fichas de leitura do 1º período (12º ano)

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Page 1: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

Page 2: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Índice

Ana Carolina Pereira – No teu deserto .............................................................................. 2

Ana Raquel Santos – Nas tuas mãos ................................................................................. 4

Carlota Boavista – No teu deserto ...................................................................................... 6

Francisco Martinho – Para Sempre .................................................................................... 8

Frederico Riachos – Bica Escaldada ................................................................................. 12

Joana Lourenço – O diário de um mago ........................................................................... 14

Joana Priscila – Para Sempre .......................................................................................... 16

João Afonso Martinho – No teu deserto ............................................................................ 18

Lourenço Cardoso – A mão e a luva ................................................................................. 21

Maria Beatriz – O horizonte .............................................................................................. 24

Maria do Rosário Nunes – Vento Suão ............................................................................. 27

Maria José Santos – Estórias Abensonhadas .................................................................. 30

Mariana Afonso Nunes – Minha Querida Inês .................................................................. 34

Mariana Mota Nunes – Vento Suão .................................................................................. 39

Mariana Guia – No teu deserto .......................................................................................... 41

Rita Lopes – Quantas madrugadas tem a noite ................................................................. 43

Rodrigo Cordeiro – O diário de um mago ......................................................................... 47

Sofia Nunes – Estórias Abensonhadas.............................................................................. 49

Page 3: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Ficha de Leitura - Ana Carolina Pereira (n.º1)

Ficha técnica do livro

Autor: Miguel de Sousa Tavares

Título: No teu deserto

Editora: Oficina do livro

Local de edição: Alfragide (Lisboa)

Ano Edição: 2009

Relatório de leitura

Período de leitura

20 de Outubro a 20 de Novembro

Apresentação geral do livro

A obra "No teu Deserto" fala-nos de uma homenagem a uma pessoa conhecida e ao

deserto. É um livro que de certa forma transmite uma certa nostalgia em relação a essa

pessoa que acabará por falecer, e ao deserto, com quem o autor nunca perdera o

contacto. Neste “quase romance”, acompanha-se a descrição de uma viagem feita em

Novembro de 1987, por Miguel de Sousa Tavares ao deserto do Sahara num jipe,

juntamente com uma jovem (Cláudia) que tivera conhecido alguns dias antes da partida.

Assiste-se a evolução da relação de dois desconhecidos, unidos pelo desejo de conhecer

o deserto, e de como se adaptam um ou outro quando envolvidos num mundo quase

desconhecido para ambos. Esta obra é quase como um telegrama enviado à tal “Cláudia”,

uma carta de despedida, uma homenagem, um agradecimento, pois também é escrita

vinte anos depois da viagem em que o autor recupera as lembranças e os detalhes

daqueles dias passados no Norte de África, com uma jovem mulher.

Page 4: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

3

Este "romance" relata passo a passo como o autor se sente em relação as vivências e

às situações que lhe vão surgindo enquanto dura a sua viagem no deserto…

No fim do livro Miguel Sousa Tavares refere que “Cláudia” tinha falecido e que

infelizmente este a deixara escapar.

Relação título-livro: A relação entre o título e o livro é que o deserto de que Miguel

Sousa Tavares se refere, é o deserto onde Miguel e Cláudia passaram bons momentos,

momentos românticos que nunca antes tinham vivido, daí o título do livro No teu deserto.

Transcrição de ideias/frases relevantes: Éramos donos do que víamos: até onde o

olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar.»

Ele ensinou-lhe que o mais bonito e o mais difícil entre duas pessoas é o silêncio,

pois acreditava que as palavras por vezes não são necessárias para se estar em sintonia:

«Escrever é usar as palavras que se guardam: se tu falares de mais, já não escreves,

porque não te resta nada para dizer”.

“É por isso que não gosto de olhar para fotografias antigas: se alguma coisa elas

refletem, não é a felicidade, mas sim a traição - quando mais não seja, a traição do

tempo, a traição daquele mesmo instante em que ali ficamos aprisionados no tempo.

Suspensos e felizes, como se a felicidade se pudesse suspender carregando no botão

“pausa” no filme da vida»;

Reação pessoal ao livro: Gostei imenso desta obra, pois adoro romances e este livro é

um romance. É uma história muito agradável e com um tema bastante profundo, que de

certo modo retrata o nosso dia-a-dia. Aconselho a leitura deste livro, pois é um livro fácil

de se ler, e com uma história muito agradável.

Page 5: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Ficha de Leitura - Ana Raquel Santos (n.º2)

Ficha técnica do livro

Autor: Inês Pedrosa

Título: Nas Tuas Mãos

Editor: BIS

Local de edição: [s.l.]

Ano de edição: [s.d.]

Ano de publicação: 1997

Relatório de leitura

Resumo do livro

Este livro divide-se em três partes e em cada parte é relatada a história de três

mulheres, Jenny, Camila e Natália, de diferentes gerações mas da mesma família (avó,

mãe e filha, correspondentemente) sobre o amor, a esperança, as desilusões e a solidão.

- O Diário de Jenny: apresenta a avó, que escreve sobre todas as dificuldades do

amor e a complicada relação com o seu marido, António, que ama mais que tudo no

entanto este amor por ele não é correspondido. A revelação cruel de António, após o

casamento, deixa Jenny de rastos, no entanto esta aceita o “trio amoroso”.

- O Álbum de Camila: revela a filha de Jenny, e mãe de Natália, que relembra por

meio de um álbum de fotografias a história de amor conjugada com algumas dores,

“tendo com panorama a militância política de um país que passou pela ditadura, guerras

coloniais, perseguição, tortura, morte e liberação”.

- As Cartas de Natália: surge a filha de Camila que por sua vez é neta de Jenny.

Natália escreve cartas para a sua avó, onde expõe o difícil e conflituoso relacionamento

com a mãe e as tentativas de conseguir ser feliz apesar de todos os dramas. Estas

Page 6: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

5

cartas nunca chegaram a ser entregues. O passado com a avó, o despertar de seus

amores, o casamento desfeito, e o distanciamento vivido com sua mãe são revelados

nestas.

Page 7: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Ficha de Leitura - Carlota Boavista (n.º3)

Referências Bibliográficas

Sousa Tavares, Miguel ;

No teu deserto; Oficina do livro, 2009, Alfragide;

Síntese do livro

O livro que eu li é intitulado pelo autor como um “quase romance”.

No início parece uma narrativa mas a medida da leitura vamo-nos apercebendo

que são cartas dirigidas a alguém onde são narrados acontecimentos de há vinte anos

atrás… Esse alguém chama-se Cláudia e são escritas com o propósito de ser dito pelo

autor aquilo que ele já não lhe pode dizer pois descobriu que Cláudia tinha falecido, por

outro lado a obra também inclui partes onde o autor escreve como se fosse Cláudia a

narrar os acontecimentos.

Tudo começa em Lisboa quando Cláudia e o autor partem na aventura de fazer

uma viagem de jipe pelo deserto Sahara, eles conheceram-se dias antes e eram bastante

diferentes um do outro. O autor tinha na altura 36 anos era racional, impetuoso ao

contrario de Cláudia uma jovem de 21 anos, bonita, despreocupada, impulsiva. O autor ia

ao deserto com o objetivo de fazer uma reportagem para a televisão e para umas revistas,

Cláudia ia à procura de aventura.

No início da viagem verifica-se uma certa distancia entre o autor e Cláudia mas a

medida do passar do tempo, das situações na Argélia, na confusão das cidade africanas,

no dia-a-dia de acampamentos improvisados e tempestades imprevistas a relação entre

os dois vai crescendo. Na relação entre eles verifica-se que uma das coisas importantes é

o silêncio onde acabava por ser dito muita coisa. No final da viagem voltar para Lisboa e

acabam por perder o contato.

Page 8: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

7

Citações

“É por isso que não gosto de olhar para fotografias antigas: se alguma coisa elas

refletem, não é a felicidade, mas sim a traição - quando mais não seja, a traição do

tempo, a traição daquele mesmo instante em que ali ficamos aprisionados no tempo.

Suspensos e felizes, como se a felicidade se pudesse suspender carregando no botão

“pausa” no filme da vida.”

“Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais, já não

escreves, porque não te resta nada para dizer.”

“A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silêncio.”

Crítica em relação ao livro

Eu gostei do livro desde o momento em que comecei a lê-lo. É de fácil leitura e

com uma linguagem simples o que permite uma fácil compreensão apesar de no início ser

um pouco confuso pois ainda não estava habituada a como este estava estruturado. É um

bom livro para quem gosta de se aventurar, para quem é sonhador e para quem gosta de

se perder nas entrelinhas das páginas os livros.

Page 9: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Ficha de Leitura - Francisco Martinho (n.º 4)

Referencia Bibliográfica da obra

TAMARO, Susanna- Para Sempre;

Estrada das Palmeiras,59 Queluz de Baixo;

Editorial Presença, Lisboa 2011.

Resumo

É Matteo que nos conta a sua história, através de cartas, que escreve à mulher que

outrora amou e provavelmente amará a vida inteira.

Ao longo da narrativa, Matteo fala-nos da sua infância e da sua mente inquiridora.

