede do Concelho de um edifício escolar que integre os níveis
de ensino do pré-escolar e do 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, de maneira a
permitir:
a) Expandir a rede pré-escolar na sede do concelho, por forma a atingir uma
cobertura de 100%.
b) Proporcionar a 2 estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo existentes na zona norte
da sede do concelho, nomeadamente a EB 1 dos Sininhos e do Desterro, que
funcionem em horário de regime normal;
c) Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de
enriquecimento curricular do 1º CEB, a fim de proporcionar uma escola a tempo
inteiro;
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
196
d) Possibilitar a todos os alunos o acesso ao serviço de refeição nas diferentes
escolas;
e) Redimensionar as Escolas EB2,3 de Aver-O-Mar (reduzindo 21 turmas) e a EB2,3
Dr. Flávio Gonçalves (reduzindo 8 turmas), a fim de contribuir para a melhoria da
qualidade do ensino dos alunos que as frequentam;
f) Aumentar a oferta educativa na zona norte da sede do concelho, tendo em
consideração o crescimento populacional previsto para 2016.
Rentabilizar os recursos físicos e humanos;
Conjugar vários níveis de ensino, para garantir o desenvolvimento do percurso escolar
sequencial no mesmo equipamento escolar.
MMMeeedddiiidddaaa 111...999...
Ampliação da Escola EB 2,3 de Rates, para inclusão de 4 salas de aula e 2 salas de actividade
do pré-escolar, com vista à integração dos alunos dos ensinos do 1.º CEB da Escola da Praça e
Pré-escolar de Rates, da Rede Pública, por forma a proporcionar a estes alunos um serviço de
qualidade.
Efectuar o reordenamento/redimensionamento do 2.º e 3.º CEB na freguesia de S.
Pedro de Rates, tendo por base a integração dos alunos do 1.º CEB da Escola da Praça e
do ensino pré-escolar público;
Conjugar vários níveis de ensino, para garantir o desenvolvimento do percurso escolar
sequencial no mesmo equipamento;
Garantir a criação de condições ao bom desenvolvimento das actividades de
enriquecimento curricular, a fim de proporcionar a escola a tempo inteiro;
Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino de todas as crianças;
Rentabilizar os recursos físicos e humanos.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
197
MMMeeedddiiidddaaa 111...111000...
Requalificação do refeitório e da área coberta existente no exterior da Escola EB1 das
Fontaínhas, sediada na freguesia de Balasar, com o objectivo de ser transferida uma turma da
Escola EB1 da Quinta, por forma a proporcionar a todos os alunos daquela freguesia a
frequência do 1.º CEB em horário normal.
Redimensionar a capacidade das escolas do 1.º CEB na freguesia de Balasar, a fim de
garantir o funcionamento de ambos os estabelecimentos de ensino em regime normal;
Proporcionar que todos os alunos tenham acesso ao serviço de refeição;
Melhorar a qualidade do ensino e contribuir para o sucesso educativo dos alunos desta
freguesia.
MMMeeedddiiidddaaa 111...111111...
Criação de Bibliotecas Escolares nos estabelecimentos do 1.º CEB onde não existe esta
resposta.
Garantir que todas as escolas disponham de uma biblioteca escolar;
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
198
5.1.1.2. Hierarquização, calendarização e Orçamentação
Quadro 77: Hierarquização e Calendarização
Hierarquização das Medidas Calendarização
1. Ampliação da Escola EB1 Nova na Póvoa de
Varzim Março 2007/Dezembro 2007
2. Ampliação e remodelação da Escola de
Refojos em Aver-o-Mar Novembro 2007/Novembro 2008
3. Ampliação e remodelação da Escola de
Paranho em Terroso Março 2008/Março de 2009
4. Ampliação da Escola EB1 da Igreja em Beiriz Julho 2008/Setembro 2009
5. Ampliação e remodelação da Escola EB1 das
Machuqueiras em Laúndos Julho 2008/Setembro 2009
6. Construção de uma Escola EB1/J.I., na zona
de Penalves na Póvoa de Varzim Março 2009/Setembro 2010
7. Ampliação e remodelação da Escola EB1 da
Senhora da Saúde, para transformação num
Jardim-de-infância em Laúndos
Julho 2009/Março 2010
8. Requalificação do refeitório e da área
coberta da Escola EB1 das Fontaínhas Julho 2009/Março 2010
9. Ampliação da Escola EB 2,3 de Rates para
integração dos ensinos do pré-escolar e1.º
CEB
Julho 2010/Setembro 2011
10. Construção de um Centro Educativo (J.I.,
1.º, 2.º e 3.º CEB), na zona norte da sede de
concelho
Julho 2011/Dezembro 2012
11. Criação de Bibliotecas Escolares nos
estabelecimentos do 1.º CEB
De acordo com as candidaturas
escolares
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
199
Quadro 78: Medidas, Responsáveis e Estimativas de Custos
Medidas Responsáveis Estimativa de Custos
Ampliação e remodelação da Escola
EB1 das Machuqueiras em Laúndos
C.M.P.V.
M.E. 350.000,00 Euros
Ampliação e remodelação da Escola
EB1 da Senhora da Saúde, para
transformação num Jardim de Infância
em Laúndos
C.M.P.V.
M.E. 175.000,00 Euros
Ampliação na Escola EB1 Nova na
Póvoa de Varzim
C.M.P.V.
M.E. 150.000,00 Euros
Ampliação e remodelação da Escola
de Refojos em Aver-o-Mar
C.M.P.V.
M.E. 525.000,00 Euros
Ampliação e remodelação da Escola
de Paranho em Terroso
C.M.P.V.
M.E. 350 000,00 Euros
Ampliação da Escola da Igreja em
Beiriz
C.M.P.V.
M.E. 200.000,00 Euros
Construção de uma Escola EB1/J.I., na
zona de Penalves na Póvoa de Varzim
C.M.P.V.
M.E. 3.000.000,00 Euros
Construção de um Centro Educativo,
na zona norte da sede de concelho*
C.M.P.V.
M.E.
3.000.000,00 Euros
A definir
Ampliação da Escola EB 2,3 de Rates C.M.P.V.
M.E. 400 000,00 Euros
Requalificação do refeitório e da área
coberta da Escola EB1 das Fontaínhas
C.M.P.V.
M.E. 125.000,00 Euros
Criação de Bibliotecas Escolares nos
estabelecimentos do 1.º CEB
C.M.P.V.
M.E.
A definir caso a caso
*Para este Centro Educativo prevê-se um custo do terreno no valor de cerca de 1.000.000,00, que será custeado proporcionalmente por ambas as entidades. O orçamento aqui definido refere-se apenas ao pré-escolar e 1.º CEB.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
200
5.1.2 - Eixo 2 – Promoção da Qualidade Educativa e Formativa
MMMeeedddiiidddaaa 222...111...
Criação de um Observatório Local da Educação.
Conjugação de esforços entre diferentes parceiros envolvidos na problemática da educação e
formação através da criação de um Observatório Local da Educação. Este observatório deve
ser constituído não só pelo pessoal docente – onde devem estar representados os diferentes
agrupamentos e os diferentes níveis de ensino, desde o pré-escolar ao ensino superior, como
também por outras instituições públicas e privadas de índole educativa. É importante que este
observatório promova a comunicação e o conhecimento das instituições do concelho através
da elaboração de um Guia de Recursos da Educação. Este instrumento visa compilar um
conjunto de informação sobre os estabelecimentos escolares, procurando ser mais que um
mero repositório de informação, permitindo uma actualização permanente dessa informação.
MMMeeedddiiidddaaa 222...222...
Dinamização das Bibliotecas Escolares dos estabelecimentos do 1.º CEB.
MMMeeedddiiidddaaa 222...333...
Promover e diversificar ofertas de educação e formação de adultos no âmbito da Iniciativa
Novas Oportunidades.
Os objectivos desta iniciativa consistem em fazer do ensino profissionalizante de nível
secundário uma real opção dando oportunidades novas aos jovens e elevar a formação de base
dos activos. Dar a todos os que entraram na vida activa com baixos níveis de escolaridade, a
possibilidade de, com esta iniciativa Novas Oportunidades, recuperar, completar e progredir
nos seus estudos.
MMMeeedddiiidddaaa 222...444...
Promover e diversificar ofertas de ensino/educação e profissionais ao nível do 3.º CEB e
Ensino Secundário, por forma a combater as taxas de insucesso e particularmente de
abandono, bem como aumentar o nível de qualificação académica/profissional da população
residente, nomeadamente na área de Hotelaria e Turismo e de Higiene e Segurança no
Trabalho e Ambiente.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
201
MMMeeedddiiidddaaa 222...555...
Sensibilizar as escolas para a constituição de Centros de Revalidação de Competências.
MMMeeedddiiidddaaa 222...666...
Apoiar e/ou formar novas Associações de Pais.
No que se refere ao abandono escolar, sabe-se que é fruto de condicionantes sociais,
culturais e económicas, da falta de acompanhamento dos pais, mas também da falta de
motivação do aluno pela escola. Pelo que importa pensar numa intervenção que privilegie
uma maior abertura da escola à comunidade, no incentivo ao associativismo extra-escolar e
intra-escolar e um relacionamento efectivo entre o aluno, a escola e a família. Nesta base, as
“Associações de Pais” têm um importante papel a desempenhar, pelo que se deve apoiar e/ou
formar novas associações de pais.