Fala-nos do pai e da cegueira que o atingiu aos 14 anos deixando-lhe na retina, para

sempre, as imagens dos familiares mortos pelas bombas. Fala-nos da escola, da

catequese, das idas à missa com a mãe e dos jogos de sons com o pai.

Fala-nos, principalmente, de Nora da esposa que ele nunca soube compreender,

que o fazia ficar nas nuvens e ao mesmo tempo irritado com as suas palavras sobre

Deus.

Matteo é um médico cardiologista, que tem uma bela esposa (Nora), um filho de 2

anos e outro a caminho.

Nesta moldura de felicidade uma tragédia vem abalar a vida do médico e alterá-la

“para sempre”, a esposa tem um acidente de automóvel aparentemente inexplicável,

passível de se confundir com suicídio, neste acidente para além da esposa que estava

grávida morre também Davide o filho de 2 anos.

Matteo perde a vontade, a dignidade, a modéstia, respeito por si mesmo e torna-se

indiferente para com os outros.

Page 10: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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A falta de respeito para com os outros chega a extremo de induzir Larissa, uma

mulher que o amava e de quem ele gostava, mas com quem não conseguia assumir uma

relação, quando esta engravidou que o bebé era deficiente e que devia abortar.

Esta força-motriz de angústia e revolta leva-o a ir viver na montanha, tornando-se

num eremita que procura o sentido da vida através do contacto com a natureza e os

animais.

Entretanto morre Guido, pai de Matteo e escreve-lhe uma carta, pelas mãos do

padre (Guido era cego desde os 14 anos),esta carta toca profundamente Matteo, entre

muitas coisas Guido pede-lhe “…volta a ser como eras, não deixes sobre as minhas

costas já velhas o peso desse fracasso…dá-me a alegria de um dia não muito distante te

saber feliz, novamente aberto para a vida e para a sua continua criação…”.

As palavras do pai são o estalido que faltava para abrir a primeira fenda da catedral

de granito que havia construído em seu redor.

Compreendeu finalmente que Nora não se suicidara, que o acidente fora

provocado por perda de consciência devido a um aneurisma (a mãe de Nora também

tinha morrido de aneurisma).

Compreender finalmente a razão da morte de Nora fez descer sobre ele um

sentimento de paz, com este sentimento novo, começou a ocupar-se das coisas do dia-a-

dia. A trabalhar com as mãos conseguiu libertar a mente das ideias supérfluas e inúteis.

Passa a dar conforto aos caminhantes, a dar luz, ou simplesmente um copo de

água fresca pelo caminho.

Num certo Outono, numa quarta-feira, dia em que habitualmente não passava

ninguém, apareceu um rapaz de nome Nathan, que pediu para ficar uns dias para

observar os pica-paus, naquela noite Matteo não conseguiu dormir, havia em Nathan algo

que perturbava, no dia seguinte perguntou-lhe se sabia o significado do seu nome Nathan

(Dom de Deus, expressão muito usada por Larissa).

Nathan era seu filho, o filho que ele um dia tinha desejado que não nascesse, mas

que o tinha perdoado, porque a mãe o tinha ensinado a não julgar ninguém.

A Parábola do filho Prodigo tinha-se invertido, agora era o filho que ia em busca do

pai que tinha fugido, para o perdoar.

Mais tarde Nathan parte, mas promete voltar.

Quando fica sozinho Matteo corre para o bosque em busca de proteção e chora

abraçado a uma faia que acolhe toda a sua dor, deixa-se dormir e quando acorda sente-

se leve muito muito leve.

Page 11: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Opinião sobre a obra e respetiva justificação

Gostei, foi o primeiro livro que li desta autora, mas fui facilmente cativado.

Trata-se de uma história muito bonita repleta de sentimentos, que nos tocam

profundamente. Ensina-nos que na vida nada está garantido.

Mostra-nos que a vida pode ser muito cruel, quando perdemos quem mais amamos

podemos ficar sem rumo, sem vontade de viver, mas também nos ensina que às vezes

precisamos estar sós para descobrirmos no fundo quem somos e o que queremos da

vida, ou seja para nos podermos reencontrar. Este é sem dúvida um livro que enaltece o

amor nas suas variadas vertentes, o amor de mãe, de pai, de marido, de amigo e a dor de

quem perde esse amor e se refugia num vazio que se cria no coração e na alma.

Não posso deixar de evocar um aspeto que achei muito subtil, propositadamente

ou não pela autora, que é o paradoxo de um médico cardiologista que abandona a sua

profissão para tentar curar o seu próprio coração.

Se procuram um livro para refletir, este é o livro certo e sem dúvida uma boa prenda

de Natal.

Análise da obra

Para Sempre, é uma narrativa extraordinária que aborda de uma forma simples e

fascinante um dos temas mais relevantes da nossa existência, o amor e a dor da perda de

alguém que amamos e o reencontro de nós mesmos depois da perda.

Protagonista

Matteo, um médico cardiologista, que perdeu a mulher e o filho num acidente e que

vive há vários anos no cimo de uma montanha isolado do mundo e imerso na natureza

e se confronta diariamente com a sua própria consciência através de um fluxo de

recordações que nos vão revelando as personagens e os acontecimentos que

determinaram o seu passado e o conduziram até ali.

Outras personagens

Nora; esposa de Matteo morreu de acidente de automóvel estava grávida de uma

menina;

Page 12: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Davide, filho de Nora e de Matteo, morreu de acidente de automóvel aos 2 anos (a

mãe ia a conduzir);

Guido o pai de Matteo, ficou cego aos 14 anos;

Larissa, uma mulher que amou Matteo e de quem Matteo gostou, mas não conseguiu

assumir a relação, por não conseguir esquecer Nora;

Nathan (que significa Dom de Deus), o Filho Pródigo e vai para a montanha em busca

do pai para o perdoar.

Algumas frases relevantes:

“O amor não se entrega aos preguiçosos, para existir na sua plenitude exige por vezes

gestos preciosos e fortes.”

“Só a dor faz crescer. Mas a dor deve ser enfrentada cara a cara, quem foge ou se

compadece de si próprio está destinado a perder.”

“Uma vida desperdiçada é aquela em que o caminho do amor não se conseguiu

cumprir.”

“A principal qualidade do amor é a força. Mas, para sermos fortes, é preciso gostarmos

de nós; para gostarmos de nós, é preciso conhecermo-nos profundamente, saber tudo de

nós, mesmo as coisas mais ocultas, as mais difíceis de aceitar.”

“Ao impormos uma excessiva rigidez à mente, suprimi-mos dentro de nós a voz do

coração.”

“Saber com o pensamento é uma coisa, saber com o coração é outra”

“Sempre que à medida que fores crescendo tiveres vontade de converter as coisas

erradas em coisas certas, lembra-te que a primeira revolução a fazer é dentro de nós

próprios, a primeira e a mais importante. Lutar por uma ideia sem se ter uma ideia de si

próprio é uma das coisas mais perigosas que se pode fazer.”

Page 13: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Ficha de Leitura - Frederico Riachos (n.º5)

Ficha técnica do livro

Autora: Alice Vieira

Título: Bica Escaldada

Editora: casa das letras

Local de edição: s.l.

Data de edição: junho de 2009

Relatório de leitura

Período de leitura

24 de novembro de 2015 a 27 de novembro de 2015

Apresentação geral do livro

“ “Bica Escaldada” foi o título de uma coluna semanal de crónicas que o Diário de

Notícias publicou nos anos 1980.

Decidi aqui recuperá-lo, uma vez que muitas destas crónicas aí foram publicadas

pela primeira vez.

Mas não apenas aí: também nas colunas do Jornal de Notícias e das revistas

Activa e Tempo Livre, por onde tenho andado nestes últimos anos.” A.V.

Relação título - livro: Há efetivamente uma relação título-livro, pois a coluna semanal,

onde muitas das crónicas aqui presentes se encontravam, tinha o nome de “Bica

Escaldada” assim como este livro.

Transcrição de ideias/frases relevantes: “A minha infância foi uma velha máquina de

escrever, onde tentei juntar letras, fazer palavras, e que bonito era aquele som”

Page 14: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Reação pessoal ao livro: Um livro de crónicas de costumes, tais costumes e tais

tradições da sociedade portuguesa que se têm vindo a perder ao longo dos tempos. Mas

o que Alice faz é acostumar-nos a uma linguagem simples, precisa e objetiva, tal como

uma cronista deve escrever. As suas ideias são facilmente entendidas. Recomendo a sua

leitura.

Page 15: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

14

Ficha de Leitura – Joana Lourenço (n.º6)

Título: O Diário de um Mago

Autor: Paulo Coelho

Resumo

O livro conta a história da peregrinação feita pelo autor em 1986.

Paulo pertence a uma ordem de magos chamada Ordem de RAM. Durante um ritual

de passagem, onde o autor procura alcançar o posto máximo dentro da Ordem, é-lhe

oferecida uma espada para o auxiliar na sua vida, a fazer o bem, a combater um inimigo

ou a abrir um caminho. No entanto, como Paulo é ganancioso e tenta empunhar a espada

sem saber na realidade para que ela serve ou o que pretende fazer com ela, o seu Mestre

retira-lhe a espada e diz-lhe que só a conseguirá de volta de fizer o Estranho Caminho de

Santiago e aprender para que quer a espada e qual é o objetivo da mesma.

Paulo começa então o seu caminho com a ajuda de um guia, Petrus. Este caminho

começa em França, San Juan Pied-de-Port, e acaba em Santiago de Compostela. Paulo

conta com a ajuda de várias pessoas, sendo a mais importante delas Petrus. Durante o

caminho Petrus ensina-lhe exercícios/rituais que contribuem para ele conseguir a sua

espada e melhorar a sua vida, no quotidiano e espiritualmente. Esses exercícios têm o

objetivo de poderem ser praticados por qualquer pessoa e são:

Exercício da Semente

Exercício da Velocidade

Page 16: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

15

Exercício da Crueldade

Ritual do Mensageiro

Exercício da Água

Ritual do Globo Azul

Exercício do Enterrado Vivo

Sopro de RAM

Exercício das Sombras

Exercício da Audição

Exercício da Dança

Após todos estes exercícios e experiências vividas durante o caminho Paulo

finalmente consegue mudar a sua maneira de ver o mundo e percebe o que fazia de

errado conseguindo assim recuperar a sua espada.

Opinião

Eu gostei mito de ler este livro porque aborda com tema e conta uma história que

eu penso que é interessante. Sem aprofundar muita a religião, o livro fala-nos de um

alteração da maneira de ver a vida através de exercícios simples e que podem der

realizados por todos. Mostra-nos uma maneira de aprendermos a ver a vida de outra

forma, olhando ao redor sem pressa, não pensarmos só mal de nós mesmos, entre

outras. Aconselharia a leitura deste livro a colegas, mesmo que estes não sejam

religiosos, pois como já referi o livro fala de Deus, mas pode ser aplicado a todas as

pessoas independentemente da sua religião.

Page 17: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Ficha de Leitura – Joana Priscila (n.º7)

Referência bibliográfica da obra

TAMARO, Susanna- Para Sempre;

Estrada das Palmeiras,59 Queluz de Baixo;

Editorial Presença, Lisboa 2011.

Resumo

O livro apresenta-nos Matteo que conta a sua história. Conta a sua história como uma

carta á sua mulher. Fala da sua infância e do seu pai que ficou cego apenas com catorze

anos, devido aos estilhaços de uma bomba, deixando –lhe marcas dos seus familiares

pois, este viu a sua irmã morrer e o seu pai tinha sido morto anteriormente. Fala-nos

também, principalmente, de Nora. A mulher que ele nunca conseguiu compreender, mas

que o fazia ficar nas nuvens.

Este homem era, ou tinha sido outrora, um médico cardiologista, que perdeu a sua

mulher e filho num acidente de automóvel. Vive num luto há quinze anos.

Utilizou a montanha como um refúgio e é incrível a sua ligação com a mesma e

inclusive com o meio que a rodeava, ou seja, com os animais, as suas plantações, as

formas de sobrevivência que tinha utilizando estes vários meios. Mostra como é viver na

montanha, como é encarado pelas pessoas que por ali passam e o cumprimentam, como

é viver sozinho longe do mundo dito “normal”.

Apesar de viver longe de outras pessoas este acaba por receber e acolher quem por

ali passa, sejam curiosos, caminheiros ou até mesmo quem gosta de estar pela montanha

apenas para descansar.

Page 18: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

17

Desabafa a sua vida, as suas escolhas, questiona as mesmas e inclusive os caminhos

que seguiu. Chega até mesmo a dar-nos uma lição.

Opinião e análise sobre a obra

Fiquei cativada ao ler o tema e o resumo do livro. Embora não goste muito de ler, este

livro foi interessante e conseguiu cativar-me pelo seu conteúdo. Gostei do tipo de escrita

utilizada pela autora, é uma escrita simples. Apesar de haver momentos tristes na vida da

personagem apresentada, a sua forma de encarar a vida, o facto de o mesmo se

confrontar diariamente com a sua consciência e questionar-se foi algo interessante. Não é

um livro que se torne maçador e desinteressante à medida que o lemos e isso foi muito

satisfatório.

Citações

“Por isso, talvez, também aqui em cima nunca estou realmente sozinho, os

pensamentos fazem-me companhia (…) “

“Há já quinze anos que vivo aqui em cima. Dei com isto por acaso, durante um

passeio, e fiquei apaixonado pelo lugar. Ao vê-lo não pude deixar de pensar que também

te teria agradado a ti.”

“À medida que eu ia crescendo, ia tentando perceber o que se poderia ter passado na

sua cabeça, no seu coração: perder a casa, os afetos mais queridos, o mundo que

conhecera aos catorze anos e mergulhado na escuridão, sabendo que essa escuridão

seria uma prisão da qual não poderia escapar.”

“O meu pai era um homem forte e digno. Se não tivesse tido a limitação da cegueira,

teria literalmente virado o mundo do avesso.”

“Uma tesoura surgiu e cortou os fios que nos mantinha unidos.”

“Compreendi, com o tempo, que os inimigos nunca são verdadeiros inimigos, é o

nosso pensamento que os faz tais, transformando-os em algo de invencível.”

Page 19: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

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Ficha de Leitura – João Afonso Martinho (n.º8)

Ficha técnica do livro

Autor: Miguel Sousa Tavares

Título: No teu deserto

Editora: OFICINA DO LIVRO

Local de edição: Lisboa

Ano de edição: 1ª edição: Julho de 2009

Ano de publicação: [s.d.]

Relatório de leitura

Período de leitura

21 de Novembro de 2015 a 26 de Novembro de 2015

Crítica ao livro/Opinião pessoal/Resumo

Quando escolhi este livro não tinha lido nenhum comentário negativo ou positivo

sobre o mesmo, e eu não sou muito de ler romances, por assim melhor dizendo não sou

muito de ler, se bem que o livro não chega a ser um romance mas sim um “Quase

Romance” como aparece na capa do livro.

O conteúdo da história é muito simples e de fácil compreensão a nível de escrita e

a nível de estrutura de pensamento por parte do autor, pois não nos obriga a utilizar

analepses. O desenrolar do enlace é bem definido e contínuo, este passa à volta de duas

personagens e conta assim a história destes dois adultos que se conheceram ao acaso

pois um deles é jornalista e ia fazer uma viagem ao deserto do Sahara e queria alguém

para lhe fazer companhia. Esse alguém veio a revelar-se ser Cláudia uma mulher loira e

alta de olhos azuis, que tinha uma vida completamente diferente da personagem

Page 20: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

19

masculina que conta a história na primeira pessoa, Cláudia frequentava bares, discotecas

e concertos de rock e vestia-se na desportista, não tinha filhos nem marido ou namorado

e aproveitava-se desse facto para se vangloriar, enquanto por outro lado o jornalista era

um homem casado e com filhos que se vestia de fato e gravata e que apreciava

ambientes mais calmos, fotografando assim tudo o que tinha oportunidade, e quando não

havia oportunidade ele lá a arranjava.

Ao iniciarem a sua viagem pelo deserto, decidiram dividir tarefas, mas discutindo

sempre muito entre ambos pois eram bastante teimosos e cada um puxava ao seu ponto

de vista mas isto até que os fez aproximar muito um do outro durante os quarenta dias em

que estiveram no deserto, pois caso não se tivessem dado bem a viagem teria sido um

inferno. A maior parte do livro não retrata a estadia no deserto, mas sim as aventuras pela

qual ambos passaram antes de conseguirem lá chegar.

Tornaram-se muito íntimos, mas sempre com muito respeito mútuo à mistura. A

história é contada na primeira pessoa pelo jornalista citando as diferentes fases da sua

vida e do passar dos anos e de como o envelhecer o deixou de afetar, conforme foi

ficando mais adulto mas também tem partes onde a narração é feita por Cláudia. O mais

triste é que no fim do desenlace, ou seja, a quando do regresso a casa mais propriamente

a Lisboa, os dois deixam de se ver e decidem separar-se pois as suas vidas são bastante

diferentes, apenas mantinham contacto escassas vezes.

O jornalista continuou a fazer viagens ao deserto pois era lá que ele se sentia bem

(em casa, perto de Cláudia), mas, enquanto isso a pobre rapariga estava em Lisboa muito

doente, acabando mesmo por falecer. O homem só soube desta triste notícia passado

alguns meses pois no deserto não há telecomunicações. Ficando muito abalado, no

entanto eles é quase como que tivessem numa relação desde que iniciaram a sua

aventura a dois, pois a partir daí permaneceram mutuamente no pensamento um do

outro, mesmo não tendo uma relação a nível físico. A parte onde eles estavam mais

próximos era quando permaneciam em silêncio durante horas e horas dentro do jipe do

jornalista (o homem ensinou a Cláudia que um silêncio diz-nos mais que as palavras), jipe

este que foi a casa de ambos durante a viagem.

Na minha opinião acho que é por isso e como já referi anteriormente que na capa

do livro está presente a expressão “Quase Romance” porque nunca chegou a haver um

Page 21: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

20

contacto físico nem um beijo nos lábios, houve sim trocas de carinho de uma amizade

inesperada mas muito forte que era merecedora de um relacionamento amoroso.