É necessário sensibilizar todos os actores educativos para a importância da educação como
motor de desenvolvimento pessoal e social. É necessário elevar as expectativas dos pais em
relação à escola, que eles sejam chamados pela escola a participarem não apenas nas
actividades promovidas pontualmente pela escola, mas na própria construção do projecto
educativo, permitindo o esbatimento das diferenças culturais entre a escola e a família.
Apostar na motivação da população escolar para a importância dos cursos profissionais,
da formação escolar e extra–escolar, aumentando as suas qualificações e competências para
que, desta forma, possam fazer face às exigências do sistema de emprego em constante
mutação. Para isso importa informar os jovens que terminam o ensino básico sobre as
oportunidades formativas existentes e a sua necessidade no tecido produtivo local.
MMMeeedddiiidddaaa 222...777...
Alargar e consolidar o “Fórum de Saídas e Opções Profissionais” – Aumentar a informação aos
jovens que terminam o ensino básico, pais e encarregados de educação, sobre as
oportunidades formativas existentes e a sua necessidade no tecido produtivo concelhio.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
202
MMMeeedddiiidddaaa 222...888...
Sensibilizar as Juntas de Freguesia para a promoção implementação de cursos sócio-
educativos e sócio-profissionais de Educação de Adultos.
MMMeeedddiiidddaaa 222...999...
Criar condições que facilitem o processo de comunicação entre as escolas e as empresas de
modo a facilitar a integração dos alunos em estágios profissionais.
MMMeeedddiiidddaaa 222...111000...
Promover Cursos no âmbito do Plano de Integração de Educação Formação (PIEF), em
articulação com os Agrupamentos de Escolas e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens
da Póvoa de Varzim.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
203
5.2. Programação da Execução Física
Embora a Carta Educativa não seja um documento estanque, no sentido em que pode (e deve)
ser actualizada e revista, torna-se importante definir um horizonte temporal para a
implementação das propostas de reordenamento que atrás foram apresentandas. De acordo
com a alínea b) do nº2 do artº18 do Decreto-Lei 7/2003, a calendarização das acções
propostas deve ser feita numa perspectiva de médio e longo prazo.
A proposta de reordenamento foi efectuada para um horizonte temporal de 5 anos, tendo em
vista a melhoria do desempenho do sistema educativo no concelho da Póvoa de Varzim,
através de um conjunto de medidas e estratégias específicas.
Relembra-se, no entanto, que até conseguirmos atingir o reordenamento que se pretende
poderão surgir situações intermédias, em que uma das propostas enunciadas esteja num fase
mais avançada do que outra.
5.4. Monitorização e avaliação do processo
Sendo a Carta Educativa um documento “vivo”, que deve ser permanentemente actualizado, a
autarquia pretende desenvolver um sistema de monitorização da implementação das acções e
propostas apresentadas no documento.
Uma primeira dimensão de avaliação, corresponde à determinação da eficiência com que as
medidas que a Carta Educativa preconiza para o concelho estão a ser disponibilizadas. É
preciso determinar com que grau de cumprimento estão a ser implementadas e se, com a sua
efectivação no terreno, foram alcançados os resultados esperados.
Uma segunda dimensão prende-se com a evolução do sistema educativo no concelho, com a
avaliação dos progressos alcançado, com as variações que múltiplos factores podem ter
introduzido e com a introdução de novas orientações emanadas do Ministério Educação. Trata-
se de verificar se a análise contida na Carta Educativa continua a ter validade, ou se é
necessário introduzir-lhe correcções e, consequentemente, definir novas trajectórias para o
futuro.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
204
O processo de monitorização passará, em primeiro lugar, pela recolha de informação junto
de todas as unidades educativas do concelho, que deverá ser feita anualmente, após o final
de cada ano lectivo, através de um inquérito de recolha dos indicadores da respectiva
actividade. Este inquérito deve ter o seu preenchimento referido a uma determinada data, de
modo a permitir obter resultados com maior fiabilidade, e com a possibilidade de serem
comparados com as estatísticas publicadas pelo Ministério da Educação.
Uma segunda fase passará pelo tratamento dos elementos recolhidos através dos
inquéritos, que permitirá determinar a evolução dos indicadores educacionais no concelho,
nomeadamente as taxas de escolarização, abandono, saídas precoces, retenções e sucesso.
Por último, numa terceira fase, a partir dos resultados do trabalho realizado nas fases
anteriores, será elaborado um relatório, sujeito a parecer do Conselho Municipal de
Educação, e que conterá, se tal for considerado necessário, propostas de novas acções ou de
modificações das acções previstas na Carta Educativa.
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
205
Referências Bibliográficas
Almeida, M. (1999); “Escola e Educação, um olhar municipal”; Revista Dossier Educação; Editorial do Ministério da Educação; Lisboa
Amorim, M. (2001); “Roteiro Turístico da Póvoa de Varzim”. Leça do Balio
AMORIM, M., (2001); “Um Novo Olhar” .Roteiro Turístico da Póvoa de Varzim; Infotur; Leça do Balio
Associação Comercial Da Póvoa De Varzim; Póvoa de Varzim; 1985/86
Barroso, J. (org.) (1999); A Escola entre o Local e o Global, Perspectivas para o Século XXI; Educa; Lisboa
Barroso, J. E Pinhal, J. (1996); A Administração da Educação, Os Caminhos da Descentralização; Edições Colibri; Lisboa
Bogdan, R. E Biklen, S. ( 1994); Investigação Qualitativa em Educação, Uma Introdução à Teoria e aos Métodos; Porto Editora; Porto
Cardona, M. J. (1997); Para a História da Educação de Infância em Portugal, O discurso oficial (1834-1990); Porto Editora, Porto
Collège de France/Pierre Bourdieu, “Propostas para o ensino do futuro”, in Cadernos de Ciências Sociais, nº 5, 1987
Correia, E. (1999); Educação e Poder Local; revista de Poder Local nº 134; Porto
Correia, J. A. (2000); As Ideologias Educativas em Portugal nos Últimos 25 Anos; Edições Asa; Lisboa
Costa, G. R. (1999); Actualização da Legislação Autárquica (Março 99 – Outubro 99); Editora Pergaminho; Lisboa
Costa, G. R. (1999); Legislação Autárquica e Complementar; Editora Pergaminho; Lisboa
COSTA, G. R. (1999); Nova Legislação Autárquica; Editora Pergaminho; Lisboa
Costa, H., Nobre, L. S. e SERRANO, M. de F. (1998), Sistema Educativo Português: Caracterização e Propostas para o Futuro, Ministério da Educação, Qualigrafe, Artes Gráficas, Lda., Lisboa
Costa, M. S. E Neves, J. P. (1993); Autarquias Locais e Desenvolvimento; Edições Afrontamento; Porto
Deshaies, B. (1992); Metodologia da Investigação em Ciências Humanas; Instituto Piaget; Porto
Diagnóstico Social do Concelho de Póvoa de Varzim, Rede Social, 2006
Dicionário Enciclopédico Das Freguesias (1997); I volume; Editora Minha Terra, Matosinhos
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
206
Direcção Regional De Educação Do Norte (2000); Uma memória para o Futuro; Editorial do Ministério da Educação; Porto
Fernandes, A. T. (1997); Poder Autárquico e Poder Regional; Brasília Editora; Porto
Foddy, W. (1996); Como Perguntar, Teoria e Prática da construção de perguntas em entrevistas e questionários; Celta Editora; Lisboa
Ghiglione, R. E Matalon B. (1992); O Inquérito, Teoria e prática; Celta Editora; Lisboa
Gomes, P. E Silva, J. B. P. (1998); Um Pé na Terra, Outro no Mar…; Anégia Editores; Póvoa de Varzim
Henriques, J. M. (1990); Municípios e Desenvolvimento; Escher Publicações; Lisboa
INE 2003, INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001
INE, Anuário Estatístico da Região Norte 2002
INE-DRN / Instituto Galego de Estatística (2000) – “Indicadores de Desenvolvimento Económico e Social das Comarcas / Concelhos da Galiza e do Norte de Portugal”
João Ferrão, e Outros, “Abandono escolar precoce: olhares cruzados em tempo de transição”, in Sociedade e Trabalho, nº 10, 2000
João Sebastião, “Os dilemas da escolaridade. Universalização, diversidade e inovação”, in Viegas, José Manuel Leite e Costa, António Firmino da (orgs.), Portugal que Modernidade?, Oeiras, Celta Editora, 1998
João Sebastião, e Teresa Seabra, “Renunciar à escola: o abandono escolar na escolaridade obrigatória”, in III Congresso Português de Sociologia, Lisboa, Fevereiro de 1996, Oeiras, Celta Editora, 2000 (cd-rom)
José Manuel Henriques, O Papel do "Social" nas Políticas Urbanas, 2002-1-02, Agência para a Modernização do Porto, http://www.apor.pt/Conferencias/Manuel.doc
Ketele, J. E Roegiers, X. (1993); Metodologia da Recolha de Dados, Fundamentos dos Métodos de Observações, de Questionários, de Entrevistas e de Estudo de Documentos; Instituto Piaget; Porto
Lemos, J. E Silveira, T. (1999); Autonomia e Gestão das Escolas; Porto Editora; Porto
Lopes, R. G. ( 1990); Planeamento Municipal e Intervenção Autárquica no Desenvolvimento Local; Escher publicações; Lisboa
Lorthiois, Jacqueline, Le Diagnostic Local des Ressources - Aide à la Decision, Paris, Editions W., 1996
Luís Capucha (coord.), R. M. G.: avaliação da fase experimental, Lisboa, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social/DEEP, 1998
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
207
Maria João Freitas e Paula Castro, “Vale do Areeiro. Reflexões acerca de uma realidade multiétnica”, in Estruturas Sociais e Desenvolvimento, Actas do II Congresso Português de Sociologia, Lisboa, Editorial Fragmentos/APS, 1993
Martins, M. R. (2001); As Autarquias Locais na União Europeia; Edições Asa, Lisboa