Page 22: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

21

Ficha de Leitura - Lourenço Cardoso (n.º9)

Ficha técnica do livro

Autor: Machado de Assis

Título: A Mão e a Luva

Editora: QuidNovi

Local de edição: [s.l.]

Ano de edição: 2011

Biografia do autor

Joaquim Maria Machado de Assis ou Machado de Assis foi(é) um conhecido escritor

brasileiro nascido a 21 de junho de 1839, natural do Rio de Janeiro. Para além da escrita,

Machado de Assis desempenhou outros tipos de atividades como o jornalismo.

Publicou o seu primeiro trabalho literário aos 16 anos, com a obra designada “Ela”.

Esta obra consistia num poema.

Começa a publicar obras românticas em 1859, destacando-se entre elas A Mão e a

Luva (1874).

Falece a 29 de setembro de 1908 no Rio de Janeiro.

Relatório de leitura

Apresentação geral do livro

Page 23: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

22

O livro começa com o encontro de dois amigos, Estevão e Luís Alves, amigos de

faculdade. O primeiro sofre de um amor não correspondido, de uma rapariga chamada

Guiomar. Estevão conta-lhe o sucedido, desesperado.

Dois anos volvidos e após terminar a faculdade, Estevão torna-se bacharel (ter a

faculdade concluída com sucesso) e regressa ao Rio de Janeiro. Já esquecido da sua

antiga paixão, volta a reencontrar Guiomar, ao descobrir que esta é vizinho do seu colega

e amigo de faculdade Luís Alves. Estevão tem uma conversa com a rapariga e a chama

volta a acender no seu coração. Este recorda os antigos momentos com ela e, assim,

volta a apaixonar-se. Entretanto descobre também que Luís Alves já teve um caso com

Guiomar, embora não tenha sido nada de especial. De referir que Guiomar não terminou

os estudos na faculdade para ir para o Rio ajudar a sua madrinha baronesa nos seus

tratos. Esta considera-a como uma segunda mãe, após ter ficado órfã muito cedo.

Mas, outro pretendente surge para a jovem Guiomar. Jorge, que é sobrinho da mesma

baronesa e que a conhece após este ir para casa da madrinha, também ele sonhava pedir

a mão a Guiomar. Este contava com o apoio da baronesa, que era o seu principal sonho,

ver Jorge e Guiomar juntos.

Entretanto surge outro candidato declarado a Guiomar, Luís, o grande amigo de

faculdade de Estevão. Passavam assim a ser três: Estevão, Jorge e Luís. O perfil de cada

um era diferente, cada um tinha a sua maneira de amar Guiomar.

O desejo da rapariga era Luís, mas a grande vontade da baronesa era Jorge, por ser

seu sobrinho e ser um desejo antigo da senhora. Estevão ficava cada vez mais triste com

o desenrolar dos acontecimentos.

Entretanto, Jorge acaba por pedir em casamento Guiomar, contando com o apoio da

baronesa, que se revelava bastante feliz, com o passar do processo. Guiomar, após o

sucedido fica alarmada e chega à conclusão que Luís é a sua única salvação. Pede então

a Luís (seu amado) para que a pedisse em casamento. Este fica radiante, aceita de

imediato e envia uma carta à baronesa com o intuito de lhe pedir a mão.

A baronesa aceita o pedido que vai de encontro ao desejo da jovem e os dois (Luís e

Guiomar) acabam por casar.

Page 24: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

23

Estevão foi quem demorou mais a acatar a decisão e quem ficou mais triste.

(Pensando mesmo em suicídio).

Já Jorge, que na verdade não amava assim tanto Guiomar, acabou por acatar a

decisão e seguiu com a sua vida.

Frases/ideias relevantes

Pág. 53 “-...digo-lhe que faz mal, que é melhor, muito melhor contentar-se com a

realidade; se ela não é brilhante como os sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir.”

Reação pessoal ao livro

Achei o livro interessante, ainda que conte com alguma descrição, é uma obra

simples de ler. Houve uma ou outra palavra em que tive mais dificuldade pelo facto de

serem palavras de origem brasileira, mas penso que no geral foi uma leitura bem

conseguida.

Page 25: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

24

Ficha de Leitura – Maria Beatriz (n.º10)

Referência bibliográfica da obra

MODIANO, Patrick −O Horizonte.

Lisboa, Porto Editora, 2010 ou Novembro de 2011.

Autor

Patrick Modiano nasceu em julho de 1945, em Boulogne-Billancourt, nos arredores

de Paris. Publicou o seu primeiro romance (La Place de l’Étoile) em 1968. Com Rue des

boutiques obscures conseguiu em 1978 o Prémio Goncourt. Em 1972, recebeu o Grande

Prémio de Romance da Academia Francesa. Considerado hoje em dia um dos mais

importantes escritores franceses, e autor de uma vasta obra, foi distinguido recentemente

com o Grande Prémio Nacional das Letras. O Horizonte é o seu romance mais recente.

Apresentação geral da obra

Esta obra é um romance cheio de esperança em que fala da vida de jean Bosmans

desde a sua juventude foi à cerca de quarenta anos atrás. Bosmans um homem frágil que

trabalhava uma biblioteca levou uma vida de encontros e desencontros tudo por força do

destino, rostos e lugares que vira no mesmo sitio mas em situações e tempos diferentes.

Bosmans lembrava-se de tudo até pequenos pormenores graças à sua capacidade de

memória. Bosmans dependia muito do passado e sentia muito mau estar ao pensar no

que podia ter acontecido e não aconteceu e vice-versa. Jean tinha um caderno preto de

capa plastificada que guardava no bolso interior do casaco onde escrevia tudo o que

Page 26: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

25

pensava sobre certos episódios da sua juventude, rostos sem nome, encontros fugazes,

pois tudo isto pertencia a um passado longínquo, mas como estas breves sequências não

estavam ligadas ao resto da sua vida, permaneciam em suspenso, num eterno presente.

Então todas as datas, nomes, locais que se lembrava escrevia la. Bosmans recorda

detalhadamente o tempo em que estava com Margaret Le Coz o amor da sua vida.

Margaret trabalha numa empresa em Paris que tinha o nome de Richelieu Interim como

tradutora. E numa noite em que saíra do trabalho encontra se no caminho de casa com

Bosmans na estação de metro mas tinha se reunido uma manifestação de Companhias

Republicanas de Segurança e Margaret foi empurrada para os braços de jean. Com tanta

confusão Margaret acabara por se magoar e jeans acompanha-a até a farmácia. E a partir

daí desenrola-se uma paixão. Margaret é uma jovem muito misteriosa. E Margaret é

perseguida por Boyaval já á muitos anos desde o tempo que vivia na Suiça. Boyaval é

antigo pretendente que ela rejeitara e ele nunca aceitou a rejeição. Margaret nascera em

Berlim e era governanta na Suíça mas teve de fugir para Paris devido a Boyaval.

Bosmans também fugira para Paris mas por um motivo diferente Jean fugira de sua mãe

e de um homem que andava sempre com ela, este que parecera um padre sem sotaina.

Jean fugira deles pois a mãe estava sempre a pedir-lhe dinheiro e por isso foi forçado a

mudar de endereço. Certo dia Margaret desaparece, muda de cidade e ambos perdem o

contacto até que se passou 40 anos e Bonsmans nunca a esquecera e por isso decide ir

atrás do seu amor. Vai até Berlim com esperança de o destino os juntar e que pela

descrição de um senhor que falara na rua já sabe onde está Margaret e vai ter com ela.

Opinião sobre a obra e respetiva justificação

Eu gostei de ler esta obra e recomendo a sua leitura. Esta obra é um romance,

para quem gosta deste tipo de livro é excelente, mas para quem não gosta deste tipo de

livro não aconselho. É uma história carregada de esperança muito interessante em que

fala de encontros e desencontros ao longo da vida e tudo por força do destino.

Transcrição de ideias/frases relevantes

Page 27: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

26

“Porque não encontrei Margaret naquele momento? Porquê alguns meses mais

tarde? Devemos ter-nos cruzado naquela rua, ou mesmo no café da esquina, sem nos

vermos.” Página: 55.

“ Desde que Margaret desaparecera, sem ele saber se estaria viva ou morta, pensava

muitas vezes naqueles passeios”. Página 101 e 102.

Page 28: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

27

Ficha de Leitura - Maria do Rosário Nunes (n.º11)

Ficha técnica do livro

Autor: Rosa Lobato de Faria

Título: Vento Suão

Editora: Porto Editora

Local de edição: Lisboa - Portugal

Data da edição: Março de 2011

Relatório de leitura

Período de leitura

16 de novembro de 2015 a 25 de novembro de 2015

Apresentação geral do livro

Vento Suão inicia-se com o reencontro de duas amigas de infância, Sofia e Luísa,

ambas do Alentejo, onde passaram as suas aventuras juntas em crianças. Sofia e Luísa

acabam por se separar e crescerem longe uma da outra, mas cada uma sempre com a

outra na memória. O livro apresenta-nos logo neste início as duas personagens no

presente, mas percebemos de imediato que este nos vai explicar os caminhos distintos

que estas duas amigas percorreram, mas que o destino acabou por fazer com que as

duas chegassem à mesma condição.

Sofia, impulsiva e rebelde, aceita de imediato casar-se com uma homem que mal

conhecia, mas logo a atraiu. Durante o noivado, este homem chamado Mateus, mostrava-

se apaixonado e fogoso. Já casados, o marido de Sofia, revelou-se um homem

completamente diferente, sendo violento, mas uma violência da qual Sofia não se queria

libertar por nada, pois a parte calorosa e atraente de Mateus, para Sofia, compensava-a

de toda a dor que este lhe causava. Sofia já era conhecida na clínica onde ficava

Page 29: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

28

internada frequentemente devido aos maus tratos causados por Mateus e a última vez

que este a agrediu Sofia entrou em coma. Durante o coma de Sofia, Mateus sofre um

acidente propositado, planeado por um dos empregados, Nelson, que conhecia Sofia já

de há muito tempo e não aceitava o facto de o patrão lhe fazer isto, provocando-lhe uma

paralisia corporal com um medicamento, fez com que todos pensassem que estava morto

e Sofia acordasse do coma aterrorizada com a notícia. Mateus com o susto prometeu a si

próprio que iria desaparecer e nunca mais tocaria em Sofia.

Já Luísa, em comum com Sofia, age impulsivamente e decide mudar-se para Lisboa,

para casa de Zé Roberto, um fotógrafo mulherengo por quem era apaixonada devido a

todo o carinho que este lhe dava. Zé Roberto era conhecido pele faceta de mulherengo e

Luísa sabia perfeitamente das suas traições, mas como fraqueza de mulher apaixonada

que era, acreditava que os homens tinham essas fragilidades, mas que o fotógrafo por

todo o amor que lhe dava era apaixonado por ela. Foi preciso um dia encontrar Zé

Roberto em casa com outra mulher para Luísa terminar o relacionamento de vez e voltar

para casa dos pais no Alentejo. Luísa, de volta ao Alentejo, conhece Duarte o homem

com quem casa passado algum tempo, eram perdidamente apaixonados um pelo outro.

Luísa e Duarte estiveram dez anos juntos, tinham dois filhos e cada dia se apaixonavam

mais um pelo outro, até que o destino não tardou em tirar toda esta felicidade a Luísa,

Duarte falecera de ataque de coração e esta tinha ficado destroçada.

O livro “termina” com Mateus a não controlar a sua vontade de voltar para Sofia e

encapuzado entra pela sua própria casa e abraça Sofia, esta assutada e não o

reconhecendo pega numa faca da cozinha e atinge Mateus pelas costas, chamando o

INEM e a polícia.

Este Vento Suão inacabado devido ao falecimento da autora, Rosa Lobato Faria,

termina sem um restante desenvolvimento da vida destas duas mulheres, deixando uma

panóplia de emoções e incertezas ao leitor.

Relação título – obra

O título está relacionado com a obra, pois este Vento Suão é caraterístico do Alentejo,

local onde acontece maior parte da ação. Em certo momento do livro, Rosa Lobato Faria,

explica o significado deste Vento Suão num pensamento de Sofia: “Estava outra vez

Page 30: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

29

aquele vento sul de que a costela alentejana de Sofia não gostava, aquele vento abafado

e doentio, o Suão, que levava os homens a pendurarem-se na trave ou afogarem-se no

poço, que fazia as rapariguinhas suicidarem-se, que horror, que pensamentos negros, e

preferiu, enquanto tocava, procurar pensar de outra maneira.” (pág. 103). Todo este

ambiente sombrio que o Suão trazia faz parte das vidas de cada uma das personagens.

Transcrição de ideias/frases relevantes

“A morte era tão estranha! Subitamente aquele vazio, aquele buraco negro, aquela

muralha a tapar o futuro. Assim de repente. Sem remédio” (pág. 143).

Reação pessoal ao livro

Conhecia Rosa Lobato de Faria somente das novelas que passavam na televisão

portuguesa e confesso que como escritora me surpreendeu imenso. Este livro inacabado

deixou dentro de mim um enorme vazio e muitas incertezas sobre o que iria acontecer a

seguir na vida das personagens. Por outro lado, estas incertezas e emoções valeram a

pena, apreciei bastante este Vento Suão. Penso que fiquei cativada por ele também pelo

facto de a autora colocar personagens femininas no centro da ação, e sendo eu do

género feminino li com outro olhar todo o enredo deste livro e sentindo tudo de uma

maneira que não estava à espera sentir.

Page 31: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

30

Ficha de Leitura - Maria José Santos (n.º12)

Ficha técnica do livro

Título: Estórias Abensonhadas

Autor: Mia Couto

António Emílio Leite Couto, filhos de portugueses emigrantes, nasceu na Beira,

Moçambique, em 1955, onde se escolarizou. É professor, biólogo e escritor e já foi

jornalista. Com catorze anos, teve alguns poemas publicados no jornal Notícias da Beira.

Três anos depois mudou-se para Maputo, onde deu início aos seus estudos universitários.

Em 1983, publicou o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho, que inclui poemas

contra a propaganda marxista militante.

Recebeu os seguintes prémios:

1995 - Prémio Nacionais de Ficção da Associação dos Escritores

Moçambicanos;

1999 - Prémio Vergílio Ferreira, pelo conjunto da sua obra;

2001 - Prémio Mário António, pelo livro O Último Voo do Flamingo;

2007 - Prémio União Latina de Literaturas Românicas;

2007 - Prémio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura, na

Jornada Nacional de Literatura;

2012 - Prémio Eduardo Lourenço 2011

Page 32: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

31

Editora: Caminho

Local de Edição: Lisboa

Data de Edição: 1994

Data de Publicação: junho de 2003

Relatório de Leitura

Período de leitura

20 de outubro de 2015 a 21 de novembro de 2015

Apresentação Geral do Livro

Mia Couto começa esta sua obra enquadrando-nos no contexto político-social de

Moçambique, expressando aquilo que achava que seria o seu país e o estado de espírito

do povo moçambicano após a Guerra da Independência.

Mia Couto pintou um quadro na sua cabeça, de Moçambique, em cujos destroços

da guerra eram pesados e irreparáveis. Este quadro revelou-se-lhe incorreto e bastante

longe da realidade.

Apesar da situação, Mia Couto apercebeu-se que onde existe Homem, existe a

possibilidade de renovação e de sonhar. Possibilidade essa que se encontra numa

dimensão incorruptível pela violência.

A partir daqui dão-se início aos vinte seis contos que integram esta obra.

Vou falar de um dos contos que mais gostei.

O Perfume

Este conto fala de um casal – o Justino e a Glória.

Justino era muito ciumento e raramente deixava a sua esposa sair de casa.

Page 33: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

32

Um dia, este ofereceu um vestido à sua esposa como e convidou-a para irem a um

baile. Glória, surpresa como o presente e o convite, ficou sem saber como reagir, mas lá

se foi arranjar.

Já no seu quarto, Glória dá os últimos retoques antes de sair de casa, pondo um

perfume que seu marido lhe oferecera há muito tempo. Desgostosa com a situação atirou

o frasco do perfume pela janela, partindo-o.

Quando se encontrou com o marido de novo, este encorajou-a a maquilhar-se, o

que a surpreendeu, uma vez que os seus comentários usuais apontavam-lhe sempre

ousadias.

Justino já tinha pedido a um vizinho para tomar conta dos filhos do casal e, assim

sendo, partiram para o baile.

No baile, um homem pediu para dançar com Glória, mas esta recusou, pois queria

dançar primeiro com o seu esposo (que nunca dançara). No entanto, Justino insistiu que

fosse dançar e que se divertisse. Foi então que Glória que o seu marido se estava a

despedir dela e a oferecê-la ao mundo.

Justino ausenta-se do baile. Glória ainda teve esperança de o encontrar à sua

espera no fim do baile, mas já não restavam vestígios do seu marido.

Esta foi até casa a pé e, sem vontade de entrar em casa, pois sabia que não ía

encontrar seu esposo, adormeceu nos degraus da escada.

Quando acordou de manhã, teve a sensação de que Justino estava em casa, mas

estava enganada. Ao correr para dentro de casa, pisou os vidros do perfume que partira

na noite anterior.

Como diz o autor, foi assim que “Glória estreou o sangue de sua felicidade”.

Relação título – obra

A obra e o título relacionam-se no sentido em que esta obra conta estórias que

remetem para um país que está a ser reconstruído pelas mãos de um povo esperançoso,

Page 34: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

33

sonhador e, ao mesmo tempo, abençoado (abensonhado resulta da junção das palavras

‘abençoado’ e ‘sonho’).

Transcrição de frases/ideias relevantes

“Deste território onde todo homem é igual, assim: fingindo que está, sonhando que

vai, inventando que volta.”

“A lágrima é água e só a água lava e só a água lava a tristeza.” – página 46

“Quem me ler que desentorte as palavras. Alinhada só a morte.” – página 159

Reação pessoal à obra

Eu gostei bastante da obra e aconselho a sua leitura. Acho bastante interessante a

forma como Mia Couto escreve e os seus livros não se tornam cansativos de todo.