Ministério da Educação – Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento (2001); Autonomia Administração e Gestão das Escolas Portuguesas 1974 – 1999 – Continuidade e Rupturas; Lisboa
Ministério Da Educação (1988); A Gestão do Sistema Escolar; Lisboa
Ministério Da Educação (1997); Educação Pré-Escolar – Legislação, Editorial do Ministério da Educação; Lisboa
Ministério Da Educação (1998); Sistema Educativo Português, Caracterização e Propostas para o Futuro; Lisboa
Mozzicafredo, J.; Guerra, I.; Fernandes, M. A. E Quintela, J. G. (1991); Gestão e Legitimidade no Sistema Político Local, Escher Publicações; Lisboa
Musgrave, P. W. (1994); Sociologia da Educação; Fundação Caloute Gulbenkian; Lisboa
OCDE (1989); As Escolas e a Qualidade; Edições ASA; Rio Tinto
Oliveira, C. (1996); História dos Municípios e Poder Local; Circulo dos Leitores e Autores; Impresso por Printer Portuguesa, Ind. Gráfica, Lda; Lisboa
Patrick Champagne, , “A ruptura com as pré-construções espontâneas ou eruditas”, in Patrick Champagne e Outros, Iniciação à Prática Sociológica, Petrópolis, Editorial Vozes, 1998, p. 226
Paula Guerra, A Cidade na Encruzilhada do Urbano, Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2002
Philippe Jarreau, Du Bricolage: Archéologie de la Maison, Paris, CCI-Centre Georges Pompidou, 1985
Plano De Desenvolvimento Social do Concelho de Póvoa de Varzim, Rede Social, 2006
Plano Estratégico do Concelho de Póvoa de Varzim, Quaternaire Portugal, 2001
Presidência Da República (1998); A Educação e o Futuro; Imprensa Nacional – Casa da Moeda; Lisboa
Queiroz, Maria Cidália e GROS, Marielle Christine (1996): “Das condições de exclusão às condições de solidariedade”, in Cadernos de Ciências Sociais, nº15/16
Quivy, R. E Campenhoudt, L. V. (1992); Manual de Investigação em Ciências Sociais – trajectos; Editora Gradiva; Lisboa
Rodrigues, F. E Stoer, S. R. (1993); Acção Local e Mudança Social em Portugal; Editora Fim de Século, Lisboa
CARTA EDUCATIVA
PELOURO DA EDUCAÇÃO
208
S/ Autor, “Portugal tem 48 por cento de analfabetismo funcional”, in Jornal Público, 9 de Julho de 2003
http://www.cm-pvarzim.pt
http://www.dren.min-edu.pt
http://www.eseq.pt
http://www.esrpeixoto.edu.pt
http://www.ine.pt
http://www.min-edu.pt
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Inquérito às Instituições Escolares do Concelho
Carta Educativa
PRÉ-ESCOLAR
Rede Pública, Solidária e Privada
CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DO JARDIM DE INFÂNCIA
1. Ano de entrada em funcionamento do J.I. :____________
2. Horário de funcionamento J.I.
Manhã Tarde das às das às
Componente Lectiva Almoço Componente
social Prolongamento Horário
3. População escolar e Listas de Espera no J.I.
Ano Lectivo 2000/2001 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos
- Ano 200o/2001
M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com Necessidades Educativas Especiais
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2001/2002 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos
- Ano 2001/2002
M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com Necessidades Educativas Especiais
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2002/2003 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos
- Ano 2002/2003
M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com Necessidades Educativas Especiais
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2003/2004 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos
- Ano 2003/2004
M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com Necessidades Educativas Especiais
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Ano Lectivo 2004/2005 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos
- Ano 2004/2005
M F M F M F M F Crianças a Frequentar o Jardim de Infância Crianças com necessidades Educativas especiais Lista de Espera
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
4- Fluxos
Alunos Oriundos de Outras Freguesias do Concelho
Alunos Oriundos de outros Concelhos
Nº de Alunos Oriundos da Freguesia
em que se Encontra o Jardim de Infância Nº Oriundos da Freguesia
de: Nº Oriundos do
Concelho de:
2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.
5- Crianças com Necessidades Educativas Especiais
5.1. Nº de Crianças com Necessidades Educativas Especiais (*)
Crianças com Necessidades Educativas Especiais no J. Infância da Cruz
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Crianças
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. (*) De acordo com os registos de ECAE
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
5.2. Docentes de Apoio à(s) crianças com Necessidades Educativas Especiais no J.I.
5.2.1. Nº de docentes de Apoio às crianças do J.I.
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Docentes de
Apoio
5.2.2. Outros Estabelecimentos de Ensino do Agrupamento onde o(s) Docente(s) de 5.2.1.
Também prestam Apoio ( apenas referente ao ano Lectivo 2004/2005).
Estabelecimentos de Ensino onde o(s) Docente(s) de 5.2.1. Também Prestam Apoio:
2004/2005
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
5.2.3. Nº de Horas Semanais de apoio à(s) Criança(s) com Necessidades Educativas
Especiais do J.I. da Cruz no ano Lectivo 2004/2005: _______________
6- Recursos Humanos
6.1. Educadores(as) em Funções
6.1.1. Natureza das Funções dos(as) Educadores(as) do J.I.
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Educadores em Funções Lectivas Efectivas
Nº de Educadores a Exercer outro
Tipo de Funções ⊛
⊛ - Educadores ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
6.1.2.Quadros a que Pertencem os(as) Educadores(as) do J.I.
Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P Contratados
Nº Educadores Docente(s) de Apoio à(s) criança(s) com Necessidades Educativas Especiais do J.I.
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
6.2. Outro Pessoal em funções no J.I.
6.2.1. Adstritos à Componente Lectiva
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Auxiliares de Acção Educativa
Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
6.2.2. Adstritos à Componente Social
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Assistentes de Acção Educativa
Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
7- Mobiliário Escolar e Material Didáctico do J.I. (assinale ⌧)
Sim Não Observações: - É suficiente? - É Adequado?
Mobiliário Escolar
- Está em bom estado?
- É suficiente? - É Adequado? - Está em bom estado?
Material Didáctico
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO JARDIM DE INFÂNCIA
1. Edifício
1.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)
- Autarquia - Outro Qual?
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
1.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)
- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado
1.3. Obras de Ampliação (assinale ⌧)
Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o ano.
- Sofreu obras de conservação? - Ano:__________
- Sofreu obras de Ampliação? - Ano:__________
1.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)
Estado de Conservação Obs.
Bom Médio Mau Pavimento
Pintura
Janelas
Telhado
2. Infra Estruturas
2.1. Electricidade
2.1.1. Estado de Conservação(assinale ⌧)
Bom Médio Mau Electricidade
2.1.2. Ligação(assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligada à rede Pública?
2.2. Esgotos
2.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Esgotos
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
2.2.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligados à rede Pública?
2.3. Água
2.3.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Água
2.3.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)
- Ligada à rede Pública?
2.4. Aquecimento
2.4.1. Sistema de Aquecimento Central
Sim Não -a) O J.I. Tem Aquecimento Central?
Obs.
Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a:
- Electricidade - Luz Solar
- Gasóleo - Gaz
- Outros
Obs.
2.5. W.C.s para Crianças
2.5.1. Número de W.C.s para Crianças:_________
2.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau W.C.s para Crianças
2.6. W.C.s para Adultos
2.6.1. Número de W.C.s para Adultos:_________
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
2.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau
W.C.s para Adultos
2.7. Sistema de Aquecimento de água
2.7.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )
- Cilindro - Esquentador a gáz
- Caldeira - Outros
Obs.
2.7.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de água
2.8. O Jardim de Infância possui… ( assinale ⌧ )
Sim Não Obs.
- Sistema de alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para deficientes motores? - Vigilante Nocturno?
2.9. Salas Existentes no J.I.
Número Capacidade (1) Área (m2)
- Sala(s) destinada(s) à componente Lectiva
- Sala(s) Polivalente(s)
- Outras
(1) Número Médio de crianças comportado por cada sala.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
3. Espaços Lúdicos
3.1. Espaços Lúdicos Interiores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Recreio Coberto - Pavilhão Polivalente (2) - Ginásio (3) - Pavilhão Desportivo (4)
(1) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (2) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (3) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (4) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição.
3.2. Espaços Lúdicos Exteriores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Recreio Descoberto - Campo de Jogos (2)
(1) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (2) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.
3.3. Parque Infantil
3.3.1. O J.I. possui parque infantil? (assinale ⌧ )
Sim Não
3.3.2. Características do Parque infantil (assinale ⌧ ) (Responder apenas em caso de resposta afirmativa a 3.3.1.)
Características do Parque Infantil:
Sim Não Obs.