Page 35: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

34

Ficha de Leitura – Mariana Afonso Nunes (n.º13)

Introdução

No âmbito da disciplina de Português, foi-nos pedido para procedermos à leitura de

um livro, presente na lista das páginas dezoito e dezanove do manual Expressões-

Português 12º ano, com o intuito de fazer-se uma ficha de leitura sobre o mesmo. Dentro

de inúmeras opções, optei pelo livro Minha Querida Inês de Margarida Rebelo Pinto.

Não serei fiel apenas a um tipo de ficha de leitura, porque sinto que isso faz com

que omita informação que eu acho que seja pertinente para a apresentação deste

romance histórico. Tentarei colocar tanto a parte analítica, como a parte de citação, assim

como a de resumo e a de comentário.

Espero conseguir cumprir com aquilo que me foi proposto, não esquecendo que foi

uma experiência enriquecedora, pois jogou a meu favor. Tive a oportunidade de ler um

bom livro e espero cativar outros a seguir este meu conselho.

Ficha Técnica do livro

Título: Minha Querida Inês

Autor/a: Margarida Rebelo Pinto

Editora: Clube do Autor

Género Literário: Romance Histórico

Local de edição: [s.l.]

Número de edição: 1ª edição

Ano de edição: novembro de 2011

Page 36: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

35

Período, modo de leitura e decisão do livro

Este livro demorou cerca de uma semana a ser lido (de 20 a 25 de novembro).

Para mim, foi o suficiente, visto que sou uma leitora quase compulsiva, mas

independentemente do nosso hábito de leitura, é um livro que se consegue apreciar num

curto espaço de tempo.

D. Inês de Castro sempre foi uma figura histórica do nosso país bastante falada.

Relembro-me de ouvir o seu nome desde o Ensino Básico e desde aí que tenho alguma

curiosidade em descobrir mais. Apesar de estar no ramo das Ciências, a História é uma

disciplina que quero, e obrigo-me a isso, estar em constante contacto porque é nela que

revemos grande parte do que acontece hoje em dia. Para não falar do facto de que cada

cidadão tem o dever de saber a história do seu país, na minha opinião. Com isto, era

óbvia a escolha do livro. Nunca tinha lido nada de Margarida Rebelo Pinto até à data,

assim como um romance histórico. Juntei o útil ao agradável e peguei no interesse pela

História e por D. Inês em conjunto com a curiosidade de me aventurar nas palavras de

Margarida Rebelo Pinto e no género de romance histórico.

O meu modo de leitura foi influenciado pelo meu interesse, acima referido. Não

olhei para o Minha Querida Inês como uma obrigação, mas sim como um prazer.

Resumo do livro

Estrutura e Características da Narrativa

Minha Querida Inês é um romance histórico que retrata a os últimos sete dias de D.

Inês de Castro. Começa no dia 1 de Janeiro de 1355 e vai até ao dia 7 de Janeiro do

mesmo ano. Cada dia dessa semana é dividido em duas partes com uma pequena

citação no início: primeiramente fala D. Inês e em segundo uma personagem que já foi

referida durante o desenlace. Nessa segunda parte, exprimem-se na primeira pessoa D.

Álvaro, Afonso Madeira, Remédios, Diogo Lopes de Pacheco, Guiomar, Teresa Galega e

D. Inês. No último dia, ou seja, a 7 de janeiro de 1355, D. Inês dialoga na primeira parte

ainda viva e na segunda como alma que já partiu. A identificação das personagens irei

fazer mais à frente. Como já referi anteriormente, qualquer personagem que participa na

ação fá-lo na primeira pessoa, sendo um narrador autodiegético.

Page 37: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

36

No final do livro, a autora disponibilizou ao leitor uma série de informações que

ajudam a situar no contexto histórico. Temos umas páginas reservadas a “Factos, Mitos e

Ficção”, outras a “Árvores Genealógicas e a “Cronologia de Factos Históricos”.

A ação decorre no ano de 1355, fazendo algumas analepses ao passado, e tem

como principal “fundo” o Convento de Santa Clara, em Coimbra.

Personagens

Há uma série de personagens que pertencem a este romance que podem ser reais

ou fictícias. As personagens são as seguintes:

Principais

D. Inês de Castro – personagem que serviu de inspiração ao livro. Mulher bonita, com

longos cabelos loiros e um corpo desejado tanto por homens como por mulheres.

Verdadeiro amor de D. Pedro I e mulher dos olhos do mesmo.

D. Pedro I – Filho de D. Afonso IV e de D. Brites. Eterno apaixonado de Inês de Castro.

Teve várias mulheres e homens na sua vida, tendo sido casado com D. Constança

Manuel e Teresa Galega. Gago, desajeitado, colérico e irresponsável. Preferia a caça ao

reino de Portugal.

D. Afonso IV – Rei de Portugal, homem poderoso e “cabeça” do assassinato de D. Inês.

Secundárias

Teresa Galega – Aia de D. Inês. Apaixonada desde muito nova por D. Pedro. Última

mulher de D. Pedro e mãe do Rei e Mestre de Avis.

Diogo Lopes de Pacheco, Afonso Madeira, Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho – Fieis

escudeiros do Rei D. Afonso IV e principais cúmplices e responsáveis pela morte de D.

Inês.

Remédios – seu nome verdadeiro é Jala e é árabe. Foi acolhida por D. Inês enquanto

tinha peste e passou a ser chamada de Remédios graças ao facto de ser curandeira. Aos

olhos do povo fingia ser uma moura.

Page 38: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

37

D. Álvaro – Prior da Ordem do Hospital que a pedido do rei D. Afonso IV questiona Inês

sobre um possível esquema que os seus irmãos planeiam contra o reino.

Guiomar – o povo alcunhou-a de Possessa por ter tentado matar o marido devido à

loucura após a morte seguida dos seus quatro filhos. Fonte de visita de D. Inês por quem

tinha um grande apreço e por quem temia a morte.

Figurantes

D. Constança – primeira mulher de D. Pedro e melhor amiga de D. Inês, sendo uma

pobre alma que foi traída tanto pelo marido como a amiga de longa data. Morre cedo

talvez por doença ou desgosto.

História

D. Pedro tinha partido com os irmãos de D. Inês, mas esta procurava-o todas as

manhãs por entre lençóis. Em sua casa viviam Teresa Galega, Clara e Remédios, suas

aias, assim como os seus filhos: João, Dinis e Beatriz. É o primeiro dia do ano de 1355 e

Inês vai à missa para mostrar devoção a Nosso Senhor. Após isso, D. Álvaro chama D.

Inês para a questionar sobre uma possível conspiração entre seu amado e seus irmãos. A

pedido do rei, o prior dá a entender que Inês é conhecedora de tal conspiração, mas esta

nega tudo, convencendo D. Álvaro.

Afonso Madeira, suposto fiel escudeiro de D. Pedro, vai para junto de D. Inês e

seus filhos com o intuito de a proteger perante todo mal, a mandato de D. Pedro. D. Inês,

não confia nos escudeiro, mas pouco se importa pois este traz consigo uma carta do seu

senhor a exclamar o quanto a ama. Afonso Madeira, quando começa a discursar na

segunda parte do segundo dia, revela que nutre sentimentos por D. Pedro e que gosta

dos momentos, que D. Inês desconhece, de intimidade que tem com o seu amo.

Durante o desenlace da história, confrontamo-nos com argumentos dos homens

que não entendem o porquê do Criador ter colocado tal ser na Terra. Causam-lhes

perturbação e preocupação, mas assumem que já caíram na tentação. A mulher, é vista

como um ser que chama e que ao mesmo tempo distrai a atenção devido ao prazer que

pode causar, como também dos seus atributos.

Page 39: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

38

D. Inês cresceu com D. Constança e desde aí que se consideravam como irmãs.

Mas D. Inês trai a sua amiga ao apaixonar-se por Pedro enquanto este mantinha um

casamento com D. Constança. Após a morte de D. Constança, Pedro e Inês tentam

casar-se, mas não lhes é concedido esse prazer devido ao facto de Inês ser prima de

Pedro (graças a filhos bastardos de reis anteriores) e por Inês ter sido madrinha de um

dos filhos de Pedro, o pequeno Luís. Esta história não era segredo para ninguém e serviu

para que tanto o rei como o povo odiassem D. Inês. Havia medo da morte por parte de

Inês, mas vontade de eliminar quaisquer fontes de bastardos e ilegitimidade por parte do

povo e do rei D. Afonso IV.

Na véspera de falecer, Inês é acordada durante a noite pelo seu amor que há muito

era esperado por esta. Têm relações e esta confessa-lhe que gostaria de um dia ser sua

esposa e rainha, assim como respeitada pelo povo. Pedro promete-lhe que tudo isso irá

acontecer. No entanto, as próximas horas eram de preparação para a morte de Inês. O rei

e os seus escudeiros, Diogo Lopes de Pacheco, Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho, entram

em casa de D. Inês preparados para matá-la sem compaixão alguma. O rei procede com

um discurso que transpira ódio e D. Inês suplica-lhe para que este pense em D. Pedro e

no sofrimento que lhe vai causar. Não há nada a fazer, a sede de vingança, o poder e a

dedicação ao reino de Portugal provocam a morte de Inês. Se esta morrer os seus irmãos

não terão forças para se apoderar do reino de Castela. E assim acontece a morte de Inês.