- Tem caixa de areia? - Tem Baloiços? - Tem escorregão? - Outros?
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
4. Refeitório
4.1. O J.I. Possui refeitório?
Sim Não
4.2. Capacidade do Refeitório Nº
Nº de refeições que o refeitório do J. I. tem capacidade para servir em
simultâneo
4.3. Estado de Conservação do refeitório
Bom Médio Mau
Refeitório
5. Cozinha/Copa
5.1. Existência de Cozinha/copa
Sim Não Sim Não
- Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?
5.2. Estado de Conservação
Bom Médio Mau
- Cozinha - Copa
6. Serviço de Refeições
6.1. Nº Total de Refeições/dia Nº Nº Total de refeições confeccionadas na
cozinha do J. I.
Nº Total de refeições servidas no
refeitório do J. I.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Inquérito às Instituições Escolares do Concelho
Carta Educativa Primeiro Ciclo do Ensino Básico
Rede Pública, Solidária e Privada
CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DA EB1
1. Ano de Entrada em Funcionamento da EB1 :____________
2. Horários e Regime(s) de Funcionamento da EB1
Horário de Funcionamento Número de
Turmas Regime de Funcionamento
(Assinale ⌧) Manhã Tarde Por Regime das às das às
Regime Normal
Regime Duplo Manhã
Regime Duplo Tarde
3. População Escolar da EB1.
Ano Lectivo 2000/2001 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos
- Ano 200o/2001
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2001/2002 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos
- Ano 2001/2002
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2002/2003 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos
- Ano 2002/2003
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Ano Lectivo 2003/2004 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos
- Ano 2003/2004
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2004/2005 < 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos > 14 anos
- Ano 2004/2005
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
4. Turmas por Ano Curricular
Nº de Turmas da Escola EB1 2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
5- Fluxos
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho Alunos Oriundos de outros Concelhos
2000/2001 Nº de Alunos
Oriundos da área de influência da EB1 Nº Oriundos da Área de
Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho
Alunos Oriundos de outros Concelhos
2001/2002 Nº de Alunos
Oriundos da área de influência da EB1 Nº Oriundos da Área de
Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho
Alunos Oriundos de outros Concelhos
2002/2003 Nº de Alunos
Oriundos da área de influência da EB1 Nº
Oriundos da Área de Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho
Alunos Oriundos de outros Concelhos 2003/2004
Nº de Alunos Oriundos da área de influência da
EB1 Nº Oriundos da Área de
Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Alunos Oriundos das Áreas de Influência de outras EB1 do Concelho
alunos Oriundos de outros Concelhos
2004/2005 Nº de Alunos
Oriundos da área de influência da EB1 Nº Oriundos da Área de
Influência da EB1: Nº Oriundos do concelho de:
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
6- Alunos com Necessidades Educativas Especiais
6.1. Nº de Alunos com Necessidades Educativas Especiais (*)
Nº Alunos com Necessidades Educativas Especiais
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de alunos com N.E.E.s que
beneficiaram de Transporte Escolar
(2004/2005)
6.2. Docentes de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas Especiais na EB1
6.2.1. Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da EB1
Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da EB1
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
1º ano
2º ano 3º ano 4º ano
6.2.2. Outros Estabelecimentos de Ensino do Agrupamento onde o(s) Docente(s) de 6.2.1.
Também Prestam Apoio (apenas referente ao ano Lectivo 2004/2005).
Estabelecimentos de Ensino onde o(s) Docente(s) de 6.2.1. Também Prestam Apoio:
2004/2005
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
6.2.3. Nº de Horas Semanais de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas
Especiais da EB1 no ano Lectivo 2004/2005: _______________
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. (*) de acordo com os registos do ECAE
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
7- Transição, Retenção e Abandono Escolar na EB1
Nº de Alunos que transitaram
Nº de alunos que Transitaram
Nº de Casos de Abandono Escolar
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
M F M F M F M F M F M F M F M M F M F M F M F
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Notas: 1)Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o ano de
escolaridade seguinte. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de se estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo
e deixaram de frequentar a escola. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,
no respectivo nível de escolaridade.
8- Recursos Humanos
8.1. Docentes em Funções
8.1.1. Natureza das Funções dos Docentes da EB1
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Docentes em Funções Lectivas Efectivas
Nº de Docentes a Exercer outro Tipo
de Funções ⊛
⊛ - Docentes ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
8.1.2.Quadros a que Pertencem os Docentes da EB1
Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P Contratados
Nº de Docentes em Funções na EB1 Docente(s) de Apoio à(s) criança(s) com Necessidades Educativas Especiais da EB1
Notas: 1) Q.U.- quadro Único; Q.G.- Quadro Geral; Q.D.V.- Quadro Distrital de Vinculação; Q.Z.P.- Quadro de Zona Pedagógica, C.- contratados. 2) Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
8.2. Outro Pessoal em funções na EB1
8.2.1. Auxiliares de Acção Educativa
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Auxiliares de Acção Educativa
Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
8.2.2. Administrativos (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria)
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Administrativos
Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
8.2.3.Cozinheiro(a) e Auxiliares de Cozinha (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria)
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Cozinheiros(as) Nº de Aux. de Cozinha
Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
8.2.4. Tarefeiros(as) e Pessoal ao Abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Tarefeiros(as)
Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo
Ocupacional com a Câmara Municipal)
Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo
Ocupacional com o Agrupamento de Escolas)
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
9. Mobiliário Escolar e Material Didáctico da EB1. (assinale ⌧)
9.1. Mobiliário Escolar
Sim Não Obs
- É suficiente? - É Adequado?
Mobiliário Escolar
- Está em bom estado?
9.2. Material Didáctico
Sim Não Obs.
- É suficiente?
- É Adequado? - Está em bom estado? - Nº de Computadores Existentes na Escola:
Material Didáctico
- Quantos destes computadores estão à disposição dos alunos?
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA EB1
3. Edifício
3.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)
- Autarquia - Outro Qual?
3.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)
- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado
3.3. Obras de Ampliação e Conservação (assinale ⌧)
Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o ano.
- Sofreu obras de conservação? - Ano(s) :__________; __________; __________.
- Sofreu obras de Ampliação? - Ano(s) :__________; __________; __________.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
3.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)
Estado de Conservação Obs.
Bom Médio Mau
Pavimento
Pintura
Janelas
Telhado
4. Infra Estruturas
4.1. Electricidade
4.1.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Electricidade
4.1.2. Ligação(assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligada à rede Pública?
4.2. Esgotos
4.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Esgotos
4.2.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligados à rede Pública?
4.3. Água
4.3.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Água
4.3.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)
- Ligada à rede Pública?
2.4.Aquecimento
2.4.1. Sistema de Aquecimento Central (assinale ⌧)
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Sim Não
-a) A Escola Tem Aquecimento Central?
Obs.
Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a: - Electricidade - Luz Solar - Gasóleo - Gás - Outros
Obs.
2.5. W.C.s
2.5.1. Número de W.C.s:_________
2.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau W.C.s
2.6. Sistema de Aquecimento de Água
2.6.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )
- Cilindro - Esquentador a gás
- Caldeira - Outros
Obs.
2.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de Água
2.7. A EB1 possui… ( assinale ⌧ )
Sim Não Obs. - Sistema de Alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para Deficientes Motores? - Vigilante Nocturno?
2.8. Salas Existentes na EB1
Número Capacidade
(1) Área m2
- Salas de Aula
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
- Sala(s) Polivalente(s)
- Sala de Informática
- Biblioteca
- Auditório/Anfiteatro
- Outras
(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.
3. Espaços Lúdicos
3.1. Espaços Lúdicos Interiores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Recreio Coberto - Pavilhão Polivalente (2) - Ginásio (3) - Pavilhão Desportivo (4)
(5) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (6) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (7) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (8) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição.
3.2. Espaços Lúdicos Exteriores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Recreio Descoberto - Campo de Jogos (2)
(3) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (4) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.
3.3.Parque Infantil
3.3.1.A EB1 possui parque infantil? (assinale ⌧ )
Sim Não
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
3.3.2.Características do Parque infantil (assinale ⌧ )
(Responder apenas em caso de resposta afirmativa a 3.3.1.)
Características do Parque Infantil: Sim Não Obs. - Tem caixa de areia?
- Tem Baloiços? - Tem escorregão? - Outros?
4. Refeitório
4.1. A EB1 possui refeitório?
Sim Não
4.2. Capacidade do Refeitório Nº
Nº de refeições que o refeitório da EB1 tem capacidade para servir em simultâneo
4.3. Estado de Conservação do Refeitório
Bom Médio Mau Refeitório
5. Cozinha/Copa
5.1. Existência de Cozinha/Copa
Sim Não Sim Não - Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?
5.2. Estado de Conservação
Bom Médio Mau - Cozinha - Copa
6.Serviço de Refeições
6.1. Nº Total de Refeições/dia Nº
Nº Total de refeições confeccionadas na cozinha da EB1
Nº Total de refeições servidas no refeitório da
EB1
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Inquérito às Instituições Escolares do Concelho
Carta Educativa
2º e 3º Ciclos do Ensino Básico
Rede Pública e Privada
CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DA EB 2,3 .
1. Ano de entrada em funcionamento da EB 2,3 :____________
2. Horários e Regime(s) de de Funcionamento da EB 2,3
2.1. Regime de Funcionamento
Regime de Funcionamento (Assinale ⌧)
Regime Diurno
Regime Nocturno
2.2. Horário(s) de Funcionamento
Horário de Funcionamento Diurno Nocturno a)
das às das às a) Responder apenas caso este regime funcione na escola.
3. População Escolar na EB 2,3 3.1. Nº de Alunos por Ano Lectivo
Ano Lectivo 2000/2001 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos
- Ano 200o/2001
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2001/2002 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos
- Ano 2001/2002
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Ano Lectivo 2002/2003 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos
- Ano 2002/2003
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.
Ano Lectivo 2003/2004 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos
- Ano 2003/2004
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2004/2005 < 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos > 18 anos
- Ano 2004/2005
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
4. Turmas por Ano Curricular
Nº de Turmas da EB 2 e 3 2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
4.1. Funcionam Turmas do Ensino Recorrente na EB 2 e 3? (Assinale ⌧)
Sim Não
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
4.1.2 De que ciclos de ensino?
( assinale ⌧ ) - 1º Ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - 2º ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - 3º ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - Ensino Secundário Nº de turmas: ____________
4.2. Nº de Professores Afectos ao Ensino Recorrente: _____________ 4.3.População Escolar do Ensino Nocturno (Responder apenas caso este regime funcione na escola)
Nº de alunos do Ensino Nocturno na EB 2,3
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
M F M F M F M F M F
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
5. Fluxos
5.1. Alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da Área de Influência da EB2,3 Cego Maio
Nº de alunos do 2º ciclo Oriundos da Área de Influência da EB2,3
Póvoa de Varzim Total
5º ano 6º ano 5º ano 6º ano
2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005 Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
5.2. Alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da área de Influência de Outras EB2,3
Alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da Área
de Influência de Outras EB2,3 do Concelho Alunos Oriundos de outros concelhos:
ano Lectivo Nº Oriundos da Área de Influência da EB2,3 : Nº Oriundos do concelho
de:
2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
5.3. Alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da Área de Influência da EB2,3 Cego Maio
Nº de alunos do 3º ciclo Oriundos da Área de Influência da EB2,3
Póvoa de varzim Total
7º ano 8º ano 9º ano 7º ano
8º ano
9º ano
2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
5.4. Alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da área de Influência de Outras EB2,3
Alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico Oriundos da Área
de Influência de Outras EB2,3 do Concelho Alunos Oriundos de outros concelhos:
Ano Lectivo Nº Oriundos da Área de Influência da EB2,3 : Nº Oriundos do concelho
de:
2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
6. Transportes Escolares
6.1. Nº de Alunos do 2º CEB que usufruem de Transporte Escolar
5º ano 6º ano
M F M F
2000/2001
2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
6.2. Nº de Alunos do 3º CEB que usufruem de Transporte Escolar 7º ano 8º ano 8º ano
M F M F M F
2000/2001
2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
7- Alunos com Necessidades Educativas Especiais
7.1. Nº de Alunos do 2º CEB com Necessidades Educativas Especiais (*)
Nº Alunos do 2º CEB com
Necessidades Educativas Especiais
5º ano 6º ano
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
2004/2005 Nº de alunos do 2º CEB com N.E.E.s que beneficiaram de Transporte Escolar não colectivo (Viaturas da Câmara ou
outros) (*) De acordo com os registos do ECAE
7.2. Nº de Alunos do 3º CEB com Necessidades Educativas Especiais (*)
Nº Alunos do 3º CEB com Necessidades
Educativas Especiais
7º ano 8º ano 9º ano
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
2004/2005 Nº de alunos do 3º CEB com N.E.E.s que
beneficiaram de Transporte Escolar não colectivo (Viaturas da Câmara ou outros)
7.3. Docentes de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas Especiais na EB 2,3
7.3.1. Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da EB 2,3 Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da EB 2,3
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
5º ano
6º ano
7º ano
8º ano
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. (*) De acordo com os registos do ECAE
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
9º ano
7.3.2. Outros Estabelecimentos de Ensino do Agrupamento onde o(s) Docente(s) de 7.3.1.
Também prestam Apoio ( apenas referente ao ano Lectivo 2004/2005).
Estabelecimentos de Ensino onde o(s) Docente(s) de 7.3.1. também Prestam Apoio:
2004/2005
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
7.2.3. Nº de Horas Semanais de apoio aos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
da EB 2,3 no ano Lectivo 2004/2005: ______________
8- Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas na EB 2,3
8.1.Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas no 2º CEB
Nº de alunos que
transitaram
Nº de alunos que ficaram
retidos
Nº de Casos de Abandono
Escolar
Nº de casos de saída
antecipada 5º ano 6º ano 5º ano 6º ano 5º ano 6º ano 5º ano 6º ano
M F F M F M F F M F M F M F M
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Notas: 1) Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de
escolaridade seguinte. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,
no respectivo nível de escolaridade. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e
deixaram de frequentar a escola. 4) Saída antecipada - situação dos alunos que se encontram fora da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e deixaram de frequentar a escola.
8.2. Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas no 3º CEB Nº de alunos que
transitaram Nº de alunos que ficaram retidos
Nº de Casos de Abandono Escolar
Nº de casos de saída antecipada
7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Notas: 1) Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de
escolaridade seguinte. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,
no respectivo nível de escolaridade. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e
deixaram de frequentar a escola. 4) Saída antecipada - situação dos alunos que se encontram fora da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e deixaram de frequentar a escola.
9- Acção Social Escolar
9.1. Valor atribuído por Escalão Valor Atribuído por aluno
Escalão A 2º ciclo Escalão B Escalão A
Valor atribuído por escalão a
cada aluno 3º Ciclo Escalão B
9.2. Nº de alunos por Escalão
Nº de Alunos por Escalão
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Escalão A
Escalão B
Valor (Euros)
Escalão A
Escalão B
Valor (Euros)
Escalão A
Escalão B
Valor (Euros)
Escalão A
Escalão B
Valor (Euros)
Escalão A
Escalão B
Valor (Euros)
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
10- Recursos Humanos
10.1. Docentes em Funções 10.1.1. Natureza das Funções dos Docentes da EB 2,3
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
2º CEB Nº de Docentes em Funções
Lectivas Efectivas 3º CEB
2º CEB Nº de Docentes a Exercer outro
Tipo de Funções ⊛ 3º CEB
⊛ - Docentes ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10.1.2.Quadros a que Pertencem os Docentes da EB2,3
Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P C.
2º CEB Nº de Docentes em Funções na EB 2,3 3ºCEB 2º CEB Docente(s) de Apoio à(s) criança(s) com
Necessidades Educativas Especiais da EB 2,3 3ºCEB Notas: 1) Q.U.- quadro Único; Q.G.- Quadro Geral; Q.D.V.- Quadro Distrital de Vinculação; Q.Z.P.- Quadro de Zona Pedagógica, C.- contratados. 2) Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
10.2. Outro Pessoal em funções na EB 2,3
10.2.1. Auxiliares de Acção Educativa
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Auxiliares de Acção Educativa
Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10.2.2. Administrativos (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria)
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Administrativos
Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10.2.3. Cozinheiros(as) e Auxiliares de Cozinha
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Cozinheiros(as) Nº de Aux. de Cozinha
Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10.2.4. Tarefeiros(as) e Pessoal ao Abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Tarefeiros(as)
Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo
Ocupacional com o Agrupamento de Escolas)
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
11- Mobiliário Escolar e Material Didáctico da EB 2e3 (assinale ⌧)
11.1. Mobiliário Escolar
Sim Não Obs
- É suficiente? - É Adequado?
Mobiliário Escolar
- Está em bom estado?
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
11.2. Material Didáctico
- É suficiente? Obs.
- É Adequado? - Está em bom estado? - Nº de Computadores Existentes na Escola:
Material Didáctico
-Quantos destes estão à disposição dos alunos?
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA EB 2,3
5. Edifício
5.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)
- Autarquia - Outro Qual?
5.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)
- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado
5.3. Obras de Ampliação (assinale ⌧)
Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o ano.
- Sofreu obras de conservação? - Ano:__________
- Sofreu obras de Ampliação? - Ano:__________
5.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)
Estado de Conservação Obs.
Bom Médio Mau
Pavimento
Pintura
Janelas
Telhado
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
6. Infra Estruturas
6.1. Electricidade
6.1.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Electricidade
6.1.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligada à rede Pública?
6.2. Esgotos
6.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Esgotos
6.2.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligados à rede Pública?
6.3. Água
6.3.1. Estado de Conservação(assinale ⌧)
Bom Médio Mau Água
6.3.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)
- Ligada à rede Pública?
6.4. Aquecimento
6.4.1. Sistema de Aquecimento Central (assinale ⌧)
Sim Não
-a) A Escola Tem Aquecimento Central?
Obs.
Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a: - Electricidade - Luz Solar - Gasóleo - Gaz - Outros
Obs.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
6.5. W.C.s
6.5.1. Número de W.C.s :_________
6.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau W.C.s
6.6. Sistema de Aquecimento de Água
6.6.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )
- Cilindro - Esquentador a gáz
- Caldeira - Outros
Obs.
6.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de água
6.7. A EB 2,3 possui… ( assinale ⌧ )
Sim Não Obs. - Sistema de alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para deficientes motores? - Vigilante Nocturno?