Na última parte do último dia, Inês discursa como uma alma, onde se confronta

com partes pertencentes ao futuro. Pedro a ter relações com a sua aia, Teresa Galega, e

a dar-lhe um filho, Rei de Portugal e Mestre de Avis e à sede de vingança e justiça por

parte de Pedro que mata os responsáveis pela morte de Inês e manda construir um

túmulo para que a sua alma e a de Inês descansem juntas e em paz.

Conclusão

Um misto de sensações invadem-me com a conclusão desta tarefa. Satisfação por

ter lido algo que me despertava curiosidade, mas pena por ter terminado um bonito amor

desta forma.

Page 40: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

39

Ficha de Leitura – Mariana Mota Nunes (n.º14)

Referência Bibliográfica

Autor: Faria, Rosa Lobato de

Título da obra: Vento Suão

Local de Edição: (s.l.)

Editora: Porto Editora

Edição: 1ª edição

Data de Edição: Março de 2011

Resumo

Esta obra inicia-se com um encontro de duas amigas de infância do Alentejo, Luísa

e Sofia, que cresceram separadas uma da outra, mas cujas memórias de infância se

mantêm inalteradas. Enquanto crianças, as duas amigas partilhavam os mesmos sonhos,

mas as suas vidas acabaram por seguir caminhos diferentes, porém, com algo em

comum: ambas têm relações amorosas atribuladas, que não as deixam ser felizes.

Luísa, de uma família oriunda do Alentejo, cedo se juntou com Zé Roberto, um

fotógrafo com fama de ser mulherengo. Vivia tremendamente apaixonada por este e

largou os estudos para cuidar dele e das suas coisas. Contudo, certo dia, Luísa apanhou

Zé Roberto a traí-la com a sua ex-companheira, e isso fê-la pôr um ponto final naquela

relação. Voltou para o Alentejo, para a casa dos seus pais, e conheceu Duarte, o seu

futuro marido com a qual teve dois filhos. Todavia, esta relação teve um final trágico: no

décimo aniversário de casamento, Duarte teve um ataque cardíaco e faleceu.

Sofia, educada num ambiente socialmente privilegiado, casou por impulso com um

homem que mal conhecia, Mateus Godinho, tornando-se vítima de violência doméstica,

pois o homem que outrora se demonstrara carinhoso e apaixonado revelou-se uma

pessoa inconstante e violenta no casamento. E Sofia parecia não querer desprender-se

dessa relação. Foram várias as vezes que foi parar ao hospital vítima de maus tratos.

Page 41: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

40

Porém, uma dessas vezes, algo terrível também aconteceu a Mateus. Nelson, o seu

motorista, pôs algumas gotas de uma infusão na sopa que iria ser servida ao seu patrão,

com o objetivo que este se sentisse mal, mas algo de terrível aconteceu: aquelas gotas

paralisaram totalmente Mateus por uns dias, o que levou a que todos o julgassem morto.

Todavia, Mateus conseguiu escapar da sua morte e planeou recomeçar a sua vida longe

daquela que ia deixar para trás, mas a saudade era muita, e por isso um dia decidiu voltar

para a sua casa, para os braços da sua querida mulher, o que se revelou por ser uma má

decisão, pois Sofia ao ver um homem encapuzado a caminhar na sua direção, julgou que

este era um ladrão, e acabou por espetar uma faca nas costas do seu próprio marido.

Opinião sobre a obra e respetiva justificação

Apreciei bastante a leitura da obra, sobretudo porque é inacabada, o que deixa

cada leitor ao sabor da sua imaginação para criar um final e porque aborda o flagelo da

violência doméstica de uma forma muito explícita.

Page 42: Fichas de leitura do 1º Período (12º ano)

41

Ficha de leitura – Mariana Guia (n.º15)

Título da obra: No teu deserto

Autor: Miguel Sousa Tavares

Editora: Oficina do Livro

Local de edição: s.l.

Data de edição: junho de 2011

Resumo

O deserto do Sahara é o palco principal desta obra, onde Miguel (o autor) e Cláudia

são os protagonistas. Estas duas personagens estavam incluídas num grupo de pessoas

que iriam fazer uma viagem pelo deserto do Sahara. Cláudia e Miguel andaram juntos na

maior parte do tempo. Miguel iria nesta viagem com o intuito de tirar fotografias. Para isso,

passou os primeiros dias da viagem a tentar arranjar uma licença que o permitisse captar

o melhor que o Sahara tem em fotografia. O tempo foi passando e Miguel e Cláudia

tornaram-se cada vez mais íntimos. No entanto, na viagem de regresso, Cláudia recusou

acompanhar Miguel, que lhe tinha proposto dormir no seu camarote, alegando que a

viagem já teria terminado, por isso não teria sentido estarem juntos. Chegando a Portugal,

cada um acaba por seguir o seu caminho, sem se esquecerem um do outro. Cláudia

acaba por ir para o hospital e Miguel visita-a. Cláudia diz-lhe que partiu "a rótula de um

joelho", não sendo nada de grave. Mais tarde, Miguel volta ao deserto, sem a Cláudia.

Durante essa viagem, Cláudia faleceu, mas ninguém informou Miguel. Passaram “dias,

semanas, meses” e Miguel nunca soube da morte de Cláudia, até ao dia em que alguém,

por descuido, lhe conta. Ao chegar a casa, Miguel revê as fotos da viagem ao Sahara,

guardadas num envelope há 20 anos, e, finalmente, percebe que Cláudia morreu.

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Citações revelantes

“- Escrever não é falar.

- Não? Qual é a diferença?

- É exatamente o oposto. Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu

falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer.” – Pág. 100

“A vida é assim mesmo, nada dura para sempre. Só os rios e as montanhas, como

diziam os índios da América.” – Pág. 107

“Foi então que eu te tirei a tal fotografia, rodeada de miúdos e sentada no chão,

uma criança entre crianças, e, ainda que tantas fotografias felizes mintam, como bem

sabemos, ainda que as fotografias consigam suspender a felicidade como se ela fosse

eterna, aí tu ficaste para sempre – feliz, suspensa e eterna – tal qual como nesse instante.

E é, hoje ainda, a imagem mais forte, mais verdadeira, que tenho de ti. Não saias nunca

desta fotografia, Cláudia! Não saias – tu, não.” – Pág. 117

“Mas não gritei: enrolei o meu grito e falei-te baixinho, como se fosse noite na

nossa tenda e pudessem ouvir-nos lá fora.” – Pág.124

“Desde então, mudei algumas vezes de casa, mudei até de vida outras vezes, e as

fotografias continuaram sempre dentro desse envelope, na gaveta, no mesmo armário.

Vinte anos. Só ontem é que voltei a vê-las. Só ontem é que percebi que tinhas morrido.” –

Pág. 125

Comentário

Esta obra abriu-me a mente para outras perceções de paisagens, do silêncio, do

mundo, das relações, da morte. Uma obra simples, mas extremamente cativante.

Irreverente por revelar o seu final na primeira página. No entanto, esse facto não diminui a

curiosidade que cresce a cada página. Este “quase romance” tornou-se um dos meus

livros favoritos. Senti-me encantada pelo facto de existirem capítulos onde o narrador é

Miguel e noutros onde quem narra é Cláudia.

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Ficha de leitura – Rita Lopes (n.º16)

Ficha técnica do livro

Autor: Ondjaki

Título: Quantas madrugadas tem a noite

Editora: Caminho

Transcrição de ideias e frases que mais me cativaram/considerei mais

engraçadas e que descrevem cronologicamente a ação do livro

“Vamos iniciar os primeiros tintins.”

“ (…) nós, candengues, queríamos gastar todo riso da frase, espremer-lhe as gotas

da cócega (…)”

“ A kota, olho e sheltox à espera, desentrincheirou veloz, na visão certeira: como

digo, viu a principal abelha, a kota tinha estudado bem as lições da antiga quarta classe

dela, quem mata rei, rei fica, nunca ouviste assim? Pois, e a kota: a abelha rainha em voo

distraído, a kota metralhou meia lata de sheltox – ou era flit? -, aquilo foi de ver e pedir

bis: parecia era dança rebita, todas abelhas e operárias e demais ao redoro da kota,

mesmo nenhuma picada, só bzzz-bzzz de respeito e dali pra diante, ela mesmo, pessoa e

rainha, abelhas escravas dela (…)”

“AdolfoDido!, tás a captar? Diz só rápido… Já captaste? Adolfo…Dido,

Adolfo…Dido, tudo isso era a maka dos mais velhos porque iam ter que pronunciar a

palavra já essa, fodido, e o muadiê mesmo nem sabia, esse nome é que ia lhe besuntar

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toda a vida de gente a lhe foder toda hora, tipo quarra mesmo, um gajo de azar na pele,

fazer mais como então!”