6.8. Salas Existentes na EB 2,3
Número Capacidade
(1) Área m2
- Salas de Aula normais
- Salas de aulas Específicas
- Sala(s) Polivalente(s)
- Sala de Informática
- Biblioteca
- Auditório/Anfiteatro
- Outras (1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
6.8.1. Salas Específicas (assinale ⌧ )
Número Capacidade (1) Área m2 - Laboratório de Química
- Laboratório de Física
- Sala de Madeiras
- Sala de Informática
Sala de Mecânica
Sala de Electrotecnia
(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.
Nomear outras Salas Específicas: Número Capacidade (1) Área m2 - _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.
7. Espaços Lúdicos
7.1. Espaços Lúdicos Interiores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Recreio Coberto - Pavilhão Polivalente (2) - Ginásio (3) - Pavilhão Desportivo (4)
(9) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (10) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (11) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (12) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
7.2. Espaços Lúdicos Exteriores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Recreio Descoberto - Campo de Jogos (2)
(5) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (6) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.
8. Refeitório
8.1. A EB 2,3 possui refeitório?
Sim Não
8.2. Capacidade do Refeitório Nº
Nº de refeições que o refeitório da EB1 tem capacidade para servir em simultâneo
8.3. Estado de Conservação do refeitório
Bom Médio Mau Refeitório
9. Cozinha/Copa
9.1. Existência de Cozinha/copa
Sim Não Sim Não - Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?
9.2. Estado de Conservação
Bom Médio Mau - Cozinha - Copa
10. Serviço de Refeições
10.1. Nº Total de Refeições/dia Nº
Nº Total de refeições confeccionadas na cozinha
Nº Total de refeições servidas no refeitório
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Inquérito às Instituições Escolares do Concelho
Carta Educativa
Ensino Secundário
Rede Pública
CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DA ESCOLA SECUNDÁRIA
1. Ano de Entrada em Funcionamento da Escola Secundária :____________
2. Horários e Regime(s) de Funcionamento da Escola Secundária
2.1. Regime de Funcionamento
Regime de Funcionamento (Assinale ⌧)
Regime Diurno
Regime Nocturno
2.2. Horário(s) de Funcionamento
Horário de Funcionamento Diurno Nocturno a)
das às das às a) Responder apenas caso este regime funcione na escola.
3. População Escolar na Escola Secundária
3.1. Nº de Alunos por Ano Lectivo
Ano Lectivo 2000/2001 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos
- Ano 200o/2001
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2001/2002 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos
- Ano 2001/2002
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Ano Lectivo 2002/2003 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos
- Ano 2002/2003
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa.
Ano Lectivo 2003/2004 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos
- Ano 2003/2004
M F M F M M F F M F M F M F M F M F M F
7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2004/2005 < 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos > 22 anos
- Ano 2004/2005
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
7º ano 8º ano 9ºano 10º ano 11º ano 12º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
3.2.População Escolar do Ensino Nocturno (Responder apenas caso este regime funcione na escola)
Nº de alunos do Ensino Nocturno na EB 2,3 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
M F M F M F M F M F
7º ano
8º ano
9º ano
10º ano
11º ano
12º ano
Nota 1: M- masculino; F- feminino. Nota 2: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
3.3. Funcionam Turmas do Ensino Recorrente na Escola Secundária? (Assinale ⌧)
Sim Não
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
3.3.1. De que ciclos de ensino?
( assinale ⌧ ) - 1º Ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - 2º ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - 3º ciclo do Ensino Básico Nº de turmas: ____________ - Ensino Secundário Nº de turmas: ____________
3.3.2. Nº de Professores Afectos ao Ensino Recorrente: _____________
4. Transportes Escolares
4.1. Nº de Alunos do 3º Ciclo que Usufruem de Transporte Escolar
7º ano 8º ano 9º ano
M F M F M F
2000/2001
2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
4.2. Nº de Alunos do Ensino Secundário que Usufruem de Transporte Escolar
10º ano 11º ano 12º ano
M F M F M F
2000/2001
2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
5. Turmas por Ano Curricular
Nº de Turmas da Escola Secundária 2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005
7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
5. Fluxos
5.1. Alunos do 3º ciclo do ensino Básico da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos do Concelho da Póvoa de Varzim
Alunos do 3º CEB da Escola Secundária Eça de Queirós oriundos do concelho da Póvoa de Varzim
Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Freguesia de Proveniência 7º 8º 9 7º 8º 9 7º 8º 9º 7º 8º 9º 7º 8º 9º
Póvoa de Varzim Argivai Beiriz Terroso Amorim Aver-o-Mar Aguçadoura Estela Navais Rates Balasar Laundos
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
5.2. Alunos do 3º ciclo do ensino básico da Escola Secundária Eça de Queirós oriundos de outros concelhos
Alunos do 3º CEB da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos de Outros Concelhos
Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos
Concelhos de Proveniência 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
(Indicar quais) 7º 8º 9 7º 8º 9 7º 8º 9º 7º 8º 9º 7º 8º 9º
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
5.3. Alunos do Ensino Secundário da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos do Concelho da Póvoa de Varzim
Alunos do Ensino Secundário da Escola Secundária Eça de Queirós oriundos do concelho da Póvoa de Varzim
Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Freguesia de Proveniência 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º
Póvoa de Varzim
Argivai
Beiriz
Terroso
Amorim
Aver-o-Mar
Aguçadoura
Estela
Navais
Rates
Balasar
Laundos
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
5.4. Alunos do Ensino Secundário da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos de Outros Concelhos
Alunos do Ensino Secundário da Escola Secundária Eça de Queirós Oriundos de Outros Concelhos
Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos
Concelhos de Proveniência 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
(Indicar quais) 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º 10º 11º 12º
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
6- Alunos com Necessidades Educativas Especiais
6.1. Nº de Alunos do 3º CEB com Necessidades Educativas Especiais(*)
Nº Alunos do 3º CEB com Necessidades Educativas
Especiais
7º ano 8º ano 9º ano
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
2004/2005 Nº de alunos do 3º CEB com N.E.E.s que beneficiaram de Transporte Escolar não colectivo (Viaturas da Câmara ou
outros)
(*) de acordo com os registos do ECAE
6.2. Nº de Alunos do Ensino Secundário com Necessidades Educativas Especiais
Nº Alunos do 3º ciclo com Necessidades Educativas
Especiais
7º ano 8º ano 9º ano
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
2004/2005 Nº de alunos do Ensino Secundário com N.E.E.s que
beneficiaram de Transporte Escolar não colectivo (Viaturas da Câmara ou outros)
6.3. Docentes de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas Especiais na Escola Secundária
6.3.1. Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da Escola Secundária
Nº de Docentes de Apoio aos Alunos da Escola Secundária
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
7º ano
8º ano
9º ano
10º ano
11º ano
12º ano
6.3.2. Nº de Horas Semanais de Apoio aos Alunos com Necessidades Educativas
Especiais da EB 2,3 no ano Lectivo 2004/2005: ______________
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
7- Distribuição dos Alunos do Ensino Secundário pelas Diferentes Ofertas Educativas
da Escola
7.1. Nº de Alunos a Frequentar os Cursos Gerais ou Científico Humanísticos
Nº de Alunos a frequentar os cursos Gerais na Escola
Ano Lectivo 2004/2005
Regime
Cursos Gerais ou Científico Humanísticos 2000 /2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004
10º ano 11º ano 12º ano Diurno Nocturno
Ciências e Tecnologia Ciências Socio-Económicas
Ciências Sociais e Humanas Línguas e Literaturas
Artes Visuais Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
7.2. Nº de Alunos a Frequentar os Cursos Tecnológicos Nº de Alunos a frequentar os Cursos Tecnológicos na Escola
Ano Lectivo 2004/2005
Regime 2000 /2001 2001/2002 2002/2003 2003/200410º ano 11º ano 12º ano
Diurno Nocturno
Cursos Tecnológicos:
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
Construção Civil e Edificações Electrotecnia /Electrónica
Informática Design e Equipamento
Multimédia
Administração
Marketing
Ordenamento do Território e Ambiente
Acção Social
Desporto
Técnico de Mecânica/ Manutenção Industrial
na Área da Química
Informática
Administração
Marketing
Acção Social
OUTROS:
Nota: (1) Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. .(2) A.P.V.- Alunos do concelho da Póvoa de Varzim; A.O.C. - Alunos de outros concelhos.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
8- Classificação dos Exames Nacionais do 12º ano
Ano Fase Nº de Alunos Média 1ª fase 200o/2001 2ª Fase 1ª fase 2001/2002 2ª Fase 1ª fase 2002/2003 2ª Fase 1ª fase 2003/2004 2ª Fase 1ª fase 2004/2005 2ª Fase
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
9- Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas e Saídas Precoces na Escola Secundária
9.1.Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Antecipadas no 3º CEB
Nº de alunos que transitaram
Nº de alunos que ficaram retidos
Nº de Casos de Abandono Escolar
Nº de casos de saída antecipada
7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano 7º ano 8º ano 9º ano
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Notas: 1) Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de
escolaridade seguinte. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,
no respectivo nível de escolaridade. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e
deixaram de frequentar a escola. 4) Saída antecipada - situação dos alunos que se encontram fora da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e deixaram de frequentar a escola.