“Isso até vai pedir mais uma birra – venha ela.”

“ (…) há que descobrir as coisas no devagar das coisas: o amor não acende num

fósforo sozinho.”

“Aquilo era um senhor Cão, dono do mundo dele, quer dizer, a kota que era rainha

das abelhas perdia estatuto ao pé dele, o filho da puta do Cão!”

“tem que dar bejo da boca! mas quem ia dar beijo na cara feia do Burkina?

AdolfoDido de novo!, isso já foi coragem mesmo, tenho que admitir, Burkina então é um

gajo feio, meu não dá para lhe beijar assim, lábios de homem com homem. Mas foi. E

mudos, nem falámos mais.”

“As costuras do céu tinham rebentado e o costureiro-anjo tava de férias – e nós

aqui, a aguentar as aquáticas consequências (…)”

“Ó caracoles!, outra vez a mesma maka de sempre, nome dele, as pessoas

pensavam aquilo era brincadeira-provocação (…)”

“Sim, o nome de facto é esse que a senhora disse AdoldoDido, mas há aqui um

problema – é que o médico escreveu aqui na razão da morte, «autópsia inconclusiva» …

Além de que: é preciso provas que alguém dos senhores é mesmo familiar familiar direito

do senhor Fodido, ah digo!, AdolfoDido.”

“é que parece que o nosso camba AdolfoDido campou… depois se engasgou e

disse mais parece, não! morreu mesmo, até porque eu já vi o corpo dele morto (…)”

“vamos pro Maria Pia. E o Burkina em cima dos gritos dos outros. Maria Pia, a puta

que a pariu!, o hospital chama-se Josina Machel!, mas vamos masé pra uma clínica que

no hospital o puto ainda morre antes de ser atendido…!”

“o senhor é o pai do senhor Fodido, ai, desculpa mesmo!, do senhor AdolfoDido?

quer dizer, chamar assim o Burkina de velho, sorte mesmo da kota é que ele num tava

nos dias dele de filipar, toda tristeza de ouvir ali o nome do camba a ser fodido na boca da

senhora, mas nem disse nada, olhou só no Jaí, que lhe levou até na gaveta do morto.

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Mandaram buscar um banco, o Burkina subiu, e o espanto dos espantos foi quando

abriram a gaveta comprida: o corpo não tava lá.”

“ (…) se um leva a mal naquela a casa, tás paiado, como foi com o ladrão, porque

a abelha leva a mal, o jacó começa a berrar, e o Cão acorda, e aí já não há mais solução

de fazer-as-pazes, é correr só (..)”

“Ir mais aonde então, tás grosso ou quê?”

“Ché, bi querful – a pressa também é inimiga da cerveja.”

“ (…) o coitado do Adolfo mais outra vez rebocado nos ombros desconhecidos, e o

Burkina, só com pena dele, apanhou um espécie de quadro, antigamente era ardósia,

lembras?, e escreveu assim

defunto a bordo!”

“senhor Al Bino, fashovor, pode falar

terminou Eva.

Meu – ahahah!, cara do albino num dá para te pôr aqui amarrotada nas palabras, só

vivido lá ou fotografia então que ninguém mesmo tirou: atrapalhação toda, o albino tava a

ficar vermelho, mas vermelho como então se bléque não fica corado e no afinal das

contas, albino é mesmo bléque?”

“Essa estiga pôs muito avilo mais velho a chorar!, ché: dois camundongos que são

mulumbeiros inda por cima te dão aulas, e num é aula matemática-português, aula de

jeová, meu? Você chora!”

“ (…) o morto repousava ali, no canto da sala, enquanto eles comiam, bebiam, alguém até

ligou o rádio, primeiro baixinho, depois alguém aumentou mais, e às tantas já tavam com

pé a bater no chão, ritmo do corpo na batida musical (…)”

“Há muita brutalidade num momento de silêncio – raiva é aquilo que aparece na

humidade dos olhos, indignação.”

“Sabes o que é ralhar um morto? Não, num deves saber…

Ralhar um morto, assim mesmo de ele quase estremecer e levantar, caso ele tivesse ali a

ouvir os puros ralhetes (…)”

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“coitado do mô camba AdolfoDido, nunca mais lhe enterram… nunca mais lhe deixam em

paz…”

“porquê que as mulheres africanas só gostam masé de desfrisar cabelo toda hora?”

“Muadiê, tu fumas? Eu também não, gosto é de beber – passa lá mais uma então, antes

que o discurso corra risco de enferrujar…”

“quer dizer mesmo depois de morto inda querem me chamar de bêbado”

“ (…) quem escuta calado também faz a estória.”

“Meu, sabes qual foi o mô maior susto nestas mortes temporárias? Foi não poder voltar

mais; e nem era tanto a ideia do mundo todo, as humanidades do meu corpo com o

aquecer dos sangues dele, num era isso… Estava a me dar lágrima da saudade da minha

terra, minha Angola toda de mim (…) entendi que tava longe mesmo, nem liguei nessas

contra-curvas que deram no meu corpo (…) nossa terra mesmo de sermos tão daqui que

mesmo na morte nos custa ir habitar outros lugares, entendes, avilo?”

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Ficha de Leitura – Rodrigo Cordeiro (n.º18)

Título: O Diário de um Mago de Paulo Coelho

Resumo

A história começa em 1986, quando o protagonista, Paulo Coelho, participa no

ritual de consagração como Mestre da Ordem de RAM (Regnum Agnus Mundi) que este

acaba por falhar. Devido ao facto de ter falhado o ritual, Paulo se quiser receber a sua

espada, símbolo do seu estatuto na Ordem, e completar o ritual tem que embarcar numa

peregrinação pelo caminho de Santiago de Compostela.

Paulo dirige-se a San Juan Pied-de-Port, onde iniciará a sua jornada com o seu

guia, Petrus (que também é um membro de RAM), que lhe ensinará exercícios de

meditação e sobre o amor e as suas formas (Ágape, Philia e Eros) e que o ajudará a

ultrapassar tribulações ao longo do caminho de modo a que Paulo perceba a simplicidade

da vida e obtenha a sua espada.

Ao longo da história Paulo aprende onze exercícios da Ordem, como foi

supracitado, que são respetivamente pela ordem em que são apresentados:

O exercício da semente;

O exercício da velocidade;

O exercício da crueldade;

O ritual do mensageiro;

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O despertar da intuição (O exercício da água);

O exercício da bola azul;

O exercício do enterrado vivo;

O exercício do sopro de RAM;

O exercício das sombras;

O exercício da audição;

O exercício da dança.

O autor menciona que todos os exercícios/rituais podem ser praticados exceto “o

ritual do mensageiro”, pois este pode ter resultados negativos.

Opinião

Esta obra balança na perfeição a aventura com o seu lado de descoberta pessoal,

pois através da viagem de Paulo também conseguimos perceber a importância de

encontrarmos o nosso próprio caminho/chamamento, assim como que o extraordinário

existe nas coisas mais simples da vida.

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Ficha de Leitura – Sofia Nunes (n.º19)

Nome: Estórias Abensonhadas

Autor: Mia Couto

Editora: Caminho

Edição: Sétima

Apresentação geral do livro

Mia Couto escreveu estas histórias depois da guerra. Falam sobre Moçambique,

onde todo o homem é igual. O livro trata de assuntos como guerra, morte, dor, abandono,

sofrimento, mas também a cada história a esperança de um novo começo é contada. São

histórias de recomeço, que trazem lágrimas e sorrisos, as vezes separados mas, as vezes

juntos.

Vou falar em especial no conto O Adivinhador das Mortes.

Resumo

Num bairro de Muitetecate existia um adivinhador que adivinhava a data da morte

de cada individuo. Utilizava duas pequenas cruzes de marfim que encostava sobre os

olhos dos consulados, e este ao fechar os seus olhos, concentrava-se nas pálpebras, até

chegar ao escuro do outro e era nesse tocar que escrevia o dia exato das mortes.

Nem todos acreditavam nesse homem ou então não queriam saber o dia da sua

morte como acontecia com Adabo Salanje, que recusava saber o seu derradeiro prazo.

Abado afirmava que a felicidade era alcançada sem saber-se das coisas. Ele vivia bem na

ignorância.

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Certa noite, Abado acordou com tremuras e a transpirar, e sonhou que estava na

residência dos mortos, onde ouvia uma voz a perguntar se ele estava morto. No dia

seguinte dirigiu-se para o adivinhador de mortes, e pediu para ele ver o dia da sua morte

mas este não conseguiu, pois a cabeça de Adabo estava muito confusa... Adabo já tinha

falecido. Passado um tempo, Adabo tem um "ataque" de riso, uma vez que não acreditava

no que tinha ouvido. Uns dias depois volta ao consultório do adivinhador só que este não

apareceu porque tinha, também, falecido. Nesta visita, Adabo ficou com os marfins e no

caminho para casa, uma voz vinda do além pedia-lhe os seus pertences, e este deu-lhes.

No entanto, ao estender as suas mãos, o adivinhador de mortes puxou-o e convidou-o a ir

com ele, e assim foi, os dois seguiram o caminho do céu.

Citações

" Certas felicidades só chegam com o não saber."