9.2. Transição, Retenção, Abandono Escolar e Saídas Precoces no Ensino Secundário
Nº de alunos que transitaram
Nº de alunos que ficaram retidos
Nº de Casos de Abandono Escolar
Nº de casos de Saída Precoce
10º ano 11º ano 12º ano 10º ano 11º ano 12º ano 10º ano 11º ano 12º ano 10º ano 11º ano 12º ano
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Notas: 1) Transição - situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de
escolaridade seguinte. 3) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,
no respectivo nível de escolaridade. 2) Abandono escolar - situação dos alunos que apesar de estarem dentro da escolaridade obrigatória, não concluíram o 3º ciclo e
deixaram de frequentar a escola. 4) Saída Precoce - situação dos alunos do ensino secundário que não concluíram o ensino secundário e deixaram de frequentar a escola.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
10- Recursos Humanos
10.1. Docentes em Funções
10.1.1. Natureza das Funções dos Docentes da Escola Secundária
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Docentes em Funções Lectivas Efectivas
Nº de Docentes a Exercer outro Tipo de
Funções ⊛
⊛ - Docentes ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10.1.2.Quadros a que Pertencem os Docentes da Escola Secundária
Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P C.
Nº de Docentes em Funções na Escola Docente(s) de Apoio à(s) criança(s) com
Necessidades Educativas Especiais da Escola Nº de Professores do Ensino Recorrente
Notas: 1) Q.U.- quadro Único; Q.G.- Quadro Geral; Q.D.V.- Quadro Distrital de Vinculação; Q.Z.P.- Quadro de Zona Pedagógica, C.- contratados. 2) Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10.2. Outro Pessoal em Funções na Escola Secundária
10.2.1. Auxiliares de Acção Educativa
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Auxiliares de Acção Educativa Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10.2.2. Administrativos (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria)
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Administrativos Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10.2.3.Cozinheiro(a) e Auxiliares de Cozinha
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Cozinheiros(as) Nº de Aux. de Cozinha
Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
10.2.4.Vigilante
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C. Q.E. Q.A. C.
Nº de Vigilantes Nota: Q.E.- Quadro de escola; Q.A.- Quadro da Autarquia; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10.2.5. Tarefeiros(as) e Pessoal ao Abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Tarefeiros(as) Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo
Ocupacional com a Escola)
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
11- Acção Social Escolar
11.1. Valor atribuído por Escalão no 3º CEB
Valor Atribuído por aluno
Escalão A Valor atribuído por escalão a
cada aluno 3º Ciclo
Escalão B
11.2. Nº de alunos por Escalão no 3º CEB
Nº de Alunos por Escalão
7º ano 8º ano 9º ano
Escalão A Escalão B Valor (Euros) Escalão A Escalão B Valor
(Euros) Escalão A Escalão B Valor (Euros)
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
12- Mobiliário Escolar e Material Didáctico da Escola Secundária (assinale ⌧)
12.1. Mobiliário Escolar
Sim Não Obs
- É suficiente? - É Adequado?
Mobiliário Escolar
- Está em bom estado?
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
12.2. Material Didáctico (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- É suficiente?
- É Adequado? - Está em bom estado? - Nº de Computadores Existentes na Escola:
Material Didáctico
- Quantos destes computadores estão à disposição dos alunos?
13. Existe Gabinete de Psicologia e Orientação Profissional na Escola? (assinale ⌧)
Sim Não
14. Existe Equipa de Saúde Escolar? (assinale ⌧)
Sim Não
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA SECUNDÁRIA
11. Edifício
11.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)
- Autarquia - Outro Qual?
11.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)
- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado
11.3. Obras de Ampliação e Conservação (assinale ⌧)
Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o(s) ano(s).
- Sofreu obras de conservação? - Ano(s):__________; __________; __________.
- Sofreu obras de Ampliação? - Ano(s):__________; __________; __________.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
11.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)
Estado de Conservação Obs.
Bom Médio Mau
Pavimento
Pintura
Janelas
Telhado
12. Infra Estruturas
12.1. Electricidade
12.1.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Electricidade
12.1.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligada à rede Pública?
12.2. Esgotos
12.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Esgotos
12.2.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligados à rede Pública?
12.3. Água
12.3.1. Estado de Conservação(assinale ⌧)
Bom Médio Mau Água
12.3.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)
- Ligada à rede Pública?
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
12.4. Aquecimento
12.4.1. Sistema de Aquecimento Central (assinale ⌧)
Sim Não
-a) A Escola Tem Aquecimento Central?
Obs.
Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a: - Electricidade - Luz Solar - Gasóleo - Gás - Outros
Obs.
12.5. W.C.s
12.5.1. Número de W.C.s :_________
12.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau W.C.s
12.6. Sistema de Aquecimento de Água
12.6.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )
- Cilindro - Outros
- Caldeira - Esquentador a gás
Obs.
12.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de água
12.7. A Escola possui…? (assinale ⌧ )
Sim Não Obs. - Sistema de alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para deficientes motores? - Vigilante Nocturno?
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
12.8. Salas Existentes na Escola (assinale ⌧ )
Número Capacidade (1) Área m2
- Salas de Aula normais
- Salas de aula Específicas
- Sala(s) Polivalente(s)
- Sala de Informática
- Biblioteca
- Auditório/Anfiteatro
- Outras (1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.
12.8.1. Salas Específicas (assinale ⌧ )
Número Capacidade (1) Área m2 - Laboratório de Química
- Laboratório de Física
- Sala de Madeiras
- Sala de Informática
Sala de Mecânica
Sala de Electrotecnia
(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.
Nomear outras Salas Específicas: Número Capacidade (1) Área m2 - _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
(1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
13. Espaços Lúdicos
13.1. Espaços Lúdicos Interiores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Recreio Coberto - Pavilhão Polivalente (2) - Ginásio (3) - Pavilhão Desportivo (4)
(13) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (14) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (15) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (16) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição.
13.2. Espaços Lúdicos Exteriores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Recreio Descoberto - Campo de Jogos (2)
(7) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (8) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.
14. Refeitório
14.1. A escola secundária possui refeitório?
Sim Não
14.2. Capacidade do Refeitório Nº Nº de refeições que o refeitório da escola tem
capacidade para servir em simultâneo
14.3. Estado de Conservação do refeitório
Bom Médio Mau Refeitório
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
15. Cozinha/Copa
15.1. Existência de Cozinha/copa
Sim Não Sim Não - Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?
15.2. Estado de Conservação
Bom Médio Mau - Cozinha - Copa
16. Serviço de Refeições
16.1. Nº Total de Refeições/dia Nº
Nº Total de refeições confeccionadas na cozinha da escola
Nº Total de refeições servidas no refeitório da
escola
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Inquérito às Instituições Escolares do Concelho
Carta Educativa
Ensino Superior
Rede Pública
CARACTERIZAÇÃO FUNCIONAL DA ESCOLA SUPERIOR
1. Ano de Entrada em Funcionamento da Escola Superior :____________
2. Horários e Regime(s) de Funcionamento da Escola Superior
2.1. Regime de Funcionamento
Regime de Funcionamento (Assinale ⌧)
Regime Diurno
Regime Nocturno
2.2. Horário(s) de Funcionamento
Horário de Funcionamento Diurno Nocturno a)
das às das às a) Responder apenas caso este regime funcione na escola.
3. População Escolar na Escola Superior
3.1. Nº de Alunos por Ano Lectivo e Curso
Ano Lectivo 2000/2001 - Ano 200o/2001 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção
Ramo de Auditoria
Contabilidade e
Administração
Ramo de Administração de Empresas
Tecnologias da Comunicação Audiovisual
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2001/2002 - Ano 2001/2002 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção
Ramo de Auditoria
Contabilidade e
Administração
Ramo de Administração de Empresas
Tecnologias da Comunicação Audiovisual
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Ano Lectivo 2002/2003 - Ano 2002/2003 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção
Ramo de Auditoria
Contabilidade e
Administração
Ramo de Administração de Empresas
Tecnologias da Comunicação Audiovisual
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2003/2004 - Ano 2003/2004 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção
Ramo de Auditoria
Contabilidade e
Administração
Ramo de Administração de Empresas
Tecnologias da Comunicação Audiovisual
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
Ano Lectivo 2004/2005 - Ano 2004/2005 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação Design Gráfico e de Publicidade Recursos Humanos Engenharia Mecânica Engenharia de Produção
Ramo de Auditoria
Contabilidade e
Administração
Ramo de Administração de Empresas
Tecnologias da Comunicação Audiovisual
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano lectivo em causa
4. Turmas por Ano Curricular
Nº de Turmas da Escola Superior 2000/2001
2001/2002
2002/2003
2003/2004
2004/2005
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
5. Fluxos
5.1. Alunos da Escola Superior Oriundos do Concelho da Póvoa de Varzim
Alunos da Escola Superior oriundos do concelho da Póvoa de Varzim
Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Freguesia de Proveniência 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º
Póvoa de Varzim Argivai Beiriz Terroso Amorim Aver-o-Mar Aguçadoura Estela Navais Rates Balasar Laundos
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
5.2. Alunos da Escola Superior Oriundos de outros Concelhos da Póvoa de Varzim
Alunos da Escola Superior oriundos de outros concelhos da Póvoa de Varzim
Nº de alunos por cada um dos anos Lectivos
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Concelhos de Proveniência (Indicar quais)
1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º 1º 2º 3º 4º 5º
Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
6- Alunos com Deficiência
6.1. Nº de Alunos do Ensino Superior com Deficiência
Nº Alunos do Ensino Superior com deficiência
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004
2004/2005
7- Distribuição dos Alunos do Ensino Superior pelas Diferentes Ofertas Educativas da
Escola
7.1. Nº de Alunos a Frequentar os diferentes Cursos Superiores
Nº de Alunos a frequentar os diferentes Cursos Superiores na Escola
Ano Lectivo 2004/2005
Regime 2000 /2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004
Diurno Nocturno
Cursos Superiores:
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
A. P.V.
A. O.C.
Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação
Design Gráfico e de publicidade
Recursos Humanos Engenharia Mecânica
Engenharia de Produção
Ramo de Auditoria
Contabilidade e
Administração
Ramo de Administração de
Empresas
Nota: (1) Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa. (2) A.P.V.- Alunos do concelho da Póvoa de Varzim; A.O.C. - Alunos de outros concelhos.
8- Transição, Retenção e Abandono no Ensino Superior
8.1.Transição, Retenção e Abandono
Nº de alunos que transitaram
Nº de alunos que ficaram retidos
Nº de Casos de Abandonaram
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Notas: 1) Transição – situação dos alunos que passam, por razões de sucesso escolar ou outras previstas na lei, para o nível de
escolaridade seguinte. 2) Retenção – situação dos alunos que permanecem, por razões de insucesso ou tentativa voluntária de melhoria de qualificações,
no respectivo nível de escolaridade. 3) Abandono – situação dos alunos que deixaram de frequentar o ensino superior, por razões variadas.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
9- Recursos Humanos
9.1. Docentes em Funções
9.1.1. Natureza das Funções dos Docentes da Escola Superior
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Docentes em Funções Lectivas Efectivas
Nº de Docentes a Exercer outro Tipo de
Funções ⊛
⊛ - Docentes ao abrigo de portarias, adstritos ao Conselho Executivo ou a determinados projectos, Etc.. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
9.1.2.Quadros a que Pertencem os Docentes da Escola Superior
Quadros a que pertencem Q.U. Q.G. Q.D.V. Q.N.D. Q.Z.P C.
Nº de Docentes em Funções na Escola Notas: 1) Q.U.- quadro Único; Q.G.- Quadro Geral; Q.D.V.- Quadro Distrital de Vinculação; Q.Z.P.- Quadro de Zona Pedagógica, C.- contratados. 2) Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
9.2. Outro Pessoal em Funções na Escola Superior
9.2.1. Auxiliares de Acção Educativa
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C.
Nº de Auxiliares de Acção Educativa Nota: Q.E.- Quadro de escola; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se- ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
9.2.2. Administrativos (Preencher apenas se existirem funcionários desta categoria) 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C.
Nº de Administrativos Nota: Q.E.- Quadro de escola; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
9.2.3.Cozinheiro(a) e Auxiliares de Cozinha
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C.
Nº de cozinheiros Nº de auxiliares de cozinha
Nota: Q.E.- Quadro de escola; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
9.2.4.Vigilante 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C. Q.E. C.
Nº de vigilantes Nota: Q.E.- Quadro de escola; C- Contratados. Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
9.2.5. Tarefeiros(as) e Pessoal ao Abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Nº de Tarefeiros(as) Nº de trab. Ao abrigo da Portaria 192/96 de 30 de Maio (Acordo
Ocupacional com a Escola)
Nota: Os dados dever-se-ão reportar ao mês de Outubro do ano Lectivo em causa.
10- Acção Social Escolar
10.1. Valor atribuído por Bolsa de Estudo (*)
Valor Atribuído por aluno
1º Escalão
2º Escalão
3º Escalão
4º Escalão
Valor atribuído por bolsa de
estudo a cada aluno
5º Escalão
(*) Se existir outro tipo de denominação em relação aos escalões é favor referir.
10.2. Nº de alunos por escalão
Nº de Alunos por Escalão
1º Escalão 2º Escalão 3º Escalão 4º Escalão 5º Escalão
2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
11- Mobiliário Escolar e Material Didáctico da Escola Superior (assinale ⌧)
11.1. Mobiliário Escolar
Sim Não Obs
- É suficiente? - É Adequado?
Mobiliário Escolar
- Está em bom estado?
11.2. Material Didáctico (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- É suficiente?
- É Adequado? - Está em bom estado? - Nº de Computadores Existentes na Escola:
Material Didáctico
- Quantos destes computadores estão à disposição dos alunos?
12. Existe Gabinete de Psicologia e Orientação Profissional na Escola? (assinale ⌧)
Sim Não
13. Existe Equipa de Saúde Escolar? (assinale ⌧)
Sim Não
13. Existem outras Equipas ou Gabinetes a funcionar na Escola ? (assinale ⌧)
Sim Não
Em caso de resposta afirmativa, indicar quais:
_____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA SUPERIOR
17. Edifício
17.1. Propriedade do edifício (assinale ⌧)
- Estado - Outro Qual?
17.2. Tipo de Construção (assinale ⌧)
- Construção tradicional em granito - Construção em betão armado - Pré-fabricado
17.3. Obras de Ampliação e Conservação (assinale ⌧)
Sim Não Em caso de resposta afirmativa, indicar o(s) ano(s).
- Sofreu obras de conservação? - Ano(s):__________; __________; __________.
- Sofreu obras de Ampliação? - Ano(s):__________; __________; __________.
17.4. Estado de Conservação do Edifício (assinale ⌧)
Estado de Conservação Obs.
Bom Médio Mau
Pavimento
Pintura
Janelas
Telhado
18. Infra Estruturas
18.1. Electricidade
18.1.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Electricidade
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
18.1.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligada à rede Pública?
18.2. Esgotos
18.2.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Esgotos
18.2.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs.
- Ligados à rede Pública?
18.3. Água
18.3.1. Estado de Conservação (assinale ⌧)
Bom Médio Mau Água
18.3.2. Ligação (assinale ⌧)
Sim Não Obs. ( poço, furo artesiano,etc.)
- Ligada à rede Pública?
18.4. Aquecimento
18.4.1. Sistema de Aquecimento Central (assinale ⌧)
Sim Não
-a) A Escola Tem Aquecimento Central?
Obs.
Nota : Responda a b) apenas se tiver respondido afirmativamente a a). -b) Funciona a: - Electricidade - Luz Solar - Gasóleo - Gás - Outros
Obs.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
18.5. W.C.s
18.5.1. Número de W.C.s :_________
18.5.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau W.C.s
18.6. Sistema de Aquecimento de Água
18.6.1. Tipo de Equipamento (assinale ⌧ )
- Cilindro - Outros
- Caldeira - Esquentador a gás
Obs.
18.6.2. Estado de Conservação (assinale ⌧ )
Bom Médio Mau Sistema de Aquecimento de água
18.7. A Escola possui…? (assinale ⌧ )
Sim Não Obs. - Sistema de alarme? - Saídas de Emergência? - Plan0s de Evacuação? - Acessos para deficientes motores? - Vigilante Nocturno?
18.8. Salas Existentes na Escola (assinale ⌧ )
Número Capacidade (1) Área m2
- Salas de Aula normais
- Salas de aula Específicas
- Sala(s) Polivalente(s)
- Sala de Informática
- Biblioteca
- Auditório/Anfiteatro
- Outras (1) Número Médio de alunos comportado por cada sala.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
Nomear outras Salas Específicas: Número Capacidade (1) Área m2 - _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
- _________________________________
(2) Número Médio de alunos comportado por cada sala.
19. Espaços Lúdicos
19.1. Espaços Interiores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Espaço de Convívio (2) - Pavilhão Polivalente (3) - Ginásio (4) - Pavilhão Desportivo (5)
(17) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (18) Espaço amplo onde os alunos se podem encontrar. (19) Estrutura coberta e devidamente equipada para a prática de actividades desportivas, recreativas, lúdicas e culturais. (20) Espaço coberto e devidamente equipado para prática de actividades gimno-desportivas. (21) Estrutura coberta concebido e devidamente equipada para a prática de actividades lúdico-desportivas e de competição. (22)
19.2. Espaços Exteriores
Piso (1)
Estado de Conservação
Sim Não Área (m2)
Tipo de Piso (1) Bom Médio Mau
- Espaço Exterior - Campo de Jogos (2)
(9) Cimento, terra batida, gravilha, tijoleira, asfalto, etc. (10) Espaço ao ar livre concebido e devidamente equipado para a prática de actividades lúdico-desportivas.
Câmara Municipal Praça do Almada 4490-438 Póvoa de Varzim Portugal (PT)
T: (+351) 252 090 000 F: (+351) 252 090 010 E: [email protected] I: www.cm-pvarzim.pt
20. Refeitório
20.1. A escola superior possui refeitório?
Sim Não
20.2. Capacidade do Refeitório Nº Nº de refeições que o refeitório da escola tem
capacidade para servir em simultâneo
20.3. Estado de Conservação do refeitório
Bom Médio Mau Refeitório
21. Cozinha/Copa/Bar
21.1. Existência de Cozinha/copa/Bar
Sim Não Sim Não - Tem cozinha? - Está em funcionamento? - Tem copa?
- Tem bar?
21.2. Estado de Conservação
Bom Médio Mau - Cozinha - Copa
- Bar?
22. Serviço de Refeições
22.1. Nº Total de Refeições/dia Nº
Nº Total de refeições confeccionadas na cozinha da escola
Nº Total de refeições servidas no refeitório da
escola